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Lesão e morte celular - Introdução

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​ ​ ​Maria Eduarda de Oliveira​ -​ P4 - UniFBV Wyden 
 
 
 
 
A lesão é causada pelo estresse externo nocivo               
ou estímulo que ultrapasse a capacidade de             
adaptação celular  
A morte celular ocorre quando a célula chega               
a um estado de injúria irreversível, no qual ela                 
perde a capacidade de restaurar o equilíbrio             
homeostático, levando a célula ao processo           
necrótico. 
 
Morte 
Parada definitiva e irreversível dos processos           
metabólicos, funções orgânicas e atividades         
vitais 
 
Morte geral ou somática 
O indivíduo está morto, enquanto seus           
órgãos continuam vivos por algum tempo - é               
o que possibilita o transplante de órgãos. 
 
Afeta todo o organismo. O corpo passa por um                 
processo de resfriamento em função da           
parada dos processos metabólitos e perda           
progressiva das fontes energéticas, os         
músculos mostram-se duros e contraídos, não           
sendo possível a movimentação passiva das           
articulações ,manchas arroxeadas aparecem       
nas porções de declive do corpo e dos órgãos                 
internos, os olhos apresentam pálpebras         
entreabertas, globos oculares retraídos, perda         
de brilho das córneas e pupilas dilatadas             
(midríase pupilar) e finalmente ocorre a           
putrefação do organismo morto,que é o           
fenômeno ligado a autodigestão de tecidos e             
órgãos por enzimas próprias (autólise). 
 
Morte celular acidental/morte tissular 
Afeta células ou grupo de células. Ocorre             
quando a célula não consegue retornar às             
suas funções bioquímicas, mesmo com o           
cessamento da agressão. 
 
Autólise 
É a ​autodestruição celular, mediada por           
enzimas, em decorrência da morte do           
indivíduo ou após necrose celular, por ativação             
das lisozimas (lisossomos) em decorrência da           
falta de nutrientes e O². Ocorre a hemólise               
intravascular mas não tem uma reação           
inflamatória. 
Pode levar a alterações imediatas (clínicas),           
alterações mediatas (autolíticas), alterações       
transformativas (heterolíticas) 
 
Heterólise/Putrefação 
É a ação de enzimas proteolíticas dos germes               
saprófitos, geralmente oriundos do próprio         
trato intestinal do animal. 
 
Necrose 
Morte celular no organismo vivo, seguido de             
autólise com presença de inflamação. 
 
Apoptose 
Processo ativo de morte celular, com           
contração e fragmentação seguida de         
fagocitose. Não há autólise nem inflamação. 
 
 
Patologia - Aula 2 
Lesão e morte celular 
Conceitos 
 ​ ​ ​Maria Eduarda de Oliveira​ -​ P4 - UniFBV Wyden 
 
Causas da lesão e morte celular 
- Diminuição de O² 
- Hipóxia ou isquemia 
- Agentes químicos: Oxigênio em altas         
pressões parciais também é tóxico. Os           
venenos podem alterar a       
permeabilidade da membrana,     
homeostase osmótica e integridade de         
uma enzima ou cofator. Ex: poluentes,           
agrotóxicos, inseticidas, Asbesto, etanol,       
drogas terapêuticas 
 
- Agentes infecciosos: Vírus,príons,     
riquétsias, bactérias, fungos e       
protozoários 
 
- Reações imunológicas: Reações     
autoimunes ou de hipersensibilidade 
 
- Defeitos genéticos: Resultam em       
alterações patológicas graves ou sutis,         
como síndrome de down,       
malformações, anemia falciforme. Pode       
causar deficiência de proteínas       
funcionais, acúmulo de DNA danificado,         
proteínas mal dobradas, aumentar a         
susceptibilidade do organismo a       
agentes ambientais 
 
- Desequilíbrios nutricionais:   
Insuficiências proteico-calóricas,   
deficiências de vitaminas, obesidade →         
diabetes mellitus tipo 2, dietas ricas em             
gordura → aterosclerose e câncer. 
 
- Agentes físicos - ​Trauma, temperaturas         
extremas, radiação, choques elétricos,       
alterações bruscas na pressão       
atmosférica. 
 
- Envelhecimento - ​Alterações nas       
habilidades replicativas e perda da         
capacidade de reparo tecidual ocasiona         
na diminuição da capacidade de         
responder ao dano, levando a morte           
celular e, consequentemente, do       
organismo. 
 
São alterações observadas num cadáver, e           
que não tenham acontecido num indivíduo           
vivo. Serve para diferenciar das lesões           
produzidas em vida e estimar a hoara da               
morte. 
 
Abióticas 
Não modificam o cadáver no seu aspecto             
geral 
São divididas em: 
 
━ ​Imediatas -​ Morte Somática 
- Insensibilidade; 
- Imobilidade; 
- Parada das funções cardio-respiratória 
- Arreflexão. 
- Inconsciência 
 
━​ ​Mediatas ou Consecutivas -​ Autólise 
- “Livor Mortis”​ ou hipóstase cadavérica 
- “Algor mortis”​ ou frialidade cadavérica 
- “Rigor mortis” ou rigidez cadavérica 
- Coagulação sanguínea 
- Embebição pela hemoglobina 
- Embebição biliar 
- Timpanismo pós morte 
- Deslocamento, torção ou ruptura de         
vísceras 
- Prolapso retal cadavérico 
 
Bióticas ou transformativas 
São aquelas que modificam o cadáver no seu               
aspecto geral, dificultando o trabalho de           
análise dos achados macroscópicos 
Determinam: decomposição, putrefação ou       
heterólise 
 
- Pseudomelanose 
- Enfizema cadavérico tecidual 
- Maceração 
- Coliquação/Liquefação 
- Redução óssea. 
 
 
Patologia - Aula 2 
Alterações cadavéricas 
 ​ ​ ​Maria Eduarda de Oliveira​ -​ P4 - UniFBV Wyden 
 
 
 
É um tipo de morte programada pelo             
organismo quando a célula termina a sua             
função e não é mais necessária; 
A célula ativa enzimas capazes de degradar             
seu próprio DNA e proteínas nucleares e             
citoplasmáticas, requer energia e síntese         
proteica, não ocorrendo reação inflamatória.  
Pode ser fisiológica ou patológica, podendo           
coexistir com a necrose.  
 
 
 
1° fase - Ativação das caspases, que acontece               
pela via intrínseca ou extrínseca. 
 
━ ​Via intrínseca 
O ​citocromo C é uma molécula pró apoptótica               
que ativa as caspases desencadeando a           
apoptose. 
 
Para bloquear a passagem das caspases,           
moléculas anti-apoptóticas presentes no       
citoplasma e na membrana das mitocôndrias           
que impedem a passagem da molécula           
pró-apoptótica, as proteínas da família BCL,           
como a BCL-2, BCL-X 
 
Quando uma célula é lesionada, os sensores             
BIM, BID, BAD - que também são proteínas da                 
família BCL - são ativadas e ativam os efetores                 
BAX e BAK, que forma poros na mitocôndria               
que bloqueiam a molécula anti apoptótica - a               
BCL-2 e a BCL-X - libertando o citocromo C                 
para o citoplasma, que, consequentemente,         
ativa as caspases. 
 
━​ ​Via extrínseca 
Células com receptores de morte (TNP-1 FAS) 
A substância decorrente da lesão se liga a               
esses receptores que enviam sinais químicos           
para dentro da célula gerando a ativação das               
caspases. 
 
Algumas células ativam as caspases através           
da Granzima B presente nos linfócitos. Os             
linfócitos podem introduzir essa enzima em           
outras células alteradas ativando as caspases           
que degradam DNA, proteínas, citoesqueleto,         
quando morta, essa célula se fragmenta           
formando os ​corpos apoptóticos que seram           
fagocitados pelos macarófagos. 
Não há liberação do conteúdo celular para o               
interstício, nem resposta inflamatória. 
 
Situações fisiológicas 
Desenvolvimento embrionário - na       
implantação do embrião, as células         
endometriais sofrem apoptose para dar lugar           
e espaço. 
 
Perda celular em célulasproliferativas -  
Involução de tecidos hormônio-dependentes       
sob a privação de hormônio. 
 
Involução de tecidos dependente de         
hormônios - no ciclo reprodutor feminino,           
quando há uma queda de hormônios as             
células sofrem apoptose e o tecido involui. 
 
 
Patologia - Aula 2 
Apoptose 
 ​ ​ ​Maria Eduarda de Oliveira​ -​ P4 - UniFBV Wyden 
 
Involução das mamas após lactação 
 
Controle da densidade populacional de células           
normais e controle da proliferação e           
diferenciação celular ​- para eliminar células           
velhas, durante a cicatrização após uma lesão,             
na qual o organismo precisa produzir uma             
quantidade maior de células imunológicas. 
 
Situações patológicas 
━ Morte celular induzida por linfócitos T 
citotóxicos → ​morte de células cancerígenas           
ou infectadas por vírus. 
━ Lesão celular em infecções → 
principalmente virais 
━ Atrofia de órgãos após obstrução de 
ducto → ​pâncreas, parótida e rim. 
 
━ ​Lesão no DNA: radiação, substâncias           
tóxicas, drogas anticâncer, temperaturas       
extremas. Lesão do DNA por radicais livres - a                 
célula dispara mecanismos intrínsecos que         
levam a apoptose 
━ ​Hipóxia ou isquemia 
 
 
É sempre patológica, caracterizada por         
desnaturação proteica e digestão enzimática e           
o espalhamento pelo tecido 
Em uma célula ocorre a liberação de enzimas               
para o meio extracelular, a membrana dos             
lisossomos da célula é rompida, liberando no             
citoplasma, enzimas digestivas, que então         
digerem o meio intracelular quando a           
membrana plasmática é digerida, as enzimas           
são espalhadas no meio extracelular, digerindo           
todas as estruturas, causando um processo           
inflamatório e destruição do tecido. 
 
Diferencial Necrose x Autólise. 
 
É um processo que ocorre sem gasto             
energético (uma vez que a produção de ATP –                 
“a moeda energética” – está comprometida);           
seguidamente há perda da estabilidade da           
membrana (por deficiência da bomba         
Na/K/ATPase); extravasamento do conteúdo       
celular; e perda da compartimentalização         
citoplasmática. Além disso, o núcleo sofre três             
processos em sequência: picnose (o núcleo           
reduz o tamanho e a cromatina é             
condensada); cariorrexia (o núcleo é         
fragmentado e a cromatina está irregular); e             
cariólise (perda do núcleo e dissolução da             
cromatina).  
 
Agressão produz necrose por:   
- Deficiência de energia 
- Produção de radicais livres 
- Ação direta sobre enzimas 
- Lesão direta da membrana celular 
 
Etiologia 
- Hipóxia (ICC, anemia, isquemia) 
- Agentes físicos (trauma, radiação,       
temperatura) 
- Agentes químicos (metais pesados, O2) 
- Agentes infecciosos 
 
Necrose de coagulação 
Ocorre quando há uma obstrução vascular,           
que impede a passagem do sangue com             
oxigênio e nutrientes. 
É determinada pela desnaturação da maioria           
das proteínas celulares, devido à queda no pH               
celular causada durante o processo de ​lesão             
por isquemia ou hipóxia​. A isquemia e a               
hipóxia no sistema nervoso causa liquefação. 
 
Necrose por liquefação 
É associada a infecção por microrganismos           
que geram pus a um tecido. Quando um tecido                 
é infectado, ocorre um processo inflamatório           
Patologia - Aula 2 
Necrose 
Características:  Necrose  Autólise 
Hemólise 
intravascular  
-  + 
Reação 
inflamatória 
adjacente* 
+  - 
 ​ ​ ​Maria Eduarda de Oliveira​ -​ P4 - UniFBV Wyden 
 
devido ao recrutamento de leucócitos para           
neutralizar os microrganismos, podendo haver         
lesão e morte celular mediada por toxinas             
bacterianas ou fúngicas, ou devido ao           
processo inflamatório, como o tecido         
inflamado é rico em leucócitos, as células             
mortas são rapidamente fagocitadas e         
digeridas, que resulta na formação de uma             
massa residual amorfa, composta por pus,           
caso a necrose seja resultado de uma infecção               
aguda e haja presença de leucócitos mortos. 
 
Necrose caseosa 
Há formação de uma massa esbranquiçada e             
com presença de granulomas. É encontrada           
em tecidos infectados pelo bacilo da           
tuberculose, sua formação é fortemente         
mediada pelo sistema imune do indivíduo,           
participando da formação de granulomas no           
tecido infectado. 
 
 
Necrose gangrenosa 
É um tipo de necrose isquêmica e costuma               
acometer as extremidades de membros que           
perderam o suprimento sanguíneo. Há         
formação de uma massa escura (gangrena). 
Ocorre quanto um tecido perde seu           
suprimento sanguíneo e após isso ocorre uma             
invasão bacteriana, gerando mais necrose         
liquefativa que resulta na necrose gangrenosa. 
 
Necrose gordurosa 
Afeta o tecido adiposo. Ocorre quando há             
extravasamento de lipases para o tecido           
adiposo, principalmente em casos de         
pancreatite aguda (pâncreas produtor de         
lipases). 
 
Necrose fibrinóide 
Acomete os vasos sanguíneos após uma           
reação imunológica. 
Ocorre quando imunocomplexos não são         
transportados adequadamente e são       
depositados nas paredes desses vasos,         
gerando vazamento de fibrina para o tecido. 
 
 
Patologia - Aula 2

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