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Feito por: Yris Lins Introdução ao estudo dos materiais dentários Objetivo da odontologia Manter ou melhorar a qualidade de vida do paciente, recuperando estética (forma/cor), função (mastigação /fonação) e harmonia oral e facial; Através do desenvolvimento e seleção de substâncias/ materiais odontológicos biocompatíveis e com propriedades específicas. ÁTOMO É a menor partícula capaz de identificar um elemento químico e participar de uma reação química. É partícula fundamental da matéria. Todas as substâncias são feitas de matéria e a unidade fundamental da matéria é o átomo. MOLÉCULA É formada quando átomos do mesmo ou diferentes elementos se combinam. A molécula é a menor partícula de uma substância que pode normalmente existir de maneira independente. Dois átomos de Oxigênio se combinam para formar uma molécula de oxigênio [O2]. Um átomo de carbono se combina com dois átomos de oxigênio para formar uma molécula de dióxido de carbono [CO2]. ESTRUTURA DA MATÉRIA Átomos -> Moléculas -> Matéria Como os átomos se ligam entre si para formar as moléculas, os materiais? TIPOS DE LIGAÇÕES Ligações Primárias: Ocorre transferência / compartilhamento de elétrons. Ligação Iônica ou Eletrovalente Ligação Covalente ou Molecular Ligação Metálica LIGAÇÃO IÔNICA Ligação entre íons, de natureza eletromagnética. Ex: Cloreto de sódio (sal), Cerâmicas e Gessos. LIGAÇÃO COVALENTE OU MOLECULAR Ligação em que pares de elétrons são compartilhados pelos núcleos, pode ser, por exemplo, o hidrogênio. Sendo que um elétron de cada par é cedido por cada um dos núcleos, é uma ligação forte. Ex:Água, Resinas (Materiais Poliméricos). LIGAÇÃO METÁLICA Como os metais possuem a tendência de formar cátions pela cessão de elétrons, esses cátions formam um retículo cristalino envolto em uma nuvem eletrônica. Ex:Metais. LIGAÇÕES METÁLICAS Átomos podem doar facilmente elétrons de sua órbita externa e formar um gás com elétrons livres. Feito por: Yris Lins TIPOS DE LIGAÇÕES Ligações Secundárias:Ocorre uma atração entre os átomos SEM ocorrer transferência/compartilhamento de elétrons. É similar às ligações iônicas, porém não há elétrons transferidos: ● Ligação Ponte de Hidrogênio ● Forças de Van Der Waals PONTE DE HIDROGÊNIO Ligação sempre entre o hidrogênio e um átomo mais elétron negativo, como flúor, oxigênio e nitrogênio.Ex: NH3 (Amônia) LIGAÇÃO FORÇAS DE VAN DER WAALS Também chamada de dipolo-induzido. É a ligação mais fraca de todas e ocorre em moléculas apolares = não há atração elétrica entre as moléculas. Deveriam permanecer sempre isolados e é o que realmente acontece porque, em temperatura ambiente, estão no estado gasoso. Ex:Gás Cl2 (Cloro), CO2. Como os átomos se ARRANJAM entre si para formar os materiais/ as substâncias? ADESÃO X COESÃO Duas substâncias são postas em íntimo contato uma com a outra; As moléculas de um substrato aderem ou são atraídas pelas moléculas do outro. ADESÃO: QUANDO MOLÉCULAS DE SUBSTRATOS DIFERENTES SÃO ATRAÍDAS. COESÃO: QUANDO MOLÉCULAS DO MESMO SUBSTRATO SÃO ATRAÍDAS Revisão alguns pontos da aula ● Os seguintes conceitos básicos são importantes para a compreensão dos princípios da adesão: ● Coesão: atração entre átomos ou moléculas de um mesmo objeto. ● Adesão: atração entre objetos distintos quando são colocados em íntimo contato. ● Adesivo: material utilizado para unir dois outros materiais. ● Aderente: substrato inicial sobre o qual é aplicado o adesivo. ● Interface a margem adesiva: limite entre aderente e adesivo. Feito por: Yris Lins Qual e como escolher? Quando usar? ● MATERIAIS RESTAURADORES DIRETOS ● MATERIAIS RESTAURADORES INDIRETOS ● MATERIAIS RESTAURADORES PROVISÓRIOS ● MATERIAIS PARA CLAREAMENTO DENTAL ● MATERIAIS PARA PROFILAXIA E POLIMENTO DENTAL ● MATERIAIS DE PROTEÇÃO DENTINO PULPAR ● MATERIAIS PARA CIMENTAÇÃO DE FACETAS, ETC ● E OUTROS MATERIAIS … A CIÊNCIA DOS MATERIAIS DENTÁRIOS ENVOLVE ● Composição ● Propriedade dos materiais ● Forma que eles interagem com o ambiente no qual são colocados. Órgão de fiscalização, normatização e controle de qualidade dos materiais: ● ADA – American Dental Association ● FDA – Food and Drug Administration (EUA) ● ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRA) ● FDI – Fédération Dentaire Internationale (FRA) ● ISO – International Organization of Standardization Propriedades Gerais Dos Materiais Odontológicos Grupos de materiais empregados na odontologia ● Metais ● Cerâmicas ● Polímeros/Compósitos Propriedades Dos Materiais ● PROPRIEDADES FÍSICAS: Mecânicas, Ópticas, Radiação,Termodinâmica, Elétricas, Magnéticas, e Estrutura Atômica. ● PROPRIEDADES MECÂNICAS: É uma subclassificação das propriedades físicas, Refere-se à resistência às diferentes forças exercidas. ● PROPRIEDADES BIOLÓGICAS: Biocompatibilidade PROPRIEDADES FÍSICAS ● Reologia: Tensão de escoamento do material durante e após a sua manipulação. ● Térmicas: Devem ser consideradas para todos os materiais restauradores, uma vez que ocorrem Feito por: Yris Lins variações de temperatura na cavidade oral, e a polpa não pode receber variações extremas de temperatura. ● Ópticas: materiais buscam mimetizar cada vez mais detalhes das estruturas dentárias. REOLOGIA ● VISCOSIDADE: Representa uma medida de resistência ao escoamento de materiais não-cristalinos. Quanto maiores forem as moléculas constituintes de um fluido e mais fortes forem as uniões intermoleculares, menor será seu escoamento e, portanto, maior sua viscosidade. ● É a razão entre a tensão de cisalhamento aplicada e a alteração na velocidade em função da distância. ● A VISCOSIDADE dos líquidos diminui com o aumento da temperatura e depende da natureza da substância. Ex: Materiais de moldagem VISCOSIDADE Maior Temperatura = Menor Viscosidade Menor Temperatura = Maior Viscosidade REOLOGIA ● TIXOTROPISMO: Para alguns materiais, a aplicação de uma força de cisalhamento reduz sua viscosidade e os torna mais fluidos. Ex: Dentifrícios, Pasta Profilática, Gesso, Ketchup ● O material que se torna menos viscoso e mais fluido sob pressão é chamado tixotrópico. ● Quanto mais um material de moldagem responder elasticamente às forças de remoção, maior será a precisão do molde produzido. ● Durante a remoção desse material da boca, ele deve se deformar ao passar pelas bossas dentais e, a seguir, retornar à posição original tão logo seja totalmente removido. DUAS PROPRIEDADES IMPORTANTES DOS MATERIAIS VISCOELÁSTICOS ● RELAXAMENTO DAS TENSÕES: Redução das tensões para materiais submetidos a deformações constantes. Ex.: Elástico para prender cabelo; Elásticos para ortodontia. ● CREEP OU FLUÊNCIA: Aumento gradual da deformação plástica sob tensão constante ou quase constante , em função do tempo. Ex.: Asfalto no ponto de ônibus; Amálgama. Feito por: Yris Lins PROPRIEDADES TÉRMICAS ● CONDUTIVIDADE TÉRMICA: Quantidade de calor (cal/s) que passa por um corpo com 1 cm de espessura com secção transversal de 1 cm² quando a diferença de temperatura entre os dois extremos do corpo é 1° C. ● Transmissão de calor através de substâncias sólidas ocorre pela condução. Um alto valor relativo de condutividade térmica de um material indica que ele não promove um isolamento térmico adequado da polpa. Condutividade Térmica Uma importante aplicação da mensuração de temperatura ocorre durante o preparo cavitário. Temperaturas elevadas podem causar necrose pulpar. As diferenças de condutibilidade térmica podem causar diferenças nas respostas dos tecidos moles. COEFICIENTE DE EXPANSÃO TÉRMICA LINEAR (CETL) Alteração de comprimento por unidade do comprimento de um material, quando sua temperatura é aumentada ou reduzida em 1° C. Uma restauração dental pode se expandir ou se contrair mais que o dente, durante a alteração de temperatura, assim, poderá sofrer infiltração marginal ou desadaptar do dente. COEFICIENTE DE EXPANSÃOTÉRMICA PROPRIEDADES ÓPTICAS O que é a cor? A cor é a resposta do cérebro a um estímulo luminoso, e depende do observador, do objeto e da luz. É fundamental para a odontologia manter o aspecto estético dos dentes naturais, das restaurações diretas e indiretas (próteses). ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO DA LUZ Feito por: Yris Lins INTERFERE NA SELEÇÃO DA COR A intensidade da luz refletida, e as combinações de ondas presentes na luz determinam as propriedades visuais. OPACIDADE, TRANSLUCIDEZ, FLUORESCÊNCIA, OPALESCÊNCIA E CONTRA-OPALESCÊNCIA A diferença é basicamente o grau de transmissão de luz que é possível em cada um. Escalas de cores ● Escala vita ● Escala do fabricante das resinas. Seleção direta Seleção de Cor > PROPRIEDADES MECÂNICA ● Tensão e Deformação ● Curvas de tensão- Deformação ● Propriedades de resistência TENSÃO: É a força pela unidade atuando em milhões de átomos ou moléculas em um dado plano do material. ● COMPRESSÃO ● DISTENSÃO / TRAÇÃO ● CISALHAMENTO ● FLEXÃO TIPOS DE TENSÃO: ● Tração → o corpo de prova (cp) resiste ao alongamento. ● Compressão → o cp resiste ao encurtamento. ● Cisalhamento → o cp resiste ao deslizamento de planos. ● Flexão → aparecem os três tipos de tensões Feito por: Yris Lins Tensão - Deformação TESTE DE FLEXÃO→ A resistência de um material à flexão corresponde a sua capacidade de resistir ao dobramento. Este tipo de tensão é bastante comum na cavidade bucal, principalmente quando o paciente é portador de próteses fixas. ENSAIO MECÂNICO DE RESISTÊNCIA À FLEXÃO DE TRÊS PONTOS Contato do terceiro ponto no centro da amostra (precisão de 0,01 mm) Tensão - Deformação DEFORMAÇÃO ELÁSTICA: É REVERSÍVEL. Ex.: liga de dinheiro esticada, algo sobre o teto do carro. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA: É PERMANENTE. Ex.: colisão de dois carros, papel amassado MÓDULO DE ELASTICIDADE (ME) → representa o grau de rigidez de um sólido (N/m2 ou MPa). ME = _ tensão____deformação FRAGILIDADE OU FRIABILIDADE Propriedade que caracteriza a incapacidade relativa do material suportar uma deformação plástica, antes de ocorrer a fratura. ● Um material friável fratura em tensões muito próximas ao seu limite de proporcionalidade. ● Ex.1: alterar o formato de um pedaço de vidro. ● Ex.2: cerâmicas, amálgama. materiais com alta resistência à compressão e baixa resistência à tração. ● DUCTIBILIDADE→ consiste na capacidade de um material resistir a forças de tração sem sofrer rupturas. Ex: fios elétricos. ● MALEABILIDADE→ é a capacidade do material de resistir a forças de compressão sem fraturar. Ex: ouro → dúctil e maleável. PROPRIEDADES DE RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA AO DESGASTE → avalia a durabilidade de materiais restauradores e próteses. O desgaste pode ocorrer por fatores mecânicos e/ou químicos. DESGASTE ABRASIVO: causado por dentifrícios abrasivos e/ou alimentos. Feito por: Yris Lins DUREZA → é a mensuração da resistência de um material à penetração. É, ainda, um indicador indireto da resistência à abrasão. RESISTÊNCIA ADESIVA Quando duas substâncias são colocadas em íntimo contato uma com a outra, as moléculas de um substrato aderem ou são atraídas pelas moléculas do outro substrato. ADESÃO: QUANDO HÁ ATRAÇÃO DE MOLÉCULAS DIFERENTES. COESÃO:MOLÉCULAS DO MESMO TIPO SÃO ATRAÍDAS PROPRIEDADES BIOCOMPATIBILIDADE Biomaterial Qualquer substância que não seja um medicamento, e que possa ser utilizado como parte de um tratamento, estimulando a repação de tecido, órgão ou função do organismo, por qualquer período de tempo. ● Uma das propriedades mais importantes de um biomaterial odontológico é a biocompatibilidade. ● A capacidade do material extrair uma resposta biológica apropriada numa certa aplicação no corpo. Resinas Compostas COMPOSTO “É uma mistura de dois ou mais materiais quimicamente diferentes e insolúveis entre si.” HISTÓRICO Resinas Acrílicas ● Fim da década de 40, tiveram aceitação imediata e ampla divulgação; ● Monômeros (metilmetacrilato); Polímeros (poli-metacrilatos); Problemas Clínicos Agressivos Surgiram logo após 2 anos ● Aparência semelhante ao dente; ● Insolubilidade no meio oral; ● Fácil manipulação e baixo custo. Resinas Acrílicas (Dentes Anteriores) ● Baixa resistência mecânica >Desgaste superficial ● Contração acentuada durante a polimerização >Infiltração marginal ● Alta expansão/contração térmica >Tensões durante ingestão de alimento Feito por: Yris Lins Éster glicidil di bisfenol da Resina Epóxica ➕ ➡Surgiu a molécula de Bis-GMA (MONÔMERO) Metacrilato da Resina Acrílica ● Bis GMA= Bisfenol Glicidil di MetAcrilato RESINA DE BOWEN- As resinas atuais se baseiam nesse conceito. ● Melhorou as propriedades físicas, mecânicas e estéticas ESQUEMA ESTRUTURAL RESINAS COMPOSTAS União Química: ● ⬆Resistência Mecânica e à Hidrólise ● ⬇Coeficiente de Expansão Térmica Linear ● ⬆Estabilidade de Cor COMPOSIÇÃO Sistema iniciador ou acelerador Quimicamente Ativadas (Agentes Químicos) Base: Peróxido de Benzoíla Misturadas por 30s e liberam radicais livres, Gera incorporação de bolhas de ar Não há controle tempo de trabalho - 2 min/ Incremento único Catalizador: Amina Terciária (Dimetil P Toluidina) Fotoativadas (Agentes Físicos) Dicetona: Canforoquinona (CQ) ➕ Amina Alifática (DAEMA dietil amino etileno metacrilato) Na presença de luz visível - Comprimento de onda de 400 a 500nm - Intensidade calibrada de 500mW/cm² MATRIZ ORGÂNICA Monômeros Contração em torno de 4,0% Alta Viscosidade ● Bis-GMA Bisfenol A – glicil metacrilato ● UDMA Uretano dimetacrilato Baixa Viscosidade/ Diluentes ● EGDMA Etilenoglicol dimetacrilato ● TEGDMA Trietilenoglicol dimetacrilato ● BISEMA VISCOSIDADE Alta Viscosidade ● Alto peso molecular ● Bis-GMA ● Baixa Flexibilidade Baixa Viscosidade ● Baixo peso molecular ● TEGDMA, EGDMA ● Monômero diluente Função Dos Monômeros Diluentes ● Diminuir a viscosidade do BisGMA ● Facilitar incorporação de carga ● Melhorar manipulação e inserção Feito por: Yris Lins O que é Grau de conversão da Resina? >Grau de Conversão >Contração de Polimerização INIBIDOR Inibidores ou Estabilizadores ● Hidroquinona e ● BHT (Hidroxitolueno Butílico); Impedem a polimerização prematura/ acidental. ATIVADOR/ INICIADOR Reação de Fotopolimerização Canforoquinona + Amina Afilática O que é Comprimento de Onda? A luz se propaga através de ondas com diferentes comprimentos e cada cor tem seu valor (nm) MODIFICADORES ÓPTICOS ● Mimetizar os diferentes substratos Dentina e esmalte. SABER ENXERGAR Cor- Forma- Textura- Valor Substrato e Material Restaurador Dimensões da Cor Efeitos Opacidade/ Transparência/ Translucidez Efeitos Ópticos Feito por: Yris Lins Nomenclatura NÃO é Padronizada RESINA FILTEK Z350 XT Bisnagas: Cores Translúcidas Azul celeste: Corpo Clear - Clara Branco: Translúcida Blue - Azul Azul claro: Esmalte Gray - Cinza Azul escuro: Dentina Amber - Amarelada Cores Brancas Especiais Cores Cervicais Para dentes clareados Escuras (W) White- Branco B5B / A6B Body-Corpo PARTÍCULAS DE CARGA Partículas de Carga Quartzo, sílica coloidal, vidro de fluorsilicato de alumínio, de Bário,Estrôncio, Zircônia. ⬆ Resistência à tração; Módulo de elasticidade; Resistência ao desgaste ⬇Sorção de água/ manchamento; Contração de polimerização; Coeficiente de expansão térmico Composição Partículas de carga X Monômeros (Não se misturam) Feito por: Yris Lins AGENTE DE UNIÃO A integralidade da resina composta depende da efetiva união entre carga e monômeros Silano, molécula bifuncional que une-se ao silício das partículas de carga inorgânica (ligação covalente), e sua outra parte fica disponível para copolimerização com a matriz orgânica. Finalidade ● Unir as fases orgânica e inorgânica ● Impedir o deslocamento de partículas● Estabilidade hidrolítica »Titanatos »Zirconatos »Silanos orgânicos CLASSIFICAÇÃO Quanto a viscosidade ● Alta viscosidade – Condensáveis (Desuso) ● Média viscosidade – Viscosidade regular ● Baixa viscosidade – Resina Fluida / Flow Quanto ao tamanho de Partículas: ● MACROPARTICULADA ● MICROPARTICULADAS ● *HÍBRIDAS ● * MICROHÍBRIDAS *Resinas Universais* : Indicada tanto para dentes ● * NANOHÍBRIDAS anteriores como posteriores ● *NANOPARTICULADAS TAMANHO DE PARTÍCULAS: ● MACROPARTICULADA- “Impolíveis”, baixo coeficiente de expansão térmico linear, menor contração de polímeros, alta resistência mecânica). ● MICROPARTICULADAS- Para áreas sem esforço mastigatório, excelente lisura e brilho, baixa resistência mecânica, maior contração de polimerização. ● HÍBRIDAS- Ampla distribuição no tamanho de partículas. ● MICROHÍBRIDAS- De 0,2 a 1,5 μm / média de 0,4 μm). ● NANOHÍBRIDAS- Diferentes tamanhos de partículas, inclusive nano. ● NANOPARTICULADAS-100% partículas nano, 1 nanômetro – 1 x 10-3 μm. Feito por: Yris Lins Classificação quanto ao tipo de partículas de carga ● Quartzo - partículas irregulares de alta dureza (8 a 50 μm); ● Sílica coloidal, ● Vidro de fluorsilicato de alumínio, ● Vidro de bário, ● Estrôncio, ● Lítio, ● Zircônia. QUANTIDADE DA CARGA Percentual em peso e volume vai interferir na viscosidade,na dureza do material e consequentemente na sua indicação clínica. Classificação quanto ao modo de ativação ● Quimicamente ativada ● Fotoativada ● Dual CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO DE INSERÇÃO: ● Técnica incremental (Inserção de 2 em 2mm) =>Resina Composta Convencional ● Técnica de incremento único (Inserção de 4 ou 5mm) =>Resina Composta Bulk Fill Feito por: Yris Lins Resinas Compostas part.2 Classificação quanto ao modo de inserção: ● Técnica incremental (2mm) =>Resina Composta Convencional ● Técnica de incremento único (4 – 5mm) =>Resina Composta Bulk Fill - Indicada para dentes POSTERIORES Resina Composta convencional Técnica Incremental O que é Polimerização? Reação química onde monômeros reagem entre si, originando polímeros. Fotopolimerização Como ocorre a Fotoativação? CANFOROQUINONA (CQ) é uma dicetona = Fotoiniciador Tipo II, necessita de um co -iniciador para maior eficiência na produção de radicais livres, então reage com amina alifática (agentes redutores ou doadores de H ). Absorve energia com comprimento de onda cerca de 470 nm (azul). Fotopolimerização Contração em direção ao sistema adesivo Tensões são geradas na interface pois a resina tenta contrair mas está “presa” pelo restante da massa que está aderida. Contração do material Tensão é gerada pela competição de forças na resina; - Uma quer deslocá-la da cavidade - Outra em oposição tendendo mantê-la na cavidade Feito por: Yris Lins Técnica Incremental Inserção de Incrementos de 2 em 2 mm SEM unir paredes opostas RESINA COMPOSTA CONVENCIONAL Viscosidade alta/ média/ baixa RESINA COMPOSTA CONVENCIONAL Técnica Incremental ● Incrementos de até 2mm ● Permite passagem da luz do aparelho foto/ correta fotoativação ● Técnica estratificada ● Menor número de paredes aderidas ● Reduz o estresse de contração decorrente da fotoativação ● Reduz sensibilidade pós-operatória ● Evita acabamento em demasia, inserção progressiva do material Consequências: ● Fendas / Gaps na interface ● Aderência de biofilme ● Infiltração marginal ● Sensibilidade pós-operatória ● Descoloração marginal ● Cárie secundária FATOR C Fator de Configuração Cavitária Representa a proporção entre o número de paredes aderidas com as paredes livres, em um preparo cavitário,influenciando diretamente a tensão de contração de polimerização. Controle da Tensão de Contração 1. Configuração Cavitária - Fator C - Tamanho da cavidade 2. Protocolo Clínico - Inserção - Técnica incremental - Intensidade da luz do Aparelho - Correta fotoativação 3. Material Restaurador - Módulo de elasticidade - Contração de polimerização RESINAS FLOW Indicação: Restauração de preparos pouco invasivos ● Selante de fóssulas e fissuras ● Base/forramento sob restaurações diretas (liner) ● Restaurações classe III e V ● Reparo de defeitos de esmalte ● Colagem de fragmentos dentários ● Lesões Cervicais não cariosas ● Planificar paredes de preparo Tem pouca carga / Menor resistência Menor módulo de elasticidade Absorve as tensões, se deformando Feito por: Yris Lins RESINAS DE MICROPARTÍCULAS Características: ● Possuem Cargas de superfícies Lisas (Sílica) ● Maior Lisura / Melhor Polimento ● Melhor Estética ● Menor Resistência à Tração e Desgaste ● Menor quantidade de carga e Menor dureza Indicada para dentes anteriores e área sem esforço mastigatório portanto Não é uma resina UNIVERSAL Característica física: Estabilidade de cor, devido suas superfícies lisas. MARCAS COMERCIAIS: ● Durafill VS (Kulzer) ● Amelogen Microfil (Ultradent) ● Helio Fill (Vigodent) ● Renamel Microfill Cosmedent). RESINAS MICROHÍBRIDAS Características: ● É UMA RESINA UNIVERSAL ● Boa Lisura e estética ● Maior Resistência ao Desgaste ● Menor Contração de Polimerização ● Menor Risco de Infiltração e Sensibilidade ● Boa Estabilidade de Cor MARCAS COMERCIAIS: ● Fill Magic (Vigodent) ● Charisma (Kulzer) ● Opallis (FGM) ● Filtek Z 250 (3M ESPE) ● TPH (Dentsply) RESINAS NANOHÍBRIDAS É UMA RESINA UNIVERSAL MARCAS COMERCIAIS ● Evolu X (Dentsply) ● Empress Direct (Ivoclar Vivadent) ● NT Premium (Coltene, Whaledent) ● Esthet X (Dentsply) ● Charisma Diamond (Heraeus Kulzer) ● Herculite Ultra (Kerr) ● Premise (Kerr) ● Charisma Opal (Heraeus Kulzer) RESINAS NANOPARTICULADAS É UMA RESINA UNIVERSAL Características: ● Nanopartículas / Nano Aglomerados ● Boas Propriedades Físicas-Mecânicas ● Menor Risco de Sensibilidade Pós-Operatória ● Menor Contração de Polimerização ● Menor risco de infiltração Marginal ● Boa Estabilidade de Cor CONDICIONAMENTO ÁCIDO SELETIVO DO ESMALTE ● Ácido Fosfórico à 37% ● Tempo: 30 segundos ● Lavar : 30 segundos Feito por: Yris Lins Aplicação do sistema adesivo Fotoativação Colocação da primeira camada/incremento de resina /SEM UNIR PAREDES OPOSTAS. Fotoativação de cada camada/ incremento Colocação dos incrementos e já esculpindo, devolvendo anatomia. Evita acabamento com broca no final. RESINA COMPOSTA BULK FILL Técnica de incremento único Novo protocolo em dentes posteriores, quebra de paradigma NOVA ABORDAGEM PARA DENTES POSTERIORES Facilitar protocolo clínico de inserção e Polimerização Diminuir chances de falhas na técnica restauradora Otimizar tempo clínico AMÁLGAMA X RESINA COMPOSTA Início dos anos 2000, aumentou a busca pela substituição do amálgama! Feito por: Yris Lins Filtek bulk fill restauradora 3M- cspc Fotopolimerizar por 10s pela oclusal, depois 10s pela vestibular e mais 10s pela lingual. Filtek bulk fill restauradora 3M- espe Resinas Bulk Fill Flow Necessita de ser recoberta por 2mm de espessura de uma resina composta universal Surefil SDR Flow Até 4mm de espessura Fotopolimerizar (>550mW/cm²) por 20s RESINAS BULK FILL RESTAURADORAS O que as resinas bulk fill tem de diferente? Moduladores de Contração Fotoiniciadores específicos Maior Translucidez Partículas de carga diferenciadas Fotoiniciador Contribuem para adequada profundidade de cura/ de polimerização Abertura da boca de acordo com o design e tipo da ponteira do aparelho Feito por: Yris Lins Sistemas Adesivos O que é adesão? União de dois materiais por meio de uma interface. É a atração molecular ou atômica entre duas superfícies em contato promovida pela força de atração interfacial entre as moléculas ou átomos de duas diferentes espécies. Pode ser: Química -formação de ligações covalentes, pontes de hidrogênio. Mecânica- imbricamento estrutural, ou uma combinação dos dois tipos Conceitos Adesivo Promove adesão de um material com outro Aderente Substrato onde é colado um material através de um adesivo TENSÃOSUPERFICIAL (TS) - Tensão na superfície de líquidos que faz com que o líquido minimize a sua superfície livre, assumindo um formato esférico (gota), ao entrar em contato com uma superfície sólida. <TS =>Melhor adesão / Melhor Molhamento ENERGIA DE SUPERFÍCIE (ES) - Excesso de energia de moléculas na superfície de materiais em comparação com as moléculas no interior do material. ˃ES =>Melhor adesão / Melhor Molhamento Se pingar uma gota de água sobre a superfície de uma panela de teflon ou sobre um carro encerado, ela não irá se espalhar. A baixa energia da superfície, a água forma “bolhas” com grande ângulo de contato e, e assim, pouca capacidade de molhamento. ÂNGULO DE CONTATO - Intersecção entre um líquido e uma superfície sólida. Resultado da tensão superficial de um líquido e um substrato sólido. Menor Ângulo˃Molhamento˃ES Bases fundamentais para compreender as interações adesivas Três fatores fundamentais no estabelecimento do contato adesivo/ estrutura dental: Feito por: Yris Lins 1.Potencial de umedecimento/ molhamento 2.Viscosidade do adesivo 3.Rugosidade superficial do substrato Umedecimento/Molhamento Capacidade que o adesivo apresenta de recobrir totalmente o substrato, sem incorporar bolhas de ar entre eles. Viscosidade Ângulo de contato diretamente proporcional à viscosidade do líquido. Rugosidade Superficial Amplia o potencial para a adesão Condicionamento Ácido Esmalte Composição: 96% Minerais / Hidroxiapatita; 3% Água; 1% Conteúdo Orgânico. Ácido Fosfórico (35-37%); •Apresentação: Gel; •Tempo - Esmalte ≠ Dentina. 30 seg. em ESMALTE 10 a 15 seg. em DENTINA Protocolo ácido no esmalte 1. Cavidade; 2. Aplicação do ácido em esmalte -30 segundos; 3. Lavagem abundante por 30-60 segundos; 4. Secagem vigorosa com ar / seringa tríplice; 5. Até obter aspecto Branco opaco no esmalte. • Dentina • Remover a Smear Layer (Smear Plug); •Dissolução mineral superficial da dentina •Expor a rede de colágeno; •Tempo: no máximo 15 seg; Protocolo do ácido na Dentina 1. Profilaxia/ limpeza da cavidade; 2. Aplicação do ácido (10 a 15 segundos); 3. Lavagem com água, por 15-30 segundos; 4. Secagem bem suave, colocar bolinhas de algodão ou papel absorvente, para mantê-la úmida. 5. Aspecto final da dentina condicionada deve ser úmida, evitar seu ressecamento!! Tempo de Condicionamento Secagem Dentina técnica úmida, por que? Smear Layer Lama dentinária Camada de esfregaço resultante de remanescentes do substrato seccionado, sangue, saliva, bactérias, fragmentos do abrasivo, óleo, que se ligam à dentina intertubular e penetram nos túbulos dentinários. Feito por: Yris Lins Sistemas adesivos Quantidade de passos Clínicos Sistema adesivo Convencional 3 Passos Sistema adesivo convencional 2 Passos Ácido Fosfórico •Gel 35-37%; •Tempo - Esmalte≠Dentina. 30 seg. em ESMALTE 10 a 15 seg. em DENTINA OBJETIVOS: –Desmineralização; –Limpeza da cavidade; –Remover a Smear Layer; –Criar micro retenções; –Aumentar a energia superficial; –Aumentar superfície de contato. Primer •Manter ou resgatar a porosidade da dentina desmineralizada. •Conservar a dentina desmineralizada úmida, prevenindo seu colapso das fibras de colágeno. •Monômeros bifuncionais •Solventes (água, etanol, acetona) •Preparador da dentina para receber o adesivo •Expansão da rede de colágeno colabada •Tornar a superfície hidrófoba Solvente •Favorece a penetração do monômero na dentina; •Favorece a evaporação da água residual; •Tipos: –Água; –Álcool; –Acetona. Feito por: Yris Lins Molécula Bifuncional •HEMA (Hidroxietilmetacrilato); –Grupo hidrofílico; –Grupo hidrofóbico; Adesivo Agentes de união •Resina hidrofóbica - Resina fluida fotopolimerizável •Intermediário entre a estrutura dental e os materiais restauradores •Monômero base: –BIS GMA. •Monômeros secundários: –TEGDMA, EDMA, UDMA. Sistemas Adesivos Autocondicionantes Dispensam uso do condicionamento ácido fosfórico em dentina. Podendo fazer condicionamento seletivo do esmalte •Não utilizam condicionamento com ácido fosfórico prévio em dentina; •Objetivo: Sanar os inconvenientes do condicionamento ácido na DENTINA. –Técnica; –Sensibilidade; –Microinfiltração. •Infiltração do adesivo simultânea à desmineralização da dentina; •Restrita área de desmineralização; •Reduzida formação de fendas marginais; •Menor sensibilidade pós-operatória. •Monômeros acídicos = Promovem Autocondicionamento –10-MDP (Methacryloyloxy decyldi hydrogenphosphate); –4 META (4-methacryloyloxyethyl trimellitate anhydride); –Fenil-P (Fenil propil cetona). •HEMA = Hidroxietil metacrilato – Monômero hidrofílico •Resina Fluida = BIS GMA - Adesivo •Solvente = Água. Sistema adesivo autocondicionante 2 passos Primer Autocondicionante + Adesivo 1. Aplicação ATIVA DO PRIMER durante 20 segundos; 2. Secar com suave jato de ar; 3. Aplicação ATIVA DO ADESIVO ( Bond); 4. Leve jato de ar; 5. Fotopolimerizar por 10 segundos. Sistema adesivo autocondicionante de Passo único 1. Aplicação ativa do self-etch adesivo por 20 segundos; 2. Secar de forma suave por 5 segundos; 3. Fotoativar por 10 segundos. Comercializados em 2 frascos,ou 2 compartimentos mas devem ser misturados antes da aplicação na cavidade dental. Classificação: PH •Suaves (Fracos)- pH ̴ 2 –Smear Layer é incorporada. •Moderados- pH ̴ 1,5 –Smear Layer é parcialmente dissolvida. Feito por: Yris Lins •Agressivos (Fortes)- pH≤ 1,5 –Smear Layer é totalmente dissolvida Sistemas Adesivos Universais Sistemas Adesivos Universais ou Multi-modo Pode ser utilizado com ou sem condicionamento ácido Condicionamento seletivo Solvente Penetração Capilar Volatilidade Acetona Boa Excelente Etanol Excelente Boa Água Boa Ruim Camada Híbrida “Zona de transição entre a resina polimerizada e o substrato dentinário, formada por uma mistura de componentes dentinários, monômeros resinosos e resina polimerizada.” Hibridização Formação da Camada Híbrida Adesão dentinária é um entrelaçamento físico-químico do adesivo com a malha de colágeno, onde os monômeros hidrófilos que compõem os adesivos interpenetram de modo micro-mecânico na teia de fibras de colágeno expostos, formando uma estrutura mista com fibras envolvidas por resina e cristais de hidroxiapatita, batizada como CAMADA HÍBRIDA. Sistemas Adesivos Um sistema adesivo odontológico tem três funções essenciais: •Promover união de um material restaurador ao substrato aderente; •Distribuir tensão ao longo da interface adesiva; •Selar a interface através da adesão entre a dentina e/ou esmalte ao material restaurador. IDS = SELAMENTO IMEDIATO DENTINÁRIO Cimento Ionômero de Vidro C. I.V. Histórico e evolução •Wilson Kent em 1971 Cimento de silicato Presença de Flúor (ação anticariogênica) + Baixa Alteração Dimensional Policarboxilato de zinco Capacidade Adesividade à estrutura dentária + Pouca Agressão Pulpar Feito por: Yris Lins Partículas de Vidro Alumínio Silicato + Ácido Carboxílico (mais utilizado é o Ác. Poliacrílico/ Polialquenóico) Amplamente indicado em dentística, odontopediatria, endodontia, saúde pública, ortodontia, prótese. Composição Química CIV convencional Pó % Óxido de SÍLICA (SiO2) 29,0 Óxido de ALUMÍNIO (Al2O3) 16,6 FLUORETO de CÁLCIO (Ca F2) 34,3 FLUORETO de SÓDIO e de ALUMÍNIO(NaF e AlF2) 2,6 FLUORETO de ALUMÍNIO (AlF3) 3,7 FOSFATO de ALUMÍNIO (Al PO4) 10,0 Líquido % ÁCIDO ALQUENÓICO(POLIACRÍLICO) 30,0 ÁCIDO ITACÔNICO 15,0 ÁCIDO TARTÁRICO 10,0 ÁGUA 45,0 Componente - PÓ Ação Sílica Resistência Alumina Fluoretode Cálcio Reação de Presa/Liberar Flúor Fluoreto de sódio Alumínio Fluoreto de Alumínio Liberar Flúor Fosfato de Alumínio Componente/Líquido Ação Ácido Poliacrílico Grupamento carboxílico responsável pela união com partículas de vidro e a estrutura dentária Ácido itacônico Aumentar vida útil do material Ácido Tartárico Reduzir a viscosidade da massa Aumentar tempo de trabalho Água Ionização do Ác. poliacrílico Excesso: Reduz tempo de presa e reduz a resistência mecânica Falta: impede a reação de presa e fragiliza o material. PÓ -Podem ter diferentes tamanhos (entre 20 e 45 μm), isso ocasiona diferentes indicações clínica para o CIV. LÍQUIDO -Diferentes tipos de ácido alquenóico (poliacrílico/maleico/tartárico), eles têm diferentes pesos moleculares, o que gera diferentes viscosidades no CIV, interferindo também em sua indicação clínica. ˃PESO ˃ VISCOSIDADE˃ RESISTÊNCIA Aglutinação e Inserção Composição Química, Propriedades do material, diferentes indicações: Restauração; Forramento; Cimentação; Aglutinação Para não fraturar partículas de vidro, alterando propriedades mecânicas e a viscosidade. Tempo de manipulação cerca de 30/60seg Tempo de trabalho cerca de 3 min Feito por: Yris Lins Inserção Seringa centrix: Redução de bolhas Aspecto brilhante união química Aglutinação e inserção Cimentos encapsulados Já vêm com a proporção pó-líquido pré estabelecidos– maior segurança e diminuição de bolhas. Reação de presa CIV convencional Reação ácido/base levemente exotérmica Quimicamente Ativados / Convencionais •Inicia-se a partir da mistura pó (Base) ao líquido (Ácido); •Ocorre a hidrólise do vidro, liberando íons de cálcio e silicato •O Silicato vai formar a sílica gel •O cálcio vai ser quelado pelo ânion carboxilato – Havendo a formação de uma ponte salina que vai levar à presa inicial do material (3 a 8 min). •A hidrólise prossegue dissociando mais vidro e liberando íons de alumínio e silicato, gerando mais sílica gel •O alumínio vai sendo quelado ligando-se aos carboxilatos disponíveis e até mesmo deslocando os íons de cálcio já ligados aos ânions carboxilato devido sua ligação ser mais forte do que o cálcio. •Nessa fase ocorre a presa inicial do material, que atinge a presa final em até 24-48h a partir da sua manipulação. •Os fluoretos não reagidos é que promoverão a liberação de flúor. Reação de presa CIV convencional 1º Estágio: Deslocamento de Íons + Ionização do Ácido Poliacrílico 2º Estágio: Formação da Matriz de Polissais (ou poliácidos); 3º Estágio: Formação do Gel de Sílica Presa Final ocorre após 24-48h (de acordo com o fabricante). 1º Estágio: •As partícula de vidro NÃO “atacadas” são responsáveis pela RESISTÊNCIA mecânica do CIV; •A aplicação do CIV na cavidade deve ser nesta fase, para que os grupamentos carboxílicos ionizados se unam quimicamente ao dente por QUELAÇÃO. •A porção mais externa das partículas de vidro reage com o ácido e se transforma em gel, e as porções não reagidas atuam como carga da matriz de gel de polissais. •Com a formação dessa matriz, o cimento endurece. Lentamente o alumínio liberado vai reagindo, formando poliacrilato de alumínio, proporcionando a maturação da matriz • Nem todas os grupamentos carboxílicos são ionizados, assim nem toda água atua na ionização; • Essa água livre, praticamente não atua na reação de presa (ionização), ficando propensa à remoção por sinérese /perde Feito por: Yris Lins água, causará sua contração, trincas e redução propriedades mecânicas. 2° Estágio: •Fase da formação de matriz de polissais/ poliácido; dura cerca de 3-4min, caracteriza-se pela perda do brilho. •Tem aspecto borrachóide, sem brilho iniciando o endurecimento do material. Nesses 4min, o CIV está suscetível à embebição/ ganho de água, que reduz suas propriedades mecânicas. Usar Isolamento absoluto! 3° Estágio: •Fase de formação do Gel de sílica e presa final. •Partes da partículas preferencialmente “atacadas” •No terceiro estágio “atacam” a sílica (SiO2) formando o GEL DE SÍLICA •Reação de presa é GELEIFICAÇÃO Ocorre nas 24-48h iniciais, só depois adquire propriedades mecânicas adequadas. Proteger da água!!! •A reação de presa final depende do contato com a água, até o final das 48h, o CIV continua sensível a ela (sinérese e embebição). •Por isso, após a restauração sua superfície deve ser protegida com: verniz cavitário ou sistemas adesivos ou vaselina ou esmalte de unha incolor, com finalidade de impedir/evitar seu contato com a água/saliva. Adesividade •Mecanismo químico - QUELAÇÃO; •Forma uma camada de troca de íons fortemente aderida aos tecidos dentais e ao CIV ( Quelação); •Ácido poliacrílico reage da mesma forma com as partículas de vidro e com a estrutura dentária, removendo íons de cálcio e fosfato, estabelecendo adesão CIV/dente; •Cerca de 80% da adesão, ocorre nos primeiros 20 min. •Alguns fabricantes recomendam condicionamento dental; com Ác.Poliacrílico (10 a 25%) ou ác. Cítrico (5 a 10%), NUNCA com Ácido Fosfórico. Adesão •A adesão ao esmalte é maior que à dentina; •Smear layer (SL): deve ser removida com ác. poliacrílico(10-25%) aplicado por 10-20s •A SL é removida sem haver desmineralização da dentina Intertubular, (devemos preservar o Cálcio do dente para melhor quelação). • Lavado pelo mesmo tempo, secar deixando dentina úmida; Liberação de Flúor (Na F) • O mecanismo de liberação de flúor do CIV ainda não está totalmente elucidado; • Provável que seja lixiviado (“infiltrado”), pela difusão de líquido (água) no corpo da restauração; • Maior intensidade nas primeiras 48 horas, quando os íons de flúor liberados, são os que estão fracamente aderidos à matriz de polissais; Feito por: Yris Lins Classificação do CIV, quanto à natureza 1. Convencionais ( Puros/Anidros) 2. Civ reforçados por metais (Cermets) 3. Civ modificados com resina ( Civmr/ fotopolimerizáveis) 1. Convencionais Puros São os que apresentam uma reação tipo ácido- base, convencional. 1. Convencionais Anidros •Em função da baixa estabilidade do ác. Poliacrílico no meio aquoso, ele foi lio- filizado (desidratado) e incorporado ao pó. •O líquido passou a ser constituído por água e ácido tartárico (para reduzir a viscosidade da massa aumentar tempo de trabalho) Pó: Ácido é incorporado ao pó após liofilizado e seco à vácuo. Líquido: Água destilada; Ácido tartárico a 10%. 2. CIV reforçado por metais CERMETS •Surgiram com objetivo de aumentar a resistência mecânica; •Adição ao pó de CIV limalhas de amálgama e, também partículas de prata; •Essa união ocasionou diminuição da liberação de flúor, devido à redução das partículas de vidro; •Maior redução de propriedades estéticas; •Indicados para núcleo de preenchimento e restauração de decíduos. Pó: Incorporação de íons metálicos ao vidro (prata) por meio de sintetização Líquido: Semelhante ao dos ionômeros convencionais. 3. CIV modificados por resina • Apresentam componentes resinosos (HEMA) + Fotoiniciadores; • <Solubilidade ˃Resistência • ˃ Tempo de trabalho , a presa é parcialmente controlada pelo operador; • < Tempo de presa < sensibilidade à umidade, pois o CIV passou a tomar presa após a polimerização, garantindo resistência imediata à embebição e sinérese, melhorias das propriedades mecânicas, e das características estéticas. Vantagens: • Características de endurecimento melhoradas • Maior tempo de trabalho • Controle sobre a presa do material • Alta resistência • Melhor estética inicial Desvantagens: • Maior contração de polimerização • Menor translucidez • Mudança de cor após 1 e 2 anos das restaurações Reação de Presa - Ácido/base + reação de fotopolimerização do HEMA; Ácido/básica + fotopolimerização + Iniciadores químicos que permitem polimerização na ausência da luz ( PRESA DUAL); - Ácido/básica + polimerização química dos componentes resinosos. Feito por:Yris Lins Classificação quanto à indicação do CIV • Tipo I - Cimentação • Tipo II - Restaurações • Tipo III -Base / Forramento e Selamento de cicatrículas e fissuras • Tipo IV - Base / Forramento de cavidades a serem restauradas com R.C. Indicação do material Tipo I: Indicados para a cimentação de incrustações, coroas, próteses e dispositivos ortodônticos Tipo II: Indicados para restaurações diretas de dentes permanentes Tipo II-A: Baixo esforço mastigatório (cervical). Tipo II-B: Intenso esforço mastigatório (condensável ou reforçado por metal) Tipo III: Base/ forramento Selamento de cicatrículas e fissuras Tipo IV: Indicados para proteção de cavidades a serem preparadas com resina composta. Híbridos Materiais que possuem composição intermediária entre os civ e as resinas compostas. Ionômero modificado por resina composta CIVMR 80% Ionômero 20% Resina Fotoiniciadores Pó + Líquido Mistura de CIV e monômeros resinosos, preservando a reação ácido-base característica dos CIV. Melhor propriedades mecânicas. Facilidade de manipulação Liberação de Flúor CIVMR • Em geral, os CIVMR mantiveram o mesmo padrão de liberação de flúor dos CIV convencionais; • Entretanto, quanto maior a parte resinosa do material, menos reação ácido-base ocorrerá e, consequentemente, haverá MENOR LIBERAÇÃO DE FLÚOR. Resistência mecânica: Resina composta > CIVMR > CIV Feito por: Yris Lins Resinas poliácido modificadas (RPAM) Compômeros 70% Resina 30% ionômero de vidro Pasta única São resinas em que parte da massa foi substituída por partículas de vidro e poliácidos do CIV; não possuem necessariamente a reação ácido-base dos CIV. Aplicações clínicas do CIV 1. Selamento de cicatrículas e fissuras TÉCNICA OPERATÓRIA: • Profilaxia (Pedra pomes + água) •Lavagem / Secagem •Aplicação Ác. Poliacrílico (10-25%), por 10-20s •Lavar 20 s / secar •Aplicar CIV 2. Adequação do meio bucal 3. ART- Tratamento restaurador atraumático Evidenciador de cárie, remover somente a dentina amolecida, (infectada) + CIV. 4. Restaurações de dentes decíduos 5. Material de proteção 6. Núcleos de preenchimento; 7. Cimentação de restaurações indiretas; 8. Cimentação de acessórios ortodônticos Feito por: Yris Lins Amálgama Conceito É uma liga metálica produto de uma reação do mercúrio com prata, estanho, às vezes, o zinco ou outros metais em baixa concentração, empregada para restaurações dentárias. Amálgama X Resina Composta • Resulta da mistura de mercúrio, prata, estanho e cobre, podendo conter também índio, zinco, platina e/ou paládio, dependen do do fabricante. • Nos últimos anos, há uma grande discussão em relação à continuidade de seu uso na prática clínica odontológica, de vido a presença de mercúrio. • A ANVISA classifica os resíduos de amálgama como aqueles que contêm substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. •Alguns estudos afirmam que amálgama de prata utilizado na odontologia não oferece riscos significativos à saúde huma na nem ao meio ambiente, desde que haja correto gerenciamento , uso de EPI e descarte adequados de seus resíduos. Indicação Restaurações na oclusal, proximal e/ou cervical de dentes posteriores. Contraindicação • Dentes com pouco remanescente nas paredes circundantes • Contato proximal ou oclusal com outros metais • Alergia à algum componente do material • Toxicidade (polêmica) Vantagens •Propriedades Mecânicas (Resistência ao desgaste) •Experiência Clínica (mais de 100 anos) •Facilidade de manipulação / técnica •Selamento Marginal •Baixo custo •Longevidade (vida média – 10 a 20 anos) Limitações •Estética / Tatuagem •Presença de mercúrio/ Toxicidade •Condução termoelétrica •Corrosão (dependendo do tipo de liga utilizada) Feito por: Yris Lins • Necessidade de preparos muito invasivos e extensos • Ausência de união/adesão à estrutura dental, assim não reforçam a o remanescente, havendo maior risco de fratura e cáries secundárias Composição PRATA– Principal Constituinte •Associa-se ao estanho na forma de um composto intermetálico (Ag3 Sn) – fase γ • ⇧ Resistência da restauração; • ⇧ Expansão de presa; • ⇧ Reatividade com o Hg; • ⇩ Escoamento sob esforço mastigatório / creep ESTANHO • Facilita a amalgamação; • ⇩ Expansão da prata; • ⇧ Escoamento / Creep • Em quantidade superior a 27-29%, aumenta a contração, redução da resistência e dureza da liga. COBRE •Substitui parcialmente a prata; • ⇧ Dureza; Resistência Mecânica, Compressão e Tração; • ⇩ Escoamento /Creep e Corrosão. - Até 6% : Ligas com BAIXO teor de Cobre / Convencionais. - Mais 6% (13/30%) : Ligas com ALTO teor de Cobre. ZINCO • Agente desoxidante durante a fusão da liga, pela sua afinidade com o oxigênio e impurezas, menor formação de outros óxid os. • Sua inclusão nas ligas é polêmica. • Quando comparados, o amálgama convencional de baixo teor de cobre tem uma expansão (pelo Zn) seis vezes maior do que a de alto teor de cobre. • Teor > 0,01%: ligas com zinco: - Melhor desempenho clínico; - Menor índice de fraturas marginais; CONTAMINAÇÃO DO ZN POR ÁGUA/ SALIVA OCASIONA UM FENÔMENO DENOMINADO EXPANSÃO TARDIA • Teor < 0,01%: ligas sem zinco; ALTERAÇÃO DIMENSIONAL •Contaminação de um amálgama com Zn pela umidade durante a condensação gera expansão muito superior ao valor máximo permitido (+ 0,1%). Zn + H2 → ZnO (Bolha) + H2 (Água da saliva) A liberação de H2 causa expansão de presa tardia, que inicia 3-4 dias após a reação de presa e pode continuar por meses, levando a um estufamento da restauração para fora da cavidade (fica frágil, sujeita à fratura e sensibilidade pós operatória). Esse efeito é até 10x maior nas ligas com baixo teor de Cu. Feito por: Yris Lins ÍNDIO • ⇧ Resistência à compressão; • ⇧ Rugosidade superficial, pela formação de óxidos de Índio na superfície da liga. • ⇩ Creep do amálgama; • ⇩ Quantidade necessária de Hg na amalgamação; • ⇩ Brilho após o polimento; MERCÚRIO • Presente em pequena quantidade em algumas ligas; • São ligas pré-amalgamadas, possuem tempos de trabalho e de presa mais curtos do que as ligas sem Hg; • O processo de incorporação do Hg remove o Zn da superfície, causando baixa expansão tardia. MERCÚRIO LÍQUIDO • Em temperatura ambiente, pode dissolver diferentes metais e assim, reagir formando ligas; • A porção externa das partículas metálicas é dissolvi da e o mercúrio se difunde para o interior delas; • Ocorre a solubilidade do metal no mercúrio, cristais se precipitam,tornado-se uma massa plástica, podendo ser adaptado à qualquer formato com leve pressão; • Com a redução do mercúrio na massa pela formação de precipitados, a mistura vai endurecendo. PROCESSO = AMALGAMAÇÃO: Mistura do mercúrio líquido com um ou mais metais ou ligas para formar o amálgama. Creep: Escoamento sob uma força de compressão, visto na integridade marginal. É uma deformação progressiva ao longo do tempo pela mastigação. Classificação: 1. Forma das partículas 2. Tamanho das partículas 3. Conteúdo de cobre teor de cobre influencia muito mais no resultado final do material do que formato das partículas, estas por si só, não parecem influenciar consideravelmente a taxa de sucesso da restauração. Manipulação TRITURAÇÃO Tempo - Velocidade - Pressão - Seguir recomendação do fabricante - Promove o contato íntimo entre o Hg e as partículas; - Tempo de trituração (Influencia na consistência); Manual > Gral e pistilo Mecânica > Amalgamadores / 8-12 seg Feito por: Yris Lins Amalgamadores • Melhores resultados, Variável humana diminuída; • Pressão e velocidade adequadas; • Menor tempo clínico, mais prático; • Menor exposição do profissional e ACD; • Gera um amálgama mais uniforme, com menor teor da fase γ2. Trituração • Vai definira consistência da massa; • Vai depender da quantidade e do tipo de liga; • Maior quantidade - Maior tempo trituração; • Sub Trituração; • Trituração Normal (Ideal); • Super Trituração. Normal • Aspecto Plástico, Liso, Não granuloso • Massa homogênea, coesa • Menor quantidade de Hg livre • Maior resistência • Temperatura média • Brilho superficial acetinado Caracteriza resistência, formação de creep e alteração dimensional, afeta coesão interna do material,interferindo no sucesso ou falha da restauração. Sub Trituração MENOR TEMPO DE TRITURAÇÃO • Massa morna, seca, fosca, granulosa, esfarelada, o Hg não umedece todas as partículas; • Cristalização rápida durante a condensação, ocorrendo fraturas que afetam sua coesão interna, superfície rugosa, suscetível ao delustre; • Precária resistência mecânica e à corrosão; • Maior chance de expansão excessiva Super ou sobre trituração MAIOR TEMPO DE TRITURAÇÃO •Massa Lisa, Molhada, Brilhante; •Excessivamente Quente, que pode reduzir tempo de trabalho; •Mais Plástico e Cremoso, maior chance de Creep /Escoamento; Inserção Deve ser inserido em pequenas porções Com auxílio do porta-amálgama e pote dappen. Condensação • Compactar e condensar o amálgama dentro da cavidade, adaptando-o nas paredes e ângulos; • Iniciar pelas áreas de acesso mais restrito; • Feita corretamente Resistência e Creep da restauração, porosidade A correta condensação do amálgama tem uma importância decisiva na: • Dureza final; • Conteúdo residual do mercúrio; • Adaptação às paredes cavitárias; Feito por: Yris Lins • Se houver contato com saliva, aumentará expansão tardia e a corrosão – (Isolamento) Cavidade deve ser preenchida em excesso •Essa camada condensada sobre o esmalte será removida durante a brunidura e escultura • Escultura é REGRESSIVA • O amálgama deve ser protegido pelo dente Brunimento • Esfregar a massa de amálgama, ainda em estado plástico, melhorando sua adaptação • Brunidores ovóides ou esféricos • Pressão do centro para as margens • Há afloramento de Hg , que deve ser removido na escultura ( excesso) Escultura • Realizada após a brunidura pré-escultura • Devolver ao dente seu formato original, de modo simples •Toma-se como apoio/base as vertentes das cúspides •Movimentos de tração, iniciando pelo sulco central •Corpo do instrumento apoiado em estrutura dental não preparada. •Ponta do instrumento no sulco Brunimento pós escultura •Realizada cuidadosamente, com leve pressão •Movimentos circulares do centro para margem •Confere maior brilho e lisura superficial •Facilita o polimento •Reduz porosidade nas margens, aumentando sua dureza •Reduz conteúdo de Hg marginal e superficial Fatores que afetam a resistência do amálgama • Composição / Teor de cobre • Formato e tamanho das partículas; • Porosidades do amálgama; • Proporção mercúrio/liga; • Correta condensação; • Tempo de trituração. Corrosão Degradação progressiva de um metal por reação química ou eletroquímica com o meio em que se encontra. Pode causar aumento da porosidade, redução das propriedades mecânicas e liberação de produtos metálicos dentro do ambiente bucal. Feito por: Yris Lins Por outro lado, a corrosão do amálgama pode ser benéfica: • Interface dente/amálgama: fenda de 10-15 μm; • Os produtos de corrosão selam esta interface gradualmente, prevenindo a micro-infiltração. • Ligas com alto teor de cobre são mais resistentes à corrosão. Cuidados e descarte • Restos de amálgama devem ser depositados em recipientes com água e tampados /identificados e descartados com o lixo hospitalar; • A cápsula do amálgama deve ser descartada em lixo hospitalar; • Limpar bem os instrumentos antes de esterilizar; • Usar máscara, luva, jaleco e óculos de proteção; • Usar dique de borracha no paciente e óculos protetor; Materiais de Moldagem e Gessos Materiais de Moldagem Elásticos: • Hidrocolóides Aquosos - Reversíveis (Agar) - Irreversíveis ( Alginato) • Elastômeros - Polissulfetos - Poliéter - Siliconas - Silicone de Condensação - Silicone de Adição Anelásticos: • Reversíveis (Ceras e Godivas) • Irreversíveis ( Pasta Zinco-enólica) Material de Moldagem Tem características físico-químicas específicas, deve-se conhecer as propriedades reológicas, manipulação, e seu desempenho para obter uma Impressão final de qualidade. AGAR Material Elástico HIDROCOLÓIDE AQUOSO REVERSÍVEL • Apresenta-se em forma de gel, mudando seu estado físico de acordo com a temperatura; • Requer equipamento e moldeiras especiais; • Apresenta boa precisão, porém devido alto conteúdo de água há instabilidade dimensional (facilmente ganha ou perde água); • Requer vazamento do gesso imediato; • Não é muito usado atualmente; • Exemplo: Surgident ALGINATO (ÁCIDO ALGÍNICO) Material elástico HIDROCOLÓIDE AQUOSO IRREVERSÍVEL Material de moldagem empregado para moldagem de regiões onde não é necessária a reprodução tão precisa e fiel de detalhes. É o material de moldagem mais utilizado pelos profissionais. Feito por: Yris Lins Inalação do pó disperso no ar: • Fibrose ou hipersensibilidade pulmonar • Usar máscara ao manipular o pó e durante a mistura. Manipulação- Alginato • Colocar primeiro a água • O pó deve ser vertido sobre a água • Consistência final/normalmente mudam de cor Manipulação Cuidados para não incorporar bolhas de ar à mistura: • Espatulação em forma de ‘8’; • Comprimir a mistura contra as paredes da cuba; • Dissolver todo o pó; • Tempo de espatulação 45 a 60 seg. *Super espatulação reduz resistência Final • Inserir o alginato na moldeira Moldagem Característica final da mistura: • Lisa (sem grânulos); • Homogênea e sem bolhas de ar; • Pronta para ser inserida na moldeira Geleificação Presa rápida - 1 a 2 minutos. Presa normal - 2 a 4,5 minutos. •Contração durante a reação: 1,5% a 3%; Não manipular em cubeta com resíduos • Acelera presa do alginato, • Fluidez inadequada, • Ruptura do material durante remoção da boca. Efeitos dimensionais Contração do material •Evaporação •Processo que pode ocorrer na superfície; SINÉRESE •Exsudação de fluidos da superfície do molde. EMBEBIÇÃO •Ocorre quando o molde é colocado em água, e esta é absorvida, podendo provocar distorção. Após a moldagem •O gesso deve ser vazado de IMEDIATO (logo após a desinfecção do molde), devido sua baixa estabilidade dimensional. •Deve-se remover o modelo de gesso após 40 minutos Após 1h→ ocorre liberação de ácido algínico efetivo (o sulfato de cálcio não o inibe mais) e o gesso fica com superfície porosa. Material elástico Elastômeros - Não aquosos •Polímeros borrachóides; •Apresentam elasticidade; •Copiam as estruturas moldadas com precisão de detalhes; •São introduzidos na boca em estado líquido viscoso, e convertidos em sólido viscoelástico após a reação de presa; •A reação de presa ocorre por meio de uma polimerização em cadeia. Contração 0,5%; A quantidade de deformação permanente é clinicamente insignificante, desde que: Feito por: Yris Lins • O material geleifique adequadamente; •Nenhuma pressão seja aplicada sobre a moldeira durante a polimerização; • O molde seja removido rapidamente no longo eixo da inserção da moldeira; Alginato - Indicações •Moldagem para modelos de estudo •Moldagem de antagonista •Moldagem para confecção de moldeiras •Moldagem de transferência •Moldagem para Prótese parcial removível •Moldagem para Prótese total •Moldagem para Ortodontia Elastômeros - Não aquosos • Indicados para moldagens com maior precisão (quanto mais fluido, maior escoamento, melhor cópia de detalhes) • Dividem-se em 3 grupos, de acordo com suas propriedades elásticas e alterações dimensionais: -Siliconas (de adição e de condensação) -Polissulfetos ou mercaptanas -Poliéteres Siliconas de Adição • É o material de maior precisão; melhor do que isso, só o scanner digital (CAD-CAN /Moldagem indireta);• Contração durante a reação: 0,05%; • Indicação: modelo de trabalho; • Reprodutibilidade: excelente; • Facilidade: boa; • Custo: alto a muito alto. polivinilsiloxano vinil polisiloxano APRESENTAÇÃO: Pasta 4 viscosidades, de acordo com a quantidade de carga: • Extra-densa • Pesada (densa) • Média (regular) • Fluida (leve) *PISTOLA APLICADORA Manipulação: • O material leve e o regular são fornecidos na forma de duas pastas; • A massa densa é fornecida em dois potes (base/catalisador), viscosidades semelhantes. • Composição similar base/catalisador. • Facilidade manipulação > siliconas de condensação. Feito por: Yris Lins • Sistema automático para dispensar e manipular as pasta fluidas • Velocidade de reação sensível à temperatura > polissulfetos. • Material com melhor elasticidade. • São os materiais de moldagens mais estáveis; • Nenhum subproduto volátil é liberado; • O molde não precisa ser vazado imediatamente, tem memória elástica, pode aguardar até 7 dias. • Não existe a formação de subprodutos; • Entretanto, uma reação secundária entre a umidade e hidretos residuais do polímero base podem levar à produção de gás hidrogênio; • Esse hidrogênio pode produzir porosidades no gesso que foi vazado imediatamente após a obtenção do molde. Siliconas de condensação Apresentação: Base: • 1 pote com massa densa/pesada • 1 bisnaga com massa fluida/leve Catalisador • 1 bisnaga com pasta catalisadora Composição: • O álcool etílico é o subproduto da reação de polimerização por condensação. • Sua subsequente evaporação contribui muito com a contração que ocorre nesses silicones após a polimerização Indicação: •Moldagem de precisão, modelo de trabalho. •Não tem cor característica. •Reprodutibilidade: regular. •Facilidade: regular. •Tempo de trabalho: médio a longo. •Contração: 0,6% Siliconas de condensação •SILICONA DENSA, quantidade é medida com a concha dosadora, junta-se a pasta Catalisadora; •Misturar com as mãos, até ficar homogênea; •Inserir na moldeira; •Pode manipular com luva de latex. • SILICONA FLUIDA, Misturar pasta base e pasta catalizadora / placa de vidro; • Inserir uma parte na seringa de moldagem e aplicar na região a ser copiada; • Outra parte aplicar na moldeira sobre a pesada. elastômeros Polissulfetos/ mercaptanas INDICAÇÃO: • moldagem de precisão e modelo de trabalho. • Boa reprodutibilidade. • Baixo custo. • Facilidade: regular (a borracha não se ‘entende’ com muita umidade). CONTRA-INDICAÇÃO: • odor desagradável (elimina enxofre). elastômeros Poliéteres • Polímero à base de poliéter; • Alemanha, final dos anos 60; • Primeiro elastômero desenvolvido primariamente com a função de moldagem; Feito por: Yris Lins Polissulfetos/ Mercaptanas Apresentação em duas pastas: •BASE – branca •CATALISADORA – marrom escuro O contraste das cores auxilia no momento da mistura, para obter uma cor homogênea. Cada pasta é fornecida em tubos com diâmetros diferentes; assim, ao dispensá-las em comprimentos iguais, obtém-se a correta proporção do polímero de ligação cruzada. Poliéteres • Indicação: moldagem de precisão, modelo de trabalho. • Reprodutibilidade: muito boa. • Contração: 0,15% • Facilidade: excelente. • Custo: alto. Manipulação - polissulfetos • Placa de vidro e espátula de aço inoxidável. • Distribuir toda a pasta catalisadora sobre a • pasta base. • Espalhar a mistura sobre a placa, em movimentos circulares. Gessos Produção de Sulfato de cálcio Hemiidratado •Não há diferença mineralógica entre as formas α e β. •Produção do sulfato de cálcio hemiidratado α e β Diferem quanto: • Tamanho dos cristais, • Área de superfície, • Grau de perfeição de sua estrutura. Gipsita é a forma di-hidratada do sulfato de cálcio (CaSO4 + 2 H2O), mineral encontrado na natureza como uma massa compacta. No processo de calcinação, a gipsita é aquecida e perde 1,5 gmol dos seus 2 gmol de água, convertendo-se em sulfato de cálcio hemi-hidratado (CaSO 4 + ½ H2O). Quando o gesso é misturado com água, o sulfato de cálcio hemi-hidratado converte-se novamente em sulfato de cálcio di-hidratado. Dependendo do método de calcinação, formas estruturais diferentes: •α-hemiidrato; •α-hemiidrato modificado; •β-hemiidrato. Relação Água/ Pó ↑ tempo de presa; ↓ resistência dos produtos de gesso; ↓ expansão de presa. Feito por: Yris Lins Relação A/P média: Gesso comum tipo II: 0,45 a 0,50 -> 100g : 45ml Gesso-pedra tipo III: 0,28 a 0,30 -> 100g : 28ml Gesso-pedra tipo IV: 0,22 a 0,24 -> 100g : 22ml Características do Gesso TEMPO DE ESPATULAÇÃO (T E) • Desde a adição do pó à água até a mistura estar completa; Cerca de 1 minuto (manual). TEMPO DETRABALHO (T T) Do início da espatulação até que a mistura não possa mais ser vazada; Em média 3 minutos. TEMPO DE PRESA (T P) • Do início da mistura até o material endurecer; • Ocorre perda de brilho à medida que a água é usada para formar o diidrato. • Tempo médio de 30 –60 minutos Manipulação • Colocar no gral de borracha primeiro a água e depois acrescentar o gesso aos poucos ; • Tempo de espatulação começa a contar a partir do início do contato pó-líquido ; • Convém deixar que a maior parte do pó afunde na água, pois isto permite que o ar entre as partículas de pó seja expulso e não se incorpore na massa durante a espatulação. • Proporcionamento adequado (balança e proveta) • Evitar incorporação de bolhas • Utilizar instrumentos limpos • Não adicionar pó ou água após o inicio da mistura • Remover o molde do modelo após 30 a 40 min • Espatular durante 45-60 segundos, vigorosamente, mesmo depois de ter obtido uma massa homogênea; • Fique em pé com os braços esticados e pressione a mistura contra as paredes do gral; • A energia na espatulação é necessária para fraturar os núcleos de cristalização que estão sendo formados: isto colabora para alcançar o tempo de presa e a resistê ncia esperada, desde que a proporção água /pó recomendada tenha sido obedecida; Vazando o Gesso • Colocar pequenas porções da mistura (no máximo, o volume de meio dente) usando a espátula 24 e vibração, até preencher a região dos dentes; só depois é que poderá colocar porções mais volumosas; • Coloque sempre a nova porção de gesso em pontos onde já existe gesso (regiões de confluência se diferentes porções de gesso tendem a formar bolhas de ar) e deixe-o escoar sob vibração. • Confira visualmente se o gesso vai preenchendo as partes mais profundas do molde; • Depois de preenchidas as regiões mais críticas, colocar porções maiores de gesso, sob vibração mais leve (para isto, pode usar a espátula para gesso, que serve também para produzir a vibração); Feito por: Yris Lins Manipulação • Após a espatulação, vibrar a mistura ainda no gral por alguns segundos (3 Seg.), ajudando a desfazer as bolhas de ar que sobem à superfície com a espátula • Trata-se de expulsar o ar introduzido pela espatulação; Gessos Tipo I • Indicado para Moldagem; • Está em desuso na odontologia. Gessos Tipo II • Indicado para modelo. • Também chamado gesso de laboratório. • Usado principalmente no preenchimento de muflas. • Resistência é adequada. Gessos Tipo III • Indicado para modelo final (gesso pedra) • Como modelo de trabalho • Resistência e dureza superficial. Gesso Sintético • Custo mais elevado; • Propriedades iguais ou superiores às dos gessos naturais. Gessos Tipo IV • Muito utilizado para troquel • Resistência e dureza superficial maiores • Mínima expansão de presa. • Gesso extra duro. Gessos Tipo V • Deve ser evitado na produção de troquéis; • Sua alta expansão pode causar desadaptação das restaurações; Chegamos ao final… Espero que essa apostila tenha lhe ajudado, e que eu faça parte desse processo de vitória e aprendizado na odontologia. Bons estudos!! @Odontoyris •
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