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MENOPAUSA E CLIMATÉRIO (JALEKOO) 
1-INTRODUÇÃO 
Um terço da vida da mulher acontece após a menopausa. Inclusive, mais pacientes dessa idade procuram mais o 
ginecologista. A menopausa envolve muitos fatores. 
A menopausa começa a partir de 12 meses em amenorreia (sem menstruar). A perimenopausa começa com a transição 
menopausal e termina no período de após um ano a menopausa. 
 
A menarca é a primeira menstruação e inicia o período reprodutivo. Próximo ao período da menopausa, ocorre a transição 
menopausal, com várias alterações fisiológicas, como fogachos e ciclos irregulares e esparsados. A transição menopausal 
começa com a perimenopausa. Após 12 meses sem menstruar, tem-se a menopausa. Após 1 ano da menopausa, tem-se o fim 
da perimenopausa, dando início à pós-menopausa. 
Os sintomas e as alterações surgem de forma diferente de mulher para a mulher. São: 
• Fogachos 
o Principais. Ocorrem em 80% das mulheres 
o Duram de 2 a 10 anos 
• Alteração dos ciclos 
o Se tornam intensos ou se esparsar 
o Vão se tornando, mais esparsos, até não ocorrerem mais 
• Aumento de FSH 
o Flutuar ao longo de todo o processo de envelhecimento, mas é marcado a partir do momento em que tem 
um valor maior que 25UI/L 
o Na pós-menopausa, sobe até 10x o valor normal 
Entre o período reprodutivo e o não reprodutivo, chamamos de Climatério! O climatério é um processo biopsicossocial. 
Outra fonte que usei, afirmou que climatério era do início da falência ovariana até os 65 anos 
Menopausa: 
• Precoce (abaixo de 40 anos) 
• Tardia (acima de 50 anos) 
Os sintomas mais comuns do climatério são irregularidade menstrual, fogachos, irritabilidade e atrofia do epitélio vaginal 
 
As indicações de terapia hormonal são alterações vasomotoras, alterações atróficas e prevenção ou tratamento da 
osteoporose. A terapia hormonal não é a primeira indicação para o tratamento da osteoporose. 
 
2-FISIOOGIA DO CLIMATÉRIO 
O climatério ocorre devido a uma insuficiência ovariana primária. 
Ao longo do tempo, os folículos acabam. Pelo fim dos folículos, ocorre uma insuficiência ovariana. 
Uma mulher no período de vida intrauterina começa com 6 milhões de folículos. Ocorre uma atrésia intensa deixando 
apenas 1 a 2 milhões de folículos. Até chegar no período reprodutivo, a mulher fica com 300 mil a 500 mil. No período 
reprodutivo é perdido 1000 folículos por dia, dando uma média de 30 folículos por dia. No fim, restam apenas 2500 a 4000 
folículos que não respondem a estímulo nenhum 
 Com a perda dos folículos, os hormônios produzidos pelo hipotálamo perdem seu feedback negativo pelas respostas 
foliculares. Assim, há um grande aumento na liberação de FSH. 
Outro hormônio importante nesse processo é a Inibina. A inibina era a grande responsável pela inibição do FSH. A inibina 
tem sua produção ovariana, pela insuficiência ovariana causada pela falta de folículos, temos uma redução de inibina, 
causando aumento de FSH. 
Para saber se uma paciente está no climatério, no caso de ela ter tirado o útero e não menstruar, é fácil só medir o FSH. 
Os fatores que podem causar menopausa precoce são: ooforectomia (retirada dos ovários), radiação (por radioterapia) e 
quimioterápicos. Pode ser por causas genéticas. Tabagismo acelera a menopausa em até 2 anos. 
3-EFEITOS DO ESTROGÊNIO 
Os três tipos de estrogênio principais são estradiol, estrona e o estriol. O estradiol é o mais potente, a estrona e o estriol são 
subprodutos do estradiol. 
Quando a mulher entra em climatério, há uma queda abrupta desses hormônios 
À nível da derme, a falta de estrogênio promove a redução da produção de colágeno e a redução da produção de ácido 
hialurônico (reduzindo a hidratação da pele). A pele fica fina, seca, friável e demora de cicatrizar. 
A nível ósseo, o estrogênio era importante para a manutenção óssea. Sem estrogênio, os osteoblastos diminuem de 
atividade e os osteoclastos agindo de maneira intensa. Assim, tem-se a formação de uma matriz óssea frágil e que se desfaz 
à toa, além de uma perda de cálcio. 
A nível cardiovascular, o estrogênio possuía um efeito protetor. Originalmente ele agia aumentando os níveis de HDL e 
reduzindo os níveis de LDL, além de alterar a produção de fatores de coagulação. Sem o estrogênio, há um aumento dos 
níveis de LDL e uma redução nos níveis de HDL, causando uma tendência à formação de placas ateroscleróticas. Por fim, 
também temos uma tendência a coagulação na falta de estrogênio. 
Na vagina, tem-se uma alteração na pele, na mucosa e no trato geniturinário. Sem o estrogênio, a vagina se torna mais 
fina, friável, perde a lubrificação e o enrugamento natural. O estrogênio estimula a manutenção da microbiota, assim, 
temos substituição da microbiota, levando a paciente a um quadro de ter muitas infecções urinárias. Também se tem a 
tendência a dor na relação sexual (dispaneuria) e sangramento após relação sexual (sinusorragia). Chamamos isso de 
Síndrome Urogenital da Menopausa. 
Também são comuns alterações de humor. Acredita-se que o estrogênio modula os receptores de serotonina. Assim, sem 
estrogênio, há maior incidência de ansiedade e depressão 
O estrogênio promovia uma regulação do depósito de gordura no tecido adiposo pelo corpo. Sem ele, tem-se um acúmulo 
da gordura perivisceral. Assim, promove um acúmulo andrógeno de gordura (em maça), em contraposição ao acúmulo que 
era ginecoide antes. Vale lembrar 
3.1-SINTOMAS VASOMOTORES (FOGACHOS) 
Coloquei esse separado aqui por ser o mais importante, já que 80% das pacientes vão queixar disso. Esse dado varia 
dependendo das condições local onde a mulher viva. 
Sintomas vasomotores → ondas de calor acompanhadas ou não de sudorese noturna 
Pode acompanhar de palpitação, insônia, rubor 
Se deve a uma instabilidade do centro termorregulador do hipotálamo 
Vai de 2 a 10 anos a depender da mulher. Ficando na média de 5,5 anos 
1 vez por semana até 20 vezes por dia. 
4-REPOSIÇÃO DE TESTOSTERONA, SEXUALIDADE E DÍSTURBIO DO DESEJO SEXUAL HIPOATIVO 
Depende de fatores biológicos, psicológicos e sociais. 
Hoje em dia há um uso desenfreado de testosterona 
Para a mulher, só tem indicativo para diagnóstico formal de Distúrbio do Desejo Sexual Hipoativo. O desejo sexual hipoativo 
é a diminuição acentuada no desejo ou motivação para se envolver em relações sexuais. São: desejo espontâneo diminuído 
ou ausente; desejo responsivo diminuído ou ausente mediante a estímulo; incapacidade em manter o desejo ou interesse 
para a atividade sexual. Esse tem que ser um quadro de no mínimo 6 meses e que promova prejuízo na vida da paciente. 
4.1-SÍNDROME GENITURINÁRIA DA MENOPAUSA 
Coloquei aqui para lembrarmos que é um importante fator na sexualidade feminina. 
É uma consequência permanente da falta de estrogênio. Os fogachos passam, mas a síndrome geniturinária não. 
A ausência de estrogênio se reflete no epitélio da parte genital, quanto urinária, causando um epitélio mais fino, mais 
sensível, mais friável. Tem-se também uma redução do tecido. 
Há uma redução das camadas celulares. Com isso, essas camadas com glicogênio eram importantes para a manutenção dos 
lactobacilos, que o usavam para produzir ácido lático. Esse ácido lático deixava o pH da vagina ácido, o protegendo contra 
infecções. Assim, perde-se a competição dos lactobacilos e o pH ácido. 
Também, pela fragilidade do epitélio, se tem uma tendência a sinusorragia e a dispaneuria. A paciente pode relatar um 
prurido. 
 
O tratamento da síndrome urogenital da menopausa é feito com 
• Uso de hidratantes 
o (vagina absorve mais água) 
o Também o uso de lubrificantes que reduzem o atrito. 
• Estrogênio 
o Recomendamos mais o tópico, tem mais evidência 
o Pode ser usado o sistêmico no caso de fogachos 
• Laser 
o Muito cara 
o Aparentemente funciona 
• Ospemifeno, basedoxifeno e androgênios 
o Não disponíveis no brasil 
5-RASTREIO DE DOENÇAS 
Visto o contexto que estudamos na ginecologia endócrina (climatério),vou colocar nessa parte alguns exames de rastreio 
que devemos fazer nessa época da vida. 
O que fazemos é: 
• Abordagem dos sintomas da menopausa 
• Triagem das neoplasias comuns 
• Rastreio para doenças cardiovasculares 
• Identificação de outras doenças associadas ao envelhecimento 
5.1-RASTREIO DE DOENÇAS CRÔNICAS 
RASTREIO CARDIOVASCULAR 
Rastreio Cardiovascular. Com a história clínica e exame físico, fazemos uma estratificação do risco cardiovascular da 
paciente. Útil para prevenção primária e secundária, além da terapia hormonal. 
Dá para usar o escore da sociedade americana de cardiologia também. 
Se for baixo risco pode fazer. Se for médio risco, pode fazer apenas via tópica. Se for alto risco, não pode fazer. 
RASTREIO TIREOIDIANO 
Não há necessidade de fazer exames de rotina. 
A clínica do climatério pode ser semelhante à clínica dos distúrbios de tireoide: 
• Fogachos 
• Ciclo irregular 
• Ganho de peso 
• Depressão 
Assim, se estiver na dúvida, realize um exame de rastreio para os hormônios da tireoide. 
RASTREIO DA OSTEOPOROSE 
A osteoporose é uma alteração da citoarquitetura do tecido ósseo devido ao hipoestrogenismo. 
Ocorre em 17% das mulheres pós menopausa e em 30% após 60 anos. 
Assim, uma mulher com 65 anos já é indicada uma densitometria óssea. 
Indicamos para: 
• Todas as mulheres de 65 anos 
• Todas as mulheres pós-menopáusicas: 
o Com história de fratura sem traumatismo 
o Com osteopenia identificada radiograficamente 
o Iniciando ou usou glicocorticoide sistêmico a longo prazo (mais de 3 meses) 
• Mulheres peri e pós-menopáusicas com fatores de risco para osteoporose para avaliação de tratamento 
farmacológico 
o Baixo peso corporal (IMC menor que 20) 
o Terapia sistêmica com corticoide a longo prazo 
o História familiar de fratura osteoporótica 
o Menopausa precoce 
o Tabagismo atual 
o Consumo excessivo de álcool 
5.2-RASTREIO DE NEOPLASIAS. 
Febrasgo coloca como necessidade o rastreio de câncer em: 
• Mama 
• Colo do útero 
• Colorretal 
RASTREIO DO CÂNCER DE MAMA 
Varia com a recomendação 
 
Mulheres com parentes com câncer de mama devem começar a mamografia 10 anos antes de quando a parente teve 
 
RASTREIO DE CÂNCER COLORRETAL 
É o segundo mais comum nas mulheres dessa idade. 
Deve ser realizado colonoscopia a partir dos 50 anos e deve ser realizado 1 a cada 10 anos até os 70 anos 
 
Deve ser feito idealmente pela colonoscopia. Contudo, em último caso, a pesquisa de sangue oculto nas fezes pode ajudar 
um pouco na ausência da chance de fazer colonoscopia 
RASTREIO NO CÂNCER DE COLO UTERINO 
Esse screening deve ser realizado até os 64 anos na ausência de doença neoplásica prévia. Após os 64 anos, você pode 
interromper se tiver dois exames uterinos. 
Se a paciente tem 64 anos e nunca fez exame antes, deve realizar dois exames com intervalo, você a descarta do rastreio. 
Nesses pacientes, vale a pena realizar citopatológico após reposição de estrogênio com uns 25 dias de intervalo, aí sim, será 
valido o rastreio. 
6-TERAPIA HORMONAL 
As contra indicações da sociedade brasileira do climatério coloca como contra indicações: 
• Nível A de evidência 
o Lúpus eritematoso sistêmico 
o Doença coronariana 
• Nível B de Evidência 
o Câncer de mama 
o Câncer do endométrio 
o Doença trombótica ou tromboembólica 
• Nível C de Evidência 
• Nível D de Evidência 
o Doença hepática descompensada 
o Lesão precursora de câncer de mama 
o Doença cerebrovascular 
o Porfiria e meningioma 
o Sangramento vaginal de causa desconhecida 
As indicações para terapia hormonal são 
• Fogachos 
• Síndrome geniturinária da menopausa 
• Menopausa antes dos 40 anos 
• Prevenção de massa óssea e fraturas por fragilidade 
A faixa etária de janela da oportunidade é de menos de 60 anos e menos de 10 anos de menopausa. Fora dessa janela, 
avaliamos com cautela se devemos fazer ou não. 
O rastreio cardiovascular deve ser feito para decidir ou não. Se for alto, não devemos fazer a terapia hormonal. Se for 
médio, deve ser feita por via tópica. Se for baixa, pode ser feita sem problema 
O rastreio de câncer de mama deve ser feito. Existem várias tabelas, o professor usa a Gail Model. Se tem alto risco, não faça 
e a encaminhe pro mastologista. Se tem médio, deve ser feita com cautela. Se for baixo risco, pode fazer sem problema. 
Para você iniciar a terapia hormonal, deve ter no mínimo uma mamografia de um ano atrás e continuar fazendo o 
acompanhamento. 
Não há necessidade de realizar um ultrassom de rotina. 
ANOTAÇÕES: 
Perimenopausa é o período que inicia com a transição menopausal (alterações fisiológicas de se aproximar até a 
menopausa) e termina um ano após a menopausa 
Hormônio anti-mulleriano 
Insuficiência ovariana prematura → FSH acima de 40 de 4 a 6 semanas, tempo de amenorreia de algumas semanas que eu 
não anotei, mas também jesus cristo nunca farei ginecologia e odeio meu professor. Esgotamento ovariano antes dos 40 
anos de idade. 
Gardinerella é uma das bactérias que crescem após a menopausa. 
Começa com osteopenia e depois vai para uma osteoporose. A reposição do estrogênio é mais útil nas mulheres com 
osteopenia.

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