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Pré-Clínica II Classe II de Black Amálgama O que é? O amálgama é o material mais empregado em restaurações diretas em dentes posteriores e, em termos percentuais, as restaurações com esse material, somam cerca de dois terços do total das restaurações existentes. Este material é utilizado desde os meados de 1830, sendo então descrito como toda liga metálica em que um dos componentes é o mercúrio. Principais vantagens Relatos clínicos de sucesso longitudinal extremamente satisfatórios; Sua técnica de execução é mais tolerante às dificuldades clínicas que as restaurações adesivas; o tempo de execução é menor; melhores relações de custo, simplicidade da técnica e sucesso clínico. Desvantagens A principal desvantagem do amálgama é que ele não se combina com a estrutura dental devido ao seu aspecto metálico. Além disso, o amálgama até certo ponto o amálgama é frágil: Sujeito à corrosão Ação galvânica Defeitos marginais Não ajuda a reforçar a estrutura dental enfraquecida Descarte do amálgama no lixo líquido. Principais falhas do amálgama estão na manipulação inadequada do material, preparo cavitário incorreto dentre outros fatores. Problemas clínicos relacionados ao preparo cavitário “Ao longo das últimas décadas, tem-se observado um significativo declínio na utilização do amálgama, isso deve-se principalmente a: crescente valorização da estética, declínio da prevalência da cárie dentária, filosofia minimamente invasiva e suspeitas quanto os possíveis efeitos adversos do mercúrio.” Composição do amálgama é formado pela mistura de mercúrio líquido com partículas sólidas de uma liga contendo prata, estanho e cobre, além de outros elementos, entre os quais se destaca o zinco. A prata é o constituinte principal e se associa com o estanho na forma de um composto intermediário (Ag3Sn), comumente descrito como faze γ FRATURA DE BORDA FRATURA DE ISTMO FRATURA DE CORPO DESLOCAMENTO PROXIMAL FRATURA DE DENTE FRATURA DA CRISTA MARGINAL Propriedades dos componentes da liga Classificação das ligas para amálgama Recomenda-se o uso de ligas com ALTO TEOR de cobre, pois estas proporcionam um melhor resultado clínico. Propriedades Cuidados com o amálgama Toxicidade do mercúrio o Armazenamento do mercúrio ou restos de amálgama o Manipulação do mercúrio com luvas o Uso de sugadores de alta potência o Pontas diamantadas novas Efeito do conteúdo do mercúrio Fatores que influenciam na resistência do amálgama Trituração Conteúdo do mercúrio Condensação Propriedades PRATA (Ag) • AUMENTO DA RESISTÊNCIA DA RESTAURAÇÃO (DUREZA) • RESISTÊNCIA À DEFORMAÇÃO (DIMINUIÇÃO DO ESCOAMENTO DO AMÁLGAMA SOB AÇÃO DE CARGAS MECÂNICAS) • RESISTÊNCIA À CORROSÃO • AUMENTO DA EXPANSÃO DE PRESA COBRE (Cu) • AUMENTA A DUREZA • AUMENTA A RESISTÊNCIA MECÂNICA • REDUZ O ESCOAMENTO E CORROSÃO • ATÉ 6% (LIGAS CONVENCIONAIS) E ACIMA DE 6 E ATÉ 30% (LIGAS DE ALTO TEOR DE COBRE) ZINCO (Zn) • DESOXIDANTE DURANTE A FUSÃO DA LIGA • + 0,01% LIGA COM ZINCO • - 0,01% LIGAS SEM ZINCO • MAIOR DESEMPENHO CLÍNICO PELA MENOR INCIDÊNCIA DE FRATURAS DE MARGENS • CUIDADO MAIOR COM CONTAMINAÇÃO COM ÁGUA OU SALIVA, POR CAUSA DA EXPANSÃO TARDIA •PARTÍCULAS IRREGULARES OU USINADAS •PARTÍCULAS ESFÉRICAS TAMANHO E FORMA DAS PARTÍCULAS DA LIGA •LIGAS COM ZINCO •LIGAS SEM ZINCO CONTEÚDO DE ZINCO •LIGAS COM BAIXO CONTEÚDO DE COBRE •LIGAS COM ALTO CONTEÚDO DE COBRE CONTEÚDO DE COBRE PLASTICIDADE E TEMPO DE TRABALHO PERMITE O CONTATO ÍNTIMO ENTRE O MATERIAL E AS PAREDES CAVITÁRIAS RESISTÊNCIA MECÂNICA (MAIOR 1H DEPOIS) APÓS REALIZAÇÃO= BAIXA, SENDO DE 6% (DEVENDO INSTRUIR PACIENTE) RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (SUPORTA ALTAS CARGAS MASTIGATÓRIAS) APÓS 1H É BEM INFERIOR COMPARADO APÓS 24HS E 7 DIAS ALTA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO (LIGAS COM ALTO TEOR DE COBRE = REDUÇÃO OU ELIMINAÇÃO DA FASE γ2.) RESISTÊNCIA À TRAÇÃO É BAIXA POR ISSO OS PREPAROS DEVEM: MINIMIZAR ESSES TIPOS DE ESFORÇOS, TENDO ESPESSURA MINIMA DE 2MM ALTERAÇÃO DIMENSIONAL EXPANSÃO DE CRISTALIZAÇÃO NAS PRIMEIRAS 24 HORAS E SELAMENTO HERMÉTICO DA CAVIDADE MÓDULO DE ELASTICIDADE É SEMELHANTE AO DO ESMALTE DO DENTE (50Gpa) LIGAS COM ALTO TEOR DE COBRE TENDEM A SER MAIS RÍGIDAS MÓDULO DE ESLASTICIDADE = TENSÃO E DEFORMAÇÃO Amálgama é um material muito mais frágil sob tração e flexão que sob compressão EXPANSÃO TARDIA: AS LIGAS DE LIMALHA- 50% EM PESO. AS LIGAS ESFÉRICAS – 50% EM PESO A ASSOCIAÇÃO DO ZINCO + ÁGUA + HIDROGÊNIO= DEPÓSITO = PRESSÃO INTERNA RESISTÊNCIA À CORROSÃO: ALTO SELAMENTO, CORROSÃO EXCESSIVA PODE CAUSAR POROSIDADES, REDUÇÃO DA INTEGRIDADE MARGINAL, MENOR RESISTÊNCIA E LIBERAÇÃO DE ÍONS CORROSÃO Na interface dente/restauração Produtos insolúveis da corrosão vão selando a interface dente/restauração favorecendo o selamento Corrosão na superfície externa da restauração: Perda gradativa da massa da restauração e consequentemente enfraquecendo a restauração MANCHAMENTO: BAIXO TEOR DE COBRE ASSOCIADO A FASE GAMA ALTO TEOR DE COBRE ASSOCIADO A FASE Cu6Sn6 Subtrituração do amálgama causa aparência fosca e granulosa, tornando restauração mecanicamente fraca e superfície mais rugosa Supertrituração do amálgama causa aparência pastosa e adere na porção interna da cápsula. Alguns problemas que podem ocorrer protrusão do amálgama, menor resistência à tração e degradação. Mecanismo de união deve ser proporcionado com embricamento mecânico, através do preparo de caixas auto-retentivas e preparo com retenções adicionais. Resina Composta Matriz orgânica consiste em formação de uma estrutura polimérica com inúmeras ligações cruzadas sendo, portanto, resistente, rígida e durável, sendo formada por: 1) monômeros; 2) inibidores; 3) modificadores de cor; 4) sistema ativador/iniciador. Matriz inorgânica possui tamanhos, formas e quantidades diferentes, sendo formada por: Partículas de quartzo 1,0 a 100µm. Sílica coloidal 0,02 a 0,04 µm. Vidros de alumínio- silicato de lítio, bário, estrôncio, zinco (1 a 5 µm.) As resinas podem então ser classificadas de acordo com o tamanho de suas partículas de carga. Propriedades Conteúdo da carga inorgânica, o tamanho das partículas e distribuição do tamanho das partículas auxiliam no controle da viscosidade e das características da manipulação. Agente de união é denominado de silano. Classificação BAIXA RESISTÊNCIA DO AMÁLGAMA SUBTRITURAÇÃO SUPERTRITURAÇÃO AGENTE DE UNIÃO MATRIZ ORGÂNICA MATRIZ INORGÂNICA MONÔMEROS • Viscosos • Bis-GMA • UDMA • Bis-EMA • Diluentes • EGDMA • TEGDMA INIBIDORES • BHT (hidroxitolueno butilico) • HIDROQUINONA • São bastantes reativas com radicais livres • Garantir o aumento da vida útil da resina MODIFICADORES DE COR • PIGMENTOS INORGÂNICOS (óxidos metálicos) • DIÓXIDO DE TITÂNIO • ÓXIDO DE ALUMÍNIO (resinas mais opacas) SISTEMA ATIVADOR/INICIADOR • CANFOROQUINONA (fotoiniciador) • FOTOPOLIMERIZADO R Método diferente de precipitação usada para sílica coloidal Propriedades físicas e superiores ashíbridas, indicada principalmente em áreas de altas tensões mastigatórias, possui um excelente polimento, lisura superficial e manutenção do brilho Propriedades físicas e mecânicas variantes entre as tradicionais e as híbridas, boa lisura superficial e resistência, maior capacidade de manutenção de polimento do que as híbridas PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS DUREZA, RESISTÊNCIA À TRAÇÃO E COMPRESSÃO, REFORÇA A MATRIZ RESINOSA, MÓDULO DE ELASTICIDADE, TENACIDADE, RADIOPACIDADE (Por conta das partículas de vidro contendo metais pesados como: Ba, Sr e Zn) MENOR ABSORÇÃO, MENOR MANCHAMENTO E MENOR DESGASTE ABRASIVO EXPANSÃO TÉRMICA (Partículas de vidro e cerâmicas sofrem menos expansão térmica) OUTRAS PROPRIEDADES FÍSICAS E MECÂNICAS CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO (Proporcional ao volume de carga) DE ACORDO COM O TAMANHO DAS PARTÍCULAS DE CARGA DE ACORDO COM A ATIVAÇÃO DE ACORDO COM A INSERÇÃO DE ACORDO COM A VISCOSIDADE MICRO-HIBRIDA, (POSSUI PARTÍCULAS DE SÍLICA COLOIDAL E VIDRO DE 0,4 – 1µm / 57-72% DE CARGA) indicada em todas as situações clínicas NANOPARTICULADAS/ NANOHÍBRIDAS, (POSSUI PARTÍCULAS DE 0,1 – 100µm / 59% DE CARGA) BULKFILL Método de precipitação das resinas nanoparticuladas é diferente para sílica coloidal Vantagens da Técnica incremental inserção de pequenos incrementos de compósitos (2mm), permite o uso de múltiplas cores, acomodando a contração de cada incremento. (MOURA, Elisa) Limitações da Técnica incremental polimerização limitada, inclui vazios, contaminação em camadas, possível falha de adesão entre as camadas, dificuldades em cavidades pequenas. (MOURA, Elisa) Fatores que influenciam na profundidade de polimerização são porcentagem de carga e tamanho das partículas; concentração do fotoiniciador; distanciada ponta da fonte de luz; e o tempo de exposição Resinas bulkfill são aquelas resinas que oferecem o mínimo de contração de polimerização, um alto grau de conversão, longos períodos de durabilidade e uma boa profundidade de polimerização. Estes materiais são produzidos para promover a transmissão da luz a fim de permitir a realização de uma profundidade de polimerização de até 4mm. Além disso, as resinas BulkFill têm como características a presença de TCD Uretano, que é um monômero diluente com uma cadeia maior, partículas pré-polimerizadas, uma menor quantidade de fotoinibidor e uma menor quantidade de partículas de carga. Sistemas adesivos (MOURA, Elisa) (MOURA, Elisa) Partículas individuais são cobertas por silano antes de serem incorporadas em cadeias macromoleculares multidimensionais Limita a aglomeração evitando o excesso de viscosidade EXCELENTES PROPRIEDADES ÓPTICAS + POLIMENTO Vantagens dos sistemas adesivos convencionais possuem uma difusão baseada através da união “micro-mecânica”; a smear-layer é completamente removida, possui uma melhor abordagem para o esmalte; efetividade a longo prazo; efetividade de união comprovada clinicamente; além da possibilidade de aplicação separada da porção hidrofóbica do adesivo (Bond) com espessura suficiente para suportar o potencial de stress. Desvantagens dos sistemas adesivos convencionais Ácido fosfórico é muito agressivo para a dentina; a hidroxiapatita dentinária como proteção natural do colágeno é removida; o colágeno é então profundamente exposto; a camada híbrida fica fina e vulnerável a infiltração e degradação enzimática. Só apresenta interações químicas secundárias, portanto, fracas. (MOURA, Elisa) Vantagens dos sistemas adesivos autocondicionantes de 2 passos (condicionamento seletivo) a hibridização superficial com fácil difusão do sistema adesivo; desmineralização parcial e embricamento micromecânico suficiente; limitação da exposição do colágeno o que auxilia em uma menor vulnerabilidade para a biodegradação enzimática; ligações iônicas mas dependentes de monômeros funcionais; recorde de longa duração (principalmente autocondicionantes de 2 passos). Sua efetividade clínica é comprovada e possui a possibilidade de aplicação separada da porção hidrofóbica do adesivo (bond) com uma espessura de película suficiente para suportar o potencial stress. Desvantagens dos sistemas adesivos autocondicionantes de 2 passos (condicionamento seletivo) é necessário realizar condicionamento ácido seletivo do esmalte, pode haver interferência da smear layer no caso de autocondicionantes moderados e ultramoderados, e os monômeros funcionais são sensíveis à degradação hidrolítica (MOURA, Elisa) Adesão Mecanismo que une dois materiais em íntimo contato através de uma interface. Em odontologia podemos definir adesão como um processo mediante o qual unimos materiais restauradores à substratos dentais. Essa união é conseguida pela aplicação de um agente intermediário denominado adesivo dental. Tipos de adesão União mecânica -> penetração de um material em outro material diferente União química -> forças covalentes e iônicas União física -> força de Wan der Waals e pontes de hidrogênio. União ao esmalte Descoberta em 1955 por Buonocore O esmalte é composto por 95% de conteúdo inorgânico e 5% de conteúdo orgânico e água. A composição do esmalte garante então que a adesão neste substrato seja segura e eficiente, tendo uma boa qualidade de selamento marginal à longo prazo. Confecção do bisel em esmalte -Remoção do esmalte aprismático -Expõem prismas de esmalte de forma transversal -Aumenta área de superfície -Aumenta retenção do material restaurador -Melhora estética -Mais indicado para dentes anteriores Limitações da união em esmalte -Hipercalcificação -Contaminação por sangue ou saliva -Contaminação por eugenol ou outros óleos -Ausência de bisel -Após clareamento -Adesivo subpolimerizado Condicionamento ácido em esmalte 1. Desmineralização seletiva dos primas de esmalte 2. Criação de retenções micromecânicas 3. . Aumento da energia de superfície (maior porosidade) União à dentina Estudos de 1979 (Fusayama) e 1982 (Nakabayashi) A dentina é composta por70 a 75% de conteúdo inorgânico e 30 a 25% de conteúdo orgânico e água. A composição da dentina e sua considerável complexidade acarretam maiores cuidados na obtenção de uma adesão mais efetiva. A diferença entre os diâmetros dos túbulos dentinários nos diferentes pontos da dentina (limite amelodentinário, região média e próximo à polpa) o que aumenta a umidade. Limitações da união em dentina -Dentina profunda -Dentina esclerótica -Dentina afetada por cárie - Dentina em contato prévio com outros materiais -Lesões cervicais não cariosas Condicionamento ácido em dentina 1. Desmineralização da dentina 2. Exposição das fibrilas de colágeno 3. Remoção da smear layer Smear layer Camada de esfregaço aderida à superfície da dentina cariada pela preparação de esmalte e dentina. Composição dos sistemas adesivos Os sistemas adesivos são combinações de monômeros resinosos de diferentes pesos moleculares e viscosidades. Monômeros hidrofóbicos normalmente de maior peso molecular e mais viscosos. Conferem maior resistência mecânica e estabilidade Monômeros hidrofílicos compatíveis com substrato dentinário, pois possui maior capacidade de sorção de água. Ácido desmineraliza as estruturas dentárias e cria retenções. Primer composto por monômeros hidrofílicos que permitem que o adesivo seja compatível com a umidade natural do substratodentinário. Adesivo composto por monômeros hidrofóbicos, logo, possui maior peso molecular, sendo mais viscoso. São incorporados para conferir uma maior resistência mecânica e estabilidade Solventes orgânicos água, álcool e acetona Iniciadores e aceleradores canforoquinona, amina orgânica e catalisador (de dupla ativação) Partículas de carga 0,5-40% em peso de nanopartículas. Outros ingredientes flúor e agentes antimicrobianos Ácido Soluções ácidas empregadas para condicionar o substrato dental para receber o sistema adesivo. Sendo suas funções as de: -Remover a porção mineral da dentina -Aumentar a rugosidade superficial do esmalte Primer Solução de monômeros resinosos dissolvidos em solventes orgânicos. -Parte hidrofílica do material -Permite a infiltração dos monômeros hidrofóbicos. Solventes orgânicos Camada híbrida Camada de infiltração do adesivo no esmalte e na dentina Camada híbrida satisfatória 1. Criação das vias de difusão 2. Difusão (penetração do primer e adesivo) 3. Polimerização do adesivo Classificações dos sistemas adesivos 1. Classificação por gerações (não se usa) 2. Tipo de tratamento para smear layer 3. Número de passos clínicos Tipo de tratamento para smear layer Convencionais São todos os sistemas que empregam o passo obrigatório de condicionamento ácido da superfície do esmalte e da dentina separadamente dos demais passos. Pode ser de dois ou três passos Autocondicionantes São sistemas que não requerem a aplicação isolada de um ácido para produzir porosidade nos substratos. Surgiram para eliminar o ponto crítico de secagem dos convencionais. Os monômeros ácidos presentes (diferentes de ácido fosfórico propriamente dito) que condicionam a smear layer. Paciente apresenta uma menor sensibilidade pós- operatória. Não provocam desmineralização ilimitada devido ao tamponamento do substrato. Pode ser de dois passos ou passo único. VANTAGENS -Redução dos passos operatórios -Sistema com menor sensibilidade de técnica quanto à umidade da dentina. LIMITAÇÕES -Menores valores de resistência de união ao esmalte e à dentina. -Degradação do material dentro do frasco Número de passos clínicos 3 passos Ácido + Primer + Adesivo 2 passos Condicionamento ácido + primer/adesivo Ou Primer ácido + Adesivo 1 passo ou passo único Primer Ácido e Adesivo (um só frasco, etapa única) Convencional de 2 passos Condicionamento ácido + primer/adesivo Mais hidrofílicos Compromentimento na durabilidade da união Convencional de 3 passos Ácido + Primer + Adesivo Padrão ouro dos sistemas adesivos, pois as três etapas separadas garantem que as propriedades dos três materiais sejam exploradas. No entanto, a grande quantidade de passos possibilita um aumento na chance de erros do operador, logo, se torna uma técnica bastante sensível, devido à umidade, evaporação do solvente e aplicação correta de cada componente. Autocondicionante de 1 passo Primer Ácido e Adesivo (um só frasco, etapa única) Adesivos autondicionantes Mais ácidos e mais agressivos e geralmente mais hidrofílicos que os de 2 passos Contém maior quantidade relativa de solventes diluentes que os de 2 passos . Autocondicionante de 2 passos Primer ácido + Adesivo Primers autocondicionantes Menos ácidos e mais sensíveis às características do substrato e ao modo de aplicação que os autocondicionantes de um passo. Uso clínico (Convencionais) 1. Condicionamento ácido Iniciado no esmalte -Tempo de 30 segundos (15 só em esmalte+ 15 em esmalte e dentina Depois de passados 15 segundos de esmalte, adicionar em dentina -Tempo de 15 segundos 2. Lavagem abundante 3. Secagem Em esmalte pode ser secagem vigorosa Em dentina utilizar papel absorvente, pois existe uma umidade que é necessária. Pois quando há secagem em excesso da dentina a matriz de dentina desmineralizada fica enrijecida, colapsada e seca e preenchida com ar, o que é prejudicial para as fibrilas de colágeno. 4. Aplicação do primer 5. Evaporação do solvente Importante para a qualidade final da união Não polimerizar o adesivo imediatamente após a aplicação Utilizar leves jatos de ar 6. Aplicação do adesivo Camada ideal de adesivo -> aproximadamente 50- 150 nanômetros 7. Evaporação do solvente Importante para a qualidade final da união Não polimerizar o adesivo imediatamente após a aplicação Utilizar leves jatos de ar 8. Fotopolimerização 20 segundos de fotopolimerização Uso clínico (Autocondicionantes) 2 passos 1. Aplicação do primer/ácido- Com evaporação do solvente 2. Aplicação do adesivo- Com remoção dos excessos e evaporação do solvente 3. Fotopolimerização 1 passo 1. Aplicação do primer ácido adesivo- Com remoção dos excessos e evaporação do solvente. 2. Fotopolimerização Cuidados na aplicação dos sistemas adesivos -Não ressecar excessivamente a dentina -Utilizar bolinhas de papel absorvente para remover a água -Não aplicar grande quantidade de adesivo na cavidade (remover excessos) -Não polimerizar o adesivo imediatamente após a aplicação -Proteger o dente vizinho durante o condicionamento ácido e aplicação do adesivo -Nos casos em que a utilização de matriz for necessária para a confecção da restauração, esta deve ser adaptada após a aplicação do adesivo afim, de evitar o excesso de adesivo. -Fazer condicionamento ácido além das margens cavitárias -Manter os frascos de adesivo fechados após seu uso -Ler sempre as instruções do fabricante antes de manusear Atualidades Sistemas adesivos simplificados são membranas permeáveis após polimerização. O condicionamento ácido pode levar à exposição das fibrilas de colágeno Aplicação da clorexidina tem ação antimicrobiana Formas de melhorar a impregnação do adesivo a dentina: aplicar com vigor e em múltiplas camadas o sistema adesivo e uma fotopolimerização tardia. Formas de melhorar a resistência do polímero formado pelos sistemas adesivos: aplicar uma camada adicional de adesivo hidrofóbico, prolongar o tempo de fotopolimerização. Adesivos universais Convencional Autocondicionantes Condicionamento seletivo Não há comprometimento em caso de condicionamento da dentina Adesão química (10-MDP e co-polímero do Vitrebond) Adesão mecânica Aplicação ativa melhora sua performance Qual adesivo utilizar? 1. Custo 2. Tipo de procedimento 3. Eficiência clínica Mais indicados -> Convencionais de 3 passos e autocondicionantes de 2 passos. “A técnica do operador é mais relevante para o sucesso do que a escolha do material” – Jacobsen, 2003. Classe II Cavidade composta perda de duas estruturas (mésio- oclusal; disto-oclusal) Cavidade complexa três ou mais estruturas comprometidas (mésio-ocluso-distal) Slot horizontal perda composta, no entanto há manutenção das estruturas de reforço, como cristas marginais (MOURA, Elisa) Técnica restauradora os procedimentos operatórios são iniciados pela fase de preparo cavitário, devendo- se preservar os princípios biológicos como o acesso à lesão e remoção do tecido cariado, e os princípios mecânicos como proporcionar resistência ao remanescente dental e ao material restaurador e retenção do material restaurador na cavidade Logo, um bom aceso á lesão, muitas vezes realizado á custa de esmalte sadio, o que possibilita a remoção adequada de dentina infectada e amolecida pelo processo carioso.Antes de iniciar o preparo é importante contar com radiografias interproximais, afim de aferir a extensão dentinária da lesão. Acesso à lesão cariosa O acesso não precisa ter exatamente as mesmas dimensões da lesão cariosa, mas deve ser suficientemente amplo para permitir a remoção do tecido cariado amolecido. (MOURA, Elisa) A broca perfura o esmalte em direção à lesão cariosa, de forma a remover parte do tecido que perdeu suporte dentinário. Devido a orientação dos prismas de esmalte, as lesões proximais apresentam-se na forma de cones e com ambas bases voltadas para proximal. A técnica deve preservar os pilares de sustentação do dentes, como: Cristas marginais Ponte de esmalte Teto da câmara pulpar A dentina cariada pode ser removida com o auxilio de brocas esféricas em baixa rotação e curetas de dentina É importante auxiliar quando há duvidas quanto ao grau de comprometimento da estrutura dental pela cárie, visto que a consistência da dentina é um dos melhores critérios para guiar na remoção do tecido cariado. Concluída a remoção da cárie, considera-se alcançado o objetivo biológico. Técnica restauradora para amálgama Os objetivos mecânicos compreendem adequar a cavidade aos requisitos específicos do amálgama Todo esmalte socavado deve ser removido ou reforçado com materiais adesivos Ângulos vivos atuam como ponto de concentração de tensões e podem levar à fratura do remanescente dental, portanto devem ser evitados As cavidades devem ser naturalmente retentivas ou precisam receber retenções mecânicas adicionais, para impedir o deslocamento do material. A LESÃO CARIOSA PROGRIDE MAIS RAPIDAMENTE EM DENTINA DO QUE EM ESMALTE FAZENDO COM AS LESÕES NÃO APRESENTE UM ENVOLVIMENTO SEVERO DE ESMALTE E QUE ESTEJAM ASSOCIADAS À UM GRANDE COMPROMETIMENTO DA DENTINA. 1 2 As cavidades necessitam de espessura mínima de 1,5mm para oferecer resistência mecânica adequada. O ângulo cavosuperficial deve ser reto, bem definido e sem biseis em toda a extensão do preparo. É essencial utilizar brocas cone invertido com extremos arredondados (245 e 246), pois removem o esmalte sem suporte e regularizam as paredes circundantes e a parede pulpar, e arredondam os ângulos internos “Essas brocas resultam em cavidades com paredes convergentes para a oclusal e naturalmente autorretentivos” Para o preparo da caixa proximal devem-se considerar os seguintes aspectos: Ângulo cavosuperficial deve ser vivo, reto e preferncialmente estar localizado em zonas de contato com o dente adjacente. Paredes circundantes devem convergir para oclusal Todo esmalte sem suporte deve ser removido Curva reversa de Hollenback Consiste em uma manobra operatória executada principalmente na parede vestibular da caixa proximal, para garantir um ângulo de aproximadamente 90° entre o amálgama e a superfície externa do dente. Deve ser preparada com brocas cone invertido e finalizada com instrumentos cortantes manuais A espessura de amálgama será insuficiente e poderá ocorrer fratura do material nas margens OU a espessura do esmalte será insuficiente e haverá risco de fratura da estrutura dental. Para finalizar o preparo, diferentes instrumentais manuais devem ser empregados, como por exemplo, maçado de esmalte, e recortador de margem gengival. Limpeza da cavidade Após finalização do preparo cavitário, faz-se a limpeza da cavidade, avaliando-se em seguida a necessidade de proteção do complexo dentinopulpar 3 Instrumentais importantes Protocolo clínico amálgama 1. Preparo pode ser iniciado pela face oclusal indo em direção as lesões cariosas (face proximal) -> sensação tátil de ausência de resistência ao se chegar na dentina amolecida é bem característica 2. Realizado esse aceso inicial, a abertura deve ser ampliada para possibilitar o uso dos instrumentos de remoção do tecido cariado Concluída a remoção do tecido cariado, considera-se contemplado o objetivo biológico do preparo cavitário. 3. Adaptação de uma matriz metálica ao redor do dente a ser restaurado 4. Inserção das cunhas proximais que mantém a matriz em posição e garantem contato dela com as margens da cavidade, minimizando a chance de excessos marginais. Além disso as cunhas promovem um leve afastamento dental, o que facilita a obtenção de contatos proximais adequados. 5. Após a cavidade estar devidamente limpa e protegida, é o momento de preparar o material restaurador 6. O amalgama é então levado para a cavidade com auxilio do porta amálgama 7. Em restaurações classe II, a inserção e a condensação são sempre iniciadas pelas caixas proximais Nessas restaurações, a condensação, além de melhorar as características do material é importante para a obtenção de contatos proximais adequados. 8. Concluída a condensação, o amálgama recebe brunidura pré escultura, escultura e brunidura pós escultura 9. Remove-se cuidadosamente a matriz 10. Remove-se as cunhas proximais 11. Realiza-se o ajuste oclusal 12. Após 24 horas, realiza-se o acabamento e polimento da restauração (MOURA, Elisa) (MOURA, Elisa) (MOURA, Elisa) (MOURA, Elisa) Protocolo clínico Resina 1. Diagnóstico 2. Avaliar contatos oclusais 3. Profilaxia 4. Escolha da cor da resina 5. Isolamento absoluto 6. Remoção de tecido cariado 7. Adaptação da matriz metálica e da cunha proximal, ou da unimatriz e cunha proximal, pode-se usar também o porta matriz de tofflemire 8. Sistema adesivo 9. Resina composta 10. Ajuste oclusal 11. Acabamento e polimento DIOS