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SUS principios de diretrizes1º

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SUS
Princípios e Diretrizes
Enfº Profº Tarcísio Mendes
Constituição Federal de 1988 (Artigos 196 ao 200).
Seção II
DA SAÚDE
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 196 
	Cria o SUS;
	Define: dever do Estado de garantir as ações e serviços de saúde de forma universal e igualitária;
	O dever do Estado não exclui o dever das pessoas, da família, das empresas e da sociedade;
	Determina o direito a saúde mediante:
Politicas sociais;
	Politicas econômicas;
	O acesso as ações e serviços sejam UNIVERSAL, IGUALITÁRIO, INTEGRAL.
Durante os últimos anos o processo de implantação e consolidação do Sistema único de Saúde - SUS, desde sua concepção na Constituição Federal, em 1988, vem sendo objeto de inúmeros instrumentos normativos, como forma de regulamentar esse sistema e colocar em prática os objetivos, diretrizes e princípios do mesmo.
A Constituição Federal que é considerada o marco jurídico inicial, onde “nasce o SUS”, traz em seus artigos 196 ao 200, o “registro do SUS”, o artigo 198 da CF, traz em seu texto as Diretrizes e alguns dos princípios do SUS, conforme podemos verificar abaixo: 
“Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - Descentralização, com direção única em cada 
esfera de governo; 
Descentralização
	A direção única da saúde em cada esfera de governo significa uma única autoridade central em cada nível (Federal, Estadual, Municipal) para gerir a saúde.
	A lei 8.080/90 Estabelece que na União ela é exercida pelo Ministério da Saúde e nos Estados e Municípios ela cabe às Secretárias de Saúde
II - Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais; 
Atendimento Integral 
A ênfase nas ações de saúde dever ser nas ações preventivas, as que evitam ou reduzem o surgimento das patologias. Esta ênfase deve ser estendida em conjunto com ações de interventivas de saúde (independente do nível de complexidade). 
III - participação da comunidade.
Participação da Comunidade
A participação social é uma das diretrizes fundamentais na formulação da politica de saúde.
1 - Analise as afirmativas abaixo e depois marque a alternativa correta.
No art. 198 da Constituição Federal de 1988 foram estabelecidos os princípios básicos para criação e organização do Sistema Único de Saúde (SUS), determinando diretrizes constituídas pelos seguintes itens:
I - atendimento integral, com prioridade para as atividades dos serviços assistenciais;
II - participação da comunidade ao nível complementar;
III - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
IV - atendimento especializado e participativo.
a) Apenas a I está correta.
b) A I e IV estão corretas.
c) Apenas a III está correta.
d) A II e IV estão corretas.
e) A I e III estão corretas.
§ 1o. O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes. (Parágrafo único renumerado para § 1o pela Emenda Constitucional no 29, de 2000)
§ 2o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional no 29, de 2000)
I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por cento); (Redação dada pela Emenda Constitucional no 86, de 2015)
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional no 29, de 2000)
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3o.(Incluído pela Emenda Constitucional no 29, de 2000)
§ 3o Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2o; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
2 - O financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é uma responsabilidade comum dos seguintes setores:
a) Da iniciativa privada, da União e dos Estados.
b) Da iniciativa privada, dos Municípios, da União e dos Estados.
c) Dos Municípios, da União, dos Estados e do Distrito Federal.
d) Apenas dos Estados e da União.
e) Apenas da União e do Distrito Federal.
”Uma vez constituído o SUS, houve a necessidade de regulamentação, o que aconteceu em 1990, com a promulgação das duas Leis Orgânicas da Saúde (LOS):
1. Lei 8.080/90 que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.
 
2. Lei 8.142/90 que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
Lei no 8.080
de 19 de Setembro de 1990
Art. 2º - A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.
§ 1º - O dever do Estado de garantir a saúde consiste na reformulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
§ 2º - O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.
Art. 3o Os níveis de saúde expressam a organização social e econômica do País, tendo a saúde como determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. (Redação dada pela Lei no 12.864, de 2013)
Parágrafo Único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
	O parágrafo único desse artigo reafirma a nova definição de saúde feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS): “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”.
Obs.: Esse é um artigo que cai muito nos concursos da saúde e quase sempre observamos alterações de alguns termos desse artigo. Estude, portanto, todos os fatores determinantes e condicionantes que estão presentes nele, pois é muito comum a banca retirar algum desses fatores ou até mesmo “inventar um novo”.
5. De acordo com a Lei no 8080/90, analise as proposições abaixo.
I- a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais: os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País.
II- o dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e assistencialistas que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso da população carente às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.
III- Não é permitida a participação da iniciativa privada no SUS.
É correto o que se afirma em:
a) I e II apenas III
b) II apenas
c) I apenas
d) III apenas
e) I, II e
A Lei Orgânica 8.142 de 1990
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde - SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências.
O controle social é uma diretriz e princípio do SUS. É o mecanismo de participação da comunidade nas ações de saúde em todas as esferas de governo. De forma institucionalizada temos: os conselhos e as conferências de saúde.
Art. 1º - O Sistema Único de Saúde - SUS de que trata a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:
	Conferência de Saúde;
	Conselho de Saúde.
A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4 anos com a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde.
A Conferência de Saúde é um espaço de discussão das políticas de saúde em todas as esferas de governo. Acontecem, de forma ordinária, a cada 4 anos e, como fórum de discussão, avaliam e propõem mudanças ou novas políticas e programas de saúde para o país. Cada município deve realizar a conferência de saúde, onde serão eleitos os representantes que para participar da conferência estadual, onde serão eleitos os representantes que participarão, da Conferência Nacional de Saúde.
As conferências de saúde são espaços de discussão das políticas. A mais importante, para a construção e consolidação de um sistema único com participação popular, foi a VIII CNS que aconteceu em 1986, momento de consolidação da reforma sanitária e criação dos ideais do SUS.
O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo.
A distribuição dos representantes é definida pela Resolução 453/12, que traz:
Principio da Regionalização
Organização de regiões de saúde mais próximas do usuário. Esse principio orienta para concentração dos serviços de serviços de saúde num aglomerado de territórios municipais contíguos. A Região de Saúde deve ser dotada de características culturais, sociais, demográficas, viárias que possibilitem a organização de rede de atenção a saúde.
Esta forma de organização do SUS, impõe aos Municípios, articulados com o Estado e com a União, a necessidade de permanente integração com vistas a garantir uma gestão compartilhada
Porque regionalizar?
	Investir correto;
	Descentralizo poder;
	Gestão compartilhada;
	Alcance das ações de saúde, onde está próximo ou 
contem a população.
Principio da Hierarquização 
Distribuição das responsabilidades e papeis entre os entes da federação e da oferta de serviços de saúde de acordo com os níveis de níveis de complexidade dos serviços.
Em outras palavras os serviços de saúde são organizados por níveis de complexidade (atenção a saúde).
	Acesso da população em nível primário;
	Serviços organizados em nível tecnológico crescente;
	Disposto em área delimitada com definição de população a ser atendida;
Os níveis de complexidade são:
	Atenção Básica;
Atenção de Média Complexidade
Atenção de Alta Complexidade
Att: Já ouvi falar em níveis de complexidade crescente , ai é na lei 8080, se vier assim suspeite que estamos falando da lei 8080
2º Grande Regramento
	Princípios Doutrinários;
	Princípios Organizativos.
Qual a doutrina do SUS?
Baseados nos preceitos constitucionais a construção do SUS se norteia pelos seguintes princípios doutrinários.
	São valores, fundamentações;
	Conceitos básicos que ajudam a formar o SUS.
Princípio Doutrinário
UNIVERSALIDADE
É a garantia de atenção a saúde por parte do sistema a todo e qualquer cidadão.
Com a UNIVERSALIDADE o indivíduo passa a ter direito de acesso a todos os serviços públicos de saúde, assim como aqueles contratados pelo poder publico.
Saúde é direito de cidadania e dever do governo: Municipal, Estadual e Federal.
Universalidade
Quer dizer que todos tem direito, independentemente da renda, sexo, idade, classe social, religião e cor.
Acesso para todos os cidadãos.
Principio Doutrinário
EQUIDADE
É assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar, sem privilégios e sem barreiras.
Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema puder oferecer para todos.
É tratar pessoas diferentes
com prolemas diferentes
de forma diferente.
ou
Pessoas iguais com 
problemas iguais de
forma igual.
EQUIDADE X IGUALDADE
EQUIDADE é você garantir 
a universalidade considerando 
as diferenças.
PENSAR UM POUCO
Principio Doutrinário 
INTEGRALIDADE
E o reconhecimento na pratica dos serviços de que:
	Cada pessoal é um todo indivisível e integrante de uma comunidade;
	As ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam também um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas;
	As unidades prestadoras de serviços, com seus diversos graus de complexidade, formam um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral.
Pulo do gato 
1ª CAIXA
Constituição Federal Art. 198/88
DIRETRIZES:
	DESCENTRALIZAÇÃO;
	ATENDIMENTO INTEGRAL;
	PARTICIPAÇÃO SOCIAL
2ª CAIXA
Segundo ABC do SUS (cartilha)
PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS:
	UNIVERSALIDADE;
	INTEGRALIDADE;
	EQUIDADE.
PRINCÍPIOS ORGANIZATIVOS:
	TODOS OS OUTROS QUE CONSTAM NO Art. 7 DA LEI 8080/90
OS DOIS GRANDES REGRAMENTOS DO SUS

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