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Pesquisa Experimental
Metodologia do Trabalho Científico
Prof.: Bruno Carrasco
Etapas da Pesquisa Experimental
O planejamento da pesquisa experimental implica no desenvolvimento de uma 
série de passos que envolvem:
● Formulação do problema;
● Construção das hipóteses;
● Operacionalização das variáveis;
● Definição do plano experimental;
● Determinação dos sujeitos;
● Determinação do ambiente;
● Coleta de dados;
● Análise e interpretação dos dados;
● Apresentação das conclusões.
1. Formulação do Problema
Como toda pesquisa, a experimental inicia-se com algum tipo de problema ou 
indagação. Mais que qualquer outra, a pesquisa experimental exige que o 
problema seja colocado de maneira clara, precisa e objetiva. As recomendações 
acerca da formulação do problema, assumem, pois, importância muito maior no 
caso das pesquisas experimentais.
2. Construção das Hipóteses
As hipóteses referem-se ao estabelecimento de relações causais entre variáveis. 
Sugere-se que essas relações sejam definidas pela fórmula "se... então".
Exemplo: "Se um professor elogia um aluno por estar indo bem na leitura, então 
sua produtividade aumenta."
Como a pesquisa experimental se caracteriza pela clareza, precisão e parcimônia, 
frequentemente envolve uma única hipótese. Esta, por sua vez, tende a 
confundir-se com o próprio problema. O que varia é a forma: interrogativa no 
problema e afirmativa na hipótese.
3. Operacionalização das variáveis
As variáveis contidas nas hipóteses de uma pesquisa experimental devem 
possibilitar o esclarecimento do que se pretende investigar, bem como sua 
comunicação de forma não ambígua.
Isso pode ser obtido mediante a definição operacional, cujos procedimentos foram 
esclarecidos no capítulo anterior. Na pesquisa experimental, a operacionalização 
das variáveis exige que se considerem as condições de mensuração, sobretudo 
para que possam ser selecionados os instrumentos apropriados.
4. Definição do Plano Experimental
Um experimento é uma pesquisa em que se manipulam uma ou mais variáveis 
independentes e os sujeitos são designados aleatoriamente a grupos 
experimentais.
Com base no número de variáveis e na forma de designação dos sujeitos, podem 
ser definidos diversos planos experimentais. Serão aqui considerados os dois 
planos básicos: plano de uma única variável independente e plano fatorial.
Esse plano implica a manipulação de uma única variável independente. Vamos 
supor uma pesquisa que tenha por hipótese: "professores que utilizam técnicas de 
trabalho em grupo tendem a ser avaliados de forma mais positiva por seus alunos".
Para que o experimento possa ser realizado, toma-se necessário manipular a 
variável independente, no caso a "utilização de técnicas de trabalho em grupo". 
Nesse caso, a variável independente poderia ser manipulada pela utilização de 
técnicas de trabalho em grupo por parte dos professores.
Podemos estabelecer alguns professores para utilizar as técnicas de trabalho 
em grupo durante as aulas e outros professores não as utilizassem.
Plano de uma única variável
Nesse caso são estabelecidas apenas duas situações: utilizam e não utilizam 
técnicas de trabalho em grupo. Porém, pode haver um número maior de situações.
Para esse mesmo experimento, poderiam ser estabelecidas três condições.
Planos fatoriais
O modelo clássico de pesquisa experimental envolve uma variável independente 
e duas condições experimentais. Porém, o número de condições experimentais 
pode ser ampliado para três ou mais, mas mesmo assim o experimento continua a 
ser de uma única variável (“técnicas de grupo”).
É possível, no entanto, introduzir mais de uma variável independente no 
experimento. Quando isso ocorre, tem-se um plano do tipo fatorial. Este consiste, 
basicamente, em utilizar duas, ou três, ou mais variáveis independentes, 
simultaneamente, para estudar seus efeitos conjuntos ou separados em uma 
variável dependente. Com isso torna-se possível testar hipóteses mais complexas 
e elaborar teorias mais abrangentes.
Exemplo de plano fatorial
Exemplo: admite-se a hipótese de que a avaliação do professor pelos alunos tem 
a ver com a metodologia utilizada. Porém, também há motivos para admitir que a 
avaliação do professor é influenciada pelo conteúdo da disciplina. Assim, é 
possível definir um plano para a verificação experimental de cada uma dessas 
hipóteses.
Para o teste da primeira hipótese faz-se variar a metodologia de ensino mediante 
a constituição de dois grupos: o dos professores que utilizam técnicas de grupo e 
o dos que utilizam técnicas expositivas. Para o teste da segunda hipótese faz-se 
variar o conteúdo da disciplina: afetivo ou cognitivo.
Plano fatorial
Cada um desses experimentos pode ser feito separadamente. Contudo, torna-se 
mais interessante estudar simultaneamente os efeitos das técnicas e do 
conteúdo das matérias sobre a avaliação dos professores.
Para tanto, elabora-se o modelo indicado no quadro 7.5, baseado em Kerlinger 
(1980), que permite três testes num único experimento:
● O primeiro avalia os professores que utilizam técnicas de grupo ou exposição;
● O segundo avalia o professor considerando o conteúdo afetivo ou cognitivo 
da matéria;
● O terceiro, por fim, avalia a interação, o trabalho mútuo das duas variáveis 
independentes em seu efeito conjunto sobre a variável dependente.
Definição de escala para avaliação
O entendimento desse plano ficará facilitado se forem definidos alguns resultados 
fictícios. Imagine-se que os professores tenham sido avaliados numa escala de 10 
pontos, com 10 indicando a atitude mais positiva possível e 1 a mais negativa. 
Considerem-se, agora, quatro possibilidades distintas de resultados, como indica o 
quadro 7.6.
Avaliação das respostas
Os dados contidos em (I) indicam que os professores que utilizam 
predominantemente trabalho em grupo recebem avaliação mais positiva em 
relação àqueles que utilizam a exposição. As médias referentes ao conteúdo das 
disciplinas, obviamente, não se alteram (5 e 5).
Os dados contidos em (II) indicam diferença grande entre o conteúdo afetivo e 
cognitivo (as médias são 7 e 3) e nenhuma diferença entre a aplicação de trabalhos 
de grupo e exposição.
Avaliação das respostas
Os dados contidos em (III) indicam que a avaliação de professores que utilizam 
trabalhos de grupo e exposição apresentam diferenças significativas unicamente 
em disciplinas de conteúdo afetivo (7 e 3). Nenhuma diferença é observada nessa 
avaliação quando o conteúdo da disciplina é de natureza cognitiva (5 e 5).
Por fim, os dados em (IV) indicam que a avaliação dos professores em função da 
metodologia adotada varia significativamente com disciplinas de conteúdo afetivo 
ou cognitivo, mas em direções opostas. A avaliação dos professores que utilizam 
trabalhos de grupo é positiva em disciplinas de conteúdo afetivo; todavia, a 
avaliação dos professores que se valem da exposição é mais positiva em 
disciplinas de conteúdo cognitivo.
Para realizar um experimento é necessário selecionar sujeitos. A pesquisa tem por 
objetivo generalizar os resultados obtidos para a população da qual os sujeitos 
pesquisados constituem uma amostra. População significa o número total de 
elementos de uma classe.
No planejamento de um experimento, é necessário determinar com grande 
precisão a população a ser estudada. Para isso devem ser consideradas as 
características que são relevantes para a clara e precisa definição da população. 
Por exemplo, ao se referir a uma população de pessoas, convém que se 
especifique o sexo, a idade, a instrução e o nível socioeconômico.
5. Determinação dos sujeitos
Muitas vezes as populações que se pretende estudar são tão amplas que é 
impraticável considerá-las em sua totalidade. Isso significa que o pesquisador deve 
escolher alguns sujeitos e estudá-los. Para que essa escolha seja adequada, o 
experimentador deverá utilizar a técnica da randomização, que objetiva 
proporcionar a cada um dos sujeitos igual chance deser escolhido.
Por exemplo, quando se deseja uma amostra de uma empresa que tenha 700 
empregados, pode-se sortear alguns nomes com base numa listagem de catálogo 
dos empregados. É preciso também estabelecer um percentagem, que servirá de 
amostra para o grupo geral, por exemplo: 10%.
Delimitação da quantidade de sujeitos de pesquisa
Divisão de grupos
Após a amostra ser determinada, será necessário dividir na quantidade de grupos 
a serem utilizados no experimento. Os grupos devem ser estabelecidos de 
maneira aleatória.
Por exemplo, se forem dois os grupos, pode-se utilizar o lançamento de moeda 
com essa finalidade. Assim, considera-se o primeiro sujeito e lança-se uma moeda; 
se sair cara, o sujeito será colocado no grupo um, e se sair coroa, no grupo dois. 
Procede-se de modo semelhante até que se tenha o número suficiente de 
indivíduos designados para o grupo um. Os demais serão indicados para o grupo 
dois.
Designação de sujeitos para cada grupo
Em experimentos onde que há um grupo experimental e outro de controle, é 
possível designar os sujeitos pela técnica do par igualado. Para cada sujeito do 
grupo experimental é encontrado outro semelhante nas variáveis relevantes (sexo, 
idade, religião, escolaridade etc.) e colocado no grupo de controle. Porém essa 
forma de estabelecer os grupos nem sempre se mostra viável.
A designação de sujeitos pelo critério de randomização é importante para se 
experimentar com grupos de iguais condições. Quando se dispõem os grupos 
olhando para cada sujeito e dizendo: 'Você vai para o grupo tal", é possível que 
haja um grupo mais hábil do que o outro, podemos acabar selecionando os mais 
aptos para o grupo experimental.
6. Determinação do ambiente
Os sujeitos de um experimento desenvolvem suas ações em determinado 
ambiente. Esse ambiente deverá, portanto, proporcionar as condições para que 
se possa manipular a variável independente e verificar seus efeitos nos sujeitos.
Seja, por exemplo, o caso de um experimento que tenha por objetivo testar a 
influência das condições de iluminação sobre a produtividade. Para tanto será 
necessário que o ambiente possibilite variar as condições de iluminação, bem 
como verificar a produtividade dos indivíduos.
Pesquisas em laboratório ou em campo
As pesquisas experimentais podem ter como ambiente o laboratório ou o campo.
Quando é realizada em laboratório, a possibilidade de controle das variáveis é 
bem maior, já que o ambiente pode ser preparado de forma que permita a 
maximização do efeito das variáveis independentes sobre a dependente.
Nos experimentos de campo, o controle das variáveis é bastante reduzido, tanto 
por constituir empreendimento custoso quanto por poder artificializar situações 
que se desejam naturais.
Cuidados para a realização de uma pesquisa
Para que o ambiente se torne o mais adequado para a realização da pesquisa, 
uma série de cuidados devem ser tomados. É preciso, primeiramente, assegurar 
que o fenômeno ocorra numa forma suficientemente pura ou notável para que se 
torne possível a pesquisa. Isso exige um apreciável conhecimento do ambiente.
É preciso garantir que o pesquisador disponha de condições para dispor o 
ambiente de forma adequada. Imagine se uma pesquisa desenvolvida numa 
fábrica, com o objetivo de estudar conflitos no trabalho, que envolve a observação 
dos empregados no trabalho, a realização de entrevistas, bem como a análise de 
relatórios da empresa. Para que a pesquisa seja bem desenvolvida, é preciso ter, 
antecipadamente, a garantia de que o pesquisador não terá limitações em seu 
trabalho de coleta de dados.
7. Coleta de dados
A coleta de dados na pesquisa experimental é feita mediante a manipulação de 
certas condições e a observação dos efeitos produzidos. Na pesquisa 
psicológica, o experimento geralmente envolve a apresentação de um estímulo e 
o registro de sua resposta.
Essas duas funções podem ser efetuadas pelo pesquisador das mais diversas 
maneiras. A mais simples consiste na emissão de alguma mensagem oral ou 
visual a um grupo de sujeitos e no registro de seu comportamento mediante 
anotações em folhas próprias. Contudo, com frequência cada vez maior, a 
pesquisa experimental pode utilizar de recursos mecânicos, elétricos ou 
eletrônicos.
8. Análise e interpretação dos dados
Na pesquisa experimental geralmente se utiliza a análise estatística para a 
verificação e interpretação dos dados.
O desenvolvimento das técnicas estatísticas tem sido notável e sua aplicabilidade 
na pesquisa experimental tão adequada que não se pode hoje deixar de utilizá-las 
no processo de análise dos dados.
Análise da diferença entre as médias
O procedimento básico adotado na análise estatística nas pesquisas experimentais 
consiste no teste da diferença entre as médias. Suponha-se, por exemplo, que um 
plano de dois grupos seja usado e que a média obtida com o grupo experimental 
seja 21,0 e a média para o grupo de controle, 18,8.
Com isso conclui-se que a média do grupo experimental é superior à do grupo de 
controle. Se houver uma quantidade de informações limitada, não será possível 
garantir essa conclusão, não será possível avaliar se a diferença entre as duas 
médias é significativa. Por isso é necessário utilizar um teste estatístico que indique 
se a diferença entre as médias dos dois grupos é significativa.
9. Apresentação das conclusões
A apresentação das conclusões de uma pesquisa experimental não é muito 
diferente da conclusão de um trabalho de pesquisa bibliográfico.
O relatório da pesquisa experimental deve deixar claro em que medida suas 
conclusões derivam exclusivamente da vinculação dos dados empiricamente 
coletados com as hipóteses, ou se também levam em consideração dados 
obtidos de outros estudos.
É importante também reconhecer a extensão e os limites das conclusões 
alcançadas, se mantendo de acordo com o foi estudado.
Referência Bibliográfica
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 
2002.
Por: Bruno Carrasco
Professor de filosofia e psicologia, terapeuta, graduado em psicologia, licenciado 
em filosofia e em pedagogia, pós-graduado em ensino de filosofia e em psicologia 
existencial humanista e fenomenológica, pós-graduando em aconselhamento 
filosófico.
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ex-isto
Ex-isto é um projeto dedicado ao estudo e pesquisa sobre a existência, a 
subjetividade e seus possíveis desdobramentos, a partir da filosofia antiga e 
contemporânea, da psicologia, da história e das artes, iniciado no final de 2016.
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