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1.4 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS Os materiais sólidos foram agrupados convenientemente em três categorias básicas: metais, cerâmicas e polímeros, esse esquema está baseado principalmente na composição química c na estrutura atômica, a maioria dos materiais se enquadra em um ou outro grupo distinto. Adicionalmente, existem os compósitos, que são "engenheiradas" de dois ou mais materiais diferentes. Uma explicação de acordo com as classificações de materiais e das suas características representativas será conforme a seguir. Outra categoria é a dos materiais avançados - aqueles que são usados em aplicações de alta tecnologia, como por exemplo os semicondutores, os biomateriais, os materiais inteligentes C os materiais "nano-engenheirados"; CSSCS discutidos na Seção 1.5. Metais Os materiais nesse grupo são compostos por um ou mais elementos metálicos (tais como ferro, alumínio, cobre, titânio, ouro e níquel), e com frequência também por elementos não metálicos (por Introdução, carbono, nitrogênio e oxigênio) em quantidades pequenas relativamente 'Os átomos nos metais e nas suas ligas estão arranjados em uma maneira muito ordenada (como discutido no Capítulo 3) e, em comparação às cerâmicas e aos polímeros são relativamente densos (Figura 1.3). Em relação às características mecânicas, esses materiais são rígidos (Figura 1.4) e resistentes (Figura 1.5), e ainda assim são dúcteis (isto é, são capazes de grandes quantidades de deformações sem sofrer fratura), e são resistentes à fratura (Figura 1.6), o que é responsável pelo seu amplo uso em aplicações estruturais. Os materiais metálicos possuem grande número de elétrons não localizados; isto é, esses elétrons não estão ligados a nenhum átomo em particular. Muitas das propriedades dos metais podem ser atribuídas diretamente a esses elétrons. Por exemplo, os metais são condutores de eletricidade (Figura 1.7) e de calor extremamente bons e não são transparentes à luz visível; uma superfície metálica polida possui uma mudança brilhosa. Além disso, alguns metais (por exemplo, Fe, Co e Ni) possuem propriedades magnéticas desejáveis. Cerâmicas As cerâmicas são compostos formados entre elementos metálicos e não metálicos; na maioria das vezes, são óxidos, nitretos e carbetos. Por exemplo, alguns materiais cerâmicos comuns incluem o 6xido de alumínio (ou alumina, Al2O3), o dióxido de silício (ou sílica, SiO2), O carbeto de silício (SiC), o nitreto de silício (Si3N4) e, ainda, o que alguns referem-se como as cerâmicas tradicionais -aqueles materiais compostos por minerais argilosos (isto é, a porcelana), assim como o cimento e o vidro. Em relação ao comportamento mecânico, os materiais cerâmicos são relativamente rígidos e resistentes- os valores de rigidez e de resistência são comparáveis aos metais (Figuras 1.4 c 1.5). Adicionalmente, as cerâmicas são mantidas muito duras. Historicamente, as cerâmicas sempre exibiram extrema fragilidade (ausência de ductilidade) e são altamente suscetíveis à fratura (Figura 1.6). Entretanto, novas cerâmicas estão sendo "engenheiradas" para apresentar uma melhor resistência à fratura; Esses materiais são usados como objetos de cozinha, cutelaria e até mesmo peças de motores de automóveis. Além disso, os materiais cerâmicos são isolados isolantes à passagem de calor e eletricidade (isto é, possuem baixas condutividades elétricas, figura 1.7) e são mais resistentes a temperaturas elevadas e a ambientes severos que os metais e os polímeros. Em relação às suas características ópticas, as cerâmicas podem ser transparentes, translúcidas ou opacas (Figura 1.2), e alguns dos óxidos cerâmicos (por exemplo, Fe, O.). Exibem comportamento magnético. Vários objetos cerâmicos são comuns na Figura 1.9. As características, os tipos e as aplicações dessa classe de materiais serão discutidos nos Capítulos 12 e 13. Polímeros Os polímeros incluem os familiares materiais plásticos e de borracha. Muitos deles são compostos orgânicos que têm sua química buscada no carbono, no hidrogênio e em outros elementos não metálicos (por exemplo, O, Ne Si). Além disso, eles têm estruturas moleculares muito grandes, com frequência na forma de cadeias, que frequentemente possuem uma estrutura composta por átomos de carbono. Alguns dos polímeros comuns e familiares são o polietileno (PE), náilon, cloreto de polivinila (PVC), policarbonato (PC), poliestireno (PS) e borracha silicone. Tipicamente, esses materiais possuem baixas massas específicas (Figura 1.3), enquanto suas características mecânicas são, em geral, diferentes das características pelos materiais metálicos e cerâmicos - eles não são tão rígidos nem tão resistentes quanto esses outros tipos de materiais (Figuras 1.4 e 1.5). Entretanto, cm função das suas densidades reduzidas, muitas vezes as suas rigidez e resistência em relação à sua massa são comparáveis às dos metais e das cerâmicas. Adicionalmente, muitos dos polímeros são extremamente dúcteis e flexíveis (isto é, plásticos), o que significa que são facilmente conformados em formas complexas. Em geral, quimicamente eles são relativamente inertes, não reagindo em um grande número de ambientes. Uma das maiores desvantagens dos polímeros é sua tendência em amolecer e / ou decompor em determinadas modestas, o que, em algumas situações, limita seu uso. Adicionalmente, eles possuem baixas condutividades elétricas (Figura 1.7) e não são magnéticos. A Figura 1.10 mostra vários artigos feitos de polímeros, que são familiares ao leitor. Os Capítulo 14 e 15 estão dedicados a discussões sobre estruturas, propriedades, aplicações e processamento de materiais poliméricos. Compósitos Um composto é composto por dois (ou mais) materiais individuais, os quais se enquadram nas categorias discutidas anteriormente - metais, cerâmicas e polímeros. O objetivo de projeto de um compósito é atingir uma combinação de propriedades que não é exibida por qualquer material isolado e, também, incorporar as melhores características de cada um dos materiais que o compõe. Existe um grande número de tipos de compósitos, que são escolhidos por diferentes modelos de metais, cerâmicas e polímeros adicionais, alguns materiais de ocorrência natural também são compósitos - por exemplo, a madeira e o osso. Entretanto, a maioria dos compósitos que considera ramos em nossos fatores são sintéticos (ou feitos pelo homem). Um dos compósitos mais comuns e familiares é aquele com fibra de vidro, sem quais fibras de vidro são encerradas dentro de um material polimérico (normalmente um epóxi ou um poliéster). As fibras de vidro são relativamente resistentes e rígidas (mas também são frágeis), enquanto o polímero é mais flexível. Dessa forma, o composto de fibra de vidro resultante é relativo- mente rígido, resistente (Figuras 1.4 e 1.5) e flexível. Além disso, possui baixa massa especifica (Figura 1.3). Outro material tecnologicamente importante é o compósito de polímero reforçado com fibras de carbono (ou "PRFC") - sem fibras de carbono são colocadas no interior de um polímero. Esses materiais são mais rígidos e mais resistentes que os materiais reforçados com fibras de vidro (Figuras 1.4 e 1.5); no entanto, são mais caros. Os compósitos de PRFC são usados cm algumas aeronaves e em aplicações aeroespaciais, assim como em equipamentos e esportivos de alta tecnologia (por exemplo, bicicletas, tacos de golfe, raquetes de tênis, esquis e pranchas de snowboards) e recentemente em para-choques de automóveis A fuselagem do novo Boeing 787 é feita principal- mente com esses compósitos de PRFC. O Capítulo 16 está dedicado a uma discussão desses interessantes materiais compósitos.
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