Glândulas Salivares

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Glândulas 
Salivares 
➻São originadas de cordões do         
epitélio oral primitivo com origem         
ectoderma. 
➻Glândulas exócrinas, ou seja,       
produzem secreções e as excretam         
em uma cavidade externa ou interna           
do organismo, como nos diversos         
órgãos do corpo. Não sendo         
secretadas no sangue. No caso das           
glândulas salivares sua secreção é         
realizada na cavidade oral. 
➻Na cavidade oral podem ser         
distinguidas como: 
Glândulas salivares maiores  
Parótida: ​sua formação tem início         
por volta da 4° e 6° semana             
embrionária. Localizada   
anteriormente em relação ao meato         
auditivo externo, um pouco abaixo         
do arco zigomático, e lateral e           
posteriormente em relação ao ramo         
da mandíbula e ao m. masseter.           
Suprida pela a. carótida externa,         
veia maxilar e n. facial. Seu ducto             
denomina-se ​ducto de stenon​ e que  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
se abre na cavidade oral, na altura             
do 2° molar superior, após         
atravessar o masseter. Possui       
secreção, basicamente, serosa,     
sendo então mais proteica. (secreta         
25% da saliva total produzida por           
dia) 
Submandibular: ​sua formação tem       
início na 6° semana do         
desenvolvimento embrionário.   
Glândula seromucosa, ou seja, uma         
glândula mista em que sua porção           
serosa se sobrepõe à mucosa, mais           
rica em carboidratos. Localizada na         
região submandibular. Seu     
suprimento é realizado pela a.         
lingual, por veias que seguem o           
mesmo trajeto arterial e pelo         
gânglio submandibular. Seu ducto       
denomina-se ​ducto de wharton e         
desemboca em uma região       
denominada carúnculas sublinguais,     
próxima a face lingual dos dentes           
mandibulares. (secreta 70% da       
saliva total produzida por dia) 
Sublingual: ​desenvolve-se junto com       
as glândulas salivares menores,       
entre a 8° e a 12° semana de               
desenvolvimento. Localizada na     
mucosa do assoalho da boca, sobre           
o músculo milo hióideo. Possuem         
vários ductos, denominados ​ducto       
de bartholin​, que desembocam       
próximos à desembocadura do       
ducto de Wharton. Sua secreção é           
predominantemente mucosa e seu       
suprimento é realizado pelas aa.         
sublingual e submental, sendo que o           
retorno venoso acompanha o trajeto         
similar, e sua inervação é realizada           
pelos ramos do n. lingual. (secreta           
5% da saliva total produzida por dia) 
Glândulas salivares menores 
Distribuídas em várias regiões da         
cavidade oral, como na língua,         
palato mole entre outras, exceto na           
gengiva mais inserida e na porção           
mais anterior do palato duro. 
Possuem ácinos mucosos, exceto as         
glândulas presentes na língua,       
denominadas ​glândulas de Von       
Ebner​, que possuem ácinos serosos. 
Mucocele é um exemplo de         
alteração do fenômeno de  
extravasamento de muco que pode         
ocorrer no lábio inferior. 
➻Sua unidade morfofuncional é       
denominada adenômero, cada um       
possui: 
Um ácino: responsáveis pela maior         
parte da produção salivar, afetados         
em casos de pacientes que realizam           
radioterapia de cabeça e pescoço,         
ocasionando na redução do fluxo         
salivar, provocando xerostomia. 
Um conjunto de ductos: que são           
divididos em ​ducto intercalar​,       
primeira e menor porção do ducto           
que sai do ácino, responsável pela           
secreção de lisozima, responsáveis       
pela degradação da parede celular         
de bactérias gram positivas e, em           
menor extensão, gram negativas, e         
lactoferrina, que age no transporte         
das moléculas de ferro sem a           
formação de radicais livres, além de           
ser constituído por uma camada         
simples de células cúbicas baixas.         
Ducto estriado​, é a segunda porção           
do ducto, constituído por células         
colunares maiores, que apresentam       
seu citoplasma acidófilo e possuem         
estriações em sua região basal,         
porém ainda possuem apenas uma         
ou duas camadas de células. Sua           
função é realizar a reabsorção de           
sódio e cloro e secretar potássio e             
íons bicarbonato (principal sistema       
tampão da saliva), dando       
característica hipotônica à saliva.       
Ducto excretor​. classificado como       
tecido epitelial pseudoestratificado,     
porém possui uma modificação       
gradativa para epitélio estratificado       
conforme se aproxima da mucosa,         
apresenta células caliciformes     
responsáveis pela secreção dos       
componentes com cálcio que altera         
a composição salivar, é o maior           
ducto. 
Circundado por uma ​célula       
mioepitelial​, histologicamente   
difíceis de visualizar, recobrem os         
ácinos e o início do ducto, além de               
possuir ​funções musculares​, devido  
 
 
 
 
a presença dos seus filamentos de           
actina, como a ​contração do ácino           
para que a saliva seja expulsa para             
os ductos. 
 
➻Estroma glandular: responsável     
pela sustentação dos elementos       
parenquimatosos das glândulas     
salivares, são os mesmos       
encontrados nos tecidos conjuntivos       
do tipo frouxo presente no         
organismo, rico em vasos       
sanguíneos (arteríolas e vênulas),       
linfáticos e nervos (possui       
estimulação simpática e     
parassimpática), que realizam o       
suprimento da glândula. 
 
➻Saliva: é a secreção de todas as glândulas salivares com outros elementos                       
provenientes da mucosa oral. Sua produção varia entre ½ e 1 litro por dia,                           
sendo 85% dessa produção realizada pelas glândulas maiores. Possui certa                   
viscosidade, em geral com pH levemente ácido, 6,85. Seus componentes são                     
99% água e 1% constituído por íons, tampão, anticorpos (IgA), enzimas como a                         
lactoferrina, as lisozimas e amilase salivar (responsável pela digestão                 
parcial/inicial do amido), restos epiteliais, fluido gengival, sangue, bactérias,                 
vírus e outros microrganismos como Candida sp. 
A secreção salivar é considerada menor durante o sono, mas a diminuição do                         
seu fluxo também pode ser ocasionado por patologias gerais ou locais,                     
resultando em xerostomia, que dependendo da intensidade pode ocasionar                 
infecções, cárie e doença periodontal.