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Diabéticos, hipoglicemia e hiperglicemia Em diabéticos do tipo I, a glicose se acumula no sangue porque a insulina não atua em sua função corretamente. Por isso, há um problema sistêmico, mas não atinge o cérebro, mesmo que ele use 120g de glicose diariamente; ele não precisa de insulina para capturar esse substrato. Mecanismos compensatórios do corpo Os pacientes diabéticos apresentam níveis extremamente elevados de açúcar no sangue, mas ocorre depleção acentuada desse substrato nas células. Uma vez sem glicose sendo fornecida adequadamente, o organismo opta por oxidar lipídios para adquirir energia. Isso torna o ambiente interno mais ácido, uma vez que os lipídios são quebrados em 3 ácidos graxos e glicerol, ao mesmo tempo que a glicose continua sendo acumulada na corrente sanguínea. GLICOSE NO PLASMA + LIBERAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS = PROBLEMA Com açúcar acumulado, os rins passam a excretá-los na forma de urina em quantidade demasiadamente grande a fim de remover esse excesso do corpo. Tipos de Diabetes Diabetes tipo I (insulino-dependente) pouca ou nenhuma capacidade de produzir insulina, tendendo à hiperglicemia, caso não seja administrada a insulina; Diabetes tipo II (não insulino-dependente) patologia desenvolvida, não congênita; a vítima produz insulina, mas insuficientemente, ou tem células insensíveis ao hormônio. Pode ser controlada com dieta e/ou medicamentos orais. Diabetes gestacional desenvolve durante a gravidez, mas não é permanente. Os hormônios da placenta fazem o corpo resistir à insulina. Ambas as condições de diabetes coloca em risco a vida do paciente e podem alterar o nível de consciência dele. Hiperglicemia e hipoglicemia Hiperglicemia e hipoglicemia são termos que indicam condições quanto à taxa de concentração de glicose na corrente sanguínea. Ambas são emergências médicas graves que necessitam de tratamento imediato. Hiperglicemia condição que resulta de níveis insuficientes ou da ausência de insulina e excesso de açúcar no sangue; Hipoglicemia condição que resulta do excesso de insulina e níveis insuficientes ou ausência de açúcar no sangue. Elas também se diferenciam no que diz respeito a causas, início, sinais e sintomas. Sinais de hipoglicemia agitação, dores de cabeça, ausência de sede, diminuição do nível de consciência, distúrbio de comportamento, pressão arterial normal ou abaixo do normal, respiração normal ou superficial, pulso normal ou rápido, pele pálida e úmida, sudorese profusa, dificuldade na fala, tonturas, desmaios, convulsões, tremores, pouca fome, fraqueza ou paralisia de um lado do corpo. Sinais de hiperglicemia graus variáveis de resposta, sede intensa, irritabilidade, febre, fraqueza, pele rosada, seca e quente, náuse, micção frequente, tonturas, hálito de odor doce ou cetônico, respiração difícil e exagerada, fadiga, pulso rápido e fraco, dor abdominal frequente e intensa. CONDIÇÃO HIPOGLICEMIA HIPERGLICEMIA Pulso Normal ou rápido Rápido e fraco Respiração Normal ou superficial Difícil e exagerada Pressão arterial Normal ou baixa Alta Pele Pálida e úmida Rosada, seca e quente Estado neurológico Agitação, inconsciência, tontura, desmaio, convulsões, tremores Irritabilidade, pouca resposta a estímulos, tontura Integridade física Sudorese profusa, dificuldade na fala, ausência de fome, fraqueza ou paralisia de um lado do corpo Dor abdominal frequente e intensa, febre, fraqueza, micção frequente, hálito de odor doce ou cetônico, fadiga, sede intensa HIPOGLICEMIA HIPERGLICEMIA Início Súbito (minutos) Gradual (dias) Causas Excesso de insulina e deficiência de açúcar Insulina deficiente e excesso de açúcar Pré-emergência Não utilizar a insulina corretamente ou em quantidade suficiente; ou não se manter na dieta adequada; ou estresse; ou apresenta infecção. Utilizar quantidades excessivas de insulina ou não se adequou à dosagem; ou não está se alimentando de maneira suficiente; exercita-se excessivamente; emocionalmente excitada. Reconhecimento de que a urgência tem relação com diabetes, quando se encontra um acidentado inconsciente ou com nível de consciência alterado: Diabéticos devem andar com pulseira ou cartão de identificação médica; sinais de injeção de insulina (marcas na coxa ou no abdômen); bomba de insulina; sinais de má circulação ou amputação dos dedos dos pés; dentre outras. Atendimento de emergência Sempre dar algum alimento que contém açúcar para ser ingerido pelo paciente, mesmo se ele estiver com hiperglicemia. Não será causado nenhum dano. HIPERGLICÊMICO – a quantidade administrada é trivial frente à que ele é acostumado a apresentar na corrente sanguínea. Por isso, nenhum dano ocorre. No entanto, a vida desse paciente pode ser salva pela administração de açúcar! Primeiros socorros em caso de hiperglicemia grave: desobstruir as vias aéreas em vítimas desmaiadas e oferecer ventilação artificial se a frequência de respiração estiver inadequada; verificar se há sinais de traumatismo craniano ou lesão no pescoço; prestar atenção a vômitos; administrar tratamento para choque, mantendo a vítima aquecida; monitorar os sinais vitais. CASO haja suspeita de lesão, estabilizar manualmente a coluna em posição alinhada. SEM SUSPEITA, colocar a vítima deitada em decúbito lateral, com a face voltada para baixo, evitando aspiração e permitindo a drenagem (de vômito, caso tenha). Primeiros socorros em caso de hipoglicemia: administrar suco de laranja com várias colheres de chá de açúcar ou outra bebida que contenha grande quantidade desse elemento; não oferecer balas ou doces duros ou qualquer substancia difícil de deglutir; caso não tenha condições de engolir, manter as vias aéreas desobstruídas e ministrar a respiração artificial, se a frequência de respiração estiver inadequada; posicionar a vítima em decúbito lateral, se não houver suspeita de lesão na coluna; monitorar os sinais vitais. HIPOGLICEMIA HIPERGLICEMIA Atendimento imediato Se o paciente conseguir engolir, administrar líquido que contenha açúcar; manter as vias aéreas desobstruídas, caso não tenha condição de engolir, e ministrar respiração artificial, em caso de frequência diferente da respiração; monitorar os sinais vitais. Manter a vítima em decúbito lateral até a chegada do resgate. Em pacientes desacordados ou com pouca consciência, desobstruir as vias aéreas; ventilação em caso de frequência respiratória anormal; verificar se houve lesão no pescoço ou traumatismo craniano; administrar tratamento de choque e manter a vítima aquecida; ver se tem vomito; monitorar sinais vitais. Manter a vítima em decúbito lateral (sem lesão). Manter apenas a coluna alinhada (com lesão). Tratamento crônico de Diabetes O exercício físico se apresenta como um importante tratamento para a Diabetes. Durante o exercício, o aumento do gasto de ATP acarreta o aumento da quebra de glicogênio pela enzima glicogeniofosforilase devido ao processo detalhado dos ativadores alostéricos e participação da adrenalina nesse processo. Eleva-se, então, a disponibilidade de glicose. Além disso, esse aumento do gasto de energia faz a quantidade de GLUT4 aumentar conforme a contração muscular vai se dando. Essa proteína transportadora de membrana atua independente da insulina, que fica pouco disponível, naturalmente, durante o exercício. É IMPORTANTE SALIENTAR QUE A MAIOR magnitude de captação de glicose aumenta conforme a intensidade e a duração do exercício.
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