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Classe II

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Pré-Clínica II 
 Classe II de Black 
 
 Amálgama 
O que é? O amálgama é o material mais empregado 
em restaurações diretas em dentes posteriores e, 
em termos percentuais, as restaurações com esse 
material, somam cerca de dois terços do total das 
restaurações existentes. Este material é utilizado 
desde os meados de 1830, sendo então descrito 
como toda liga metálica em que um dos 
componentes é o mercúrio. 
Principais vantagens Relatos clínicos de sucesso 
longitudinal extremamente satisfatórios; Sua técnica 
de execução é mais tolerante às dificuldades clínicas 
que as restaurações adesivas; o tempo de execução 
é menor; melhores relações de custo, simplicidade da 
técnica e sucesso clínico. 
Desvantagens A principal desvantagem do amálgama 
é que ele não se combina com a estrutura dental 
devido ao seu aspecto metálico. Além disso, o 
amálgama até certo ponto o amálgama é frágil: 
 Sujeito à corrosão 
 Ação galvânica 
 Defeitos marginais 
 Não ajuda a reforçar a estrutura dental 
enfraquecida 
 Descarte do amálgama no lixo líquido. 
Principais falhas do amálgama estão na manipulação 
inadequada do material, preparo cavitário incorreto 
dentre outros fatores. 
 
Problemas clínicos relacionados ao preparo cavitário 
 
“Ao longo das últimas décadas, tem-se observado um 
significativo declínio na utilização do amálgama, isso 
deve-se principalmente a: crescente valorização da 
estética, declínio da prevalência da cárie dentária, 
filosofia minimamente invasiva e suspeitas quanto os 
possíveis efeitos adversos do mercúrio.” 
Composição do amálgama é formado pela mistura de 
mercúrio líquido com partículas sólidas de uma liga 
contendo prata, estanho e cobre, além de outros 
elementos, entre os quais se destaca o zinco. 
A prata é o constituinte principal e se associa com o 
estanho na forma de um composto intermediário 
(Ag3Sn), comumente descrito como faze γ 
 
 
FRATURA DE 
BORDA
FRATURA DE 
ISTMO
FRATURA DE 
CORPO 
DESLOCAMENTO 
PROXIMAL
FRATURA DE 
DENTE 
FRATURA DA 
CRISTA MARGINAL
 Propriedades dos componentes da liga 
 
 Classificação das ligas para amálgama 
 
Recomenda-se o uso de ligas com ALTO TEOR de 
cobre, pois estas proporcionam um melhor resultado 
clínico. 
 Propriedades 
 
 
 
 
 
 
 
 Cuidados com o amálgama 
 Toxicidade do mercúrio 
o Armazenamento do mercúrio ou 
restos de amálgama 
o Manipulação do mercúrio com luvas 
o Uso de sugadores de alta potência 
o Pontas diamantadas novas 
 Efeito do conteúdo do mercúrio 
 
Fatores que influenciam na resistência do 
amálgama 
 Trituração 
 Conteúdo do mercúrio 
 Condensação 
 Propriedades 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRATA (Ag) 
• AUMENTO DA 
RESISTÊNCIA DA 
RESTAURAÇÃO (DUREZA) 
• RESISTÊNCIA À 
DEFORMAÇÃO 
(DIMINUIÇÃO DO 
ESCOAMENTO DO 
AMÁLGAMA SOB AÇÃO DE 
CARGAS MECÂNICAS)
• RESISTÊNCIA À CORROSÃO 
• AUMENTO DA EXPANSÃO 
DE PRESA
COBRE (Cu) 
• AUMENTA A DUREZA 
• AUMENTA A RESISTÊNCIA 
MECÂNICA 
• REDUZ O ESCOAMENTO E 
CORROSÃO
• ATÉ 6% (LIGAS 
CONVENCIONAIS) E ACIMA 
DE 6 E ATÉ 30% (LIGAS DE 
ALTO TEOR DE COBRE) 
ZINCO (Zn) 
• DESOXIDANTE DURANTE A 
FUSÃO DA LIGA 
• + 0,01% LIGA COM ZINCO 
• - 0,01% LIGAS SEM ZINCO 
• MAIOR DESEMPENHO 
CLÍNICO PELA MENOR 
INCIDÊNCIA DE FRATURAS 
DE MARGENS 
• CUIDADO MAIOR COM 
CONTAMINAÇÃO COM 
ÁGUA OU SALIVA, POR 
CAUSA DA EXPANSÃO 
TARDIA 
•PARTÍCULAS IRREGULARES OU 
USINADAS 
•PARTÍCULAS ESFÉRICAS 
TAMANHO E FORMA 
DAS PARTÍCULAS DA 
LIGA 
•LIGAS COM ZINCO 
•LIGAS SEM ZINCO 
CONTEÚDO DE ZINCO
•LIGAS COM BAIXO CONTEÚDO DE COBRE 
•LIGAS COM ALTO CONTEÚDO DE COBRE 
CONTEÚDO DE COBRE 
PLASTICIDADE E 
TEMPO DE 
TRABALHO 
PERMITE O 
CONTATO ÍNTIMO 
ENTRE O MATERIAL 
E AS PAREDES 
CAVITÁRIAS 
RESISTÊNCIA 
MECÂNICA (MAIOR 
1H DEPOIS) 
APÓS REALIZAÇÃO= 
BAIXA, SENDO DE 
6% (DEVENDO 
INSTRUIR PACIENTE) 
RESISTÊNCIA À 
COMPRESSÃO 
(SUPORTA ALTAS 
CARGAS 
MASTIGATÓRIAS) 
APÓS 1H É BEM 
INFERIOR 
COMPARADO APÓS 
24HS E 7 DIAS 
ALTA RESISTÊNCIA À 
COMPRESSÃO 
(LIGAS COM ALTO 
TEOR DE COBRE = 
REDUÇÃO OU 
ELIMINAÇÃO DA 
FASE γ2.) 
RESISTÊNCIA À 
TRAÇÃO É BAIXA 
POR ISSO OS 
PREPAROS DEVEM: 
MINIMIZAR ESSES 
TIPOS DE 
ESFORÇOS, TENDO 
ESPESSURA MINIMA 
DE 2MM 
ALTERAÇÃO 
DIMENSIONAL 
EXPANSÃO DE 
CRISTALIZAÇÃO NAS 
PRIMEIRAS 24 
HORAS E 
SELAMENTO 
HERMÉTICO DA 
CAVIDADE 
MÓDULO DE 
ELASTICIDADE É 
SEMELHANTE AO DO 
ESMALTE DO DENTE 
(50Gpa) 
LIGAS COM ALTO 
TEOR DE COBRE 
TENDEM A SER 
MAIS RÍGIDAS 
MÓDULO DE 
ESLASTICIDADE = 
TENSÃO E 
DEFORMAÇÃO 
Amálgama é um 
material muito mais 
frágil sob tração e 
flexão que sob 
compressão 
EXPANSÃO TARDIA: 
AS LIGAS DE 
LIMALHA- 50% EM 
PESO. 
AS LIGAS ESFÉRICAS 
– 50% EM PESO 
A ASSOCIAÇÃO DO 
ZINCO + ÁGUA + 
HIDROGÊNIO= 
DEPÓSITO = 
PRESSÃO INTERNA 
 
RESISTÊNCIA À 
CORROSÃO: ALTO 
SELAMENTO, 
CORROSÃO 
EXCESSIVA PODE 
CAUSAR 
POROSIDADES, 
REDUÇÃO DA 
INTEGRIDADE 
MARGINAL, MENOR 
RESISTÊNCIA E 
LIBERAÇÃO DE ÍONS 
CORROSÃO 
Na interface 
dente/restauração 
Produtos insolúveis da 
corrosão vão selando a 
interface 
dente/restauração 
favorecendo o 
selamento Corrosão na superfície 
externa da 
restauração: 
 
Perda gradativa da 
massa da restauração 
e consequentemente 
enfraquecendo a 
restauração 
 
MANCHAMENTO: 
BAIXO TEOR DE 
COBRE ASSOCIADO A 
FASE GAMA 
ALTO TEOR DE 
COBRE ASSOCIADO A 
FASE Cu6Sn6 
Subtrituração do amálgama causa aparência fosca e 
granulosa, tornando restauração mecanicamente 
fraca e superfície mais rugosa 
Supertrituração do amálgama causa aparência 
pastosa e adere na porção interna da cápsula. 
 
Alguns problemas que podem ocorrer protrusão do 
amálgama, menor resistência à tração e degradação. 
Mecanismo de união deve ser proporcionado com 
embricamento mecânico, através do preparo de 
caixas auto-retentivas e preparo com retenções 
adicionais. 
 Resina Composta 
 
Matriz orgânica consiste em formação de uma 
estrutura polimérica com inúmeras ligações cruzadas 
sendo, portanto, resistente, rígida e durável, sendo 
formada por: 1) monômeros; 2) inibidores; 3) 
modificadores de cor; 4) sistema ativador/iniciador. 
 
 
 
Matriz inorgânica possui tamanhos, formas e 
quantidades diferentes, sendo formada por: 
 Partículas de quartzo 1,0 a 100µm. 
 Sílica coloidal 0,02 a 0,04 µm. 
 Vidros de alumínio- silicato de lítio, bário, 
estrôncio, zinco (1 a 5 µm.) 
As resinas podem então ser classificadas de acordo 
com o tamanho de suas partículas de carga. 
 Propriedades 
 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo da carga inorgânica, o tamanho das 
partículas e distribuição do tamanho das partículas 
auxiliam no controle da viscosidade e das 
características da manipulação. 
Agente de união é denominado de silano. 
 Classificação 
 
 
 
 
 
 
 
 
BAIXA RESISTÊNCIA 
DO AMÁLGAMA
SUBTRITURAÇÃO
SUPERTRITURAÇÃO
AGENTE DE 
UNIÃO
MATRIZ 
ORGÂNICA 
MATRIZ 
INORGÂNICA 
MONÔMEROS 
• Viscosos
• Bis-GMA
• UDMA
• Bis-EMA
• Diluentes
• EGDMA 
• TEGDMA
INIBIDORES
• BHT (hidroxitolueno 
butilico)
• HIDROQUINONA 
• São bastantes 
reativas com radicais 
livres 
• Garantir o aumento 
da vida útil da resina
MODIFICADORES DE 
COR 
• PIGMENTOS 
INORGÂNICOS 
(óxidos metálicos) 
• DIÓXIDO DE TITÂNIO 
• ÓXIDO DE ALUMÍNIO 
(resinas mais opacas) 
SISTEMA 
ATIVADOR/INICIADOR
• CANFOROQUINONA 
(fotoiniciador) 
• FOTOPOLIMERIZADO
R
Método diferente de 
precipitação usada 
para sílica coloidal 
 
Propriedades físicas e 
superiores ashíbridas, 
indicada principalmente 
em áreas de altas 
tensões mastigatórias, 
possui um excelente 
polimento, lisura 
superficial e 
manutenção do brilho 
 
Propriedades físicas e 
mecânicas variantes 
entre as tradicionais e 
as híbridas, boa lisura 
superficial e resistência, 
maior capacidade de 
manutenção de 
polimento do que as 
híbridas 
 
PROPRIEDADES 
FÍSICAS E 
MECÂNICAS 
DUREZA, 
RESISTÊNCIA À 
TRAÇÃO E 
COMPRESSÃO, 
REFORÇA A MATRIZ 
RESINOSA, 
MÓDULO DE 
ELASTICIDADE, 
TENACIDADE, 
RADIOPACIDADE 
(Por conta das 
partículas de vidro 
contendo metais 
pesados como: Ba, 
Sr e Zn) 
MENOR ABSORÇÃO, 
MENOR 
MANCHAMENTO E 
MENOR DESGASTE 
ABRASIVO 
EXPANSÃO 
TÉRMICA (Partículas 
de vidro e cerâmicas 
sofrem menos 
expansão térmica) 
OUTRAS 
PROPRIEDADES 
FÍSICAS E 
MECÂNICAS 
CONTRAÇÃO DE 
POLIMERIZAÇÃO 
(Proporcional ao 
volume de carga) 
 
DE ACORDO COM O 
TAMANHO DAS 
PARTÍCULAS DE 
CARGA 
DE ACORDO COM A 
ATIVAÇÃO 
DE ACORDO COM A 
INSERÇÃO 
DE ACORDO COM A 
VISCOSIDADE 
MICRO-HIBRIDA, 
(POSSUI 
PARTÍCULAS DE 
SÍLICA COLOIDAL E 
VIDRO DE 0,4 – 1µm 
/ 57-72% DE CARGA) 
indicada em todas 
as situações clínicas 
 
NANOPARTICULADAS/
NANOHÍBRIDAS, 
(POSSUI PARTÍCULAS 
DE 0,1 – 100µm / 59% 
DE CARGA) 
BULKFILL 
 
Método de precipitação das resinas nanoparticuladas é 
diferente para sílica coloidal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vantagens da Técnica incremental inserção de 
pequenos incrementos de compósitos (2mm), 
permite o uso de múltiplas cores, acomodando a 
contração de cada incremento. 
 (MOURA, Elisa) 
Limitações da Técnica incremental polimerização 
limitada, inclui vazios, contaminação em camadas, 
possível falha de adesão entre as camadas, 
dificuldades em cavidades pequenas. 
 (MOURA, Elisa) 
 
 
Fatores que influenciam na profundidade de 
polimerização são porcentagem de carga e tamanho 
das partículas; concentração do fotoiniciador; 
distanciada ponta da fonte de luz; e o tempo de 
exposição 
Resinas bulkfill são aquelas resinas que oferecem o 
mínimo de contração de polimerização, um alto grau 
de conversão, longos períodos de durabilidade e uma 
boa profundidade de polimerização. Estes materiais 
são produzidos para promover a transmissão da luz a 
fim de permitir a realização de uma profundidade de 
polimerização de até 4mm. 
Além disso, as resinas BulkFill têm como 
características a presença de TCD Uretano, que é 
um monômero diluente com uma cadeia maior, 
partículas pré-polimerizadas, uma menor quantidade 
de fotoinibidor e uma menor quantidade de partículas 
de carga. 
 
 Sistemas adesivos 
(MOURA, Elisa) 
(MOURA, Elisa) 
 
Partículas individuais são cobertas por silano 
antes de serem incorporadas em cadeias 
macromoleculares multidimensionais 
Limita a aglomeração evitando o excesso de 
viscosidade 
EXCELENTES PROPRIEDADES ÓPTICAS + POLIMENTO 
Vantagens dos sistemas adesivos convencionais 
possuem uma difusão baseada através da união 
“micro-mecânica”; a smear-layer é completamente 
removida, possui uma melhor abordagem para o 
esmalte; efetividade a longo prazo; efetividade de 
união comprovada clinicamente; além da possibilidade 
de aplicação separada da porção hidrofóbica do 
adesivo (Bond) com espessura suficiente para 
suportar o potencial de stress. 
Desvantagens dos sistemas adesivos convencionais 
Ácido fosfórico é muito agressivo para a dentina; a 
hidroxiapatita dentinária como proteção natural do 
colágeno é removida; o colágeno é então 
profundamente exposto; a camada híbrida fica fina e 
vulnerável a infiltração e degradação enzimática. Só 
apresenta interações químicas secundárias, portanto, 
fracas. 
(MOURA, Elisa) 
Vantagens dos sistemas adesivos autocondicionantes de 
2 passos (condicionamento seletivo) a hibridização 
superficial com fácil difusão do sistema adesivo; 
desmineralização parcial e embricamento 
micromecânico suficiente; limitação da exposição do 
colágeno o que auxilia em uma menor vulnerabilidade 
para a biodegradação enzimática; ligações iônicas mas 
dependentes de monômeros funcionais; recorde de 
longa duração (principalmente autocondicionantes de 
2 passos). 
Sua efetividade clínica é comprovada e possui a 
possibilidade de aplicação separada da porção 
hidrofóbica do adesivo (bond) com uma espessura de 
película suficiente para suportar o potencial stress. 
Desvantagens dos sistemas adesivos autocondicionantes 
de 2 passos (condicionamento seletivo) é necessário 
realizar condicionamento ácido seletivo do esmalte, 
pode haver interferência da smear layer no caso de 
autocondicionantes moderados e ultramoderados, e 
os monômeros funcionais são sensíveis à degradação 
hidrolítica 
(MOURA, Elisa) 
 Adesão 
Mecanismo que une dois materiais em íntimo contato 
através de uma interface. 
Em odontologia podemos definir adesão como um 
processo mediante o qual unimos materiais 
restauradores à substratos dentais. Essa união é 
conseguida pela aplicação de um agente 
intermediário denominado adesivo dental. 
 Tipos de adesão 
União mecânica -> penetração de um material em 
outro material diferente 
União química -> forças covalentes e iônicas 
União física -> força de Wan der Waals e pontes de 
hidrogênio. 
 
 União ao esmalte 
Descoberta em 1955 por Buonocore 
O esmalte é composto por 95% de conteúdo 
inorgânico e 5% de conteúdo orgânico e água. 
A composição do esmalte garante então que a 
adesão neste substrato seja segura e eficiente, tendo 
uma boa qualidade de selamento marginal à longo 
prazo. 
 Confecção do bisel em esmalte 
-Remoção do esmalte aprismático 
-Expõem prismas de esmalte de forma transversal 
-Aumenta área de superfície 
-Aumenta retenção do material restaurador 
-Melhora estética 
-Mais indicado para dentes anteriores 
 Limitações da união em esmalte 
-Hipercalcificação 
-Contaminação por sangue ou saliva 
-Contaminação por eugenol ou outros óleos 
-Ausência de bisel 
 
 
-Após clareamento 
-Adesivo subpolimerizado 
 
Condicionamento ácido em esmalte 
1. Desmineralização seletiva dos primas de 
esmalte 
2. Criação de retenções micromecânicas 
3. . Aumento da energia de superfície (maior 
porosidade) 
 
 União à dentina 
Estudos de 1979 (Fusayama) e 1982 (Nakabayashi) 
A dentina é composta por70 a 75% de conteúdo 
inorgânico e 30 a 25% de conteúdo orgânico e 
água. 
A composição da dentina e sua considerável 
complexidade acarretam maiores cuidados na 
obtenção de uma adesão mais efetiva. A diferença 
entre os diâmetros dos túbulos dentinários nos 
diferentes pontos da dentina (limite amelodentinário, 
região média e próximo à polpa) o que aumenta a 
umidade. 
 Limitações da união em dentina 
-Dentina profunda 
-Dentina esclerótica 
-Dentina afetada por cárie 
- Dentina em contato prévio com outros materiais 
-Lesões cervicais não cariosas 
Condicionamento ácido em dentina 
1. Desmineralização da dentina 
2. Exposição das fibrilas de colágeno 
3. Remoção da smear layer 
 Smear layer 
Camada de esfregaço aderida à superfície da dentina 
cariada pela preparação de esmalte e dentina. 
 
Composição dos sistemas adesivos 
Os sistemas adesivos são combinações de 
monômeros resinosos de diferentes pesos 
moleculares e viscosidades. 
 
Monômeros hidrofóbicos normalmente de maior 
peso molecular e mais viscosos. Conferem maior 
resistência mecânica e estabilidade 
 
Monômeros hidrofílicos compatíveis com substrato 
dentinário, pois possui maior capacidade de sorção de 
água. 
 
Ácido desmineraliza as estruturas dentárias e cria 
retenções. 
 
Primer composto por monômeros hidrofílicos que 
permitem que o adesivo seja compatível com a 
umidade natural do substratodentinário. 
 
Adesivo composto por monômeros hidrofóbicos, logo, 
possui maior peso molecular, sendo mais viscoso. São 
incorporados para conferir uma maior resistência 
mecânica e estabilidade 
 
Solventes orgânicos água, álcool e acetona 
 
Iniciadores e aceleradores canforoquinona, amina 
orgânica e catalisador (de dupla ativação) 
 
Partículas de carga 0,5-40% em peso de 
nanopartículas. 
 
Outros ingredientes flúor e agentes antimicrobianos 
 
 Ácido 
Soluções ácidas empregadas para condicionar o 
substrato dental para receber o sistema adesivo. 
Sendo suas funções as de: 
-Remover a porção mineral da dentina 
-Aumentar a rugosidade superficial do 
esmalte 
 Primer 
Solução de monômeros resinosos dissolvidos em 
solventes orgânicos. 
-Parte hidrofílica do material 
-Permite a infiltração dos monômeros 
hidrofóbicos. 
 
 Solventes orgânicos 
 
 
 
 Camada híbrida 
Camada de infiltração do adesivo no esmalte e na 
dentina 
 Camada híbrida satisfatória 
1. Criação das vias de difusão 
2. Difusão (penetração do primer e adesivo) 
3. Polimerização do adesivo 
 
Classificações dos sistemas adesivos 
1. Classificação por gerações (não se usa) 
2. Tipo de tratamento para smear layer 
3. Número de passos clínicos 
 
Tipo de tratamento para smear layer 
Convencionais 
São todos os sistemas que empregam o passo 
obrigatório de condicionamento ácido da superfície 
do esmalte e da dentina separadamente dos demais 
passos. 
Pode ser de dois ou três passos 
Autocondicionantes 
São sistemas que não requerem a aplicação isolada 
de um ácido para produzir porosidade nos substratos. 
Surgiram para eliminar o ponto crítico de secagem dos 
convencionais. 
Os monômeros ácidos presentes (diferentes de ácido 
fosfórico propriamente dito) que condicionam a smear 
layer. 
Paciente apresenta uma menor sensibilidade pós-
operatória. 
Não provocam desmineralização ilimitada devido ao 
tamponamento do substrato. 
Pode ser de dois passos ou passo único. 
 VANTAGENS 
-Redução dos passos operatórios 
-Sistema com menor sensibilidade de técnica quanto à 
umidade da dentina. 
 LIMITAÇÕES 
-Menores valores de resistência de união ao esmalte e 
à dentina. 
-Degradação do material dentro do frasco 
 
Número de passos clínicos 
3 passos 
Ácido + Primer + Adesivo 
2 passos 
Condicionamento ácido + primer/adesivo 
Ou 
Primer ácido + Adesivo 
1 passo ou passo único 
Primer Ácido e Adesivo (um só frasco, etapa única) 
 Convencional de 2 passos 
Condicionamento ácido + primer/adesivo 
Mais hidrofílicos 
Compromentimento na durabilidade da união 
 
 Convencional de 3 passos 
Ácido + Primer + Adesivo 
Padrão ouro dos sistemas adesivos, pois as três 
etapas separadas garantem que as propriedades dos 
três materiais sejam exploradas. 
No entanto, a grande quantidade de passos possibilita 
um aumento na chance de erros do operador, logo, 
se torna uma técnica bastante sensível, devido à 
umidade, evaporação do solvente e aplicação correta 
de cada componente. 
 
 Autocondicionante de 1 passo 
Primer Ácido e Adesivo (um só frasco, etapa única) 
Adesivos autondicionantes 
Mais ácidos e mais agressivos e geralmente mais 
hidrofílicos que os de 2 passos 
Contém maior quantidade relativa de solventes 
diluentes que os de 2 passos . 
 Autocondicionante de 2 passos 
Primer ácido + Adesivo 
Primers autocondicionantes 
Menos ácidos e mais sensíveis às características do 
substrato e ao modo de aplicação que os 
autocondicionantes de um passo. 
 Uso clínico (Convencionais) 
1. Condicionamento ácido 
Iniciado no esmalte 
-Tempo de 30 segundos (15 só em esmalte+ 15 
em esmalte e dentina 
Depois de passados 15 segundos de esmalte, 
adicionar em dentina 
-Tempo de 15 segundos 
2. Lavagem abundante 
3. Secagem 
Em esmalte pode ser secagem vigorosa 
Em dentina utilizar papel absorvente, pois existe 
uma umidade que é necessária. Pois quando há 
secagem em excesso da dentina a matriz de 
dentina desmineralizada fica enrijecida, colapsada 
e seca e preenchida com ar, o que é prejudicial 
para as fibrilas de colágeno. 
4. Aplicação do primer 
5. Evaporação do solvente 
Importante para a qualidade final da união 
Não polimerizar o adesivo imediatamente após a 
aplicação 
Utilizar leves jatos de ar 
6. Aplicação do adesivo 
Camada ideal de adesivo -> aproximadamente 
50- 150 nanômetros 
 
7. Evaporação do solvente 
Importante para a qualidade final da união 
Não polimerizar o adesivo imediatamente após a 
aplicação 
Utilizar leves jatos de ar 
8. Fotopolimerização 
20 segundos de fotopolimerização 
 
 Uso clínico (Autocondicionantes) 
 2 passos 
1. Aplicação do primer/ácido- Com evaporação 
do solvente 
2. Aplicação do adesivo- Com remoção dos 
excessos e evaporação do solvente 
3. Fotopolimerização 
 1 passo 
1. Aplicação do primer ácido adesivo- Com 
remoção dos excessos e evaporação do 
solvente. 
2. Fotopolimerização 
 
Cuidados na aplicação dos sistemas adesivos 
-Não ressecar excessivamente a dentina 
-Utilizar bolinhas de papel absorvente para remover a 
água 
-Não aplicar grande quantidade de adesivo na 
cavidade (remover excessos) 
-Não polimerizar o adesivo imediatamente após a 
aplicação 
-Proteger o dente vizinho durante o condicionamento 
ácido e aplicação do adesivo 
-Nos casos em que a utilização de matriz for 
necessária para a confecção da restauração, esta 
deve ser adaptada após a aplicação do adesivo afim, 
de evitar o excesso de adesivo. 
-Fazer condicionamento ácido além das margens 
cavitárias 
-Manter os frascos de adesivo fechados após seu uso 
-Ler sempre as instruções do fabricante antes de 
manusear 
 Atualidades 
Sistemas adesivos simplificados são membranas 
permeáveis após polimerização. 
O condicionamento ácido pode levar à exposição das 
fibrilas de colágeno 
Aplicação da clorexidina tem ação antimicrobiana 
Formas de melhorar a impregnação do adesivo a 
dentina: aplicar com vigor e em múltiplas camadas o 
sistema adesivo e uma fotopolimerização tardia. 
Formas de melhorar a resistência do polímero 
formado pelos sistemas adesivos: aplicar uma camada 
adicional de adesivo hidrofóbico, prolongar o tempo 
de fotopolimerização. 
 
 
 Adesivos universais 
 Convencional 
 Autocondicionantes 
 Condicionamento seletivo 
 Não há comprometimento em caso de 
condicionamento da dentina 
 Adesão química (10-MDP e co-polímero do 
Vitrebond) 
 Adesão mecânica 
 Aplicação ativa melhora sua performance 
 
 Qual adesivo utilizar? 
1. Custo 
2. Tipo de procedimento 
3. Eficiência clínica 
 
Mais indicados -> Convencionais de 3 passos 
e autocondicionantes de 2 passos. 
 
 “A técnica do operador é mais relevante 
para o sucesso do que a escolha do 
material” – Jacobsen, 2003. 
 
 Classe II 
 
Cavidade composta perda de duas estruturas (mésio-
oclusal; disto-oclusal) 
Cavidade complexa três ou mais estruturas 
comprometidas (mésio-ocluso-distal) 
Slot horizontal perda composta, no entanto há 
manutenção das estruturas de reforço, como cristas 
marginais 
 
(MOURA, Elisa) 
Técnica restauradora os procedimentos operatórios 
são iniciados pela fase de preparo cavitário, devendo-
se preservar os princípios biológicos como o acesso 
à lesão e remoção do tecido cariado, e os princípios 
mecânicos como proporcionar resistência ao 
remanescente dental e ao material restaurador e 
retenção do material restaurador na cavidade 
 
 
 
 
Logo, um bom aceso á lesão, muitas vezes realizado 
á custa de esmalte sadio, o que possibilita a remoção 
adequada de dentina infectada e amolecida pelo 
processo carioso.Antes de iniciar o preparo é importante contar com 
radiografias interproximais, afim de aferir a 
extensão dentinária da lesão. 
 
 
 Acesso à lesão cariosa 
O acesso não precisa ter exatamente as mesmas 
dimensões da lesão cariosa, mas deve ser 
suficientemente amplo para permitir a remoção do 
tecido cariado amolecido. 
 
(MOURA, Elisa) 
A broca perfura o esmalte em direção à lesão 
cariosa, de forma a remover parte do tecido que 
perdeu suporte dentinário. 
Devido a orientação dos prismas de esmalte, as 
lesões proximais apresentam-se na forma de cones e 
com ambas bases voltadas para proximal. 
 
A técnica deve preservar os pilares de sustentação 
do dentes, como: 
 Cristas marginais 
 Ponte de esmalte 
 Teto da câmara pulpar 
A dentina cariada pode ser removida com o auxilio 
de brocas esféricas em baixa rotação e curetas de 
dentina 
É importante auxiliar quando há duvidas quanto ao 
grau de comprometimento da estrutura dental pela 
cárie, visto que a consistência da dentina é um dos 
melhores critérios para guiar na remoção do tecido 
cariado. 
Concluída a remoção da cárie, considera-se 
alcançado o objetivo biológico. 
 
 
 Técnica restauradora para amálgama 
Os objetivos mecânicos compreendem adequar a 
cavidade aos requisitos específicos do amálgama 
Todo esmalte socavado deve ser removido ou 
reforçado com materiais adesivos 
Ângulos vivos atuam como ponto de concentração 
de tensões e podem levar à fratura do 
remanescente dental, portanto devem ser evitados 
As cavidades devem ser naturalmente retentivas ou 
precisam receber retenções mecânicas adicionais, 
para impedir o deslocamento do material. 
A LESÃO CARIOSA PROGRIDE MAIS RAPIDAMENTE EM 
DENTINA DO QUE EM ESMALTE 
FAZENDO COM AS LESÕES NÃO APRESENTE UM ENVOLVIMENTO SEVERO 
DE ESMALTE E QUE ESTEJAM ASSOCIADAS À UM GRANDE 
COMPROMETIMENTO DA DENTINA. 
 1 
 2 
 
As cavidades necessitam de espessura mínima de 
1,5mm para oferecer resistência mecânica adequada. 
O ângulo cavosuperficial deve ser reto, bem definido 
e sem biseis em toda a extensão do preparo. 
É essencial utilizar brocas cone invertido com 
extremos arredondados (245 e 246), pois removem o 
esmalte sem suporte e regularizam as paredes 
circundantes e a parede pulpar, e arredondam os 
ângulos internos 
“Essas brocas resultam em cavidades com paredes 
convergentes para a oclusal e naturalmente 
autorretentivos” 
Para o preparo da caixa proximal devem-se 
considerar os seguintes aspectos: 
 Ângulo cavosuperficial deve ser vivo, reto e 
preferncialmente estar localizado em zonas 
de contato com o dente adjacente. 
 Paredes circundantes devem convergir para 
oclusal 
 Todo esmalte sem suporte deve ser 
removido 
 Curva reversa de Hollenback 
Consiste em uma manobra operatória executada 
principalmente na parede vestibular da caixa 
proximal, para garantir um ângulo de 
aproximadamente 90° entre o amálgama e a 
superfície externa do dente. 
Deve ser preparada com brocas cone invertido e 
finalizada com instrumentos cortantes manuais 
A espessura de amálgama será insuficiente e 
poderá ocorrer fratura do material nas margens 
OU a espessura do esmalte será insuficiente e 
haverá risco de fratura da estrutura dental. 
 
 
Para finalizar o preparo, diferentes instrumentais 
manuais devem ser empregados, como por 
exemplo, maçado de esmalte, e recortador de 
margem gengival. 
 
 
 
 Limpeza da cavidade 
Após finalização do preparo cavitário, faz-se a 
limpeza da cavidade, avaliando-se em seguida a 
necessidade de proteção do complexo dentinopulpar 
 3 
 
 Instrumentais importantes 
 
 
 
 
 
 Protocolo clínico amálgama 
1. Preparo pode ser iniciado pela face oclusal 
indo em direção as lesões cariosas (face 
proximal) -> sensação tátil de ausência de 
resistência ao se chegar na dentina amolecida 
é bem característica 
2. Realizado esse aceso inicial, a abertura deve 
ser ampliada para possibilitar o uso dos 
instrumentos de remoção do tecido cariado 
 Concluída a remoção do tecido 
cariado, considera-se contemplado o 
objetivo biológico do preparo 
cavitário. 
3. Adaptação de uma matriz metálica ao redor 
do dente a ser restaurado 
4. Inserção das cunhas proximais que mantém a 
matriz em posição e garantem contato dela 
com as margens da cavidade, minimizando a 
chance de excessos marginais. Além disso as 
cunhas promovem um leve afastamento 
dental, o que facilita a obtenção de contatos 
proximais adequados. 
5. Após a cavidade estar devidamente limpa e 
protegida, é o momento de preparar o 
material restaurador 
 
6. O amalgama é então levado para a cavidade 
com auxilio do porta amálgama 
7. Em restaurações classe II, a inserção e a 
condensação são sempre iniciadas pelas 
caixas proximais 
 Nessas restaurações, a condensação, 
além de melhorar as características 
do material é importante para a 
obtenção de contatos proximais 
adequados. 
8. Concluída a condensação, o amálgama 
recebe brunidura pré escultura, escultura e 
brunidura pós escultura 
9. Remove-se cuidadosamente a matriz 
10. Remove-se as cunhas proximais 
11. Realiza-se o ajuste oclusal 
12. Após 24 horas, realiza-se o acabamento e 
polimento da restauração 
 
(MOURA, Elisa) 
(MOURA, Elisa) 
 
(MOURA, Elisa) 
(MOURA, Elisa) 
 Protocolo clínico Resina 
1. Diagnóstico 
2. Avaliar contatos oclusais 
3. Profilaxia 
4. Escolha da cor da resina 
5. Isolamento absoluto 
6. Remoção de tecido cariado 
7. Adaptação da matriz metálica e da cunha 
proximal, ou da unimatriz e cunha proximal, 
pode-se usar também o porta matriz de 
tofflemire 
8. Sistema adesivo 
9. Resina composta 
10. Ajuste oclusal 
11. Acabamento e polimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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