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1 1 Prof. Claudio L. Aguiar Tecnologia do Açúcar CONCENTRAÇÃO DO CALDO DE CANA-DE-AÇÚCAR 2 2 3 CONCENTRAÇÃO DO CALDO 4 EVAPORAÇÃO FUNDAMENTOS DA EVAPORAÇÃO 1ª fase - Pré-evaporação - 13 a 15°Brix 20 - 25°Brix condição operação temperatura: 115 -120°C pressão: 0,69 - 0,99 kgf/cm² 2ª fase – Evaporação: 20 a 25°Brix 55-65°Brix Temperaturas: 107° < 55°C Pressão: 0,37 kgf/cm² < 64 cmHg a) xarope diluído maior consumo de vapor no cozimento; maior tempo de cozimento; necessidade de maior número de equipamentos; escurecimento da massa cozida e, maior cor do açúcar. b) xarope muito concentrado maior dificuldade na produção do pé de cozimento; dificulta a condução do cozimento; dificulta o controle de crescimento dos cristais; facilita a formação de falsos cristais. Fatores limitantes - concentração pela evaporação 3 5 2. EVAPORAÇÃO 2.1. FUNDAMENTOS DA EVAPORAÇÃO 1ª fase - Pré-evaporação - 13 a 15°Brix 20 - 25°Brix condição operação temperatura: 115 -120°C pressão: 0,69 - 0,99 Kgf/cm² 2ª fase – Evaporação: 20 a 25°Brix 55-65°Brix Temperaturas: 107° < 55°C Pressão: 0,37 Kgf/cm² < 64 cmHg a) xarope diluído maior consumo de vapor no cozimento; maior tempo de cozimento; necessidade de maior número de equipamentos; escurecimento da massa cozida e, maior cor do açúcar. b) xarope muito concentrado maior dificuldade na produção do pé de cozimento; dificulta a condução do cozimento; dificulta o controle de crescimento dos cristais; facilita a formação de falsos cristais. Fatores limitantes - concentração pela evaporação 6 4 7 2.2. PRINCÍPIOS DE EVAPORAÇÃO EM MULTIPLOS-EFEITOS (Fundamentos) Norbert Rillieux foi o primeiro a definir os princípios básicos de evaporação - 1848. a) Primeiro Princípio: “Em um evaporador de múltiplos-efeitos, cada quilograma de vapor, usado no primeiro vaso, evaporará tantos quilogramas de água quantos forem os números de vasos.” 8 2.2. PRINCÍPIOS DE EVAPORAÇÃO EM MULTIPLO-EFEITO (Fundamentos) Norbert Rillieux foi o primeiro a definir os princípios básicos de evaporação - 1848. a) Primeiro Princípio: “Em um evaporador de múltiplos-efeitos, cada quilograma de vapor, usado no primeiro vaso, evaporará tantos quilogramas de água quantos forem os números de vasos.” Diante deste princípio, tem-se que: no simples-efeito: 1 kg de vapor evapora 1 kg de água; no duplo-efeito: 1 kg de vapor evapora 2 kg de água; com n vasos: 1 kg de vapor evapora n kg de água. Prática: [n max. vasos = 4 ou 5] (implicações técnicas e econômicas) Webre: 1° vaso - 100% 3° vaso - 115% 2° vaso - 107,5% 4° vaso - 121% 5 9 10 b) Segundo Princípio: “ A extração de vapor de qualquer unidade de um evaporador de múltiplo-efeito para ser usado em outro setor da fábrica conduz a uma economia que será igual ao número de quilogramas de vapor extraído, dividido pelo nº de vasos do conjunto e multiplicado pelo nº de ordem que o corpo ocupa” Exemplificando-se, que W o peso de vapor, M o nº de vasos e N o nº de ordem que o vaso ocupa no conjunto de evaporação, a economia de vapor E será igual a: E = W.N M E1º vaso = 1. 1/4 = 1/4 ... E3º vaso = 1. 3/4 = 3/4 Prática utiliza-se vapores dos vasos aquecimento parcial do caldo ou outros fins. Entretanto, últimos vasos t ºC mais baixas sangria difícil. 6 11 c) Terceiro Princípio: “Em todo aparelho no qual se condensa vapor, é necessária extrair continuamente o acúmulo de gases incondensáveis que ficam, internamente”. Prática instalam nos evaporadores dispositivos mecânicos para a extração dos gases incondensáveis. 12 7 13 14 CONSTRUÇÃO DE UM MÚLTIPLO-EFEITO Facilidade de construção corpos do sistema (forma, altura, capacidade) Aparelho 4 partes - Fundo - Calandra - Corpo cilíndrico - Cabeça Detalhe da cabeça 8 15 CONSTRUÇÃO TECNICA DE UM EVAPORADOR V max 5 m/s 16 IMPACTO DE IMPUREZAS 9 CADEIA PRODUTIVA E INCRUSTAÇÕES ADUBAÇÃO - SOLO PROCESSO 18 Processos: (a) Mecânico: tipos: raquete e chicote flexível (b) Químico: produtos: NaOH e HCl de 1 a 2% (2 a 5h) (c) Biológico: Solução diluída de melaço de 15 a 20º Bx até cobrir o espelho (fermentação - 15 a 20 dias) Sistemas de limpeza de tubulações 10 19 20 11 21 HIDROJATEAMENTO 22 Relações entre pressões, temperaturas e Brix. FUNCIONAMENTO DE UM MÚLTIPLO-EFEITO 12 23 BALANÇO TÉRMICO E DE MASSA VAPOR 24 BALANÇO TÉRMICO E DE MASSA ÁGUA CONDENSADA 13 25 PRODUÇÃO DE VÁCUO Condensação do vapor produzido na ultima caixa de evaporação Condensadores Barométricos + Bomba de Vácuo ou Multi-jato Menor consumo de água – 35 – 40 L/kg vapor a ser condensado • Produção de vácuo de até 26” Hg ou 0,16 kgf/cm² • Funcionamento por efeito cascata • Necessidade de torre de resfriamento de água (circuito fechado) • Temperatura da água : 32°C (grande influência no consumo de água ) • Necessidade de bomba de vácuo ou multi-jato para retirada dos gases incondensáveis • Instalação – 11 – 12 m (tubo de selo hidráulico) 26 PRODUÇÃO DE VÁCUO Condensação do vapor produzido na ultima caixa de evaporação Condensadores Multi-jato Maior consumo de água – 40 - 45 L/kg vapor a ser condensado • Produção de vácuo de até 26” Hg ou 0,16 kg/cm² • Funcionamento por injeção de água a 1 kgf/cm² (Bicos injetores) – Arraste dos gases incondensáveis • Necessidade de torre de resfriamento de água (circuito fechado) • Temperatura da água : 32°C (grande influência no consumo de água ) • Instalação – 11 – 12 m (tubo de selo hidráulico) Vapor Água 14 27 Cozimento 28 SOLUBILIDADE DE SACAROSE Solubilidade da sacarose pura em água Soluções classificadas como: caldo cana, xarope e méis - soluções diluídas cristalização - ocorre - solução super-saturadas Massa Cozida - A sacarose, a semelhança de outras substâncias químicas, é altamente solúvel em água. Esta solubilidade, entretanto, sofre influência dos sais minerais e açúcar redutor. - Sais minerais: substâncias melacigênicas positivos (KCl, NaCl, ...) - Açúcares redutores: substâncias melacigênicas negativos (AR, MgSO4, CaCl2) De modo geral, os sais minerais tendem a aumentar a solubilidade da sacarose, enquanto o açúcar invertido tende a diminuir. - Diluída, instável ou não saturada - Concentrada, estável ou saturada - Super concentrada, instável ou super-saturada Questione-se sobre o caldo de sorgo sacarino!!! VINHAÇA 15 29 Soluções Supersaturadas de Sacarose (C1) Coeficiente de supersaturação (C.S.S.) C.S.S. = S’’ , onde: S’ S’’ = peso da sacarose (partes), dissolvidas em 100 partes de água, de uma solução supersaturada, de pureza R e a temperatura t0C S’ = peso da sacarose (partes), dissolvidas em 100 partes de água, de uma solução saturada, pura e a temperatura t0C Valor da C.S.S. Interpretação 1 solução saturada <1 solução não saturada ou diluída >1 solução supersaturada 30 CSS = 1.0 CSS < 1.0 CSS > 1.0 16 31 Zonas de Supersaturação e a Cristalização 1 - Zona Metaestável (CSS: 1,0 a 1,2) apenas crescimento dos núcleos cristalinos existentes; não ocorre nucleação ou formação de sacarose como cristal; tendência do coeficiente de supersaturação se aproximar do limite inferior. 2 - Zona intermediária (CSS: 1,2 a 1,3) crescimento dos cristais existentes; formação de novos núcleos ou de falsos cristais (falso grão); tendência do CSS atingir o limite superior da zona metaestável. 3 - Zona lábil (CSS: >= 1,3) ocorrência de nucleação espontânea da sacarose; tendência de abaixamento do CSS para limite superior da zona intermediária. 32 EQUIPAMENTOS DE COZIMENTO Descrição De Um Cozedor Intermitente Clássico 17 33 Cozedor à vácuo Intermitente Clássico 34 CRISTALIZAÇÃO DA SACAROSE E O COZIMENTO (NUCLEAÇÃO) Processo de cozimento a) Concentração inicial do xarope: • Funcionamento do vácuo (o condensador e ejetor à vapor, condensador e bomba de vácuo ou simplesmentemultijato; • redução de pressão “aspira” o xarope até cobrir a superfície superior da calandria; • ajuste (de pressão à 590mmHg (23” Hg) com temperatura de 63ºC; • concentração gradual do material (perda de água) e compensado pela adição em filete contínuo de xarope ou mel 18 35 b) Nucleação da sacarose Métodos de formação dos cristais (1) Espera: aparecimento espontâneo de cristais em condição de supersaturação na zona lábil • Identificação do ponto: (a) aparelho de controle (índice de refração, elevação de temp., pureza, etc); (b) observação visual (velocidade de escorrimento do xarope no vidro da luneta). (2) Choque: obtida em condições de temperatura mais elevada (72°C) e sob vácuo (24”Hg - 50cmHg) temperatura cai rápido ( 60cmHg - t = 61ºC) atingida a zona lábil e forma cristais (3) Indução: conc. zona intermediária introduz com pó de sacarose (pé de açúcar), para ocorrer a cristalização. (3.1) Semeadura: insere-se um número de núcleos , determinando-se e controlando o tamanho dos cristais. O crescimento dos cristais mantido na zona metaestável (CSS de 1,1 a 1,2). 36 c) Crescimento dos cristais pela condução do cozimento (levantamento) Crescimento de cristais condição controle (visual na luneta ou através de equipamentos) d) Concentração Final “Aperto” de massa máxima concentração (interferem circulação de massa devido alta viscosidade). e) Descarregamento fecha se o vapor e a água de multijato abre-se a “quebra vácuo” e a válvula de descarga Vazio e temperatura normais. Alimentação gradual c/ xarope, mel rico e pobre. 19 37 Obrigado pela Atenção! Prof. Claudio Aguiar USP - ESALQ Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição 3447-8682 claguiar@usp.br CLA’15
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