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Relatório Prática 07

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Universidade Federal de Juiz de Fora Campus Governador Valadares
Departamento de Farmácia
Professor: Carlos Henrique Fonseca
Prática 07: Propriedades Coligativas
Leticia Guedes Morais Gonzaga de Souza
Governador Valadares
2016
INTRODUÇÃO
Propriedades coligativas são propriedades físicas que se somam pela presença de um ou mais solutos e dependem única e exclusivamente do número de substancias (moléculas ou íons) que estão dispersas na solução, não dependendo da natureza do soluto. Em geral, se originam a partir da redução do potencial químico do solvente em contato com o soluto, gerando alterações em pontos de fusão ou ebulição, por exemplo.
É o estudo do conjunto da solução, depende todo. Existem quatro efeitos possíveis após adição do soluto em um solvente, que são: tonoscópico, onde a pressão de vapor do liquido diminui, efeito ebulioscópico, que é uma maior temperatura de ebulição, efeito crioscópico, que consiste na diminuição da temperatura de congelamento e por fim, a possibilidade do surgimento da pressão osmótica. 
A tonoscopia é provocada pela adição de um soluto não volátil, segue a Lei de Raoult que afirma “a pressão de vapor de um líquido puro é igual à pressão de vapor de um líquido com solvente se for considerada a fração molar”, tendo a equação como: .
O efeito ebulioscópico explica a dificultação que um liquido apresenta para evaporar quando existem partículas insolúveis no meio. A formula usada é: , onde Te é a temperatura de ebulição da solução e Te2 a temperatura de ebulição do solvente. A lei de Raoult também explica esse efeito ao afirmar que quando o ponto de ebulição de um liquido é elevado pela presença de um soluto não volátil, o valor é diretamente proporcional ao número de mols da solução
A crioscopia é calculada por , onde Tc é a temperatura de congelamento da solução e Tc2 a temperatura de congelamento do solvente. Quando há adição de soluto não volátil, este soluto dificulta a cristalização do solvente, aumentando o ponto de congelamento da substancia.
O conhecimento das propriedades coligativas é indispensável para a atuação do farmacêutico, pois a partir delas é possível aplicar controle de qualidade em lotes de alimentos e fármacos, também é possível avaliar a pureza de medicamentos ou em uma análise forense por exemplo.
O controle de qualidade é feito de acordo com as normas e resoluções da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA – e permite a analise dos lotes fabricados de alimentos ou fármacos antes de vende-los, a partir das propriedades coligativas, é possível determinar o quão puro está o produto.
A pureza de medicamentos, seria realizado da mesma forma, apesar de haver meios mais rápidos, como espectrofotômetro, as propriedades coligativas auxiliam de forma alternativa para realização desta análise, além de identificar a pureza, também é possível tomar conhecimento de quais substancias compõem o produto a partir de valores tabelados na literatura.
Na análise forense, o corpo delito passa por uma série de investigações, coletando amostras e as analisando em tecnologias desenvolvidas embasadas nas propriedades coligativas, pode-se determinar se houve overdose por excesso de algum medicamento ou droga, por exemplo. A cocaína por exemplo, responsável por diversos óbitos, existe uma grande diferença entre a pura e a impura e o conhecimento na físico-química permite sua diferenciação. 
OBJETIVOS
a) Verificar as temperaturas de ebulição e congelamento da água adicionando um soluto de Cloreto de Sódio (NaCl)
b) Determinar constante ebulioscópica da água
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
1. Termômetros
2. Béqueres
3. Balança
4. Cloreto de Sódio (NaCl)
5. Vidro Relógio
6. Pisseta
7. Chapa Aquecedora
8. Água (líquida e sólida)
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Experimento 1: Análise Quantitativa
Pesou-se 5g de Cloreto de Sódio (NaCl) em um vidro relógio. Colocou-se 50mL de Água no béquer 1 e o aqueceu em uma chapa aquecedora até sua fervura. Com o termômetro, mediu-se a temperatura da água pura. Adicionou-se os 5g de amostra no béquer e aguardou-se nova fervura. Mediu-se a temperatura do novo ponto de fervura.
Colocou-se gelo até a metade do béquer 2, mediu-se a temperatura. Adicionou-se 5g de NaCl e mediu-se novamente a temperatura.
Experimento 2: Determinação da constante ebulioscópica da água
No béquer 1 colocou-se 50mL de água e aqueceu-se até fervura. Mediu-se a temperatura de ebulição.
No béquer 2 colocou-se 50mL de água e adicionou-se 2g de NaCl e aqueceu-se até fervura. Mediu-se a temperatura.
No béquer 3, repetiu-se o procedimento do béquer 2, porém com amostra de 4g de NaCl. No béquer 4, repetiu-se o procedimento do béquer 2, porém com amostra de 6g de NaCl.
	Béquer 1
	50mL – Água
	-
	Béquer 2
	50mL – Água
	2g – NaCl
	Béquer 3
	50mL - Água
	4g – NaCl
	Béquer 4
	50mL – Água
	6g - NaCl
RESULTADOS E DISCUSSÃO
No experimento 1, a água pura apresentou temperatura de vaporização em 101ºC, na literatura esse valor é 100ºC ao nível do mar, logo a variação justifica-se pela maior altitude em relação ao nível do mar. A fervura era dada por bolhas grandes e lentas. Ao adicionar a amostra de NaCl, a temperatura torna-se 100ºC com caracterização de bolhas pequenas e rápidas.
Ao fazer o mesmo com o gelo, antes da adição de NaCl, a temperatura de fusão era de 6ºC. Ao adicionar 5g de NaCl, o béquer ficou inicialmente condensado, após a diluição, a temperatura de fusão alterou para -1ºC. O sal, devidamente registrado na literatura, apresenta caráter ebulioscópico ao adicionar em água.
No experimento 2, no béquer 1 que continha apenas água pura, registrou-se em 98ºC sua temperatura de fervura com bolhas grandes e lentas. No béquer 2, que continha 2g de NaCl, a temperatura de fervura foi registrada em 98ºC também, apresentando bolhas pequenas e rápidas. 
No béquer 3, que continha 4g de NaCl a temperatura de fervura foi de 101ºC com bolhas pequenas e rápidas formando vórtex e coloração turva. No béquer 4, onde adicionou-se 6g de NaCl, a temperatura de fervura deu-se em 101ºC com bolhas pequenas e rápidas, que também formaram um vórtex.
CONCLUSÃO
Conclui-se que as propriedades coligativas não dependem da natureza do solvente e sim do conjunto. Percebe-se que no experimento 2, a concentração de NaCl alterou mais evidentemente na temperatura de fervura, mas obteve-se as mesmas bolhas pequenas e rápidas em todos os béqueres. Também se confirmou o que a literatura afirma sobre a diferença dos pontos de ebulição e fusão da água quando não estão ao nível do mar, essa diferença é pequena, mas significativa.
Reafirmo o que está presente na introdução, as propriedades coligativas são de suma importância para a área farmacêutica, pois essa permite identificação de uma solução e seus componentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BERTOLDI, Michele; Soluções e Propriedades Coligativas; Brasil, ago/2016
2. SOUZA, Líria Alves De. "Ebulioscopia"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/ebulioscopia.htm>. Acesso em setembro de 2016.
3. SOUZA, Líria Alves De. "Crioscopia "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/quimica/crioscopia.htm>. Acesso em setembro de 2016.
APÊNDICE I
1. Fale sobre as outras propriedades coligativas não relacionadas na introdução
Tonoscopia: pressão de vapor do liquido diminui, é provocada pela adição de um soluto não volátil, segue a Lei de Raoult que afirma “a pressão de vapor de um líquido puro é igual à pressão de vapor de um líquido com solvente se for considerada a fração molar”, tendo a equação como: .
Crioscopia: diminuição da temperatura de congelamento. É calculada por , onde Tc é a temperatura de congelamento da solução e Tc2 a temperatura de congelamento do solvente. Quando há adição de soluto não volátil, este soluto dificulta a cristalização do solvente, aumentando o ponto de congelamento da substancia.
2. Por que a temperatura de ebulição aumentou com a adição do sólido?
Devido ao caráter ebulioscópico adquirido pela solução como um todo. O soluto não volátil cria obstáculos para a
ebulição do solvente, então até que esse atinja a vaporização, terá que haver maior agitação das partículas, gerando maior temperatura de ebulição.
3. Como a adição de um soluto não volátil interfere na pressão máxima de vapor de uma solução?
A dificultação criada pelas partículas do soluto faz com que a agitação das moléculas da solução tenha que ser maior para vaporização, criando assim um maior ponto de ebulição a ser atingido.
4. Por que temos de aumentar a temperatura para que a ebulição se processe novamente?
Com uma maior temperatura, a agitação das partículas será maior, possibilitando a vaporização da solução.
5. Por que o ponto de congelamento abaixa quando adicionamos um sólido ou um líquido diferente da água do gelo?
As partículas do soluto não entram na fase sólida, por isso, menos moléculas participam do equilíbrio. Quando o ponto de congelamento abaixa, o equilíbrio é reestabelecido e as partículas do soluto tornam-se parte.
6. Por que essa mistura é denominada refrigerante?
Porque nesta mistura, sua temperatura de fusão é menor que a temperatura de fusão.

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