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Linguagem, sociedade e educação

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Centro Universitário Jorge Amado 
 
Joelma Santos Teixeira 
 
Linguagem, Sociedade e Educação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maracás – BA 
 Dezembro de 2020 
https://uva.instructure.com/courses/13050
 
Joelma Santos Teixeira 
 
 
 
 
 
A língua portuguesa e suas variações padrão e coloquial 
 
 
 
Trabalho Requerido pelo Professor (a) da disciplina 
Linguagem, Sociedade e Educação., 
8°semesrte, apresentado ao Curso de Pedagogia. 
 Centro Universitário Jorge Amado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maracás – BA 
Dezembro de 2020 
 
A língua portuguesa e suas variações linguísticas 
 
Diante do exposto na situação um e situação 2, percebemos que ambas situações 
requer atenção voltada para a variação e ensino de língua portuguesa. A linguagem 
é a consequência das incumbências humanas coletiva com representação de 
natureza social. 
 Segundo Paulo Freire, ‘a leitura do mundo precede a leitura da palavra e a 
aprendizagem desta não pode prescindir daquela’. Nesse sentido, é preciso 
considerar que o aluno tem seus conhecimentos prévios. A língua portuguesa é 
vasta e para ensinar a mesma precisa-se, considerar as especificidades 
desenvolvendo no aluno as práticas linguísticas e a compreensão da sua realidade 
de vida. Na década de 1990, à publicação dos parâmetros curriculares nacionais, 
implantou um novo referencial curricular quem modificou os paradigmas de ensino 
aprendizagem no Brasil. Entre as mudanças, 
destacam-se a proposta de um novo eixo para o ensino da língua portuguesa, onde 
os fenômenos gramaticais, a leitura e a produção escrita são trabalhados em 
conjunto de forma contextualizada. USO REFLEXÃO USO. Esse eixo de 
ensino aprendizagem procura aproximar o aluno com a língua em uso. Na situação 
2, onde o professor Corrigir imediatamente o aluno, ela ignora o conhecimento 
prévio do aluno desconsiderando as diferenças entre a fala e a escrita. 
Observa se nos parâmetros curriculares nacionais 
Todo o texto se origina dentro de um determinado 
gênero. Os vários gêneros existentes, por sua vez, 
constituem formas relativamente estáveis de enunciados, 
disponíveis na cultura, caracterizados por três elementos: 
Conteúdo temático, estilo e construção composicional. 
Assim, cabe ao educador ser um agente mediador do processo de ensino é 
aprendizagem, isso quer dizer que o aluno não é mais o sujeito passivo que vai para 
a escola apenas receber informações, o aluno torna-se o sujeito ativo nesse 
processo. 
Ainda na situação 2, foi possível observar a variação linguística entre as falas do 
professor para com o aluno. Cada falante usa a língua de uma forma individual. 
Características pessoais, diferenças culturais, religiosas e regionais influenciam à 
pronúncia desde a combinação das palavras, sotaques ou até mesmo o próprio 
significado. Em algumas regiões, por exemplo, usa-se a palavra macaxeira ( espécie 
de planta tuberosa famosa por ter raízes saborosa e rica em vitaminas) outras 
regiões usa-se mandioca e aqui na Bahia, particularmente na minha região, usa-se 
aipim para identificar a mesma planta, a essas diferentes formas de uso da língua 
são chamadas de variações linguísticas. Para que ocorra uma boa comunicação é 
preciso que o emissor, (pessoa que fala ou escreve) e o receptor, (ouvinte ou leitor) 
utilizem um código conhecido por ambos isto é a mesma língua. 
A língua é um código formado por palavras e regras de combinação, concordância e 
lugar na frase, podendo ser oral ou verbal. Ainda na situação 2, o professor faz o 
uso da gramática normativa oque é aquela que normalmente se ensina nas escolas. 
O poema Pronominais, de Andrade Oswaldo, nos mostra claramente variações 
linguísticas semelhante a situação 2. 
Dê-me um cigarro 
Diz a gramática 
Do professor é do aluno 
E do mulato sábio 
Mas o bom negro e o bom branco 
Da nação brasileira 
 Dizem todos os dias 
 Deixa disso camarada 
Me dá um cigarro 
No poema, se compararmos o primeiro é último verso, notamos uma variação 
existente entre a língua que é a gramática considera correta e a língua efetivamente 
falada no decorrer do dia a dia pela maioria das pessoas. Para que haja 
comunicação o falante não precisa dominar as regras da gramática escolar, pois, 
devemos considerar a existência de duas gramáticas: A natural, que é aquela que 
abrange todos os falantes isto é a linguagem mais utilizada no dia a dia e a 
normativa, que é um conjunto sistematizado de normas é orientações para escrever 
e falar de acordo com o padrão culto da língua, aquela falada em reuniões de 
negócios ou com alguém muito importante para a sociedade. 
“Gramática natural porque é da natureza da língua como é 
da natureza humana aprender sistemas de regras para 
sistematizar comportamentos aprendizado que 
independentemente de ensino a vida o propicia ao 
natural’.” 
Celso p. Luft. Língua e Liberdade Porto Alegre Le PM,1985 
Na situação 1, a análise feita pela professora é referente à adequação e 
inadequação linguística . Na grande maioria o padrão de uma língua se estabelece 
principalmente pela ação da escola podendo ser variedade padrão e variedade não 
padrão. 
Ainda na situação 1, as estruturas destacada pela professora pertencem a 
variedade não padrão da língua, que são aquelas que utilizamos em nosso cotidiano 
com os amigos (gírias) família podem ser uma variação regional ou geográfica, isto 
é, os falantes fazem o uso da língua de acordo ao tempo de vivências, adquirindo 
uma pronúncia característica de sua realidade, como por exemplo, o pessoal da 
zona rural tem costume e falares diferenciado, em comparação com pessoas 
residentes em zonas urbanas. Mas, nas situações 1 e 2, ocorreu um entrave entre 
os critérios empregados para se definir o “certo” e o “errado” na língua, sendo que os 
padrões de nossa língua e determinado pelo nosso meio de comunicação, nos 
levando a entender como certo, o modo de falar mais privilegiado seja nos aspectos 
econômicos ou cultural. 
Desse modo, a frase da situação 2: “vou pegar na biblioteca o livro que eu falei”, 
está linguisticamente Correto, pois, podemos entender a mensagem transmitida 
porém, a mesma está gramaticalmente incorreta, pois, não obedece aos padrões 
definidos pela gramática normativa. 
Dado o exposto, diante das situações acima citadas, o educador deveria considerar 
o conhecimento prévio do aluno e utilizar a frase como um exemplo de uso diário 
das variações linguística em sala de aula, sendo mediador do saber, dando ao aluno 
condições de dominar as estruturas e regras da língua culta para que o mesmo 
tenha condições de utilizá-la de maneira adequada, tanto na leitura quanto na 
escrita e oralidade, possibilitando o aluno a adequar a linguagem as situações em 
que ela é exigida, como em entrevistas de emprego ou em concurso público, 
conversar com a família e os amigos entre outros momento que nos deparamos no 
decorrer da vida. 
O professor deve ser um mediador do saber, mostrando ao aluno as variações 
linguísticas e que não existe falar “certo” ou falar “errado”, existe adequar à 
linguagem de acordo ao ambiente em que se está inserida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
FREIRIE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completa. 23. 
Ed. São Paulo : Autores associados/Cortez,1989. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros 
Curriculares Nacionais, 1997, P.23. 
 ANDRADE, Oswald. Pau-Brasil. São Paulo. Editora Globo,2003 
 
Estudo das unidades1,2,3 e 4 
 
 O ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA E OS PCN’S (Links para um site externo.), Leonor Werneck 
dos Santos (UFRJ) 
 
Disponível em http://www.filologia.org.br/viisenefil/06.htm (Links para um site externo.) 
 
A LÍNGUA PORTUGUESA NOS PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS - UM CASO DE 
INCLUSÃO OU EXCLUSÃO DA LINGUAGEM COLOQUIAL? (Links para um site externo.)Lizane 
Pereira Becker2 e Célia Helena Pelegrini Della Méa3 
 
Disponível em: http://www.periodicos.unifra.br/index.php/disciplinarumALC/article/view/729 
 
portal.mec.gov.br › seb › arquivos › pdf › livro01 
 
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/ato-ler.htm 
 
A gramática e as variações linguísticas no ensino de língua 
w3.ufsm.br › revistaideias 
 https://www.escritas.org/pt/t/7793/pronominais 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.filologia.org.br/viisenefil/06.htm
http://www.filologia.org.br/viisenefil/06.htm
http://www.periodicos.unifra.br/index.php/disciplinarumALC/article/view/729
http://www.periodicos.unifra.br/index.php/disciplinarumALC/article/view/729
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http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf
https://educador.brasilescola.uol.com.br/trabalho-docente/ato-ler.htm
http://w3.ufsm.br/revistaideias/Artigos%20revista%2015%20PDF/a%20gramatica%20e%20as%20variacoes.pdf
http://w3.ufsm.br/revistaideias/Artigos%20revista%2015%20PDF/a%20gramatica%20e%20as%20variacoes.pdf

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