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Aula 03 - Riscos nos processos licenciamento

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Capítulo 3
Riscos nos 
processos de 
licenciamento
No capítulo 1, buscamos estabelecer uma definição comum de ter-
mos relacionados às análises de riscos. No capítulo 2, discutimos mo-
delos e abordagens de regulação dos riscos tecnológicos e a importân-
cia da interação dessa regulação com as políticas de uso e ocupação do 
solo. Neste capítulo, exploraremos, afinal, quais são as principais amea-
ças a que estamos sujeitos no nosso dia a dia, listaremos os principais 
perigos de algumas atividades e, por fim, discutiremos a etapa inicial de 
uma análise de risco típica: a caracterização do empreendimento inves-
tigado e da área de sua inserção.
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Análise de riscos nos processos de licenciamento ambiental
1 Dimensões do risco
Os processos industriais, em sua ampla maioria, ocasionam algum 
dano direto ou indireto ao meio ambiente, seja na obtenção de sua 
matéria-prima, seja nos processos de beneficiamento, produção e 
transporte, seja na utilização do produto final. Paralelamente a isso, 
falhas em alguma dessas etapas podem gerar desastres, levando 
à perda de vidas humanas e danos graves à natureza. (CHUPIL, 
2014, p. 27)
Como abordamos nos capítulos anteriores, risco está associado a 
um perigo e ao potencial de dano desse perigo. Existem diversas fontes 
(ou agentes) de perigo às quais estamos expostos no mundo moderno; 
algumas delas são objeto do licenciamento ambiental. Primeiro, vamos 
entender quais são estas fontes, conforme classificação elaborada pelo 
Conselho Internacional para Governança de Riscos. São propostas seis 
categorias de agentes de perigos (IRGC, 2008, p. 20): 
 • Agentes físicos: radiação ionizante; radiação não ionizante; ruído 
(industrial, no lazer, etc.); energia cinética (explosão, colapso, etc.); 
temperatura (fogo, superaquecimento, resfriamento excessivo) – 
para uma lista de substâncias inflamáveis, consulte as páginas 
75 e 76 da Norma Técnica P4.261 (CETESB, 2011). 
 • Agentes químicos: substâncias tóxicas (limiares/padrões de nor-
ma) – para uma lista de substâncias tóxicas, consulte as páginas 
73 e 74 da Norma Técnica P4.261 (CETESB, 2011); substân cias 
genotóxicas/carcinogênicas; poluentes ambientais; compos tos 
mistos. 
 • Agentes biológicos: fungos e algas; bactérias; vírus; organismos 
geneticamente modificados (OGM); outros agentes patogênicos. 
 • Agentes naturais: vento; terremotos; atividades vulcânicas; seca; 
inundação; tsunamis; grandes incêndios; avalanche. 
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 • Ameaças sociocomunicativas: terrorismo e sabotagem; violência 
humana (atos criminosos); humilhação, assédio moral, estigma-
tização; experimentação com seres humanos (como inovações 
médicas); histeria em massa; síndromes psicossomáticas. 
 • Ameaças complexas (combinações): alimentar (químicos e bioló-
gicos); produtos de consumo (físicos, químicos, etc.); tecnologias 
(química, física, etc.); grandes construções, como edifícios, barra-
gens, estradas, pontes; infraestruturas críticas (física, econômica, 
sócio-organizacional e comunicativa).
A maioria desses perigos possui algum processo de regulação go-
vernamental. No Brasil, o uso das radiações ionizantes, por exemplo, 
aplicadas na medicina (radioterapia, radiologia diagnóstica, medicina 
nuclear, etc.) e na indústria (esterilização por irradiação, modificação de 
materiais por irradiação, controle de processos usando fontes radioa-
tivas, radiografia com fontes gama, etc.) são reguladas pela Comissão 
Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Já as radiações não ionizantes, 
utilizadas, por exemplo, nas telecomunicações e na energia elétrica, 
são reguladas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) 
e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), respectivamen-
te. As questões relacionadas aos ruídos são objeto de regulação pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego (no caso de ruído aos trabalhadores) 
e controle por prefeituras, de acordo com legislação específica e/ou pa-
drões de referência (no caso de público externo) estabelecidos por nor-
mas da ABNT, como a NBR 10151. 
Conforme acompanharemos nos próximos capítulos, as agências 
ambientais incorporam nos seus processos de licenciamento compo-
nentes relacionados aos agentes físicos, energia cinética e tempera-
tura, bem como os agentes químicos (que também têm relação com 
a poluição). Aspectos dos agentes biológicos são observados pela 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por exemplo, no 
controle da produção e da comercialização de alimentos, e Ministério 
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Análise de riscos nos processos de licenciamento ambiental
da Saúde, por exemplo, na promoção de acompanhamento às ame-
aças à saúde por conta de vírus. A Lei no 11.105, de 24 de março de 
2005, estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização 
de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados 
(BRASIL, 2005).
No Brasil, existe uma relativa baixa aderência, pelo menos compa-
rado com práticas internacionais, à regulação dos perigos naturais, ora 
pela inexistência de parte dessas ameaças (tsunamis, furacões, terre-
motos, etc.), ora pela deficiência na elaboração e na aplicação de políti-
cas públicas relacionadas (talvez por conta de uma interpretação ainda 
antiquada de que os agentes naturais são atos de Deus e com pouca 
margem de controle). Ainda assim, podemos exemplificar que existem 
iniciativas governamentais para mapeamento de áreas vulneráveis a 
alagamentos, deslizamentos e seca (ESTUDO..., 2015; MAPAS..., 2016). 
As ameaças sociocomunicativas são reguladas por diversos ór-
gãos governamentais, pelas polícias e pela justiça. Por exemplo, cabe 
aos órgãos de inteligência e segurança investigar e conter ameaças de 
terrorismo, sabotagens e atos criminosos; cabe à justiça a mediação 
dos conflitos com as ameaças de humilhação, assédio moral e estig-
matização. Por fim, as ameaças complexas, que são combinações de 
outras ameaças, são reguladas também por diversos entes, inclusive 
os órgãos ambientais: caso das ameaças de origem tecnológica de 
grandes construções, como edifícios, barragens, estradas, pontes e 
infraestruturas críticas.
1.1 Risco no licenciamento ambiental
Em razão de seu foco em projetos e atividades, cabe ao licencia-
mento ambiental promover a inserção de um novo empreendimento da 
melhor forma possível no ambiente em que ele está sendo proposto 
(evidentemente, se essa inserção é viável) (SÁNCHEZ, 2015). 
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Aspectos específicos da regulaçãopromovida por outros órgãos, 
em tese, são desenvolvidos nesses outros processos regulatórios. 
Contudo, o licenciamento ambiental comumente recepciona esses 
aspectos, na medida que estes se configuram em impactos ou riscos 
(possíveis impactos) a populações ou elementos do meio ambiente na 
área de influência do empreendimento. 
NA PRÁTICA 
Por exemplo, apesar de ser objeto de regulação da ANEEL, o licencia-
mento ambiental recomenda a elaboração de um programa para moni-
toramento das radiações eletromagnéticas nas residências e nas comu-
nidades nas proximidades de linhas de transmissão de energia elétrica 
ou a recomendação da elaboração e da implementação de um progra-
ma de monitoramento e controle de ruído ao longo das comunidades 
impactadas, por exemplo, por uma ferrovia. 
 
2 Principais perigos e consequências 
imediatas inerentes a diferentes projetos
Vamos acompanhar os principais perigos inerentes a dez diferentes 
projetos. Para isso, verifique que trataremos apenas dos perigos asso-
ciados à operação anormal do projeto, ou seja, aquelas que se configu-
ram em risco (ou impacto em potencial). 
É importante também não confundir perigo com suas consequên-
cias imediatas. Por exemplo, segundo Chupil (2014, p. 44-45), a con-
sequência imediata para o meio ambiente mais comum das falhas em 
diferentes empreendimentos e talvez a mais devastadora delas é o der-
ramamento ou vazamento de produto tóxico ou inflamável, nos estados 
sólido (propagado pela água e disposto no solo), líquido (propagado 
pelo solo ou água) ou gasoso (propagado pelo ar). 
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Análise de riscos nos processos de licenciamento ambiental
Além disso, analisaremos a diferença entre perigo (por exemplo, des-
carrilamento de uma composição) e causa (descarrilamento causado 
por raio de curvatura, má conservação de batentes, desmoronamento 
de taludes, falha humana, etc.). 
Por fim, a lista de perigos apresentada não é definitiva e tem por 
objetivo exemplificar aspectos que o licenciamento ambiental deve ob-
servar quando promove a regulação de risco. 
2.1 Dutos
O principal perigo dos dutos está associado a furos ou rompimento 
da estrutura física na tubulação, que tem como possível consequên-
cia imediata o vazamento do produto transportado, qualquer que seja 
ele. Por exemplo, o vazamento de líquidos, gases tóxicos ou inflamá-
veis (TUBULAÇÃO..., 2010; ESTADOS..., 2017) ou de minério de ferro 
(TUBULAÇÃO..., 2018) pode atingir água, solo ou ar e comprometer 
a qualidade do meio ambiente. Além disso, vazamentos de produtos 
tóxicos ou inflamáveis (EXPLOSÃO..., 2014) podem também compro-
meter a segurança e a saúde de populações humanas. Ressalta-se 
que, segundo banco de dados da Europa (EGIG, 2018), cerca de 50% 
dos furos em gasodutos são provocados por ação de terceiros, como 
o roubo de combustível (APÓS..., 2018).
2.2 Ferrovias
As composições férreas podem transportar carga ou passageiros. 
Comuns a essas duas atividades, há os perigos relacionados ao descar-
rilamento das composições, com ou sem a liberação de produtos trans-
portados ou combustíveis das máquinas (DESCARRILAMENTO, 2018). 
Também existe a possibilidade de colisões dos trens em cruzamentos 
entre ferrovias e vias de tráfego de veículos automotores ou de passa-
gem de pedestres (TREM..., 2017; ÔNIBUS..., 2018), ou o atropelamento 
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de elementos da fauna e de pessoas ao longo da via férrea (POLICIAL..., 
2016). No caso de transporte de carga, outro perigo é o rompimento 
ou o tombamento de vagões ou composições transportando mate-
riais tóxicos ou inflamáveis, em seus estados sólido, líquido ou gasoso 
(TREM..., 2015). 
2.3 Rodovias
Da mesma forma que as ferrovias, as rodovias são sistemas de 
transporte de carga e passageiros. As colisões, saídas de pista, tomba-
mentos, etc., são perigos inerentes a esses sistemas de infraestrutura. 
Nesses casos, como nas ferrovias, além de possíveis produtos libera-
dos ao meio ambiente, a grande energia cinética envolvida nas colisões 
e atropelamentos também é um elemento relevante. Vale lembrar os 
números sempre muito assustadores de mortes no trânsito no Brasil – 
cerca de 47 mil mortes e 400 mil vítimas com alguma sequela por ano 
(LAJOLO, 2017). 
2.4 Barragens de rejeitos
O principal perigo de uma barragem de rejeitos é o seu rompimento, 
ou pelo menos seu comprometimento estrutural, que tem como pos-
sível consequência imediata a liberação do material armazenado pela 
estrutura. De triste lembrança, em 2015, o rompimento da barragem 
do Fundão, localizada no subdistrito de Bento Rodrigues, Mariana (MG) 
(BARRAGEM..., 2015), liberou uma grande quantidade de rejeito de mi-
neração de ferro, que, sob a ação da gravidade, moveu-se pelo caminho 
preferencial de escoamento em direção ao Oceano Atlântico, deixando 
um lastro de impactos no caminho. 
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Análise de riscos nos processos de licenciamento ambiental
2.5 Aproveitamentos hidrelétricos (barragens)
Da mesma forma que as barragens de rejeitos, os aproveitamentos 
hidrelétricos também promovem o armazenamento de grande quanti-
dade de material (nesse caso, água) nos lagos formados a montante. 
O principal perigo é o rompimento ou o comprometimento da estrutura 
da barragem, que teria como consequência provável a liberação de um 
volume anormal de água a jusante (SOUSA, 2018).
2.6 Mineração subterrânea
Entre os perigos das minas subterrâneas, citamos a possibilidade 
de algum colapso estrutural (CHILE..., 2010) ou confinamento de quan-
tidade crítica de gases tóxicos ou inflamáveis (EXPLOSÃO..., 2010). 
Também são comuns situações de geração insalubre de poeira e ruí-
do (PINTO, 2006). Além disso, as minas subterrâneas estão sujeitas a 
inundações (INUNDAÇÃO..., 2017), incêndios (AO MENOS..., 2013) e ex-
plosões (ACIDENTE..., 2010), situações que comprometem a segurança 
de trabalhadores. Esses perigos são grandes desafios para a regulação 
ocupacional, pertinente aos trabalhadores, normalmente aspecto não 
abordado no âmbito do licenciamento ambiental, mas também podem 
representar perigos para populações externas e elementos do meio am-
biente e, se esse for o caso, devem ser objeto de escrutínio durante a 
regulação ambiental. Por exemplo, a atividade de mineração pode re-
sultar em contaminação por metal pesado (MINERADORA..., 2014) ou 
drenagem ácida (INB..., 2015), consequências estas que, por conta da 
sua repercussão ambiental, são objeto da regulação e do controle dos 
processos de licenciamento ambiental.
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2.7 Usinas termonucleares
O Artigo 7o da Lei Complementar 140 (BRASIL, 2011) estabelece ser 
de competência do órgão ambiental federal, o Ibama, o licenciamento 
ambiental de empreendimentosda área nuclear. 
São ações administrativas da União: promover o licenciamento am-
biental de empreendimentos e atividades destinados a pesquisar, 
lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material 
radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em 
qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comis-
são Nacional de Energia Nuclear (CNEN). (BRASIL, 2011)
Contudo, o componente mais perigoso das usinas termonucleares, 
que é aquele relacionado à radiação nuclear por conta do funcionamen-
to do reator e da produção e armazenamento dos rejeitos radioativos 
associados, não é regulado pelo órgão ambiental. Cabe à Comissão 
Nacional de Energia Nuclear a análise destes. O órgão ambiental atua 
de forma complementar, licenciando aspectos relacionados aos com-
ponentes não radioativos, como a produção de efluentes e o armazena-
mento de combustível convencional para os geradores auxiliares.
2.8 Linhas de transmissão de energia
O tombamento de torres e rompimento de cabos energizados são 
perigos comuns associados às linhas de transmissão de energia elétri-
ca (TORTATO, 2002), tendo como consequência mais comum a dese-
nergização das regiões abastecidas pela linha. Outro aspecto relevante, 
ainda que relacionado à operação normal das linhas de transmissão, 
sendo assim não necessariamente um risco, mas um impacto asso-
ciado ao dia a dia desse tipo de empreendimento, é que as linhas de 
transmissão produzem um campo eletromagnético que pode interfe-
rir no funcionamento de equipamentos de comunicação (LEÃO, 2008), 
como aparelhos de telefonia móvel, rádios e televisores. Também é 
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importante notar que a ciência ainda tenta estabelecer se existe al-
gum impacto à saúde (nesse caso, um risco) de populações vizinhas a 
este tipo de empreendimento por conta da exposição a estes campos 
(OLIVEIRA, 2013). 
2.9 Exploração de gás e petróleo
A prospecção e a exploração de gás e petróleo em plataformas 
offshore, caso do pré-sal brasileiro, são operações complexas que de-
mandam uma grande expertise técnica e equipamentos especializa-
dos. O escopo das operações envolve, por exemplo, perfurar rochas em 
águas profundas, enfrentar altas pressões, manipular grandes volumes 
de gás e petróleo e transportar o produto explorado para o continente. 
Em linhas gerais, o principal perigo do conjunto dessas atividades é a 
ocorrência de falhas no sistema que acarretem o vazamento do produ-
to explorado (FIGUEIREDO; ALVAREZ; ADAMS, 2018). Ressalta-se que 
o controle de eventuais vazamentos (BARBOSA, 2017) e o socorro aos 
trabalhadores (MEIRELLES, 2001) são dificultados por serem atividades 
que acontece em ambiente marinho, muitas vezes distante da costa.
2.10 Plantas químicas e industriais
Por fim, são inúmeros os acidentes ocorridos com plantas quími-
cas e industriais nas últimas décadas e alguns deles serão descritos no 
capítulo 8. Da mesma forma, vários são os documentos orientadores 
para elaboração de análise de riscos nesses tipos de empreendimento 
(CETESB, 2011; FEPAM, 2016; INEA, 2018). Os principais perigos asso-
ciados às plantas químicas e indústrias estão relacionados ao furo ou 
ao rompimento de componentes da planta (tubulações, vasos, tanques, 
etc.) e a consequente liberação de produtos químicos (tóxicos ou infla-
máveis) para o meio ambiente.
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PARA SABER MAIS 
Para saber mais sobre esse tema, consulte: 
CHUPIL, Henrique. Acidentes ambientais e planos de contingência. 
Curitiba: InterSaberes, 2014. 
COUNCIL Directive of 24 June 1982 on the major-accident hazards of 
certain industrial activities. Official Journal of the European Communi-
ties, v. 5, p. l982, 1982. 
VALLE, Cyro Eyer do; LAGE, Henrique. Meio ambiente: acidentes, lições, 
soluções. São Paulo: Editora Senac, 2003. 
 
3 Descrição do empreendimento e da região
O EAR1 deve refletir a realidade do empreendimento no tocante às 
suas características locacionais, às condições operacionais e de 
manutenção e aos sistemas de proteção disponíveis. Para tanto, o 
levantamento e a descrição do empreendimento e do seu entorno 
– etapa que inicia o estudo – devem ser fiéis ao momento em que 
este é realizado. As simulações dos efeitos físicos e a estimativa 
das frequências das hipóteses e dos cenários acidentais devem 
ser consistentes com a etapa inicial, com destaque para os limi-
tes operacionais de equipamentos, que, em geral, funcionam como 
condições de contorno para as simulações. (CETESB, 2011, p. 15)
Para a estruturação do escopo, bem como definição de escolhas téc-
nicas dos elementos constituintes dos estudos no âmbito do licencia-
mento ambiental, dá-se o nome de termo de referência (TR). Segundo a 
norma técnica P4.261 da Cetesb o termo de referência de uma análise 
de riscos é constituído de diversos componentes, como (CETESB, 2011, 
p. 15): “caracterizações do empreendimento e do seu entorno; identifica-
ção de perigos e consolidação das hipóteses acidentais; estimativa dos 
1 Estudo de Análise de Risco. 
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Análise de riscos nos processos de licenciamento ambiental
efeitos físicos e avaliação de vulnerabilidade; estimativa de frequências; 
estimativa e avaliação de risco”; e proposição de medidas para redução 
do risco. 
Como ponto inicial e balizador para a realização das análises de ris-
co, na etapa de caracterização do empreendimento, de sua área de in-
serção e da interação desses dois, o escopo da coleta de dados deve 
se atentar a aspectos relevantes que proverão uma base sólida para as 
etapas futuras, em especial aquelas de estimativas de consequências, 
vulnerabilidades e riscos. Estas informações contextuais são de funda-
mental importância, devendo procurar elaborar um retrato fidedigno e 
atual, pois apresentam as particularidades da realidade investigada. 
3.1 Caracterização do empreendimento
Em relação ao empreendimento, deve-se proceder à descrição minu-
ciosa de todas as informações relevantes para entendimento e estima-
tiva dos riscos inerentes à sua operação. Por exemplo, a norma técnica 
P4.261 (CETESB, 2011) requer que sejam apresentadas a identificação 
do empreendimento, a caracterização das substâncias químicas e a 
descrição das instalações e dos processos.
3.1.1 Identificação do empreendimento e do empreendedor
Trata-se da coleta de informação relativa ao empreendedor e ao em-
preendimento e, para isso, são necessárias informações sobre nome, 
logradouro, bairro, município, contato e outros dados e informações 
pertinentes, como: volume de produção diária, sistema de estocagem, 
fluxo de matéria-prima e do produto final, certificação de fornecedores 
e suas práticas, etc. 
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3.1.2 Substâncias químicas
A análise de riscos depende da investigação minuciosa de todas 
as substâncias químicas (tóxicas e/ou inflamáveis) que serão arma-
zenadas, utilizadas, processadas, transportadas, etc. no empreendi-
mento. Dessa forma, é necessário que o estudo apresente a Ficha de 
Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) de cada uma 
dessas substâncias, além das seguintes informações (CETESB, 2011):
 • Propriedades: peso molecular, estado físico na condição ambien-
te, aparência, odor, pressão de vapor, viscosidade, densidade re-
lativa, solubilidade. 
 • Reatividade: instabilidade, incompatibilidade com outros materiais, 
condições para decomposição e os respectivos produtos gerados. 
 • Dados de inflamabilidade: limites de inflamabilidade, energia de 
ignição, ponto de autoignição, ponto de fulgor.
 • Riscos toxicológicos agudos: ação sobre o organismo humano, 
pelas vias respiratórias, cutânea e oral; atuação na forma de gás 
ou vapor IDLH (NIOSH), ERPG (AIHA) ou na inexistência de dados 
agudos específicos relacionar concentrações crônicas usuais 
LC50, LCLO; TLV (ACGIH), entre outras disponíveis. 
 • Persistência do produto líquido no corpo hídrico, informando me-
canismos de degradação do produto no corpo d’água.
3.1.3 Instalações e processos
Este item enumera os principais aspectos das instalações e dos 
processos do empreendimento. Normalmente, é solicitada a apresen-
tação de informações gerais, como diagramas de blocos, fluxogramas 
de processo, balanços de massa e de energia, limites superiores e infe-
riores dos parâmetros temperatura, pressão, vazão, nível e composição, 
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além de materiais de referência, como plantas, fluxogramas de pro-
cesso, diagramas de instrumentação e tubulação, layout, entre outros. 
Complementarmente, à medida que seja relevante para a análise de ris-
cos, informações específicas também devem ser apresentadas, como a 
lista sugerida pela norma técnica da Cetesb P4.261 (2011):
 • as características físicas de todas instalações e equipamentos que 
processam, armazenam ou manuseiam substâncias químicas;
 • as principais atividades e processos realizados no empreendi-
mento, como: as características dos processos, apresentando a 
identificação dos insumos, das matérias-primas e dos produtos 
intermediários e finais gerados; os equipamentos e as tubula-
ções envolvidos e os principais parâmetros e limites operacionais 
(temperatura, pressão e vazão); as definições dos limites e das 
interfaces com outras instalações ou sistemas.
 • o procedimento e condições de armazenamento das substâncias 
(insumos, matérias-primas, produtos intermediários, produtos fi-
nais), considerando: substâncias armazenadas e inventários; con-
dições de temperatura e pressão; dispositivos de proteção das 
linhas de transferência e meios de armazenamento (sistemas de 
alívio, instrumentação, dispositivos de proteção, etc.); e dispositi-
vos de contenção secundária (bacias de contenção, diques, ca-
naletas de coleta, sistemas de drenagem e/ou segregação, etc.).
 • as operações de carga e descarga das substâncias (insumos, 
matérias-primas, produtos intermediários e produtos finais), des-
crevendo: volumes de armazenamento dos meios de transporte 
envolvidos nessas operações; frequências das operações; parâ-
metros operacionais (pressão, temperatura e vazão); dispositivos 
de proteção dos sistemas envolvidos (sistemas de alívio, instru-
mentação, entre outros).
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 • os sistemas de proteção presentes em cada área, setor ou pro-
cesso, indicando: finalidades; parâmetros observados e acompa-
nhados; meios de acompanhamento e supervisão; elementos de 
detecção (automática, local ou supervisão); elementos de contro-
le; elementos de atuação (remota, automática ou em área); redun-
dâncias e intertravamentos nos equipamentos.
IMPORTANTE 
É imprescindível que a atividade ou o projeto atenda a todas as nor-
mas que orientam aspectos de segurança do empreendimento, como 
as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), as 
regulamentadoras do Ministério do Trabalho e internacionais, entre ou-
tras. Dessa forma, pede-se que seja apresentada a lista dessas normas 
e evidências de atendimento delas.
 
3.2 Caracterização da região de entorno
Em relação à caracterização da região e do entorno do empreen-
dimento, deve-se compilar e apresentar os dados geográficos, am-
bientais, climáticos e meteorológicos da área adjacente ao empreen-
dimento, além de informações sobre a dinâmica socioeconômica das 
comunidades na área de influência. A definição da área de estudo para 
essa caracterização é obtida com base na determinação de uma faixa 
ao longo do empreendimento, seja ele linear (dutos, ferrovias, rodovias) 
ou pontual (plantas químicas), com extensão equivalente a valores pre-
determinados de vulnerabilidade. Por exemplo, a norma P4.261 determi-
na que a área de estudo seja aquela correspondente aos alcances dos 
efeitos físicos de 1% de probabilidade de fatalidade ou ao limite inferior 
de inflamabilidade (CETESB, 2011). 
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3.2.1 Dados do entorno
Na caracterização da região do entorno, é importante identificar os 
pontos notáveis dentro da área de estudo estabelecida para o empre-
endimento. Define-se ponto notável um elemento que pode interferir na 
integridade do empreendimento ou ser impactado pelos efeitos físicos 
decorrentes de eventual falha dele. Por exemplo, deverão ser identifi-
cados os bens ambientais relevantes, como mananciais para abasteci-
mento público, áreas de preservação ambiental, etc. 
Para empreendimentos lineares, também é importante apresentar o 
traçado geral, em escala apropriada, destacando as interferências com 
os pontos notáveis identificados, como corpos d’água, sistemas de 
energia elétrica, infraestruturas de transporte, regiões industriais, áreas 
de mineração e aglomerados populacionais.
3.2.2 Dados das populações 
Em relação às populações possivelmente afetadas pelos riscos do 
empreendimento, é importante caracterizá-las por meio de levantamen-
to de campo ou dados censitários do IBGE (CETESB, 2011). 
Nos aglomerados urbanos, deverão ser identificados bairro (região 
residencial, industrial ou comercial), escolas, igrejas, postos de saúde, 
hospitais, presídios e postos de combustíveis, etc., além de locais com 
populações flutuantes. Também é importante apresentar a menor dis-
tância destes (e sua posição em relação) ao empreendimento, o núme-
ro de construções e residências nas proximidades, propensão de cresci-
mento populacional (vetores de crescimento) e o número de residentes 
ou trabalhadores em cada construção ou residências, etc. 
Por fim, é importante buscar caracterizar todas as atividades presen-
tes nos locais investigados, como comércio, indústria, lazer, etc.
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Considerações finais
Neste capítulo, apresentamos as principais tipologias de perigos e 
como esses perigos se manifestam em dez tipos de empreendimento. 
Também abordamos a primeira etapa da elaboração das análises de 
riscos, que é a caracterização do empreendimento e de sua área adja-
cente. Nos dois próximos capítulos, retornaremos a essa temática, com 
a discussão dos elementos e técnicas constituintes de uma análise 
de riscos. 
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