Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Módulo Urgência RESUMÃO Emily Caroliny Souza Tibães Tema 1: Crise hipertensiva: aumento súbito da pressão arterial com potencial lesão de órgão alvo urgência hipertensiva: aumento da pressão sem lesão de órgão alvo -CONDUTA: tto VO captopril ( exceto gestante); diuréticos ( se a primeira opção estiver ineficaz-exceto se hipovolemia) ,nifedipina causa hipotensão brusca não é muito recomendado,clonidina tem efeito mais sedativo,propranolol pseudocrise: aumento por descontrole dos níveis pressóricos ,ansiedade,estresse tto: lugar calmo, analgésico,calmante, encaminhar para o ambulatório para controle da pressão emergência hipertensiva: elevação da P.A + lesão de órgão alvo Tema 2 Edema agudo de pulmão “Líquido no espaço alveolar” ,aumento da F.R, da F.C, crepitação da base para o ápice, secreção espumosa rosada Queixa: Fome de ar Cardiogênico: (HAS, IAM, Disfunção ventricular): aumento da BNP, alterações cardiovasculares Não cardiogênico ( SARA, séptico,edema pulmonar de grandes altitudes) tratamento: furosemida + nitroprussiato+morfina e tratar causa nitroglicerina (na falta do nitroprussiato) Tema 3; Suporte básico de vida PCR? Parada súbita e inesperada da circulação, Ausência de pulso ou Gasping (compressão) Obs: desacordado,com pulso,mas não respira: Parada respiratória ( ventilação) Checar segurança do local ( paramentação,trânsito, acompanhante agressivo) Chega responsividade 1-Reconhecer PCR ,CHAMA AJUDA 2-Pulso e respiração ( 10 seg) * pulso carotídeo adulto;braquial crianças menores 3-Iniciar compressões 30:2 / Criança 2 socorristas 15:2 ( 2 minutos - 5 ciclos) OU 2 minutos diretos de compressão e 1 ventilação a cada 6 seg ( após intubar é desse jeito) 3- Pedir DEA ( DEA É SEMPRE SUPERIOR, chegou? Já utilize) Qualidade? Frequência 100-120/min; Profundidade 2 polegadas ( 5cm) , retorno total do tórax, minimizar interrupções menos de 10 seg, EM criança: 2-4 J/kg ;não voltou? 4 , max 10 DEA MOV ( Monitorar ,oxigênio, acesso venoso) NÃO UTILIZO: Vasopressina ,atropina ● Suporte avançado de vida Ritmos chocáveis: Ritmo chocável: desfibrila ( FV ou TV monomórfica; cardioversão elétrica ou polimórfica:desfibrila e pode utilizar sulfato de Mg) DEA bifásico 200J /Monofásico 360J- se não sei, coloco na carga mais alta Epinefrina nos pares 1MG + 20ml flush de soro / amiodarona:uma dose de ataque 300mg+20ml flush de soro e próxima dose 150mg+20ml flush de soro ou lidocaína nos ímpares **elevar membro, retirar oxigênio Não chocáveis: Ritmo não chocável: tem pulso , AESP ou assistolia ( nesse caso,CA GA DA): só epinefrina o mais precocemente,continua compressões e procure causas reversíveis Causas reversíveis ● Tema 4: INSUF . RESP. AGUDA “ dificuldade de captar oxigênio ( hipoxêmica Tipo I) ou liberar gás carbônico( hipercapnia Tipo II)’’ Nas duas há diminuição de PaO2 <60 Hipoxêmica Tipo I: PA02 aumentada >15 : problema na troca gasosa . Ex: atelectasia, TEP, SARA,incêndios fechados - Sintomas: cuidado com queda do nível de consciência Hipercapnia Tipo II) deficiência de ventilação/ centro respiratório. Retém CO2>45 ,acidose (ph <7,35),bicarbonato não está aumentado : não deu tempo do rim agir. Ex: TCE, Ave, doenças musculares O que fazer? Controle respiratório ( veja tema 5) e depois de estável : descobrir causa e tratar Tema 5: Tipos de ventilação VNI: indicação - Mesmo com oxigenação mantém hipoxemia ,Pa02 <60 ,hipercapnia >50 e com nível de consciência estável . BOM PARA EXACERBAÇÃO DE DPOC E EDEMA AGUDO DE PULMÃO VInvasiva: (IOT): rebaixamento do nível de consciência , falência vascular : choque circulatório, grande trabalho respiratório Tema 6: Bradiarritmias “Intolerância aos esforços, dispnéia, tontura, síncope,hipotensão” – Pré sincope; Sincope; Cansaço; Dispnéia; Ortopnéia; Morte súbita. BAV 1º GRAU: Intervalo PR é maior,mas existe onda P em todos os intervalos -problema no Nó AV BAV 2 º Grau - Problema no feixe de His Mobitz I: PR aumenta progressivamente até ser bloqueado ( Venkeba) Mobitz II: infra HIS “não avisa que vai reduzir’’ BAV DE 3º Grau: Ventrículo e átrio não se comunicam colocar imagem AVALIAÇÃO: FC <60 Estável ou instável? : dispnéia, dor torácica, sinais de choque, rebaixamento do nível de consciência, ICC aguda SE SIM: Oxigenoterapia, ATROPINA( inibe parassimpático) 0,5mg EV em bolus dose max 3mg. FALHOU? Marcapasso transcutâneo ou dopamina ou adrenalina. Após estabilizar: ESTÁVEL? Avaliar ECG e marcapasso transvenoso ** Medicações antiarritmicas e betabloqueadores devem ser suspensos, avaliar deficiência de potássio Tema 7: Drogas vasoativas ( palestra) *utilizar com soro glicosado, pois com o fisiológico precipita ADRENALINA DOBUTAMINA Utilizo no choque cardiogênico Algumas referências < 2 Tema 8: Afogamento “aspiração de líquido não corporal por submersão ou imersão’’ ● ritmo mais comum é assistolia CHAMAR SOCORRO, PROVER FLUTUAÇÃO, SÓ REMOVER DA ÁGUA se for seguro; Não há sinal de trauma;não imobilize Tirou da água: inconsciente? Ventilando? Decúbito lateral direito;Não tentar drenar a água ou provocar o vômito SEGUIMOS ABC : A- abertura de vias aéreas B-prover meios de respiração C- circulação Parada respiratória? 10 a 12 ventilações por min PCR?30:2 (1 soc) 15:2 ( 2 soc) Vale a pena tentar RCP? Tempo de submersão <1 hr,não possui rigidez , decomposição, presença de livores. Quando parar? se o paciente voltar, se exaustão,entrega aos médicos.A equipe de saúde ( temp maior que 34º e em assistolia) GRAUS 1-Tosse com ausculta normal:nem de internação precisam 2-Ausculta pulmonar com estertores:cânula faríngea 3-Edema agudo de pulmão sem hipotensão: 4-Edema agudo de pulmão com hipotensão: intubação 5- Parada respiratória: ventilação artificial imediata 6-PCR compressões 30:2 / dois socorristas e com IOT: 15:2 +Adrenalina EV Suporte após PCR: Suporte hemodinâmico: reposição volêmica reaquecimento não usar corticóide, salvo se broncoespasmo se pneumotórax:: principal complicação Tema 9 Choque : “ desbalanço entre oferta e consumo de oxigênio’’ Sintomas gerais: hipotensão, taquicardia, oligúria,aumento do enchimento capilar Exames: Aumento do LACTATO, acidose metabólica Reposição volêmica Drogas vasoativas : NORA primeira opção Tema 10: Intoxicação animais peçonhentos Botrópico: jararaca ação proteolítica, hemorrágica e coagulante “dor intensa, edema complicação: síndrome compartimental,choque tto: ATB, vacina antitetânica leve: 2-4 mod:4-8 grave: 12 Crotálico: cascavel com chocalho pouca dor,parestesia evolui com fáceis miastênicas complicação: Iins Renal aguda tto: leve 5 mod 10 grave 20 Laquético: surucucu ação vagal: bradicardia,hipotensão tto: 10 a 20 Elapídico ( coral) sempre grave! neurotóxico complicação: Ins respiratória aguda tto:10 ampolas atropina e neostigmina Aranha marrom ação hemolítica-pouco dolorosa soro antiloxoscélico 5-10 ampolas Aranha armadeira saltam em sua direção -dor local intensa- manifestação simpática e parassimpática compressa local,sintomático( dipirona), se grave,soro. viúva negra dor intensa, descarga adrenérgica, tremor, rigidez abdominal espasmos: BZD Alteração <3: gluconato de cálcio Escorpião Leve: dor intensa e parestesia local mod: dor intensa+1: náuseas, vômitos,sudorese grave: vômitos incoercíveis, sudorese profunda, agitação psicomotora complicação: ICC, edema agudo de pulmão tto: analgesia,mod:2-3, grave:4-8 Abelha leve: dor local,vermelhidão regional: eritema,prurido, edema sistêmica: anafilaxia, agitação psicomotora remover ferrão com raspagem com lâmina. dor ( analgesia com dipirona parenteral), anafilaxia: adrenalina 1:1000 IM Tema 11 : Abordagem inicial do paciente grave Potencialmente grave: Neuro: presença de déficits motores, sinais de meningismo Cardio: sopros,estase jugular, perfusão >3 s, pulsos periféricos assimétricos Pulmonar: musculatura acessória, crepitações,sibilos Abdominal: dor, visceromegalia, peritonismo Membros: edema,empastamento da panturrilha Tema 12 Dissecção de aorta “ruptura da camada íntima da aorta’’ Ascendente TIPO A,I /II ( próxima ao coração): “ dor súbita ,retroesternal, intensa” ,causa hemoperitônio, quase sempre fatal. Cirurgia imediata Descendente: TIPO B,III “ dor na região dorsal e se na descendente abdominal: dor abdominal.Mais estável. Sinal no exame importante: P.A e pulso periférico Medicações: beta bloq ( labetalol ou nitroprussiato + propranolol ou metoprolol , caso nenhuma: verapamil) Tema 13 Taquiarritmias fc<150 QRS estreito? Taqui supraventricular: problema no átrio Fibrilação atrial: QRS estreito, ausência de onda P, ritmo irregular Tratamento do paciente com fibrilação atrial de alta resposta: – Pacientes instáveis(hipotensão arterial grave, congestão pulmonar, isquemia miocárdica): • Cardioversão elétrica imediata – Choque 120 a 200 J em cardioversor bifásico sincronizado com a onda R; • Para o procedimento é necessário sedação e analgesia.Diversos esquemas podem ser utilizados, sendo o mais comum a associação de drogas de meia vida curta. <48 hrs: choque/ amiodarona >48 hrs: reduz fc ( digitálico ou beta bloqueador), anticoagula por 3-4 semanas e cardioverte Flutter - Ausência da onda P; Presença de onda F, regulares, como dente de serra , com frequência entre 200 e 300; Intervalos R-R geralmente regulares; Tratamento do paciente com flutter atrial de alta resposta: – Pacientes instáveis:• Cardioversão elétrica imediata – Choque 50 J em cardioversor bifásico sincronizado com a onda R, pode ser administrado segundo choque 100 J em arritmia refrataria;• Para o procedimento é necessário sedação e analgesia. – Pacientes estáveis: • Pode-se iniciar o tratamento com inibidores do no AV por via IV, visando reduzir a condução AV de 2:1 para 4:1. QRS alargado? Taqui ventricular: Problema no Ventrículo -TV monomórfica:qrs alargado, ritmo regular PCR? Desfibrilar COM PULSO? Cardioversão elétrica sincronizada Estável? Amiodarona -TV polimórfica : COM PULSO? especialista SEM PULSO? Desfibrilação – TVPS geralmente é acompanhada de instabilidade hemodinâmica (PCR), portando o tratamento é DESFIBRILAÇÃO ELÉTRICA NÃO SINCRONIZADA com energia inicial de 200J, em seguida, sulfato de magnésio. Tema 14 Crise convulsiva ( palestra) Gravidade depende do tipo, duração e circunstancias externas Maioria das crises são autolimitadas e não precisam de intervenção de urgência CRISES PARCIAIS Simples (autonômicas, sensoriais, motoras, auditivas, visuais): Não tem perda da consciência, Baixo Risco, Complexas: Risco moderado, Perde a consciência durante a crise CRISES GENERALIZADAS Ativação de dois hemisférios e perda da consciência; Ausência de pequeno mal (baixo risco) OBS: ADULTO NÃO TEM Atônica (Ataque de queda) (alto risco) OBS: Não usar carbamazepina Tonica (alto risco) Crise de enrijecimento) Clônica/mioclônica (moderado risco) Tonica clônica (alto risco) EPLEPSIA NA EMERGENCIA O que fazer? Como orientar a família? Retirar as pessoas de volta/ abrir caminho Mover objetos que possam machucar o paciente, Manter a calma e observar o tempo e a característica da crise, Lateralizar o paciente para manter via aérea pérvia, Proteger a cabeça ,Folgar qualquer coisa que aperta a região cervical, Não tentar interromper os movimentos do paciente,PITI: Abalo some ao segurar; Não colocar qualquer coisa na boca do paciente durante a crise; Depois da crise, permanecer com o paciente até que o paciente esteja completamente acordado. Quando preocupar? Primeira crise da vida (não sabemos o comportamento); Crises que duram mais de 5 minutos; Repetição das crises sem recobrar a consciência; Paciente gravida; Convulsão que ocorra na agua; Dificuldade de respirar. Quando ligar para o SAMU (192)? Sempre que tiver sinais de quando e preocupar Quando usar medicamentos de cessar a crise? Tratamento durante/depois da crise, Drogas que agem rápido para interromper a crise, Não são efetivas como tratamento antiepiléptico de rotina, Podem ser administrados e de maneira segura em múltiplas vias ,Oral, sublingual, renal, nasal, intravenosa, Deveriam estar disponíveis para o paciente e cuidadores Para generalizadas Orais: Última opção na crise Diazepam, lorazepam Nunca administrar na forma de solução Retais: Diazepam gel Nasal: Midazolam OBS: Via intramuscular é contraindicada COMO PREVENIR: Triggers: Falhar com uso de medicação, Álcool e drogas, Estresse, Luzes, Temperatura externa, Febre, Privação de sono, Monoterapia é a melhor forma, Status Epilético Definição formal: Crise que não param em 30 minutos ou que aconteçam sem recobrar a consciência Tratamento de emergência Letalidade 2- 55% Causa: desconhecida 25 a 40% Principais causas: Má aderência ao tratamento, Abstinência alcoólica e má aderência, Toxico metabólico infeccioso hipóxia, AVC/ Trauma/ Tumor COMO TRATAR? Não está na crise convulsiva Fazer ABC Revisão laboratorial Fenitoina 15-30 mg/kg (Diluir em Soro fisiológico) Se não responder: Fenobarbital/Ácido Valproico/Keppra Crise Refrataria: Solicitar vaga no CTI Midazolam/Propofol/Tiopental Diagnóstico de crises precocemente HIGH TECH/ AREMCO/ SMART WATCH Qual medicamento tem menor meia vida? Fenobarbital: Maior meia vida Ethosuximibe; 6h Fenitoina: 24h Status epilético: Lorazepam Crises de ausência: Ethosuximide/ Ácido valproico (bloqueadores do canal de Na) Carbamazepina não trata Crise Parcial complexa: Ácido Valproico Crise infantil (espasmo infantil): ACTH Crise atípica de pequeno mal: Ácido Valproico Qual é associado a hiponatremia? Carbamazepina Tema 15- SÍNDROMES CORONARIANAS Fisiopatologia: aterosclerose sintomas: angina ( dor ou desconforto localizado entre mandíbula e umbigo Fatores estressantes: estresse físico e emocional atenuada: repouso ou uso de nitritos **Mão em garra ( sinal de Levayne), homem,meia idade, frio, fáceis de dor, alimentação gordurosa, drogas ilícitas ( cigarro). Sintomas atípicos: equivalente isquêmico em mulheres, DM, idosos, distúrbios psiquiátricos e renais crônicos : dispneia, náusea, diaforese MARCADORES: troponina, CKMB ECG COM SUPRA: toda a coronária obstruída IAM com supra: aumento de troponina e supra de ST Alterações no ECG DI, AVL LATERAL CIRCUNFLEXA DII, AVF INFERIOR CORONÁRIA DIREITA V1,V2,V3,V4 ANTERIOR DESCENDENTE ANTERIOR V5,V6 LATERAL CIRCUNFLEXA Problema da tutoria: ● paciente com supra de ST de v1 a v6 : parede v1-v4 ( anterior) , v5-v6 ( lateral) e em D1 ( lateral alta) , afetando artéria circunflexa e descendente anterior ● imagem em espelho ( infra) em DII e AVF OBS: SE TEM SOMENTE ST: 30 MIN SE TEM ONDA Q: MAIS DE 6HRS ONDA T QUE ESTAVA POSITIVA,COMEÇA A FICAR NEGATIVA TTO: * MAIS UTILIZADOS: alt e tenec * não repetir fibrinolítico * se melhorou, programo a angioplastia * não melhorou, angioplastia de emergênciaESTABILIZOU? ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO -AAS -CLOPIDOGREL SEM SUPRA: lesão suboclusiva Angina instável: não eleva troponina , efeitos de curta duração -IAM sem supra de ST ( aumento de troponina) SEM ALTERAÇÃO DE ST M=Monitor O=oxigenoterapia V=acesso venoso E= ECG em 10 minutos Tema 16- TEP Obstrução de uma artéria pulmonar, por um material que se deslocou de uma parte do corpo até os pulmões. causas não trombóticas: gasosa, amniótica, gordurosa Fatores de risco: problemas hereditários de coagulação, adquiridos; doença avançada, TEP prévia, ACO, gestação, trauma, vida sedentária CLÍNICA: Dor torácica, dispneia, dor pleurítica, tosse, dor nas pernas e depois dispneia subita critérios diagnósticos: Exames: ● Escore baixo = d-dímero. Se vier negativo eu descarto TEP, se vier positivo eu realizo Angio-TC de Tórax! ● Escore médio ou alto: Eu realizo Angio-TC de tórax: se vier positivo eu confirmo TEP, se vier negativo eu descarto TEP. TRATAMENTO: ESTÁVEL: Trombolítico ( heparina). Contra-indicado? Filtro de veia cava INSTÁVEL? O TEP é uma das causas de CHOQUE OBSTRUTIVO, ou seja, se o paciente estiver sinais de instabilidade hemodinâmica e choque devemos ESTABILIZAR O PACIENTE E REALIZAR UMA TERAPIA DE IMEDIATO.O ideal nesses casos é TROMBÓLISE com rTpa ou Tenecplase. Não sendo possível, realizar anticoagulação com Heparina de baixo peso molecular! CONTRA-INDICAÇÕES: Hemorragia intracraniana prévia Lesão vascular cerebral estrutural conhecida (ex.: MAV) Neoplasia intracraniana primária conhecida AVC isquêmico nos últimos 3 meses Suspeita de dissecção de aorta Sangramento ativo ou diátese hemorrágica (exceto menstruação) Hipotensão severa não controlada após tratamento inicial TCE ou traumatismo facial nos últimos 3 meses Tem contra indicação? EMBOLECTOMIA Tema 17 ● intoxicação por medicamentos Paracetamol náuseas vômitos palidez dor em hipocôndrio Direito usar carvão ativado usar n acetilcisteína monitorar função hepática ácidos e álcalis álcalis geram trombose de pequenos vasos e necrose tissular Ácidos geram coágulos e escaras de aderência firme hidratação venosa correção dos distúrbios eletrolíticos corticoides em álcalis estenose dilatação endoscópica NAO UTILIZAR CARVAO OU LAVAGEM anticolinérgicos delirium agitação confusão alucinação lavagem gástrica carvão ativado benzodiazepínico para agitação psicomotora raramente usa o antídoto fisostigmina anticonvulsivantes deprime o sistema nervoso central e pode evoluir com coma e depressão respiratória usa carvão ativado estabelece volemia pode usar diálise sendo fenobarbital e carbamazepina antidepressivos tricíclicos pacientes com risco de suicídio tem alterações cardiovasculares lavagem gástrica com carvão ativado não induzir vômito não utilizar diálise se associavam com benzodiazepínicos deve entubar e ventilar se convulsões benzodiazepínicos não utilizar FLUMAZENIL evitar fisostigmina serotoninérgicos paroxetina sertralina náuseas vômitos dor abdominal sistema nervoso central com agitação e alteração do nível de consciência muscular tremor mioclonia e rigidez sistema nervoso autônomo com midríase e taquicardia lavagem gástrica com carvão ativado raramente USA clorpromazina e ciproeptadina benzodiazepínicos definir sistema nervoso central lavagem gástrica carvão mineral Considere a intubação antídoto flumazenil que é contra-indicado em pacientes com rebaixamento do nível de consciência, CONVULSÕES, Ae se tiver utilizado tricíclico ou com alteração cardiovascular beta bloqueadores náuseas vômitos pele fria bradycardia hipotensão convulsões espasmos em pacientes asmaticos usar carvão mineral cuidado com a lavagem gástrica pois pode potencializar a estimulação colinérgica antídoto glucagon bloqueadores de canal de náuseas vômitos convulsões e tratamento com gluconato de cálcio depressão do sistema nervoso central cálcio, se refratários utilizar glucagon mais glicose e insulina cocaína ativa sistema nervoso simpático convulsões agitação palpitação taquiarritmia suporte cardiovascular hidratação benzodiazepínicos é o agente de escolha pode associar com nitroprussiato de sódio e emergências hipertensivas ou lidocaína como antiarrítmico Digoxina aumenta só de intravascular e cálcio e diminui potássio aumenta muita contratilidade cardiovascular antídoto anticorpo anti digoxina carvão ativado se bradicardia usar atropina e preparar marca-passo se taquicardia lidocaína ou amiodarona Organofosforados e carbamatos aumenta acetilcolina pode ter ação simpática e parassimpática exacerbada se atingiu a pele retirar a roupa e lavagem oral lavagem gástrica e carvão ativado antídoto atropina metanol e etilenoglicol acidose metabólica importante lavagem gástrica intubação repouso alegria tratar convulsões bicarbonato de sódio para diminuir acidose o antidoto é a álcool etílico ou fomepizol monóxido de carbono hipoxemia vida taquicardia cefaleia evolui com confusão mental cegueira e diminuição do nível de consciência se consciente máscara de oxigênio se instável intuba e ventila a 100% opióides age no sistema nervoso central e causa analgesia pode deprimir o sistema respiratório,MIOSE lavagem gástrica mas se diminuir o nível de consciência devem tomar primeiro antídoto é naloxeno Tema 18- Cetoacidose Cetoacidose diabética referência: DIRETRIZES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES 2019-2020 Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar (EHH) e Cetoacidose Diabética (CAD) na Sala de Urgência Autores e Afiliação: A cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação grave do (DM1 e DM2). 25% dos casos no momento do diagnóstico do DM1 e é a causa mais comum de morte entre crianças e adolescentes com DM1 As principais causas de morte são edema cerebral, hipopotassemia, hipofosfatemia, hipoglicemia, complicações intracerebrais, trombose venosa periférica, mucormicose, rabdomiólise e pancreatite aguda. O prognóstico depende das condições de base do paciente, com piora sensível em idosos, gestantes e aqueles com doenças crônicas Fatores precipitantes: Os estados infecciosos são a etiologia mais comum : trato respiratório superior, as pneumonias e as infecções de vias urinárias.Na prática:Acidente vascular cerebral (AVC), ingestão excessiva de álcool, pancreatite aguda, infarto agudo do miocárdio (IAM), traumas e uso de glicocorticoides. Drogas ilícitas: a cocaína Os distúrbios psiquiátricos associados a irregularidades na condução da dieta ou no uso diário de insulina também podem contribuir .O uso de antipsicóticos atípicos para o tratamento é capaz de aumentar o risco de distúrbios metabólicos, como ganho de peso, dislipidemia, DM, CAD e pancreatite aguda, sendo observados riscos maiores com a clozapina e a olanzapina Uso mais frequente de bombas de infusão contínua subcutânea de insulina ultrarrápida, tem-se observado aumento na incidência de CAD. Tal fato pode ocorrer em razão da obstrução parcial ou total do cateter, provocando redução aguda de infusão de insulina. Fisiopatologia Na CAD, fundamentalmente, o que ocorre é a redução na concentração efetiva de insulina circulante associada à liberação excessiva de hormônios contrarreguladores: glucagon, as catecolaminas, o cortisol e o hormônio de crescimento. Em resumo, essas alterações hormonais na CAD desencadeiam o aumento da produção hepática e renal de glicose e a redução de sua captação pelos tecidos periféricos sensíveis à insulina, resultandoem hiperglicemia e hiperosmolalidade no espaço extracelular. Portanto, a hiperglicemia é resultante de três mecanismos: ativação da gliconeogênese e da glicogenólise e redução da utilização periférica de glicose, principalmente nos músculos. A combinação de deficiência de insulina com aumento de hormônios contrarreguladores provoca a liberação excessiva de ácidos graxos livres do tecido adiposo (lipólise), os quais, no fígado, serão oxidados em corpos cetônicos (ácidos beta--hidroxibutírico e acetoacético) em um processo estimulado sobretudo pelo glucagon e devido ao aumento da relação glucagon/insulina e diminuição da atividade da malonil coenzima A, responsável por modular o transporte dos ácidos graxos livres para dentro da mitocôndria dos hepatócitos para oxidação no sistema microssomal. Assim, todo esse processo culmina em cetonemia e acidose metabólica. Finalmente,na CAD, observam-se desidratação e glicosúria de graus variáveis, diurese osmótica e perda de fluidos e eletrólitos. Os inibidores do cotransportador sódio-glicose 2(SGLT2), uma nova classe de antidiabéticos orais, cuja função é diminuir a glicemia plasmática ao inibir a reabsorção tubular renal de glicose, podem estar associados a CAD em pacientes com DM1 e DM2, é a denominada CAD “euglicêmica”, em razão de elevações discretas e moderadas na glicose sanguínea relatadas em alguns casos. Os potenciais mecanismos de CAD com o uso de inibidores de SGLT2 foram relatados, incluindo o aumento do glucagon, a redução da dose diária de insulina requerida, a diminuição da supressão da lipólise, a cetogênese e a diminuição da excreção urinária de cetonas A deficiência de insulina faz com que o organismo metabolize triglicerídios e aminoácidos em vez de glicose para produzir energia. As concentrações plasmáticas de glicerol e AGL se elevam em decorrência da lipólise não controlada, assim como a alanina do catabolismo muscular. Glicerol e alanina fornecem substrato para a gliconeogênese hepática, a qual é estimulada pelo excesso de glucagon que acompanha a insuficiência de insulina.O glucagon também estimula a conversão mitocondrial de AGL em cetonas. A insulina normalmente bloqueia a cetogênese pela inibição do transporte de derivados de AGL na matriz mitocondrial, mas a cetogênese prossegue na ausência de insulina. Os principais cetoácidos produzidos, os ácidos acetoacético e beta-hidroxibutírico, são ácidos orgânicos fortes que causam acidose metabólica. A acetona derivada do ácido acetoacético acumula-se no sangue e é eliminada lentamente pela respiração.A hiperglicemia causada pela deficiência de insulina causa diurese osmótica que provoca perda significativa de água e eletrólitos na urina. A excreção urinária de cetonas causa necessariamente perdas adicionais de sódio e potássio. O sódio sérico pode cair em razão da natriurese ou aumentar em virtude da excreção de grandes volumes de água livre. Ocorre também perda de potássio em grandes quantidades, algumas vezes > 300 mEq/24 h. Apesar do déficit significativo de potássio corporal total, inicialmente o potássio sérico inicial está normal ou elevado, devido à migração extracelular do potássio em resposta à acidose. As concentrações de potássio geralmente caem mais durante o tratamento, à medida que o tratamento com insulina leva o potássio para o interior das células. Se o potássio sérico não for monitorado e reposto quando necessário, pode ocorrer hipopotassemia potencialmente fatal. Diagnóstico História e exame físico O quadro clínico de evolução lenta e progressiva dos sinais e sintomas de DM descompensado. Entre eles, citam-se poliúria, polidipsia, perda de peso, náuseas, vômitos, sonolência, torpor e, finalmente, coma Ao exame físico, na presença de acidose, podem-se observar hiperpneia e, em situações mais graves, respiração de Kussmaul. Desidratação com pele seca e fria, língua seca, hipotonia dos globos oculares, extremidades frias, agitação, face hiperemiada, hipotonia muscular, pulso rápido e pressão arterial variando do normal até o choque hipovolêmico podem ocorrer. A intensificação da desidratação dificulta e torna doloroso o deslizamento dos folhetos da pleura e do peritônio, sendo possível observar defesa muscular abdominal localizada ou generalizada, com quadro de dor abdominal presente em até 51% dos casos. Em alguns casos, são verificadas dilatação, atonia e estase gástrica, o que agrava o https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-eletrol%C3%ADticos/hipopotassemia quadro de vômitos. O atraso no início do tratamento da acidose e da desidratação pode evoluir com choque hipovolêmico e morte. Achados laboratoriais A avaliação laboratorial inicial de pacientes com CAD deve incluir a determinação de glicose plasmática, fósforo, ureia, creatinina, cetonemia, eletrólitos, inclusive com o cálculo de ânion-gap, análise urinária, cetonúria, gasometria,hemograma e eletrocardiograma. Quando necessário, solicitam-se raios X de tórax e culturas de sangue e urina . Critério para hiperglicemia ≥ 200 mg/dL. Em concordância, os critérios bioquímicos atuais revisados para o manejo da CAD em crianças e adolescentes da International Diabetes Federation (IDF) são: glicemia sanguínea > 200 mg/dL, sendo que, em casos raros, a glicemia pode ser < 200 mg/dL (CAD euglicêmica:gestantes com diabetes, pacientes com diminuição da gliconeogênese durante abuso do álcool e, mais recentemente, em uso de inibidores de SGLT2 ); pH de sangue venoso < 7,3 ou bicarbonato sérico < 15 mmol/L, além de cetonemia e cetonúria. A CAD é definida como grave quando evolui com pH de sangue venoso < 7, moderada entre 7 e 7,24 e leve entre 7,25 e 7,3. A maioria dos pacientes com CAD apresenta-se com leucocitose O sódio sérico mostra-se abaixo do normal em 77% dos casos na CAD devido à transferência osmótica de líquidos do espaço intra para o extracelular, vômitos e, também, pela perda renal associada aos corpos cetônicos No diagnóstico, o potássio sérico pode estar elevado em 37% dos casos, secundário à acidose, normal em 58% ou baixo em 5% dos casos, dependendo das reservas prévias nos espaços intra e extracelulares, além de exigir bastante cuidado durante o tratamento, pelo risco de arritmias ou até de parada cardíaca Os valores de fosfato plasmático podem encontrar-se normais (54% dos casos) ou aumentados (38% dos casos) no diagnóstico e tendem a diminuir com a terapia insulínica (B). A elevação da ureia e creatinina reflete a depleção de volume intravascular. Outros achados são hipertrigliceridemia e hiperamilasemia, as quais, quando acompanhadas de dor abdominal, podem sugerir o diagnóstico de pancreatite aguda sódio sérico abaixo do normal potássio sérico pode estar elevado-pela acidose *cuidado cm arritmias fosfato plasmático normais ou aumentados ureia e creatinina aumentados: reflete a depleção de volume intravascular. hipertrigliceridemia e hiperamilasemia, as quais, quando acompanhadas de dor abdominal, podem sugerir o diagnóstico de pancreatite aguda Leucocitose Classificação Tratamento:- Manutenção das vias aéreas pérvias- se vômito, sonda nasogástrica - correção desidratação - -correção distúrbios eletrolíticos - reduzir hiperglicemia e osmolaridade - identificar e tratar fator precipitante reposição líquida e eletrólitos - desidratação Ausência de comprometimento cardíaco/renal: -infusão isotônica de NaCl a 0,9% 15-20 min na primeira hora E depois? Depende da evolução dos eletrólitos e diurese: se sódio elevado ( maior ou igual a 150), prescrever solução salina de NaCl a 0,45% ( 10-14 ml/kg/h). Caso contrário, solução isotônica de NaCl 0,9% -Função renal normal : iniciar infusão de 20-30 mEq/L de cloreto de potássio , 19,1%/h,para manter o potássio sérico 4 e 5 mEq/L. Bicarbonato uso não é rotineiro - recomendado para casos graves com acidose< 6,9 ( adultos):50-100 mmol em solução isotônica de 400 ml * REDUZIR arritmias. Essa conduta no Ph> que 6,9 não melhora o prognóstico - Complicações: alcalose metabólica, acidose liquórica paradoxal, edema cerebral, anóxia tecidual Fosfato -hipofosfatemia leve é comum e assintomática -não indicada reposição rotineira- risco de hipocalcemia - utilizar quando: graves manifestações clínicas: ICC, IRA Insulinoterapia Corrigir a hiperglicemia e acidose metabólica Tópicos? Insulina ultrarrápida, IM , subcutânea, infusão intravenosa DETALHE: só adm se potássio >3,3 mEq;L- risco de arritmias LEVES/MODERADOS:insulina regular , por hora, ou análogos ultra rápidos SC, a cada 1-2 horas GRAVES: intravenosa contínua de insulina regular 0,1 U/kg/h Glicose atingiu 200-250 mg/dl : soro glicosado a 5%+ insulina regular intravenosa contínua ou SC a cada 4 hrs até resolução da CAD QUANDO CONTROLADO? glicemia menor ou igual a 200 mg/dl, bicarbonato sérico >ou igual a 15 e ph maior ou igual a 7,3 e consegue se alimentar: manejo ambulatorial Complicações Hipoglicemia Hipopotassemia Hiperglicemia Hipoxemia Edema agudo de pulmão Hipercloremia Edema cerebral ( raro),pode evoluir para PCR : adm MANITOL intravascular a 20% IRA:incomum, são secundários a desidratação grave EM CRIANÇAS: ( raro): fatores de risco: DM1 recém diagnosticado Tema 19-Síndrome hiperglicêmica A Síndrome hiperglicêmica hiperosmolar não cetótica (SHH) é uma grave complicação metabólica do diabetes mellitus (DM) A SHH caracteriza-se por hiperglicemia severa, hiperosmolaridade e desidratação na ausência de cetoacidose, enquanto a CAD se apresenta com acidose metabólica e aumento de corpos cetônicos. A SHH é menos frequente que a CAD, entretanto está associada a maior morbimortalidade. A SHH tipicamente ocorre em adultos e idosos com DM tipo 2, entretanto pode ocorrer na população pediátrica e em pacientes com DM tipo 1. A taxa de mortalidade está relacionada a fatores precipitantes como infecções, cirurgias ou eventos isquêmicos, comorbidades, idade avançada e severidade de desidratação. Pacientes que apresentam episódios de crises hiperglicêmicas têm maior risco de eventos cardiovasculares maiores, doença renal terminal e mortalidade em longo prazo, principalmente na população de jovens. Fisiopatogenia O mecanismo fisiopatológico básico da SHH consiste na redução da ação efetiva (insulinorresistência) e/ou nos níveis séricos de insulina circulantes (insulinopenia) em associação ao concomitante aumento nos hormônios contrarreguladores (glucagon, catecolaminas, cortisol e hormônio do crescimento). Como consequência dessas alterações hormonais, ocorre o aumento da gliconeogênese hepática e renal, além da diminuição da utilização periférica de glicose, que culminam com a hiperglicemia e mudanças na osmolaridade plasmática. A hiperglicemia leva à diurese osmótica e à depleção de volume intravascular, podendo ocasionar desidratação, redução da taxa de filtração glomerular e alterações hemodinâmicas (hipotensão e choque). O aumento da osmolaridade plasmática e a redução do volume intravascular são responsáveis pelas alterações neurológicas . As alterações metabólicas decorrentes das crises hiperglicêmicas promovem estresse oxidativo, alterações pró-inflamatórias e pró-coagulantes. A ausência de corpos cetônicos e acidose metabólica na SHH pode ser explicada por níveis séricos de insulina serem insuficientes para a metabolização da glicose, mas podem ser adequados para prevenir a lipólise e subsequente cetogênese. Ademais, parece haver aumento menos marcante de hormônios contrarregulatórios e ácidos graxos livres, bem como inibição da lipólise pelo estado hiperosmolar.1 No entanto, em casos de choque hipovolêmico associado a hiperglicemia, pode haver acidose metabólica sem a presença dos corpos cetônicos Fatores precipitantes Infecção é o principal fator precipitante da SHH, sendo infecção urinária e pneumonia os mais frequentes A SHH também pode ser desencadeada por eventos cardiovasculares, outras patologias agudas clínicas ou cirúrgicas e/ou uso de medicamentos (glicocorticoides, betabloqueadores, diuréticos tiazídicos, quimioterápicos e antipsicóticos). Adesão inadequada ao tratamento e abertura do quadro de DM são fatores precipitantes importantes, porém menos frequentes na SHH. Pode ser observada a síndrome em idosos frágeis com alterações nos mecanismos de sede e/ou pouco acesso a água por restrição ao leito, com ou sem diagnóstico prévio de DM. Diagnóstico A SHH tem início insidioso. Os achados laboratoriais diagnósticos para SHH são glicemia superior a 600 mg/dL, osmolaridade sérica efetiva superior a 320 mOsm/L e ausência de cetoacidose (pH > 7,3 e bicarbonato > 18 mEq/L) O quadro clínico hiperglicemia e ao aumento da osmolaridade sérica provocando sinais e sintomas de desidratação e alterações no nível de consciência. Relatam histórico de poliúria, polidipsia, fraqueza, turvação visual e declínio progressivo do nível de consciência. Nos quadros mais graves, pode haver sintomas neurológicos focais, convulsões, hipotensão, choque e/ou insuficiência renal aguda. Náuseas e vômitos são incomuns na SHH. Pode ocorrer infecção sem a presença de febre devido à vasodilatação periférica. . Alguns pacientes com SHH podem ter acidose metabólica com ânion-gap aumentado, pela concomitância com acidose e/ou aumento do lactato por má perfusão periférica. A osmolaridade sérica efetiva pode ser calculada por meio da fórmula [2 x Na+ dosado (mEq/L)] + [glicose (mg/dL)/18], e o ânion-gap, pela fórmula [(Na+) - [Cl- + HCO3 + (mEq/L)], em que Na+ = sódio, Cl- = cloro e HCO3 + = bicarbonato. A hiperglicemia pode ocasionar pseudo-hiponatremia, e o Na+ sérico deve ser corrigido pela glicemia da seguinte forma: com glicemias acima de 100 mg/dL, para cada aumento de 100 mg/dL deve haver aumento em 1,6 mEq/L no sódio sérico. A hipercalemia é frequentemente observada na admissão, decorrente do efluxo de K+ (potássio) do meio intracelular para o extracelular ocasionado pela deficiência de insulina e hiperosmolaridade sérica. Tratamento O manejo envolve a identificação e o tratamento dos fatores precipitantes e a correção da desidratação, da hiperglicemia, dos distúrbios eletrolíticos e da hiperosmolaridade sérica. Pacientes com SHH devem ser hospitalizados e monitorizados, de preferência em ambiente de terapia intensiva. O tratamento deve ser realizado com insulina regular intravenosa em infusão contínua, hidratação vigorosa intravenosa e reposição de eletrólitos. O tempo médio de resoluçãoda SHH é de 9 a 11 horas. Alguns pacientes em choque cardiogênico grave apresentam uma hiperglicemia refratária que não é revertida mesmo com doses superiores a 20 UI/h. A experiência prática indica que o aumento da dose de insulina não agrega benefício no controle, e esse quadro se reverte entre 24 e 48 horas do início do choque com a melhora clínica do paciente. Hidratação administrados de 15 a 20 mL/kg ou 1.000 a 1.500 mL de solução salina isotônica (SF a 0,9%) por via intravenosa (IV) na primeira hora, de acordo com tolerância e as necessidades hemodinâmicas. Pacientes com perda da função renal e insuficiência cardíaca devem ser monitorados de forma cuidadosa pela menor tolerância ao volume. A solução salina isotônica é utilizada preferencialmente, por ter sido demonstrado menor tempo para resolução da hiperglicemia com uso de SF a 0,9% em comparação com ringer Lactato em pacientes com CAD. A manutenção deve ser feita com a infusão de 250 a 500 mL/hora IV, considerando as necessidades hemodinâmicas individuais, o estado de hidratação do paciente, o débito urinário e os níveis de eletrólitos séricos. Em pacientes com o sódio sérico corrigido elevado, deve ser utilizada solução salina hipotônica (SF a 0,45%). Quando a glicemia estiver em torno de 300 mg/dL, deve-se associar solução glicosada 5% (SG 5%) à infusão de solução salina na proporção 1:1, com velocidade de infusão de 150 a 250 mL/hora IV. A hidratação venosa deve recuperar o déficit hídrico estimado em 24 horas (cerca de 9 litros na SHH). Insulinoterapia A insulina regular por meio de infusão intravenosa contínua é o tratamento de escolha para SHH. Caso o potássio sérico corrigido seja maior ou igual a 3,3 mEq/L, deve-se iniciar insulina regular intravenosa com a administração de bolus intravenoso inicial de 0,10 U/kg, seguido de infusão contínua na dose de 0,1 U/kg/hora .A glicemia capilar deve ser monitorizada a cada hora, e os ajustes na taxa de infusão, feitos a cada hora conforme a glicemia. A redução da glicemia esperada por hora é de 50 a 75 mg/dL.1 Caso a queda de glicemia seja menor do que 50 mg/dL/hora, deve-se rever a hidratação e aumentar a infusão de insulina (aumentar a velocidade de infusão em cerca de 50%). Caso a glicemia esteja menor do que 300 mg/dL e/ou haja queda de glicemia maior do que 75 mg/dL/hora, reduz-se a infusão de insulina (velocidade de infusão em 50% ou para 0,02 a 0,05 U/kg/hora) e adiciona-se SG a 5% à solução de hidratação. Caso a queda de glicose em 1 hora seja de 50 a 75 mg/dL/h, mantém-se a velocidade de infusão.1,2 A glicemia deve ser mantida entre 250 e 300 mg/dL até a resolução clínica da SHH e o paciente estiver alerta.1 A infusão contínua de insulina regular intravenosa deve ser interrompida apenas quando houver resolução da clínica SHH e vigência de ação de insulina subcutânea (SC).1,2 Os critérios clínicos de resolução da SHH são: glicemia ≤ 250 mg/dL, osmolaridade sérica efetiva < 310 mOsm/kg e recuperação do nível de consciência. A insulina intravenosa deve ser substituída pela subcutânea, e a insulina basal subcutânea deve ser administrada no mínimo 2 horas antes da suspensão da intravenosa. Uma interrupção abrupta na infusão venosa associada a um atraso no início da ação da insulina administrada pela via subcutânea pode resultar em piora do controle metabólico e retorno à hiperglicemia.1O uso de análogos de insulina ultrarrápidos pela via subcutânea não está recomendado para o tratamento da SHH. Potássio Ocorre depleção corporal de K+ na SHH, que é agravada pela expansão volêmica e insulinoterapia IV. Caso o K+ sérico esteja menor do que 3,3 mEq/L, a infusão de insulina intravenosa não deve ser iniciada, pelo risco de arritmias cardíacas e fadiga muscular; devem ser administrados de 10 a 20 mEq/hora de K+ até que se alcance nível sérico maior ou igual a 3,3 mEq/L. Caso o K+ sérico esteja entre 3,3 e 5,2 mEq/L, inicia-se reposição com 20 a 30 mEq em cada 1 litro de solução iso/hipotônica para manter o nível sérico de K+ de 4 a 5 mEq/L. Caso o K+ sérico esteja maior do que 5,2 mEq/L, não é necessária a reposição de K+ , e deve ser feita a monitorização dos níveis séricos de K+ a cada 2 horas. Complicações As complicações mais frequentes do tratamento são hipoglicemia e hipocalemia. As complicações mais graves são edema cerebral e rabdomiólise. A prevenção das complicações envolve redução gradual da glicemia e da osmolaridade séricas e reposição apropriada de eletrólitos. cetoacidose hiperglicemia CAD: Geralmente crianças e adultos jovens, instalação rápida (poucos dias a horas), hálito cetônico, respiração de kussmaul (ocorre quando pH abaixo de 7,2), náusea, vômito, dor abdominal. CAD: glicemia > 250 + pH ≤ 7,3 + bicarbonato < 15 + cetonúria ou cetonemia. CAD: pH > 7,3 HCO3 > 18,anion gap < 12, melhora clinica e glicemia 150 a 200. EHH: Pacientes geralmente acima dos 40 anos, instalação progressiva (vários dias), rebaixamento do nível de consciência e desidratação. EHH: glicemia > 600 + pH > 7,3 + osmolaridade > 320mOsm/kg. EHH: osm < 315, paciente alerta e glicemia 200 a 300. Tema 20- HIPOGLICEMIA A hipoglicemia é considerada uma alteração laboratorial que pode ser consequência de várias doenças ou do uso de medicamentos. Para que se estabeleça o diagnóstico de hipoglicemia, é necessária a presença da tríade de Whipple, que consiste em níveis glicêmicos baixos (< 55 mg/ dL), associados a sintomas compatíveis com hipoglicemia e melhora desses sintomas após administração de glicose. Embora a hipoglicemia seja frequente em pessoas com diabetes mellitus (DM), trata-se de um evento clínico bastante incomum em pessoas que não tenham DM por conta da eficácia das defesas normais fisiológicas e comportamentais contra a queda das concentrações plasmáticas de glicose. Pode ocorrer no estado de jejum ou pós-prandial. Em qualquer caso de hipoglicemia, independentemente da causa, o diagnóstico geralmente pode ser estabelecido por exames de sangue adequados no momento da ocorrência espontânea de hipoglicemia. A ocorrência de hipoglicemia indica que a taxa de efluxo de glicose da circulação excedeu a taxa do influxo glicêmico para a corrente sanguínea. Hipoglicemia pode resultar de uma saída excessiva de glicose da circulação (utilização excessiva, perdas externas), de um deficiente aporte de glicose (produção endógena deficiente, na ausência de liberação exógena de glicose), ou de ambos mecanismos. Uma utilização aumentada da glicose é vista em condições como exercícios, gravidez e sepse. Perdas renais eventualmente ocorrem na presença de concentrações normais de glicose (p. ex., glicosúria renal e gravidez). Entretanto, devido à capacidade que o fígado e os rins têm de aumentar várias vezes a produção de glicose, a hipoglicemia clínica raramente resulta apenas de um efluxo excessivo de glicose. EPIDEMIOLOGIA Pacientes não diabéticos: a hipoglicemia foi causada por uma variedade de medicamentos para não diabéticos, álcool e doenças críticas, como insuficiência hepática,renalou cardíaca, sepse ou inanição.A maioria dos pacientes teve várias razões possíveis para hipoglicemia. Fatores de risco Inerentes à condição do paciente Idade avançada Duração do DM Hemoglobina glicada diminuída Caquexia Baixa ingestão nutricional Gravidade das doenças de base Inerentes à condição do paciente Insuficiência renal Insuficiência hepática Doença cerebrovascular Infecções Tempo de hospitalização Grande variabilidade glicêmica Iatrogênicos Esquema inadequado de insulinoterapia hospitalar, incluindo doses e horários de aplicação de insulina inapropriados Uso de antidiabéticos orais As cirurgias bariátricas disabsortivas prévias constituem uma causa cada vez mais comum de internação de pacientes com diagnóstico de HG Consequências da hipoglicemia A HG pode causar efeitos neurogênicos e neuroglicopênicos indesejados, tais como ansiedade, aumento do apetite, tremores, palpitações, sudorese e diminuição do nível de consciência, podendo ser fatal. A HG hospitalar é amplamente reconhecida como marcador de mau prognóstico de morbidade-mortalidade, bem como de aumento do tempo de internação e dos gastos para o sistema de saúde. Também está relacionada com maior risco de quedas. Além de causarem efeitos psicológicos negativos, os episódios de HG grave estão associados com arritmias cardíacas, isquemia miocárdica, convulsões, dano cerebral e mortalidade. . MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Quando a glicemia atinge um valor abaixo de 70 mg/dL, a adrenalina e a acetilcolina começam a ser liberadas no sangue, provocando os sintomas autonômicos. No entanto, estes sintomas são leves dentro da faixa fisiológica da glicemia e só se tornam mais importantes quando a glicemia atinge cerca de 58 mg/dL. Os sintomas adrenérgicos incluem a falta de estabilidade, tremor, ansiedade, nervosismo, palpitações, palidez e dilatação da pupila; juntamente, o efeito colinérgico provoca sudorese, pele pegajosa, boca seca e fome. Esses Sinais são importantes para que o indivíduo busque uma fonte de glicose para consumo. Quando há mais redução no nível da glicose, com a glicemia capilar atingindo 43 a 54 mg/dL, os sintomas neuroglicopênicos começam a aparecer, causados pela concentração reduzida de glicose no sistema nervoso central. Esses sintomas incluem confusão mental, dificuldade de raciocínio, dificuldade de fala, visão embaçada, ataxia, parestesias e cefaleia. Uma glicemia capilar abaixo de 27 mg/dL é capaz de provocar grave disfunção cognitiva, convulsões e coma e, por fim, ocorre a morte neuronal quando a glicemia atinge 20 mg/dL, podendo levar o indivíduo à óbito. Tratamento O tratamento da HG hospitalar deve se basear na correção da glicemia, evitar o uso desnecessário de soro hipertônico contendo glicose, avaliar suas causas e manter o aporte calórico para prevenção de novos episódios. A solução hipertônica de glicose (soro glicosado a 25% ou 50%) ainda é muito utilizada de forma indiscriminada na correção da HG hospitalar. Este procedimento não é isento de riscos, mas pode causar trombose e flebite. O extravasamento da solução de glicose hipertônica também é problemático, porque pode causar lesões cutâneas e/ou de partes moles, flebite, isquemia ou até síndrome do compartimento. Deve-se reservar o uso de solução hipertônica de glicose para pacientes em HG que estejam inconscientes e apresentem acesso venoso pérvio. A maioria dos pacientes com HG está consciente e a correção com glicose por via oral é uma intervenção mais sensata e muito eficaz. É fundamental que o protocolo para HG hospitalar envolva uma equipe multiprofissional (médicos, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos). Cabe ao profissional de nutrição padronizar o equivalente a 15 g de carboidrato de rápida absorção para ser fornecido aos pacientes com HG apresentando nível de consciência preservado.Em casos de necessidade de glicose hipertônica endovenosa, a quantidade a ser administrada pode ser calculada usando a fórmula (100 – glicemia) x 0,4. A administração de glucagon por via subcutânea ou intramuscular pode ser feita em pacientes inconscientes e sem acesso endovenoso. O InsulinAPP é um aplicativo que auxilia os médicos em geral no manejo do controle glicêmico no hospital. TEMA 21-ABORDAGEM INICIAL NO TRAUMA tempo é essencial, é desejável uma abordagem sistematizada "avaliação inicial" e inclui: • Preparação • Triagem • Avaliação primária (ABCDE) • Reanimação • Medidas auxiliares à avaliação primária e à . - rean1maçao • Considerar a necessidade de transferência do doente • Avaliação secundária (da cabeça aos pés) e história • Medidas auxiliares à avaliação secundária • Reavaliação e monitoração contínuas após a . - rean1maçao • Tratamento definitivo ASE PRÉ-HOSPITALAR O entrosamento com a equipe de atendimento préhospitalar : via aérea, ao controle da hemorragia externa e do choque, à imobilização do doente e ao transporte imediato ao hospital apropriado mais próximo, preferencialmente a um centro de trauma credenciado, documentação de informações necessárias à triagem ao chegar ao hospital, incluindo hora do trauma, eventos relacionados ao trauma e história do doente FASE HOSPITALAR O planejamento antecipado à chegada do doente traumatizado é essencial. Área e materiais disponíveis, Todo o pessoal que está em contato com o doente deve estar protegido contra doenças transmissíveis A triagem envolve a classificação dos doentes de acordo com o tipo de tratamento necessário e os recursos disponíveis. escolha do hospital para o qual o " doente deverá ser transportado. MÚLTIPLAS VÍTIMAS Em incidentes com múltiplas vítimas, embora exista mais que uma vítima, o número de doentes e a gravidade das lesões não excedem a capacidade de atendimento do hospital. Nessa situação, os doentes com risco de vida iminente e os doentes com traumatismos multissistêmicos serão atendidos primeiro. VÍTIMAS EM MASSA Em eventos com vítimas em massa, o número de doentes e a gravidade das lesões excedem a capacidade de atendimento da instituição e da equipe.os doentes com maiores possibilidades de sobrevida, cujo atendimento implique menor gasto de tempo, de equipamentos, de recursos e de pessoal, serão atendidos primeiro A Via aérea com proteção da coluna cervical Essa rápida avaliação para identificar sinais de obstrução da via aérea deve incluir aspiração e inspeção para a presença de corpos estranhos e fraturas faciais, mandibulares ou traqueolaríngeas, que podem resultar em obstrução da via aérea. manobra de elevação do mento (chin lift) ou de tração da mandíbula (jaw thrust). Cabe enfatizar que os doentes com trauma craniencefálico grave e rebaixamento do nível de consciência ou portadores de um escore na escala de coma de Glasgow ( GCS) igual ou inferior a 8 habitualmente exigem o estabelecimento de uma via aérea definitiva (isto é, tubo com balão insuflado, na t raqueia). O achado de respostas motoras descoorden&das sugere fortemente a necessidade de uma via aérea definitiva. Evitar a movimentação excessiva da coluna cervical. Se o doente estiver inconsciente e não tiver o reflexo de vômito, a utilização de um tuboorofaríngeo pode ajudar temporariamente. Se houver qualquer dúvida sobre a capacidade do doente manter a permeabilidade de sua via aérea, deve-se estabelecer uma via aérea definitiva (isto é, intubação). Se a intubação for contraindicada ou não for possível, deve ser obtida uma via aérea cirúrgica. B Ventilação e respiração Uma troca adequada de gases é necessária.O pescoço e o tórax do doente devem ser expostos para avaliar adequadamente a distensão de veias jugulares, a posição da traqueia e a movimentação da parede torácica. A ausculta deve ser realizada para se confirmar o fluxo de ar nos pulmões. A inspeção visual e a palpação poderão detectar lesões da parede do tórax capazes de comprometer a ventilação. A percussão do tórax também pode identificar anormalidades, mas no ambiente barulhento da reanimação, isso pode ser difícil ou levar a resultados não confiáveis. As lesões que podem prejudicar gravemente a ventilação num curto prazo são são o pneumotórax hipertensivo, o tórax instável (retalho costal móvel) com contusão pulmonar, o hemotórax maciço e o pneumotórax aberto. Todo doente traumatizado deve receber oxigenioterapia suplementar. Se não for intubado, o doente deve receber oxigênio por meio de uma máscara com reservatório que garanta oxigenação máxima. O oxímetro de pulso deve ser usado para monitorar a adequação da saturação de hemoglobina C Circulação com controle da hemorragia Os principais fatores circulatórios a considerar são volume sanguíneo, débito cardíaco e hemorragia. A hemorragia é a principal causa de mortes póstraumáticas evitáveis. Uma vez descartado o pneumotórax hipertensivo como causa de choque, a hipotensão em doentes traumatizados deve ser considerada hipovolêmica até prova em contrário. Nível de consciência Quando o volume sanguíneo está diminuído, a perfusão cerebral pode estar criticamente prejudicada a coloração acinzentada da face e a pele esbranquiçada das extremidades são sinais evidentes de hipovolemia. Pulso rápido e filiforme é habitualmente um sinal de hipovolemia, embora possa ter outras causas. Hemorragia Deve-se identificar se a fonte de hemorragia é externa ou interna. A hemorragia externa deve ser identificada e controlada durante a avaliação primária. A hemorragia externa significativa deve ser tratada por compressão manual direta sobre o ferimento. Os torniquetes são efetivos na exsanguinação nas lesões de extremidades, mas podem causar lesão isquêmica e devem ser utilizados quando a compressão direta não for efetiva. O uso de pinças hemostáticas pode lesar . nervos e ve1as. As principais áreas de hemorragia interna são tórax, abdome, retroperitônio, bacia e ossos longos. A fonte de sangramento geralmente é identificada por exame físico e de imagem (por exemplo, radiografia de tórax, pelve ou avaliação ultrassonográfica direcionada para trauma [FAST]). O tratamento pode incluir descompressão do tórax, compressão da pelve, uso de imobilizadores e intervenção cirúrgica. Deve-se inserir um mínimo de dois cateteres endovenosos (EV) calibrosos. E preferível iniciar por punções venosas periféricas nos membros superiores. Assim que a veia for puncionada ou cateterizada, devem ser retiradas amostras de sangue para tipagem sanguínea e prova cruzada e para os exames laboratoriais de rotina, incluindo teste de gravidez para todas as mulheres em idade fértil. A gasometria e o nível de lactato devem ser obtidos para avaliar a presença e o grau do choque A reanimação volêmica agressiva e contínua não substitui o controle definitivo da hemorragia. O controle definitivo da hemorragia inclui cirurgia, angioembolização e estabilização pélvica. Deve ser iniciada a administração endovenosa de fluidos com soluções crisataloides. Uma infusão em bolus de 1 a 2 litros de solução isotônica pode ser necessária para alcançar uma resposta apropriada nos adultos. Todas as soluções endovenosas devem ser aquecidas através do armazenamento em ambiente aquecido A hipotermia é uma complicação potencialmente letal nas vítimas de traumatismo. Medidas agressivas devem ser tomadas para evitar a perda de calor corporal e para restaurar a temperatura do doente a níveis normais. A temperatura da área de reanimação deve ser aumentada para reduzir a perda de calor pelo doente D Disfunção, estado neurológico DISFUNÇÃO NEUROLÓGICA No final da avaliação primária, realiza-se uma avaliação neurológica rápida.A alteração do nível de consciência implica necessidade imediata de reavaliação de ventilação, oxigenação e perfusão. Hipoglicemia, álcool, narcóticos ou outras drogas também podem alterar o nível de consciência do doente. No entanto, se excluídos os problemas mencionados, toda alteração do nível de consciência deve ser considerada originária de um trauma ao sistema nervoso central E Exposição/controle do ambiente: despir completamente o doente, mas prevenindo a hipotermia O doente deve ser totalmente despido, usualmente cortando as roupas para facilitar o exame e avaliação completos. Depois de retirar a roupa do doente e completar a avaliação, o doente deve ser coberto com cobertores aquecidos ou algum dispositivo de aquecimento externo para prevenir a ocorrência de hipotermia na sala de trauma. Os fluidos intravenosos devem ser aquecidos antes de administrados e o ambiente deve ser mantido aquecido Qual a maneira rápida e simples de • avaliar um doente em 10 segundos ? você se apresenta, perguntando ao doente seu nome e o que aconteceu. Uma resposta apropriada sugere que não há comprometimento grave da via aérea ( habilidade para falar claramente), a ventilação não está comprometida gravemente ( habilidade para gerar movimento aéreo que permita falar) e não há maior diminuição do nível de consciência (alerta suficientemente para descrever o que aconteceu). A falha na resposta a essas questões sugere anormalidades no A, B ou C, que implicam avaliação e tratamento urgentes. As medidas auxiliares utilizadas durante as fases da avaliação primária e da reanimação incluem a monitoração eletrocardiográfica; a cateterização urinária e gástrica; outras monitorações, como frequência respiratória, gasometria, oximetria de pulso e pressão arterial; e exames radiológicos A monitoração eletrocardiográfica de todos os traumatizados é importante. A presença de arritmias Sondas Urinárias O débito urinário é um indicador sensível da volemia do doente e reflete a perfusão renal. A monitoração do débito urinário é realizada de forma mais adequada pela inserção de uma sonda vesical Sondas Gástricas A sonda gástrica é indicada para reduzir a distensão gástrica, para diminuir os riscos da aspiração e avaliar a presença de hemorragia do trato gastrointestinal alto no trauma. A frequência respiratória e a gasometria arterial devem ser utilizadas para monitorar o processo respiratório. A saturação de hemoglobina obtida por oximetria de pulso deve ser comparada à da gasometria arterial. A existência de valores díspares indica que pelo menos uma das duas está errada A pressão arterial deve ser aferida, embora o seu valor possa não traduziro estado real da perfusão tecidual As radiografias anteroposteriores (AP) do tórax e da pelve podem oferecer informações úteis para guiar os esforços de reanimação nas vítimas de trauma fechado. A LPD e o F AST constituem instrumentos úteis para a detecção rápida de sangramento oculto intraabdominal. O que é a avaliação secundária • quando começa? A avaliação secundária só deve .ser iniciada depois de completar a avaliação primária (ABCDE) e quando as medidas indicadas para a reanimação tiverem sido adotadas e o ·doente demonstrar tendência para normalização de suas funções vitais é um exame do doente traumatizado da cabeça aos pés, isto é, uma história clínica e um exame físico completos, incluindo a reavaliação de todos os sinais vitais HISTÓRIA Alergia Medicamentos de uso habitual Passado médico/Prenhez Líquidos e alimentos ingeridos recentemente Ambiente e eventos relacionados ao trauma Trauma Fechado O trauma fechado é resultante, na maioria dos casos, de colisões automobilísticas, quedas e outras lesões relacionadas a transporte, recreação ou trabalho. Informações importantes a respeito de colisões automobilísticas são uso de cinto de segurança, deformação do volante, direção do impacto, danos ao automóvel ou intrusão no compartimento de passageiros e ejeção do passageiro de dentro do veículo. A ejeção da vítima aumenta sobremaneira as possibilidades de lesões graves Trauma Penetrante A incidência de traumas penetrantes ( por exemplo, ferimentos por arma de fogo, arma branca e empalamentos) está aumentando. Queimaduras: é importante saber as circunstâncias nas quais as queimaduras ocorreram. Especificamente, o conhecimento do local em que ocorreu a queimadura ( espaço fechado ou aberto), assim como das substâncias que alimentaram as chamas (plásticas e químicas) e de possíveis lesões Ambientes de Risco Uma história de exposição a elementos químicos, tóxicos e radiação é importante: esses agentes podem produzir uma grande variedade de disfunções pulmonares, cardíacas ou de outros órgãos internos e autoproteção. EXAME FÍSICO Durante a avaliação secundária, o exame físico segue a sequência da cabeça, estruturas maxilofaciais, pescoço e coluna cervical, tórax, abdome, períneo/reto/vagina, sistema musculoesquelético e sistema neurológico. Cabeça: Acuidade visual • Tamanho da pupila • Hemorragias do fundo e da conjuntiva • Lesões penetrantes • Lentes de contato (remover antes que ocorra edema) • Deslocamentos do cristalino • Encarceramento ocular Estruturas Maxi lofaciais O exame da face deve incluir a palpação de todas as estruturas ósseas, a avaliação da oclusão dentária, o exame intraoral e a avaliação de partes moles. Os traumatismos maxilofaciais, quando não estão associados a obstrução da via aérea ou a hemorragia importante, só devem ser tratados após a completa estabilização do doente Coluna Cervical e Pescoço Doentes com trauma craniano e maxilofacial devem ser considerados portadores de lesão instável de coluna cervical (fraturas ou lesões de ligamentos). Seu pescoço deve ser imobilizado até que sua coluna cervical tenha sido estudada por completo e tenham sido excluídas possíveis lesões. A ausência de défice neurológico não exclui lesão de coluna cervical, O exame do pescoço inclui inspeção, palpação e ausculta. Dor ao longo da coluna cervical, enfisema subcutâneo, desvio da traqueia e fratura de laringe podem ser evidenciados em um exame mais detalhado. Paralisia isolada ou inexplicada de uma extremidade superior deve levantar a suspeita de lesão de raiz de nervo cervical e deve ser documentada cuidadosamente. Tórax: Uma avaliação completa do tórax requer a palpação de toda a caixa torácica, incluindo clavículas, arcos costais e esterno. A pressão esternal é dolorosa se o esterno estiver fraturado ou quando há disjunção costocondral. Contusões e hematomas da parede torácica devem alertar o médico para a possibilidade de lesões ocultas. Os achados auscultatórios podem ser de difícil avaliação em um ambiente barulhento, mas podem revestir-se de extrema utilidade. Bulhas abafadas e pressão de pulso diminuída podem indicar um tamponamento cardíaco.A radiografia do tórax confirma a presença de hemotórax ou pneumotórax simples. Fraturas de arcos costais podem estar presentes e não ser visualizadas nas radiografias. O alargamento do mediastino ou outros sinais radiológicos podem sugerir ruptura de aorta Abdome As lesões abdominais devem ser identificadas e tratadas de maneira agressiva. O diagnóstico específico não é tão importante quanto a identificação da presença de uma lesão e corrigi-la cirurgicamente, se necessário. Doentes com hipotensão inexplicada, lesões neurológicas, alteração do sensório decorrente do uso de álcool e/ou drogas e com achados abdominais duvidosos devem ser considerados candidatos a LPD, F AST ou, caso estejam hemodinamicamente normais, a uma TC do abdome. Períneo, Reto e Vagina O períneo deve ser examinado à procura de contusões, hematomas, lacerações e sangramento uretral. Se o exame retal é necessário, o médico deve avaliar a presença de sangue na luz intestinal, a existência de próstata alta e flutuante, a presença de fraturas pélvicas, a integridade da parede do reto e a tonicidade do esfíncter. Nas doentes do sexo feminino, o exame vaginal deve ser realizado em doentes com risco de lesão vaginal. O médico deve avaliar a presença de sangue na vagina e a existência de lacerações vaginais. Além disso, um teste de gravidez deve ser realizado em todas as mulheres em idade fértil. Musculatura: A lesão de tendões interfere na movimentação ativa da estrutura afetada. Perdas da sensibilidade ou da contratilidade muscular voluntária podem ser decorrentes de uma lesão nervosa ou de isquemia, incluindo a resultante de síndrome compartimental. A avaliação musculoesquelética não está completa sem o exame do dorso do doente. Se o dorso do doente não for examinado, lesões significativas podem passar despercebidas. A proteção da coluna é sempre necessária até que uma lesão medular seja excluída e, quando detectada, é necessária a consulta precoce com o neurocirurgião ou o ortopedista. REAVALIAÇÃO: O doente traumatizado deve ser reavaliado constantemente para assegurar que novos achados não sejam negligenciados e para descobrir deterioração nos achados ' registrados previamente.A monitoração contínua dos sinais vitais e do débito urinário é essencial. Em doentes críticos, deve ser considerado o uso de oximetria de pulso, assim como a medida do gás carbônico expirado final em doentes traumatizados intubados. O alívio da dor é uma parte importante no manuseio do traumatizado. A analgesia, para ser efetiva, requer geralmente a utilização de opiáceos intravenosos ou ansiolíticos. Injeções intramusculares devem ser evitadas. Esses agentes devem ser administrados cautelosamente e em pequenas doses para alcançar o nível desejado de conforto para o doente e alívio da ansiedade, evitando, ao mesmo tempo, a depressão respiratória e o mascaramento de lesões sutis ou de mudanças no estado do doente. TEMA 22- TCE lesões cerebraisgraves morrem antes de chegar ao hospital, e quase 90% das mortes pré hospitalares As vítimas sobreviventes de TCE frequentemente apresentam dano neurofisiológico que resulta em invalidez, comprometendo o trabalho e as atividades sociais oxigenação adequada e manutenção de pressão arterial suficiente para garantir a perfusão do cérebro são as maneiras mais importantes para limitar dano cerebral após A B C D E, solicitar TC ANATOMIA COURO CABELUDO Em razão da sua irrigação abundante, a laceração do couro cabe]udo pode levar a perdas sanguíneas significativas, choque hemorrágico e mesmo morte O Escore da Escala GCS é usado como medida clínica objetiva da gravidade do trauma craniencefálico . Um escore na GCS igual ou inferior a 8 tem se tornado a definição geralmente aceita de coma ou trauma craniencefál ico grave. Doentes com trauma craniencefálico com escore GCS de 9 a 12 são classificados como "moderados", e aqueles com escore de 13 a 15 são designados como "leves". Ao avaliar o escore na GCS, quando existe assimetria direitafesquerda ou superior/inferior, é importante que se use a melhor resposta motora no cálculo do escore porque esta é o preditor mais confiável do resultado. Entretanto devem-se anotar as respostas efetivas em ambos lados do corpo, face, braços e pernas. TEMA 23- Trauma torácico - hipóxia - hipercapnia - acidose metabólica clínica tto imagem pneumotórax simples perfuração da pleura visceral e ocorre o vazamento para o espaço pleural - Ex: Fratura do arco costal e perfuração dreno em selo d’água aberto ferida torácica com mais de ⅔ do tamanho da traqueia curativo de 3 pontas+ drenagem em selo d’água hipertensivo vazamento de ar por 2 sistemas, unidirecional. mediastino para o lado oposto, diminui retorno venoso:choque obstrutivo, comprime o pulmão contralateral, desvio da traqueia,ausência unilateral do murmúrio vesicular,cianose tardia, timpanismo na percussão, diag clínico toracocentese de alívio + drenagem de tórax em selo d’água instável duas ou mais fraturas em dois ou mais lugares, movimento do tórax é assimétrico,crepitaçã o correção da hipoventilaçã o, oxigênio umidificado e reposição volêmica,anal gesia ( narcóticos ou anestésicos locais) hemotórax maciço
Compartilhar