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49 M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Capítulo 4 Capítulos iniciais do EIA-Rima Nos capítulos anteriores, soubemos que o conteúdo de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é estipulado pelo Termo de Referência (TR), emitido pelo órgão ambiental, e que suas diretrizes gerais são dadas pela Resolução Conama nº 001/1986. Conforme o artigo 5º dessa resolução, além de atender à legislação, o EIA deve obedecer a algumas prerrogativas técnicas, tais como: • Avaliação das alternativas tecnológicas e de localização do proje- to, confrontando-as com a hipótese de não execução deste. • Definição dos limites da área geográfica a ser direta e indireta- mente afetada pelos impactos. 50 EIA-Rima: estrutura geral e relações Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . • Avaliação da compatibilidade do empreendimento com planos e programas governamentais propostos e em implantação na área de influência do projeto. • Elaboração de diagnóstico ambiental da área de influência do pro- jeto, considerando os meios físico, biótico e socioeconômico. • Identificação e avaliação dos potenciais impactos ambientais gera- dos nas fases de planejamento, implantação e operação da atividade. • Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, ava- liando a eficiência de cada uma delas. • Elaboração de programa de acompanhamento e monitoramento das medidas propostas. Neste capítulo, vamos conhecer as principais etapas do planejamento e da execução do EIA e também sua estrutura mais comum no Brasil. Serão abordados os capítulos iniciais desse estudo, que tratam dos objetivos do empreendimento e trazem suas justificativas. Também serão abordados os aspectos que norteiam a avaliação de alternativas tecnológicas e loca- cionais, bem como a caracterização do projeto que está em avaliação. 1 Principais atividades na elaboração de um EIA e sua estrutura mínima O EIA consolida os levantamentos, os estudos e as análises realiza- dos com a finalidade de avaliar a viabilidade ambiental de um projeto que possa causar impactos significativos no meio ambiente. A preparação do EIA envolve a realização de diversas tarefas conca- tenadas e é precedida por uma etapa de planejamento dos estudos. Os principais passos para o planejamento e a execução do presente estudo são mostrados na figura 1, aos quais podem ser acrescentadas outras atividades, seguindo a legislação aplicável. 51Capítulos iniciais do EIA-Rima M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Na fase de planejamento, partindo de uma caracterização sucinta do empreendimento e de seus principais componentes, a equipe responsá- vel pelo EIA avalia as fases de implantação, operação e desativação do empreendimento com as características ambientais mais evidentes do local e da região. Esse procedimento permite que sejam identificados, de maneira pre- liminar, os prováveis impactos decorrentes de cada uma das fases do período de vida do empreendimento. A analogia com projetos similares e a indução são os meios usados para proceder à identificação prelimi- nar dos impactos prováveis. A fase de execução do EIA inicia-se após o recebimento do Termo de Referência, que, como vimos no capítulo anterior, é um documento que define o conteúdo mínimo a ser apresentado no estudo. Os estudos de base fornecem informações para as fases de previ- são dos impactos, a avaliação de sua importância e a elaboração de um plano de gestão ambiental. Eles compõem o diagnóstico ambiental, tarefa que envolve a coleta e a interpretação de dados primários e secundários so- bre o ambiente físico, biótico e antrópico de uma área delimitada. O diagnóstico ambiental é um componente essencial do EIA e funda- mental para as etapas seguintes de análise de impactos e de formula- ção de medidas mitigadoras (plano de gestão ambiental). Outra fase fundamental refere-se à análise dos impactos, composta de (i) identificação, (ii) previsão da magnitude e (iii) avaliação da impor- tância dos impactos. Nessa etapa, a identificação dos impactos decor- rentes da implantação do empreendimento deve ser sistemática, corre- lacionando cada ação (ou atividade) componente do empreendimento com um ou mais impactos ambientais. A formulação de um plano de gestão ambiental – composto de me- didas mitigadoras dos impactos adversos, de medidas potencializadoras 52 EIA-Rima: estrutura geral e relações Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo .dos impactos benéficos, de um plano de recuperação de áreas degrada- das, de um plano de monitoramento ambiental e de um plano de medidas compensatórias – completa os trabalhos de preparação do EIA. Figura 1 – Principais etapas no planejamento e execução de um EIA Caracterização das alternativas do empreendimento Caracterização preliminar do ambiente Identificação preliminar PLANEJAMENTO Identificação das questões relevantes PLANO DE TRABALHO E TERMO DE REFERÊNCIA Estudos de base EXECUÇÃO Identificação dos impactos Previsão dos impactos Avaliação dos impactos Plano de gestão ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL Fonte: adaptado de Sánchez (2013). 53Capítulos iniciais do EIA-Rima M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Diante das premissas apresentadas, no Brasil o EIA segue uma es- trutura mínima, apresentada no quadro 1. Quadro 1 – Estrutura geral do EIA INFORMAÇÕES GERAIS Identificam, localizam, informam e sintetizam o empreendimento. Também são citados os responsáveis pelo estudo. INTRODUÇÃO Apresenta os objetivos e a justificativa do empreendimento ESTUDO DAS ALTERNATIVAS Apresenta alternativas tecnológicas e locacionais do empreendimento, bem como o processo decisório das alternativas. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Refere-se ao planejamento, à implantação, operação e desativação do empreendimento. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL Define as áreas de influência do empreendimento e caracteriza os meios físico, biótico e socioeconômico. IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS Identifica e interpreta os prováveis impactos ocorridos nas diferentes fases do projeto. PLANOS E PROGRAMAS Elencam medidas que visam minimizar os impactos adversos, medidas voltadas à correção, prevenção, compensação e/ou potencialização dos impactos ambientais decorrentes da implantação e operação do empreendimento. Nos próximos tópicos deste capítulo, vamos conhecer os itens ini- ciais do EIA, que balizam sua elaboração. 2 Apresentação do documento e identificação dos responsáveis No Termo de Referência, o órgão ambiental sugere a aplicação de um roteiro para a elaboração do estudo. Apresenta-se a seguir a es- trutura geral comumente adotada nos capítulos iniciais do EIA e seu respectivo conteúdo.54 EIA-Rima: estrutura geral e relações Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . • Informações gerais: neste capítulo são apresentadas as informa- ções sobre o empreendedor e a empresa de consultoria respon- sável pela elaboração do EIA. • Dados do empreendedor e da empresa responsável: são apresen- tados os dados cadastrais tanto do empreendedor quanto da em- presa responsável pelo EIA, como nome, razão social, endereço para correspondência, inscrição estadual, CNPJ, representante da empresa, endereço, telefone. Cabe ressaltar que é imprescindível que as informações sejam atualizadas junto ao órgão ambiental sempre que houver alterações dos dados. • Introdução: neste item se descreve de modo geral o empreendi- mento, destacando-se o contexto em que se insere e seus requi- sitos para o licenciamento. Apresenta-se uma introdução sobre o estudo ambiental elaborado, descrevendo-se o conteúdo de cada capítulo, a organização do trabalho e sua estrutura. Também são apresentadas informações de localização do empreendimento e seu histórico de planejamento, bem como a discussão de sua compatibilidade com a legislação ambiental vigente. 3 Objeto do licenciamento e justificativas do empreendimento Neste item deve-se apresentar o empreendimento que se pretende licenciar, especificando-se os itens que o caracterizam, como nome, instalações e equipamentos a serem implantados, além de se descreve- rem as obras principais e associadas, informando porte, área ocupada, extensão e capacidade instalada total (SÃO PAULO, 2014). Devem-se apresentar as justificativas técnicas, econômicas e socio- ambientais da implantação do empreendimento no contexto dos muni- cípios, da região e do planejamento do setor a que pertence. 55Capítulos iniciais do EIA-Rima M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. Segundo o manual de licenciamento do estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2014) e o Guia de procedimentos do licenciamento ambiental fe- deral (MMA, 2002), as justificativas podem ser embasadas em dados sobre a demanda a ser atendida, bem como nos resultados de estudos de viabilidade realizados anteriormente. 4 Estudos de alternativas tecnológicas e locacionais Conforme determina o inciso I do artigo 5º da Resolução Conama nº 001/86, o EIA deve contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto. A natureza de individualidade e especificidade dos Estudos de Impacto Ambiental leva à aplicação prática desse dis- positivo legal de forma diferenciada, de acordo com as características de cada projeto. A busca de alternativas e a comparação destas representam um dos pilares da Avaliação de Impacto Ambiental (CARSON, 1992; VALVE, 1999). A discussão a respeito de alternativas representa o “coração” da avaliação, pois procura assegurar que o proponente considere outras abordagens factíveis, tanto para o projeto quanto para os meios de pre- venir danos ambientais, de modo que se idealizem projetos ambiental- mente menos agressivos e não simplesmente se decida se os impactos de cada projeto são aceitáveis ou não (BOND; MORRISON-SAUNDERS, 2009). Portanto, trata-se de uma importante análise do EIA, na qual devem ser apresentadas as alternativas tecnológicas e locacionais para a im- plantação do empreendimento e a análise que culminou com a escolha da alternativa apresentada no estudo ambiental. As alternativas devem ser estudadas expondo-se os dados levanta- dos de maneira a justificar técnica, econômica e ambientalmente a me- lhor configuração, comparando-a com as demais. Para a comparação 56 EIA-Rima: estrutura geral e relações Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo .das múltiplas alternativas, deve-se levar em conta os impactos ambien- tais aos meios físico, biótico e socioeconômico. Além disso, conforme a Resolução Conama no 001/86 (artigo 5º, in- ciso I), as alternativas propostas devem ser confrontadas com a hipóte- se da não execução do projeto. É importante ressaltar que cada alternativa deve ser apresentada com o mesmo grau de profundidade e sob os mesmos critérios. A aná- lise comparativa dos impactos ambientais do projeto e de suas alterna- tivas, tal como exige a Resolução Conama nº 001/86, deve ser feita a partir de opções com o mesmo nível de detalhamento, o que demanda a elaboração de estudos para todas as alternativas. Verifica-se que a exigência do mesmo grau de detalhamento em ge- ral não ocorre nos EIAs. Na prática brasileira, observa-se que no EIA o tempo e os recursos são insuficientes para uma Avaliação de Impacto Ambiental diferenciada para cada alternativa do projeto. Dessa forma, em geral é realizada uma análise das características das alternativas sob de- terminados aspectos (por exemplo, interferência em área de preservação permanente, remanescentes florestais, etc.), e com isso é determinada a melhor alternativa considerada para as demais fases do EIA. Nesse sentido, a análise de viabilidade ambiental, que expressa a adequabilidade das atividades antrópicas, deve ser determinada a partir da confrontação entre (1) as características do meio que será afetado pela ação e sua respectiva capacidade em assimilar os impactos e (2) as especificidades das atividades que serão realizadas, a fim de deter- minar a intensidade dos efeitos sobre o meio, com base em padrões ambientais de referência (TANG; BRIGHT; BRODY, 2009; MARSH, 2010). Portanto, o estudo para a identificação de áreas destinadas à instalação de atividades deve atender ao binômio caracterizado pela tipologia da atividade e pelas características do local do empreendimento (SOUZA, 2006; SÁNCHEZ, 2013). 57Capítulos iniciais do EIA-Rima M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. PARA SABER MAIS O Ministério Público da União apontou alguns problemas nessa etapa de elaboração do EIA: • Ausência de proposição de alternativas: diversos EIA deixam de apre- sentar o estudo de alternativas, sem justificativa plausível. • Prevalência dos aspectos econômicos sobre os ambientais na escolha das alternativas: alguns estudos restringem a análise de alternativas ao aspecto econômico, resultando na prevalência daquela que revela me- nores custos financeiros diretos para o empreendedor. • Comparação de alternativas a partir de uma base de conhecimento diferenciada: nos EIAs estudados pelo MPU (2004), de diferentes seto- res econômicos, constatou-se que, na maioria, não houve, para as dife- rentes alternativas, uma caracterização específica, qualitativa e quanti- tativa de elementos ambientais de forma a permitir a comparação de impactos. O que ocorre, então, é o descarte das alternativas que não foram devidamente analisadas, até mesmo sob a alegação de serem ambientalmente menos atrativas (MPU, 2004). Para a avaliação de alternativas tecnológicas no EIA, consideram-se alternativas possíveis dentro da mesma “categoria”; a avaliação do EIA considera apenas uma análise no contextode projeto, e não de políticas setoriais. Por exemplo, para o licenciamento de uma rodovia, não se fala na alternativa tecnológica de ferrovia; quando se fala de uma usina de aprovei- tamento hidrelétrico, não se menciona a alternativa de energia solar. 5 Caracterização do projeto Neste capítulo do EIA deve ser apresentada a descrição do empre- endimento nas fases de planejamento, de implantação, de operação e, se for o caso, de desativação. Quando a implantação for em etapas, ou quando forem previstas expansões, as informações deverão ser deta- lhadas para cada uma delas (FEAM, s. d.). 58 EIA-Rima: estrutura geral e relações Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo .Cabe ressaltar que na fase do EIA os projetos de engenharia (layout, memorial descritivo, etc.) ainda constituem o chamado “projeto básico”, sem grande nível de detalhamento. Os projetos executivos detalhados serão realizados após o deferimento da viabilidade ambiental do projeto proposto (aprovação do EIA-Rima e recebimento da Licença Prévia). Os Termos de Referência, em geral, solicitam a apresentação da localização geográfica proposta para o empreendimento, demonstra- da em mapa ou croquis, inclusive com as vias de acesso, existentes e projetadas, e a bacia hidrográfica, seu posicionamento frente à divisão político-administrativa, a marcos geográficos e a outros pontos de refe- rência relevantes. Conforme apresentado no manual de licenciamento do estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2014), requer-se a apresentação de todas as intervenções previstas para a implantação do empreendimento, com dados quantitativos e informações especializadas, inclusive os procedi- mentos construtivos e as informações sobre: • Infraestrutura de apoio necessária à implantação do empreendi- mento: canteiro de obras, escritórios de apoio, alojamentos, pátio de estacionamento de máquinas e veículos, unidades industriais, como usina de concreto, vias de acesso existentes e áreas po- tenciais que exigirão a abertura de novos acessos e áreas para armazenamento de material excedente. • Diretrizes adotadas para a escolha do local de instalação e os pro- cedimentos para a implantação da infraestrutura de apoio. • Infraestrutura básica para as frentes de obra e canteiros (acondi- cionamento e descarte de efluentes líquidos e resíduos sólidos). • Métodos construtivos para a implantação dos projetos, espe- cialmente em áreas densamente ocupadas ou ambientalmente sensíveis. 59Capítulos iniciais do EIA-Rima M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. • Estimativa de volumes envolvidos em atividades de terraplena- gem, incluindo a indicação espacial de potenciais áreas de em- préstimo e disposição de material, bem como os critérios consi- derados na escolha. • Quantidade e procedência dos principais insumos, como mate- riais de construção a serem adquiridos ou produzidos (produtos betuminosos, cimento, agregados, etc.). • Quantidade de mão de obra a ser empregada na implantação e origem esperada dos trabalhadores. • Estimativa de investimento da obra. • Cronograma de implantação. Considerações finais O EIA é um documento técnico e complexo, cuja elaboração envolve várias etapas. Seus capítulos iniciais contextualizam o empreendimen- to e servem como subsídio para os demais capítulos (como diagnóstico ambiental e Avaliação de Impacto Ambiental). O estudo de alternativas é uma etapa importante do processo da Avaliação de Impacto Ambiental, por meio do qual o empreendedor bus- ca responder aos interessados sobre o melhor arranjo técnico e locacio- nal para seu empreendimento. A caracterização do empreendimento, por sua vez, com o detalha- mento das atividades, das estruturas e do processo produtivo em suas diferentes fases de implantação, traz informações fundamentais e deve ser feita de forma cuidadosa, uma vez que baliza a identificação e va- loração dos impactos e, portanto, a análise de viabilidade ambiental do empreendimento. 60 EIA-Rima: estrutura geral e relações Ma te ria l p ar a us o ex cl us ivo d e al un o m at ric ul ad o em c ur so d e Ed uc aç ão a D is tâ nc ia d a Re de S en ac E AD , d a di sc ip lin a co rre sp on de nt e. P ro ib id a a re pr od uç ão e o c om pa rti lh am en to d ig ita l, s ob a s pe na s da L ei . © E di to ra S en ac S ão P au lo . Referências BOND, Alan J.; MORRISON-SAUNDERS, Angus. Sustainability appraisal: jack of all trades, master of none? Impact Assessment and Project Appraisal, v. 27, p. 321-329, 2009. BRASIL. Resolução Conama nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Diário Oficial da União, Brasília, 1986. CARSON, James. On the preparation of environmental impact statement in the United States of America. Atmospheric Environmental, n. 15, v. 26, p. 2759- 2768, 1992. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE DO ESTADO DE MINAS GERAIS (FEAM). Termo de Referência para elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). [s. d.]. Disponível em: <http://www.feam.br/images/stories/arquivos/tr/eia_rima_geral001.pdf>. Acesso em: 17 mar. 2017. MARSH, William M. Landscape planning: environmental applications. 5. ed. New York: John Willey & Sons, 2010. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Guia de procedimentos do licen- ciamento ambiental federal: documento de referência. Brasília: MMA, 2002. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_pnla/_arquivos/ Procedimentos.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2017. MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU). Deficiências em estudos de impacto ambiental: síntese de uma experiência. Brasília: Escola Superior do Ministério Público, 2004. SÃO PAULO. Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sema). Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Manual para elabo- ração de estudos para o licenciamento com avaliação de impacto ambiental. São Paulo: Cetesb, 2014. Disponível em: <http://licenciamento.cetesb.sp.gov. br/cetesb/documentos/Manual-DD-217-14.pdf.>. Acesso em: 11 mar. 2017. SÁNCHEZ, Luis Enrique. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e méto- dos. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2013. 61Capítulos iniciais do EIA-Rima M aterial para uso exclusivo de aluno m atriculado em curso de Educação a Distância da Rede Senac EAD, da disciplina correspondente. Proibida a reprodução e o com partilham ento digital, sob as penas da Lei. © Editora Senac São Paulo. SOUZA, Marcelo Pereira. A base de referência e a avaliação de impacto ambien- tal. In: SIMPÓSIO DE GEOTECNOLOGIAS NO PANTANAL, 1., 2006, Campo Grande. Anais... Campo Grande: Embrapa Informática Agropecuária/Inpe, 2006. p. 749-756. VALVE, Helena. Frame conflicts and the formulation of alternatives: environmen- tal assessment of an infrastructure plan. Environmental Impact Assessment Review, v. 19, p. 125-142, 1999. TANG, Zhenghong; BRIGHT, Elise; BRODY, Samuel. Evaluating California lo- cal land use plan’s Environmental Impact Reports. Environmental Impact Assessment Review, v. 29, p. 96-106, 2009.
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