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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA MTM- CÁLCULO B – PARA COMPUTAÇÃO SÉRIES INFINITAS 1. INTRODUÇÃO Uma parte importante no estudo do Cálculo envolve a representação de funções como “somas infinitas”. Para entender esse assunto, precisamos que a operação usual de adição em conjuntos finitos de números seja estendida para conjuntos infinitos. Assim vamos utilizar um processo de limite através de seqüências. 1.1. Idéia Intuitiva Exemplo 1: Considere um pedaço de fio com 2 m de comprimento e suponha que este seja cortado ao meio. Uma das partes é deixada de lado enquanto a outra é novamente cortada ao meio. Novamente um dos pedaços com ½ m de comprimento é posto de lado, enquanto que o outro é cortado ao meio, e então obtemos dois pedaços com ¼ m de comprimento cada um. Tomamos apenas um deles e dividindo-o ao meio, obtemos dois pedaços com 1/8 m de comprimento. Novamente, cortamos um dos pedaços ao meio. Se esse processo continuar indefinidamente, o número de metros na soma dos comprimentos dos pedaços separados pode ser considerado como a soma infinita: LL +++++++ −12 1 16 1 8 1 4 1 2 1 1 n Qual o resultado da soma infinita acima? Se chamarmos de { }ns uma nova seqüência definida por nn aaaas ++++= L321 , teremos: LLL M ++++++=+++= ++=++= +=+= == −121 3213 212 11 2 1 8 1 4 1 2 1 1 4 1 2 1 1 2 1 1 1 nnn aaas aaas aas as Exemplo 2: Podemos representar o número 3 1 como uma soma infinita de números reais, sabemos que ...33333,0 3 1 = então ...0003,0003,003,03,0 3 1 ++++= . Analogamente podemos escrever uma seqüência de somas da seqüência acima. 1.2. Séries Infinitas Definição 1.2.1: Se { }na é uma seqüência e nn aaaas ++++= L321 então a seqüência { }ns é chamada de série infinita que pode ser denotada também por: ∑ ∞ = = 1n nn as onde, os números LL ,,,,, 321 naaaa são chamados de termos da série infinita. Os números LL ,,,,, 321 nssss são chamados de somas parciais da série infinita. Exemplo: 1) A série do exemplo1 ( corte do barbante ) pode ser escrita como a soma infinita: LL +++++++= − ∞ = −∑ 1 1 1 2 1 16 1 8 1 4 1 2 1 1 2 1 n n n ATENÇÃO: Pode ocorrer confusão entre os conceitos de série e seqüência. Mas tenha em mente que uma série é uma expressão que representa uma soma infinita de números. Uma seqüência é uma coleção de números que estão em correspondência biunívoca com os inteiros positivos. Exercícios: (1) Dada a série LL + + ++++ )1( 1 4.3 1 3.2 1 2.1 1 nn (a) Encontre 654321 ,,,,, ssssss ; (b) Determine ns ; 1.3. Convergência Definição 1.3.1: Uma série ∑ ∞ =1n na é convergente (ou converge) se a sua seqüência de somas parciais { }ns converge – isto é, se ssn n = ∞→ lim para algum número real s. O limite s é a soma da série ∑ ∞ =1n na e escrevemos LL +++++= nn aaaas 321 . A série ∑ ∞ =1n na é divergente (ou diverge) se { }ns diverge. Uma série divergente não tem soma. Ou seja, uma série infinita será convergente se e somente se a seqüência das somas parciais correspondentes for convergente. Se uma série infinita tiver uma soma S, dizemos também que a série convergirá para s. Exemplos: (1) Mostre que a série LL + + ++++ )1( 1 4.3 1 3.2 1 2.1 1 nn converge e ache sua soma. (2) Dada a série ∑ +∞ = − 1 )1( n n (a) Encontre 654321 ,,,,, ssssss ; (b) Determine ns ; (c) Mostre que a série diverge. 1.4 Séries Geométricas: Definição 1.4.1: Uma série é chamada de série geométrica se cada termo é obtido multiplicando-se o termo precedente por alguma constante fixada. Ou seja, se o termo inicial da série é a e cada termo é obtido multiplicando-se o termo precedente por r, então a série tem a forma: )0( 1 32 ≠++++++=∑ ∞ = aararararaar k kk LL onde r é chamada de razão da série. Exemplos: Dadas as séries abaixo, identifique o primeiro termo e a razão. 1) LL ++++++ k28421 2) LL +−++−+− + k k 2 1 )1( 16 1 8 1 4 1 2 1 1 Definição 1.4.2: A Série definida por LL +++++++ n 1 5 1 4 1 3 1 2 1 1 é chamada de série harmônica. A série LL +++++++ n 1 5 1 4 1 3 1 2 1 1 é divergente. ATENÇÃO: Na maioria dos casos não é possível obter uma expressão para ns em termos de n; assim, precisamos de outros métodos para determinar se uma dada série infinita tem uma soma, ou seja, é convergente ou divergente. 2. TEOREMAS SOBRE CONVERGÊNCIA DE SÉRIES Teorema 2.1: Uma série geométrica )0( 1 1321 ≠++++++=∑ ∞ = −− aararararaar k kk LL converge se 1|| <r e diverge se 1|| ≥r . A n-ésima soma parcial da série geométrica acima é dada por: )( 132 −++++= nn rrrras L Da identidade: )1)(1(1 132 −+++++−=− nn rrrrrr L Temos: )1( )1( r ra S n n − − = Se a série convergir, então a sua soma é r a ra k k − =∑ ∞ = 11 Exemplo: Analise a Convergência das séries: a) LL +++++ −12 3 2 3 2 3 2 2 n b) LL +++++ n10 6 006,006,06,0 c) ∑ ∞ = +− 1 1 3)1( n n A série Harmônica leva esse nome pois surge da conexão com os sons harmônicos produzidos pela vibração de uma corda musical. Teorema 2.2: Se uma série ∑ ∞ =1n na é convergente, então 0lim =∞→ nn a Exemplo: 1) ∑ ∞ =1 4 5 n n Mas atenção, a recíproca do teorema 2 nem sempre é verdadeira. Isto é, se 0lim = ∞→ n n a , então não é necessariamente verdadeiro que a série ∑ ∞ =1n na seja convergente. Exemplo: Já vimos que a série harmônica LL +++++++ n 1 5 1 4 1 3 1 2 1 1 é divergente, mas observe que 0 1 lim = ∞→ nn . Teorema 2.3: (i) Se 0lim ≠ ∞→ n n a , então a série ∑ ∞ =1n na é divergente. (ii) Se 0lim = ∞→ n n a , então a série ∑ ∞ =1n na é convergente ou divergente. Exemplos: 1) Analise a convergência das séries: ∑ ∞ = +1 12n n n ∑ ∞ =1 2 1 n n ∑ ∞ =1n n n e Teorema 2.4: Se ∑ ∞ =1n na e ∑ ∞ =1n nb são duas séries infinitas que diferem somente pelo seus m primeiros termos ( isto é, kk ba = se mk > ), então ambas convergem ou ambas divergem. Exemplo: Determine se a série infinita é convergente ou divergente ∑ ∞ = +1 4 1 n n Teorema 2.5: Seja c uma constante não-nula: (i) Se a série ∑ ∞ =1n na for convergente e sua soma for S, então a série ∑ ∞ =1n nca também será convergente e sua soma será cS. (ii) Se a série ∑ ∞ =1n na for divergente, então a série ∑ ∞ =1n nca também será divergente. Exemplo: Determine se a série ∑ ∞ =1 4 1 n n é convergente ou divergente. Teorema 2.6: Se ∑ ∞ =1n na e ∑ ∞ =1n nb são séries infinitas convergentes com somas S e R, respectivamente, então: (i) ∑ ∞ = + 1 )( n nn ba é uma série convergente e sua soma é S + R; (ii) ∑ ∞ = − 1 )( n nn ba é uma série convergente e sua soma é S-R. Teorema 2.7: Se a série ∑ ∞ =1n na for convergente e a série ∑ ∞ =1n nb for divergente, então a série ∑ ∞ = + 1 )( n nn ba será divergente. Exemplos: 1) Determine se a série ∑ ∞ = + 1 4 1 4 1 n nn é convergente ou divergente. 2) Prove que a série seguinte converge e ache sua soma: ∑ ∞ = − + +1 13 2 )1( 7 n nnn Exercícios 1. Dadas as séries abaixo: (i) Calcule S1, S2 e S3; (ii) Determine Sn; (iii) Determine a soma da série, se for convergente. a) ∑ ∞ = ++ − 1 )32)(52( 2 n nn b) ∑ ∞ = −1 2 14 1 n n 2. Verifique se as seguintes séries geométricas convergem ou divergem: a) LL ++++ +14 3 4 3 3 n b) LL ++++ n)100( 37 0037,037,0 c) ∑ ∞ = −− 1 1 32 n nn 3. Verifique a convergência das seguintes séries: a) LL + ++ +++ )4)(3( 1 6.5 1 5.4 1 nn b) LL + + +++ )1( 5 3.2 5 2.1 5 nn 4. Expresse as dizimas periódicas decimais, abaixo, como uma fração ordinária. a) ...33333,0 b) ...22727272727,0 c) ,...045454545,2 5. Utilize séries conhecidas, convergentes ou divergentes, para determinar se a série é convergente ou divergente; no caso de convergência, determine a soma. a) ( )∑ ∞ = −− − 1 3 22 n nn b) ∑ ∞ = + + 1 )1( 1 8 1 n n nn 6. Determine se a série é convergente ou divergente. Se for convergente, ache a soma. a) ∑ ∞ = +1 2 1 n n b) ∑ ∞ =1 2 3 n n c) ∑ ∞ = 1 7 5 3 4 n n d) ∑ ∞ = + 1 2 1 2 1 n nn e) ( )∑ ∞ = − + 1n nn ee f) ∑ ∞ = − 1 3 1 2 1 n nn g) ∑ ∞ = − 1 3 2 2 3 n nn h) ∑ ∞ = + 1 3 2 2 3 n nn 7. Onde está o erro na seguinte “prova” de que a série divergente ( )∑ ∞ = +− 1 1 1 n n tem soma 0? Prova: ( ) ( )[ ] ( )[ ] ( )[ ]∑ ∞ = + =+++=+−++−++−+=− 1 1 00001111111 n n LL 8. Deixa-se cair uma bola de borracha de uma altura de 10 metros. A bola repica aproximadamente metade da distância após a queda. Use uma série geométrica para aproximar o percurso total feito pela bola até o repouso completo. 9. A trajetória de cada oscilação de um pêndulo é 0,93 do comprimento da trajetória da oscilação anterior (de um lado até o outro). Se a trajetória da primeira oscilação mede 56 cm de comprimento e se a resistência do ar leva o pêndulo ao repouso, quanto mede o caminho percorrido pelo pêndulo até que ele pare? 10. Um triângulo eqüilátero tem lados medindo 4 unidades de comprimento. Portanto, o seu perímetro é 12 unidades. Outro triângulo eqüilátero é construído com segmentos de reta traçados através dos pontos médios dos lados do primeiro triângulo. Esse triângulo tem lados medindo 2 unidades de comprimento e seu perímetro é de 6 unidades. Se o procedimento puder ser repetido um número ilimitado de vezes, qual será o perímetro total de todos os triângulos formados? Respostas: 1. a) 55 6 . 45 4 , 35 2 −−− ; )52(5 2 +n n ; Converge para 5 1 − ; b) 7 3 . 5 2 , 3 1 ; 12 +n n ; Converge para 2 1 ; 2. a) Converge para 4; b) Converge para 99 37 ; c) Diverge; 3. a) Converge ; b) Converge; c) Diverge; d) Diverge; 4. a) 99 33 ;b) 99 27 c) 111 137 ;5.a) Converge para 7 6 ; b) Converge para 7 8 ; 6.a) Divergente; b) Divergente; c) Converge para 3 10 ; d) Divergente; e) Diverge; f) Diverge; 8. S= 4,06 m; 10. 24 unidades; 3. SÉRIES DE TERMOS POSITIVOS Vimos que para estudar a convergência de uma série precisamos determinar o nmo. termo, ou seja Sn, para depois verificarmos a existência do limite n n S ∞→ lim . Infelizmente, a maioria dos casos, quase nunca é possível encontrar uma fórmula explicita para nS . Nesses casos, podemos analisar, não obstante, testes para a convergência ou divergência de uma série ∑ ∞ =1n na que utilizam o n mo termo na . Tais testes não nos dão a soma S da série; apenas analisam a convergência desta. Definição 3.1.: Uma série ∑ ∞ =1n na tal que nan ∀≥ ,0 , é chamada de série de termos positivos. Exemplo: A série ∑ ∞ =1 2 1 n n é uma serie de termos positivos. A convergência de uma série de termos positivos será útil para a analise de convergência de uma série arbitrária. Teorema 8: Uma série infinita de termos positivos será convergente se e somente se sua seqüência de somas parciais tiver um limitante superior. Exemplo: Analise a convergência da série: ∑ ∞ =1 ! 1 n n Teorema 9 (Teste da Comparação): Sejam ∑ ∞ =1n na e ∑ ∞ =1n nb séries de termos positivos. (i) Se ∑ ∞ =1n nb converge e nn ba ≤ para todo inteiro positivo n, então ∑ ∞ =1n na converge. (ii) Se ∑ ∞ =1n nb diverge e nn ba ≥ para todo inteiro positivo n, então ∑ ∞ =1n na diverge Exemplo: Verifique a convergência das seguintes séries: a) ∑ ∞ = +1 52 1 n n b) ∑ ∞ =1 1 n n Em muitos casos o teste acima é um pouco difícil, quando temos que provar se nn ba ≥ ou nn ba ≤ , principalmente se na for uma expressão complicada. O seguinte teorema é em geral mais fácil de aplicar, porque, escolhida ∑ ∞ =1n nb basta calcular o limite quando Teorema 10 (Teste da Comparação com Limite): Sejam ∑ ∞ =1n na e ∑ ∞ =1n nb séries de termos positivos. (i) Se 0lim >= ∞→ c b a n n x , então ambas as séries convergem, ou ambas divergem. (ii) Se 0lim == ∞→ c b a n n x , e se ∑ ∞ =1n nb converge, então ∑ ∞ =1n na também converge. (iii) Se ∞== ∞→ c b a n n x lim , e se ∑ ∞ =1n nb diverge, então ∑ ∞ =1n na também diverge. Exemplo: Verifique a convergência das seguintes séries: a) ∑ ∞ = +1 13 4 n n b) ∑ ∞ =1 1 n n c) LL ++++++ −12 1 8 1 4 1 2 1 1 n Teorema 11 : Se ∑ ∞ =1n na for uma série convergente de termos positivos, seus termos poderão ser agrupados de qualquer maneira, e a série resultante continuará convergente e com a mesma soma que a série original. Teorema 12 : Se ∑ ∞ =1n na for uma série convergente de termos positivos, a ordem dos termos pode ser rearranjada, e a série resultante também será convergente e terá a mesma soma que a série original. Definição 3.2: A série definida por LL ++++++ ppppp n 1 4 1 3 1 2 1 1 1 é chamada de série p ou série hiper-harmônica. • Se 1=p a série p é a série harmônica, então diverge; • Se 1<p a série p diverge; • Se 1>p a série p converge. Exemplo: Verifique a convergência das seguintes séries: a) ∑ ∞ =1 2 1 n n b) ∑ ∞ =1 1 n n c) ∑ ∞ = +1 3/12 )2( 1 n n Teorema 13 (Teste da Integral): Seja f uma função continua, decrescente e com valores positivos para todo 1≥x . Então, a série infinita LL +++++=∑ ∞ = )()3()2()1()( 1 nffffnf n será convergente se a integral imprópria ∫ ∞ 1 )( dxxf existir, e será divergente se +∞=∫+∞→ b b dxxf 1 )(lim Exemplos: 1) Use o teste da integral para mostrar que a série harmônica é divergente. 2) Determine se a série ∑ ∞ = − 1 2 n n ne converge ou diverge. OBS: Se em uma série infinita o índice do somatório começa com n=k em vez de n=1, temos então a seguinte modificação do teste da integral: Se f for uma função continua, decrescente e com valores positivos para todo kx ≥ . Então, a série infinita LL +++++=∑ ∞ = )()3()2()1()( 1 nffffnfn será convergente se a integral imprópria ∫ ∞ k dxxf )( existir, e será divergente se +∞=∫+∞→ b kb dxxf )(lim Exemplo: Determine se a série ∑ ∞ =2 ln 1 n nn converge ou diverge. Exercícios 11. Determine se a série é convergente ou divergente. Se for convergente, ache a soma. a)∑ ∞ =1 1 n n n b) ∑ ∞ = + + 1 2 52 13 n n n c) ∑ ∞ =1 2 3 cos n n n d) ∑ ∞ = +1 )!2( ! n n n e)∑ ∞ = +1 2 35n n n f)∑ ∞ = +1 74 1 n n g) ∑ ∞ = − 1 2 3 n n en h)∑ ∞ = + + 1 31 21 n n n 4. SÉRIES ALTERNADAS Vamos considerar agora series infinitas que contêm termos positivos e termos negativos. Definição 4.1: As séries ∑ ∞ =1n na cujos termos se alternam entre positivo e negativo são chamadas de série alternadas. Assim, se Znan ∈∀> ,0 , então a série: ( ) ( ) LL +−++−+−=− + ∞ = +∑ nn n n n aaaaaa 1 4321 1 1 11 e a série: ( ) ( ) LL +−++−+−=−∑ ∞ = n n n n n aaaaa 11 321 1 São chamadas de séries alternadas. Exemplo: As seguintes séries são séries alternadas. a) ( )∑ ∞ = +− 1 1 1 1 n n n b) ( )∑ ∞ = − 1 ! 1 1 n n n Existe um teorema que fornece um teste para a analise da convergência de séries alternadas. Chamado de Teste de Leibniz ( formulado em 1705). Teorema 14 (Teste de séries alternadas): Uma série alternada ( )∑ ∞ = +− 1 1 1 n n n a converge se as duas condições a seguir estiverem satisfeitas: (i) kaa kk ∀> + ,1 inteiro positivo. (ii) 0lim = ∞→ n n a Exemplo: Use o teste da série alternada para analisar a convergência das seguintes séries: a) ( )∑ ∞ = +− 1 1 1 1 n n n b) ( )∑ ∞ = + + − 1 )1( 2 1 n n nn n Observação: 1) Se uma série violar a condição (ii) do teste de séries alternadas então a série deve divergir. 2) Se (ii) for satisfeita, mas (i) não for satisfeita então a serie pode convergir ou divergir. Exemplo: Verifique a convergência das seguintes séries: a) ( )∑ ∞ = + − − 1 2 1 34 2 1 n n n n b) ( )∑ ∞ = + − − 1 1 34 2 1 n n n n OBS: Se todos os termos de uma dada série infinita forem substituídos pelos seus valores absolutos e a série resultante for convergente, então dizemos que a série dada é absolutamente convergente. Definição 4.2: Dizemos que a série infinita ∑ ∞ =1n na será absolutamente convergente se a série ∑ ∞ =1n na for convergente. Se uma série que é convergente, mas não absolutamente convergente é denominada condicionalmente convergente. Exemplo: Verifique se as seguintes séries sã absolutamente convergentes: a) ( )∑ ∞ = +− 1 1 3 2 1 n n n b) ( )∑ ∞ = +− 1 1 1 1 n n n Teorema 15: Se a série infinita ∑ ∞ =1n na for absolutamente convergente ela será convergente e ∑ ∑ ∞ = ∞ = ≤ 1 1n n nn aa Exemplo: Determine se a série ∑ ∞ =1 2 3 cos n n nπ Teste da razão para determinar se uma série é absolutamente convergente. Teorema 16 ( Teste da Razão): Seja ∑ ∞ =1n na uma série infinita dada para a qual todo na é não- nulo. Então: (i) Se 1lim 1 <=+ ∞→ L a a n n n , a série dada é absolutamente convergente; (ii) Se 1lim 1 >=+ ∞→ L a a n n n ou se ∞=+ ∞→ n n n a a 1lim a série dada divergente; (iii) Se 1lim 1 =+ ∞→ n n n a a , nenhuma conclusão pode ser tirada sobre a convergência série. Exemplos: 1) Determine a convergência absoluta das séries: a) ( )∑ ∞ = +− 1 1 2 1 n n n n b) ( )∑ ∞ = + + − 1 )1( 2 1 n n nn n OBS: O teste da razão não inclui todas as possibilidades para n n n a a 1lim + ∞→ , pois é possível que o limite não exista e não seja ∞+ . Outro teste que pode resolver esse problema é o teste da raiz. Teorema 18 (Teste da Raiz): Seja ∑ ∞ =1n na uma série infinita para a qual todo na é diferente de zero. Então: (i) Se 1lim <= ∞→ Lan n n , a série dada é absolutamente convergente; (ii) Se 1lim >= ∞→ Lan n n ou se +∞= ∞→ n n n alim a série dada divergente; (iii) Se 1lim = ∞→ n n n a , nenhuma conclusão pode ser tirada sobre a convergência série. Exercícios (1) Utilize, quando possível, o teste da integral para determinar se a série dada converge ou diverge. a) ∑ ∞ = +1 12 1 n n b) ∑ ∞ = +1 2/3)2( 1 n n c) ∑ ∞ =1 ln n n (2) Determine se a série alternado dada é convergente ou divergente: a) ( )∑ ∞ = +− 1 1 2 1 1 n n n b) ( )∑ ∞ = +− 1 1 ln 1 1 n n n c) ( )∑ ∞ = +− 1 2 1 ln 1 n n n n d) ( )∑ ∞ = − 1 2 3 1 n n n n (3) Determine se a série dada é absolutamente convergente,condicionalmente convergente ou divergente. Prove a sua resposta. a) ∑ ∞ = − 1 3 2 n n b) ( )∑ ∞ = ∞+− 1 ! 2 1 n n n n c) ∑ ∞ =1 2 !n n n d) ( )∑ ∞ = + − 1 1 2 ! 1 n n n n Respostas: (1) D;b)C;c)D.(2)a) C;b)C;c)C;d)D.(3) a) Abs Convergente;b) Abs Convergente; c) Abs Convergente; d)Divergente;
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