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BIOSSEGURANÇA

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BIOSSEGURANÇA
 INTRODUÇÃO
     A despeito do avanço tecnológico, o profissional da área da saúde tem que lidar, freqüentemente, com riscos inerentes à sua atividade.  O enfrentamento destes riscos envolve numa série de providências que englobam desde a adequação de instalações físicas e utilização de equipamentos de proteção individual (EPI), até a padronização de procedimentos (boas práticas). Para se estabelecerem os parâmetros corretos de controle e contenção destes riscos, é necessário que os profissionais identifiquem antecipadamente os perigos, para que as devidas medidas de controle sejam tomadas.
     Biossegurança é um conjunto de procedimentos, ações técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. O estudo da Biossegurança visa, sempre, a prevenção de riscos ou, se não for possível, a contenção dos agentes perigosos. Para isso, busca-se o estudo dos mecanismos de ação desses agentes e, então, estabelece-se procedimentos seguros de ação.
     Antes de aprofundarmo-nos no estudo da Biossegurança, vale a pena ressaltar que, a maioria dos acidentes de trabalho é decorrente de imperícia, negligência e, até mesmo, imprudência dos operadores, portanto, a regra de ouro na prevenção de acidentes é ATENÇÃO e BOM SENSO.
TIPOS DE PERIGOS OCUPACIONAIS
     O Dicionário Michaelis define o verbete perigo como “situação que ameaça a existência ou integridade de uma pessoa ou coisa; risco, inconveniente”. Porém, dentro deste estudo, faremos uma diferenciação entre PERIGO e RISCO:
• Perigo é qualquer agente que cause dano à saúde ou à integridade física das pessoas;
• Risco é um conceito que combina a probabilidade de ocorrência com a severidade da ocorrência.
     Por exemplo: ao se atravessar a rua, existe o perigo do atropelamento. Se for uma rua com pouco movimento (probabilidade baixa) na qual os carros passam a baixa velocidade (severidade do atropelamento baixa), o risco de se atravessar a rua é baixo. Se for uma rodovia muito movimentada, com carros em alta velocidade, o risco da travessia é alto.
     Antes de começar a se estabelecer normas de boas práticas, é muito importante conhecer-se os perigos que estas práticas vão combater.
     Por exemplo: é sempre muito importante lavar as mãos, mas é uma questão de bom senso imaginar que o procedimento de lavar as mãos, usado por um mecânico, seja diferente do método usado por um médico antes de uma cirurgia.
     Isso parece óbvio, mas qual o conceito associado? Se não lavar as mãos adequadamente, o médico vai expor o paciente a um risco de infecção durante a cirurgia, o que pode levá-lo a morte; o mecânico vai, no máximo, sentir o gosto desagradável da graxa durante uma refeição. Portanto, o procedimento do médico deve ser mais rigoroso.
     Existem divergencias entre os autores sobre a classificação dos perigos ocupacionais. Essa classificação é puramente didática e funciona como uma ferramenta para organizar a análise de perigos associados à atividade profissional e, sem dúvida, é mais importante identificar a existência do perigo do que classificá-lo em uma ou outra categoria. Existem divergências até mesmo na legislação trabalhista. Enquanto a NR9 considera a existência de perigos físicos, químicos e biológicos, a Portatia n°25 de 1994 do Ministério do Trabalho acrescenta os perigos ergonômicos e de acidentes a esta lista.
Perigos Físicos
      Qualquer corpo ou material estranho à atividade exercida, em níveis e dimensões inaceitáveis, representa um perigo físico. Ruídos intensos também fazem parte deste grupo. Considere como perigo físico, tudo aquilo que pode provocar ruptura na pele, lacerações, esfolamentos ou quebra de dentes e ossos.
     Os principais tipos de perigos físicos são:
* Fragmentos de vidro.
* Material de isolamento de tubulações.
* Jóias, objetos de adorno, fios de cabelo, esmalte.
* Fragmentos metálicos, parafusos, porca.
* Pragas (insetos, roedores), bem como fragmentos e excrementos que possam deixar.
* Fragmentos de madeira.
* Pedaços de fios, corda.
* Resíduos de areia.
* Pedras e seus fragmentos.
* Agulhas, grampos, etc.
Perigos Químicos
      Os perigos químicos são originados de manipulação errada de produtos químicos ou pela geração de toxinas feita por micro organismos.
      No caso de alimentos, os perigos químicos podem ser introduzidos ainda no campo por meio de práticas inadequadas na aplicação, acondicionamento e descarte de agrotóxicos e antibióticos ou no desrespeito à legislação que regulamenta o uso destes produtos.
     Além disso, a limpeza e sanificação de equipamentos e utensílios, mal orientada, pode resultar em resíduos, que se tornarão contaminantes no próximo uso do mesmo.
     Representam perigos químicos:
* As toxinas produzidas por microrganismos.
* Metais pesados (chumbo, cobre, cádmio, mercúrio, entre outros) que podem ser incorporados à fruta através da água de irrigação, por exemplo.
* Ingredientes de fertilizantes (nitratos e nitritos).
* Outros produtos químicos, como lubrificantes e aditivos de caldeiras.
Perigos biológicos.
 Os perigos biológicos são constituídos principalmente por bactérias potencialmente patogênicas, parasitas e vírus.  Note que as toxinas produzidas por alguns tipos de fungos e bactérias, devido ao modo como agem no organismo, são tratadas como perigos químicos.
 Entre os organismos que mais causam doenças de origem alimentar, estão as bactérias patogênicas. Entre as de maior ocorrência, podemos destacar: Salmonella spp., Shigella spp., Escherichia coli enterovirulenta, Yersinia enterocolitica, Campilobacter spp., Listeria monocytogenes, Vibrio colera, Plesiomonas shigelloides, Aeromonas hydfrophila, Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Clostridium botulinum e Clostridium perfringens.
 Os parasitas que podem ser veiculados por alimentos de origem vegetal incluem, principalmente, protozoários dos genêros Giardia, Entamoeba, Toxoplasma, Sarcocystis, Isospora, Cryptosporidium, Eimeria e Cyclospora, e helmintos. Estes compreendem, basicamente, os platelmintos (como Taenia solium, T. saginata, Echinococcus spp, Diphyllobothrium latum, Spirometra spp, Fasciola spp, Clonorchis spp, Opistochis spp e Paragonimus spp) e nematelmintos, como Ascaris lumbricoides, Anisakis sp, Pseudoterranova spp., Toxocara spp., Trichinella spiralis, Capillaria spp., Trichuris spp., Enterobius spp e Strongyloides spp.
 Entre os vírus, aqueles que são veiculados por alimentos são: rotavírus (grupos A, B e C), adenovírus (tipos 40 e 41), calicivírus (grupo Norwalk), calicivírus (grupo Sapporo), vírus da hepatite A e vírus da hepatite E.
 No caso de micro organismos, há a questão da multiplicação dos mesmos ao longo do tempo. Isso significa que a inoculação de poucos micro organismos pode degenerar em infestações em poucos minutos.
 Animais e insetos que servem como vetores de doenças, não são considerados perigos biológicos.
Perigos Ergonômicos
São relacionados com fatores fisiológicos e psicológicos.  Envolvem a interação homem / trabalho, incluindo no design, controle, luz, plano do local, ferramentas,
Os riscos ergonômicos estão relacionados à estrutura músculo-esquelética e psicológica do trabalhador e sua adequação à máquina, mobiliário, posto, jornada e condições de trabalho. Alguns exemplos são:
a) LER (lesões por esforços repetitivos) / DORT (doenças osteo-musculares relacionadas ao trabalho);
b) Peso e postura incompatíveis com o biotipo e tarefa, respectivamente;
c) Jornada (duração, ritmo, turno e controle rígido);
d) Mobiliário incompatível, ausente ou desnecessário, no trabalho; e
e) Estresse provocado por causas imediatas ou distantes.
 As expressões "Lesões por Esforços Repetitivos (LER)" e "Distúrbios Osteo musculares Relacionados ao Trabalho (DORT)" são termos usados de uma maneira generalizada e que abrangem osdistúrbios ou doenças do sistema músculo-esquelético-ligamentar, podendo as mesmas estar ou não relacionadas ao trabalho.
 As doenças enquadradas neste grupo compreendem uma heterogeneidade de distúrbios funcionais e/ou orgânicos, que manifestam em seu portador sintomas comuns, muitas vezes inespecíficos como:
1.Fadiga Muscular
2.Dor
3.Parestesia
4.Sensação de peso
5.Mal estar
6.Processos inflamatórios em tendões, ligamentos e bursas sinoviais
7.Contraturas musculares etc
Para nós, a melhor definição de Lesões por Esforços Repetitivos - LER é de uma "síndrome clínica", caracterizada por dor crônica, acompanhada ou não por alterações específicas como inflamação, e que se manifesta devido à repetição do mesmo movimento em uma frequência elevada ou fora do eixo normal.
 É imprescindível para o diagnóstico de uma LER que a relação número de movimentos/espaço de tempo e posição seja tão grande ou anormal a ponto de desencadear a lesão.
 O termo LER é genérico, e cabe sempre ao médico especialista fazer o diagnóstico específico da doença que gerou o sintoma apresentado, uma vez que o termo LER pode definir problemas distintos, de causas diferentes.
 A cada dia é mais comum vermos crianças com quadros de tendinites de abdutor do polegar secundárias ao uso de “joysticks”, epicondilites em tenistas mirins em ritmo forte de treinamento, lesões de supra espinhoso em nadadores de borboleta e costas, cistos sinoviais e síndrome do túnel do carpo em donas de casa, sem que, em nenhum destes casos, estejamos diante de LER de origem profissional.
 Doenças sistêmicas como os distúrbios hormonais comuns na época de menopausa, hipotireiodismo, doenças infecciosas, doenças imunológicas, síndromes depressivas, traumatismos fora do local de trabalho, hobbys etc., podem desencadear quadros inflamatórios de tendinite, tenossinovite, capsulite, mialgias etc; bem como quadros compressivos, sem que estes sejam de origem profissional.
 Somente quando alguma destas alterações tiver como seu fator causador os movimentos repetitivos, estaremos diante de um caso de LER (Lesão por Esforço Repetitivo).
 Ao correlacionarmos diretamente o tipo de atividade profissional desenvolvida, e atestarmos que em conseqüência do trabalho, realizado de forma por vezes inadequada, tivemos o aparecimento da lesão, poderemos então ter um quadro de LER de origem profissional, visto que o nexo é parte indissociável do diagnóstico.
 Nestes casos específicos a LER se equiparará à DORT, permitindo a correlação do quadro clínico com a atividade ocupacional efetivamente desempenhada pelo trabalhador.
 Este princípio básico da inter-relação entre trabalho e lesão serviu de base para nova terminologia Disturbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), nestes casos, equiparando-os a LER.
 LER e DORT podem ou não serem coincidentes dependendo de diversos fatores a serem analisados. De todos eles, a relação direta trabalho-lesão é o mais importante.
Exercício 1:
A possibilidade de um composto ser absorvido pelo organismo depende de vários fatores, sendo os mais significativos às características físico-químicas do agente químico, como solubilidade, volatilidade, peso molecular e vias de contato com o organismo. No que se refere à absorção de substâncias químicas, a principal e mais perigosa via de absorção, onde o agente químico penetra rapidamente na circulação sem sofre metabolismo hepático é a:
A) tópica
B) oral
C) pulmonar
D) oftálmica
E) cutânea
pois entra mais rápido na corrente sanguínea, fazendo seu efeito ser mais rápido
Exercício 2:
Nas instituições de pesquisa com animais de experimentação, diariamente, os trabalhares estão sujeitos a acidentes com objetos perfurocortantes (OPC). O manuseio de OPC está associado à ocorrência de acidentes percutâneos. Com relação às estratégias utilizadas na preservação dos acidentes com OPC, é correto afirmar que, após o manuseio, o trabalhador deve
A) reencapar as agulhas descartáveis com as duas mãos
B) entortar e/ou quebrar as agulhas descartáveis
C) descartar as agulhas utilizadas em saco plástico
D) descartar as agulhas utilizadas em recipientes adequados
E) descartar a agulha no lixo comum
para não correr o risco de se contaminar com o material
Exercício 3:
Um dos fatores mais importantes no processamento do palmito é a acidificação da conserva a um pH ≤ 4,3, inibindo a bactéria que provoca o botulismo. O palmito, ao natural, apresenta baixa acidez (pH 5,6 - 6,2), o que possibilita o crescimento de Clostridium botulinum, um bacilo anaeróbico e bastante resistente a temperaturas elevadas por produzir esporos, os quais estão distribuídos no solo, contaminando com freqüência produtos agrícolas. Sua toxina provoca o botulismo, cujos sintomas são: visão dupla, dificuldade em falar, engolir e respirar podendo levar à parada cardíaca e à morte. A intoxicação manifesta-se de 12 a 36 horas após a ingestão do produto contaminado. Para inibir o desenvolvimento desta bactéria e evitar qualquer risco é necessário fazer a acidificação do meio (pH ≤ 4,3), usando ácidos permitidos para alimentos, como acético, cítrico, fosfórico, tartárico, láctico e málico. Segundo o texto, a contaminação do palmito ocorre:
A) Por excesso de acidez
B) Pela existência da toxina botulínica na hora do corte
C) Pelo desenvolvimento do Clostridium botulinum na conserva do palmito
D) Pelo fato do bacilo ser anaeróbico e o palmito ser exposto ao ar
E) Por causa do uso de ácidos alimentícios
dependendo do ph da conserva do palmito possibilita o crescimento do Clostridium botulinum, um bacilo anaeróbico
Exercício 4:
O C. botulinum é um bacilo gram-positivo, anaeróbio, esporulado e sua forma vegetativa produz oito tipos de toxina (A, B, C1, C2, D, E, F e G). As toxinas patogênicas para o homem são as dos tipos A, B, E e F, sendo as mais frequentes a A e a B. Os esporos do C. botulinum resistem a temperaturas de 120°C por 15 minutos. Estão amplamente distribuídos na natureza, no solo e em sedimentos de lagos e mares. São encontrados em produtos agrícolas, como legumes, vegetais, mel, e em vísceras de crustáceos e no intestino de mamíferos e peixes. As condições ideais para que a bactéria assuma a forma vegetativa, produtora de toxina, são: anaerobiose, pH alcalino ou próximo do neutro (4,8 a 8,5), atividade de água de 0,95 a 0,97 e temperatura ótima de 37ºC. Os tipos A e B se desenvolvem em temperaturas próximas das encontradas no solo (acima de 25º e até 40ºC), enquanto o tipo E é capaz de proliferação a partir de 3ºC. A toxina botulínica é termolábil, sendo inativada pelo calor, em uma temperatura de 80ºC por, no mínimo, 10 minutos. A contaminação descrita é um perigo:
A) Físico, por o contaminante é o solo onde estão os esporos
B) Químico, por causa dos ácidos empregados
C) De Vida, pois o botulismo é fatal
D) Biológico, pois o risco é o desenvolvimento do C. botulinum na conserva
E) Químico, pois o perigo é a existência da toxina botulínica na conserva
Exercício 5:
O ácido peracético é um produto utilizado em processos de desinfecção, seja por imersão, por circulação e por contato. Não gera espuma sob pressão no processo CIP. É de rápida ação antimicrobiana, e de largo espectro, atingindo desde vírus, bactérias, esporos e até fungos. Ele não possui propriedades tóxicas e dispensa o enxágüe posterior com água. Durante a sua manipulação é importante o uso óculos e luvas de borracha e avental, para evitar possíveis irritações nos olhos e pele. É um produto oxidante e precisa ser protegido dos raios solares. Com base nessa descrição, quais os símbolos de risco que precisam ser fixado no frasco do ácido peracético?
A)
e
B)
e
C)
e
D)
e
E)
e
Exercício 6:
Um homem em férias estava dormindo numa rede na varanda de casa. Num momento de sono profundo, quando estava roncando de boca aberta, um pequeno besouro entra pela boca, provocando uma rápida engasgadura e o inseto foi engolido. Ainda sentindo o inseto se movendo dentro do estômago, o homem procura um médico. Assinale a alternativa que melhor representa a análise destecaso.
A) O inseto é um perigo biológico porque é um ser vivo
B) O inseto é um perigo físico por provocar uma engasgadura
C) O inseto é um perigo ergonômico pois o homem estava dormindo
D) O inseto é um perigo biológico pois possui microrganismos
E) O inseto não representa mais perigo pois, em breve, será digerido pelo ácido estomacal
Exercício 7:
Qual destas alternativas não é uma ação com a qual os empregadores podem reduzir a incidência de LER/DORT em seus funcionários.
A) Ginástica compensatória
B) Ginástica laboratorial
C) Compra de equipamentos ergonômicos
D) Redução de turnos de trabalho
E) Incentivar a prática de esportes
(conteúdo 2)
ROTULAGEM E SIMBOLOGIA
      Pelo tipo de trabalho desenvolvido pelos profissionais da saúde, são incontáveis os riscos de acidentes de trabalho causados pela exposição a agentes tóxicos, corrosivos, queimaduras, lesões ou agentes patogênicos.
      A maioria dos acidentes de trabalho é decorrente de imperícia, negligência e, até mesmo, imprudência dos operadores. Existe, portanto, a necessidade de se estabelecerem normas rígidas de segurança.
Rotulagem
        O rótulo de qualquer produto segue normas rígidas, determinadas por leis que especificam as informações mínimas necessárias para uma manipulação segura do produto. Porém, no caso de produtos químicos, que são passíveis de uma manipulação prévia ao uso, como uma diluição ou uma mistura, ou ainda, de um fracionamento em frascos menores, surge o risco de acidentes devido à má identificação.
       Todos os frascos, originais ou não, devem conter um rótulo com as seguintes informações:
* Quem preparou;
* Concentração (se aplicável);
* Cuidados;
* Data de preparo;
* Data de validade;
* Condições de estocagem.
      Importante: ao se reutilizar um frasco, é necessário remover-se completamente a etiqueta inicial antes de colocar uma etiqueta nova. Caso seja encontrado um frasco sem rótulo de identificação, o produto deve ser descartado.
Rotulagem de resíduos biológicos
 Todo material contaminado deve ser coletado em separado do lixo comum. Esse material deve ser recolhido em sacos plásticos brancos com o símbolo de RISCO BIOLÓGICO. Caso haja a necessidade de armazenamento destes resíduos, estes devem ser depositados em baldes de lixo que apresentem a indicação de LIXO CONTAMINADO NÃO AUTOCLAVADO.
 Resíduos líquidos devem conter a descrição da natureza do soluto e do solvente, com respectivas concentrações. A informação deve ser o mais exata possível.
Simbolo de Risco Biológico
 
Símbolos de Riscos Químicos
       A rotulagem por intermédio de símbolos e textos de avisos são precauções essenciais de segurança. A simbologia apresentada a seguir, é utilizada em embalagens de produtos químicos.
       Os rótulos ou etiquetas aplicados sobre uma embalagem devem conter em seu texto as informações que sejam necessárias para que o produto ali contido seja tratado com toda a segurança possível.
       É perigoso reutilizar o frasco de um produto rotulado para guardar qualquer outro diferente, ou mesmo colocar outra etiqueta sobre a original. Isto pode causar acidentes.
      Quando encontrar uma embalagem sem rótulo, não tente adivinhar o que há em seu interior. Se não houver possibilidade de identificação, descarte o produto.
Facilmente Inflamável (F)
* Classificação:
  Determinados peróxidos orgânicos; líquidos com pontos de inflamação inferior a 21°C, substâncias sólidas que são fáceis de inflamar, de continuar queimando por si só; liberam substâncias facilmente inflamáveis por ação da umidade.
* Precaução:
  Evitar contato com o ar, a formação de misturas inflamáveis gás-ar e manter afastadas de fontes de ignição.
Extremamente Inflamável (F+)
* Classificação:
  Líquidos com ponto de inflamabilidade inferior a 0°C e o ponto máximo de ebulição 35°C; gases, misturas de gases (que estão presentes em forma líquida) que com o ar e a pressão normal podem se inflamar facilmente.
* Precauções:
  Manter longe de chamas abertas e fontes de ignição.
 
Tóxicos (T)
 
* Classificação:
  São agentes químicos que, ao serem introduzidos no organismo por inalação, absorção ou ingestão, podem causar efeitos graves e/ou mortais.
* Precaução:
  Evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.
Muito Tóxico (T+)
* Classificação:
  A inalação, ingestão ou absorção através da pele, provoca danos à saúde na maior parte das vezes, muito graves ou mesmo a morte.
* Precaução:
  Evitar qualquer contato com o corpo humano e observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.
Corrosivo ( C )
* Classificação:
  Estes produtos químicos causam destruição de tecidos vivos e/ou materiais inertes.
* Precaução:
  Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele, os olhos e vestuário.
Oxidante (O)
* Classificação:
  São agentes que desprendem oxigênio e favorecem a combustão. Podem inflamar substâncias combustíveis ou acelerar a propagação de incêndio.
* Precaução:
  Evitar qualquer contato com substâncias combustíveis. Perigo de incêndio. O incêndio pode ser favorecido dificultando a sua extinção.
Nocivo (Xn)
* Classificação:
  São agentes químicos que por inalação, absorção ou ingestão, produzem efeitos de menor gravidade.
* Precaução:
  Evitar qualquer contato com o corpo humano, e observar cuidados especiais com produtos cancerígenos, teratogênicos ou mutagênicos.
Irritante (Xi)
* Classificação:
  Este símbolo indica substâncias que podem desenvolver uma ação irritante sobre a pele, os olhos e o trato respiratório.
* Precaução:
  Não inalar os vapores e evitar o contato com a pele e os olhos.
Explosivo (E)
 
* Classificação:
  São agentes químicos que pela ação de choque, percussão, fricção, produzem centelhas ou calor suficiente para iniciar um processo destrutivo através de violenta liberação de energia.
* Precaução:
  Evitar atrito, choque, fricção, formação de faísca e ação do calor.
Diamante de Hommel
       Outra simbologia bastante aplicada é o diamante de Hommel. Diferentemente das placas de identificação, o diamante de Hommel nçao informa qual é a substância, mas indica todos os graus de risco.
       Os números necessários para o preenchimento do Diamante de Hommel variam de 1 a 4 conforme os riscos apresentados pela substância química perigosa, podendo também constar no diagrama os riscos específicos dessa substância:
Riscos à Saúde
4 – Substância Letal (cianureto de potássio)
3 - Substância Severamente Perigosa (gás cloro)
2 - Substância Moderadamente Perigosa (amônia)
1 - Substância Levemente Perigosa (água raz)
0 - Substância Não Perigosa ou de Risco Mínimo (óleo de cozinha)
Riscos Específicos
OXY – Oxidante Forte
ACID – Ácido Forte
ALK - Alcalino (Base) Forte
COR - Corrosivo
W - Não misture com água
Inflamabilidade
4 - Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis (Ponto de Fulgor abaixo de 23ºC, gás propano)
3 - Substâncias que entram em ignição a temperatura ambiente (Ponto de Fulgor abaixo de 38ºC, gasolina)
2 - Substâncias que entram em ignição quando aquecidas moderadamente (Ponto de Fulgor abaixo de 93ºC, diesel)
1 - Substâncias que precisam ser aquecidas para entrar em ignição (Ponto de Fulgor acima de 93ºC, óleo de milho)
0 - Substâncias que não queimam (água)
Reatividade
4 - Pode explodir
3 - Pode explodir com choque mecânico ou calor
2 - Reação química violenta
1 - Instável se aquecido (fósforo branco ou vermelho)
0 – Estável (nitrogênio líquido)
Exemplo:
 Se estiverem contidos em um frasco Álcool Etílico (cujos números referentes a seus riscos são: Azul=0, Vermelho=3 e Amarelo=0) e Acetonitrila (Azul=2, Vermelho=3 e Amarelo=0), constata-se através desses números que a substância mais perigosa delas é a Acetonitrila e os números com os quais deve ser preenchido o Diamante são os referentes a essa, mesmo que esteja presente em menor quantidade no frasco. Como a Acetonitrila não possui riscos específicos, o Diamante deve ficar da seguinte forma:
Exercício 1:
Um recipiente contendo um produtoquímico foi encontrado num depósito quase sem identificação. O único dado disponível foi um rótulo com o diamante de Hommel, contendo a seguinte informação: azul = 0, vermelho = 0, amarelo = 3, branco = uma letra W cortada. Qual o significado desta informação?
A) Não é possível avaliar, já que o rótulo não contém o nome do produto
B) o produto é tóxico e precisa ser manipulado com luvas
C) o produto é inflamável e não pode ser exposto à fontes de calor
D) o produto é tóxico e não pode ser exposto a água
E) o produto é altamente reativo e não pode ser exposto a água
a cor amarela representa reatividade e o w cortado significa que nao pode ser manuseado com agua
Exercício 2:
Um container com o símbolo estampado em sua lateral foi encontrado num depósito abandonado. Qual o perigo apresentado nesta situação?
A) o container contém produtos com contaminação biológica
B) o container possui substâncias radioativas
C) o container possui produtos químicos tóxicos
D) o container não representa um perigo
E) o container contém lixo comum
o BIO é o simbolo que representa risco biológico
Exercício 3:
Como deve ser o local de estocagem de um produto cuja embalagem contenha os seguintes símbolos:
A) Um local aberto, sem telhado, com acesso facilitado
B) um local ventilado, abrigado da luz, com acesso controlado
C) um local aberto, sujeito a intempéries, com acesso controlado
D) um depósito completamente fechado e com acesso controlado
E) um deposito fechado, totalmente lacrado
pois são agentes corrosivos e inflamáveis
Exercício 4:
Qual a diferença entre um produto tóxico e um produto nocivo?
A) Um produto tóxico provoca alucinações, enquanto o nocivo produz enjoos
B) O produto tóxico pode ser fatal e o produto nocivo leva a prejuízos à saúde, sem ser letal a curto prazo
C) o produto tóxico produz enjoos e alergias, o produto nocivo pode ser fatal
D) as duas palavras são sinônimos e não há diferenças
E) o  produto nocivo provoca irritação e o produto tóxico provoca mal estar
produtos toxicos São agentes químicos que, ao serem introduzidos no organismo por inalação, absorção ou ingestão, podem causar efeitos graves e/ou mortais.
e produtos nocivos São agentes químicos que por inalação, absorção ou ingestão, produzem efeitos de menor gravidade.
Exercício 5:
Se você encontrar um produto com essa identificação, qual deve ser o seu cuidado?
A) usar máscaras, luvas e manter-se longe de fontes de calor
B) usar máscara e luvas e manter-se longe de água
C) manter-se longe de fontes de calor e de água
D) não provocar atrito e manter-se longe de água
E) o produto não apresenta riscos
Exercício 6:
O que significa este símbolo?
A) O produto é frágil e quebra com facilidade
B) o produto está em pó e se espalha com facilidade
C) produto fragmenta-se com facilidade
D) produto é explosivo
E) o produto é volátil
Exercício 7:
Um produto com este símbolo não pode ser armazenado perto de qual destes produtos?
A)
B)
C)
D)
E)
(conteúdo 3)
BOAS PRÁTICAS
      As Boas Práticas nada mais são do que práticas recomendadas para o as rotinas de trabalho, visando uma operação isenta de riscos. São práticas preventivas e incluem todos os aspectos da cadeia operacional. 
      Note que alguns procedimentos são específicos de cada tipo de operação, mas alguns fatores são universais e sempre devem ser observados, como, por exemplo:
• Higiene pessoal, como higiene das mãos, uso de roupas protetoras e adequadas;
• Limpeza e sanificação de equipamentos e utensílios;
• Examinar regularmente áreas internas e externas para detectar infestação de pragas, como baratas, ratos, entre outros;
• Assegurar a qualidade da água, que deve ser potável para preparo de alimentos (como ingrediente), para fazer a limpeza, etc.
      Apesar de, a maioria dos procedimentos de Boas Práticas serem simples e derivados do bom senso, é de importância fundamental que os procedimentos sejam padronizados de modo que o processo operacional seja mantido sobre um rigoroso controle. Essa padronização aparece, dentro do ambiente de trabalho na forma de dois documentos: o Manual de Boas Práticas e o Procedimento Operacional Padronizado.
      O Manual de Boas Práticas é um documento que descreve, em linhas gerais, o trabalho executado no estabelecimento e as diretrizes para a forma correta de fazê-lo. Nele, pode-se ter informações gerais sobre como é feita a limpeza, o controle de pragas, da água utilizada, os procedimentos de higiene e controle de saúde dos funcionários, o treinamento de funcionários, o que fazer com o lixo e como garantir a produção de alimentos seguros e saudáveis.
      O Procedimento Operacional Padronizado (POP) é um documento que descreve passo-a-passo como executar as tarefas no estabelecimento. É como uma receita de bolo, que deve ser seguida rigorosamente, para que tudo vá bem. O POP destaca as etapas da tarefa, os responsáveis por fazê-la, os materiais necessários e a freqüência em que deve ser feita. Como os POP são documentos aprovados pelo estabelecimento, por meio do responsável, é dever de cada manipulador segui-los. Essa documentação tem que estar acessível a todos os envolvidos no procedimento operacional de modo que, perante a menor dúvida na operação, todos possam consultar os manuais.
OBJETIVOS DAS BOAS PRÁTICAS
      O objetivo mais óbvio das boas práticas em Biossegurança é garantir segurança aos trabalhadores e clientes, descrevendo as rotinas de trabalhado com um mínimo de riscos e estabelecendo princípios básicos de segurança.
      Os manuais de boas práticas nascem da análise crítica dos procedimentos operacionais, sob uma ótica multi e interdisciplinar, e podem ter como referência a legislação vigente, manuais de segurança operacional, artigos científico ou, até mesmo, o bom senso. Sob essa ótica, as atividades desenvolvidas nos programas de biossegurança devem promover constantemente o aprendizado e o aperfeiçoamento dos trabalhadores envolvidos na operação.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
      Dentro das atividades na área da saúde encontram-se vários elementos de risco aos seus usuários, tais como: máquinas, manuseio de material de vidro, uso da eletricidade, incêndio, explosão, exposição a substâncias químicas nocivas ao organismo humano e a patógenos. Sendo assim, a prática de Biossegurança exige que regras sejam rigorosamente seguidas, a fim de evitar prejuízos materiais e, principalmente, riscos à integridade física sua e dos outros à sua volta.
      A regra áurea, quando se discute a segurança de uma atividade, é o uso do bom senso e da atenção. Deve-se prestar atenção a sua volta e prevenir-se contra perigos que possam surgir do trabalho de outros, assim como do seu próprio. O profissional em ação deve, portanto, adotar sempre uma atitude atenciosa, cuidadosa e metódica em tudo o que faz. Deve, particularmente, concentrar-se no seu trabalho e não permitir qualquer distração enquanto trabalha. Da mesma forma, não deve distrair os demais desnecessariamente.
      Essas práticas preventivas incluem todos os aspectos do serviço, que vão desde o preparo do ambiente de trabalho, até medidas de proteção ao trabalhador e ao paciente. Conseqüentemente, a empresa terá uma redução nos desperdícios, redução no custo de produção, redução do número de reclamações dos clientes, além de um ambiente de trabalho mais agradável, limpo e livre de riscos para todos.
  QUALIDADE DA ÁGUA
      A água utilizada para cozinhar, beber, fazer gelo, lavar frutas, legumes e verduras deve ser sempre potável. Além disso, a caixa d´água deve ser limpa periodicamente e, sempre, devem ser verificadas as condições da mesma: se está totalmente tampada, se não há rachaduras ou infiltrações e afastadas de fossas e depósitos de lixo.
 CONTROLE DE PRAGAS
      As pragas, como baratas, formigas, ratos e moscas devem, sempre, ser eliminadas do local onde se manipula alimentos e, principalmente, deve-se evitar a presença delas, não deixando restos de alimentos expostos, nem lixeiras abertas próximas ou no local onde se manipula alimentos.HIGIENE E COMPORTAMENTO PESSOAL
       A higiene do trabalhador na área da saúde é de extrema importância. Tomar banho e trocar de roupas diariamente, lavar a cabeça, escovar os dentes após as refeições, manter unhas curtas, limpas e sem esmalte, manter os cabelos presos, não usar adornos são hábitos que devem ser praticados por todos. Além disso, lavar as mãos sempre ao usar o banheiro, quando mexer no lixo ou trocar de tarefa, previne contra contaminantes biológicos.
 
 CONTROLE DA SAÚDE DO TRABALHADOR
     A saúde do profissional é muito importante. Pessoas doentes, com feridas nas mãos, diarréias ou disenteria não devem executar procedimentos que envolvam alimentos, pessoas doentes ou carregamento de peso. Devem realizar outras tarefas até que fiquem melhores.
 HIGIENE DO AMBIENTE, DAS SUPERFÍCIES, UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS:
 Todo o ambiente deve estar sempre limpo. Limpar e desinfetar os utensílios, equipamentos e mesas, previne que microrganismos prejudiciais à saúde contaminem o objeto de trabalho.
 CONTROLE DE MATÉRIAS PRIMAS E FORNECEDORES
      Todas as matérias primas devem ser adquiridas de fornecedores idôneos, ou seja, sua origem deve ser conhecida. Caso contrário, os riscos do consumidor vir a adquirir uma doença ou morrer são muito grandes.
      Por isso, alguns itens devem ser avaliados:
 • A rotulagem da embalagem deve ter registro no órgão fiscalizador, informações do prazo de validade, como deve ser armazenado o produto depois de aberto, entre outros;
 • As embalagens não devem estar amassadas, estufadas, com espuma, apresentando vazamento, trincadas, rasgadas;
 •Remédios e alimentos devem ter registro de origem.
 • Os alimentos devem apresentar aparência, odor, cor, textura e sabor característicos;
 • Os estoques de remédios devem ser acondicionado exatamente como recomendado pelo fabricante
 ESTRUTURA FÍSICA DA EMPRESA  
      Na área de circulação não pode haver cruzamento dos fluxos das áreas sujas e das áreas limpas.
 • ÁREAS SUJAS: são áreas com critérios menos rigorosos de limpeza.
 • ÁREAS LIMPAS: são áreas com critérios mais rigorosos de limpeza.
 RECOLHIMENTO (RECALL)
      As empresas e, mais especificamente, as indústrias de alimentos, devem estabelecer procedimentos para recolher um produto das prateleiras, caso estes apresentem problemas e, eventualmente, tenham seguido para o mercado com alguma falha na sua segurança.
      Quando se identifica que ocorreu algum problema com o produto, por exemplo, um problema de contaminação, ele deve ser recolhido do mercado o mais rápido possível e, completamente (todo o lote), para que não haja o risco de contaminar o consumidor.
      Para saber qual lote deve ser recolhido do mercado, alguns pontos devem ser considerados:
 • a identificação do lote;
 • a quantidade do produto fabricado que foi distribuída no mercado;
 • o que será feito com o produto que foi recolhido.
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
     A CLT surgiu como uma necessidade institucional após a criação da Justiça do Trabalho em 1939.
     Ela é chamada de Consolidação das Leis Trabalhistas, ao invés de Código das Leis Trabalhistas porque seu objetivo foi apenas reunir a legislação esparsa trabalhista já existente na época, consolidando-a. A assinatura do documento foi em 1º de maio de 1943. Como anexos da Consolidação das Leis Trabalhistas, as Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à medicina e segurança no trabalho no Brasil e são de observância obrigatória por todas as empresas. Dentro das NRs, quem regulamenta os equipamentos de proteção individual é a NR-6.
      Para a NR-6, é considerado Equipamento de Proteção Individual – EPIs - todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho
      A empresa é obrigada a fornecer gratuitamente aos empregados, EPIs adequados ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, porém, cabe ao empregador orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação e, principalmente, exigir seu uso.
      Uma situação que ocorre, constantemente, em estabelecimentos de saúde, e que expõe outras pessoas a riscos desnecessários, é o uso dos equipamentos de proteção individual fora do ambiente, no qual o seu uso está previsto. 
      Esta situação vai contra a NR6, que indica a importância de usá-los apenas para a finalidade a que se destina; responsabilizar-se por sua guarda e conservação; não portá-los para fora da área técnica e comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.
      Como o próprio nome já diz, esses equipamentos conferem proteção a cada profissional individualmente. Esta proteção é dada à cabeça, ao tronco, aos membros superiores, aos membros inferiores, à pele e ao aparelho respiratório do indivíduo.
PROTEÇÃO À CABEÇA :
       A touca de proteção serve tanto para proteger o usuário quanto o produto manuseado. No caso de proteção do usuário evita o contato do cabelo com máquinas que possam colocar em perigo o trabalhador ao terem contato e, eventualmente, sugar, puxar ou enroscar nos cabelos. Já no caso de proteção de produto a touca capilar evita que cabelos caíam no produto manuseado correndo o risco de contaminação.
     Protetores Faciais: impactos, respingos, substâncias nocivas, radiações, fagulhas e outros materiais biológicos
     Óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos, provenientes de impacto de partículas, respingos, para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos e outras lesões decorrentes da ação de radiações perigosas;
      Máscaras (proteção respiratória): Química (filtros químicos), biológica (filtros mecânicos) e gases anestésicos e depressivos.
     Aparelhos de isolamento (autônomo ou de adução de ar), para locais de trabalho onde o teor de oxigênio seja inferior a 18% em volume.
      Proteção auricular: tipo concha com protetores externos ou de inserção, e/ou descartáveis.
PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS SUPERIORES:
     Luvas e/ou mangas de proteção e/ou cremes protetores devem ser usados em trabalhos em que haja perigo de lesão provocada por materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes; produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos, solventes orgânicos e derivados de petróleo; materiais ou objetos aquecidos; choque elétrico; radiações perigosas; frio e agentes biológicos.
PROTEÇÃO PARA OS MEMBROS INFERIORES:
     Calçados impermeáveis para trabalhos realizados em lugares úmidos, lamacentos ou encharcados; resistentes a agentes químicos agressivos; contra agentes biológicos agressivos e contra riscos de origem elétrica
PROTEÇÃO DO TRONCO:
     Aventais, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos em haja perigo de lesões provocadas por riscos de origem radioativa; riscos de origem biológica e riscos de origem química.
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA:
      Como o próprio nome sugere, os equipamentos de proteção coletiva (EPC) dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os trabalhadores expostos a determinado risco. 
      Por exemplo, podemos citar o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, a cabine de segurança biológica, capelas químicas, cabine para manipulação de radioisótopos, extintores de incêndio, dentre outros.
CABINES DE SEGURANÇA
 
 
As Cabines de Segurança Biológica constituem o principal meio de contensão e são usadas como barreiras primárias, para evitar a fuga de aerossóis para o ambiente.
 
FLUXO LAMINAR DE AR
 
É um compartimento no qual o ar é confinado, esterelizado e circula, por meio de ventiladores, de modo a formar uma cortina de ar, impedindo que microrganismos do interior vão para fora do compartimentoe os microrganismos do exterior não entrem no compartimento.
 
CAPELA QUÍMICA
 
Cabine construída de forma aerodinâmica, cujo fluxo de ar ambiental é sempre de fora para dentro, reduzindo o perigo de inalação e contaminação do operador e ambiente.
 
CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA
 
Chuveiro de aproximadamente 30 cm de diâmetro, acionado por alavancas de mão, cotovelos ou joelhos. Deve estar localizado em local de fácil acesso.
 
LAVA OLHOS
 
Dispositivo formado por dois pequenos chuveiros, acoplados a uma bacia metálica, cujo ângulo permite direcionamento correto do jato de água. Pode fazer parte do chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem ocular.
 
MANTA OU COBERTOR ANTI-INCÊNDIO
 
Confeccionado em lã ou algodão grosso, não podendo ter fibras sintéticas. Utilizado para abafar ou envolver vítimas de incêndio.
 
VASO OU BALDE DE AREIA
 
É utilizado sobre derramamento de álcalis para neutralizá-lo.
 
EXTINTOR DE INCÊNDIO A BASE DE ÁGUA
 
Utiliza o CO2 como propulsor. É utilizado em materiais que geram fagulhas quando queimam, como papel, tecido e madeira.
 
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE CO2 EM PO´
 
Utiliza o CO2 em po´ como base. A força de seu jato é capaz de disseminar os materiais incendiados. É usado em líquidos e gases inflamáveis, fogo de origem elétrica.
 
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE PÓ SECO
 
Usado em líquidos e gases inflamáveis, metais do grupo dos álcalis, fogo de origem elétrica.
 
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE ESPUMA
 
Usado para líquidos inflamáveis. Não usar para fogo causado por eletricidade.
 
EXTINTOR DE INCÊNDIO DE BCF
 
Utiliza o bromoclorodifluorometano. É usado em líquidos inflamáveis e incêndio de origem elétrica.
Exercício 1:
O Boletim Informativo de Tecnovigilância, Brasília, Número 2, abril-maio-junho 2011, da Anvisa, traz a seguinte informação:
"A Organização Mundial da Saúde, OMS, recomenda que luvas devam ser usadas devido a duas principais razões:
1. Para reduzir o risco de contaminação das mãos dos profissionais de saúde com sangue e outros fluidos corporais.
2. Para reduzir o risco de disseminação de germes para o ambiente e de transmissão do profissional de saúde para o paciente e vice-versa, bem como de um paciente para o outro.
Entretanto, a OMS alerta que os profissionais de saúde devem ter ciência de que luvas não oferecem proteção completa contra a contaminação, razão que justifica a importância da correta higienização das mãos antes de calçar as luvas. Conforme destaca a OMS, os patógenos podem ter acesso às mãos dos profissionais usuários de luvas por meio de pequenos defeitos nas luvas ou por contaminação das mãos durante a sua remoção.
Essa possibilidade fortalece a necessidade básica de também fazer a higiene das mãos para garantir sua descontaminação após a remoção das luvas.
Destaca-se também que o uso das luvas pode representar desperdício de recursos e não contribuir para a redução de contaminação cruzada quando o seu uso não é indicado. Nesses casos, a higienização das mãos é uma oportunidade preventiva que não deve ser perdida."
Baseando-se no texto, assinale a alternativa correta
A) As luvas não necessitam ser trocadas a cada novo paciente.
B) Devem ser reprocessadas, desinfetadas ou esterilizadas.
 
C) Lavar as mãos é necessário e suficiente para a execução de procedimentos invasivos
 
D) Deve-se higienizar as mãos antes e após o uso das luvas.
 
E) Recomenda-se o uso de luvas em sobreposição, caso seja necessário o manuseio de objetos fora do campo de trabalho
 para que não haja contaminaçao cruzada
Exercício 2:
As luvas devem ter formado anatômico, boa resistência bem como fornecer conforto e destreza ao usuário, conferindo, sempre que possível, maneabilidade e flexibilidade. Com relação às boas práticas do uso das luvas, analise as afirmativas e depois assinale (V) verdadeiro ou (F) para falso.
( ) Manusear as luvas com as mãos limpas e secas, sempre verificando se não há presença de rasgos ou furos.
( ) Após a retirada de uma luva descartável, pegar com a mão descoberta a outra luva pelo lado de fora do do punho.
( ) Sempre que possível reutilizar luvas descartáveis para diminuir a produção de lixo não-reciclável.
( ) Luvas reutilizáveis dever ser colocadas em recipientes próprios para desinfecção.
( ) Sempre colocar as luvas sobre o punho do avental; nunca deixar as mangas soltas sobre a luva.
A sequência correta, de cima para abaixo, é:
A) V F F V V
B) V V F F V
 
C) F V V F F
D) V V V F V
E) V F F F V
apos a retirada de uma luva tem q lavar as maos novamente para poder pegar em luvas novas, luvas descartáveis não podem ser reutilizadas
Exercício 3:
EPCs (Equipamentos de Uso Coletivo) são equipamentos de uso no laboratório que, quando bem especificados, para as finalidades a que se destinam, permitem executar operações em ótimas condições de salubridade para o operador e demais pessoas no laboratório. São utilizados, portanto para minimizar a exposição dos trabalhadores aos riscos e, em caso de acidentes, reduzirem suas consequ¨.ncias. Tais equipamentos permitem ainda eliminar ou reduzir o uso de EPIs. As capelas são os melhores exemplos desses equipamentos, podendo ser capelas de uso geral, capelas tipo “walk in”, capelas com sistema de lavagem de gases e capelas de fluxo laminar. Com relação às capelas de fluxo laminar, é correto afirmar que
 
A) esse tipo de capela pode ser utilizado para os diversos tipos de análise que incluam o manuseio de substâncias químicas e/ou particuladas mesmo com a janela totalmente aberta.
 
B) é uma capela especial sem bancada tradicional, com sua base rebaixada até quase o nível do piso. Dessa forma, o operador pode entrar na capela e efetuar, por exemplo, a montagem de aparelhos de grandes dimensões.
 
C) é a capela especialmente projetada para o trabalho que envolve a manipulação de substâncias químicas que formam produtos de reação explosivos ou corrosivos. Este tipo de capela deve estar acoplada a um sistema de lavagem de gases.
 
D) é a capela de segurança biológica necessária porque a maioria das técnicas microbiológicas produz aerossóis passíveis de serem inalados.
 
E) São equipamentos especialisados para trabalhos com lâminas e perfuro-cortantes
Exercício 4:
A descrição detalhada sobre os cuidados com o manuseio e o uso de EPIs devem estar escritos em qual documento:
A) No Procedimento Operacional Padronizado
B) No Manual de Boas Práticas
C) No Manual do Operador Moderno
D) No rótulo do produto
E) Num quadro na área de operação
Exercício 5:
A instrução sobre não se executar enxágües após utilização de sanitizantes e as diretrizes de armazenamento do produto devem constar
A) No Procedimento Operacional Padronizado
B) No Manual de Boas Práticas
C) No Manual do Operador Moderno
D) No rótulo do produto
E) Num quadro na área de operação
Exercício 6:
Luvas um dos equipamentos mais importantes, pois protege as partes do corpo com maior risco de exposição as mãos. Existem vários tipos de luvas no mercado e a utilização deve ser de acordo com o tipo de formulação do produto a ser manuseado. A luva deve ser impermeável ao produto químico. Produtos que contêm solventes orgânicos, como por exemplo os concentrados emulsionáveis, devem ser manipulados com luvas de BORRACHA NITRÍLICA ou NEOPRENE, pois estes materiais são impermeáveis aos solventes orgânicos. Luvas de LÁTEX ou de PVC podem ser usadas para produtos sólidos ou formulações que não contenham solventes orgânicos. De modo geral, recomenda-se a aquisição das luvas de “borracha NITRÍLICA ou NEOPRENE”, materiais que podem ser utilizados com qualquer tipo de formulação. Existem vários tamanhos e especificações de luvas no mercado. O usuário deve certificar-se sobre o tamanho ideal para a sua mão, utilizando as tabelas existentes na embalagem. Baseada no texto assinale a alternativa correta.
A) Necessitam ser trocadas a cada novo paciente
B) Devem ser reprocessadas, desinfetadas ou esterilizadas
C) Luvas de estéreis são indicadas para procedimentos invasivos
D) Deve-se higienizar as mãos antes e após a sua colocação
E) Recomenda-se o uso deluvas de sobrepor, caso seja necessário o manuseio de objetos fora do campo de trabalho
Exercício 7:
O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual não garante a proteção da saúde do trabalhador e nem evita contaminações. Incorretamente utilizados, os EPI podem comprometer ainda mais a segurança do trabalhador. Acreditamos que o desenvolvimento da percepção do risco aliado a um conjunto de informações e regras básicas de segurança são as ferramentas mais importantes para evitar a exposição e assegurar o sucesso das medidas individuais de proteção a saúde do trabalhador. Sendo assim Em relação ao descarte de substâncias e produtos tóxicos, podemos concluir que :
A) as soluções alcalinas não precisam ser diluídas e neutralizadas antes de serem despejadas
B) Solventes inflamáveis devem ser estocados nas embalagens de borracha em bancadas, armários, prateleiras ou pias
C) Rejeitos inflamáveis devem ser colocados em recipientes à prova de fogo
D) Os recipientes coletores não precisam ser identificados com símbolos de periculosidades
E) Apenas as soluções ácidas devem ser bem diluídas e neutralizadas antes de serem despejadas
(conteúdo 4)
Classificação e processamento de artigos médico-hospitalares
      
      I – definição dos graus de descontaminação
LIMPEZA
       Limpeza é o primeiro passo para o processamento de artigos médico-hospitalares. O termo está intimamente ligado à qualidade final do processo, pois com a retirada de matéria orgânica consegue-se diminuir o número de microrganismos no artigo.
       É um processo de remoção mecânica das sujidades, realizado com água, sabão ou detergente, de forma manual ou automatizada e o objetivo é a remoção de sujidades, remoção ou redução de microrganismos e a remoção ou redução de substâncias químicas.
     
DESINFECÇÃO  
       Desinfecção é um processo mais severo, que destrói os microrganismos, patogênicos ou não, dos artigos médico-hospitalares. Este processo pode ocorrer por meios físicos, com a aplicação do binômio tempo x temperatura, ou por meios químicos.
     
 Binômio tempo x temperatura
       A desinfecção baseada em processo em processos térmicos dependem de uma relação entre a temperatura do utensílio (sempre acima de 60°C) e o tempo que o utensílio foi mantido a esta temperatura.
        O processo de desinfecção térmica mais conhecido é a pasteurização do leite, porém, existe uma crença popular que pasteurização é um choque térmico. Microrganismos não sofrem choque térmico. O que elimina os microrganismos é a temperatura alta, mantida durante algum tempo.No caso do leite, por exemplo, a temperatura é elevada a 75°C e mantido nessa condição por 20 segundos. Depois disso, o leite é restriado a 5°C para que os microrganismos sobreviventes não se multipliquem.
      
    Desinfecção química
      Glutaraldeído:
      Desinfetante de alto nível  -  concentração 2%
      Período de exposição – 20 a 30 minutos
      Enxágüe abundante após imersão do material
  
      Ácido Peracético:
      Desinfetante de alto nível -  concentração de 0,2%
      Período de exposição – 5 a 10 minutos (seguir orientação do fabricante)
 
     Compostos fenólicos:
      Desinfetante de nível médio ou intermediário -  concentração de 2 a 5%
      Período de exposição – 20 a 30 minutos
      Utilização de EPI
         
      Compostos clorados:
      Variadas concentrações
      Forma líquida (hipoclorito de sódio)
      Forma sólida (hipoclorito de cálcio) 
      
      Álcool:
      Desinfetante de nível intermediário – álcool etílico a 70%
      Utilizado para artigos e superfícies por meio de fricção (repetir a operação 3 vezes)
      
      Quaternário de amônio:
      Desinfetante de baixo nível
      Concentração da fórmula – depende do fabricante
      Utilizados em superfícies, paredes e mobiliários
      
      
ESTERILIZAÇÃO
 Esterilização é a destruição de todas as formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus. Da mesma forma que a desinfecção, este processo pode ocorrer por meios físicos ou químicos.
      
Processos físicos
      Radiações ionizantes: a esterilização por radiação ionizante por luz ultra-violeta  é muito comum em laboratórios de microbiologia. 
                                       a esterilização por radiação gama é utilizada em barreiras fito-sanitárias, impedindo que microrganismos típicos de outros países, contaminem a flora nacional 
       
       Tratamentos térmicos: é semelhante à desinfecção, porém com a relação tempo x temperatura mais rigorosas. O leite UHT é submetido a 150°C durante 6 segundos.
Processos Químicos
         Líquidos: é semelhante à desinfecção, porém, as concentrações são maiores.
         Gasosos: o mais comum é o tratamento por óxido de etileno
Os uso de produtos gasosos é preferível ao uso de produtos líquidos pois sempre existe o risco de formação de bolhas na superfície do equipamento a ser esterelizado. Nesse caso, a área que estiver dentro da bolha não será esterelizada, invalidando a operação.
 
      
IMPORTANTE!!
Em qualquer processo de descontaminação, é fundamental que sejam efetuados todos os passos. Assim, antes de se fazer uma desinfecção, é importante que se faça uma inlimpeza, para remoção de sujidades e, antes de uma esterilização, é importante que se faça uma desinfecção.
Isso acontece porque a efetividade de um processo de descontaminação é proporcional à quantidade inicial de microrganismos. Por simplicidade, imagine uma porcentagem.  Vamos supor que uma desinfecção elimine 70% dos microrganismos e uma esterilização elimine 90%. É claro que a esterilização remove uma porcentagem maior de microrganismos.  
Se a carga inicial é de 1000 microrganismos após a limpeza, se aplicarmos a esterilização apenas, chegaremos a uma carga de 100 microrganismos. Porém se fizermos uma esterilização antes, a carga inicial será de 300 microrganismos e, apos a esterilização teremos, apenas 30 migrorganismos.
Isso torna o resultado final melhor, ou permite que a esterilização seja menos rigorosa, permitindo a economia de produtos mais caros.
A efetividade dos processos de descontaminação é uma proporção e, portanto, o número de microrganismos nunca chegará a zero. Isso significa que NÃO EXISTE ESTERILIZAÇÃO TOTAL!!!!!   Toda esterilização tem prazo de validade.
      
      Monitoramento do processo de esterilização:
      
Para garantir a eficiência de um processo de esterilização, é necessário que se façam testes de garantia pois, perde-se muito tempo para se fazer qualquer cultivo migrobiológico. Estes testes devem ser feitos nas seguintes situações:
* Testar a eficácia do equipamento na  instalação e após manutenção
    
 *Verificar a eficácia após qualquer modificação proposta no processo de esterilização
      
  *Estabelecer a eficácia como rotina diária
      
  
Para fazer estes testes de forma rápida , existem os seguintes indicadores :
* Tiras indicadoras: são papéis impregnados com substâncias que mudam de cor se esterilizadas
* Indicadores biológicos: são preparações padronizadas de microorganismos, numa concentração do inóculo em torno de 106, comprovadamente resistentes e específicos para um particular processo de esterilização para demonstrar a efetividade do processo 
      
      
      
      
      
      II – Classificação dos artigos médico-hospitalares
      
       Artigos não críticos: são os artigos que entram em contato APENAS com a pele íntegra ou não entram em contato com pacientes e apresentam baixo risco de transmissão de infecções. Entretanto, podem servir de disseminação de microrganismos colonizantes entre os pacienter. Por exemplo desta categoria, tem-se as comadres, jarros, bacias, aparelhos de pressão e termômetros.
       Semi-críticos: são os artigos que entram em contato com a membrana mucosa íntegra ou com a pele não íntegra e, normalmente, devem ser livres de todos os microrganismos, com exceção dos esporos bacterianos. Requerem desinfecção. Estão incluídos nesta categoria os endoscópios, equipamentos de terapia respiratória, etc.Críticos: são aqueles que penetram em tecidos ou em líquidos estéreis e, portanto, possuem alto risco de infecção. Por exemplo: agulhas hipodérmicas, instrumentos cirúrgicos, cateteres, etc.
      
Exercício 1:
Observe a descrição sobre as propriedades do formaldeído e determine para qual tipo de processo de descontaminação ele é indicado: FORMALDEÍDO E VAPOR DE FORMALDEÍDO • Formaldeído é um monoaldeído que existe como um gás solúvel em água. • Embora tenha sido usado durante muitos anos, seu uso foi reduzido com o aparecimento do Glutaraldeído. Suas desvantagens principais estavam relacionadas a menor rapidez de ação e carcinogenicidade. Embora tido como carcinogênico, isto foi demonstrado a altas doses de exposição. • Ação: ativo apenas na presença de umidade para formação do grupo metanol. Interage com proteína, DNA e RNA. No entanto é difícil especificar acuradamente seu modo de ação na inativação bacteriana. • Espectro: amplo espectro de ação, inclusive contra esporos. Ativo na presença de proteínas mas em testes realizados a adição de 40% de proteína necessitou de concentração dobrada de formaldeído. • Exposição máxima no ambiente: 0,1 a 0,5 ppm. • Biodegradabilidade: 1 a dois dias. • Tóxico.
A) Esterilização
B) Desinfecção
C) Limpeza
D) Esfregaço
E) Espectrometria
pois é um agente toxico
Exercício 2:
Os microrganismos se reproduzem por divisão celular. Uma célula dá origem a duas, duas dão origem a quatro e assim por diante. Dessa forma, depois de se adaptarem ao ambiente onde foram inoculados  os microrganismos começam a se duplicar. Depois de n ciclos, o número inicial de microrganismos foi multiplicado por 2n . Qual a técnica matemática usada para modelar este processo?
A) raiz quadrada
B) logarítmo
C) multiplicação
D) bioestatística
E) não é possível modelar esse processo
Exercício 3:
Qual o objetivo do processo de limpeza mecânica?
A) remoção de sujidades físicas e químicas
B) remoção de bactérias e vírus
C) redução de carga microbiana
D) preparar o utensílio para uma cirurgia
E) eliminar esporos
Exercício 4:
Qual processo deve anteceder a desinfecção de um utensílio?
A)esterilização
B)limpeza mecânica
C)autoclavagem
D)enxágue simples
E)anti-sepsia
Exercício 5:
Um processo de tratamento de resíduos precisa de uma autoclavagem que elimine 4 décadas de microrganismos. O que isso significa?
A) Que a carga microbiana ficará inativa durante 40 anos
B) Que serão eliminados todos os micróbios equivalente aos últimos 40 anos
C) Serão eliminados 10 000 micróbios
D) A carga inicial será reduzida em 10 000 vezes
E) Existirão, ao final do processo, 40 microrganismos vivos
Exercício 6:
A pasteurização é empregada para garantir ao consumidor um leite seguro, isento de microrganismos que podem causar doenças no homem. Ela consiste no tratamento térmico do leite a uma certa temperatura (71 a 75ºC), inferior ao ponto de ebulição, durante um determinado tempo para depois resfriá-lo e não permitir que a flora remanescente cresça. A pasteurização é suficiente para destruir a flora bacteriana, mas elimina os microrganismos patogênico, com apenas uma pequena modificação na estrutura físico-química do leite e nas suas propriedades organolépticas. Que tipo de processo de descontaminação é a pasteurização?
A) Esterilização
B) Limpeza mecânica 
C) desinfecção 
D) anti-sepsia 
E) autoclavagem
Exercício 7:
Qual a função do processo de esterilização?
A) Eliminar bactérias e células vegetativas
B) Eliminar sujidades físicas
C) Neutralizar produtos químicos
D) Eliminar irregularidades superficiais
E) Eliminar vírus e esporos
Exercício 8:
Relacione as colunas abaixo:
Coluna 1 Processo
1. limpeza
2. descontaminação
3. desinfecção
4. esterilização
Coluna 2 Descrição
( ) Processo de destruição de todos os microrganismos, a tal ponto que não seja mais possível detectá-los através dos testes-padrão.
( ) Remoção de sujidade visível, orgânica e inorgânica, com água, sabão e detergente neutro ou detergente enzimático em artigos e superfícies.
( ) Processo de eliminação total ou parcial da carga microbiana de artigos e superfícies.
( ) Processo de eliminação e destruição de microrganismos, patogênicos ou não, em sua forma vegetativa.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
 
A) 1 ? 3 ? 4 ? 2
 
B) 2 ? 1 ? 4 ? 3
 
C) 3 ? 2 ? 1 ? 4
 
D) 3 ? 4 ? 2 ? 1
 
E) 4 ? 1 ? 2 ? 3

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