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1 RESUMOS DE DIREITO PENAL Quem Somos? Advogada, especialista em Direito Penal, Processo Penal e Direito Tributário. Apaixonada pela produção de conteúdo jurídico online. Entusiasta na confecção de materiais jurídicos práticos para estudantes e profissionais do Direito. https://www.linkedin.com/in/anna-paula-cavalcante-g-figueiredo/ https://www.linkedin.com/in/anna-paula-cavalcante-g-figueiredo/ 2 HOMICÍDIO O art. 121 inaugura a Parte Especial do nosso Código de Penal. O TÍTULO I do diploma é destinado à disciplina DOS CRIMES CONTRA A PESSOA. E, dentre esses, no CAPÍTULO I, temos OS CRIMES CONTRA A VIDA. O homicídio é o crime mais grave previsto no Código Penal, pois para a sua forma simples prevê-se a pena base abstrata de reclusão de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. Penas ainda mais elevadas são previstas para os casos de homicídio qualificado. Sem dúvidas, esse rigor justifica-se pela grandiosidade do bem jurídico tutelado pelo tipo penal, qual seja a vida humana. Lembre-se que o direito à vida está previsto como direito fundamental no art. 5º, caput, da Constituição Federal. Homicídio simples Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. Matar alguém é extinguir a vida humana extrauterina. ATENÇÃO! Se a parturiente, em estado puerperal, durante ou logo após o parto mata o seu filho, temos a extinção de vida extrauterina. Mas, nesse caso, o homicídio será tratado de forma privilegiada, sendo configurado o crime de infanticídio (art. 123, do Código Penal). O objeto jurídico do crime de homicídio é a vida humana. Animais, embora mereçam a tutela de sua vida e integridade, não se enquadram como sujeito passivo do crime. O homicídio é crime de forma livre, pois são diversos os meios que podem ser empregados para matar alguém. Além disso, é crime comum, cometido por qualquer pessoa (sujeito ativo) contra qualquer pessoa (sujeito passivo). 3 Quando ao elemento subjetivo do tipo, o homicídio pode ser cometido na modalidade dolosa ou culposa. Ainda é possível classificar o homicídio como crime instantâneo (o resultado não se prolonga no tempo, ainda que a ação possa ser arrastada no tempo), de dano (consuma-se com a efetiva lesão ao bem jurídico), unissubjetivo (pode ser praticado por uma única pessoa) e plurissubsistente (admite a tentativa, já que para a sua consumação exigem-se condutas fracionadas que devem ser somadas). O crime consuma-se com a morte, considerada como a cessação da atividade encefálica. Caso de diminuição de pena § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. Trata-se de causa de redução de pena, denominada pela doutrina como homicídio privilegiado. Ela é aplicada quando o crime é praticado quando o agente é impelido por (1) motivo de relevante valor social ou moral ou (2) sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta agressão da vítima. Verificada a configuração do homicídio privilegiado o juiz poderá reduzir a pena de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço) na terceira fase da dosimetria da pena. É importante destacar que o privilégio não exclui o crime. Apenas reduz a pena aplicada, em razão da menor reprovabilidade da conduta praticada. Exemplo comum visto na doutrina é o homicídio praticado pelo pai, que, em flagrante, surpreende o sujeito abusando sexualmente de seu filho. Naquele momento de ira, o pai desfere golpes contra o abusador, que falece no local. O Supremo Tribunal Federal já definiu que a causa de diminuição de pena é de observância obrigatória quando do processo e julgamento o crime (Súmula 162). DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA! Súmula 162, do STF: É absoluta a nulidade do julgamento pelo júri, quando os quesitos da defesa não precedem aos das circunstâncias agravantes. 4 Homicídio qualificado O §2º do art. 121, do Código Penal, trata de situações que qualificam o crime de homicídio, dada a maior reprovação social da conduta praticada. Assim, há a elevação da pena base para reclusão de 12 (doze) a 30 (trinta) anos. O homicídio qualificado é definido como crime hediondo no art. 1º, I, da Lei nº 8.072/1990. § 2° Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; Na primeira parte temos o chamado homicídio mercenário, quando o sujeito ativo do crime o comete para auferir alguma vantagem. Essa vantagem, segundo a doutrina, pode ser de qualquer natureza (econômica, moral ou sexual, por exemplo). Damásio de Jesus diferencia a paga da promessa de recompensa, apontando que aquela é vantagem obtida previamente ao cometimento do crime. De outro modo, na promessa de recompensa a vantagem é recebida após o crime. É importante dizer tanto o mandante do crime, quanto aquele que o executa para auferir a vantagem respondem pelo homicídio com a qualificadora do inciso I. Para a incidência da qualificadora não se faz necessário o efetivo recebimento da recompensa. Basta que o crime tenha sido motivado pela promessa do seu pagamento. Quanto ao motivo torpe, ele é moralmente reprovável, causando asco ou nojo. Trata-se de uma motivação egoística, praticada, por exemplo, para eliminar um concorrente. II - por motivo fútil; Fútil é o motivo ínfimo, insignificante ou desproporcional. O motivo apresentado é completamente desproporcional ao resultado lesivo verificado. Nas lições de Nucci, é qualificado pelo motivo fútil o homicídio de um dono de bar que se recusa a vender bebidas fiado e por isso é morto pelo cliente insatisfeito. 5 III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; Neste inciso temos os meios de execução que empregados fazem com que o homicídio seja praticado de forma insidiosa, cruel ou com perigo gerado a outras pessoas. Insidioso é o meu que inserido no organismo humano pode causar lesões ou a morte. É o caso do veneno. Cruel é o meio que causa à vítima excessivo sofrimento, como a asfixia e a tortura. Por fim, a utilização de fogo ou explosivo provoca perigo comum, pois a sua utilização pode atingir terceiras pessoas, além da vítima pretendida. ATENÇÃO! Não confundir o homicídio qualificado pela tortura (art. 121, §2º, III, do Código Penal) com o crime de tortura com resultado morte (art. 1º, §3º, parte final, da Lei nº 9.455/1997). Na tortura que resulta morte temos um crime preterdoloso. O agente age com dolo na conduta e o resultado agravador (morte) resulta de culpa. Trata-se de crime inafiançável, insuscetível de graça ou anistia (art. 5º, XLIII, da Constituição Federal e art. 1º, §6º, da Lei nº 9.455/1997). De outro modo, no homicídio qualificado pela tortura o resultado morte é planejado a título de dolo. Aqui, a tortura é o meio pelo qual o agente se utiliza para conseguir o resultado pretendido. IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; Aqui a qualificadora está atrelada ao modo de execução do crime. São modos de execução que dificultam ou impossibilitam a vítima de se defender. Daí a maior reprovação da conduta. O crime será cometido à traição, por exemplo, quando a vítima é alvejada pelas costas. Para Capez, a traição só pode configurar-se quando há quebra de fidelidade e lealdade entre a vítima e o agente, constituindo qualificadora de 6 natureza subjetiva. Assim, não basta tão somente o ataque brusco e inesperado, sendo necessário a existência de anterior vínculo subjetivo entre o agente e a vítima. A emboscada é a “tocaia”, quando a vítima foratraída para um local onde será abatida por atiradores, sem chances de se defender. A dissimulação é configurada quando, por exemplo, o agente se aproxima da vítima e conquista sua confiança, com o propósito de matá-la em momento posterior. ATENÇÃO! As qualificadoras dos incisos III (meios empregados) e IV (modo de execução) são objetivas. Portanto, são compatíveis com a atenuante do §1º. V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: Aqui temos a conexão teleológica ou consequencial. É o caso, por exemplo, do agente que estupra e mata a vítima para garantir que o estupro não seja descoberto. Popularmente costuma-se dizer que nestas circunstâncias há “queima de arquivo”. Pena - reclusão, de doze a trinta anos. DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA! RECURSO ESPECIAL. PENAL. CRIME DE HOMICÍDIO PRIVILEGIADO. DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO. TESE ACUSATÓRIA RELATIVA À COMPATIBILIDADE ENTRE O PRIVILÉGIO E A QUALIFICADORA DO MEIO CRUEL. ARGUIDA NULIDADE NA QUESITAÇÃO. RECURSO PROVIDO. 1. A jurisprudência desta Corte e do Supremo Tribunal Federal tem reiterado entendimento no sentido de que há compatibilidade entre as 7 qualificadoras de ordem objetiva e as causas de diminuição de pena do § 1.º do art. 121 do Código Penal, que, por sua vez, têm natureza subjetiva. 2. O entendimento sufragado pelas instâncias ordinárias consideraram que o acolhimento, pelo Conselho de Sentença, da tese segundo a qual o Réu agiu sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima, prejudicava a quesitação acerca da qualificadora do emprego de meio cruel, contraria a jurisprudência do STF e desta Corte. 3. Recurso provido. (STJ, REsp 1.060.902-SP, Rel. Minª. Laurita Vaz – Quinta Turma, julgado em 21/06/2012, publicado em 29/06/2012) Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) Trata-se da mais conhecida qualificadora do homicídio. Infelizmente, os feminicídios ganham destaque nos noticiários do país, com franca expansão dos números de casos. É importante destacar que o feminicídio não se trata de crime autônomo, mas sim de uma das qualificadoras do crime de homicídio. O feminicídio é verificado quando a mulher é vítima do crime de homicídio em razão da condição do seu sexo. DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA! PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO. DECISÃO DE PRONÚNCIA ALTERADA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. INCLUSÃO DA QUALIFICADORA DO FEMINICÍDIO. ALEGADO BIS IN IDEM COM O MOTIVO TORPE. AUSENTE. QUALIFICADORAS COM NATUREZAS DIVERSAS. SUBJETIVA E OBJETIVA. POSSIBILIDADE. EXCLUSÃO. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI.ORDEM DENEGADA.1. Nos termos do art. 121, § 2º-A, II, do CP, é devida a incidência da qualificadora do feminicídio nos casos em que o delito é praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar, possuindo, portanto, natureza de ordem objetiva, o que dispensa a análise do animus do agente. Assim, não há se falar em ocorrência de bis in idem no reconhecimento das 8 qualificadoras do motivo torpe e do feminicídio, porquanto, a primeira tem natureza subjetiva e a segunda objetiva.2. A sentença de pronúncia só deverá afastar a qualificadora do crime de homicídio se completamente dissonante das provas carreadas aos autos. Isso porque o referido momento processual deve limitar-se a um juízo de admissibilidade em que se examina a presença de indícios de autoria, afastando-se, assim, eventual usurpação de competência do Tribunal do Júri e de risco de julgamento antecipado do mérito da causa. 3. Habeas corpus denegado. (STJ, HC 433.898-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, por unanimidade, julgado em 24/04/2018, publicado em 11/05/2018 – Informativo nº 0625). HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. DIREITO PENAL. TRIBUNAL DO JÚRI. FEMINICÍDIO TENTADO. VÍTIMA TRANSEXUAL. PEDIDO DE EXCLUSÃO DA QUALIFICADORA. TESE A SER APRECIADA PELO CONSELHO DE SENTENÇA. PRINCÍPIO IN DUBIO PRO SOCIETATE. EXCLUSÃO DA QUALIFICADORA. IMPROCEDENTE. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO. 1. Diante da hipótese de habeas corpus substitutivo de recurso próprio, a impetração sequer deveria ser conhecida. Porém, considerando as alegações expostas na inicial, razoável o processamento do feito para verificar a existência de eventual constrangimento ilegal. 2. A sentença de pronúncia deve se ater aos limites estritos da acusação, na justa medida em que serão os jurados os verdadeiros juízes da causa, razão pela qual as qualificadoras somente devem ser afastadas quando evidentemente desalinhadas das provas carreadas e produzidas no processo. 3. No caso, havendo indicativo de prova e concatenada demonstração de possível ocorrência da qualificadora do feminicídio, o debate acerca da sua efetiva aplicação ao caso concreto é tarefa que incumbirá aos jurados na vindoura Sessão de Julgamento do Tribunal do Júri. 4. Habeas Corpus não conhecido. (STJ, HC 541.237-DF, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik – Quinta Turma, julgado em 15/12/2020, publicado em 18/12/2020) VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, 9 companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) É o chamado homicídio funcional, praticado contra integrantes das Forças Armadas ou de Segurança Pública. O crime pode ser praticado contra o sujeito passivo estando ele em trabalho ou em razão do seu trabalho ou, ainda, contra seus cônjuges, companheiros ou parentes consanguíneos de até 3º (terceiro) grau, desde que em represália às atividades desenvolvidas no âmbito da atividade profissional. VIII - (VETADO): (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) Pena - reclusão, de doze a trinta anos. § 2º-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) O parágrafo foi incluído na legislação para esclarecer as circunstâncias nas quais a mulher ser vítima de homicídio qualifica o crime como feminicídio. São elas: quando o crime for cometido (1) no âmbito da violência doméstica e familiar ou (2) por discriminação à condição de mulher. ATENÇÃO! Feminicídio não se confunde com femicídio. No femicídio temos a mulher como vítima do crime de homicídio, qualquer que seja a motivação do crime. No feminicídio, de outra forma, a motivação do crime contra a mulher, precisa observar as circunstâncias do §2º-A. Homicídio culposo § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) Pena - detenção, de um a três anos. 10 Será culposo o homicídio causado por violação a um dever de cuidado (negligência, imprudência ou imperícia). ATENÇÃO! O processo e julgamento do homicídio doloso é de competência do Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII, d, da Constituição Federal). De outro modo, no caso de homicídio culposo, o processo e julgamento será da competência do juiz singular. ATENÇÃO! Se o homicídio culposo é cometido na direção de veículo automotor devem ser observadas as disposições do art. 302, do Código de Trânsito. Aumento de pena § 4º No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisãoem flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) Temos no §4º causas de aumento de pena para os homicídios culposos e dolosos. Quando o crime é culposo haverá aumento de pena se (1) decorrente de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício; (2) o sujeito ativo deixar de prestar socorro imediato à vítima; (3) não procurar diminuir as consequências do seu ato; ou (4) fugir para evitar a sua prisão em flagrante. No caso de crime doloso, na forma simples ou qualificada, haverá causa de aumento de pena se o crime for praticado contra menor de 14 (quatorze) anos ou idosos. São causas de aumento objetivas e de natureza obrigatória, 11 justificadas pela maior vulnerabilidade da vítima para reagir a uma investida contra a sua vida. DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA! AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. HOMICÍDIO QUALIFICADO PERPETRADO CONTRA VÍTIMA DE TENRA IDADE (15 ANOS). VALORAÇÃO NEGATIVA DAS CONSEQUÊNCIAS DO CRIME. DIVERGÊNCIA ENTRE AS TURMAS CRIMINAIS DESTA CORTE. FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA E IDÔNEA. DECISÃO MANTIDA. 1. Há divergência entre a Quinta e a Sexta Turmas na questão veiculada no recurso especial, qual seja, se a tenra idade da vítima constituiu fundamento idôneo para agravar a pena-base, especificamente no que se refere ao crime de homicídio, mediante valoração negativa das consequências do crime. 2. Deve prevalecer a orientação da Quinta Turma, no sentido da idoneidade da fundamentação, pois a tenra idade da vítima (menor de 18 anos) é elemento concreto e transborda aqueles ínsitos ao crime de homicídio, sendo apto, pois, a justificar o agravamento da pena-base, mediante valoração negativa das consequências do crime, ressalvada, para evitar bis in idem, a hipótese em que aplicada a majorante prevista no art. 121, § 4º (parte final), do Código Penal. 3. Agravo regimental improvido. (STJ, AgRg no Recurso Especial 1.851.435-PA, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior – Terceira Seção, julgado em 12/08/2020, publicado em 21/09/2020) § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) Prevê o chamado perdão judicial. Possível de ser concedido quando as consequências do crime, por si só, já são brutais para aquele que cometeu o crime de homicídio de forma culposa. Exige-se que haja um conhecimento ou relacionamento prévio entre vítima e autor do crime, segundo doutrina e jurisprudência. Aqui, o crime de homicídio não deixa de existir, mas o juiz deixará de aplicar a pena porque ela se faz desnecessária, vez que as circunstâncias e o resultado 12 do crime já são penosos. A sentença proferida pelo juiz neste caso é classificada como declaratória da extinção da punibilidade (Súmula 18, STJ). DE OLHO NA JURISPRUDÊNCIA! Súmula nº 18, STJ: A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório. Exemplo clássico da doutrina para o perdão judicial é a hipótese em que a mãe, sem perceber o filho, dá ré no seu automóvel, atropela e mata a criança. ATENÇÃO! O perdão judicial NÃO será concedido a qualquer caso de homicídio culposo. É imprescindível a verificação de um resultado extremamente penoso para o agente, que torne eventual pena imposta ínfima. § 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012) Trata-se de mais uma causa de aumento. Bitencourt lembra que o homicídio simples, quando cometido em atividade típica de grupo de extermínio, é definido como crime hediondo (art. 1º, I, da Lei nº 8.072/1990). § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018) 13 III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018) IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771, de 2018) Trabalha o legislador neste parágrafo causas especiais de aumento de pena aplicadas à qualificadora do feminicídio. São elencadas circunstâncias em que a vítima mulher torna-se especialmente mais vulnerável (por exemplo, quando grávida) ou quando a violência do crime pode causar abalos psicológicos diversos a terceiros que presenciam o cometimento do crime (exemplo, quando praticado na presença de descentes ou ascendentes da vítima). As causas de aumento ao feminicídio buscam frear a crescente violência contra a mulher que se verifica no nosso país. ATENÇÃO! O homicídio, qualquer que seja a sua modalidade, é crime de ação penal pública incondicionada. 14 QUESTÕES DE CONCURSOS 1 - (Ano: 2018 / Banca: IBADE / Órgão: SEPLAG-SE / Prova: IBADE - 2018 - SEPLAG-SE - Guarda de Segurança do Sistema Prisional) O indivíduo que mata um integrante do sistema prisional, no exercício da função ou em decorrência dela, em razão dessa condição, comete crime de: (A) Tortura. (B) Homicídio culposo. (C) Homicídio qualificado. (D) Feminicídio. (E) Homicídio simples. GABARITO: Letra (C). Vide art. 121, §2º, VII, do Código Penal, c/c art. 144, VI, da Constituição Federal. CP, Art. 121. (...) Homicídio qualificado § 2° Se o homicídio é cometido: (...) VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015) Pena - reclusão, de doze a trinta anos. CF, Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à 15 defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. (...) Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos: I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV - polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019) 2 - (Ano: 2019 / Banca: NUCEPE / Órgão: Prefeitura de Teresina - PI / Prova: NUCEPE - 2019 - Prefeitura de Teresina - PI - Guarda Civil Municipal) Sobre o Crime de Homicídio, assinale a alternativa INCORRETA. (A) Se o agente age sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ele comete homicídio privilegiado.(B) Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. (C) No homicídio culposo, a pena é aumentada, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. (D) O perdão judicial pode ser aplicado em caso de homicídio culposo ou privilegiado. (E) A pena do feminicídio é aumentada se o crime for praticado na presença de descendente ou de ascendente da vítima. GABARITO: Letra (D). O perdão judicial apenas é aplicado em casos de homicídios culposos, quando as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão 16 grave que a sanção penal se torne desnecessária (art. 121, §5º, do Código Penal). 3 - (Ano: 2019 / Banca: INSTITUTO AOCP / Órgão: PC-ES / Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 - PC-ES – Investigador) Assinale, dentre as alternativas a seguir, a única que NÃO majora de 1/3 até a metade a pena para o autor do delito de feminicídio. (A) Praticar o crime nos 5 meses posteriores ao parto. (B) Praticar o crime contra pessoa menor de 14 anos. (C) Praticar o crime contra pessoa com deficiência. (D) Praticar o crime na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima. (E) Praticar o crime contra pessoa maior de 60 anos. GABARITO: Letra (A). Literalidade do §7º, do art. 121, do Código Penal. CP, Art. 121. (...) § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018) III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018) IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771, de 2018) 17 4 - (Ano: 2019 / Banca: CONSULPAM / Órgão: Prefeitura de Viana - ES / Prova: CONSULPAM - 2019 - Prefeitura de Viana - ES - Guarda Municipal) O homicídio (artigo 121 do Código Penal) será qualificado se cometido, EXCETO: (A) Sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. (B) Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe. (C) Por motivo fútil. (D) Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. GABARITO: Letra (A). O homicídio praticado sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima será privilegiado, com pena reduzida de um sexto a um terço (art. 121, §1º, do Código Penal). 5 - (Ano: 2019 / Banca: CEFET-BA / Órgão: DPE-BA) Fernando de Santo Cristo, consciente e voluntariamente, tentou contra a vida de Firmina Benta de Santo Cristo, companheira de longa data e mãe de seus filhos Bentinho de Santo Cristo e Chiquinha de Santo Cristo, esta ainda no ventre materno. Segundo o Código Penal Brasileiro, é correto afirmar que (A) a pena do delito não será majorada se o crime for praticado durante a gestação. (B) a pena do delito será majorada se o crime for praticado na presença física de ascendente, descendente ou parente colateral até o terceiro grau. (C) a pena do delito não será majorada se o crime for praticado nos 3 (três) meses posteriores ao parto, pois cessa a condição de vulnerabilidade. (D) há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (E) há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar, mas o menosprezo à condição de mulher exige contexto social e jurídico de vulnerabilidade. GABARITO: 18 Letra (D). Art. 121, § 2º-A, do Código Penal. Letra (A) – ERRADA – O homicídio qualificado pelo feminicídio tem sua pena aumentada se cometido contra mulher grávida ou até 3 (três) meses após o parto (art. 121, §7º, I, do Código Penal). Letra (B) – ERRADA – A presença física ou virtual de ascendente ou descendente é causa de aumento do homicídio qualificado pelo feminicídio. Esse aumento não será aplicado se o crime for cometido na presença de colaterais (art. 121, §7º, III, do Código Penal). Letra (C) – ERRADA – O feminicídio cometido contra mulher nos 3 (três) meses após o parto é apenado com a causa de aumento (art. 121, §7º, I, do Código Penal). Letra (D) – CORRETA. Letra (E) – ERRADA – O menosprezo à condição de mulher é situação que caracteriza a qualificadora do feminicídio por si só (art. 121, §2º-A, do Código Penal). 6 - (Ano: 2019 / Banca: VUNESP / Órgão: TJ-RO / Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RO - Juiz de Direito Substituto) Caio é professor de educação física do Estado e dá aula de natação em um clube estadual. Ao nadar em uma das piscinas do clube, Caio notou um defeito no ralo. Decidido a se livrar da colega de profissão, recentemente contratada para substituí-lo em algumas aulas, ele não informa a administração do clube sobre o defeito detectado, além de alterar a potência da exaustão do ralo. No dia seguinte, quando já finalizadas todas as aulas, ele propõe à colega a brincadeira da caça ao tesouro, que consiste em localizar e pegar objetos no chão da piscina. Caio diz à colega que vence quem pegar maior quantidade de pedras e as despeja na piscina, em local próximo ao ralo. Antes que a colega pudesse colocar a touca na cabeça, Caio pula na piscina. Com receio de perder a brincadeira, ela imediatamente pula atrás. Caio vê a colega aproximar o corpo rente ao chão. Passados alguns segundos, ele percebe que a colega mexe o corpo freneticamente. Ao mergulhar, Caio confirma que os cabelos de sua colega estão presos ao ralo, impedindo-a de emergir. Caio, por minutos, assiste ao desespero da colega, sem nada fazer. Depois, arrependido, decide agir, tentando, a todo custo, soltá-la do ralo. A colega, contudo, veio a óbito. Diante da situação hipotética, assinale a alternativa correta. 19 (A) Caio praticou crime de homicídio culposo, pois, ao não avisar a administração do clube sobre o defeito detectado no ralo, no dia anterior, agiu com negligência. (B) Caio não praticou qualquer crime contra a vida em detrimento da colega, visto que o resultado morte, ainda que desejado por ele, não era previsível e tampouco controlável. (C) Caio praticou o crime de homicídio qualificado, por motivo torpe, não incidindo o instituto do arrependimento eficaz. (D) Caio praticou crime de feminicídio e, diante do arrependimento, terá sua pena diminuída de 1 a 2/3. (E) Caio, se condenado, como efeito automático da condenação, perderá a função de professor público. GABARITO: Letra (C). O homicídio praticado no caso concreto apresentado é qualificado pelo motivo torpe. É desprezível que um colega de trabalho planeje matar o outro por inveja ou rivalidade profissional. Além disso, o instituto do arrependimento eficaz (art. 15, do Código Penal) não se aplica ao caso, pois apesar da ação de Caio, a morte da colega de profissão não foi evitada. Letra (A) – ERRADA – Não é caso de homicídio culposo, pois Caio deixou de avisar à administração o defeito no ralo da piscina de forma dolosa, premeditando que aquele defeito poderia auxiliá-lo no seu intento de causar a morte da colega de profissão. Letra (B) – ERRADA – No caso concreto o resultado morte eraprevisível e desejado por Caio, por isso configurado o crime de homicídio. Letra (C) – CORRETA. Letra (D) – ERRADA – Não é caso de feminicídio. O homicídio praticado contra vítima mulher somente será qualificado como feminicídio se praticado no contexto de violência doméstica e familiar ou por misoginia (menosprezo ou discriminação à condição de mulher) (art. 121, §2º-A, do Código Penal). Letra (E) – ERRADA – A perda de cargo público não é efeito automático da condenação, conforme literalidade do art. 92, I e parágrafo único, do Código Penal. 7 – (Ano: 2020 / Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: MPE-CE / Prova: CESPE - 2020 - MPE-CE - Promotor de Justiça de Entrância Inicial) 20 Acerca do delito de homicídio doloso, assinale a opção correta. (A) Constitui forma privilegiada desse crime o seu cometimento por agente impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob influência de violenta emoção provocada por ato injusto da vítima. (B) A qualificadora do feminicídio, caso envolva violência doméstica, menosprezo ou discriminação à condição de mulher, não é incompatível com a presença da qualificadora da motivação torpe. (C) A prática desse crime contra autoridade ou agente das forças de segurança pública é causa de aumento de pena. (D) É possível a aplicação do privilégio ao homicídio qualificado independentemente de as circunstâncias qualificadoras serem de ordem subjetiva ou objetiva. (E) Constitui forma qualificada desse crime o seu cometimento por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. GABARITO: Letra (B). Para o STJ não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe (natureza subjetiva) e de feminicídio (natureza objetiva) no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar. Letra (A) – ERRADA – A forma privilegiada do homicídio será reconhecida quando o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou SOB O DOMÍNIO de violenta emoção, LOGO EM SEGUIDA a injusta provocação da vítima (art. 121, §1º, do Código Penal). Letra (B) – CORRETA. Letra (C) – ERRADA – O homicídio praticado contra autoridade ou agente das forças de segurança pública é crime qualificado (art. 121, §2º, VII, do Código Penal). Letra (D) – ERRADA – O privilégio possui caráter subjetivo; desse modo, somente será compatível com qualificadoras objetivas. Letra (E) – ERRADA – O cometimento de crime de homicídio por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio é causa de aumento de pena (art. 121, §6º, do Código Penal). Não se trata de forma qualificada. 21 8 - (Ano: 2019 / Banca: CESPE / CEBRASPE / Órgão: DPE-DF / Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público) Com relação aos delitos tipificados na parte especial do Código Penal, julgue o item subsecutivo. A circunstância do descumprimento de medida protetiva de urgência imposta ao agressor, consistente na proibição de aproximação da vítima, constitui causa de aumento de pena no delito de feminicídio. ( ) Certo ( ) Errado GABARITO: Certo. Literalidade do art. 121, §7º, IV, do Código Penal. CP, Art. 121. (...) § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018) III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018) IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771, de 2018) 22 REFERÊNCIAS BITENCOURT, Cezar Roberto. Parte especial: crimes contra a pessoa. Volume 2. Coleção Tratado de direito penal. 20. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm > ________. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto- lei/del2848compilado.htm > ________. Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990. Dispõe sobre os crimes hediondos, nos termos do art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, e determina outras providências. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8072.htm > ________. Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997. Define os crimes de tortura e dá outras providências. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9455.htm > ________. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503compilado.htm > ________. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Regimental no Recurso Especial nº 1.851.435 – PA. Relatoria do Ministro Sebastião Reis Júnior – Terceira Seção, julgado em 12/08/2020, publicado em 21/09/2020. Disponível em < https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?component e=ATC&sequencial=114785347&num_registro=201903598614&data=20200921 &tipo=52&formato=PDF > ________. ________. Habeas Corpus nº 433.898 – RS. Relatoria do Ministro Nefi Cordeiro – Sexta Turma, julgado em 24/04/2018, publicado em 11/05/2018. Disponível em < https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?component e=ATC&sequencial=81674431&num_registro=201800126370&data=20180511& tipo=51&formato=PDF > ________. ________. Habeas Corpus nº 541.237 – DF. Relatoria do Ministro Joel Ilan Paciornik – Quinta Turma, julgado em 15/12/2020, publicado em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8072.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9455.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9503compilado.htm https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=114785347&num_registro=201903598614&data=20200921&tipo=52&formato=PDF https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=114785347&num_registro=201903598614&data=20200921&tipo=52&formato=PDF https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=114785347&num_registro=201903598614&data=20200921&tipo=52&formato=PDF https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=81674431&num_registro=201800126370&data=20180511&tipo=51&formato=PDF https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=81674431&num_registro=201800126370&data=20180511&tipo=51&formato=PDF https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ATC&sequencial=81674431&num_registro=201800126370&data=20180511&tipo=51&formato=PDF 23 18/12/2020. Disponível em < https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=2019031 66711&dt_publicacao=18/12/2020 > ________. ________. Recurso Especial nº 1.060.902 – SP. Relatoria da Ministra Laurita Vaz – Quinta Turma, julgado em 21/06/2012, publicado em 29/06/2012. Disponível em < https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=2008011 24490&dt_publicacao=29/06/2012 > ________. ________. Informativo de jurisprudêncianº 0625. Publicação em 01/06/2018. ________. ________. Súmula 18. Disponível em < https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas- 2005_1_capSumula18.pdf > ________. Supremo Tribunal Federal. Súmula 162. Disponível em < http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula =2749 > CAPEZ, Fernando. Curso de direito penal, parte especial: arts. 121 a 212. Volume 2. 19. ed. atual. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. JESUS, Damásio de. Parte especial: crimes contra a pessoa a crimes contra o patrimônio – arts. 121 a 183 do CP. Direito penal vol. 2. Atualização André Estefam. 36. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2020. NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. 16. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020. https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201903166711&dt_publicacao=18/12/2020 https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201903166711&dt_publicacao=18/12/2020 https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=200801124490&dt_publicacao=29/06/2012 https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=200801124490&dt_publicacao=29/06/2012 https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2005_1_capSumula18.pdf https://www.stj.jus.br/docs_internet/revista/eletronica/stj-revista-sumulas-2005_1_capSumula18.pdf http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2749 http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=2749
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