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Apostila_Experimental_Quimica_-_Civil_-_2011-1(1)

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Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI 
Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar – CTTMar 
 
 
 
 
Apostila de Aulas Práticas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Engenharia Civil 
 
Selecionadas por: 
Profª. Dra. Márcia Gilmara Marian Vieira 
mmarian@univali.br
 
 
ÍNDICE DAS AULAS PRÁTICAS 
 
SEGURANÇA E NORMAS DE TRABALHO NO LABORATÓRIO ....................................... 1 
NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO ......................................................... 6 
ACIDENTES - PRIMEIROS SOCORROS ....................................................................... 10 
VIDRARIAS E SUAS APLICAÇÕES ....................................................................................... 13 
PESAGEM E MEDIDAS ........................................................................................................... 18 
PREPARO DE SOLUÇÕES ....................................................................................................... 33 
PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES COM PADRÃO PRIMÁRIO: ........................................ 36 
TITULAÇÃO ÁCIDO - BASE ................................................................................................... 40 
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CLORETO NA AREIA ..................................................... 44 
Aula Prática 1 
1 
 
SEGURANÇA E NORMAS DE TRABALHO NO LABORATÓRIO 
 
1. INTRODUÇÃO: 
 
Laboratórios de química não precisam ser lugares perigosos de trabalho (apesar dos 
muitos riscos em potencial que neles existem), desde que certas precauções elementares sejam 
tomadas e que cada operador se conduza com bom senso e atenção. 
Acidentes no laboratório ocorrem muito freqüentemente em virtude da pressa excessiva 
na obtenção de resultados. Cada um que trabalha deve ter responsabilidade no seu trabalho e 
evitar atitudes impensadas de desinformação ou pressa que possam acarretar um acidente e 
possíveis danos para si e para os demais. Deve-se prestar atenção a sua volta e prevenir-se 
contra perigos que possam surgir do trabalho de outros, assim como do seu próprio. 
O estudante de laboratório deve, portanto, adotar sempre uma atitude atenciosa, 
cuidadosa e metódica em tudo o que faz. Deve, particularmente, concentrar-se no seu trabalho e 
não permitir qualquer distração enquanto trabalha. 
Da mesma forma, não deve distrair os demais desnecessariamente. 
 
2. NORMAS DE LABORATÓRIO: 
 
01. É proibido comer, beber, ou fumar dentro do laboratório. 
02. Cada operador deve usar, obrigatoriamente, um JALECO, sendo terminantemente 
proibida a execução de experimentos e a permanência no laboratório sem o mesmo. O jaleco é 
um Equipamento de Proteção Individual (EPI), portanto cada aluno deverá adquirir o seu. 
Recomenda-se que o jaleco seja de brim ou algodão grosso e, nunca de tergal, nylon ou outra 
fibra sintética inflamável. 
03. Sempre que possível, usar óculos de segurança, pois constituem proteção 
indispensável para os olhos contra respingos e explosões. 
04. Ao manipular compostos tóxicos ou irritantes a pele, usar luvas de borracha. 
05. A manipulação de compostos tóxicos ou irritantes, ou quando houver 
desprendimento de vapores ou gases, deve ser feita na capela. 
06. Leia com atenção cada experimento antes de iniciá-lo. Monte a aparelhagem, faça 
uma última revisão no sistema e só então comece o experimento. 
07. Otimize o seu trabalho no laboratório, dividindo as tarefas entre os componentes de 
sua equipe. 
Aula Prática 1 
2 
 
08. Antecipe cada ação no laboratório, prevendo possíveis riscos para você e seus 
vizinhos. Certifique-se ao acender uma chama de que não existem solventes próximos e 
destampados, especialmente aqueles mais voláteis (éter etílico, éter de petróleo, hexano, 
dissulfeto de carbono, benzeno, acetona, álcool etílico, acetato de etila). Mesmo uma chapa ou 
manta de aquecimento quentes podem ocasionar incêndios, quando em contato com solventes 
como éter, acetona ou dissulfeto de carbono. 
09. Leia com atenção os rótulos dos frascos de reagentes e solventes que utilizar. 
10. Seja cuidadoso sempre que misturar dois ou mais compostos. Muitas misturas são 
exotérmicas (ex. H2SO4 (conc.) + H2O), ou inflamáveis (ex. sódio metálico + H2O), ou ainda 
podem liberar gases tóxicos. Misture os reagentes vagarosamente, com agitação e, se necessário, 
resfriamento e sob a capela. 
11. Em qualquer refluxo ou destilação utilize "pedras de porcelana" a fim de evitar 
superaquecimento. Ao agitar líquidos voláteis em funis de decantação, equilibre a pressão do 
sistema, abrindo a torneira do funil ou destampando-o. 
12. Caso interrompa alguma experiência pela metade ou tenha que guardar algum 
produto, rotule-o claramente. O rótulo deve conter: nome do produto, data e nome da equipe. 
13. Utilize os recipientes apropriados para o descarte de resíduos, que estão dispostos no 
laboratório. Só derrame compostos orgânicos líquidos na pia, depois de estar seguro de que não 
são tóxicos e de não haver perigo de reações violentas ou desprendimento de gases. De qualquer 
modo, faça-o com abundância de água corrente. 
14. Cada equipe deve, no final de cada aula, lavar o material de vidro utilizado e limpar 
a bancada. Enfim, manter o laboratório LIMPO. 
 
3. COMPOSTOS TÓXICOS: 
 
Um grande número de compostos orgânicos e inorgânicos são tóxicos. Manipule-os 
com responsabilidade, evitando a inalação ou contato direto. Muitos produtos que eram 
manipulados pelos químicos, sem receio, hoje são considerados nocivos à saúde e não há 
dúvidas de que a lista de produtos tóxicos deva aumentar. 
A relação abaixo compreende alguns produtos tóxicos de uso comum em laboratórios: 
 
3.1. Compostos altamente tóxicos: 
 
São aqueles que podem provocar, rapidamente, sérios distúrbios ou morte. 
Compostos de mercúrio Ácido oxálico e seus sais 
Compostos arsênicos Cianetos inorgânicos 
Aula Prática 1 
3 
 
Monóxido de carbono Cloro 
Flúor Pentóxido de vanádio 
Selênio e seus compostos 
 
3.2. Líquidos tóxicos e irritantes aos olhos e sistema respiratório: 
 
Sulfato de dietila Ácido fluorobórico 
Bromometano Alquil e arilnitrilas 
Dissulfeto de carbono Benzeno 
Sulfato de metila Brometo e cloreto de benzila 
Bromo Cloreto de acetila 
Acroleína Cloridrina etilênica 
 
3.3. Compostos potencialmente nocivos por exposição prolongada: 
 
a) Brometos e cloretos de alquila: Bromoetano, bromofórmio, tetracloreto de carbono, 
diclorometano, 1,2-dibromoetano, 1,2-dicloroetano, iodometano. 
b) Aminas alifáticas e aromáticas: Anilinas substituídas ou não, dimetilamina, 
trietilamina, diisopropilamina. 
c) Fenóis e compostos aromáticos nitrados: Fenóis substituídos ou não, cresóis, catecol, 
resorcinol, nitrobenzeno, nitrotolueno, nitrofenóis, naftóis. 
 
3.4. Substâncias carcinogênicas: 
 
Muitos compostos orgânicos causam câncer ao homem. Deve-se ter todo o cuidado 
no manuseio de compostos suspeitos de causarem câncer, evitando-se a todo custo a inalação de 
vapores e a contaminação da pele. Devem ser manipulados exclusivamente em capelas e com 
uso de luvas protetoras. Entre os grupos de compostos comuns em laboratório se incluem: 
 
a) Aminas aromáticas e seus derivados: Anilinas N-substituídas ou não, naftilaminas, 
benzidinas, 2-naftilamina e azoderivados. 
b) Compostos N-nitroso: Nitrosoaminas (R'-N(NO)-R) e nitrosamidas. 
c) Agentes alquilantes: Diazometano, sulfato de dimetila, iodeto de metila, 
propiolactona, óxido de etileno. 
d) Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos: Benzopireno, dibenzoantraceno, etc. 
e) Compostos que contém enxofre: Tioacetamida, tiouréia. 
Aula Prática 1 
4 
 
f) Benzeno: Um composto carcinogênico, cuja concentração mínima tolerável é inferior 
aquela normalmente percebida pelo olfato humano. Se você sente cheiro de benzeno‚ é porque a 
sua concentração no ambiente é superior ao mínimo tolerável. Evite usá-lo como solvente e 
sempreque possível substitua-o por outro solvente semelhante e menos tóxico (por exemplo, 
tolueno). 
g) Amianto: A inalação por via respiratória de amianto pode conduzir a uma doença de 
pulmão, a asbestose, uma moléstia dos pulmões que aleija e eventualmente mata. Em estágios 
mais adiantados geralmente se transforma em câncer dos pulmões. 
 
4. INTRUÇÕES PARA ELIMINAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS: 
 
Hidretos alcalinos, dispersão de sódio 
Suspender em dioxano, lentamente adicionar o isopropano, agitar até completa reação 
do hidreto ou do metal: adicionar cautelosamente água até formação de solução límpida, 
neutralizar e verter em recipiente adequado. 
 
Hidreto de lítio e alumínio 
Suspender em éter ou THF ou dioxano, gotejar acetato de etila até total transformação 
do hidreto, resfriar em banho de gelo e água, adicionar ácido 2N até formação de solução 
límpida, neutralizar e verter em recipiente adequado. 
 
Boroidreto alcalino 
Dissolver em metanol, diluir em muita água, adicionar etanol, agitar ou deixar em 
repouso até completa dissolução e formação de solução límpida, neutralizar e verter em 
recipiente adequado. 
 
Organolíticos e compostos de Grignard 
Dissolver ou suspender em solvente inerte (p. ex.: éter, dioxano, tolueno), adicionar 
álcool, depois água, no final ácido 2N, até formação de solução límpida, verter em recipiente 
adequado. 
 
Sódio 
Introduzir pequenos pedaços do sódio em metanol e deixar em repouso até completa 
dissolução do metal, adicionar água com cuidado até solução límpida, neutralizar, verter em 
recipiente adequado. 
 
 
Aula Prática 1 
5 
 
Potássio 
Introduzir em n-butanol ou t-butanol anidro, diluir com etanol, no final com água, 
neutralizar, verter em recipiente adequado. 
 
Mercúrio 
Mercúrio metálico: Recuperá-lo para novo emprego. 
Sais de mercúrio ou suas soluções: Precipitar o mercúrio sob forma de sulfeto, filtrar e 
guardá-lo. 
 
Metais pesados e seus sais 
Precipitar sob a forma de compostos insolúveis (carbonatos, hidróxidos, sulfetos, etc.), 
filtrar e armazenar. 
 
Cloro, bromo, dióxido de enxofre 
Absorver em NaOH 2N, verter em recipiente adequado. 
 
Cloretos de ácido, anidridos de ácido, PCl3, PCl5, cloreto de tionila, cloreto de 
sulfurila 
Sob agitação, com cuidado e em porções, adicionar a muita água ou NaOH 2N, 
neutralizar, verter em recipiente adequado. 
 
Ácido clorosulfônico, ácido sulfúrico concentrado, óleum, ácido nítrico 
concentrado 
Gotejar, sob agitação, com cuidado, em pequenas porções, sobre gelo ou gelo mais 
água, neutralizar, verter em recipiente adequado. 
 
Dimetilsulfato, iodeto de metila 
Cautelosamente, adicionar a uma solução concentrada de NH3, neutralizar, verter em 
recipiente adequado. 
 
Presença de peróxidos, peróxidos em solventes, (éter, THF, dioxano) 
Reduzir em solução aquosa ácida (Fe(II) - sais, bissulfito), neutralizar, verter em 
recipiente adequado. 
 
Sulfeto de hidrogênio, mercaptanas, tiofenóis, ácido cianídrico, bromo e 
clorocianos 
Oxidar com hipoclorito (NaOCl). 
Aula Prática 1 
6 
 
5. AQUECIMENTO NO LABORATÓRIO: 
 
Ao se aquecerem substâncias voláteis e inflamáveis no laboratório, deve-se sempre 
levar em conta o perigo de incêndio. 
Para temperaturas inferiores a 100°C use preferencialmente banho-maria ou banho a 
vapor. 
Para temperaturas superiores a 100°C use banhos de óleo. Parafina aquecida funciona 
bem para temperaturas de até 220°C; glicerina pode ser aquecida até 150°C sem 
desprendimento apreciável de vapores desagradáveis. Banhos de silicone são os melhores, mas 
são também os mais caros. 
Uma alternativa quase tão segura quanto os banhos são as mantas de aquecimento. O 
aquecimento é rápido, mas o controle da temperatura não é tão eficiente como no uso de banhos 
de aquecimento. Mantas de aquecimento não são recomendadas para a destilação de produtos 
muito voláteis e inflamáveis, como éter de petróleo e éter etílico. 
Para temperaturas altas (>200°C) pode-se empregar um banho de areia. Neste caso o 
aquecimento e o resfriamento do banho deve ser lento. 
Chapas de aquecimento podem ser empregadas para solventes menos voláteis e 
inflamáveis. Nunca aqueça solventes voláteis em chapas de aquecimento (éter, CS2, etc.). Ao 
aquecer solventes como etanol ou metanol em chapas, use um sistema munido de condensador. 
Aquecimento direto com chamas sobre a tela de amianto só é recomendado para 
líquidos não inflamáveis (por exemplo, água). 
 
NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO 
 
1. Antes de iniciar a aula prática, leia o procedimento com bastante atenção, identifique as 
suas dúvidas e questione o professor antes de iniciar qualquer procedimento 
experimental. 
2. Durante as aulas de laboratório é OBRIGATÓRIO o uso de JALECO (tecido 
100% algodão), calça comprida, sapato fechado e cabelo amarrado (para aqueles 
que possuem cabelo comprido). 
3. Use sempre óculos de proteção, quando este for solicitado pelo professor. 
4. Leia as instruções e consulte seu professor quando lidar com materiais novos e 
desconhecidos. 
Aula Prática 1 
7 
 
5. Comunique qualquer acidente, por menor que ele seja, imediatamente, ao professor, ou 
técnico, ou ao monitor que esteja presente no laboratório, no momento do ocorrido. 
6. Conserve as bancadas livres de materiais que não estão sendo usados e desfaça-se, de 
maneira apropriada, das sobras ou excessos de materiais perigosos. Produtos químicos 
corrosivos, concentrados, devem ser bastante diluídos antes de serem despejados nas 
pias. 
7. O risco de fogo é grande. Conserve materiais inflamáveis longe de equipamentos que 
podem produzir faíscas. Conserve todos os recipientes fechados e nunca exponha 
materiais inflamáveis em recipientes abertos, a não ser que estejam em uso. Ao terminar 
o trabalho, nunca deixe qualquer sobra de material sobre a bancada. 
8. Caso algum acidente de laboratório resultar em queimaduras, seja qual for a origem, ou 
grau da lesão, procure imediatamente seu professor, monitor, ou técnico de laboratório. 
9. Caso ocorra qualquer irritação nos olhos proveniente do contato ou exposição a vapores 
de substâncias químicas, deve-se utilizar imediatamente o lava olhos (dispositivo 
geralmente localizado próximo às pias, utilizado para efetuar a lavagem dos olhos com 
jatos de água). 
10. Evite ao máximo respirar os vapores de substâncias ou amostras que você desconheça, 
mesmo que eles possam parecer inofensivos. 
11. Evite ao máximo cheirar produtos obtidos, reagentes utilizados ou amostras, no intuito 
de identificá-los. Se for realmente necessário identificar qualquer substância química 
pelo odor, NUNCA coloque o recipiente que a contém diretamente sob o nariz. Abane a 
sua mão em direção ao nariz e logo acima da boca do recipiente. Cheire então os 
vapores desprendidos de longe. 
12. Nunca use “béquer“ para beber água ou qualquer outro tipo de líquido. Qualquer 
recipiente utilizado em laboratório nunca deve ser utilizado para acondicionar bebidas 
ou alimentos. 
13. Não fumar, comer ou ingerir líquidos no laboratório. 
14. Nunca tente identificar um produto, substância, amostra ou reagente químico usando a 
língua - ou seja - o paladar. 
15. Nunca em hipótese alguma use a boca para pipetar substâncias ou amostras tóxicas, 
infecciosas, venenosas, corrosivas, patogênicas ou simplesmente perigosas. Sempre use 
pipetas graduadas ou volumétricas, munidas de pêra de borracha, pipetador automático 
ou sistema de vácuo equivalente. 
Aula Prática 1 
8 
 
16. Em caso de ingestão de substâncias químicas tóxicas ou venenosas deve-se comunicar 
imediatamente o professor responsável e, se for o caso, dirigir-se em seguida ao pronto 
socorro mais próximo, não se esquecendo de levar o frasco ou rótulo da substância 
ingerida. 
17. Os “estados de choque“ podem ocorrer em alguma extensão em qualquer ferimento 
variando com os indivíduos e pode causar até a morte. Alguns sintomas facilmentereconhecíveis são palidez, a pele fria e molhada com suor na fronte e palma das mãos, 
tremores e pulso rápido. Deve-se colocar a vítima em posição inclinada com a cabeça 
abaixo do nível do corpo (exceto em casos de hemorragia na cabeça, ou insolação). 
Deve-se elevar as pernas se não houver ossos fraturados. 
18. Na ocorrência de choques elétricos deve-se interromper a corrente desligando-se os 
disjuntores e/ou chave geral. Após este procedimento por precaução, a vítima deve ser 
removida do contato elétrico com utilização de uma luva de borracha especial ou 
asbesto (material incombustível e infusível composto de silicato de cálcio). 
19. As tomadas elétricas dos laboratórios são dimensionadas. Isto quer dizer que cada 
tomada está ligada a um disjuntor que possui uma capacidade máxima de carga, a qual 
vem especificada (marcada a caneta em cada tomada). Certifique-se da potência de cada 
equipamento a ser ligado para que não ocorra sobrecarga, no caso de efetuar uma 
ligação de um equipamento mais potente do que a rede indicada. No caso de qualquer 
dúvida sempre consulte o professor. 
20. Improvisações é o primeiro passo em direção a um acidente. Use material adequado, 
qualquer improvisação só será admissível se orientada, pelo professor responsável. 
21. Quando estiver manuseando ácidos ou materiais similares, use vestimenta de proteção, 
tais como: jaleco, luvas de canos longos, visores, óculos, etc. Lave e esfregue o piso, 
bancada, etc. toda vez que derramar materiais corrosivos. Cuidados especiais devem ser 
tomados com os panos de limpeza que estiverem impregnados de ácidos ou cáusticos. 
22. Saiba com segurança a localização das torneiras, fontes de água, lavadores de olhos, 
extintores de incêndio, disjuntores elétricos (chave geral), e saiba como usá-los 
corretamente. 
23. Nunca se ausente do laboratório sem autorização expressa do seu professor. 
Qualquer experimento e/ou técnica, abordados na aula prática são de sua 
responsabilidade devem ser constantemente observados. 
24. Saiba com certeza a localização apropriada dos depósitos e o modo correto para efetuar 
o despejo de resíduos de lavagem de material de vidro, de amostrar, misturas reacionais 
Aula Prática 1 
9 
 
não mais utilizadas, etc. Muitas substâncias químicas, corrosivas e/ou venenosas, devem 
se neutralizadas, e/ou diluídas antes de serem despejadas nas pias. Outras só poderão ser 
despejadas nas pias, aos poucos, diluindo-as com grande quantidade de água corrente. 
Substâncias químicas inflamáveis, ou voláteis, nunca deverão ser despejadas nas pias, 
mas sim em recipientes apropriados, que servirão para a estocagem até uma possível 
reciclagem (recuperação), ou incineração. Materiais biológicos devem ser destruídos 
antes de serem despejados nas pias. 
25. Nos casos de diluição de ácidos, SEMPRE adicione ácidos à água e NUNCA água aos 
ácidos. 
26. Antes de efetuar qualquer lavagem de material e/ou despejar qualquer sólido ou líquido 
nas pias, leia com atenção o seu roteiro de aula. Caso persista a dúvida, consulte o seu 
professor. 
27. Ao fazer qualquer pesagem, tome o máximo cuidado para não derrubar qualquer 
reagente nas balanças. Caso isto ocorra, limpe-as imediatamente. 
28. Quando você necessitar fazer uso de um bico de bünsen, quer seja na capela, quer seja 
em sua bancada, mantenha constante observação de todo o equipamento envolvido 
(mangueiras, válvulas, vidrarias, telas de amianto, suportes, etc.), jamais abandone o 
equipamento ligado (aceso). Nunca esqueça solventes inflamáveis próximos à chama de 
bicos de bünsen. 
29. Use a capela sempre que processar análises com substâncias tóxicas ou substâncias que 
por intermédio de reações químicas específicas, liberem gases ou vapores tóxicos. 
30. Produtos químicos inflamáveis e/ou voláteis (ex. álcool, acetona, éter, etc.) não devem 
ser deixados próximos às chapas de aquecimento ou outras fontes de calor. 
31. Somente aquecer solventes em aparelhos apropriados: manta aquecedora, banho-maria, 
banho de vapor, aparelho destilador, ou evaporador rotativo. 
32. Conheça bem as propriedades físicas, químicas, fisiológicas etc. de todos os produtos, 
amostras e reagentes químicos obtidos e utilizados, no laboratório. 
33. Tome muito cuidado com reações exotérmicas e/ou violentas. Use todo o equipamento 
individual de proteção necessário e empregue os meios de controlar as reações (como 
por exemplo, resfriar com banho de água/gelo). Sempre que possível, efetuar tais 
reações dentro da capela, com vidro parcialmente fechado. Mantenha constante 
acompanhamento da reação. 
Aula Prática 1 
10 
 
34. Quando for aquecer a vidraria a temperatura acima de 80 0C, certifique-se que está 
lidando com vidro temperado (borossilicato-pyrex). Outros tipos de vidro, como vidro 
alcalino comum não resistem a altas temperaturas. 
35. Nunca procure com fins recreativos misturar diversas substâncias ou amostras, sem 
saber as conseqüências de tais associações. 
36. Quando estiver usando oxigênio, hidrogênio ou outros gases, sob pressão, certifique-se 
de que todas as juntas, conexões, etc. estejam livres de óleo ou outros materiais 
orgânicos. 
37. Quando você tiver que quebrar tubos de vidro use luvas ou proteja as mãos com uma 
toalha, faça o mesmo quando fizer a introdução de tubos de vidro ou termômetros em 
rolhas de borracha ou de cortiça. Antes de proceder a introdução sempre faça uma 
lubrificação com água ou sabão ou vaselina. Segure o vidro o mais próximo possível da 
ponta que está sendo colocada, dando impulsos curtos e retos para evitar a quebra do 
vidro. 
38. Óxido de cálcio (CaO) e Pentóxido de fósforo (P2O5) não devem ter suas sobras 
despejadas nas latas de lixo. Dissolva-os antes, em bastante água e em seguida despeje-
os no esgoto. 
 
ACIDENTES - PRIMEIROS SOCORROS 
 
Em caso de emergência no Campus de Itajaí – UNIVALI, acione o serviço de Bombeiro 
Privado através do ramal 7920 ou pelo telefone 3341-7920. 
Lembre-se: Estes profissionais são treinados e capacitados para atender a todos os tipos 
de emergências que ocorrerem no Campus, portanto, não tente solucionar o problema sozinho. 
 
1. QUEIMADURAS: 
 
1.1. - FOGO - TRATAMENTO 
 Geralmente as queimaduras causadas em laboratório são pequenas. Aplica-se sobre a 
superfície, a pomada PICRATO DE BUTESIN, que é desinfetante e anestésica. Na falta desta, 
utiliza-se solução aquosa de ÁCIDO PÍCRICO a 1%. Após com gase ou pano limpo, fixá-la 
com esparadrapo. 
 OBSERVAÇÕES: 
1 - Se houver bolhas, e estas estão fechadas, deixá-las como estão; não irão incomodá-lo. 
Aula Prática 1 
11 
 
2 - Se a queimadura for nas mãos ou nos braços, alivia-se a dor erguendo-os para o alto. 
3 - Se as bolhas estiverem abertas e doerem, corta-se a pele com tesoura desinfetada. 
 
1.2 - ÁCIDOS – TRATAMENTO 
Pele e Boca: 
Lavar imediatamente com água corrente e com neutralizante “Solução de Bicarbonato de Sódio” 
2% ou 3%. 
Olhos: 
Deixar cair água suavemente e não com força. Usar o mesmo tratamento acima, mas com 
cuidado para que o líquido de lavagem não penetre, no outro olho. Examinar o pH do olho com 
papel indicador, após colocar umas gotas de colírio ou vaselina líquida. 
 
1.3 - BASES - TRATAMENTO 
Pele e Boca: 
Lavar imediatamente com água corrente e utilizar como neutralizante “Ácido Acético” 5% 
(vinagre) ou suco de limão. 
Olhos: 
Deixar correr água suavemente e utilizar um dos neutralizantes acima, ou “Ácido Bórico” 2% e 
controlar o pH do olho até neutralização. 
 
1.4 - PRODUTOS QUÍMICOS DIVERSOS - TRATAMENTO 
 
1.4.1 – FÓSFORO 
Manter a parte queimada sempre úmida, utilizando compressas e ir retirando mecanicamente os 
restos de fósforo. Tratar com “Solução de Sulfato de Cobre 1%”. 
 
1.4.2 - FENOL 
Neutralizar com “Álcool Etílico” (álcool comum). 
 
2. INTOXICAÇÃO E ENVENENAMENTO: 
 
2.1 - ÁCIDOS E BASES – SINTOMAS 
 Os lábios, boca, enfim, todas as mucosas apresentam muitairritação e dor; dificuldades 
para engolir saliva, vômitos, depressão geral e queda de temperatura, caracterizam esse estado. 
 
2.1.1 - BASES - TRATAMENTO 
 Neutralizar com “Ácido Acético” 5% (vinagre) ou suco de limão. 
Aula Prática 1 
12 
 
 
2.1.2 - ÁCIDOS - TRATAMENTO 
 Neutralizar com “Leite de Magnésio” ou “Água de Cal” ou solução aquosa de MgO 3%. 
 Não usar Carbonato ou Bicarbonato, porque, reagem com ácidos, produzindo CO2 que 
distende as paredes do estômago. Usar pouca água ou leite, devido à reação violenta água/ácido. 
 
OBSERVAÇÕES: 
Não é aconselhável fazer lavagem no estômago ou provocar vômitos em ambos os 
casos. Se notar uma queda de temperatura do corpo, chamar um médico. 
 
2.2 - GÁS CLORO - CLORINA - BROMO - ÁGUA DE LABORATÓRIO. 
Na inalação - Cheirar Hidróxido de amônio, NH4OH ou outros sais de amônio. 
Na ingestão - Solução de Tiosulfato de sódio a 10% 
 
2.3 - NITRATO DE PRATA 
Na ingestão - Neutralizar com Cloreto de Sódio e provocar vômitos. 
 
2.4 - IODO 
Neutralizar com solução de Tiosulfato de Sódio. 
 
2.5 - HAVENDO A INGESTÃO DE QUALQUER OUTRA SUBSTÂNCIA QUÍMICA, LEVE 
A CUIDADOS MÉDICOS. 
Aula Prática 2 
13 
 
VIDRARIAS E SUAS APLICAÇÕES 
 
1. INTRODUÇÃO: 
 
 As vidrarias utilizadas em um laboratório são fabricadas em vidro borossilicato de baixa 
expansão que se caracteriza por conter baixo teor de álcalis, o que lhe confere elevada 
resistência às variações bruscas de temperatura, sendo portanto, ideal para uso em laboratórios 
químicos, petroquímicos, biológicos, farmacêuticos, etc... 
Todas as peças são submetidas a um sistema de recozimento do vidro e posterior 
tratamento para eliminar tensões produzidas durante a fabricação com exames de 
palariscópio efetivados pelo controle de qualidade. 
 
2. OBJETIVO: 
Conhecer as principais vidrarias de um laboratório de Química e suas aplicações. 
VIDRARIAS 
 
ALMOFARIZ (GRAL) e PISTILO 
Usado na trituração e pulverização de sólidos. 
 
BALÃO DE FUNDO CHATO 
Utilizado como recipiente para conter líquidos ou 
soluções, ou mesmo, fazer reações com 
desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o 
TRIPÉ com TELA DE AMIÂNTO. 
 
BALÃO DE FUNDO REDONDO 
Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e 
evaporação a vácuo, acoplado a rotaevaporador. 
Aula Prática 2 
14 
 
 
BALÃO VOLUMÉTRICO 
Possui volume definido e é utilizado para o preparo de 
soluções em laboratório. 
 
 
BECKER 
É de uso geral em laboratórios. 
Serve para fazer reações entre soluções, dissolver 
substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e 
aquecer líquidos. Pode ser aquecido sobre a tela de 
amianto. 
 
BURETA 
Aparelho utilizado em análises volumétricas. 
 
 
CADINHO 
Peça geralmente de porcelana cuja utilidade é aquecer 
substâncias a seco e com grande intensidade, por isto 
pode ser levado diretamente ao bico de Bünsen. 
 
CÁPSULA DE PORCELANA 
Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das 
soluções. 
 
CONDENSADOR 
Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar 
vapores gerados pelo aquecimento de líquidos. Pode 
ser reto ou de bola. 
 
DESSECADOR 
Usado para guardar substâncias em atmosfera com 
baixo índice de umidade. 
Aula Prática 2 
15 
 
 
ERLENMEYER 
Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para 
dissolver substâncias e proceder reações entre soluções. 
 
FUNIL DE BUCHNER 
Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a 
função de filtro em conjunto com o Kitassato. 
 
FUNIL DE SEPARAÇÃO 
Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na 
extração líquido/líquido. 
 
FUNIL DE HASTE LONGA 
Usado na filtração e para retenção de partículas sólidas. 
Não deve ser aquecido. 
 
KITASSATO 
Utilizado em conjunto com o funil de Büchner em 
filtrações a vácuo 
 
PIPETA GRADUADA 
Utilizada para medir pequenos volumes. 
Mede volumes variáveis. 
Não pode ser aquecida. 
 
 
PIPETA VOLUMÉTRICA 
Usada para medir e transferir volume de líquidos. Não 
pode ser aquecida, pois possui grande precisão de 
medida. 
 
PROVETA 
Serve para medir e transferir volumes de líquidos. Não 
pode ser aquecida. 
Aula Prática 2 
16 
 
 
TUBO DE ENSAIO 
Empregado para fazer reações em pequena escala, 
principalmente em testes de reação em geral. 
Pode ser aquecido com movimentos circulares e com 
cuidado diretamente sob a chama do bico de Bünsen. 
 
VIDRO DE RELÓGIO 
Peça de Vidro de forma côncava é usada em análises e 
evaporações. Não pode ser aquecida diretamente. 
 OUTROS EQUIPAMENTOS: 
 
ARGOLA 
Usado como suporte do funil na filtração. 
 
BALANÇA DIGITAL 
Para a medida de massa de sólidos e líquidos não 
voláteis com grande precisão. 
 
BICO DE BÜNSEN 
É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. 
Mas contemporaneamente tem sido substituído pelas 
mantas e chapas de aquecimento. 
 
ESTANTE PARA TUBO DE ENSAIO 
É usada para suporte de os tubos de ensaio. 
 
GARRA DE CONDENSADOR 
Usada para prender o condensador à haste do suporte 
ou outras peças como balões, erlenmeyers etc. 
 
PINÇA DE MADEIRA 
Usada para prender o tubo de ensaio durante o 
aquecimento. 
 
PINÇA METÁLICA 
Usada para manipular objetos aquecidos. 
Aula Prática 2 
17 
 
 
PISSETA OU FRASCO LAVADOR 
Usada para lavagens de materiais ou recipientes através 
de jatos de água, álcool ou outros solventes. 
 
SUPORTE UNIVERSAL 
Utilizado em operações como: Filtração, Suporte para 
Condensador, Bureta, Sistemas de Destilação etc. 
Serve também para sustentar peças em geral. 
 
 
TELA DE AMIANTO 
Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do 
amianto é distribuir uniformemente o calor recebido 
pelo bico de Bünsen. 
 
TRIPÉ 
Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em 
vidrarias diversas de laboratório. É utilizado em 
conjunto com a tela de amianto. 
 
Aula Prática 3 
 18
PESAGEM E MEDIDAS 
 
1 - OBJETIVOS: 
No final desta experiência o estudante deverá ser capaz de: 
- Usar e ler termômetros, balanças, provetas e pipetas corretamente. 
- Utilizar algarismos significativos. 
- Distinguir o significado de “precisão e exatidão“. 
2 - INTRODUÇÃO: 
 Nem sempre os fenômenos físicos foram tratados da maneira como são hoje. A aplicação de um 
método experimental a estes fenômenos é relativamente recente, sendo atribuído a Galileu Galilei (1564-
1642) a criação do mesmo. Isto apesar de já no século XIII, Roger Bacon (1214-1292), numa época em que 
tudo se demonstrava por meio de propriedades ocultas da matéria, assim se expressar a respeito da ciência 
experimental: “A ciência experimental não recebe a verdade das mãos de ciências superiores, pois ela é a 
ama das outras ciências, que não são mais que suas servas“. Isto não basta para afirmar que Bacon “criou” o 
método experimental, mas que acreditava na experiência, como acreditaram também alguns gregos e árabes. 
Galileu, ao dar bases lógicas e filosóficas à ciência experimental, criou e organizou um método científico 
original e completo, que basicamente é o que vem a seguir. 
Quando um pesquisador aborda um determinado problema, ele o faz seguindo um método no 
qual ocorrem os seguintes passos: observação do fenômeno; formulação de hipóteses que expliquem o 
fenômeno; teste das hipóteses através da realização de experiências; e por último, elaboração da teoria 
sobre o fenômeno. 
Ao se aplicar o método científico, em sua fase de experimentação, são realizadas medidas das 
grandezas físicas relacionadas com o fenômeno. Estas medidas trazem consigo erros que podem ser devidos 
ao sistema ou não. Outra complicação vem do tratamento dado às medidas, ou seja, das operações com 
algarismos significativos (que são algarismos que exprimem o valor numérico das medidas). 
Este texto busca definir critérios de medidas, operações com algarismos significativos e erros que 
sejam coerentes entre si, uma vez que a leitura sobre o assunto é vasta e sujeita a diferentesinterpretações. 
Tais critérios serão seguidos durante o período do curso, seja na apresentação dos relatórios ou na realização 
de provas. 
 
 
Aula Prática 3 
 19
A – MEDIDAS: 
Todos os passos do método científico são importantes, mas a realização de experiências para a 
comprovação das hipóteses e elaboração de uma teoria sobre o fenômeno é, sem dúvida, a parte mais 
delicada: é em cima dos dados colhidos na experimentação que se comprovam ou não, as hipóteses sobre 
determinado evento. Nesta etapa da experimentação (recolhimento de dados) são feitas as medidas das 
grandezas físicas envolvidas no problema. Surgem aqui algumas perguntas: o que é medir uma grandeza? 
Quais as formas possíveis de se medir uma grandeza? Como se escreve uma medida? 
A.1 – Medida de uma grandeza: é a relação existente entre a grandeza física e um valor padrão 
desta mesma grandeza. É a comparação entre um valor estipulado (padrão) e um valor desconhecido (medida 
a ser feita) de uma determinada grandeza. 
A.2 – Medida direta e indireta: uma medida pode ser feita de duas maneiras: direta ou 
indiretamente. As medidas diretas são feitas quando o valor padrão de grandeza é comparado diretamente 
com um valor desconhecido da mesma grandeza. Já as medidas indiretas são efetuadas utilizando-se 
padrões de grandezas relacionadas com a grandeza a ser medida. Um exemplo claro de medida indireta é o 
de medidas de temperatura. A variação de temperatura em um termômetro é obtida através da medida da 
variação da coluna de mercúrio (causada pela variação de temperatura). 
Qualquer grandeza pode ser medida de forma direta ou indireta. Assim, se uma massa desconhecida 
Mx (g) é comparada com uma massa padrão Mp (g) em uma balança de pratos, o resultado desta comparação 
é uma medida direta do valor de Mx; se ao invés de uma balança de pratos for usada uma balança de molas, o 
resultado obtido será a medida indireta de Mx, pois neste caso, a comparação é feita entre a elongação da 
mola produzida por Mx e a produzida pela massa padrão Mp. 
A.3 – Algarismos significativos de uma medida: algarismo significativo é definido como o número 
de dígitos necessários para expressar uma medida experimental com um número mínimo de precisão. São os 
algarismos que expressam o valor da medida da grandeza. São chamados significativos de uma medida, 
todos os algarismos conhecidos com certeza acompanhados de um algarismo duvidoso. Os demais 
algarismos que estiverem colocados à direita do duvidoso não são significativos e, portanto, deixam de ser 
escritos. Uma melhor compreensão do que foi dito acima é alcançada com um exemplo de como obter os 
algarismos significativos de uma medida. 
O dígito “zero” pode ser significativo, se fizer parte da medida, ou pode ser usado simplesmente para 
localizar o ponto decimal. Neste último caso, vejamos como exemplo a medida experimental 92,067 
milímetros, composta de cinco algarismos significativos, que se a transformarmos em 0,92067 centímetros 
ou em 0,092067 metros, continuaremos ainda com os mesmos cinco algarismos significativos. 
 
 
 
Aula Prática 3 
 20
EXEMPLO: 
A figura 1 representa uma parte de uma régua milimetrada, onde faremos a leitura de um 
comprimento. 
18 19
cm Um observador poderia obter
para o comprimento do objeto:
 18,76 cm
 18,75 cm
 18,77 cm
 
 
 
Sempre que se efetuar uma medida, seu valor é representado por um número, acompanhado de uma 
unidade. Este número contém uma quantidade fixa de algarismos significativos, que depende da precisão 
do instrumento utilizado. Com a régua usada na figura 1, não poderiam ser encontrados valores como 
18,765 ou 18,760 cm. Isto ocorre porque a escala da régua, em cm, só dá certeza na primeira casa 
decimal, e por isso deve-se avaliar o algarismo da segunda casa decimal. Este algarismo, pela avaliação 
feita, é duvidoso. Contudo, esses valores poderiam ser obtidos caso a medida fosse feita com instrumentos 
de medida mais precisos que a régua. 
Vimos anteriormente que uma medida deve ser composta por todos os algarismos que se tem certeza 
acompanhados por apenas um duvidoso. Devido a este critério a medida da figura 1 é expressa com quatro 
algarismos significativos. 
A.4 – Transformações de unidades: Mudando de unidades a medida realizada com a régua, tem-se: 
18,76 cm = 0,1876 m = 0,0001876 km = 187,6 mm 
A grandeza medida é a mesma; portanto, ela deve possuir o mesmo número de algarismos 
significativos; assim os zeros à esquerda do primeiro significativo nas transformações acima, NÃO SÃO 
SIGNIFICATIVOS, servem apenas para localizar a posição da vírgula. 
 
OBSERVAÇÃO: Quando os zeros não são acompanhados por nenhum outro algarismo, por exemplo – 
0,000 – significa que a precisão do instrumento vai até a última casa decimal representada. 
 
EXEMPLOS: 
85,80 cm 4 algarismos significativos 
980,67 cm s-2 5 algarismos significativos 
0,0027 A 2 algarismos significativos 
Aula Prática 3 
 21
0,00001850 k-1 4 algarismos significativos 
0,010 mm 2 algarismos significativos 
 
A.5 – Notação científica: um fato importante a considerar é dado pelo seguinte exemplo: 
3 m; 300 cm; 3000 mm 
 
Ainda que expressem a mesma dimensão, aparecem com diferentes números de algarismos 
significativos: 1, 3 e 4, respectivamente. Isto causa confusão porque não nos permite saber a precisão com 
que foi obtida a medida. Para evitar este inconveniente pode-se escrever: 
2 algarismos significativos: 3,0 m = 3,0 x102 cm = 3,0 x 103 mm 
4 algarismos significativos : 3,000 m = 3,000 x 102 cm = 3,000 x 103 mm 
 
Ao se transformar a unidade de uma medida, o número de significativos desta deverá ser preservado, 
portanto: 
3 m = 3 x 102 cm = 3 x 103 mm 
Nos casos acima, os números foram expressos em notação científica. Esta consiste em utilizar apenas 
um algarismo significativo antes da vírgula e uma potência de dez condizente com a ordem de grandeza da 
medida, seguida pela unidade. 
Então, pela definição de notação científica, o número antes da vírgula não pode ser menor que um 
(1) nem maior que nove (9), ou seja: 
 
EXEMPLOS: 
299776 km/s = 2,99776 x 10 5 km/s 
980,66 cm/s2 = 9,8066 x 102 cm/s2 
760 mmHg = 7,60 x 10 2 mmHg 
 
OBSERVAÇÃO: É muito importante lembrar que em qualquer experiência o resultado experimental mais 
provável deve ser indicado com um número correto de algarismos significativos e com as devidas unidades 
de medida. 
 
Aula Prática 3 
 22
B - CRITÉRIOS DE ARRENDONDAMENTO 
Ao efetuarem-se as operações fundamentais com grandezas expressas com diferentes números de 
algarismos significativos, é necessário exprimir os resultados segundo a norma já citada, de que o número 
obtido pode ter apenas um algarismo duvidoso. Assim sendo, é preciso arredondar o resultado obtido no 
primeiro algarismo duvidoso. Os critérios para isso são os que seguem: 
 
1º - Se os algarismos desprezados numa quantidade formarem números superiores a 5, 
50, 500, 5000, etc., devemos aumentar de uma unidade o algarismo significativo 
imediatamente anterior aos desprezados. 
EXEMPLOS: 
1787,672 cm3 � 1787,7 cm3 = 1,7877 X 103 cm3 
24,9287 g � 24,93 g = 2,493 X 101 g 
720,584 N � 720,6 N = 7,206 X 102 N 
0,0026154 A � 0,00262 A = 2,62 X 10-3 A 
0,06382 V � 0,64 V = 6,4 X 10-1 V 
 
2º - Se os algarismos desprezados numa quantidade formarem números inferiores a 5, 
50, 500, 5000, etc., os algarismos significativos que restam não são modificados. 
EXEMPLOS: 
0,0931 cal/gK � 0,09 cal/gK = 9 X 10-2 cal/gK 
25,34 g � 25,3 g = 2,53 X 101 g 
6,9305 dyn/cm2 � 6,9 dyn/cm2 
0,4352 cP � 0,435 cP = 4,35 X 10-1 cP 
0,01423 L � 0,014 L = 1,4 X 10-2 L 
 
3º - Se os algarismos desprezados numa quantidade formarem números iguais a 5, 50, 
500, 5000, etc., procederemos da seguinte maneira: 
a) Se o último algarismo significativo da quantidade for ímpar, este é elevado de umaunidade; 
Aula Prática 3 
 23
b) Se o último algarismo significativo da quantidade for par, este permanece 
inalterado. 
 
EXEMPLOS: 
 a) 
2,73500 s � 2,74 s = 
0,0755 A � 0,076 A = 7,6 X 10-2 A 
539,50 cal/g � 540 cal/g 5,40 X 102 cal/g 
45,185 s � 45,19 s = 4,519 X 10-1 s 
96500 F � 9,7 X 104 F = 
 
 b) 
0,285 mA � 0,28 mA = 2,8 X 10-1 mA 
26,5000 dyn � 26 dyn = 2,6 X 101 dyn 
0,045 g � 0,04 g 4 X 10-2 g 
31,650 mL � 31,6 mL = 3,16 X 101 mL 
 
OBSERVAÇÃO: Nos exemplos acima, o traço abaixo do número indica o primeiro 
algarismo duvidoso da quantidade. 
 
C - CRITÉRIOS DE OPERAÇÃO COM ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS 
 
ADIÇÃO: O resultado de uma adição de várias medidas é obtido arredondando-se a soma na casa decimal 
mais pobre entre as parcelas, após efetuar a operação. 
 
EXEMPLOS: 
a) 27,8 m + 1,32 m + 0,666 m = 29,786 m = 29,8 m = 2,98 x 101 m 
b) 11,45 s + 2,5 s + 403,1 s + 0,3333 s = 417,3833 s = 417,4 s = 4,174 x 102 s 
Aula Prática 3 
 24
c) 2,250 L + 1,4 L = 3,650 L = 3,6 L 
d) 2,350 L + 1,4 L = 3,750 L = 3,8 L 
 
SUBTRAÇÃO: O resultado de uma subtração de duas medidas é obtido pelo arredondamento na casa 
decimal de parcela mais pobre, após efetuar a operação. 
 
EXEMPLOS: 
a) 18,2476 m - 16,72 m = 1,5276 m = 1,53 m 
 b) 127,36 - 68,297 g = 59,063 g = 59,06 g = 5,906 x 101 g 
 
OBSERVAÇÃO: Tanto para adição quanto para subtração, deve-se notar que o arredondamento somente 
deve ser feito após efetuar a operação e sempre observando a medida menos precisa (geralmente na última 
casa decimal da parcela mais pobre em casa decimais). 
 
MULTIPLICAÇÃO: O resultado de uma multiplicação de duas medidas não pode possuir maior número de 
algarismos significativos do que o mais pobre, em significativos, dos fatores. 
 
EXEMPLOS: 
a) 3,27251 cm x 1,32 cm = 4,3197132 cm2 = 4,32 cm2 
b) 0,452 A x 2671 A = 1207,292 V = 1,21 X 103 V 
c) 0,098 s x 5,364 m/s = 0,525672 m = 0,53 m = 5,3 x 10-1 m 
d) 723 N/m x 8,1 m3 = 5856,3 J = 5900,0 J = 5,9 x 103 J 
e) (9,2 cm)4 = 7163,9296 cm4 = 7200,0000 cm4 = 7,2 x 103 cm4 
 
DIVISÃO: Dividimos normalmente e apresentamos o resultado segundo a regra da multiplicação. 
 
EXEMPLOS: 
a) 63,72 cm ÷ 23,1 s = 2,758441558 cm/s = 2,76 cm/s 
b) 0,451 V ÷ 2001 = 0,0002253873 A = 0,000225 A = 2,25 x 10-4 A 
c) 4,22 g ÷ 5,363 cm3 = 0,786873 g/cm3 = 0,787000 g/cm3 = 7,87 x 10-1 g/cm3 
Aula Prática 3 
 25
OBSERVAÇÕES: 
1ª) Nas demais operações, como radiciação, potenciação, logarítmação, etc., efetua-se a operação e 
mantém-se o número de significativos da medida que está sendo operada. 
2ª) Em operações como multiplicação, divisão, potenciação e radiciação de uma medida direta ou 
indireta por uma constante ou número de fórmula, deve-se manter o número de algarismos significativos da 
medida 
 
D- ERROS 
D.1 - INTRODUÇÃO 
 O objetivo da maioria das experiências é o estudo quantitativo de certas propriedades da matéria. 
Este estudo se realiza medindo a grandeza física, que caracteriza as propriedades que interessam no 
experimentador, mediante aparelhos de medida, com o posterior tratamento dos dados obtidos. Segundo a 
natureza da grandeza que se investiga, o instrumento de medida pode ter diferentes graus de complexidade. 
Não obstante, qualquer que seja sua concentração, os dados experimentais sempre contêm erros. Para tratar 
de uma maneira crítica esses dados e ter um critério claro de quais das deduções dos mesmos são certas e 
quais duvidáveis ou mesmo infundadas, é necessário avaliar o erro do resultado da medição. Sem esta 
avaliação não se pode obter uma medida quantitativa da propriedade que se estuda ou estabelecer leis 
objetivas. 
A tarefa de determinar o erro de uma grandeza medida, na prática, não é simples. A maior 
dificuldade vem do fato que a medida é acompanhada da ação e interação de um grande número dos mais 
diversos fatores, que influem em um ou outro grau sobre o resultado da medida. Dado que o conhecimento 
da natureza física do fenômeno que se estuda, assim como as leis dos processos que acompanham à própria 
medida da grandeza física em qualquer experiência são apenas aproximados, é impossível analisar ou indicar 
todos os fatores que atuam sobre o resultado da medida. Por isso, o valor real do erro da grandeza medida, 
em qualquer etapa do desenvolvimento da técnica experimental e do método de medida, permanece 
desconhecido. Assim, o objetivo da teoria de erros pode ser só a apreciação do erro máximo das medidas. o 
grau de certeza desta estimativa depende, antes de mais nada, da quantidade de fatores que se levou em 
conta, na experiência dada, e que influem no resultado das medidas. O valor absoluto do erro se determina 
por fatores subjetivos tais como a habilidade, a escrupulosidade e a seriedade do experimentador, seu nível 
de preparação científica, etc. 
Atualmente nenhum campo das ciências exatas, que utiliza os dados de uma experiência, pode deixar 
de aplicar os métodos matemáticos de tratamento dos dados experimentais. Deve-se aceitar que a estatística 
matemática, particularmente no campo de sua aplicação ao tratamento dos resultados das medidas, não pode 
ser considerada perfeita. Em casos concretos surgem diferentes dificuldades que nem sempre são possíveis 
Aula Prática 3 
 26
superar. Assim, pois, até agora não existem recomendações universalmente aceitas com respeito à 
representação dos resultados das investigações experimentais. 
Para fins de padronização, as normas que aqui serão apresentadas, apesar de não serem únicas, serão 
as utilizadas durante o transcorrer do curso. 
 
D.2 - CLASSIFICAÇÃO DE ERROS 
Quando se realiza uma medida, comete-se todo tipo de erro. Entretanto, não se deve confundir erro 
com engano, também chamado ERRO GROSSEIRO, que é devido à inabilidade do experimentador, sendo 
facilmente evitável o termo ERROS, portanto, refere-se àqueles que são inevitáveis. Deve-se lembrar então, 
que o erro cometido em uma medida é a soma dos vários erros possíveis. 
Existem diversas classificações de erros na literatura. A nomenclatura também é variada sendo que o 
mesmo tipo de erro é denominado diferentemente por autores diferentes. Optou-se por apresentar na forma 
mais sucinta possível os diversos tipos de erros, reduzindo-os a três categorias. 
1º) ERROS DE ESCALA: É o máximo erro aceitável cometido pelo operador, devido ao limite de 
precisão do instrumento de medida. 
2º) ERROS SISTEMÁTICOS: São aqueles que, sem praticamente variar durante as medidas, 
entram de igual modo em cada resultado destas medidas, fazendo com que seus valores se afastem do valor 
real em um sentido definido. Os erros sistemáticos são os que aparecem seguindo alguma regra definida; 
descoberta sua origem é possível eliminá-los. 
3º) ERROS ACIDENTAIS: São aqueles que ocorrem aleatoriamente, portanto em qualquer sentido, 
sendo o resultado da soma de pequenas perturbações estatisticamente imprevisíveis. Os erros acidentais não 
seguem nenhuma regra definida. Assim sendo, não se pode evitá-los. São os únicos erros a que se aplicam os 
postulados de Gauss. 
 
OBSERVAÇÃO: O termo acidental não tem aqui a conotação de acidente e sim imprevisibilidade. Um 
modelo simples que ilustra as diferenças entre erros sistemáticos e acidentais é representado na figura 2. 
 
 
 
 
 
 Figura 2 
A B C
Aula Prática 3 
 27
A figura 2 representa três alvos em três situações diferentes, onde os pontos indicam as posições de 
impacto. Em (A), todos os impactos encontram-se concentrados em uma determinada região, deslocados do 
centro. As causas deste deslocamento do centro poderiam ser: mira desregulada, vento constante, etc. Como 
o desvio atuou em todos os disparos, isto caracterizaria um erro sistemático. Uma vez identificada as causas 
reais do desvio, estas causas poderiamser eliminadas ou compensadas. Em (B) e (C), os impactos estão 
distribuídos aleatoriamente em torno do centro do alvo, não havendo portanto “erro sistemático”. Como a 
distribuição é aleatória, isto caracterizaria um erro acidental. A diferença entre (B) e (C) é que em (C) o “erro 
acidental” é menor. Deve-se notar ainda que na média os impactos em (A) estão afastados do centro, o que 
não acontece em (B) e (C). 
Como foi dito, o erro máximo na medida, também chamado desvio da medida (delta x), é a soma de 
todos os erros, ou seja: 
E = ∆∆∆∆ x = EESCALA + ESISTEMÁTICO + EACIDENTAL 
Em medidas estáticas, geralmente, o erro de escala é muito maior que os outros dois. Neste caso, o 
erro ou desvio cometido na medida pode ser considerado como sendo somente o erro de escala. 
 
3 – MATERIAL 
Procedimento A Procedimento B Procedimento C 
1 béquer de 150 mL; 1 rolha; 2 béquer de 150 mL 
1 béquer de 50 mL (NaCl); 1 cadinho 1 proveta de 25 mL 
1 termômetro; 1 frasco de pesagem (béquer de 50 mL) 1 pipeta volumétrica de 20 mL 
1 bastão de vidro; 1 béquer de 50 mL 1 pipetador 
cubos de gelo 1 conta-gotas 
Cloreto de sódio 1 béquer de 250 mL (água destilada) 
Balança Balança Balança 
 
4 - PROCEDIMENTO 
 
“A professora irá indicar por qual item você deverá iniciar o experimento. Faça as anotações na 
última página desta prática.” 
 
A - MEDIDAS DE TEMPERATURA 
1 – Coloque cerca de 50 mL de água destilada em um béquer de 150 mL e meça a temperatura utilizando o 
termômetro fornecido. 
OBS: a) Durante a medida mantenha o bulbo do termômetro totalmente imerso na água, porém sem tocar as 
paredes internas do béquer. b) Obtenha o valor da temperatura com o número máximo de algarismos 
significativos que for possível. c) Cada divisão do termômetro corresponde 1,0 0C. 
Aula Prática 3 
 28
2 – (a) Pese cerca de 5 g de cloreto de sódio (sal de cozinha) em um béquer de 50 mL (escrito NaCl), este 
será utilizado posteriormente; 
(b) Acrescente ao béquer de 150 mL com água destilada, utilizado no item A.1, dois ou três cubos de gelo, 
agite a mistura com um bastão de vidro e meça a nova temperatura. 
(c) Adicione à mistura de gelo-água, 5 g de cloreto de sódio, agite e meça a nova temperatura rapidamente. 
 
ATENÇÃO - Não se esqueça de colocar o sinal negativo para a temperatura abaixo de zero. 
 
B - MEDIDAS DE MASSA. 
 
1 - Três objetos, uma rolha de borracha, um cadinho de porcelana e um frasco de pesagem (béquer de 50 
mL), se encontram em sua bancada. Segure cada um dos objetos e estime qual é o mais pesado e qual é o 
mais leve, anote a ordem na tabela de dados. Posteriormente, utilize a balança para obter a massa real de 
cada objeto e anote na tabela de dados. 
2 - Pese um béquer seco de 50 mL. Adicione então 50 gotas de água destilada com um conta-gotas e pese o 
conjunto. O propósito deste procedimento é encontrar o número aproximado de gotas em um mililitro ou o 
volume de uma gota de água. 
 
C - VOLUME, EXATIDÃO E PRECISÃO. 
 
Toda medida não é totalmente sem erros (vide introdução), e o erro de uma medida muitas vezes é 
limitado pelo equipamento que é utilizado. EXATIDÃO refere-se à tão próximo uma medida concorda 
com o valor correto (ou mais correto). PRECISÃO refere-se à tão próximo diversos valores de uma 
medida estão entre si (ou seja, menor o desvio médio, maior a precisão). O ideal é que as medidas sejam 
exatas e precisas. 
Medidas podem ser precisas e não serem exatas devido a algum erro sistemático, que é um erro que 
se repete em cada medida. 
A média de várias determinações é geralmente considerada melhor valor para uma medida do que 
uma determinação única. 
 
1) Medida de volume utilizando proveta: 
 
- Pese um béquer seco de 150 mL anotando todas as casas depois da vírgula (anote na tabela); 
- Meça 20 mL de água destilada com uma proveta; 
- Coloque os 20 mL no béquer e pese-o novamente (anote na tabela); 
- Meça novamente mais 20 mL de água, com a proveta e adicione no mesmo béquer e anote o peso final 
(anote na tabela); 
Aula Prática 3 
 29
- Faça isso mais uma vez, ou seja, meça mais 20 mL, com a proveta e adicione no béquer e anote o peso 
(anote na tabela). 
 
2) Medida de volume utilizando pipeta volumétrica 
 
- Pese outro béquer seco de 150 mL (anote na tabela); 
- Coloque água destilada até a marca de 100 mL em um béquer de 250 mL; 
- Lave uma pipeta volumétrica de 20 mL e succione com o pipetador a água destilada que você colocou no 
béquer até um pouco acima da marca do menisco. Retire a ponta da pipeta do líquido e permita que a água 
desça devagar até que o menisco esteja exatamente no nível que indica o volume de 20 mL. Se passar da 
marca, volte a seguir o procedimento descrito. 
- Transporte os 20 mL para o béquer de 150 mL que foi pesado, encoste a ponta da pipeta volumétrica na 
parede interna do béquer. Após toda a água escorrer haverá ainda uma pequena quantidade na ponta da 
pipeta. Não tente escorrer essa quantidade de líquido, pois a pipeta já foi calibrada para que sobre essa 
porção de água que fica na ponta. 
- Pese o béquer com os 20 mL de água destilada e anote na tabela; 
- Repita o procedimento com mais 20 mL e pese o béquer com os 40 mL de água destilada, e assim mais 
uma vez e anote também o peso do béquer com 60 mL de água. 
 
- Ao terminar, lave o material e seque sua bancada. 
 
Aula Prática 3 
 30
5 – FOLHA DE DADOS 
 
A - TEMPERATURA: 
 1 - Temperatura da água da destilada: __________ 0C 
 2 - Água com gelo: a - Depois de agitada: ________0C 
 b - Com sal adicionado: _______0C 
B - MASSAS: 
 1 - Segure em suas mãos os três materiais relacionados abaixo e avalie qual o mais pesado e qual o mais 
leve. Numere de 1 a 3, (1 = o mais pesado). 
Materiais Ordem de massa estimada Massa medida 
Ordem atual 
(medida) 
Rolha de borracha 
Frasco de pesagem 
Cadinho 
 
2 - massa do béquer pequeno ( 50 mL ) : _________g 
 massa do béquer + 50 gotas de água : ________g 
 massa de 50 gotas de água: _________g 
 volume de 1 gota de água:_________cm3 
 
C - VOLUME: 
 PROVETA PIPETA 
Massa do béquer antes da adição da água (seco) 
Após a 1a adição de 20 mL 
(béquer + 20 mL de água) 
 
Após a 2a adição de 20 mL 
(béquer + 40 mL de água) 
 
Após a 3a adição de 20 mL 
(béquer + 60 mL de água) 
 
Massa do 1o 20 mL 
Massa do 2o 20 mL 
Massa do 3o 20 mL 
Média das três medidas 
Densidade da água 
 
Aula Prática 3 
 31
6 - QUESTIONÁRIO 
 
1) Qual é a leitura correta da proveta? 
 
 
2) Quantos algarismos significativos existem em cada uma das medidas: 
a) 38,7 g e) 2 x 10 18 átomos 
b) 3.486.002 Km f) 9,74150 x 10 -4 Kg 
c) 0,0613 mm g) 17,0 mL 
d) 0.01400 g h) 0,00000006 Kg 
 
3) Arredonde os seguintes números de forma que fiquem com dois algarismos significativos: 
a) 0,436 e) 135 
b) 27,2 f) 0,445 
c) 1,497 x 10 -3 g) 0,007596 
d) 9,000 h) 12500 
 
4) Escreva os números abaixo em potência de dez (notação científica): 
a) 711,0 e) 0,05499 
b) 0,239 f) 10000,0 
c) 90743 g) 0,000000738592 
d) 134,2 h) 0,000650 
 
5) Faça os cálculos abaixo e escreva a resposta com o número correto de algarismos significativos: 
a) 628 x 342 = f) (42,7 + 2,59) ÷ 28,4445 = 
b) (5,63 x 10 2) x (7,4 x103) = g) 5,698 – 0,72 = 
c) 2734 ÷ 28,0 = h) (15,00 – 2,50) x 3,000 = 
d) 8119 x 0,000023 = i) 0,0036 – 0,0121 = 
e) 14,98 + 27,340 + 84,7593 = j) (3,56 + 1,17) x (123,3 – 3,3) = 
 
6) É possível para um instrumento de medida ser mais preciso, porém menos exato do que o outro? Explique 
a sua resposta. 
 
7) Complete as seguintes conversões: 
a) 612 g = __________Kg e) 4,18 Kg = _________mg 
b) 8,160 m = _________mm f) 27,8 m3 = _________cm3 
c) 3779 mg = _________g g) 0,13 mL = _________cm3 
20
30
Aula Prática 3 
 32
d) 481 mL =__________L h) 17,38 m = ________cm 
 
8) A distância entre os centros de dois átomos de oxigênionuma molécula de oxigênio, O2, é 1,21 A
0 ( 1 A0 
= 10 -10 m ) . Qual é a distância em cm? 
 
9) A nave espacial Voyager I em seu vôo até Saturno revelou que a temperatura na superfície de Titan (uma 
das luas de saturno ) é 93 K . Qual é a temperatura da superfície de Titan em graus Célsius? 
 
10) Explique as observações do item A. 2 (c) do procedimento. 
 
11) Como você poderia medir ¼ mL de água com um equipamento utilizado no item B-2, e conhecida a 
densidade da água (1,0 g/ cm3)? 
 
12) Na avaliação da massa de 20,00 mL de água (item C do procedimento) foram utilizados uma proveta e 
uma pipeta volumétrica. Qual dos dois possui melhor precisão? Explique a sua resposta. 
 
13) 20,00 mL de água a 20 0C possui uma massa de 19,966 g. Comparando os resultados que você obteve no 
item C do procedimento, foi a proveta ou a pipeta que deu um resultado mais próximo do valor, (ou qual dos 
dois é mais exato)? Explique sua resposta. 
 
Aula Prática 4 e 5 
 33
PREPARO DE SOLUÇÕES 
 
1. INTRODUÇÃO: 
 
Pesquisar na literatura as várias maneiras de calcular as concentrações de soluções, bem 
como seu significado químico. 
 
2. OBJETIVOS: 
 
Ao final do experimento o aluno deverá ser capaz de: 
- Calcular a concentração de várias soluções. 
- Preparar soluções de uso comum em laboratório. 
 
3. MATERIAIS: 
Soluto Sólido Soluto Líquido 
Balão Volumétrico 
Bastão de Vidro 
Vidro âmbar 
Etiqueta 
Conta-gotas 
Funil de Vidro (Opcional) 
Béquer (Frasco de pesagem) Pipeta Volumétrica 
Espátula Pipetador 
Balança Capela 
OBS: Use corretamente os Equipamentos de Proteção Individual e Coletivos. 
 
As vidrarias ficarão dispostas em bandejas, na bancada lateral do laboratório, a fim de 
que cada equipe aprenda a identificar as vidrarias necessárias para o preparo de soluções. Cada 
equipe deverá efetuar no mínimo duas soluções de cada um dos solutos, sólidos e líquidos. 
 
TODAS AS SOLUÇÕES TÊM QUE SER PREPARADAS COM ÁGUA DESTILADA. 
 
4. SOLUÇÕES A SEREM PREPARADAS: 
Serão indicadas pela professora no dia do experimento. 
 
Aula Prática 4 e 5 
 34
5. TABELA DE DADOS: 
OBS: Os seguintes dados devem ser obtidos no Laboratório! 
Massa Atômica dos seguintes elementos químicos 
Nome Símbolo M. A. Nome Símbolo M. A. 
Carbono Hidrogênio 
Cloro Manganês 
Cobre Níquel 
Cromo Nitrogênio 
Enxofre Oxigênio 
Ferro Potássio 
Fósforo Sódio 
 
 
 
- Calcule o peso molecular das seguintes substâncias, conforme o exemplo abaixo: 
Exemplo de Cálculo do Peso Molecular: 
Nome: Acetato de Cálcio Monohidratado 
Fórmula: Ca(CH3COO)2 
Hidratação: 1 H2O 
 
Ca(CH3COO)2 . 1 H2O 
 
Pureza: 99,0% 
Densidade: Não 
Peso Molecular: 
Ca 1 X 40,0780 = 40,0780 
C 4 X 12,0107 = 48,0428 
H 6X 1,0079 = 6,0474 
O 4 X 15,9994 = 63,9976 
 + 
H 2 X 1,0079 = 2,0158 
O 1 X 15,9994 = 15,9994 
Total 176,1810 g/mol 
 
Nome Fórmula Hidratação Pureza Densidade 
Peso 
Molecular 
 CH3COOH 
 HCl 
 H3PO4 
 HNO3 
 H2SO4 
Aula Prática 4 e 5 
 35
 NaHCO3 
 NiCl2 
 NaCl 
 K2CrO4 
 K2Cr2O7 
 KOH 
 NaOH 
 KMnO4 
 CuSO4 
 NiSO4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula Prática 6 
 36
PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES COM PADRÃO PRIMÁRIO: 
Determinação da Concentração Verdadeira de uma Solução 
 
1. INTRODUÇÃO: 
 
Ao se preparar uma solução, erros podem ser cometidos: uso de vidraria e reagentes 
inadequados, pesagens incorretas, etc. Assim, esta solução apresentara um valor de 
concentração que precisa ser corrigido pelo uso de certas substâncias com características 
especificas, tais como solubilidade, estabilidade do reativo, baixa higroscopicidade; 
denominadas padrões. 
Um destes padrões mais utilizados é o ftalato ácido de potássio (ou biftalato de potássio, 
peso molecular 204,23 g/mol), o qual por possuir caráter ácido pode ser empregado na 
determinação de concentrações reais de bases. No caso de uma solução de NaOH, a reação 
que se passa é a seguinte: 
 
 (HC8H4O4) 
- + OH - (C8H4O4) 
–2 + H2O 
 Ftalato àcido base ftalato 
 
Cálculo: 
Já que 1 mol de biftalato neutraliza 1 mol de NaOH... 
1 mol biftalato ----------------------1 mol de NaOH 
 (neutraliza) 
 204,23g ----------------------- 1 mol 
 m----------------------- n moles 
Obs: m = massa de biftalato e n = número de moles da base que reagiu. 
 
Se os n moles reagidos estiverem contidos num volume V, a concentração real será Creal = 
n/V mol/l; logo o fator de correção f da solução será f = Creal/C. 
 
Aula Prática 6 
 37
2. MATERIAL: 
Solução 0,1000 mol/L de NaOH para que seja determinada sua concentração real (solução 
preparada pelos alunos nas aulas de Soluções). 
Biftalato de potássio (204,23 mol/l); 1 Suporte universal com garras para bureta 
Espátula 1 Bureta de 25 mL; 
Fenolftaleína a 1% (indicador) 3 Ehrlenmeyer de 125 ml 
1 Bastão de vidro Água destilada 
1 Béquer de 100 mL (NaOH) Béquer de 250 mL (DESCARTE) 
Canetinha Balança analítica 
 
3. PROCEDIMENTO: 
 
1. Monte a bureta no suporte universal utilizando uma ou duas garras para fixá-la. 
2. Lave a bureta com detergente colocando um pouco de solução de detergente (~5ml), 
esvaziando-a num béquer de 250ml (DESCARTE). 
3. Em seguida, enxágüe a bureta três vezes com água da torneira, esvaziando-a cada 
vez. 
4. Repita a operação mais três vezes, agora com água destilada, usando o frasco lavador 
para rinsar a bureta. 
5. A bureta agora está limpa e desengordurada. Não é necessário secá-la. 
6. Reserve aproximadamente 90 mL da solução 0,1000 mol/L de hidróxido de sódio a 
ser padronizado no béquer identificado com NaOH 
7. Agora, rinse a bureta com um pouco de solução de NaOH que será padronizada. Faça 
isso duas vezes. Feito isto, encha a bureta com a solução de NaOH e zere a bureta recolhendo o 
excesso de solução no béquer de DESCARTE, de forma que o menisco inferior fique no 
marcado zero. A bureta está pronta para iniciar uma titulação. 
8. Agora, separe três erlenmeyer identificando-os de 1 a 3. Meça na balança analítica 
a massa de biftalato de potássio calculada teoricamente (OBS: anote a massa com o máximo 
de algarismos significativos de cada uma das pesagens) e dissolva esta quantidade em 
aproximadamente 50 mL água destilada. 
9. Adicione ainda, a cada um dos erlenmeyer, três gotas do indicador. 
Aula Prática 6 
 38
10. Titule cada solução dos 3 erlenmeyer gotejando a solução de NaOH da bureta no 
erlenmeyer até aparecimento da cor rosa. Pare então de gotejar NaOH e anote o volume 
gasto, lendo direto na bureta. 
11. Encha novamente a bureta com NaOH a ser padronizado, zere e repita a titulação 
duas vezes mais, utilizando os outros dois erlenmeyer. Anote os volumes gastos em cada 
titulação. 
12. Faça os cálculos, determinando o número de moles de NaOH contidos no volume 
V gasto e assim calculando a concentração real da solução alcalina. 
13. Determine o fator f da solução. 
Aula Prática 6 
 39
4 - QUESTIONÁRIO: 
 
1- Que volume de ácido brômico 0,33 molar é necessário para neutralizar completamente 
1,00L de hidróxido de bário 0,15 molar? 
 
2- Que volume de HCl 0,421 molar é necessário para titular 47,00 ml de KOH 0,204 molar até 
o ponto de viragem com o indicador fenolftaleína? 
 
3- Qual a concentração molar de uma solução de ácido sulfúrico se 24,8 ml dessa solução são 
necessários para titular 2,5 g de bicarbonato de sódio? 
H2SO4 + 2 NaHCO3 NaSO4 + 2 H2O + 2 CO2 
 
4- Qual a função do indicador em uma titulação? 
 
5- Por que se faz a padronização de uma solução? 
 
 
Aula Prática 7 
 40
TITULAÇÃO ÁCIDO - BASE 
1. INTRODUÇÃO: 
 Na ciência e na indústria, freqüentemente é necessário determinar a concentração de 
íons em soluções. Para determinar a concentração deum ácido ou uma base, um método 
chamado titulação é utilizado. Titulação utiliza o fato de que ácidos são neutralizados por bases 
para formar sal + água. A equação da reação de neutralização é: 
 
H+ + OH- H2O 
 
significando que um íon hidrogênio neutraliza um íon oxidrila. O número total de íons H+ é 
igual ao volume da solução multiplicado pela concentração de íons H+. 
 
 n = V x M 
 
onde: n = n.º de moles de íons H+ 
 V = volume da solução 
 M = molaridade 
 
 No ponto em que uma solução ácida tem sido completamente neutralizada por uma 
solução básica, o número de íons H+ é igual ao número de íons OH-. 
As concentrações de muitos compostos são usualmente expressa como molaridade ou 
moles/litro, e as concentrações de ácidos e bases são freqüentemente expressas em 
“normalidade”. 
Podemos facilmente ver que o número de moles de íons H+ ou OH- é igual ao mol do 
ácido, vezes o número de oxidrilas ionizáveis. Então podemos dizer que a molaridade de um 
ácido ou uma base multiplicada pelo número de H ionizáveis ou oxidrilas é igual a sua 
normalidade. Além disso, o número de moles de um ácido ou base multiplicado pelo número de 
hidrogênios ionizáveis é igual ao que denominamos de equivalentes. 
 Assim, a normalidade de um ácido ou base é o número de: 
 
Equivalentes de H+ ou OH- 
litro da solução 
 
Aula Prática 7 
 41
 O ponto quando a base neutraliza completamente um ácido (ou vice versa) pode ser 
detectado com um indicador que muda de cor com um excesso de íons H+ ou OH-. Fenolftaleina 
é um indicador desse tipo, quando ácida a fenolftaleina é incolor, mas com menor excesso de 
íons OH- numa solução neutra ela torna-se cor de rosa. 
 Nesta experiência você verá como preparar uma solução de HCl e padronizá-la usando 
uma base (NaOH) de concentração conhecida (o padrão). Em seguida você determinará a massa 
molecular de uma base utilizando a solução de HCl que você preparou. 
2. OBJETIVOS: 
No final desta experiência o aluno deverá ser capaz: 
− Determinar a concentração de um ácido usando titulação; 
− Determinar a molécula-grama (Mol) de um composto, por titulação; 
− Dominar a técnica de titulação. 
3 – MATERIAL: 
Solução de NaOH padronizada 1 Suporte universal com garras para bureta 
Solução de HCl para padronizar 1 Bureta de 25 mL; 
Fenolftaleína a 1% (indicador) 3 Ehrlenmeyer de 125 ml ou 50 mL 
1 Béquer de 50 mL (HCl) Água destilada 
1 Béquer de 100 mL (NaOH) Pipeta volumétrica de 10 mL (NaOH) 
Béquer de 250 mL (DESCARTE) Pipetador 
Canetinha 
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL: 
A - PREPARO DA SOLUÇÃO DE HCl: 
Preparar (calcule) 100 ml de uma solução de HCl 0,1000M. 
B - PADRONIZAÇÃO DA SOLUÇÃO DE HCl: 
1. Monte a bureta no suporte universal utilizando uma ou duas garras para fixá-la. 
2. Lave a bureta com detergente colocando um pouco de solução de detergente (~5ml), 
esvaziando-a num béquer de 250ml (DESCARTE). 
Aula Prática 7 
 42
3. Em seguida, enxágüe a bureta três vezes com água da torneira, esvaziando-a cada 
vez. 
4. Repita a operação mais três vezes, agora com água destilada, usando o frasco lavador 
para rinsar a bureta. 
5. A bureta agora está limpa e desengordurada. Não é necessário secá-la. 
6. Reserve aproximadamente 90 mL da solução 0,1000 mol/L de hidróxido de sódio 
padronizado no béquer identificado com NaOH 
7. Agora, rinse a bureta com um pouco de solução de NaOH padronizado. Faça isso 
duas vezes. Feito isto, encha a bureta com a solução de NaOH e zere a bureta recolhendo o 
excesso de solução no béquer de DESCARTE, de forma que o menisco inferior fique no 
marcado zero. A bureta está pronta para iniciar uma titulação. 
8. Agora, separe três erlenmeyer identificando-os de 1 a 3, pipete em cada um deles 10 
mL de solução de HCl (sempre utilize pipeta volumétrica), acrescente um pouco de água 
destilada (~30ml) e 3 gotas de fenolftaleina. 
9. Titule cada solução dos 3 erlenmeyer gotejando a solução de NaOH da bureta no 
erlenmeyer até aparecimento da cor rosa. Pare então de gotejar NaOH e anote o volume 
gasto, lendo direto na bureta. 
10. Encha novamente a bureta com NaOH a ser padronizado, zere e repita a titulação 
duas vezes mais, utilizando os outros dois erlenmeyer. Anote os volumes gastos em cada 
titulação. 
11. Faça os cálculos. 
Aula Prática 7 
 43
5) QUESTIONÁRIO: 
1. Calcule a concentração molar do HCl após a titulação. 
 
2.Há cerca de 10g de cálcio, na forma de Ca+2, em 1L de leite. Qual a molaridade do Ca+2 no 
leite? 
 
3. Calcule o número de moles e a massa do soluto em cada uma das seguintes soluções: 
a) 2L de H2SO4 18,5M. 
b) 500ml de glucose 0,3M C6H12O6. 
 
4. Calcule a molaridade das seguintes soluções: 
a) 0,195g de colesterol C27H460, em 0,1L de soro sangüíneo. 
b) 0,029g de I2 em 0,1L de solução. 
 
5. Calcule a normalidade de cada uma das soluções: 
a) 5 equiv. de HCl em 2L de solução. 
b) 0,0015 equiv. de Ba(OH)2 em 0,67L de solução. 
c) 0,0015 equiv. de HCl em 100ml de solução. 
 
Aula Prática 8 
 44
DETERMINAÇÃO DO TEOR DE CLORETO NA AREIA 
MÉTODO: Volumetria de precipitação 
 
1) OBJETIVOS 
No final desta experiência o aluno deverá ser capaz: 
- Determinar teor de cloreto em amostras de areia 
- Dominar a técnica de titulação 
2) INTRODUÇÃO 
Na atmosfera estão presentes uma série de agentes considerados como agressivos a 
construção civil. Dentre eles podemos destacar o cloreto (Cl-), um dos mais agressivos presente na 
atmosfera marinha como cloreto de sódio (NaCl), podendo chegar até cerca de 5 km da costa. 
Pequenos teores de cloretos podem ser responsáveis por grande intensidade de corrosão, atuando 
como catalisadores das reações eletroquímicas. Devido ao pequeno raioiônico, podem deslocar-se 
com grande facilidade entre os poros do concreto dinamizando as células de corrosão eletroquímica. 
É usual nas maiorias das vezes por desconhecimento dos técnicos, a incorporação de agentes 
agressivos durante a própria preparação do concreto. Por outro lado, também podem ser adicionadas 
involuntariamente a partir de aditivos catalisadores de endurecimento, águas contaminadas, 
impermeabilizantes, material de limpeza de paredes e pisos e finalmente pela areia de má qualidade. 
Concentrações superiores a 700 mg/l ( 700ppm) podem causar sérios problemas de corrosão. 
A reação em estudo pode ser dada pela seguinte forma: 
AgNO3(aq) + NaCl(aq) ----Æ NaNO3(aq) + AgCl(s) precipitado branco 
AgNO3(aq) + K2CrO4(aq) ----Æ KNO3(aq) + Ag2CrO4(s) ppt vermelho 
 
3) MATERIAIS 
Bureta de 25 ml Pipetador 
Suporte Universal e garras Funil de vidro 
Erlenmeyer’s de 125 ml (3) Papel filtro 
marcia
Highlight
Aula Prática 8 
 45
Balão volumétrico 100ml Bastão de vidro 
Pipetas volumétricas de 10ml Argola de metal 
Béquer de 250mL (Descarte) Béquer 100 ou 150 mL (Amostra de água) 
Béquer de 100 mL (AgNO3) 
 
4) REAGENTES 
- nitrato de prata 0,01M 
- solução de indicador cromato de potássio (K2CrO4(aq) ) 
- areia para estudo 
5) PROCEDIMENTO 
Preparação da amostra 
Pesa-se cerca de 1,00 g do material num béquer anotando-se o valor com 2 casas após a 
vírgula. Lava-se com cerca de 30 ml de água destilada (duas vezes) e filtra-se esta solução, 
descartando a parte retida no filtro. 
Completa-se a solução filtrada até 100mL num balão volumétrico. 
Determinação do cloreto na amostra 
Transfira 2 alíquotas de 10 ml da amostra para dois erlenmeyers e titule com nitrato de prata 
0,01M padrão ( utilizando como indicador cerca de 1mL de cromato de potássio), até o 
aparecimento da coloração vermelho tijolo persistente. 
Cálculo do teor de cloreto 
O teor de cloreto é dado em gramas de cloreto por grama de amostra. 
Assim: 
g de cloreto = A x 35,5 x M x 10 
Onde : A = média de volume gasto para titular a amostra (L) 
35,5 = equivalente grama do cloreto 
M = molaridade do nitrato de prata 
marcia
Highlight
marcia
Highlight
Aula Prática 8 
 46
6) DADOS 
AMOSTRAConc. de AgNO3 ............. M 
Volume de AgNO3 gasto .............ml 
Volume da alíquota da amostra .........ml 
Teor de cloreto...................g/g de amostra 
7) QUESTIONÁRIO 
1) Defina os seguintes termos: 
a) Volumetria de precipitação 
b) Número de equivalentes 
c) Equivalente grama 
d) Produto de solubilidade 
e) Precipitado 
2) Supondo que você encontre um teor de cloreto em uma amostra de 1 g de areia igual a 0,058g. 
Qual seria a quantidade de cloreto em uma ton. 
3) Sabendo-se que 1mg/kg é igual a um ppm, qual será o valor em ppm para a amostra em análise? 
4) Qual seria o volume de titulante gasto se você usasse todos os 100 ml da amostra?

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