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PROVAS NO PROCESSO CIVIL

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INTRODUÇÃO 
 Podemos considerar prova como meio pelo qual se procura demostrar que certos 
fatos expostos no processo, ocorreram conforme o descrito. Desta forma, ao julgar o 
mérito de determinada ação, o juiz examina o aspecto legal, ou seja, o direito e o 
aspecto fático. Assim, a interpretação do direito somente é possível mediante analise 
de uma situação fática ao conhecimento do juiz, ficando as partes sujeitas a 
demonstrar que se encontram em uma posição que permite a aplicação de uma 
determinada norma, ou seja, autor e réu é que produzem as provas de suas alegações. 
 Por outra margem, vale ressaltar que, na produção da prova os meios devem ser 
formalmente corretos, idôneos e adequados, caso ao contrário, as provas não serão 
validas e por fim não terão a consideração do mérito da ação. Por outro lado, 
excepcionalmente, pode haver antecipação de tais provas, conforme preconiza o art. 
381, CPC/2015, pelo que, nesse sentido, opera-se a antecipação de prova 
propriamente quando a parte não possui condições de aguardar o momento processual 
reservado à coleta dos elementos de convicção necessários à instrução da causa 
pendente ou por ajuizar. São hipóteses em que o litigante exerce a “pretensão à 
segurança da prova”, sem, contudo, antecipar o julgamento da pretensão de direito 
substancial (THEODORO JR., 2017, p. 1.157). 
 
OBJETO DA PROVA 
 A prova se apresenta como matéria probatória e servirá como meio de cognição 
do órgão jurisdicional do Estado (juiz), para julgar (sentença ou decisão) da melhor 
forma possível o pedido do autor. A matéria probatória forma-se por meio dos atos 
processuais e estrutura-se sob a forma de fatos processuais. As provas podem ser 
obtidas por meio de oitivas das partes, de testemunhas, juntada de documentos, 
juntada de conclusões técnicas levadas a termo por auxiliares da jurisdição (peritos), 
da constatação de fatos (inspeção) e de outras diligências realizadas para mostrar 
adequação do fato alegado e do direito que o obriga. 
 O objeto da prova são os fatos alegados pelas partes, relevantes, controvertidos e 
precisos para a solução da lide. O objeto será aquilo que o juiz examinará. O aspecto 
objetivo, é o conjunto dos meios produtores de certeza, ou seja, o conjunto dos meios 
utilizados para demonstrar a existência dos fatos relevantes para o processo, como por 
exemplo, os documentos, as testemunhas, pericia etc. Já sob o aspecto subjetivo, é a 
própria convicção que se forma no espírito do julgador a respeito da existência ou 
inexistência dos fatos alegados no processo (aparece a prova, assim como convicção 
formada no espírito do julgador em torno do fato demonstrado). 
DESTINATÁRIO 
O principal destinatário da prova é o juiz. 
“Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento das partes, determinar as provas 
necessárias ao julgamento do mérito.” (art. 370 Código Processo Civil). 
A parte, como o nome mesmo já diz, é parcial, já o juiz, ao contrário deve ser 
imparcial. Em conclusão, a finalidade da prova compreende-se no ônus probandi, ônus 
esse que não é atribuído ao juízo, ainda que este possa determinar de ofício, a 
realização de uma ou de outra prova. À parte incumbe o ônus do fato alegado; ao juízo 
incumbe a formação do livre convencimento, a respeito do fato e da prova. 
ÔNUS DA PROVA 
Como regra geral, ao atribuir valor de verdade a algo, recai sobre nós a tarefa de 
provar que esta alegação é verdadeira. Chama-se esta obrigação de o Ônus de Provar. É 
uma ferramenta essencial de análise, definindo que, quando uma pessoa faz uma 
afirmação, ela deve também ser capaz de oferecer argumentos, indícios e provas que a 
justifiquem. Cabe ao autor alegar os fatos constitutivos de seu direito, será seu o ônus de 
prová-los. E será do réu o de provar os fatos extintivos, impeditivos ou modificativos do 
direito do autor. 
 Há autores que dizem haver dois pontos de vista em relação ao ônus da prova, o 
subjetivo e o objetivo. Pelo ponto de vista subjetivo, o ônus constitui encargos entre as 
partes, cabendo a cada um provar os argumentos que fomentou para tentar convencer o 
juiz da sua veracidade. Sob esse prisma, as regras do ônus de provar são dirigidas as 
partes. A lei indica a cada uma das partes, de quem é o encargo de produzir determinada 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10700764/artigo-370-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73
prova. A parte a quem compete essa produção, já tem noção de que se não a fizer, 
sofrerá as consequências negativas do descumprimento do ônus de provar. 
 Há também de ser observado o aspecto objetivo, pelo quais as regras do ônus da 
prova não seriam dirigidas as partes, mas ao magistrado, para orientar o julgamento, não 
podendo se eximir de julgar alegando que não conseguiu formular o seu convencimento 
a respeito dos fatos que fundamentam o pedido e a defesa. Caso esteja em dúvida, deve 
determinar as provas que sejam necessárias para a apuração da lide. Pela concepção 
moderna, o juiz deve usar primeiro os poderes lhe conferidos pelo art. 130 do CPC, e 
somente nos casos que fique impossibilitado de chegar a verdade real, usar o dispositivo 
do art. 333 do referido diploma legal. 
Cabe ao juiz utilizando-se do impulso oficial determinar a complementação das 
provas produzidas quando estas forem insuficientes para o julgamento da demanda, isto 
para compensar a insuficiência das provas. Porém, se as provas complementares não 
forem o bastante resta ao juiz decidir com o que consta nos autos. 
Enfim, a regra é que as provas sejam propostas pelas partes. A iniciativa oficial 
deve ocorrer, apenas, quando necessária, e na maioria das vezes de forma supletiva, 
uma vez que o magistrado não pode com a iniciativa oficial querer suprir a iniciativa 
das partes. 
Caso o juiz ordene, de ofício, a produção de prova, deve justificar seu ato, 
indicando os motivos que o levaram a essa determinação. Isto porque, o juiz na direção 
do processo deve ser imparcial e garantir a igualdade de tratamento às partes. Pois, a 
cada prova produzida por uma das partes, cabe a parte contraria ser ouvida dando-lhe a 
oportunidade de contestar a prova. É a obediência ao princípio do contraditório. 
O Art. 333 do Código de Processo Civil institui as regras gerais de caráter 
genérico sobre a distribuição do encargo probatório às partes: 
“Art. 333. O ônus da prova incumbe: 
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; 
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do 
direito do autor. 
O princípio que norteia o procedimento probatório é o princípio da iniciativa das 
partes, visto que a indicação das provas é ato de iniciativa das partes interessadas na 
demonstração da verdade dos fatos articulados nos autos, no entanto, esta iniciativa não 
é exclusiva, pois concomitantemente se aplicam os princípios da autoridade e o da 
iniciativa oficial. O primeiro confere ao juiz o comando do processo (art. 125, CPC), 
que, por conseguinte é quem dirige a instrução probatória. O segundo se encontra em 
vários dispositivos do Código de Processo que preveem o impulso oficial em diversas 
situações. 
O instituto do ônus da prova possui três princípios prévios: 
-O juiz não pode deixar de proferir uma decisão; 
-As partes possuem a iniciativa da ação da prova, ou seja, possuem o encargo de 
produzir as provas para o julgamento do juiz; 
-O juiz deve decidir segundo o princípio da persuasão racional, ou seja, segundo o 
alegado e comprovado nos autos do processo e não somente segundo sua convicção 
pessoal. 
Percebemos que os incisos I e II do Art. 333 do CPC instituem o ônus da prova 
para autor e réu, respectivamente. Enquanto o parágrafo único do mesmo artigo institui 
regras para disposição entre as partes do ônus da prova. 
Cada parte, portanto, tem o ônus de provaros pressupostos fáticos do direito que 
pretenda seja aplicado pelo juiz na solução do litígio. 
Quando o réu contesta apenas negando o fato em que se baseia a pretensão do 
autor, todo o ônus probatório recai sobre este. Mesmo sem nenhuma iniciativa de prova, 
o réu ganhará a causa, se o autor não demonstrar a veracidade do fato constitutivo do 
seu pretenso direito. 
Por outro lado, de quem quer que seja o dever de provar, a prova, para ser eficaz, 
há de apresentar-se como completa e convincente a respeito do fato de que deriva o 
direito discutido no processo. Falta de prova e prova incompleta equivalem-se, na 
sistemática processual do ônus da prova. Em resumo o ônus “... significa o interesse da 
parte em produzir a prova que lhe traga consequências favoráveis”. 
É importante ressaltar que se a demanda versar sobre direitos disponíveis, o ônus 
da prova pode ser convencionado, isto é, pode ser alterado por vontade das partes. 
Porém, se tratar de direitos indisponíveis não pode ocorrer convenção, esses direitos não 
podem ser objetos de transação (art. 1035 do Código de Civil), tampouco a respeito 
destes direitos pode o instituto da revelia surtir efeitos (art. 320, II, CPC), nem é válida 
a confissão. 
O parágrafo único do mesmo Art. 333 do CPC permite as partes disporem o 
ônus da prova, exceto para direito indisponível de determinada parte, ou quando é 
excessivamente difícil a uma parte provar seu direito, cabendo, neste caso, a inversão do 
ônus da prova à parte contrária, caso essa tenha mais facilidade para provar ou repudiar 
determinada alegação. Nesse sentido, podemos citar o Art. 6º, VIII do Código de Defesa 
do Consumidor que permite a inversão do ônus da prova em benefício do consumidor 
“quando, a critério do juiz, por verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, 
segundo as regras ordinárias da experiência”. Percebemos, neste caso, que o objetivo 
que norteia o juiz é à busca de quem mais facilmente pode provar os fatos. 
Dessa forma, abre-se a possibilidade de o juiz inverter o ônus da prova, quando, 
segundo as regras de experiência, achar verossímil a alegação ou quando uma das partes 
for hipossuficiente em relação a outra, o que geralmente ocorre quando há conflito nas 
relações de consumo, entre a pessoa jurídica das empresas versus as pessoas físicas dos 
consumidores. Verifica-se, em verdade, que tal possibilidade só pode ocorrer em fase 
processual civil (dentro de um processo), pois cabe apenas ao juiz a decisão de inverter 
o ônus da prova. 
Existem 3 tipos de inversão de ônus da prova, que são: A inversão convencional, a 
legal (presunção e máximas de experiência e a inversão judicial.). 
Inversão Convencional: 
O art. 333, parágrafo único, permite que as partes, por convenção, modifiquem a 
distribuição do ônus da prova: 
Parágrafo único – É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da 
prova quando: 
I - recair sobre direito indisponível das partes; 
II - Tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. 
Fora essas duas hipóteses, a convenção sobre o ônus é permitida. Não o será 
quando o direito for indisponível, porque este não é sujeito à transação, nem à 
confissão, e a inversão do ônus da prova permitiria uma burla indireta a essas 
proibições. 
Também não se admite a convenção quando ela tornar excessivamente difícil a 
uma parte o exercício do direito. Sendo ele disponível, o interessado pode até renunciar 
ou sobre ele transigir. Mas não pode assumir o encargo de fazer uma prova muito 
difícil. 
Inversão legal – Presunção e máximas de experiência 
É aquela que decorre de uma presunção. As presunções não são meios de prova, 
mas formas de raciocínio pelas quais, por meio do conhecimento de um fato, infere-se a 
existência de outro, deduz-se de um fato conhecido e provado um outro, que se quer 
demonstrar. Existem as presunções legais e as judiciais ou simples. As primeiras são 
aquelas estabelecidas pelo próprio legislador. As simples, as que decorrem da 
observação sobre o que normalmente acontece. A presunção geralmente parte de um 
indício de prova. O indício é um sinal, um vestígio, que em regra nada prova, mas que, 
por meio das presunções, pode levar à convicção sobre a veracidade de uma 
determinada alegação. 
As presunções simples são baseadas em máximas de experiência. Segundo o art. 
335 do CPC, em falta de normas jurídicas particulares, o juiz aplicará as regras de 
experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e 
ainda as regras da experiência técnica, ressalvado, quanto a esta, o exame pericial. 
As máximas de experiência são conhecimentos adquiridos pelo juiz ao longo de 
sua vida e da experiência profissional e social. Estão fundadas no que normalmente 
acontece e tem caráter geral. Essas máximas devem ser aplicadas subsidiariamente, na 
falta de norma jurídica particular. 
O fato presumido não precisa ser comprovado por quem o alega. As presunções 
simples ou judiciais são aquelas que se situam no âmbito da valoração judicial. Elas 
decorrem da observação do que normalmente acontece. As legais são estabelecidas pelo 
próprio legislador. São diversas as hipóteses de presunção legal, sendo comumente 
usadas no campo da responsabilidade civil. 
Inversão judicial 
 Ocorre quando a lei autoriza o juiz, ao proferir o julgamento, alterar as regras 
legais de distribuição do ônus da prova. É o acontece no Código de Defesa do 
Consumidor, no art. 6º como mencionado anteriormente. Basta que um daqueles dois 
requisitos estejam presentes. 
 Haverá a inversão judicial, propriamente, quando o juiz considerar o consumidor 
hipossuficiente. A hipossuficiência que a que o código faz menção não é apenas 
econômica, mas em especial a de informações acerca dos produtos ou serviços. O juiz 
irá optar pela inversão sempre que verificar que a produção da prova seria difícil ao 
consumidor, por que depende de conhecimentos técnicos ou de informações que, 
normalmente, estão em poder do fornecedor. É ele que conhece o produto ou o serviço 
que foi posto no mercado, e seria difícil ao consumidor fazer prova, por exemplo, da 
causa ou origem de um defeito. Nesses casos, o juiz inverterá o ônus da prova. 
As provas podem ser destacadas de acordo com o objeto, sendo distinguidas entre 
diretas e indiretas, sendo as primeiras àquelas que possuem relação imediata com o fato, 
ou seja, que por si só já constituem uma ligação instantânea com o objeto controverso, 
diferente das provas indiretas, as quais consistem em fatos diversos do litígio, que, no 
entanto podem chegar a matéria litigiosa através de raciocínio e uma construção lógica. 
Como exemplo de prova direta, pode-se citar um recibo de quitação, uma prova 
documental cuja proximidade com o fato controverso é palpável. A prova indireta é, por 
exemplo, uma perícia sobre a qual exige do juiz raciocínio e interpretação para ligar a 
circunstância relacionada ao fato probante, através dos indícios observados. 
 A que se refere o sujeito da prova, esta pode ser pessoal, proveniente de uma 
declaração pessoal exercida por um sujeito do processo, podendo-se exemplificar a 
prova testemunhal. Outra forma é a prova real, estabelecida através de exames sobre 
coisas ou pessoas, tal qual a perícia. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
Por fim há como dividi-la em prova oral, tal qual depoimentos, ou prova escrita, 
documental. 
A convicção do juiz deve ser estabelecida segundo meios ou instrumentos 
reconhecidos conforme as provas juridicamente admissíveis. Mas não é função apenas 
do Código de Processo Civil a discriminação dos meios de prova. De acordo com o art. 
332, “todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não 
especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda 
a ação ou a defesa”. 
Os especificados pelo Estatuto Processual Civil foram os seguintes: 
I – depoimentopessoal (arts. 342-347); 
II – confissão (arts. 348-354); 
III – exibição de documento ou coisa (arts. 355-363); 
IV – prova documental (arts. 364-391); 
V – prova testemunhal (arts. 400-419); 
VI – prova pericial (arts. 420-439); 
VII – inspeção judicial (arts. 440-443). 
Depoimento Pessoal – Determinado de ofício ou a pedido da parte contrária, é o ato 
pelo qual as partes comparecem em juízo para serem ouvidas pelo juiz. Ressalvam-se o 
sigilo de certas profissões e a imputação de culpa sobre o depoente. 
 
Confissão – Admissão em juízo da verdade de um fato que beneficia a parte em 
contrário. Não se aplica em direito disponível, e pode ser aplicada pelo juiz no caso de 
negativa de depoimento da parte devidamente intimada para tal ato. 
 
Exibição de Documento ou Coisa – Ordem judicial emanada por juiz para que a parte 
exiba documento ou coisa sob sua guarda. 
 
Prova Documental – São todos os documentos que compõem o corpo probatório do 
processo, os quais devem acompanhar a inicial ou a contestação, podendo ser juntados 
aos autos após decorridos os prazos desses, somente quando se tratar de fato novo 
relativo à causa (fato já existente, cuja prova foi conseguida posteriormente). 
 
Prova Testemunhal – Consiste na apresentação de testemunhas para serem ouvidas em 
juízo (no prazo de até dez dias antes da audiência), para fim de complementação de 
prova anteriormente produzida, ou a ser produzida em audiência. 
 
Prova Pericial – São provas produzidas por meio de exame, vistoria ou avaliação 
efetivada por perito técnico, que pode ser acompanhado por assistentes nomeados pelas 
partes. 
 
Inspeção Judicial – Ato pelo qual o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, pode, 
em qualquer fase do processo, inspecionar pessoas ou coisas, a fim de se esclarecer fato 
que interesse à decisão da causa. 
PROVA ILÍCITA 
 As provas ilícitas são inadmissíveis segundo o próprio art. 5º, LVI, da Constituição 
Federal, sendo estas recolhidas infringindo as normas materiais, configurando-se 
importante garantia em relação à ação persecutória do Estado. Prova ilícita não se 
confunde com provas ilegítimas ou ilegais. As provas ilegítimas são aquelas obtidas 
com desrespeito a norma processual e as ilegais constituem um gênero que contém as 
duas anteriores, pois se caracteriza como a violação do ordenamento jurídico na 
obtenção de provas. Isto se afirma por grande parte da Doutrina, ainda que não seja 
unânime. 
A qualidade ilícita da prova provém ou da forma como foi obtida (causa mais 
frequente), ou a partir do meio empregado para a demonstração do fato provando. Não é 
possível enumerar de forma totalitária todas as formas em que uma prova possa ser 
produzida ilicitamente, uma vez que sua diversidade é tamanha. No entanto é cabível 
classificar os tipos de provas ilícitas mais frequentes, tais como um testemunho 
produzido mediante ameaça ou pecúnia. 
A interceptação telefônica é um ponto fértil para discussão doutrinária, antes da 
Lei n.º 9.296/96 este tipo de prova era considerado totalmente ilícito, uma vez que não 
possuía previsão legal. Com o advento desta, houve uma modificação no artigo 5º da 
Constituição Federal, em seu inciso XII, o qual afirma a inviolabilidade do sigilo 
telefônico, “salvo, (...), por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal". 
A partir desta lei, foi possível a obtenção de interceptação telefônica por meios 
lícitos, cuja produção se mantém em requisitos pré-estabelecidos em lei, tal qual a 
necessidade de indícios razoáveis para a utilização dessa medida e a autorização 
judicial, de ofício, ou mediante requerimento de autoridade policial ou do Ministério 
Público. Esse tipo de prova pode ser transportado para o âmbito civil, através da figura 
da prova emprestada.

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