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Engenharia de Segurança no Trabalho - EAD

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ENGENHARIA DE
SEGURANÇA NO TRABALHO
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a Distância: 
Profa. Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Diagramação:
Alan Michel Bariani/
Thiago Bruno Peraro
Revisão Textual:
Gabriela de Castro Pereira/
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim/ 
Mariana Tait Romancini 
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta / 
Heber Acuña Berger/ 
Leonardo Mateus Gusmão Lopes/
Márcio Alexandre Júnior Lara
Gestão da Produção: 
Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
 Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE DO TRABALHADOR ........................................................................................ 5
CONCEITO PREVENCIONISTA DO ACIDENTE DE TRABALHO ............................................................................. 10
NR-04: SESMT .......................................................................................................................................................... 14
NR-05: CIPA .............................................................................................................................................................. 16
NR-24: CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO ........................................... 18
NR-26: SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA .................................................................................................................. 21
NR-28: FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES ............................................................................................................... 22
HISTÓRIA E NORMAS 
REGULAMENTADORAS
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ 
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade, vamos discorrer sobre a influência da história para o surgimento de 
Normas Regulamentadoras quanto à Engenharia de Segurança do Trabalho.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA SAÚDE DO TRABALHADOR
Desde seu aparecimento na Terra, o homem convive com o risco. As atividades laborais 
nasceram com o homem e sempre ocorreram condições e atos inseguros. O problema dos 
acidentes e doenças profissionais acompanha o desenvolvimento das atividades do homem 
através dos séculos. E por não ter controle sobre os riscos, é que este esteve sempre sujeito a 
todo tipo de acidente. Segundo Bitencourt (1998), o trabalho existe desde do aparecimento do 
homem, mas os conceitos de segurança são bem mais recentes.
Partindo da atividade predatória, o homem evoluiu para a agricultura e o pastoreio, 
alcançou a fase do artesanato e atingiu a era industrial, sempre acompanhado de novos e diferentes 
riscos que afetavam e ainda afetam sua vida e saúde. No que diz respeito à medicina, a questão 
entre saúde e trabalho é uma relação que existe há muito tempo, pois segundo Mattenberger 
(apud FACCHINI, 2009), os marcos iniciais da história da medicina vão da Medicina clássica até 
fins do século XVIII, o qual teve com estudiosos como Hipócrates, Plínio e Galeno. A doença era 
considerada essência abstrata.
Com o passar do tempo e o desenvolvimento da tecnologia, o ser humano conheceu 
a roda d’água, os teares mecânicos, as máquinas movidas a vapor, a eletricidade até chegar a 
era dos computadores. Foi efetivamente um longo aprendizado. Se por um lado os inúmeros 
progressos científicos e tecnológicos facilitaram o processo de trabalho em vários aspectos, por 
outro, acabaram gerando novos riscos e aumentando consequentemente tanto a frequência como 
principalmente a gravidade dos acidentes e das doenças do trabalho.
Com o início da revolução industrial, o aldeão começou a agrupar-se nas cidades, 
substituindo o risco de ser apanhado pelas garras de uma fera, para aceitar o risco de poder 
ser apanhado pelas garras de uma máquina. Segundo Mattenberger (2009), foi também com 
a Revolução Industrial que houve um desenvolvimento do mundo moderno e das ações da 
moderna Saúde Pública, sendo nesta época também, que surge a teoria microbiana das doenças 
consagradas por Louis Pasteur e de Robert Koch.
Há 300 anos, praticamente inexistiam as relações entre atividades laborativas e as doenças 
ocupacionais. Em 1556, foi publicado o primeiro livro da área, com o título de “De Re Metallica”, 
descrevendo problemas relacionados com a extração de minerais argentíferos e auríferos e a 
fundição da prata e do ouro. Seu autor, George Bauer, mais conhecido pelo seu nome latino 
Georgius Agrícola, discute os acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros, 
em destaque a “asma dos mineiros”, que segundo ele, era provocada por poeiras corrosivas, cuja 
descrição dos sintomas e rápida evolução da doença demonstraram tratar-se de silicose.
Para Lamas (apud MARTINS 2008), no Brasil, nos anos 1970 e 1980, os frequentes 
insucessos de diversos programas voltados à saúde do trabalhador decorrentes ocorreram de 
iniciativas exclusivamente institucionais, eventualmente em articulação com a empresa, mas sem 
a participação dos trabalhadores, o que provocou a falência das políticas públicas na área de 
saúde e segurança do trabalho. 
Ainda de acordo com o mesmo autor, o exemplo mais concreto é a publicação da Lei nº 
6.367, de 19/10/1976 que retirava da lista várias doenças profissionais, que resultou na redução de 
um quinto, o número de acidentes de trabalho entre 1975 e 1985. Moreira (2003), em sua pesquisa 
bibliográfica, mostra os seguintes dados da evolução da segurança do trabalho no mundo:
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✓ Hipócrates (460-357 AC) e Plínio, o Velho (23-79 DC), indicaram nos seus trabalhos a 
ocorrência de doenças pulmonares em mineiros. 
✓ 1.556: Georg Bauer publicou o livro “Re De Metallica”, no qual estuda doenças e 
acidentes de trabalho que estão relacionados à mineração e fundição de ouro e prata.
✓ 1.567: Aureolus Theophrastur Bembastur von Hohenheim apresentou a primeira 
monografia cujo o temaera trabalho com doença.
✓ 1.700: O médico Bernardino Ramazzini italiano publicou o livro “De Morbis Artificium 
Diatriba”, no qual relatava as doenças de 50 profissões.
✓ Século XVIII: Surge a revolução Industrial na Inglaterra.
✓ 1.769: James Watt patenteou a primeira máquina a vapor com boa aplicabilidade 
substituindo a de propulsão hidráulica, mudando completamente o quadro industrial da época, 
possibilitando a instalação de indústrias longe dos cursos d`água, ou seja, nas cidades onde 
havia mão-de-obra em abundância. Para sustentar as máquinas a vapor, houve uma grande 
migração de pessoas para as cidades e para as minas de carvão. Neste ano, havia cinco milhões 
de trabalhadores nas minas (Grã-Bretanha, Alemanha, EUA, França, Rússia, Áutria-Hungria, 
Bélgica, Índia, Japão, Sul da África), e suas condições de trabalho eram degradantes: marcadas 
por incêndios, explosões, intoxicação por gases.... Assim, muitos ficavam sepultados nas galerias. 
O trabalho nas minas era mais pesado, a ser executado por os homens, enquanto nas fábricas 
ficavam as mulheres e crianças.
✓ 1.792: Inventado o lampião de gás, houve uma tendência de aumento da jornada de 
trabalho, que já era excessiva.
✓ Meados do século XIX: A França tinha jornadas de trabalho que variavam de 11 horas 
até 15 horas diárias.
✓ 1.802: O parlamento inglês nomeou uma comissão que criou a primeira lei de proteção 
aos trabalhadores: a “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabelecia o limite de 12 horas 
de trabalho diário, proibia trabalho noturno e obrigava a ventilação nas fábricas e lavagem das 
paredes duas vezes por ano.
✓ 1.819: Complementação da Lei dos Aprendizes, que não teve eficiência devido a 
oposição dos empregadores.
✓ 1831: A comissão de inquérito da Lei dos Aprendizes, que retrata as condições de 
trabalho das fábricas.
✓ 1.833: Em função do relatório publicado pela comissão de inquérito, é instituída 
na Inglaterra a “Lei das Fábricas”. Aplicada à indústria têxtil, proibia o trabalho noturno para 
menores de 18 anos, carga horária de 12 horas diárias (69 horas semanais), idade mínima de 9 
anos. As fábricas precisavam ter, ainda, escolas frequentadas por todos os trabalhadores menores 
de 13 anos.
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✓ 1.844: Estabelece jornada de trabalho para as mulheres de 10 horas diárias.
✓ 1.867: Reconhecimento e determinação de providências para prevenção das doenças 
provocadas por condições de trabalho, exigiu a instalação de proteção nas máquinas e proibiu a 
realização de refeições em locais que tivessem a presença de agentes químicos agressivos.
A partir dessas datas e conquistas, outros países começaram a implementar novas regras 
para segurança nos ambientes de trabalho. No Brasil, as primeiras mudanças iniciaram em 1.919 
com a primeira lei aprovada. Moreira (2003), retrata bem essa questão em seu estudo. Segue, 
portanto, a cronologia:
✓ 1.730: Existia o predomínio de trabalho escravo no qual se trabalhava 18 horas diárias. 
Todavia, como a vida útil de um escravo começou a se tornar curta, com cerca de 12 anos, e cada 
vez mais existiam limitações ao tráfico de negros, se inicia uma preocupação com a preservação 
à saúde e ao bem-estar no trabalho.
✓ 1.919: Primeira lei sobre indenização por acidentes de trabalho, que se limitava ao setor 
ferroviário. 
✓ 1.923: Criação da previdência social pela Lei Eloy Chaves, que instituiu a Caixa de 
Aposentadoria e Pensões, para uma empresa de estrada de ferro.
✓ 1.930: Era Vargas. O mundo estava passando pela grande depressão de 1.929, portanto, 
não havia importação, e Getúlio, nacionalista, favorece o desenvolvimento industrial brasileiro. 
Ocorreu, portanto, uma profunda reestruturação da ordem jurídica trabalhista, estando muitas 
dessas medidas, em vigor até hoje.
✓ 1.934: Institui várias garantias para o trabalhador, como por exemplo, o depósito 
obrigatório para garantia da indenização, que simplificou o processo e aumentou o valor da 
indenização em caso de morte do acidentado, entendendo a doença profissional também como 
acidente de trabalho indenizável, em complementação à legislação anterior de 1919.
✓ 1.938: Criado o adicional de insalubridade de 10, 20 e 40% sobre o salário mínimo 
vigente, conforme a atividade que o trabalhador desenvolve.
✓ 1.943: Criada a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), a qual reuniu a legislação 
relacionada com a organização sindical, previdência social, justiça e segurança do trabalho.
✓ 1.955: Criado o adicional de periculosidade para os trabalhadores que prestam serviço 
em contato permanente com inflamáveis, 30% do valor do salário.
✓ 1.967: Alteração da CLT em vários pontos, dentre os quais se destaca a exigência de 
que as empresas mantivessem “Serviços Especializados em Segurança e em Higiene do Trabalho”.
✓ 1.967: O seguro de acidente de trabalho somente poderia ser feito com a Previdência 
Social, tornando o seguro obrigatório, um monopólio estatal, fato que permanece inalterado até 
os dias atuais.
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✓ 1.978: Alteração da CLT, regulamentando a Portaria 3.214 de 08/06/1978, a qual cria as 
normas regulamentadoras, que representaram um grande salto qualitativo para a segurança do 
trabalho sistemática, que está em vigor até hoje.
✓ 1988: Promulgação da Constituição Federal de 1988, que estabelece direitos relativos à 
Segurança do Trabalho aos trabalhadores.
✓ Década 90: Várias normas regulamentadoras sofreram atualização, seguindo a filosofia 
da gestão da segurança do trabalho, até porquê em 1987, nascia a ISO 9000, norma de certificação 
da qualidade nível internacional. Para Gonzalez (2017), esse acontecimento serviu para a 
obtenção de grandes avanços para as normas de segurança do trabalho, assim como para uma 
melhor gestão na área.
✓ 1992: Criada a FENATEST - Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do 
Trabalho. 
✓ 2002: NR 30 - Segurança no Trabalho Aquaviário. 
✓ 2003: Criação de novas normas e instruções normativas para o Perfil Profissiográfico 
Previdenciário (PPP). 
✓ 2005: Criação da Radio Kosak, a primeira rádio de Segurança do Trabalho no Brasil. 
Criadas as NR 31 e 32.
✓ 2006: NR 33: Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados.
✓ 2007: Criação do Curso de Tecnólogo de Segurança do Trabalho.
✓ 2012: NR 35 – Trabalho em Altura.
✓ 2013: NR 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento 
de Carnes e Derivados.
O Brasil tem demostrado pelo menos em atualização de algumas normas, um grande 
compromisso e responsabilidade com a segurança do trabalho, como por exemplo, as atualizações 
das normas NR-10, NR-12, a criação de novas, como as recentes NR-34, 35 e 36.
A seguir veja a relação das NRs existentes para consulta, que estão disponíveis no site do 
ministério do trabalho e durante essa disciplina irá estudar algumas delas, que estão relacionadas 
a atividades das engenharias, segundo Brasil (2018) e Moraes (2011).
• “Norma Regulamentadora Nº 01 - Disposições Gerais
• Norma Regulamentadora Nº 02 - Inspeção Prévia
• Norma Regulamentadora Nº 03 - Embargo ou Interdição
• Norma Regulamentadora Nº 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança 
e em Medicina do Trabalho
• Norma Regulamentadora Nº 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
• Norma Regulamentadora Nº 06 - Equipamentos de Proteção Individual (EPI)
• Norma Regulamentadora Nº 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO)
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• NormaRegulamentadora Nº 08 - Edificações
• Norma Regulamentadora Nº 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais
• Norma Regulamentadora Nº 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
• Norma Regulamentadora Nº 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio 
de Materiais
• Norma Regulamentadora Nº 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
• Norma Regulamentadora Nº 13 - Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações.
• Norma Regulamentadora Nº 14 - Fornos
• Norma Regulamentadora Nº 15 - Atividades e Operações Insalubres
• Norma Regulamentadora Nº 16 - Atividades e Operações Perigosas
• Norma Regulamentadora Nº 17 - Ergonomia
• Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria 
da Construção
• Norma Regulamentadora Nº 19 - Explosivos
• Norma Regulamentadora Nº 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e 
Combustíveis
• Norma Regulamentadora Nº 21 - Trabalho a Céu Aberto
• Norma Regulamentadora Nº 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
• Norma Regulamentadora Nº 23 - Proteção Contra Incêndios
• Norma Regulamentadora Nº 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de 
Trabalho
• Norma Regulamentadora Nº 25 - Resíduos Industriais
• Norma Regulamentadora Nº 26 - Sinalização de Segurança
• Norma Regulamentadora Nº 27 - Revogada pela Portaria GM n.º 262, 29/05/2008 
Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no MTB
• Norma Regulamentadora Nº 28 - Fiscalização e Penalidades
• Norma Regulamentadora Nº 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário
• Norma Regulamentadora Nº 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
• Norma Regulamentadora Nº 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, 
Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aqüicultura
• Norma Regulamentadora Nº 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos 
de Saúde
• Norma Regulamentadora Nº 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
• Norma Regulamentadora Nº 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria 
da Construção e Reparação Naval
• Norma Regulamentadora Nº 35 - Trabalho em Altura
• Norma Regulamentadora n.º 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate 
e Processamento de Carnes e Derivados.
O Brasil tem demostrado, pelo menos em atualização de algumas normas, um grande 
compromisso e responsabilidade com a segurança do trabalho, como por exemplo a as atualizações 
das normas NR-10, NR-12, a criação de novas como as recentes NR-34, 35 e 36.
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A atualização ou criação de Normas Regulamentadoras é realiza-
da pela CTPP (Comissão Tripartite Paritária Permanente), pois re-
únem representantes do Governo, Trabalhadores e Empregadores, 
fazendo com que a atualização ou a criação de uma nova NR seja 
estabelecida em um consenso. 
O processo de atualização de uma NR ou criação de uma não é só 
esse, de forma simplificada, em primeiro lugar um texto preliminar 
vai para consulta pública no site do MTE (Ministério do Trabalho 
e Emprego), depois CTPP, avaliação final e por última publicação.
CONCEITO PREVENCIONISTA DO ACIDENTE DE 
TRABALHO
Acidente de trabalho é qualquer ocorrência não programada, inesperada ou não, que 
interfere ou interrompe a realização de uma determinada atividade, trazendo como consequência 
isolada ou simultânea a perda de tempo, danos materiais ou lesões.
Para o profissional prevencionista, mesmo um acidente sem lesão (quase acidente) é 
muito importante, pois, durante a análise das suas causas surgirão medidas capazes de impedir 
sua repetição ou agravamento, isto é, um acidente com lesão. As figuras a seguir explicam melhor 
a situação:
Tabela 1 – Análise 1. Fonte: o autor.
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Tabela 2 – Análise 2. Fonte: o autor.
Tabela 3 – Análise 3. Fonte: o autor.
CONCEITO LEGAL DE ACIDENTE DE TRABALHO
O conceito de acidente se questionado a um leigo será uma regra muito mais severo do que 
estabelece a própria definição. Segundo a legislação, “Acidente do trabalho é aquele que ocorrer 
pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade 
para o trabalho”.
Segundo a Norma de Certificação Segurança do Trabalho, padrão internacional, 
OHSAS 18000, “Evento não-planejado que resulta em morte, doença, lesão dano ou outra 
perda”. Recentemente (12/03/2018), a OHSAS 18000 – Sistemas de Gestão de Segurança e 
Saúde Ocupacional – foi atualizada pela ISO que recebeu uma nova “numeração” e “nome” ISO 
45001:2018 – Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, mas para esse estudo estará 
ainda sendo usado a OHSAS 18000, pois ainda estará em vigor devido a adequação das empresas 
por 3 anos.
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Independente qual seja a definição de acidente, o fato é que há uma perda, um dano, e 
que o grande prejudicado é o acidentado. A diferença entre os dois conceitos (quase acidentes e 
o acidente) reside no fato de que para o conceito legal é necessário haver lesão física, enquanto 
que no conceito prevencionista são levadas em consideração, além das lesões físicas, a perda de 
tempo e de materiais, podendo ser investigada a origem desses fatos, pois esses poderão ser um 
potencial acidente de trabalho.
TIPOS DE ACIDENTE DO TRABALHO:
• Típico: É aquele que ocorre no local e durante o trabalho, considerando como um 
acontecimento súbito, violento e ocasional, provocando no trabalhador uma incapacidade para a 
prestação de serviço. Exemplos: batidas, quedas, queimaduras, contato com produtos químicos, 
choque elétrico, etc.
• Trajeto: É o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de 
trabalho ou vice-versa, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade 
do empregado. Deixa de caracterizar-se como “acidente de trajeto” quando o empregado tenha, 
por interesse próprio, interrompido ou alterado o percurso normal.
• Doenças ocupacionais: São as doenças decorrentes da atividade do trabalho.
Para ser caracterizado acidente de trabalho segundo a legislação tem que estar enquadrado 
na Lei 3.807 de 26/08/1960, segue alguns trechos importantes para conhecimento:
§ 1º Consideram-se também empregados, para os fins desta lei, o trabalhador 
temporário, o trabalhador avulso, assim entendido o que presta serviços a diversas 
empresas, pertencendo ou não a sindicato, inclusive o estivador, o conferente e 
assemelhados, bem como o presidiário que exerce trabalho remunerado.
É especificado nesse ponto da lei os trabalhadores que estão sobre proteção, e que se 
percebe é bastante abrangente. “Art. 2º Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício 
do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause 
a morte, ou perda, ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.
No artigo segundo, reforça a definição do termo “Acidente de Trabalho”, já relatado em 
outras ocasiões no texto. A seguir vem o ponto crucial da lei, são os pontos que segundo a Lei 
considera o que é acidente de trabalho
§ 1º Equiparam-se ao acidente do trabalho, para os fins desta lei:
I - a doença profissional ou do trabalho, assim entendida a inerente ou peculiar 
a determinado ramo de atividade e constante de relação organizada pelo 
Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS);
II - o acidente que, ligado ao trabalho, embora não tenha sido a causa única, hajacontribuído diretamente para a morte, ou a perda, ou redução da capacidade 
para o trabalho;
III - o acidente sofrido pelo empregado no local e no horário do trabalho, em 
consequência de:
a) ato de sabotagem ou de terrorismo praticado por terceiros, inclusive 
companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa 
relacionada com o trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro inclusive 
companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação ou incêndio;
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f) outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior.
IV - a doença proveniente de contaminação acidental de pessoal de área médica, 
no exercício de sua atividade;
V - o acidente sofrido pelo empregado ainda que fora do local e horário de 
trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar 
prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, seja qual for o meio de locomoção utilizado, 
inclusive veículo de propriedade do empregado;
d) no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela.
E no próximo paragrafo a Lei especifica outro detalhe que muitas vezes passa despercebido 
pelo empregador, ou seja, o empregado se ele permanecer dentro do local de trabalho durante 
o horário de almoço, caracteriza estar a serviço da empresa, e, portanto, o que acontece nesse 
período é um acidente de trabalho. “§ 2º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por 
ocasião da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o 
empregado será considerado a serviço da empresa”.
Doenças relativas à atividade do trabalho são consideradas acidente de trabalho, segundo 
estabelece o próximo parágrafo. 
§ 3º Em casos excepcionais, constatando que doença não incluída na relação 
prevista no item I do § 1º resultou de condições especiais em que o trabalho 
é executado e com ele se relaciona diretamente, o Ministério da Previdência e 
Assistência Social deverá considerá-la como acidente do trabalho.
O próximo artigo estabelece claramente que em qualquer acidente de trabalho, o 
trabalhador tem direito a total suporte para seu reestabelecimento. 
Art. 10. A assistência médica, aí incluídas a cirúrgica, a hospitalar, farmacêutica 
e a odontológica, bem como o transporte do acidentado e a reabilitação 
profissional, quando indicada, serão devidos em caráter obrigatório.
Art. 11. Quando a perda ou redução da capacidade funcional puder ser atenuada 
pelo uso de aparelhos de prótese ou órtese, estes serão fornecidos pelo INPS, 
independentemente das prestações cabíveis.
Art. 12. Nas localidades onde o INPS não dispuser de recursos próprios ou 
contratados, a empresa prestará ao acidentado a assistência médica de emergência 
e, quando indispensável a critério do médico, providenciará sua remoção.
§ 1º Entende-se como assistência médica de emergência a necessária ao 
atendimento do acidentado até que o INPS assuma a responsabilidade por ele.
§ 2º O INPS reembolsará a empresa das despesas com a assistência de que trata 
este artigo até limites compatíveis com os padrões do local de atendimento.
Devido a lei ser muito antiga e na época se usava o termo INPS, ao invés de INSS. A 
Lei é antiga mas vale até hoje e foi aprovada em um momento que o Governo Federal estava 
preocupado com o número crescente de acidente de trabalho e como já foi relatado aqui, na 
unidade I, o ministro que estava à frente dessa Lei é o Arnaldo Prieto, o Pai das NRs. 
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NR-04: SESMT
As normas Regulamentadoras são distribuídas gratuitamente pelo site do Ministério 
do Trabalho e Emprego, de forma garantir maior alcance as pessoas e de forma atualizada. O 
primeiro requisito normativo da NR-04 começa com uma grande exclusão de trabalhadores, veja 
o que expõe:
4.1 As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e 
indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos 
pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, 
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do 
trabalhador no local de trabalho.
Explicando, todas as empresas deverão ter SESMT, todas as privadas, públicas, que 
possuem empregados sobre o regime de CLT, ou seja, com essa normativa, o governo tira de si 
a responsabilidade e obrigatoriedade. Afinal, o que é o tal do SESMT? Serviço Especializado em 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, grupo de profissionais que ficam dentro das 
empresas para verificar questões relacionadas à prevenção de segurança do trabalho, assim como 
primeiros socorros. O dimensionamento desse grupo é definido pelo requisito 4.2 da NR-04 no 
qual precisa-se saber o risco da atividade (Quadro I, NR-04) e com isso utiliza o Quadro II da 
NR-04 no qual tem-se o seguinte dimensionamento.
Quadro II – Dimensionamento dos SESMT. Fonte: NR-04.
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Exemplo 01: Empresa que trabalha no ramo de fabricação de geradores, transformadores 
e motores elétricos que possuem 700 funcionários.
Para a NR-04 Quadro I, tem-se:
27.10 - 4 Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos: 
Risco 3
Para a NR-04 Quadro II, tem-se o dimensionamento, risco 3 x 700 funcionários, tem-se:
Técnico de Segurança: 03 profissionais em tempo integral
Engenheiro de Segurança do Trabalho: 01 profissional em tempo parcial de no mínimo 
03 horas
Médico do Trabalho: 01 profissional em tempo parcial de no mínimo 03 horas, figura 01.
Figura 1 - Equipe multidisciplinar prevenindo e salvando vidas. Fonte: Portal Trabalho Seguro (2018).
Exemplo 02: Empresa que trabalha no ramo de obras para geração e distribuição de 
energia elétrica e para telecomunicações que possuem 700 funcionários.
Para a NR-04, Quadro I, tem-se:
42.21 – 9: Obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações:
Risco 4
Para a NR-04 Quadro II, tem-se o dimensionamento, risco 4 x 700 funcionários, tem-se:
Técnico de Segurança: 04 profissionais em tempo integral
Engenheiro de Segurança do Trabalho: 01 profissional em tempo integral
Auxiliar de Enfermeiro do Trabalho: 01 profissional em tempo integral
Médico do Trabalho: 01 profissional em tempo integral
Os dois exemplos mostram como a equipe mudou por simples alteração do risco da 
atividade, que passou de 3 para 4, e assim, a equipe que possuía profissionais em tempo parcial 
tornou-se integral, tendo acrescentado mais um profissional, no caso o enfermeiro.
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NR-05: CIPA
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes tem como objetivo a prevenção de 
acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o 
trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador, figura 02.
Figura 2 - CIPA Protegendo Trabalhadores. Fonte: Instituto de Santa Catarina (2018).
Algumas regulamentações da CIPA:
- A CIPA deve ser montada por estabelecimento (segundo a NR-01, estabelecimento é 
entreposto, filial, ou seja, cada endereço uma CIPA).
- Quem são os integrantes da CIPA Empregador: titulares e suplentes, serão por elesdesignados.
- Quem são os integrantes da CIPA Empregadores: titulares e suplentes, serão eleitos em 
escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente 
os empregados interessados. 
- O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma 
reeleição e o eleito para direção da CIPA.
A CIPA tem funcionários que representam os empregadores e os 
empregados, o candidato representado pelos funcionários terá es-
tabilidade no emprego, durante o mandato e um ano após o térmi-
no.
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A CIPA tem algumas atribuições importantes para a contribuição da segurança do 
trabalho.
- Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a 
participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver.
- Realizar, periodicamente, verificações nos ambiente s e condições de trabalho visando a 
identificação de situações que venham trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.
- Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho.
- Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros 
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho; 
- Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de 
Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT; entre outros.
A CIPA será composta por um dimensionamento conforme o grau de risco, (ver quadros 
I, II e III da NR-05) veja parte do Quadro I, Dimensionamento da CIPA, (NR-05).
Quadro III – Dimensionamento de CIPA. Fonte: NR-05.
Os “Grupos” mostrados no quadro estão relacionados à atividade (quadro II, NR-05) 
e a atividade está relacionada ao grau de risco (quadro III, NR-05), enfim, o grau de risco está 
diretamente relacionado aos “Grupos” do quadro I. Definido o Grupo, pela quantidade de 
funcionários se determina o tamanho da CIPA, como pode ser observado no quadro apresentado. 
O empregador convocará eleição para escolha dos representantes dos empregados da CIPA, no 
qual a eleição terá que ter 50% de participação, caso contrário, convocam-se novas eleições, figura 
3.
Figura 3 - Eleição da CIPA. Fonte: SINTTEL-PB (2018).
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No caso específico da construção civil as regras para formação de CIPA seguem pelas 
regras estabelecidas na NR-18.
NR-24: CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS 
LOCAIS DE TRABALHO 
Essa NR trata de assuntos de dimensionamentos em áreas comuns em ambiente de 
trabalho, as quais consistem em instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamento. 
Portanto, seguem algumas recomendações, no que diz respeito as áreas comuns citadas.
INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
Algumas considerações sobre as instalações sanitárias para uma boa implantação:
- Deverão ser separadas por sexo
- Deverão estar sempre limpos.
- Mictórios individuais deverão ser de porcelana ou material impermeável.
- Mictório tipo coletivo, a cada 0,60m corresponde um mictório individual.
- Para atividades insalubres deverá ter 1 lavatório para cada 10 funcionários, 
proporcionalmente.
- Os banheiros deverão ter piso e paredes revestidos de material resistente, liso, 
impermeável e lavável.
- Deverá ter 01 chuveiro para cada 10 funcionários, o aluguel ou compra de módulos 
facilita atender a norma para empresas que possuem serviços temporários, havendo uma grande 
variação da quantidade de mão de obra, figura 04:
Figura 4 - Chuveiro cabine. Fonte: IBIMAQ (2018).
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- Deve ter ventilação e iluminação.
- Não poderão se comunicar diretamente com refeitório.
- O gabinete sanitário deve possuir lixeira com tampa.
VESTIÁRIOS
Destinado a troca de vestuário do funcionário, sempre que a empresa exigir uniforme, 
guarda-pó, sendo proibido o local ser usado para outro fim. Seguem algumas exigências:
- Deverá existir, caso existam homens e mulheres na empresa, vestiários independentes.
- Área mínima no vestiário 1,5m2 por funcionário.
- Deverá ter paredes de material impermeável e lavável, piso impermeáveis e com 
inclinação para ralos com sifões.
- Deve ter ventilação e iluminação.
- Armários de madeira ou metal, pintados (ou revestidos com fórmica), com ventilação 
e individuais.
- Em atividades insalubres, o funcionário deverá ter armário duplo.
- Os armários deverão ter dimensões mínimas 30x40x80cm.
REFEITÓRIOS
É obrigatório para empresas com mais de 300 funcionários, sendo que os funcionários só 
poderão fazer refeição nesse local. Seguem algumas exigências:
- A área do refeitório mínima de 1m2 por funcionário, podendo ter capacidade 1/3, da 
quantidade total de funcionários.
- Piso impermeável revestido de material que se possa lavar.
- Instalação de bebedouro com jato inclinado de água potável, sendo proibido utilização 
de copos coletivos.
- Refeitório que interliga diretamente a sanitários, ou locais insalubres ou perigosos.
- Deve ter ventilação e iluminação, veja refeitório contêiner, figura 05.
 
Figura 5 - Chuveiro cabine. Fonte: IBIMAQ (2018).
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COZINHA
Local destinado ao preparo dos alimentos que serão servidos aos funcionários. Seguem 
algumas exigências:
- Ser adjacentes ao refeitório.
- As áreas da cozinha deverão ter 35% da área do refeitório, e o depósito 20%.
- Deve ter ventilação e iluminação.
- É indispensável que os funcionários da cozinha tenham vestiários e banheiros individuais.
ALOJAMENTO
Local destinado ao repouso do funcionário, que não poderá passar de 100 pessoas. As 
camas do alojamento poderão ser simples ou beliche, sendo simples, o pé direito terá 2,60m e 
beliche terá 3,00m, ambas com área mínima de 2,47m2. A distância entre camas (colchão da cama 
de baixo e longarina da cama de cima) será de 1,1m. Nos alojamentos deverão ser obedecidas as 
seguintes regras gerais quanto ao seu uso: 
- Todo quarto ou instalação deverá ser conservado limpo.
- O lixo deverá ser retirado diariamente e depositado em local adequado.
- É proibida, nos dormitórios, a instalação para eletrodomésticos e o uso de fogareiro ou 
similares, figura 6.
Figura 6 - Alojamento de obra, com fogão e botijão de gás no mesmo ambiente. Fonte: o autor.
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- É vedada a permanência de pessoas com moléstias infectocontagiosas.
No caso especifico da construção civil, as regras para montagem da área de vivência são 
estabelecidas na NR-18, mais precisamente requisito normativo 18.4 – Áreas de Vivência. Veja o 
quadro de proporções de itens importantes para dimensionamento de uma área de vivência para 
funcionários de uma empresa.
Tabela 1 – Proporções de itens importantes. Fonte: o autor.
NR-26: SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
As cores nos ambientes de segurança são utilizadas para indicar e advertir riscos nos 
ambientes de trabalhos. Suas principais funções são fazer a identificação dos equipamentos de 
segurança, delimitação de áreas, identificação de tubulações empregadas para a condução de 
líquidos e gases e advertência contra riscos, atendendo ao disposto nas normas técnicas oficiais.
As cores não dispensam o emprego de outras formas de prevenção de acidentes e seu 
uso exagerado pode causar distração, fadiga e confusão no funcionário.Os produtos químicos 
utilizados no local de trabalho devem ser classificados quanto aos perigos que podem trazer, 
ameaçando a segurança e a saúde dos trabalhadores. Assim, devem ser considerados os critérios 
estabelecidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos 
Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.
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Leia a NR-26, Sinalização de Segurança e outras as outras NRs 
relacionadas nas unidades, presencialmente leia MORAES (2011), 
pois é a norma comentada.
NR-28: FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES
Essa NR foi inserida no estudo para mostrar um detalhe importante no que diz respeito 
a penalidades, ou seja, quanto custa o não cumprimento das normas de segurança. Esta NR 
estabelece que o valor máximo de uma multa em uma empresa será de 6.304 UFIRs para 
penalidades na área de segurança do trabalho e será de 3.782 UFIRs para medicina do trabalho, 
sendo os valores intermediários seguem a seguinte regra. O anexo II da NR-28 estabelece para 
cada requisito normativo um valor de infração e se ela é do tipo Segurança do trabalho “S” ou 
se ela é do tipo Medicina do trabalho “M”, veja a seguinte situação de uma infração, em uma NR 
estudada nessa unidade:
Exemplo 03: “24.1.25.2 Serão mantidas em estado de asseio e higiene”.
O Anexo II da NR-28 estabelece:
Uma infração “2” do tipo “S”, ou seja, Segurança do trabalho. O código não tem 
importância no momento. Supondo empresa com 70 funcionários, no Anexo I da NR-28, o valor 
da multa seria de 1.665 – 1.935 UFIRs, o fiscal irá definir qual será o valor mais exato da multa, 
figura 7.
 
 
Figura 7 - Valor da multa. Fonte: Emaze (2017).
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Leia as bibliografias relacionadas nessa unidade para obter mais 
conhecimento contextualizando situações apresentadas, preferen-
cialmente sugere-se ler MORAES (2011), pois essa possui as nor-
mas comentadas, facilitando sua compreensão.
A UFIR Unidade Fiscal de Referencia extinta no ano de 2.000 pela Medida Provisória n. 
1.973-67 de 26/10/2.000, e seu valor está desde então, fixado em R$ 1,0641. Portanto, ao pagar 
uma multa de segurança ou medicina do trabalho, lembre-se que ela está desatualizada a quase 
uma década. 
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 25
FUNDAMENTOS DA PREVENÇÃO E CONTROLE DE PERDAS ............................................................................. 26
ACIDENTE DE TRABALHO E SUAS CAUSAS .......................................................................................................... 31
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO ........................................................................................................................... 34
ORDEM DE SERVIÇO ............................................................................................................................................... 42
PREVENÇÃO EM 
ACIDENTES DE TRABALHO
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ 
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INTRODUÇÃO
O tema prevenção e controle de perdas é recente e atualmente vem sendo mais difundido 
nas empresas, especificamente nas grandes, no entanto nada impede de ser aplicado na empresa 
no qual irá trabalhar como futuro profissional da área de segurança, seja ela uma pequena ou 
média.
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FUNDAMENTOS DA PREVENÇÃO E 
CONTROLE DE PERDAS
Esse tema iniciou nos anos de 1930 com o engenheiro H. W. Heinrich em sua obra 
intitulada de “Industrial Accident Prevention”, divulgando pela primeira vez a filosofia do acidente 
com danos a propriedade. Entre 1959 a 1966, o engenheiro Frank E. Bird Jr em seu trabalho 
“Damage Control” atualizou os dados pesquisados por Heinrich. Mais tarde realizando uma 
atualização de seu próprio estudo Bird chegou algumas conclusões mais aprimoradas de seu 
próprio trabalho, nas 297 empresas de 21 grupos diferentes, totalizando 1.750.000 funcionários, 
conforme mostra a figura 01.
Figura 1 - Pesquisa de Heinrich e BIRD. Fonte: Tavares (2005).
Após os estudos de Bird, em 1.970, John A. Fletcher, realizou uma proposta onde o 
objetivo era o “Controle Total de Perdas”, cujo objetivo maior é reduzir ou eliminar todos os 
acidentes que possam interferir ou paralisar um sistema, acidentes como por exemplo as que 
causem, lesão, dano à propriedade, incêndio, explosão, roubo, vandalismo, sabotagem, poluição 
da água, do ar, do solo, doença ocupacional ou defeito do produto. Algumas definições, segundo 
Tavares (2005):
• Condição potencial de perdas: condição ou grupo de condições capaz, sob certas 
circunstâncias não-planejadas, de instável, e, em momento não-previsível, gerada em função de 
circunstâncias que lhe são favoráveis, pode desencadear o acidente.
• Acidente: fato indesejado e inesperado – não programado – que produz ou pode 
produzir perdas, perdas essas que poderão ser patrimoniais ou a pessoas.
• Perda real e perda potencial: a perda real é o produto do acidente e pode manifestar-
se como lesão ou morte de pessoas ou danos materiais, já a perda potencial, também conhecida 
como “quase-perda”, é aquela que por devido algumas circunstâncias poderiam se transformar 
em uma perda real.
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RISCOS OCUPACIONAIS
Os riscos ocupacionais são definidos pela Portaria no 25 de 29/12/1994, nela é definida os 
riscos e suas categorias, como por exemplo alguns riscos em suas categorias no quadro a seguir.
Tabela 2 – Riscos. Fonte: o autor.
TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS 
A respeito da identificação de riscos, a Engenharia de Segurança de Sistema condensa 
várias técnicas que, anteriormente, eram dirigidas ao campo aeroespacial, automotivo e para 
indústrias de apoio, mas que também se mostraram úteis nas áreas de estudo dos riscos que 
afetavam as empresas civis, e foram paulatinamente introduzidas ao prevencionismo. Essas 
técnicas, citadas por Tavares (1996) e De Cicco & Fantazzini (1985), são chamadas genericamente 
de técnicas de Análise de Riscos. 
SÉRIE DE RISCOS (SR)
Surgida a partir da necessidade de se determinar qual foi o agente diretamente responsável 
por um evento, e caracterizando-se como uma técnica de identificação que ordena os riscos pela 
importância ou gravidade destes. É apresentado os seguintes tipos de riscos, segundo Tavares 
(2005):
✓ Risco inicial: originário, figurando no começo de série.
✓ Risco principal: pode causar morte, lesão e degradação da capacidade funcional aos 
trabalhadores, danos a equipamento, veículo, estruturas, perda de material, entre outras.
✓ Riscos contribuintes: os restantes dos riscos que compõem a série.
Seguindo como exemplo um funcionário utilizando uma escada de madeira, figura 2:
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Figura 2 - exemplo de análise de risco por SR – utilização de escada. Fonte: Tavares (2005).
Assim, têm-se o risco principal (responsável direto pelo dano), os riscos iniciais que 
originam a série, e osriscos contribuintes. Uma vez obtida a série, cada risco é analisado em 
termos das possíveis inibições que podem ser aplicadas a cada caso. 
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR)
Consiste em um estudo, durante a concepção ou desenvolvimento prematuro de um 
novo sistema, com a finalidade de determinar os riscos que poderão estar presentes em sua fase 
operacional. Esse procedimento é de suma importância, principalmente nos casos em que o 
sistema a ser concebido não possui semelhança com outros existentes. 
A APR é, portanto, uma análise inicial “qualitativa”, desenvolvida na fase de projeto e 
desenvolvimento de qualquer processo, produto ou sistema, possuindo especial importância 
na investigação de sistemas novos de alta inovação e/ou pouco conhecidos, ou seja, quando a 
experiência em riscos na sua operação é carente ou deficiente. Apesar das características básicas 
de análise inicial, é muito útil como ferramenta de revisão geral de segurança em sistemas já 
operacionais, revelando aspectos que às vezes passam desapercebidos. 
A APR teve seu desenvolvimento na área militar, sendo aplicada primeiramente como 
revisão nos novos sistemas de mísseis. A necessidade, neste caso, era o fato de que tais sistemas 
possuíam características de alto risco, já que os mísseis haviam sido desenvolvidos para operarem 
com combustíveis líquidos perigosos. Assim, a APR foi aplicada com o intuito de verificar a 
possibilidade de não utilização de materiais e procedimentos de alto risco ou, no caso de tais 
materiais e procedimentos serem inevitáveis, no mínimo estudar e implantar medidas preventivas. 
Segundo Tavares (2005), a técnica APR possui alguns princípios:
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Tabela 3 – Princípios da APR. Fonte: Tavares (2005).
Para ajudar na exemplificação dos riscos analisados a técnica utiliza uma classificação:
Tabela 4 – Classificação. Fonte: Tavares (2005).
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A APR nada mais é do que uma tabela síntese de cada risco que está sujeito o funcionário 
onde pode-se citar como exemplo:
Tabela 5 – Análise Preliminar. Fonte: Tavares (2005).
Pode-se ampliar o quadro com muito mais itens e associar-se ao mapa de risco, com isso 
obtendo informações mais completas sobre cada situação. Resumo:
• Tipo: Analise inicial, qualitativa
• Aplicação: Fase de projeto ou desenvolvimento de qual¬quer novo processo, produto 
ou sistema.
• Objetivos: Determinação de riscos e medidas preventivas antes da fase operacional.
• Princípio/Metodologia: Revisão geral de aspectos de segurança através de um formato 
padrão, levantando-se causas e efeitos de cada risco; medidas de prevenção ou correção e 
categorização dos riscos para priorização de ações.
• Benefícios e Resultados: Elenco de medidas de con¬trole de riscos desde o início 
operacional do sistema. Permite revisões de projeto em tempo hábil no sentido de dar maior 
segurança. Definição de responsabilidade no controle de riscos.
• Observações: De grande importância para novos siste¬mas de alta inovação. Apesar de 
seu escopo básico de análise inicial, é muito útil como revisão geral de segurança em sistemas já 
operacionais, revelando aspectos, às vezes, despercebidos.
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ACIDENTE DE TRABALHO E SUAS CAUSAS
O foco da engenharia de segurança do trabalho é nunca estudar as causas de acidentes 
de trabalho, pois a forma de trabalho é sempre prevensionista, mas nem sempre isso ocorre, e 
são com as causas que se possibilita, portanto, a prevenção de novos acidentes no ambiente de 
trabalho.
Por esse motivo, com o intuito de evitar novos acidentes, errando no mesmo ponto que 
aconteceu o acidente anterior esse capitulo visa fazer um estudo porque os acidentes acontecem. 
Investigar as causas do mais simples acidente de trabalho, pois essa poderá revelar um possível 
acidente de maior gravidade em outra ocasião.
Exemplo, o transporte de materiais, suas possíveis causas do acidente durante esse 
percurso.
1. o piso estava liso?
2. o piso estava liso devido a chuva?
3. o piso estava liso devido a resíduos de óleo?
4. o piso não era ante-derrapante?
5. houve distração do funcionário?
6. tipo de calçado ele estava utilizando?
7. o funcionário estava com pressa?
8. o local possui iluminação adequada?
Enfim, acidentes não são inevitáveis e nem surgem por acaso. Eles são causados e por 
essa razão possíveis de serem evitados através da prevenção. Essas causas geralmente estão 
relacionadas a atitudes inadequadas dos operários ou dos ambientes de trabalho.
ATO INSEGURO
Termo técnico em prevenção de acidentes que possui o seguinte significado: são os 
procedimentos do homem que contrariem normas de prevenção de acidentes, ou até mesmo a 
maneira como o trabalhador se expões aos riscos de acidentes.
Os atos inseguros mais comuns praticados são: 
✓ Ficar junto ou sob cargas suspensas;
✓ Usar máquinas sem habilitação ou permissão;
✓ Trabalhar alcoolizado;
✓ Lubrificar, ajustar e limpar máquinas em movimento;
✓ Inutilização de dispositivos de segurança;
✓ Problemas de saúde;
✓ Não usar as proteções individuais;
✓ Tentativa de ganhar tempo;
✓ Brincadeiras e exibicionismo;
✓ Emprego impróprio de ferramentas;
✓ Manipulação insegura de produtos químicos;
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São causas frequentes de atos inseguros:
✓ Desconhecimento dos riscos de acidente;
✓ Excesso de confiança em si mesmo;
✓ Falta de aptidão ou de interesse pelo trabalho;
✓ Atitudes impróprias, tais como violência ou revolta;
✓ Incapacidade física para o trabalho (idade);
✓ Problemas familiares, discussões com colegas; 
• Fator Pessoal de Insegurança: Esse fator é relacionado ao psicológico do funcionário, 
onde se descreve depressão, tensão, preocupações financeiras, problemas de relacionamento, 
preocupações externas, ansiedade, fadiga, empolgação, treinamento inadequado, excesso de 
confiança, desequilíbrio emocional, entre outras.
• Condição Insegura do ambiente: Está relacionado as falhas físicas que comprometem 
a segurança do trabalhador no que diz respeito ao meio ambiente de trabalho, por exemplo, 
trabalhar com produtos químicos é perigoso, mas se tomar as devidas providências não oferece 
riscos evitando, portanto, condições inseguras.
CONDIÇÕES INSEGURAS
Caracterizam-se por situações de risco, presentes no local de trabalho, que podem causar 
acidentes e doenças profissionais. As deficiências apresentam-se como problemas técnicos 
e materiais, e encontram-se nas formas mais variadas. Ocorrem por falta de planejamento, 
prevenção ou omissão de requisitos essenciais relacionados a medidas de higiene e segurança, 
para manutenção do ambiente físico isento de perigos.
Exemplos:
✓ no ambiente: processos abertos com substâncias tóxicas e inflamáveis, gases e poeiras 
nas transformações de matérias primas, iluminação deficiente, excesso de ruído, temperaturas 
extremas e outros.
✓ no pavilhão industrial: pé - direito baixo, telhado inadequado, falta de entradas de 
luz e ventilação natural, colunas e vigas mal dimensionadas e localizadas, piso liso e irregular, 
escadas inseguras e outros.
✓ nas instalações: linhas de ar comprimido e gases, rede de energia elétrica/sub-estações 
e demais utilidades.
✓ no layout: áreas insuficientes, corredores estreitos, equipamentos mal posicionados, 
linhas de produção mal projetadas, falta de sinalização e organização.✓ na maquinaria: falta de proteção em pares móveis e pontos de agarramento, deficiência 
de manutenção vibração, máquinas obsoletas e perigosas, ferramentas defeituosas e outros.
✓ na proteção do trabalhador: falta de EPIs, roupas inadequadas, ausência de treinamento 
em segurança e emergências.
✓ instalações da empresa: edificação com área insuficiente, pisos escorregadios, 
iluminação deficiente, instalações elétricas mal executadas ou faltando manutenção, ruídos, 
vibrações, entre outros.
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REFLITA
Apesar de estar discriminado os conceitos de Ato Inseguro e Con-
dição Insegura, esse termo está em desuso, pois nos acidentes de 
trabalho sempre se quer formalizar que o acidente foi causado por 
um Ato Inseguro, transferindo a culpa da empresa para o trabalha-
dor. Exemplo: O trabalhador esmagou o dedo em uma máquina, 
Ato Inseguro, porque o trabalhador colocou o dedo em local de ris-
co. No entanto ele só colocou o dedo lá simplesmente porque não 
havia uma proteção, ou seja, faltou um EPC, faltou uma proteção, 
etc., enfim é uma Condição Insegura. Em 2009 o termo Ato Inse-
guro, foi abolido das normas de segurança do trabalho, mas ainda 
hoje se usa o termo muitas vezes especificado nas CATs (Comuni-
cação de Acidente de Trabalho) com o intuito de transferir a culpa 
do acidente para o trabalhador.
INCIDENTE
São situações que não provoca nem danos à propriedade nem lesões físicas, apresentando, 
porém, potencial para causar danos físicos ou materiais. Incidente ou quase acidente se torna 
importante uma análise ou um estudo sobre o assunto porque são através deles que se descobrem 
os potenciais acidentes, por exemplo: 
✓ Quantas vezes se deixa cair uma ferramenta de sua mão durante uma jornada de 
trabalho? Se essa atividade estiver sendo executada em um nível superior isso poderá atingir 
alguém.
✓ Quantas vezes se utiliza ferramentas inadequadas para determinadas atividades?
Enfim, quantas vezes durante a jornada de trabalho se realizou atos inseguros e tudo 
correu bem, sem problemas, mas quantas vezes isso chegou a ocorrer um incidente ou um 
acidente.
Essas estatísticas, é importante ter registrada, para então começar a mapear e iniciar um 
processo de correção.
A INVESTIGAÇÃO – ANÁLISE DE ACIDENTES
A investigação tem o propósito de saber as causas do acidente e evitar que tal situação 
volte a ocorrer, essa investigação pode iniciar-se da seguinte forma:
✓ Dados preliminares: data, dia da semana, hora, turno, local exato da ocorrência e área.
✓ Natureza do acidente: vazamento, escapamento, incêndio, quebra de máquina, curto 
circuito.
✓ Descrição do acidente: o que e como aconteceu, com descrição de fatos que antecederam 
ao acidente, e o que acontecia antes da ocorrência.
✓ Danos: pessoais e materiais.
✓ Avaliação: indicar qual a classe da perda, a probabilidade da ocorrência, o custo dos 
reparos e o grau de controle que a providência dará.
✓ Causas: as causas imediatas e as básicas deverão ser indicadas claramente e objetivamente.
✓ Pessoal envolvido: indicar quem viu primeiro a ocorrência, os que trabalhavam no 
local e os que trabalhavam à distância na operação em que o acidente ocorreu.
✓ Custos: indicar os de mão-de-obra (dos acidentados, dos envolvidos, dos que 
investigaram, dos que recuperaram os equipamentos, dos que pararam, etc.), os de material 
(danificados, produtos perdidos, etc), os lucros cessantes, etc.
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✓ Comentário: anexar os depoimentos das testemunhas bem como fatos passados que 
ajudam a esclarecer a ocorrência.
✓ Providências: indicar as recomendações que deverão ser adotadas para que o acidente 
não mais se repita.
✓ Desenhos: anexar desenhos, croquis, etc, ao relatório.
✓ Data e assinatura: relativos aos que participaram da investigação.
✓ CAT: Não esquecer de abrir a CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho)
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Os equipamentos de segurança são divididos basicamente em dois tipos, os que se destinam 
ao indivíduo e aqueles que são coletivos. Dentro dessa premissa tem-se os EPIs, Equipamentos 
de proteção Individual e os EPCs, Equipamentos de Proteção Coletiva. Os equipamentos 
de segurança são a principal forma utilizada para garantir a segurança do trabalhador pelas 
empresas na atualidade, lamentavelmente, seu uso ocorre de forma equivocada. Na identificação 
de um risco, a primeira atitude da empresa seria eliminá-lo, neutralizá-lo, no entanto, o que se 
vê, são medidas economicamente viáveis do ponto de vista imediatista, e não no ponto de vista 
da segurança do trabalho.
Por exemplo: Diante de uma determinada indústria que possui uma máquina que produz 
ruídos acima do permitido pela norma, veja os seguintes pontos de vista:
Ponto de vista da engenharia:
1ª alternativa: Eliminar o ruído utilizando silenciadores, pontos de apoio flexíveis capazes 
de diminuir a vibração; ou até mesmo trocar a máquina.
2ª alternativa: Eliminar o ruído enclausurando a máquina, ou seja, utilizando um EPC 
(Equipamento de Proteção Coletiva).
3ª alternativa: “Eliminar” o ruído fornecendo EPIs (Equipamento de Proteção Individual) 
para o funcionário.
Ponto de vista do Empresário:
1ª alternativa: a mais barata, fornecimento de EPIs.
2ª alternativa: a segunda mais barata, utilização de um EPC, isso se houver muita pressão 
por parte dos funcionários, sindicatos, engenharia de segurança do trabalho, entre outros.
3ª alternativa: troca da máquina ou soluções que neutralizem o risco.
Percebe-se que há uma inversão de valores. É sempre bom lembrar que caso se consiga 
trocar a máquina por uma mais silenciosa o problema deixa de existir e o engenheiro/técnico de 
segurança tem 100% de garantias de que a saúde do funcionário foi resolvida, contudo, o uso de 
EPIs não te dá essas mesmas garantias.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIS)
Reforçando os comentários anteriores, o EPI não garante a proteção do trabalhador 
quando está exposto a um risco, no entanto, é o método mais utilizado com o intuito de evitar 
danos, lesões aos trabalhadores. A Norma Regulamentadora que rege as regras no que diz respeito 
aos EPIs é a NR 06. Ela estabelece obrigações e deveres para ambas as partes, empregador e 
empregado. Quando que se deve utilizar um EPI segundo a NR-06:
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A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado 
ao risco, em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias: 
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra 
os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; 
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.
Dentro do mesmo discurso veja o que a NR-31 estabelece, caber ao empregador rural ou 
equiparado:
l) adotar medidas de avaliação e gestão dos riscos com a seguinte ordem de 
prioridade:
1. eliminação dos riscos;
2. controle de riscos na fonte;
3. redução do risco ao mínimo através da introdução de medidas técnicas ou 
organizacionais e de práticas seguras inclusive através de capacitação;
4. adoção de medidas de proteção pessoal, sem ônus para o trabalhador, de forma 
a complementar ou caso ainda persistam temporariamente fatores de risco.
O que se vê normalmente, é o uso de EPIs, como a única alternativa para a proteção 
dos trabalhadores contra os riscos ocupacionais, sendo o que estabelece a NR-06 e também é 
reforçadona NR-31, deveria ser um dos últimos recursos a ser utilizados. A norma estabelece, 
ainda, regras para os empregadores, que deverão ser seguidas, tais como: 
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente 
em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, 
fichas ou sistema eletrônico.
As regras não são somente para os empregadores, os empregados também têm que 
cumprir algumas exigências, que seguem:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; 
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; 
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; 
e, 
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. 
Dessa forma, destacamos que quanto ao seu uso, os EPIs necessitam:
✓ sempre utilizar conforme especifica o fabricante ou o engenheiro de segurança 
recomendar;
✓ ser utilizados somente para as funções as quais eles foram projetados;
✓ ser utilizados durante a exposição ao risco.
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ESPECIFICAÇÕES EPIS MAIS COMUNS
• Capacete
O capacete tem a função de proteger a cabeça do funcionário contra risco de batidas e 
quedas de objetos. São os tipos de capacetes e suas proteções:
a) proteção contra impactos de objetos sobre o crânio;
Figura 3 – Capacete. Fonte: o autor.
b) proteção contra choques elétricos;
Figura 4 – Capacete. Fonte: o autor.
c) proteção do crânio e face contra agentes térmicos.
• Óculos
Os óculos têm a função de proteger olhos do funcionário a partículas de impacto e 
exposição de luz intensa, desse modo, existem os seguintes tipos:
a) proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes;
b) proteção dos olhos contra luminosidade intensa;
c) proteção dos olhos contra radiação ultravioleta;
d) proteção dos olhos contra radiação infravermelha;
e) óculos de tela para proteção limitada dos olhos contra impactos de partículas volantes. 
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Figura 5 – Óculos. Fonte: o autor.
PROTETOR AUDITIVO OU AURICULAR
Este protetor tem a função de proteger o trabalhador contra o ruído excessivo nos 
ambientes de trabalho, no entanto, sempre se recomenda, mesmo em locais onde o ruído não 
atinge o máximo estabelecido por norma, que se use o protetor auricular, evitando assim uma 
fadiga do sistema auricular do trabalhador, possibilitando uma perda de audição. Tipos de 
protetores:
a) Tipo plug de silicone, muito utilizado por ser mais barato e permitir limpeza, ele é 
inserido dentro do ouvido, não é recomendável que se retire do ouvido durante a jornada de 
trabalho.
Figura 6 – Protetor auricular. Fonte: o autor.
b) Tipo plug de esponja, confortável, muito utilizado por engenheiros. Feito para uso e 
descartável, ele é inserido dentro do ouvido, não sendo recomendável ficar retirando do ouvido 
durante a jornada de trabalho.
Figura 7 – Protetor auricular. Fonte: o autor.
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c) Tipo concha. Diferente dos demais, ele é externo, permite limpeza, é um produto mais 
caro, e é recomendável para funcionários que têm que ficar retirando o protetor. Sua eficiência 
depende da ausência de barba e cabelo baixo.
Figura 8 – Protetor auricular. Fonte: o autor.
LUVAS
As luvas têm como função, proteger mãos e muitas vezes antebraço, de qualquer agressão 
que possa ocorrer devido a riscos do trabalho. Seguem alguns tipos:
a) agentes abrasivos e escoriantes; 
Figura 9 – Luva. Fonte: o autor.
b) cortantes e perfurantes; 
Figura 10 – Luva. Fonte: o autor.
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c) contra choques elétricos; 
d) agentes térmicos; 
e) agentes biológicos; 
f) agentes químicos; 
g) vibrações; 
h) umidade proveniente de operações com uso de água;
Figura 11 – Luvas. Fonte: o autor.
i) radiações ionizantes.
Cremes – “luva líquida”
Pouco conhecida, porém, muito bem aceita, a luva líquida diz respeito aos cremes, que 
podem ser utilizados em situações especificas protegendo a pele do trabalhador contra o risco 
químico.
Figura 12 – Protetores. Fonte: o autor.
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CALÇADOS DE SEGURANÇA
Os calçados de segurança têm como função, proteger os pés do trabalhador, que conforme 
a situação do trabalho, deverá utilizar um calçado específico, por exemplo:
a) contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos; 
b) contra agentes provenientes de energia elétrica; 
c) contra agentes térmicos; 
d) contra agentes abrasivos e escoriantes; 
e) contra agentes cortantes e perfurantes;
f) contra umidade proveniente de operações com uso de água; 
g) contra agentes químicos. 
CINTO
Figura 13 - Cadeira Suspensa, com cinto de segurança e trava quedas. Fonte: Casa & Construção (2017).
O cinto de segurança serve para proteger o trabalhador quando estiver executando 
trabalhos em altura, deverá sempre ser fixado pelas costas do trabalhador, em algumas situações, 
quando trabalhado na horizontal, usa-se talabarte (conhecido em obra por mosquetão).
Figura 14 - Talabarte. Fonte: o autor.
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Em posição vertical, usa-se trava-quedas.
Figura 15 - Trava quedas. Fonte: YouTube (2017).
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCS)
Os EPCs têm uma grande importância, pois conferem a possibilidade de deixar o 
ambiente de trabalho melhor e mais confortável para o trabalhador, que não irá precisar usar os 
EPIs. Seguem alguns EPCs mais comuns:
• Ventilação Local Exautora (VLE): Função: Retirar o produto nocivo do local que está 
trabalhando e retê-lo, ou passar por um filtro jogando o ar limpo, para retornar para o ambiente 
externo.
Figura 16 - Exemplo de VLE. Fonte: Saúde e Segurança no Trabalho (2017).
O nome do sistema auto se explica, é uma Ventilação, bem Localizada especificamente 
para o local que se faz o trabalho (solda, mistura de produto químico, etc.) sendo que essa 
ventilação é do tipo Exaustão. Um exemplo clássico muito comum em laboratórios de química 
é a Capela.
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• Atenuação de Ruídos: 
Função: Reduz o ruído sem a necessidade de o trabalhador fazer uso de EPIs, seguem 
alguns exemplos:
a) Cabinas Acústicas
b) Barreiras Acústicas
c) Atenuadores de ruídos
d) Portas Acústicas
e) Venezianas Acústicas
f) Materiais absorvedores
Outros exemplos de EPCs são muito aplicados e conhecidos na construção civil, por 
exemplo:
a) Plataforma primária, 
b) secundária e 
c) terciária, que evitam a queda de funcionários e material de maiores alturas.
d) Proteção de pisos, evitando a queda.
e) Proteção de borda de laje, guarda corpo.
f) Tela de proteção ao redor da obra, não deixando materialcair fora das plataformas.
g) Extintor, existem em todo lugar, mas há exigência de ter em obra também.
ORDEM DE SERVIÇO
A ordem de serviço é um documento que o funcionário assina se responsabilizando 
das tarefas que irá realizar em um determinado período, assim como, os EPIs e as medidas de 
segurança que terá que tomar enquanto estiver envolvido com a atividade.
Desde modo, segue o anexo I dessa unidade com um exemplo de ordem de serviço e a 
seguir algumas orientações sobre o documento:
1- É importante especificar a sua atividade CBO (Classificação Brasileira de Ocupações), 
porém o seu risco sempre será levado em consideração pelo que ele faz.
2- Descrever claramente os riscos que o funcionário está exposto, pois isso é uma 
responsabilidade do empregador.
3- Descrever os EPIs necessários para serem usados durante a execução da atividade, 
sendo de uso obrigatório.
4- Descrever o que é estritamente proibido ao funcionário fazer em sua atividade.
5- Por último, data e assinatura.
Caso o funcionário mude a atividade, nova Ordem de Serviço deverá ser emitida. Veja 
modelo no Anexo II.
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Figura 17 - Ordem de Serviço Evita Acidentes. Fonte: EPI Tuiuti
Não seja negligente em sua atividade de engenharia, você será res-
ponsabilizado diretamente, portanto, exija das empresas terceiriza-
das: PPRA; PCMSO; LTCAT, recolhimento dos impostos referentes 
ao FGTS dos funcionários; contrato de prestação de serviço pre-
vendo as obrigações referentes à segurança do trabalho; ordem de 
serviço; formulário de entrega de EPIs; nota fiscal da compra dos 
EPIs e lista de presença de treinamento dos funcionários. No caso 
do PCMAT é de responsabilidade da empresa construtora. 
Leia as bibliografias relacionadas nessa unidade para obter mais 
conhecimento contextualizando situações apresentadas, preferen-
cialmente sugere-se ler MORAES (2011), pois essa possui as nor-
mas comentadas, facilitando sua compreensão.
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 45
DEFINIÇÕES ............................................................................................................................................................. 46
INSALUBRIDADE ...................................................................................................................................................... 47
INTRODUÇÃO A PERICULOSIDADE ....................................................................................................................... 56
PERICULOSIDADE ................................................................................................................................................... 57
PROGRAMAS DE SEGURANÇA E SAÚDE DO TRABALHO .................................................................................... 63
INSALUBRIDADE E 
PERICULOSIDADE
PROF. ME. EDINALDO FAVARETO GONZALEZ 
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INTRODUÇÃO
O adicional de insalubridade e periculosidade são definidos pela NR-15 Atividades 
e Operações Insalubres e pela NR-16 Atividades e Operações Perigosas. Nesta unidade, 
especificamente, se verificará informações sobre a NR-15 e NR-16. O adicional de insalubridade 
e periculosidade são muito discutidos nas empresas, pelo corpo técnico e entre funcionários, pois 
tem-se alguns questionamentos diferentes sobre ângulos de visão, as vezes um pouco distorcidas. 
Assim segue:
• Empresas: Caso a NR-15 ou 16 não dê o direito ao funcionário receber o adicional, 
ótimo não se paga; por outro lado, muitas empresas preferem pagar, para ter um “ganho” com 
o funcionário, assim caso ocorra alguma reclamação, a empresa já afirma ter feito sua parte, 
pagando insalubridade ou periculosidade.
• Funcionário: Muitas vezes já se questionou o cancelamento da Insalubridade e 
Periculosidade, porém, muitos funcionários e sindicatos, são contra, pois o adicional já se 
incorporou ao salário.
• Engenharia de segurança do trabalho: Considera um adicional absurdo, pois dá a 
impressão de que a empresa está comprando a saúde do trabalhador, e, portanto, não precisa se 
preocupar com quesitos de segurança do trabalho, figura 01.
Figura 1 - Efeitos da Insalubridade. Fonte: Joventil Sena Advogacia Trabalhista (2018).
A unidade em questão e a próxima, terão como principal assunto a NR-15 e NR-16, por 
meio das quais será possível verificar em quais as situações o benefício será devido.
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DEFINIÇÕES
Para iniciar a discussão do tema é importante verificar algumas definições, portanto, 
seguem alguns conceitos:
• Insalubridade: Segundo a CLT 2017, no art. 189 - Serão consideradas atividades ou 
operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham 
os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da 
natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
• Ruído: Salita (2015) classifica como ruído, o fenômeno físico vibratório com 
características indefinidas de variações de pressão (no caso ar) em função da frequência; isto 
é, para uma dada frequência podem existir, em forma aleatória através do tempo, variações de 
diferentes pressões.
• Nível de Pressão Sonora: determina a intensidade do som em uma escala logarítmica, 
sendo sua unidade o decibel (dB).
• Vapor: fase gasosa de uma substância que a 25oC e 760 mmHg, que é líquida ou sólida. 
Ex.: vapor de água, vapor de gasolina, conforme Salita (2015).
• Poeiras: substâncias sólidas produzidas por ruptura mecânica de um sólido, seja pelo 
manuseio (limpeza de bancadas), ou em consequência de uma operação mecânica (trituração, 
moagem, peneiramento, polimento, entre outras). Ex.: Poeira de sílica, asbesto e carvão, expõe 
Salita (2015).
• Fumos: Os fumos são definidos por Salita (2015), como substâncias sólidas resultantes 
da condensação de vapores ou de uma reação química, geralmente após a volatilização de metais 
fundidos. Ex.: Fumos de Pb – ponteamento de arames; fumos de Zn - galvanoplastia.
• Névoas e Neblinas: são partículas líquidas, produzidas por ruptura mecânica de líquido 
ou por condensação de vapores de substâncias que são líquidas à temperatura ambiente. Ex.: 
Névoa de tinta – resultante de pintura à pistola, coloca Salita (2015).
• Fibras: são produzidas por ruptura mecânica de sólidos, que se diferenciam das poeiras 
porque têm forma alongadas, com um comprimento de três a cinco vezes superior a seu diâmetro. 
Exemplos: Animal – lã, seda, pelo de cabra e camelo; Vegetal – algodão, linho, cânhamo; Mineral 
– asbestos, vidros e cerâmica, define Salita (2015).
• Limite de Tolerância: é a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada 
à natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, 
durante a sua vida laboral, aponta Brasil (2017).
• Higiene Ocupacional: é a ciência que atua no campo da saúde ocupacional, por meio 
da antecipação, do reconhecimento, da avaliação e do controle dos riscos físicos, químicos e 
biológicos originados nos locais de trabalho, que podem acarretar danos à saúde dos trabalhadores, 
observando-se também seu impacto no meio ambiente, apresenta Salita (2015).
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