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PRINCÍPIOS DA cirurgia periodontal Manuella Soussa Braga Disciplina de Periodontia III - 2020/2 - EARTE contribuir para a preservação do periodonto a longo prazo eliminação de bolsa periodontal promovem um acesso inadequado para raspagem e alisamento radicular regenerar a fixação periodontal perdida devido a doença destrutiva ob je tiv os TRATAMENTO CLÍNICO X TRATAMENTO CIRÚRGICO algumas dificuldades encontradas no tratamento clínico não-cirúrgico podem gerar indicações do tratamento cirúrgico. bolsas periodontais muito profundas que dificultam a raspagem e alisamento radicular largura excessiva da superfície do dente presença de fissuras radiculares, concavidades radiculares, furcas e margens defeituosas de restaurações dentárias na região subgengival dificuldade de acesso para controlar a placa do paciente (p. ex. morfologia anômala da gengiva) indicações acesso para raspagem e alisamento radiculares adequados estabelecimento de uma morfologia da região dentogengival adequada redução da profundidade de bolsa correção de aberrações gengivais mudança da margem gengival para uma posição mais apical facilitar a terapia restauradora apropriada CONTRA-INDICAÇÕES DA CIRURGIA cooperação do paciente doenças cardiovasculares discrasias sanguíneas desordens hormonais desordens neurológicas fumo cooperação do paciente doenças cardiovasculares discrasias sanguíneas desordens hormonais desordens neurológicas fumo o controle ideal da placa é decisivo para o sucesso do tratamento periodontal hipertensão arterial, angina pectoris, histórico de infarto do miocárdio, febre reumática, lesões cardíacas congênitas e próteses valvares etc. desordens hematológicas, como leucemia, agranulocitose e anemia etc. diabetes e deficiências da glândula adrenal esclerose múltipla, doença de Parkinson, epilepsia etc. causa uma vasoconstrição periférica, fazendo com que esses pacientes tenham uma cicatrização e recuperação piores ANESTESIA LOCAL NA CIRURGIA PERIODONTAL perda de sensibilidade em uma área circunscrita do corpo causada pela depressão da excitação das terminações nervosas ou pela inibição do processo de condução dos nervos periféricos EL ET R O FI SI O LO GI A D A C O N D U ÇÃ O N ER V O SA A mudança de carga intra e extracelular ocorre pelos canais de sódio. Quando os canais de sódio estão fechados, a célula está em repouso. Quando abertos, ocorre a despolarização. A chave que permite essa entrada e saída é uma molécula de Cálcio. ação altera o potencial de repouso básico da membrana altera o limiar de descarga diminui a velocidade de despolarização prolonga velocidade de repolarização como? TEORIA DO RECEPTOR ESPECÍFICO ou TEORIA DA EXPANSÃO DA MEMBRANA É uma ação competitiva com o cálcio em que o anestésico fecha o canal por dentro da célula, após entrar pela membrana lipídica. Ao bloquear o canal, há um bloqueio da condução nervosa. Os anestésicos, em sua forma básica (lipofílica), penetram pela membrana lipídica. Tendo penetrado, eles expandem, fazendo com que haja uma compressão do canal de sódio e impedindo o aumento da permeabilidade ao sódio (p. ex. benzocaína). O ANESTÉSICO ALCANÇA A SUA FORMA BÁSICA POR MEIO DA SUA DISSOCIAÇÃO a dissociação e a ação dos AL são influenciados pelo: pH e pKa da solução anestésica pH tecidual muito elevado ou reduzido absorção excessivamente rápida do anestésico tipo e tamanho do nervo local de injeção do anestésico volume de solução injetada adição de vasoconstritores Manuella Soussa Braga VASOCONSTRITORES Drogas que contraem os vasos sanguíneos e, assim, controlam a perfusão do tecido. São adicionados às soluções anestésicas locais para combater a ação vasodilatadora dos anestésicos. vantagens redução do fluxo sanguíneo local absorção anestésica mais lenta maior concentração anestésica ao redor do nervo aumento da duração anestésica redução do sangramento local CONCENTRAÇÃO DOS VASOCONSTRITORES os vasoconstritores vêm em concentrações, como 1:100.000, por exemplo. Isso significa que tem 1g de adrenalina diluído em 100.000 ml de água destilada Concentração de Adrenalina Anestésico Local 1:50.000 Lidocaína 1:100.000 Articaína Lidocaína 1:200.000 Articaína Bupivacaína Etidocaína Lidocaína Mepivacaína Prilocaína 1:300.000 Lidocaína 1:400.000 Articaína CARACTERÍSTICAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS Droga [ ] Dose Máxima Máximo Lidocaína 2% 4,4 mg/kg 300 mg Mepivacaína 3% 4,4 mg/kg 300 mg Prilocaína 4% 6 mg/kg 400 mg Bupivacaína 0.5% 1,3 mg/kg 90 mg Articaína 4% 7 mg/kg NR segundo Malamed Droga [ ] Dose Máxima Máximo Lidocaína 2% 7 mg/kg 500 mg Mepivacaína 3% 5,7 mg/kg 400 mg Prilocaína 3% 8,8 mg/kg 600 mg Bupivacaína 0.5% 1,3 mg/kg 90 mg Articaína 4% 7 mg/kg NR segundo FDA condição clínica do paciente limiar de dor do paciente intensidade de dor do procedimento duração do procedimento potencial de desconforto no período pós-operatório possibilidade de automutilação no pós-operatório SELEÇÃO DOS ANESTÉSICOS LOCAIS Manuella Soussa Braga CO N T R A -I N D IC A ÇÕ ES D O S A N ES T ÉS IC O S LO CA IS Problemas Médicos Substâncias a serem evitadas Tipo de contra-indicação alergia comprovada ao AL todos os AL da mesma classe química (p. ex. ésteres) absoluta alergia ao bissulfito AL contendo vasoconstritor derivado da adrenalina absoluta colinesterase plasmática atípica ésteres relativa metemoglobinemia idiopática ou congênita prilocaína e articaína relativa disfunção hepática significativa amidas (metabolizadas no fígado) relativa disfunção renal significativa amidas e ésteres relativa doença cardiovascular significativa alta concentração de vasoconstritor relativa hipertireoidismo clínico alta concentração de vasoconstritor relativa INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DOS ANESTÉSICOS LOCAIS Cimetidina x Lidocaína Antidepressivos Tricíclicos x Adrenalina Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina x Lidocaína Inibidores da MAO x Adrenalina Fenotiazinas x Adrenalina IN ST R U M EN T O S PA R A CI R U R GI A P ER IO D O N TA L CONTROLE DA DOR PÓS-OPERATÓRIA bisturis periodontais (incisão e excisão) descoladores de periósteo (afastamento e readaptação de retalhos de mucosa) pinça goiva e tesoura (remoção de tecido fibroso e granulomatoso aderidos) pinça goiva, cinzéis e lima (remoção de tecido ósseo)) raspadores e curetas (raspagem e alisamento radiculares) brocas (seccionamento radicular) porta agulha, fios de sutura e tesoura (sutura) instrumentos plásticos (aplicação de cimento cirúrgico) A dor e edema pós-operatórios depende de alguns fatores, como uma cirurgia muito traumática. Para alcançar uma cirurgia atraumática é necessário: evitar laceração do retalho incisão adequada à técnica manter o osso sempre irrigado assegurar proteção do osso quando suturar tempo cirúrgico CONTROLE DA PLACA É importante para determinar o resultado da cirurgia periodontal a longo prazo. - bochecho com agente anti-placa - reassumir o controle mecânico de placa o mais rápido possível BOA SUTURA, FORNECENDO PROTEÇÃO E ESTABILIDADE AO RETALHO M an ue lla S ou ss a Br ag a Manuella Soussa Braga Disciplina de Periodontia III - 2020/2 - EARTE
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