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TA920 CONCENTRAÇÃO E SECAGEM DE ALIMENTOS - INTRODUÇÃO ★ Estabilização Biológica de Alimentos ○ Processos para retardar ou evitar a deterioração e gerar estabilização da matéria-prima ○ Destruição: tratamento térmico, irradiação, ultrassom ○ Separação: centrífuga e microfiltração ○ Inibição: adição de moléculas bacteriostáticas, ácidos orgânicos , FRIO e ★ Diminuição da Aw ○ Bloqueio de água ou eliminação da água ○ Líquida: pode ser removida por prensagem e filtração ○ Sólida: por crioconcentração ○ Vapor: por ebulição ( evaporação a vácuo e superfície aquecida), arraste ( secagem por atomização ou fluidização) e sublimação (liofilização) ★ Gasto Energético para remoção da água ○ Nanofiltração, ultrafiltração e osmose inversa gastam pouca energia ○ Líquido ⇒ vapor: evaporação a vácuo, secagem por cilindro e por atomização gastam média energia ○ Líquido ⇒ Sólido ⇒ Vapor: liofilização gasta muita energia ○ Portanto quanto maior a quantidade de mudança de fase que a água passa, maior o gasto energético ★ Objetivo da Concentração e Secagem ○ Aumento da estabilidade e incremento da vida de prateleira ( redução de Aw) ○ Redução do custo de transporte devido a diminuição de volume ○ Desenvolvimento de novas funcionalidades como leite condensado - ELIMINAÇÃO DE ÁGUA ★ FILTRAÇÃO POR MEMBRANAS (Forma Líquida) ○ Separação física utilizando membrana seletivamente permeável ○ O permeado contém moléculas capazes de passar pela membrana ○ Menor pressão no permeado e maior no retentado, garantindo a filtração ○ Tipos de filtração ■ Microfiltração = bloqueia bactérias ■ Ultrafiltração = concentra proteínas permitindo passar açúcar, sal e água ■ Nanofiltração = desmineralização permitindo sais e águas ■ Osmose reversa = concentração permite a passagem apenas de água (operação de menor custo que evaporação a vácuo, importante para remover a água) ○ Diferença entre poros, permeação e pressão ○ DIAFILTRAÇÃO ■ Pode ser utilizada em qualquer técnica de filtração e permite a redução da concentração das moléculas potencialmente permeáveis na fração de retentado ■ Rediluição do retentado e realiza a etapa de permeação, podendo reduzir na metade a concentração dessas moléculas ■ Micro, Ultra ou Nanofiltração ○ Tipos de membrana ■ Na área de alimentos são as membranas em espiral, ocupam pouco espaço na superfície de permeação ■ Bombas com grande capacidade de alimentação, mantendo a diferença de pressão ■ Reutilizáveis, porém possuem uma vida útil ○ Vantagens ■ Processo na temperatura ambiente, bom para produtos termosensívesi (como manter o aroma) ■ Concentração sem mudança de fase (baixo custo energético) ■ Instalações compactas e flexíveis e operação contínua ○ Desvantagens ■ Foulling da membrana = diminuição da permeação ■ Vida útil das membranas é limitada ■ Necessidade de operação com grandes velocidades tangenciais = necessidade de bombas potentes gerando alto gasto energético ■ Taxa de concentração amplamente afetada pela viscosidade do produto ★ CRIOCONCENTRAÇÃO (Forma sólida) ○ Formação e separação mecânica de cristais de gelo ○ Produto com baixa temperatura, onde no cristalizador permite a formação e crescimento dos cristais ○ Na centrífuga há a separação dos cristais de gelo do resto do produto ○ Grande gasto energético, porém trabalha em temperaturas reduzidas sendo uma vantagem para produtos termosensíveis ○ Etapas Principais: ■ Formação de cristais de gelo: pelo cristalizador e trocador de calor de superfície raspada ■ Centrífuga: separação mecânica dos cristais com a obtenção de água e produtos concentrados ○ Relativamente pouco difundido, pode ser utilizado na produção de café solúve ★ EVAPORAÇÃO POR EBULIÇÃO (Forma gasosa) ○ Separação de solvente induzido por sua ebulição ○ O processo ocorre na temperatura de ebulição, a qual é dependente da temperatura e pressão ambientes ○ Aplicações ■ Operação unitária central na elaboração de produtos como leite condensado ■ Etapa intermediária para processo de secagem como leite em pó ■ Redução de volume para otimizar o transporte e/ou solucionar problemas logísticos ○ Interação Produto & Processo ■ Alterações físicas, químicas e nutricionais nos produtos após a evaporação ■ Relação custo/benefício ■ A intensidade do aquecimento do produto para ebulição pode causar alterações significativas no produto (reação de Maillard) ■ Reduzir a pressão do produto, reduz a temperatura ○ Fatores que afetam a evaporação: diferença de temperatura, concentração do produto, pressão de trabalho, superfície de troca térmica ○ Vapor ⇒ evaporador ⇒ condensado ○ Tipos de Evaporador ■ Tacho Aberto ou Fechado ● Funcionamento simples e baixo custo de funcionamento (material e mão de obra) ● Baixa eficiência energética ● Temperatura de ebulição no tacho aberto funciona na pressão ambiente e no fechado é à vácuo ■ Evaporador Tubular (Tubo curto) ● Baixo custo e baixa eficiência energética, porém de simples funcionamento ● Não são indicados para produtos viscosos ● Horizontal ou vertical (vantagem de convecção que melhora a troca térmica) ■ Evaporador Tubular (tubo longo) ● Utilizado na produção de leite condensado e leite em pó (pouco viscosos) ● No ascendente o produto vem de baixo e no descendente vem de cima ● O produto passa nos tubos trocando calor ● Passa para o separador do produto do vapor na forma helicoidal, fazendo com que o vapor suba e o produto concentrado fica na base ● O ascendente tem uma limitação maior para a viscosidade do produto ■ Evaporador a Placas (circulação forçada) ● Desenho similar a um pasteurizador a placas ● Alto investimento de capital, porém apresenta grande taxa de transferência de calor, curto tempo de permanência e alta eficiência energética ● Equipamentos compactos e de relativamente fácil manutenção ● Pode ser utilizado para produtos sensíveis ao calor ou de alta viscosidade devido a alta eficiência energética e baixo tempo de permanência ■ Evaporador de película mecânica (circulação forçada) ● Superfície Raspada ○ Superfície raspada que empurra o material pela superfície do tubo encamisado, gerando a evaporação do material ○ O produto entra pela parte superior atravpes de um distribuidor de próprio e escorre pela parede interna, sendo espelhado em um filme fino por um rotor com raspadores ○ Saída do vapor em ambas as extremidades ○ Concentração de líquidos viscosos como suco de frutas com alto teor de polpa ● Superfície Centritherm ○ Eficaz mesmo para produtos de alta viscosidade ○ Utilizados para extratos de chá e café, carne e suco de frutas devido ao baixo tempo de residência ○ Produto em rotação por meio dos pratos, semelhante a centrífuga de desnate do leite ○ Secagem por Superfície Aquecida ■ Roller/ Drum Drying ● Evaporação por superfície aquecida para gerar um produto em pó ● Nos tambores é a fonte de aquecimento, depositando o produto em suas superfícies e causando ebulição instantânea ● O produto forma uma película seca que é retirada depois do processamento ● Produto aquecido a temperaturas em torno de 110-130ºC ● Leite em pó para confeitaria quando as notas de sabor e aroma são interessantes como quando ocorre a reação de Maillard ● Temperaturas muito altas não consegue garantir a manutenção nutricional do produto ★ EVAPORAÇÃO POR ARRASTE (forma gasosa) ○ Secagem por Atomização e Fluidização ■ Aplicado em pós lácteos, café solúvel, fermento ■ Princípios: no dessecador uma sílica consegue absorver a água no ambiente, deixando o ambiente seco fazendo com que a água da maçã passe para o ar e mantém o ciclo ● Aumentar a superfície aumenta a evaporação ■ Secagem em 1 estágio: secagem por atomização parcial, secando ele parcialmente ● Em 2 estágios: a secagem continua com a fluidização ● Aumentar a capacidade do ar de receber a umidade do produto ○ Secagem por Atomização ■ Aspersão do produto formando um aerossol, aumentando a área de transferência de água ■ Formação de pequenas gotas de produto concentrado que são submetidas a um fluxo de ar quente ■ Transferência de calor e massa ■ Princípiosimportantes na cinética de secagem ● Aumento da superfície de evaporação ● Diferença de pressão de vapor entre as partículas e o ar de secagem ● Taxa de migração da água do centro da partícula para a superfície ● O fato de ocorrer essa saída de água se deve pelo desequilíbrio entre a umidade relativa do ar e a umidade do produto gerando a secagem ● Em alimentos o ar quente e o produto em co-corrente tem 60% de eficiência ○ Fluidização ■ Leito fluidizado onde o produto passa junto com um fluxo de ar para secagem e um frio para resfriar o produto após a secagem ★ SUBLIMAÇÃO EM LIOFILIZAÇÃO (forma gasosa) ○ Sublimação é a passagem direta da forma sólida para gasosa ○ O produto é congelado antes do início do processo de liofilização ○ Não há água livre durante o processo de secagem, ela passa diretamente do estado de gelo para vapor ○ Processo caro pois envolve duas mudanças de estado, porém causa baixo dano térmico ○ Como a água está na forma líquida, há uma redução de temperatura do produto para transformar essa água em gelo ○ A pressão então é diminuída e a temperatura ligeiramente aumentada para propiciar essa passagem direta do sólido para gasoso ○ A liofilização e crioconcentração podem ser usadas em conjunto para causar baixo dano térmico no produto ○ Fluxo do processo ■ Resfriamento e pré-congelamento do produto, depois é granulado e liofilizado ■ Processo por batelada ★ TORREFAÇÃO ○ Importante para derivados de café e cacau ○ Aquecimento dos grãos gerando uma perda de massa de 14 a 20% ○ Modificações químicas dos grãos ■ Caramelização de açucares e formação de compostos com impacto no aroma ■ Liberação de gás carbônico e alteração de cor ○ Intensidade de tempo e temperatura modificam as características do grão ★ CRISTALIZAÇÃO ○ Indução da organização cristalina de certas moléculas ○ Sacarose para produção de açucar, lipídeos na temperagem de chocolate e produção de leite condensado ○ É necessário que esteja na região de supersaturação para a cristalização acontecer ○ Supersaturação: aquecimento e resfriamento ○ Parâmetros de controle de cristalização ■ Temperaturas de processo e concentração da solução ○ Formação de Cristais ■ Nucleação: formação dos primeiros cristais ■ Crescimento: os primeiros cristais funcionam como um ponto de encontro para as outras moléculas, gerando o crescimento dos cristais ■ Há uma diferença de gasto energético tanto para nucleação como para o crescimento ■ Nucleação precisa de mais energia, que induz sua formação podendo ocorrer o crescimento logo depois ■ O controle do quanto de energia utilizada influencia no tamanho dos cristais = propiciar grandes cristais em açucares, e pequenos no leite condensado ■ A adição de núcleos já formados em forma de semeadura para garantir um controle da formação de cristais = quanto maior a quantidade de núcleos adicionados, menor será o tamanho dos cristais pois mais partículas irão se formar ■ Controle da cinética de cristalização e tamanho e número de cristais ● O processo de formação de cristais pode ser afetado: ○ Desenho do cristalizador ○ Agitação ○ Concentração e viscosidade do produto ○ Taxa de concentração e/ou resfriamento (mobilidade molecular) ○ Concentração de núcleos de cristalização ○ Cristalização de Sacarose ■ A forma de cristalização vai depender da zona em que o açúcar se encontra ■ Na Meta stable a cristalização não será espontânea pois não há energia necessária = semeadura necessária ■ Na intermediate a nucleação é espontânea mas é heterogênea ■ Na labile a nucleação é espontânea e homogênea PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS - LEITE ★ Composição do leite ○ Depende da raça, alimentação, idade ○ 88% de água, 4,8% de lactose, 3,2% de gordura, 3,2% de proteínas e 0,8% de minerais ○ Os glóbulos estão presentes na forma de emulsão ○ As micelas de caseína estão na forma de dispersão coloidal ○ Proteínas do soro estão entre solução verdadeira e dispersão coloidal ○ Lactose e minerais estão na forma de solução ★ ÁGUA ○ Determinante na cinética das reações em alimentos ○ Aw=P/Po (pressão de vapor da água do alimento / pressão de vapor da água pura) ○ Aumento da cinética de microrganismos com aumento da atividade de água ○ Reação de Maillard e oxidação lipídica ○ Leite em pó com Aw = 0,2 ○ Isotermas de sorção ■ Dependência da composição do produto com a sua umidade, para atingir a atividade de água desejada ■ Composição diferente gera isotermas diferentes: a do leite tem um aumento devido a cristalização da lactose ★ LACTOSE ○ galactose + glicose, principal carboidrato do leite ○ Hidroxila disponível para reações faz com que haja dois isômeros ○ Lactose é um açúcar redutor ○ Solubilidade da B-lactose é 5x maior que a da alfa-lactose ○ Leite condensado e doce de leite estão na região de supersaturação da lactose ○ Açúcar redutor: participa da reação de Maillard ■ Reage com aminoácidos gerando compostos de cor e sabor ■ Bom para doce de leite, mas pode gerar defeitos em leite condensado ★ GORDURA ○ Na forma de glóbulos de gordura composto principalmente por triacilgliceróis ○ Camada lipoproteica composta por proteínas, fosfolipídeos, colesterol e enzimas ○ Tamanho de 1 a 10 um, em média de 4 um ○ Produto emulsionado, limitado pela membrana lipoproteica ○ Homogeneização ■ Redução do tamanho dos glóbulos, aumentando a área superficial dos glóbulos, reposição da membrana com proteínas ★ PROTEÍNAS ○ Aminoácidos essenciais, principal é a lisina por apresentar um grande conteúdo dela ○ O grupo amina (NH3+) da lisina é capaz de participar da reação de Maillard ○ Caseínas ■ 80% das proteínas do leite, formando micelas por diferentes tipos de caseína ■ K-caseína na superfície e alfa e beta no interior ■ Se mantém unida devido a nanoclusters de fosfato de cálcio coloidal ■ Estabilidade devido a repulsão estérica (impedindo que elas juntem-se umas as outras) e eletrostática (impede que elas fiquem próximas) ■ Preservar a estabilidade em produtos como doce de leite ○ Proteínas do soro ■ B-lactoglobulina e a-lactoalbumina ■ Termossensíveis, sendo possíveis desnaturar elas com tratamento térmico ■ Alteração das propriedades tecnológicas como interfaciais, retenção de água e de geleificação ★ MINERAIS ○ O mais relevante é o cálcio, encontrado em grande quantidade ○ Isso porque ele se encontra tanto na fase solúvel quanto na fase coloidal ligado a micelas de caseína ○ Adição de quelantes ou lactato irá afetar esse equilíbrio, impedindo a desestabilização do produto - PRINCIPAIS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS ★ LEITE CONDENSADO ○ Leite integral, lactose e açucar ○ Leite integral + açúcar - água = leite condensado ○ Carboidratos + proteínas + gorduras totais + sódio = 14,02 g equivale a 70% de sólidos totais ○ Carboidratos = 55% ○ Cristalização da lactose ■ Cristais de lactose que surgem devido a falta de água para solubilizar toda a lactose presente ■ Microcristalização dos cristais através da adição de núcleos de lactose inferiores a 16 um para que não sejam perceptíveis ao paladar ○ Instrução Normativa 47/2018 ■ Leite condensado com alto teor de gordura, integral, parcialmente desnatado ou desnatado ■ Mínimo de 34% sólidos lácteos não gordurosos ■ Ingredientes obrigatórios: leite fluido ou concentrado e sacarose ■ Teor de sacarose mínimo para garantir manutenção da qualidade do produto e máximo para que não ocorra cristalização ■ Manutenção da relação caseína/proteínas do soro ■ Requisito máximo de concentração de CMP (peptídeo liberado durante a produção de queijos) ■ Não permitido gordura ou óleo vegetal, maltodextrina e amido ○ Fluxograma ■ Padronização do teor de sólidos para manutenção das características sensoriais ★ DOCE DE LEITE ○ Leite condensado x Doce de leite ■ Composição similar, diferença no processo de produção ■ Reação de Maillard e desnaturação proteica são mais intensas do que no leite condensado ■ Evaporação a pressão ambiente (maior temperatura de ebulição) ou vácuo + pressão ambiente ■ Leite condensado é evaporação a vácuo em menortemperatura ■ Pouco usual usar microcristalização no doce de leite, por apresentar uma maior viscosidade que desacelera a cristalização da lactose ■ Menor vida de prateleira ○ Ingredientes: leite, açucar, bicarbonato de sódio (reduzir acidez para manter estabilidade das proteínas), sorbato de potássio (conservante antifúngico ○ Portaria MAPA 354/1997 e 885/2010 ■ Máximo de 30% de umidade ■ doce de leite ou doce de leite com creme ■ Aditivos podem ser utilizados para conservação, e coadjuvantes de tecnologia ○ B-galactosidase ■ pode ser utilizada para produzir um produto sem lactose, mas também para controlar a cor do produto ■ Hidrolisa em galactose e glicose ■ Muda intensidade da reação de Maillard e doçura e controla a cristalização (diminui a hidrólise) ★ LEITE EM PÓ ○ Evaporação a vácuo e secagem por atomização ○ Leite é o único ingrediente ○ Instrução Normativa 53/2018 ■ máximo de 5% de umidade ■ Pode ser adicionado produtos lácteos para atingir padrões necessários ■ Aditivos como lecitina e antiumectantes ■ Coadjuvantes de tecnologia para minimizar a oxidação lipídica durante a estocagem ○ Integral + instantâneo: adição de emulsificante para facilitar a reidratação ○ Fosfatidilcolina (lecitina) porção hidrofílica e hidrofóbica, capazes de criar um meio de campo entre os compostos ■ Durante o processo de secagem a água é retirada e vai para o ar (hidrofóbico) fazendo com que a gordura vá para a superfície da partícula, dificultando a reidratação do produto ■ Distribuição não homogênea dos constituintes do leite na partícula ○ Desnatado + Instantâneo: também apresenta lecitina ★ PRINCIPAIS OPERAÇÕES UNITÁRIAS EM PRODUTOS LÁCTEOS CONCENTRADOS E DESIDRATADOS ○ EVAPORADOR A VÁCUO DE PELÍCULA DESCENDENTE ■ Geração a vácuo, pressão reduzida e portanto temperatura de ebulição reduzida ■ Alimentação sem contato direto com o vapor vivo devido a película ■ Vapor secundário é o vapor que vem do produto ■ Produto concentrado vem também do vapor secundário ■ O vácuo vem por uma bomba de vácuo que sofre manutenção pelo condensador para o vapor secundário ■ deltaT>=5ºC ■ Condensador direto: aspersão de água gelada sobre o vapor secundário para forçar a condensação ■ Condensador indireto: troca de calor indireta entra a água de resfriamento e o vapor secundário ■ 1kg de vapor = 1 kg de água evaporada ■ Evaporadores de múltiplos efeitos: o vapor de um alimenta o condensador do outro, deixando a proporção 1:3 ■ Evaporador de único efeito não apresenta bom rendimento energético ● A existência de um gradiente de pressão entre os diferentes efeitos permite a utilização do vapor secundário (proveniente do produto) na concentração do produto no efeito subsequente ■ O processo de vácuo é assegurado pela bomba de vácuo somente no início do processo, em seguida a condensação do vapor secundário do último efeito assegura o vácuo ■ A existência de uma pressão negativa no sistema permite a prática de temperaturas de evaporação inferiores a 100ºC ● Importante para evitar dano térmico no produto como cor, viscosidade ou degradação de compostos termossensíveis ■ O número de efeitos deve ser definido em função da economia energética versus gasto material ■ Como melhorar a eficiência energética? ● Recompressão do vapor, aumentando a energia do primeiro vapor para que ele possa ser utilizado para alimentar o primeiro efeito ● Termo-compressor (TVR): energia potencial do vapor vivo para aumentar a energia do vapor secundário ● Compressor mecânico (MVR): energia elétrica para comprir o vapor, aumentando sua energia ■ Na produção de produtos em pó, é uma etapa intermediária ■ O que define a concentração final do produto é a sua viscosidade ■ Viscosidade: é importante na secagem por atomização pois irá definir o tamanho da gota durante a atomização, e por consequência a cinética de secagem do produto ○ CRISTALIZAÇÃO DA LACTOSE ■ Depende da concentração (de lactose e sólidos totais), temperatura e nucleação ■ Impedir a formação de cristais grandes através da cristalização controlada ■ Leite condensado: evitar problemas de descaracterização sensorial do produto ■ Lactose em pó/soro em pó: aspectos tecnológicos ■ Leite condensado ● Adição de núcleos (lactose monocristalina) ● Temperatura de 30ºC sob agitação de 12 a 19 horas ● Formar cristais de 1 - 10 um ■ Lactose em pó/ Soro em pó ● Viés tecnológico para permitir que ele seja secado de forma eficiente na atomização ● Lactose amorfa: não cristalizada apresenta boa capacidade de reidratação, porém o spray dryer e a estocagem serão mais complicados ● Lactose cristalizada: melhor passagem pelo processo de spray dryer e estocagem, mas com reidratação não tão eficiente ○ SECAGEM POR ATOMIZAÇÃO ■ Processo de secagem por arraste: o produto líquido é transformado em um spray de pequenas gotículas (aumento da superfície) que são expostas a um fluxo de ar quente ● Diminuição da umidade relativa do ar facilitando a passagem de água do produto para o ar ■ Operação de transferência de calor e massa (evitar o aquecimento) ● água das gotículas é transferida para o ar e a energia na forma de calor é transferida do ar para as gotículas ■ O processo de secagem ocorre devido à diferença de pressão de vapor entre o ar e a superfície da gotícula ■ Secagem em co-corrente (eficiência de secagem, diminui o impacto de aquecimento no produto) ■ cinética de secagem (superfície de secagem, viscosidade, diferença de pressão de vapor e taxa de migração de água) ● Formação de uma nuvem do produto ■ Recuperação de finos ● maior recuperação do produto em pó ● Redução do número de partículas do ar de saída ● Ciclone: função de recuperar os finos, e gera uma saída de ar com menor quantidade de finos ● Filtro de manga: filtrar o ar para reter as partículas finas ● Wet scrubber: umidificação do ar para juntar as partículas e formem um produto reidratado para eliminar a maior quantidade possível de finos que saiam no ar ○ SECAGEM POR FLUIDIZAÇÃO ■ Utilizado no segundo estágio de secagem (secagem por arraste) ■ Fluidizador com entrada de ar seco ■ Adição de lecitina no final do primeiro ou início do segundo ○ Cinética de Secagem ■ No início o ar e o produto estão em temperaturas muito diferentes ■ O ar entra em contato com o produto, havendo uma migração de água para o ar mas sem mudança de temperatura do produto ■ Aumentando a umidade do ar, sua temperatura passa a diminuir ■ Diminuindo a cinética de transferência de massa, o produto passa aquecer (minimizar essa etapa como perda de aminoácidos essenciais, vitaminas e cor) ★ CARACTERÍSTICAS DOS PÓS ○ A funcionalidade de produtos em pó está em grande parte relacionada ao seu processo de reidratação ○ Melhorar o processo de reidratação em pó: ■ adição de agentes emulsificantes ■ aglomeração de partículas ● Partículas muito pequenas e firmes, quando adicionadas na água tendem a boiar ● Partículas aglomeradas penetram melhor na água havendo um efeito de capilaridade entre as partículas ○ ESTRATÉGIAS DE AGLOMERAÇÃO DAS PARTÍCULAS DO PÓ ■ Reincorporação de Finos ● Funcionam como núcleos para recber outras partículas do produto, obtendo uma aglomerada ■ Secagem em dois Estágios ● Partículas ligeiramente úmidas conseguem formar aglomerados ao final do primeiro estágio, que serão secadas durante o processo do segundo estágio ○ ENVELHECIMENTO DE PRODUTOS LÁCTEOS EM PÓ ■ Produção ⇒ Estoque (365 - 730 dias) ⇒ Utilização ■ Importante na estocagem manter as características do produto por ser um período muito longo ■ Diminuição da Solubilidade ● Aumento da hidrofobicidade da superfície da partícula devido a migração de compostos de caráter apolar (gordura) ● Alteração da estrutura dos compostos da superfície da partícula: crosslink entre as proteínas da superfície, dificultando o rompimento das partículas (essencial para a solubilização) ■ Escurecimento Enzimático ● Reação de Maillard devido a presença de proteínas e lactose ● Aw influencia nessa alteração ■ Transição Vítrea ● Modificação estrutural do produto ● Existemsubstâncias que embora pareçam sólidas, são líquido de viscosidade extremamente elevada ● Solução de lactose com retirada progressiva da água: satura a solução deixando cristais de lactose estáveis (os cristais de lactose têm tempo o suficiente para se aglomerarem) ● Retirada de água extremamente rápida (processo de lactose em pó): as moléculas de lactose não conseguem se cristalizarem, e portanto ficam no estado vítreo pois permanecem hidratadas com alta viscosidade (metaestável) ○ Não há energia para as moléculas possam mudar de estado, pequena ordenação molecular e baixa mobilidade de água ○ Lactose amorfa (estado vítreo - líquido amorfo de alta viscosidade, estado metaestável) ○ Se aumenta a mobilidade de água (cinética de reações) modifica o estado do sistema levando a TRANSIÇÃO VÍTREA ○ Lactose amorfa (estado gomoso - líquido amorfo de baixa viscosidade, estado viscoelástico) aumenta a mobilidade da água e portanto a cinética das reações ○ Depois vai para o estado cristalino ● Transição vítrea pode ser aplicada para todos os componentes em solução, e a temperatura de transição vítrea depende da composição do produto ● Do leite em pó: 50ºC em Aw 0,2 e umidade 4% ○ Quanto maior o tamanho do carboidrato maior a Tg e quanto menor o grau de polimerização dele, menor sua temperatura ● A transição vítrea pode levar a colagem, empedramento ou aglomeração do produto podendo gerar baixo rendimento ● Maior dificuldade de reidratação e processo bastante exotérmico no estado cristalino do açucar ○ OUTROS PRODUTOS LÁCTEOS EM PÓ ■ Leite em pó tem a etapa de concentração por evaporadores a vácuo de película descendente e secagem em 2 estágios ■ Soro em pó ● As proteínas em uma maior quantidade no leite em pó ajudam a aumentar a temperatura de transição vítrea no produto ● A proporção de lactose no soro em pó é grande, e por isso é necessário a etapa de cristalização se não produto atingiria a temperatura de transição vítrea na secagem e ficaria “colado” no equipamento ● Lactose cristalizada ela não estará no estado amorfo e portanto não sofrerá a transição vítrea ■ WPC (Whey Protein) ● Ultrafiltração utilizada para concentrar as proteínas seguida por evaporação e secagem ● Diferentes concentrações de proteína (34-55 ou 60-80) ● Quanto queremos maior concentração de proteínas é realizado a diafiltração antes do processo de ultrafiltração ■ Ninho Lactose 0% ● Produto se enquadra como produto lácteo, não leite em pó ● A hidrólise da lactose pode levar a redução da temperatura de transição vítrea que pode levar ao empedramento na câmara de secagem ● A maltodextrina eleva a temperatura de transição vítrea PROCESSAMENTO DE SUCOS ★ Produtos próximos um dos outros, mas muito diferentes ★ Suco/Sumo ○ Bebidas não concentradas, não diluídas não podem conter substâncias estranhas à fruta de origem ○ Proibida adição de aromas e corantes artificiais ○ Suco integral não poderá ser adicionado de açúcares e também não poderá ser reconstituído ○ Suco concentrado: suco parcialmente desidratado ○ Suco reconstituído: reidratação de suco concentrado (composição similar ao suco integral) ★ Polpa de Fruta ○ Produto não fermentado, não concentrado obtido de fruta polposa por processo tecnológico adequado atendido o teor mínimo de sólidos em suspensão ○ Instrução Normativa 49/2018 ■ Fica estabelecida em todo o território nacional a complementação dos PIQ de suco e de polpa de fruta ■ O suco e a polpa de frutas devem possuir características organolépticas próprias de suas matérias primas de origem ★ Néctares ○ Bebida obtida pela dissolução em água potável, de suco ou extrato natural adicionada de açúcar ou edulcorantes destinada ao consumo direto ○ Ingredientes obrigatórios: água, suco e açúcar ou edulcorante ○ Opcionais: aromas, acidulantes, corantes naturais e antioxidantes ○ Diferentes legislações para porcentagem de suco presente no néctar (50% para laranja/uva, 40% para abacaxi e 15% para caju) ○ Néctares mistos, principalmente de maçã para completar essa porcentagem de suco no produto ★ Sucos Tropicais ○ Muito similares aos néctares, mas a porcentagem de suco de fruta no produto deve ser maior ○ Maracujá (50% não adoçado e 12% adoçado) ○ Abacaxi (60% não adoçado e 50% adoçado) ★ Refresco ○ Bebida obtida pela dissolução do suco em água com ou sem adição de açúcares ○ Água, suco (ou polpa) ou extrato vegetal ○ Aromas, acidulantes, corantes, conservadores e antioxidantes ○ Laranja em 30% e limão no mínimo 5%, a porcentagem varia de acordo com a fruta ○ Próximos de suco natural, portanto fica difícil para o consumidor entender a diferença ★ Preparados para Refresco ○ Preparado Sólido ■ Produto contém suco, polpa ou extrato vegetal (máximo 2% de suco) comercializado na forma sólida para dissolução caseira ■ Obrigatório conter suco, açúcar ou edulcorantes ■ Opcional: aromas, acidulantes, corantes, conservadores e estabilizantes ■ Uso de maltodextrina para melhor diluição ○ Preparado Líquido ■ Produto que contém suco, polpa ou extrato vegetal comercializado de forma concentrada para diluição caseiro nos pontos de venda ■ Obrigatório água, suco e açucar ou edulcorantes ■ Opcional: aromas, acidulantes, corantes, conservadores e estabilizantes ★ ASPECTOS LEGAIS ○ Decreto Nº 6.871: padronização, classificação, registro inspeção, produção e fiscalização de bebidas ○ Instrução Normativa 12/2003 ■ Regulamento técnico dos Padrões de Identidade Qualidade para os produtos desse tipo, dizendo também quais frutas são consideradas polposas ○ Instrução Normativa 17/2013 ■ Mínimo de quantidade de fruta presente em preparados sólidos e líquidos para refresco ○ Instrução Normativa 42/2013 ■ Quantidade mínima de fruta no néctar de laranja e uva ○ Instrução Normativa 49/2018 ■ Padrões de Identidade e Qualidade de Suco e polpa de fruta ★ CONSUMO NO BRASIL E NO MUNDO ○ No Brasil, os mais consumidas são uva, pêssego, laranja, manga, maracujá ○ Já no mundo, a ordem começa em laranja, maçã, manga, abacaxi e pêssego ○ Isso acontece porque o Brasil não é um grande produtor de maçã, diferente dos países do hemisfério norte ○ Citricultura ■ Brasil é um grande produtor de laranja e frutas cítricas, e quase sua totalidade corresponde a laranja ■ Grande exportador de suco de laranja ■ Citrosuco, Cutrale e Louis Dreyfus Commodities compõem uma organização chamada Citrusbr organização nacional de produtos citros no Brasil ■ Grande exportação para UE, seguidos de EUA, Japão e China ★ ASPECTOS BIOQUÍMICOS DOS SUCOS ○ Embora a constituição dos sucos seja bastante variável, eles são normalmente constituídos por água (75-90%) ○ Os outros constituintes podem ser divididos em: ■ Açúcares solúveis e ácidos orgânicos ■ Pectinas, compostos aminoácidos e fenólicos ■ Compostos voláteis e vitaminas ○ Açúcares solúveis: glicose, frutose, sacarose presentes em proporções variáveis de acordo com a furta ○ Ácidos Orgânicos: ácido cítrico em frutas cítricas, ácido tartárico na uva e ácido málico na uva e maçã. Para avaliação de acidez o ácido utilizado varia de acordo com a fruta ○ Compostos voláteis e vitaminas: Características organolépticas e nutricionais do suco. Potencial papel na conservação dos mesmos ○ No processamento, açúcares e ácidos orgânicos têm baixo temperatura de transição vítrea tornando-se produtos difíceis de secar e fazer produto em pó ○ Maltodextrina é um agente facilitador de secagem devido a transição vítrea ○ Pectinas: importantes na estabilização coloidal e na clarificação do suco ■ Suco de maçã é turvo devido a alta quantidade de pectina ■ Capacidade de formar géis, pensando em sucos concentrados é um aspecto importante ■ A pectina pode formar um gel indesejável na estocagem ○ Compostos aminados: podem participar das reações de escurecimento não enzimáticos (Maillard). Certas enzimas podem exercer funções benéficas ou maléficas para a qualidade do suco ○ Compostos fenólicos: podem ser substratos para reações de escurecimento enzimático e podem afetar igualmente o amargor e a adstringência dos sucos○ Impactos tecnológicos ○ PECTINAS ■ Polissacarídeos de origem vegetal, presentes na parede celular ■ Durante a prensagem (ou extração dos sucos) elas são parcialmente incorporadas aos sucos em quantidade variável dependendo do grau de maturação das frutas (pode ser variável ao longo do ano) ■ Polímeros de ácido galacturônico ■ Podem ser lineares ou ramificados ■ Quando há mais de 50% de grupos carboxílicos esterificados ao metil temos uma pectina com ATM ou BTM ■ Pectinas de Alta Metoxilação ● Para gelificar devem estar em pH ácido para reduzir a repulsão eletrostática dos resíduos ● E elevada concentração de sólidos solúveis (60-80%): redução da hidratação das pectinas ● Ligações não covalentes ● Redes de gel ■ Pectinas de Baixa Metoxilação ● Gelificam na presença de cátions divalentes como o cálcio ● Modelo da caixa de ovo ■ Ação das Enzimas sobre as Pectinas ● Pectina Metil esterases: catalisa a desmetoxilação da pectina. Libera metanol e produz pectinas de baixa metoxilação ● Poligalacturonases: hidrolisa a ligação alfa 1-4 entre dois ácidos galacturônicos não esterificados (fraca ação em pectinas AM). Clarificação de suco ● Liases: hidrolisa alfa 1-4 entre dois ácidos galacturônicos metoxilados (mecanismos de B-eliminação) ● Implicações tecnológicas: separação de fase/clarificação de sucos ★ PROCESSAMENTO DE SUCOS CÍTRICOS (LARANJA) ○ 40 a 45% de suco, 8 a 10% de casca interna ○ Polpa e membranas de 20 a 30% ○ em 41 kg de laranja resulta de 18 a 21 L de suco ○ Recepção e Armazenamento ■ Pesagem de carretas ■ Amostragem para conteúdo de suco, teor de sólidos solúveis e acidez total ■ Razão (brix/Acidez): definição do ponto de maturação ■ Limpeza e pré-seleção manual (ferimentos nas cascas e ácaros) ■ Silos de estocagem (“bins”): separação conforme características das frutas, combinação de diferentes BINS conforme demanda ○ DESCARREGAMENTO, LAVAGEM E SELEÇÃO ■ água clorada (200 ppm)/40 a 45ºC removendo uma parcela de óleo essencial que pode ser recolhido ■ Seleção em esteiras e classificação de tamanho ○ EXTRAÇÃO: SISTEMA BROWN ■ Controle da velocidade e pressão de extração (evitar liberação de compostos amargos oriundos de sementes esmagadas) ○ EXTRAÇÃO: SISTEMA FNC ■ Aspiração do conteúdo interno da fruta ■ Adaptado ao calibre da fruta ■ Extração de forma mais otimizada ■ Diferentes velocidades de extração ■ Extração por minuto quando em 5 copos (325 a 560 laranjas/min) ○ FILTRAÇÃO - FINISHER ■ Reduzir a quantidade de polpa ○ CENTRIFUGAÇÃO ■ Separação do material em suspensão para retirar o excesso de polpa ■ Ajuste do conteúdo de óleos essenciais (separação por densidade) ○ DESAERAÇÃO E PADRONIZAÇÃO ■ Evitar oxidação da vitamina C com escurecimento (eliminação de O2) ■ Padronização/ correção da formulação ■ Blends, aditivos para ir para o processamento ○ PASTEURIZAÇÃO ■ Pasteurizador a placas ou Pasteurizados Tubular ■ Tratamento térmico de viés de estabilidade física mais do que estabilidade microbiológica ■ Inativar pectinases ■ Potencial atividade residual de PME termo resistente: suco de laranja concentrado congelado e conservado a -18ºC para evitar turvação ■ Tratamento alternativo de Alta Pressão: pressões elevadas em temperaturas inferiores a 50ºC- Qualidade Nutricional e Sensorial ○ CONCENTRAÇÃO ■ Redução de custos de transporte e estocagem ■ Estabilização microbiológica pela redução de Aw ■ Concentração em torno de 60 a 65º Brix usando evaporadores de múltiplos efeitos para uma maior economia energética ■ Evaporadores TASTE: primeiro estágio de 90 a 95ºC durante 30 a 40 segundos (inativação de enzimas pectinolíticas e controle microbiano) ○ ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO ■ Pré-resfriamento: flash cooler e resfriamento: trocador de calor ■ Refrigerado de 7 a -5ºC ou congelados -20 a -28ºC ■ Cadeia de frio mesmo durante a exportação ★ a PROCESSAMENTO DE AÇÚCAR E ÁLCOOL ★ Introdução ○ O Brasil é o maior produtor de açúcar do mundo ○ Produção concentrada no estado de São Paulo ○ Alagoas e Pernambuco aumentaram a participação nos últimos anos ○ Mercado sucroalcooleiro no Brasil ■ 566 milhões de toneladas de cana no último ano ■ 35 a 39% da cana no Brasil é direcionada para produção de açúcar ★ PROCESSOS PRODUTIVOS ○ Produtos obtidos: açúcar, álcool neutro, álcool anidro e álcool hidratado ○ Sub-produtos: combustível para aviação, bioplásticos, energia elétrica, produção de isopreno, borrachas naturais e MP fabricação de pneus ○ Bagaço gera energia elétrica para todo consumo que a usina tem ○ Polaridade ( teor de sacarose), pureza, AR (açúcares redutores), fibras na cana, terra, tempo de queima ○ Colheita por equipamentos ou manualmente ○ Limpa por queima pode alterar algumas características ○ Composição da Cana ■ Colmo 10 a 16% de fibra e 84 a 90% de caldo ■ Caldo: 75 a 82% de água e 18 a 25% de sólidos solúveis, dos quais são compostos por açúcares e não açúcares (aminoácidos, ceras, pigmentos, minerais) ■ Teores variam de acordo com o clima, solo e trabalhos culturais ○ Colheita da cana seguida para as usinas, onde é lavada e desfibrada ○ Caldo clarificado por sulfatação e caleagem, evaporado, cozido e depois cristalizado ○ No cozimento e cristalização o produto resultante é o mel, utilizado para fermentação e produção de álcool ■ Colunas de destilação, desidratado e obtenção de etanol ★ PRODUÇÃO DE AÇÚCAR ○ Índia é o país que mais consome açúcar ○ No Brasil o consumo de açúcar teve uma queda devido a recomendação da OMS de reduzir a ingestão de açúcar livre ao longo da vida ○ Até 2022 é esperado que ocorra a redução de 144 mil toneladas de açucar em bolos, produtos lácteos, achocolatados, bebidas açucaradas e biscoitos recheados ○ Legislação ■ Regulamentação Técnica do Açucar - RDC 271 e IN 42 do MAPA ■ Normas técnicas especiais para o açúcar - Resolução CNNPA ○ Diferentes tipos de açúcar ■ Mascavo (produção mais artesanal, não passa pela clarificação), ■ Demerara (caleagem, mas não sulfitação), VHP (sulfitação e caleagem, matéria prima para exportação para ser tratado novamente) ■ cristal, VVHP (teor de impurezas menor ■ Refinado granulado e amorfo (quanto maior o grau de pureza mais utilizado para produtos químicos como produção de refrigerante ) ○ Produtos Comerciais ■ Rapadura, açúcar refinado, cristal, açúcar mascavo, açúcar orgânico e demerara, light, xarope invertido, açucar de confeiteiro ■ O caldo bruto: diretamente evaporado será o açúcar mascavo ■ Se passar por caleagem será o açúcar demerara ■ Sulfitação e caleagem é o açúcar refinado ★ PROCESSAMENTO DE CANA-DE-AÇÚCAR ○ Cana-de-açucar ⇒ carregamento/transporte ⇒ descarregamento⇒ moagem ⇒ filtração e decantação ⇒ preparo e limpeza do caldo ⇒ concentração e cozimento ○ Ponto para melado⇒ resfriamento ⇒ envase e embalagem ○ Ponto para rapadura⇒ resfriamento, moldagem e enformagem ○ Ponto para açucar mascavo⇒ resfriamento e bateção⇒ moagem e peneiragem ⇒ embalagem ○ PROCESSO INICIAL: AÇÚCAR MASCAVO ■ Lavagem da cana e preparo para moagem ⇒ extração do caldo e filtração ■ Aquecimento até 90ºC para evitar caramelização e reação de Maillard ■ Retirada da espuma que sobe ■ uso ou não de cal: corrigir o pH do caldo e causar inversão da sacarose = aumenta o teor de glicose e frutose tornando o açucar mais higroscópico (absorve mais umidade e portanto indesejável) ■ CONCENTRAÇÃO ● Evaporadores e depois em sistema de cozimento (tachos) em indústrias de maior porte ● Indústrias de menor porte o processo de concentração é feito em um mesmo equipamento com agitação manual ● Batimento e esfarelamento: manualmente a massa é batida para acelerar a cristalização da massa ■ PENEIRAGEM ● Quebra de grandes torrões de açúcar em partículas menores ● Controlar a cor: parâmetro importante, pois varia de acordo com processo ○ A partir da formação de melanoidinas = cor amarela e marrom formadas com aumento de temperatura ou tempo de cozimento (não há legislação para o controle dela) ● Umidade: não há definição para umidade, deve estar em torno de 5% ○ Quanto maior a umidade, maior o empedramentoe portanto mais dificuldade de dissolver o açucar ○ Inversão de sacarose diminuindo o tempo de armazenamento ■ AÇÚCAR DEMERARA ● Obtido por clarificação natural do caldo de cana-de-açúcar sem lavagem ou refino ● Conserva a película de mel nos cristais e no mínimo 96 ºZ de sacarose ● Cor escura não sulfitado, apenas caleado como método de clarificação ● Exportação ■ AÇÚCAR VHP ● Mais exportado no Brasil, considerado bruto que passou pelos processos de clarificação ● Clarificado novamente quando chega no país de destino ● alta polarização (99 a 99,5 ºZ) e umidade máxima de 0,1% ■ AÇÚCAR VVHP ● Também exportado, cristais um pouco mais claros que o VHP ● Polarização muito alta (99,6ºZ) e maior filtrabilidade após dissolução ■ AÇÚCAR CRISTAL ● Açúcar em forma cristalina produzido diretamente em usina, sem refino ● Usado como agente de corpo para adoçante na indústria alimentícia para bebidas, balas, biscoitos, chocolates e massas ■ AÇÚCAR REFINADO ● Açúcar cristal passa por moagem, dissolução e filtração para remoção de impurezas ● Coloração mais clara e maior grau de pureza ■ AÇÚCAR DE CONFEITEIRO ● Moagem e purificação adicional ● Higroscopicidade aumenta e portanto as indústrias adicionam amido para que não empedre muito ■ AÇÚCAR LÍQUIDO ● Dissolução do açúcar sólido de água ● Solução de 66,7 a 67,3º Brix (solubilidade limite da sacarose em água) ● Utilizado em até 3 dias em indústrias de bebidas, balas e confeitos ● Dissolvido e depois passa por filtração, esterilização e calda transportada para as indústrias ■ AÇÚCAR LÍQUIDO INVERTIDO ● 75º Brix pois inverter a sacarose aumenta sua solubilidade, com alto poder adoçante, umectante e anticristalizante ● Inversão enzimática ou ácida ● Inversão Ácida ○ Uso de ácido clorídrico, menor custo e menor tempo ○ Inversão máxima de 50% ● Inversão Enzimática ○ Utilização da enzima invertase obtida por leveduras ○ Maior custo, grau de inversão pode chegar a 90% ○ Utilizado em produtos específicos ○ CONCENTRAÇÃO DO CALDO DE CANA ■ Caldo clarificado é um diluído de sacarose de 12 a 16º Brix ■ Evaporado para aumentar o brix (15 a 60º Brix) formando um xarope ■ Cozimento ■ Massa cozida cristalizada (92ºBrix) ■ Evaporação em Sistema de Múltiplos Efeitos (utilizar o vapor saturado por ser um melhor condutor de calor) ● Utilizar T<125ºC para evitar caramelização, escurecimento e perda de sacarose ● Começa a 125ºC e a temperatura vai diminuindo conforme passa pelos evaporadores, também aumentando o Brix ● No último efeito sai com 67ºBrix ● Processo contínuo: (evaporadores em séries de 3 a 5 efeitos) príncipio de Rilieux (1 kg de vapor é possível evaporar nº kg corpos do múltiplo efeito ● Evaporador tubular vertical: mais comum, permite operação manual, circulação natural, suporta variações de fluxo de caldo e limpeza química ou mecânica manual ● Falling Film: tubos longos de fluxo descendente, circulação forçada, mais sensíveis a variações de carga, requerem automação, limpeza química e mecânica (demorada, dispendiosa e somente na entressafra) ● Evaporadores de placa ○ COZIMENTO, CRISTALIZAÇÃO E CENTRIFUGAÇÃO ■ Cozimento em 3 sistemas: no primeiro, um açucar de melhor qualidade, diminuindo em cada sistema ■ O mel A é removido e passa para o próximo sistema, o mel C quase sem nenhuma sacarose (utilizado para fazer álcool ■ COZIMENTO ● Sistema com calandra mais baixa, tubos mais grossos ● Meio torna-se supersaturado ⇒ condições para cristalização da sacarose ● Supersaturação do Xarope: quando chega a 70º Brix aumenta a viscosidade e em 94º Brix aumenta a viscosidade e cristalização da sacarose ● Ponto final do cozimento definido pela saturação e concentração de sólidos (94 a 96º Brix) da massa cozida ● De forma empírica, formato de bolhas, som amostra massa previamente endurecida ao bater no tacho e comprimento do fio que a massa apresenta ao ser esticada ● Usinas utilizam Coeficiente de Saturação (CS)= % sacarose em sol. impura/ %sacarose em sol. pura ● (Coeficiente de Supersaturação) CSS = %sacarose em sol. supersaturada/ sacarose em sol. saturada ■ CRISTALIZAÇÃO ● Fatores que influenciam na Velocidade de Cristalização ○ Viscosidade ○ Temperatura ○ Coeficiente de supersaturação ○ Movimentação da massa cozida ○ Pureza do licor mãe ● Objetivo de completar a formação dos cristais e aumentar o esgotamento do mel ● Cristalizador: trocador de calor com superfícies raspadas, resfriamento lento (água ou ar) ○ Recebe a massa cozida do cozedor (65 a 75º Brix) ○ Deposição da sacarose nos cristais existentes ⇒ aumenta de tamanho ● Trocadores de calor com superfície raspada ■ CENTRIFUGAÇÃO ● Separação do mel dos cristais ● Açúcar lavado com água e vapor no interior do cesto, a umidade ainda está entre 0,5 a 2% ● O mel removido retorna aos cozedores para recuperação do açúcar até esgotamento ■ SECAGEM ● Cesto cílindrico construído em chapa perfurada, montado em eixo central em posição vertical acionado por motor elétrico ● Secagem chega a 0,05% de umidade e deve ser em temperatura de 30 a 35ºC para evitar o escurecimento do açúcar ● FS = umidade(%)/ 100- POL = relação entre a umidade do açúcar e teor de impurezas ○ No Brasil, deve estar próximo de 0,25 ● Após a secagem é embalado e enviado por esteiras sanitárias onde é feito o ensacamento ★ PRODUÇÃO DE ÁLCOOL ○ A partir do caldo de cana com 10 a 20% SS ○ Fermentação gera um vinho com teor alcoólico baixo, passando por destilação obtendo vinhoto, cachaça e bioetanol ○ O bioetanol pode ser transformado em álcool neutro ou etanol anidro ○ O vinhoto vira ração ou adubo ○ A cachaça passa por padronização, engarrafamento e envelhecimento para ser comercializada ○ Mercado Nacional ■ Produção de cachaça concentrada em SP, MG, CE e consumida muito em SP, MG, RJ, PE, BA e CE ■ Produção anual de 800 milhões de litros e capacidade instalada de produção estimada de 1,2 bilhão de litros ○ Legislação ■ IN 13 de 2005: define aguardente (30 a 45% vol obtida do destilado simples alcoólico de cana de açúcar ou pela destilação do mosto fermentado), cachaça (38 a 48% vol alcoólico denominação usada para aguardente produzida apenas no Brasil) e destilado alcoólico simples de cana de açúcar ○ PROCESSAMENTO DE CACHAÇA/ AGUARDENTE ■ Cana madura, limpa e com menos de 24h de corte pois é importante controlar a qualidade da MP do teor de açúcar do caldo (14 a 16º Brix tem maior eficiência) ○ FERMENTAÇÃO ■ pH 4 a 5 e adição de S. cerevisae para fermentação ■ Influência da diluição do mosto ● Mosto muito diluído: terá menor teor alcoólico e portanto será necessário um maior consumo de água e capacidade dos equipamentos na destilação ○ Fácil infecção do mosto e gasto com mão de obra ● Mosto muito concentrado: favorece fermentações incompletas e mais demoradas e perda de açúcares que provocam incrustações nas paredes dos aparelhos e menor rendimento do destilado ■ Fase Final: baixa concentração de bolhas, teor de sacarose próximo de 0 e deve acontecer em 24h ■ Parâmetros de controle: concentração de açúcar, cheiro, espuma, temperatura e tempo na fermentação do mosto, acidez e pH, açúcares residuais e rendimento ■ Microrganismos indesejáveis ● Bactérias acéticas irão consumir o etanol e transformar em ácido acético ● Bactérias lácticas irão consumir etanol e açúcar e produzir ácido láctico, diminuindo o pH ○ DESTILAÇÃO ■ Compostos voláteis (água, álcool etílico, aldeídos) e não-voláteis irão ser separados durante a destilação ■ O vinho fermentado irá passar por purificação (eliminação parcial de impurezas) em colunas de destilação ou de esgotamento que serão dividas em flegma - produto principal da destilação e vinhaça ( resíduo aquoso de destilação em que se acumula substâncias fixas do vinho) ○ ENVELHECIMENTO ■ Tonéis de madeira em que ocorre alteração de cor, melhoria de sabor e odor ○ PADRÕES DE QUALIDADE ■ Teor alcoólico entre 38 e 54 ºGL ■ Voláteis não álcool como aldeídos devem ter no máximo 0,65 g por 100 ml e no mínimo 0,2 g ■ Aditivos incidentais como álcool metílico e cobre ○ PROCESSAMENTO INDUSTRIAL■ Evolução está diretamente relacionada ao preço de petróleo ■ Fermentação Alcoólica: T 26 a 35ºC, pH de 4 a 5 e nutrientes como minerais ■ Mosto = mel + caldo clarificado + água ■ Pesquisas sobre substituição da S. cerevisae ■ 1a Fase - Fermentação preliminar ● Adição de todo inóculo ou intermitente ● Multiplicação de leveduras e desdobramento de açúcares ■ 2a Fase - Fermentação principal ● Intensa formação de álcool e CO2 e elevação rápida da temperatura ⇒ sistema de resfriamento nas dornas ■ 3a Fase - Fermentação complementar ● Consumo do restante do açúcar, redução da temperatura e do desprendimento de CO2 e diminuição da formação de álcool ● Final do processo ⇒ vinho + leveduras ● Vinhos e leveduras passam por centrifugação para separar as leveduras e no vinho ha de 7 a 11% de etanol ○ Produção de Álcool Anidro ■ Utilização de ciclohexano permite que se tenha mistura ternária da água com o álcool e assim é possível separar os dois PROCESSAMENTO INDUSTRIAL DE CAFÉ ★ PRÉ-PROCESSAMENTO DE CAFÉ ○ Espécies (Arábica e Robusta) ⇒ Colheita ⇒ Processamento⇒ Secagem ⇒ Beneficiamento ⇒ Armazenamento ⇒ Controle de qualidade ★ PROCESSAMENTO ○ Beneficiamento ⇒ Torração ⇒ Moagem ⇒ Extração ⇒ Concentração do extrato (evaporação ou crioconcentração) ⇒ Secagem do extrato (atomização ou liofilização) ⇒ Café Solúvel em pó ○ Matéria-prima café verde ★ TORRAÇÃO ○ Processo térmico dependente do tempo-temperatura ○ Ocorre sob condições atmosféricas ○ Combustão de gases e ar como agentes de aquecimento ○ Processo em que ocorre transferência de calor e massa ○ Secagem ■ Eliminação da água e perda de compostos voláteis ■ Mudança da cor de verde para amarela ○ Torrefação ■ Reação exotérmica de pirólise ■ Modificação química dos grãos: caramelização de açúcares e liberação de CO2 ■ Inicia com T = 100ºC ■ Mudança de cor ■ Evaporação total da água, T = 180ºC para pirólise ■ Pirólise, torrefação propriamente dita ■ Rápida dura de 5 a 10 min e normal de 12 a 15 min ■ Intensidade pode causar perda de peso ○ Resfriamento ■ Ar frio ou aspersão de água ○ Ocorre a redução do pH ( 6 para 5,1) ○ Diminuição do teor de compostos fenólicos (ác. clorogênico - 7 ⇒ 4%) ○ Degradação de carboidratos (amidos para dextrinas) ○ Formação e eliminação parcial de CO2, e desnaturação das proteínas ○ Escurecimento: Maillard e caramelização importantes para o sabor e aroma do café ○ Evaporação da água presente ○ Liberação de CO2 ■ perda de 14% da massa numa torra suave e 20% em torra forte ■ Ocorre uma dilatação do grão, diminuindo sua densidade por haver uma pressão interna ■ Perda da umidade, migração do óleo para superfície deixando o grão brilhante ○ Grau de Torração ■ O grau de torração irá influenciar na cor dos grãos, dependente de cor, tempo, temperatura e perda de massa ■ Quanto mais clara, menor será o corpo da bebida no final da extração ■ Torra clara: tempos menores de torração obtém bebidas mais ácidas, aroma e sabor mais suave e gosto amargo pouco intenso, bebida menos encorpada ■ Torra escura: baixa acidez, gosto amargo intenso, bebida mais encorpada ○ Sistemas de Classificação: discos com cores comparando com o café ○ Limpeza por sistema de peneiras ⇒ Amostragem ⇒ Formação de ligas ⇒ Torração de 6 a 14 min ⇒ Resfriamento ⇒ Descanso por 6 horas (perde CO2)⇒ Moagem (perda de CO2) ⇒ Descanso de 1 a 2 horas ⇒ Embalagem ○ EQUIPAMENTOS ■ Torração sem emissão de aromas e fumaça ■ Sistema de injeção e água para resfriamento do café (interromper a torra no tempo apropriado) ■ Sistema de autolimpeza ■ Economia na utilização de equipamentos de combustão ■ Tambor rotativo, fornalha e resfriador ■ Burns Thermalo ● Batelada, tambor rotativo furado para o ar quente entrar em contato com o café ● Sistema de resfriamento ■ Gothot ● Fornalha, compartimento de torração ● Peneira para separar os finos ● Sistema de resfriamento ● Fluxo de ar quente e ar frio ★ RESFRIAMENTO ○ Os grãos estarão com 0% de umidade após a torração ○ Utiliza-se ar frio, ar em temperatura ambiente ou quenching (aspersão de água sobre os grãos) ○ Blend antes ou depois da torração ★ MOAGEM ○ Discos ou rolos com superfície cerrilhada ★ EMBALAGEM ○ Sistema de atmosfera normal ou a vácuo ○ Atmosfera Normal ■ Baixa barreira à perfuração, permeável ao ar oxigênio permite a saída livre do aroma ■ Mais exposto à umidade do ambiente ■ Vida útil curta ■ Estruturas típicas para a embalagem: PET impressão/metalização/PE=PET ○ Embalagem a vácuo ■ Restrição de gases na embalagem <4% oxigênio/inertização associada ■ Formato rígido e fechamento hermético - alta resistência à perfuração ■ Alta barreira ■ Vida útil prolongada ■ Estruturas típicas para embalagem PET/AL/PE-PET ★ MÉTODOS DE EXTRAÇÃO ○ Filtração ■ Método mais utilizado no Brasil ■ Adição de água quente sobre o café torrado e moído em um coador de pano ou papel ■ Moagem mais fina para que seja possível maior extração de sólidos solúveis ■ Concentração da bebida é afetada pela granulometria do café e a temperatura da água utilizada ○ Percolação ■ Moca ■ Café tipo italiano, temperatura maior do que o café filtrado ■ Café mais encorpado que filtração, granulometria pode ser um pouco maior ■ O óleo do café pode passar ○ Prensagem ■ Simula café expresso ■ Água aquecida é colocada com o café e ocorre uma prensa desse líquido, fazendo com que o sólido fique na parte de baixo e o líquido em cima ○ Expresso ■ Água quente sob pressão, com uma maior extração de sólidos ■ Mais encorpado e a granulometria pode ser um pouco maior que o percolado PRODUÇÃO DE CAFÉ EM PÓ SOLÚVEL ★ EXTRAÇÃO ○ 5 a 7 colunas = processo contínuo com uma em descanso e outra mais exaurida ○ T= 160 a 200ºC da água ○ 4 água : 1 café ■ 20% da água fornecida é recolhida na forma de extrato, peso de extrato recolhido = peso do café moído inicial ○ Variação na taxa de extração ( objetivo de remoção máxima de sólido solúveis) ■ 1ª extração aroma (sob pressão T mais baixa rende 20 a 25% ■ 2ª extração rende 40 a 42% ○ 30 min por posição e 210 min para retornar a mesma posição ○ Aquecer a água e entra nas colunas de extração, entrando em contato com o café quebrado torrado permanecendo por um tempo para que haja a extração dos sólidos solúveis ○ Vai para próxima coluna carregando os sólidos solúveis ○ Na última coluna o extrato irá seguir para ser coletado e resfriado e então armazenado no coletor ○ TRATAMENTO DO EXTRATO ■ Recuperação de aromas: recuperação e condensação do aroma para posterior mistura com extrato de café após concentração ■ Componentes evaporados e condensados em sistema de 2 fases ■ Clarificação: filtros e centrífuga para separação de partes insolúveis ● Tanques de armazenamento e bombeamento para centrífugas⇒ decantação e retirada de impurezas grossas e alcatrões ★ CONCENTRAÇÃO DO EXTRATO ○ Passar de 20 a 22 ºBrix para 33 a 40º ○ CRIOCONCENTRAÇÃO ■ Processo demorado, custo elevado e alto gasto energético ■ Separação dos cristais de gelo do extrato ■ Comprimido e resfriado sob pressão ■ A expansão do extrato ao cristalizador faz com que sejam formados cristais de gelo ⇒ separação de cristais por lavagem ■ Resfriamento abaixo do ponto de congelamento → formação de gelo puro (separados do produto) ■ No final ainda tem água, processo mais lento e por isso são produtos mais caros ■ Congelamento da água do produto ● Baixa a velocidade de nucleação e mais cristalização para facilitar a separação ● Cristais maiores ● Temperatura de transição vítrea, solidificação de moléculas em estado desordenado ■ Separação dos cristais de gelo puro ● Filtração/ centrífugas/ lavagens ○ EVAPORAÇÃO ■ Mais rápido, feito a vácuo precisando de menores temperaturas ■ Necessidade de separar compostos voláteis para posterior reinserção deles depois do processo ■ Evaporadores de filme descendente, a placa e centrífugo ■ Centritherm ● Temperaturas mais baixo devido a vácuo ● Alimentação de café, sistema centrífugo ● Filme de café descendente ● Vapor em 80ºC faz com que o sistema fique aquecido, eliminando a água do café ● Películafina = evaporação mais rápida e baixo impacto térmico ● Sistema de concentração em um único estágio, necessário limpeza e pode ser integrado com um estágio de pré-evaporação ★ SECAGEM DO EXTRATO ○ Spray Drying - Atomização ■ Mais comum e de menor custo ■ Tar de 250 a 300ºC e em produto seco 100 a 120ºC ■ Maior densidade aparente ■ Ocorre escurecimento e tem boa solubilidade e aroma ■ Atomização aumenta a solubilidade em água ■ Ocorre aglomeração do produto, sendo possível readicionar aromas separados no processo de evaporação ■ Grânulos unidos e secagem em leito fluidizado, separando a água ○ Liofilização - Freeze Drying ■ Secagem da bebida, produto obtido da crioconcentração produto de melhor qualidade ■ Extrato a 0ºC congelado a -40ºC colocado em gaiolas de secagem e depois liofilização ■ Produto mais próximo do café moído torrado ■ Processo a vácuo em batelada ■ T em -30ºC ocorre SUBLIMAÇÃo da água ■ Ciclos de 4 a 12 horas, processo mais lento mas permite manter o sabor e aroma do produto ■ Pré-congelamento do extrato ○ O café spray dryer é mais escuro do que o de liofilização, mais fino (granulado) CAFÉ DESCAFEINADO ★ Quantidade inferior a 0,1% de cafeína em base seca ★ Remoção da cafeína utilizando solventes, depois passando por destilação ★ Remoção do solvente ★ Passa por torração e depois pelos processos para obter o produto desejado PROCESSAMENTO DE TOMATE ★ 4% da produção de tomate no Brasil é destinado para industrialização acontecendo principalmente na região central ★ Variação nas características ★ Requisitos para o processamento de tomate ○ Crescimento determinado e uniforme ○ Resistência a pragas e doenças ○ Produtivo ○ Polpa vermelha, maturação uniforme, alto teor de ss, baixo pH na polpa e baixo teor de cascas e sementes ★ Colheita ⇒ Transporte ⇒ Recepção ⇒ Armazenamento⇒ Descarregamento na indústria ⇒ Lavagem ⇒ Seleção e trimming ⇒ tomate limpo e selecionado ★ Colheita ○ 3 a 4 meses de cultivo em 2 etapas ○ Maduros 70 a 80% ○ 15 dias depois colhe o resto, depende do preço do tomate e relação custo x qualidade ★ Transporte e Recepção ○ Caminhões a granel ou caixas têm menos proteção (o ideal são caixas de plástico e higienização em imersão de água clorada ○ Na recepção a longa espera dos caminhões em alta temperatura diminui a consistência do fruto ○ Pesagem e amostragem pelas normas e critérios do SAA-SP ★ CLASSIFICAÇÃO ○ Descarregamento: diretamente dos tanques de lavagem em indústrias de pequeno porte ou em sistema hídrico/piscinas em indústrias de grande porte ○ Lavagem ■ Cultivado em contato com o solo e resíduos agrícolas, portanto deve ser feita imersão e aspersão ○ Seleção e Trimming ■ Remoção de frutos verdes para maturar, e descarte de defeituosos e partes defeituosas ■ Esteira de seleção com rolos de alumínio e canaletas para descarte ■ Higienizar as esteiras com frequência ★ PRINCIPAIS PRODUTOS E ETAPAS DE PROCESSO ○ Grande parte do tomate para fins industriais → transformação em polpa de tomate concentrada que é reconstituída durante o ano ○ PROCESSAMENTO DE SUCO DE TOMATE ■ Tomar cuidado na trituração do tomate para não quebrar as sementes pois elas irão afetar a textura do suco e o despolpamento ■ O pré-aquecimento torna a polpa mais tenra e facilita o destacamento da pele e tem como função inativar enzimas e ativar outras ● Enzimas Pécticas: pectinesterase (PE) catalisa a remoção de grupos metoxílicos de pectina ou ácido pectínico e poligalacturonase (PG) quebra as ligações glicosídicas fornecendo ácido galacturônico ● Desmetoxilação pela PE e despolimerização pela PG ■ Hot Break ● Tomate picado passa por um rápido aquecimento de 85 a 95ºC com o objetivo de inativar enzimas pectinolíticas e prevenção da hidrólise da pectina melhorando a extensão do corpo e melhorar a viscosidade ● Melhoria da extração da polpa que envolve as sementes ● Maior viscosidade ● Aplicação para produtos concentrados e ketchup ■ Cold Break ● Tomate picado aquecido de 60 a 65ºC ● Acelera a hidrólise da pectina pelas enzimas liberadas na trituração ● Hidrólise parcial das enzimas reduzida alterando sabor e cor ● Utilizado para mais fluidos como suco de tomate, molho e concentrados pois fica menos viscoso ■ Extração e Refinação ● Separação da pele e das sementes da polpa (extrator rotativo com peneiras metálicas) ● Redução da umidade dos subprodutos (ajustes de inclinação de paletas aumenta a prensagem por força centrífuga ● Conjunto de 2 ou 3 peneiras cilíndricas colocadas em série com redução gradual da abertura ● Extratora ou despolpadeira: 1 a 1,2 mm; refinadora 0,7 mm e super refinadora 0,4 a 0,5 mm ■ Desaeração ● Diminui o efeito negativo do aumento da temperatura e ar ocluso na massa ao conteúdo de vitamina C do produto ● Ação de vácuo: a T não elevadas inicia-se uma ebulição fraca que determina a saída do ar ■ Homogeneização ● Etapa operacional com o objetivo de retardar ou reduzir a sedimentação das partículas em suspensão ● Indispensável para sucos obtidos por cold break ou para produtos acondicionados em embalagem de vidro ● Sistemas similares aos utilizados para laticínios (70 a 100 atm/ T= 65ºC) ■ Tratamento Térmico de suco de tomate ● Visa redução da carga microbiana como bacillus coagulans que não produzem gás (difícil de verificar nas embalagens pois não estufam) ● Suco deteriorado apresenta sabor amargo e aumento da acidez ● Esterilização(121 ºC/ 42s) e o envase pode ser a quente (85 a 90ºC) ou seguido da esterilização ● Medidas para diminuir a contaminação: boa sanitização dos equipamentos e do ambiente, boas práticas de lavagem e seleção, processamento térmico adequado e redução do pH ■ Resfriamento e acondicionamento ● Pré-resfriamento com insuflação de ar para evitar choque térmico em embalagens de vidro ● resfriamento com aspersão de água e então embalado ○ PROCESSAMENTO DE TOMATE PELADO ■ Descascamento do tomate de forma que mantenha ele firme ■ Remoção da pele com hidróxido de sódio ou vapor⇒ Lavagem⇒ Seleção e inspeção (retirar tomates desfeitos ou peles aderidas)⇒ acondicionamento em latas dosando suco de tomate com sal, cloreto de cálcio e ácido cítrico ⇒ Exaustão⇒ Tratamento térmico ⇒ Resfriamento ■ Características necessárias da matéria-prima ● Forma alongada e resistência estrutural ● Cor vermelha viva abaixo da pele e facilidade de remoção da pele ● Uniformidade de maturação em todo fruto ■ Retirada da pele ● A ação de pelagem deve ser o mais superficial possível para melhorar rendimento e manutenção da cor ● Processo físico ○ Empregado o vapor em processo semi-contínuo em esteiras e vapor a 127ºC/ 25 a 40s ○ Rompimento das células pois excede o ponto de ebulição ○ Casca não possui resíduos, pode ser utilizada para ração, fertilizante ou obtenção de licopeno ○ Vantagem de ser pouco efluente e a desvantagem é ser menos eficiente que soda ● Processo químico ○ Imersão ou aspersão de solução de soda 15 a 20% em 85 a 100ºC por 30s a 2 min) ○ Processo contínuo, remoção da pele por jato de vapor e pós-lavagem ○ Neutralização da soda feita por um banho de ácido cítrico de 3% ○ Gera mais resíduos e tem maior teor de sódio ■ Seleção e lavagem ● Após a remoção da pele os tomates passam por discos de borracha ou tanque rotativo com spray sob alta pressão de água para remoção da pele ● Uso de aditivos como ácido graxo octanoico para aumentar a molhabilidade da cutícula, remover cera e diminuir a tensão superficial ■ Adição de suco ● Manual automático ou semi-automático ● Suco simples de 6 a 8 Brix considerando que 65% da massa total da capacidade da lata deve ser de tomate inteiro ● Adição de sal 0,5 a 1% ● Cloreto de cálcio (0,2%): aumenta a consistência do fruto através da formação de pectato de cálcio, com pectina de tomate ● Ácido cítrico (1,3%): diminuir o pH para inibir crescimento de Clostridium e Bacillus e permite que sofra um tratamento térmico menos severo dando maior qualidade ao produto ■ Exaustão e fechamento ● Objetivo de reduzir a quantidade de ar dentro da lata atenuando o efeito negativo do oxigênio (degradaçãode substâncias oxidáveis e corrosão da lata) ● Exaustão das latas passando por túnel (insuflação de vapor de 3 a 6 min) ● T centro da lata de 85ºC ● Recravação e fechamento hermético da lata ⇒ pode-se utilizar recravadeira a vácuo dispensando a exaustão (nesse caso o tempo de esterilização deverá ser mais longo) ■ Tratamento Térmico ● Feito em autoclaves de 104ºC por 30 a 45 min ● Tempo suficiente para o centro da lata atingir 95ºC ● Tempo deve ser suficiente para centro atingir 95ºC dependente da T inicial, tipo de equipamento, tamanho da lata e grau de contaminação do produto ■ Processamento de tomates picados ● São picados em cubos e calcificados pela adição direta na embalagem ou banho de cálcio dos pedaços ● Utilização de PME aumenta a firmeza, desesterifica ácido galacturônico tornando-o disponível para ligação iônica ○ PROCESSAMENTO DE CONCENTRADOS DE TOMATE ■ Concentrados de tomate são produtos obtidos da polpa de frutos do tomate inteiro e deve conter no mínimo 6% de sólidos solúveis naturais do tomate podendo ser adicionado de sal ou açúcar ● Purê de tomate = mínimo 9% para substância seca ● Extrato de tomate simples e concentrado = mínimo 18% p de substância seca ● Extrato de tomate duplo e concentrado = mínimo 25% p de substância seca ● Extrato de tomate triplo e concentrado = mínimo 33% p de substância seca ■ Evaporação ● Reduzir a massa de água no produto[ ● de 4 a 5 brix para 18 a 35% dependendo do produto ● Batelada ou contínuo ● 47,8 a 82ºC sob vácuo ● NaCl pode ser adicionado para melhorar o sabor ● Açúcar para redução da sensação de acidez ● Por ser um produto muito viscoso, a concentração é feita em evaporadores tubulares com circulação forçada ou evaporador de superfície raspada ■ Tratamento Térmico ● Trocador de calor de superfície raspada por ser um produto bastante viscoso ● Produto possui alta consistência e elevado U - T = 92 a 96ºC de 40 a 60 min ● Introdução do produto no cilindro por bombeamento ● Movimentação das paletas raspadoras / formação de fina película de produto e aquecimento ● Descarregamento no lado oposto ○ CATCHUP DE TOMATE ■ Produto elaborado a partir da polpa de frutos maduros do tomateiro podendo ser adicionado ingredientes como caramelo, açucar contanto que não descaracterize o produto ■ A partir da polpa concentrada entra para formulação do produto com sal, açúcar, especiarias e vinagre (auxilia no pH do produto)
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