@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700); Eletroconvulsoterapia (ECT)A ECT começou a ser utilizada na década de 30, quando os neuropsiquiatras italianos Ugo Cerletti e Lucio Bini iniciaram pesquisas induzindo convulsões com eletricidade. Em 1938, Cerletti realizou a primeira terapia convulsiva induzida eletricamente, com finalidade terapêutica. Na época, descobriu-se que o tratamento reduz o risco de suicídio quase à zero. É por isso que a ECT tornou-se um dos principais métodos de tratamento da esquizofrenia e transtornos do humor.IndicaçõesOs quadros depressivos são os que melhor respondem à ECT. Todos os subtipos de depressão podem se beneficiar, como refratária, unipolar, bipolar, catatônica, associada a transtorno de personalidade ou a outra doença orgânica.De maneira geral, tem indicação como primeiro tratamento nos quadros de:\u2013 Risco iminente de suicídio;\u2013 Desnutrição que põe em risco a vida do paciente;\u2013 Presença de sintomas catatônicos;\u2013 Presença de sintomas psicóticos graves;\u2013 Situações nas quais outros tratamentos são mais arriscados devido aos efeitos colaterais, como, por exemplo, em pacientes idosos, durante a gestação e amamentação;\u2013 Mania e seus subtipos, esquizofrenia e outras psicoses funcionais resistentes ao uso de antipsicóticos, epilepsia refratária e transtornos mentais em epilépticos, síndrome neuroléptica maligna e doença de Parkinson (há melhora dos sintomas extrapiramidais e depressivos).AplicaçãoGeralmente são realizadas duas a três sessões por semana, até que haja uma melhora do quadro. Em média, são necessárias de 6 a 12 sessões, sendo que o número exato de aplicações é definido pelo psiquiatra. O tratamento é feito em ambiente hospitalar, com anestesia geral rápida (sedação), que dura de 5 a 10 minutos. Não há nenhum desconforto ou dor, e o paciente tem alta no mesmo dia.Exames pré ECTHemograma Completo, dosagem sódio e potássio sérico, glicemia, uréia, creatinina, TSH, TP/TTPA/TGO/TGP/FA/GT.Tomografia ou RNM de Crânio (06 meses de validade)Raio-X de Tórax P.A e perfilEletrocardiograma \u2013 (ECG)Avaliação clínica pré-anestésica para ECTAvaliação OdontológicaDepoimento de uma paciente portadora de depressão que fez uso da ECT (relato extraído do site http://www.empsiquiatria.com/tratamentos/eletroconvulsoterapia-ect/tratando-a-depressao-com-eletroconvulsoterapia/):\u201cHá mais de cinco anos eu não sabia mais o que era um sorriso, uma gargalhada.Só pensava em suicídio. A angústia, a ansiedade não deixavam nem que eu fizesse a comida.O corpo só pedia cama.No primeiro ano de doença passei por vários psiquiatras\u2026 Depois fiquei com uma.Minha psiquiatra já tinha passado tanto tipo de remédio pra mim\u2026. nada servia\u2026Minhas filhas diziam que toda hora eu perguntava a mesma coisa a elas. Eu chegava a ligar pra elas pra perguntar se aquela doença era um castigo pelo que eu tinha feito a fulano ou a beltrano\u2026 Elas diziam que eu não tinha feito nada daquilo de que eu me achava culpada, mas eu achava que eu tinha culpa por tudo\u2026Não tinha mais paciência de ver novela, nem as missas, nem nada! Ficava com a televisão ligada na Canção Nova, mas parecia que eu estava paralisada\u2026 fora de mim.Tinha horas que eu só pensava em sair de casa e me jogar na frente de um carro!Não tinha vontade mais de cuidar do meu cabelo, de fazer uma unha\u2026 só de ficar deitada chorando\u2026 outros dias de ficar andando pela casa com dor no corpo todo\u2026Cheguei a fazer Estimulação Magnética, mas também não serviu\u2026Depois que fiz a ECT com a Dra Glaise minha alegria voltou! Voltei a fazer as coisas em casa, a sair pro shopping, a brincar com minha neta\u2026 voltei a dar as gargalhadas gostosas de antes\u2026Depois do ECT estou como antes da depressão.\u201dClarice* é nome fictício para proteger a real identidade da paciente que gentilmente nos forneceu este depoimento.Clarice tinha 60 anos quando fez ECT, e mais de 5 anos de depressão.Passados 2 anos do ECT, Clarice prossegue vivendo muito bem.Referências:http://www.ect.org.br/indicacoes_ect.phphttp://www.empsiquiatria.com/tratamentos/eletroconvulsoterapia-ect/tratando-a-depressao-com-eletroconvulsoterapia/http://www.ipan.med.br/duvidas-frequentes-eletroconvulsoterapia/
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