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Resenha crítica artigo Quase o pior cenário: O Incêndio no túnel de Baltimore em 2001.

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO
QUASE O PIOR CENÁRIO: O INCÊNDIO NO TÚNEL DE BALTIMORE EM 2001 (A)
SOYLA DE ANDRADE SOUZA CARVALHO
Trabalho apresentado à disciplina de Administração
 aplicada à Engenharia de Segurança, que tem como
 tutora a professora Gisele Teixeira Saleiro.
Volta Redonda
2021
O artigo trata de um incidente envolvendo um trem de carga pertencente à empresa CSX Corporation, ocorrido na cidade de Beltimore em Julho de 2001. O corpo de bombeiros recebeu inúmeras chamadas relatando a existência de uma fumaça saindo do túnel que funcionava sob a Rua Howard, que era uma importante via baixa. De início cogitou-se a ideia de ser um falso alarme, devido às pessoas sempre acionarem o corpo de bombeiros relatando a existência de fumaça saindo da extremidade norte do túnel, porém nessas ocasiões não se tratava de um incêndio, e sim da fumaça de óleo diesel dos comboios de mercadorias que passavam pelo túnel. 
Mas dessa vez rapidamente o corpo de bombeiros identificou que se tratava de um incêndio no interior do túnel, que foi provocado pelo descarrilamento de um trem que dentre as mercadorias, transportava diversos produtos químicos perigosos. A partir da confirmação do incidente, as autoridades entraram em um grande dilema, visto que o ocorrido oferecia grande ameaça à saúde publica, pelo risco de explosão e liberação de nuvens de vapor tóxico provocado pelo aquecimento dos produtos químicos. O incidente possui uma proporção maior ainda pelo fato do túnel se localizar no centro da cidade, passando por escola de artes, sala de shows, casa de ópera, edifícios de apartamentos que abrigava centenas de pessoas, sob importantes rotas que ligavam estradas e dispositivos rodoviários com intenso fluxo de pessoas e veículos, na extremidade sul ficava o estádio de Beisebol Baltimore Orioles, e nas proximidades tinha o Porto interno da cidade que era um destino turístico popular com restaurantes e lojas. E para piorar, no dia do incêndio acontecia uma partida importante para os fãs de beisebol, que contava com aproximadamente 5.000 fãs e mais 2.000 funcionários no Oriole Park. Enquanto os bombeiros se dirigiam ao local do incidente, era possível ver colunas de fumaça à deriva em direção ao estádio.
Importante ressaltar que mesmo com toda dimensão e extensão do túnel, alguns Baltimoreanos não sabiam de sua existência, inclusive o Prefeito da cidade Martin O’Malley, que ao ser informado do ocorrido ficou surpreso não só pela gravidade da situação, mas por não ser do seu conhecimento a existência do túnel na cidade.
Uma postura super admirável foi a interação e confiança mútua entre o corpo de bombeiros e o Departamento de Maryland do Meio Ambiente (MDE), que mesmo antes de ser acionado em um pedido de ajuda, já se dirigiram ao local e ficaram à disposição do comandante do corpo de bombeiros para atuar caso fosse necessário. A situação do incidente trazia muitos desafios pela pouca informação que se tinha, e pelo fato dos que avançaram por um pequeno caminho do túnel relatarem que era como andar em um forno e que a fumaça era tão espessa que não era possível sequer ver a mão na frente do seu rosto. Só foi possível se ter uma clareza do que se estava lidando, quando dois químicos que foram convocados para o incidente pela equipe do MDE, conseguiram emitir um relatório informando que a explosão catastrófica era improvável, e quando os funcionários do departamento de materiais perigosos começaram a testar o ar para presença de substâncias tóxicas perto do túnel e na cidade vizinha de Camden Yards. Os dois químicos convocados trabalhavam para empresas que eram membros do Plano Industrial de ajuda mútua do Sul de Baltimore (SBIMAP), que era um consórcio de empresas privadas que fabricavam, transportavam, ou armazenavam produtos químicos, e órgãos ambientais e de emergência pública, que foi criada em 1982 para lidar com o tipo de emergência química que estava sendo enfrentada pela cidade de Baltimore.
Infelizmente somente durante esse incidente foi possível observar que o plano de emergência da cidade não era satisfatório. Pois não determinava quem assumiria o comando em situações de emergência, não contemplava as ações em casos de acidente/incidente envolvendo carga química e também não deixava claro onde a liderança da cidade deveria se reunir para fazer uma administração de emergência. Paralelo a isso, a cidade contava com um Centro de operações emergências (EOC) que “ninguém” sabia onde ficava, e segundo McKoy (diretor do escritório de gerenciamento de emergências) foi moderadamente utilizado mais para simulações do que para emergências da vida real. 
Observando o incidente e as ferramentas disponíveis para atuação, é possível destacar a grande importância da administração em termos de segurança do trabalho. Um plano de ação emergencial não só deve conter todas as informações considerando todos os cenários e todas as probabilidades, como é de suma importância que as informações contidas nele sejam apresentadas aos profissionais capacitados ligados diretamente ao combate e atuação nessas situações emergenciais. A gestão do plano emergencial envolve também a definição da cadeia de profissionais que atuarão na ocorrência, o fluxograma das ações, os locais disponíveis para atendimento emergencial, os contatos telefônicos e o ponto de encontro para as tratativas, e devem estar expostos de forma organizada e de fácil entendimento para que o combate seja feito com qualidade e no menor tempo possível.
 A importância da gestão de riscos nesse incidente e em todos relacionados à segurança do trabalho, não somente possibilita a tomada de ações corretivas com mais rapidez pós uma ocorrência. Ela exige a elaboração de uma análise preliminar dos riscos de forma a gerir ações preventivas à serem executadas com o objetivo de mitigar os riscos e torna o ambiente mais seguro.
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