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Contabilidade Geral - Profs Júlio, Luciano e Silvio 10 - POLÍCIA FEDERAL - PÓS EDITAL ESTRATÉGIA 2021

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Aula 10
 Contabilidade Geral p/ Polícia Federal
(Agente) Pós-Edital - Profs.Júlio, Luciano
e Silvio
Autores:
Júlio Cardozo, Luciano Rosa
Aula 10
25 de Janeiro de 2021
 
 
 1 72 
Sumário 
1. Passivo ........................................................................................................................................ 4 
1.1 - Passivo Circulante E Passivo Não Circulante ................................................................................ 4 
1.2 - Empréstimos de Curto Prazo no Passivo Não Circulante? ............................................................... 5 
1.3 - Resultado De Exercícios Futuros E Receitas Diferidas ..................................................................... 6 
2. Classificação De Acordo Com O Ciclo Operacional .......................................................................... 9 
3. Provisões, Passivo Contingente e Ativo Contingente ........................................................................ 12 
3.1 - Definições.............................................................................................................................. 12 
- Conceito de Provisão ................................................................................................................ 12 
- Conceito de Passivo “Normal”.................................................................................................... 13 
- Conceito de Passivo Contingente ................................................................................................ 14 
- Conceito de Ativo Contingente ................................................................................................... 15 
3.2 - Outros Conceitos Importantes Para o Entendimento do CPC 25 ................................................... 15 
3.3 - Vamos Aprofundar Os Conceitos .............................................................................................. 17 
4. Diferenças Entre Provisões e Passivos Contingentes ......................................................................... 18 
5. Reconhecimento Das Provisões ..................................................................................................... 19 
5.1 - Lançamento Para Constituir A Provisão ..................................................................................... 20 
6. Passivo Contingente .................................................................................................................... 20 
7. Ativo Contingente ....................................................................................................................... 21 
8. Reavaliação a Cada Exercício ..................................................................................................... 23 
8.1 - Lançamento Para Reverter A Provisão ...................................................................................... 23 
9. Folha De Pagamentos: Elaboração E Contabilização ..................................................................... 25 
9.1 - Valor Da Folha De Pagamentos ............................................................................................... 27 
9.2 - Encargos Sociais ..................................................................................................................... 27 
- INSS retido do funcionário ........................................................................................................ 27 
Júlio Cardozo, Luciano Rosa
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- INSS patronal .......................................................................................................................... 28 
- FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) ........................................................................ 28 
9.3 - Provisão Para Pagamento De Férias ........................................................................................ 29 
9.4 - Provisão Para Pagamento de 13º Salário ................................................................................. 31 
9.5 - Salário Mínimo E Vale Transporte ............................................................................................ 31 
10. Questões Comentadas ............................................................................................................. 33 
11. Lista de Questões .................................................................................................................... 60 
12. Gabarito ................................................................................................................................ 70 
13. Resumo ................................................................................................................................... 71 
13.1 - Passivo e Receita Diferida ..................................................................................................... 71 
13.2 - Provisão .............................................................................................................................. 71 
13.3 - Folha de Pagamento ........................................................................................................... 72 
 
 
Júlio Cardozo, Luciano Rosa
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 Contabilidade Geral p/ Polícia Federal (Agente) Pós-Edital - Profs.Júlio, Luciano e Silvio
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APRESENTAÇÃO 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Sejam bem-vindos a mais uma aula do nosso curso de Contabilidade. 
É com uma grande alegria que estamos aqui para ministrar mais um pouquinho desta disciplina 
que, no começo pode parecer difícil, mas depois passa a ser muito boa de se estudar! 
Contabilidade é muito bom! 
Hoje, falaremos sobre um grupos do balanço patrimonial que é extremamente importante: o 
passivo. 
Vamos à aula? 
Um abraço. 
Luciano Rosa/ Silvio Sande/ Julio Cardozo 
Dicas diárias de Contabilidade no Instagram: @contabilidadeconcurso @prof.silviosande e 
@profjuliocardozo 
 
Júlio Cardozo, Luciano Rosa
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1. PASSIVO 
Dissemos que o passivo representa nada mais do que as obrigações que a sociedade tem perante 
terceiros. Estudaremos agora os seus aspectos amiúde. 
1.1 - Passivo Circulante E Passivo Não Circulante 
O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e não circulante. 
Segundo a Lei das Sociedades por Ações: 
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, quando 
se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem 
vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 
desta Lei. 
Visualizemos por meio do seguinte esquema: 
Exercício de X2 
Passivo circulante Passivo não circulante
X3 em diante
31.12.X231.12.X1 
Acima um exemplo da classificação em circulante e não circulante. A Lei 6.404/76 adota como 
marco temporal a data do encerramento do exercício social. Contudo, se não estivermos falando 
dessa data, devemos considerar o período de 12 meses. 
Como exemplo de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para contingências, salários a 
pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a recolher, duplicatas a pagar, fornecedores, entre 
outros. 
Além disso, já vimos diversas vezes a definição prevista no CPC 00 para passivo: Passivo é uma 
obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que 
resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos. 
A seguir, um quesito: 
(Perito Criminal–Ciências Contábeis/PC/PE/2016) Segundo a teoria contábil, uma condição 
indispensávelpara que um item patrimonial seja definido como um passivo é que 
a) o vencimento da obrigação se dê em uma data futura previamente acordada entre as partes. 
b) o devedor saiba que possui uma dívida e o credor tenha reconhecido o direito de receber. 
c) o valor da obrigação seja líquido e certo. 
Júlio Cardozo, Luciano Rosa
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d) a obrigação exista no momento presente, fruto de eventos passados. 
e) o sacrifício futuro de um ativo para satisfazer a obrigação seja uma decisão do devedor. 
Comentários: 
A letra a está incorreta. Não necessariamente a obrigação é de vencimento futuro. O passivo pode 
também já estar vencido ou vencer no presente. Esse não é um requisito existente no CPC 00. 
A letra b também está incorreta. O consentimento não é um requisito para que seja reconhecido 
um passivo. Muitas vezes, por exemplo, as provisões são feitas com base em estimativas e não há 
sequer ciência do possível credor deste reconhecimento. Por exemplo, se a empresa constitui uma 
provisão para garantias de produtos que possam vir a estragar, por possuir uma ampla e conhecida 
política neste sentido, os compradores/clientes não sabem que ela fez uma provisão para isso. 
A letra c está incorreta. O passivo muitas vezes pode ser reconhecido por valores estimados. Há 
uma preferência na contabilidade para que sejam reconhecidos os valores pelos seus exatos 
montantes. Todavia, quando não se mostrar possível, muitas vezes precisamos nos utilizar de 
estimativas. 
A letra d está correta e é o nosso gabarito. Está em consonância com o CPC 00. 
A letra e está incorreta. A saída de recursos (ativos) para liquidar as obrigações não é, muitas vezes, 
uma escolha ou decisão do devedor. Pode vir, por exemplo, de uma decisão judicial. 
1.2 - Empréstimos de Curto Prazo no Passivo Não Circulante? 
Faço aqui uma pergunta a vocês. A classificação do passivo circulante toma como base o curto 
prazo (12 meses), enquanto o passivo não circulante toma como base o chamado longo prazo 
(posterior aos 12 meses). 
Mas existe a possibilidade de um empréstimo de curto prazo ser classificado no passivo não 
circulante? A resposta é sim! Quando, professores? 
Vamos entender este tema por meio de uma questão cobrada no concurso para Analista Judiciário 
do TRT 23ª/2016, feito pela Fundação Carlos Chagas: 
(Analista Judiciário/TRT 23ª/2016) A empresa Ilha Bela S.A. contraiu empréstimo de R$ 
1.000.000,00, pactuado pelo prazo de 12 meses, contratado em primeiro de janeiro de 2015, 
com o banco Solution S.A. A sociedade, por meio de cláusula contratual convencionou de 
forma unilateral (decisão da empresa Ilha Bela) que poderá repactuar por mais 36 meses o 
financiamento, caso não consiga gerar recursos suficientes para cumprimento dos 
pagamentos. O contrato prevê a entrega de ações como meio de pagamento (decisão 
unilateral da empresa Ilha Bela). Neste caso a empresa deve contabilizar o empréstimo como 
A) passivo não circulante. 
B) ativo não circulante. 
C) passivo circulante. 
D) ativo circulante 
E) patrimônio líquido. 
Júlio Cardozo, Luciano Rosa
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Comentários: 
Vejam! A situação é a seguinte: 
1) A empresa Ilha Bela contraiu um empréstimo no valor de R$ 1.000.000, para pagar em 12 meses, 
portanto, de curto prazo. 
2) Foi pactuado no contrato que de modo unilateral, por decisão do devedor, poderia ser 
repactuada a dívida por mais 36 meses. 
Pois bem. A resposta para esta questão está prescrita no CPC 26 – Apresentação das 
demonstrações contábeis. 
73. Se a entidade tiver a expectativa, e tiver poder discricionário, para refinanciar ou substituir (roll 
over) uma obrigação por pelo menos doze meses após a data do balanço segundo dispositivo 
contratual do empréstimo existente, deve classificar a obrigação como não circulante, mesmo que 
de outra forma fosse devida dentro de período mais curto. Contudo, quando o refinanciamento 
ou a substituição (roll over) da obrigação não depender somente da entidade (por exemplo, se 
não houver um acordo de refinanciamento), o simples potencial de refinanciamento não é 
considerado suficiente para a classificação como não circulante e, portanto, a obrigação é 
classificada como circulante. 
Assim, se a entidade tem um empréstimo de curto prazo, mas há grande possibilidade de que (de 
modo unilateral) ela possa prorrogar a obrigação por um período maior e seja muito provável que 
ela faça, então a dívida deve ser classificada no passivo não circulante. Todavia, se tiver de existir 
um aval do banco ou se depender do aceite do credor, então a classificação fica no passivo 
circulante. 
O gabarito da nossa questão, portanto, é a letra a. 
1.3 - Resultado De Exercícios Futuros E Receitas Diferidas 
O grupo resultado de exercícios futuros – REF foi extinto com a edição da MP 449 e Lei 
11.941/2009. 
Em seu lugar, deve ser usada a conta receitas diferidas, que fica no passivo não circulante. 
O saldo que porventura existente no REF deve ser reclassificado para receita diferida. 
O exemplo clássico explorado pelas bancas de resultado de exercícios futuros (agora receita 
diferida, no passivo não circulante) são os aluguéis recebidos antecipadamente. São diversas 
questões da banca que versam sobre este tema. 
Vamos supor que uma empresa tenha um imóvel para alugar. Ela aluga o imóvel por 2 anos, 
recebendo R$ 24.000 adiantados. 
A questão agora é a seguinte: se o inquilino desocupar o imóvel, a empresa deverá devolver o 
aluguel recebido antecipadamente? 
 
 
Júlio Cardozo, Luciano Rosa
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Se sim, então a contabilização fica assim: 
D - Caixa (Ativo) 24.000 
C - Aluguel recebidos antecipadamente (Passivo) 24.000 
Razonetes: 
24.000,00 24.000,00
Caixa (Ativo) Alugueis receb. ante. 
 
Depois de um mês, a empresa contabiliza a receita de um mês de aluguel (esse, não precisa mais 
devolver): 
D - Aluguel recebido antecipadamente (Passivo) 1.000 
C - Receita de aluguel (Resultado) 1.000 
Razonetes: 
1.000,00 1.000,00 24.000,00
 Receita de Aluguel Alugueis receb. ante. 
 
E assim por diante, até zerar a conta no passivo. Vejam que é uma conta do passivo, não é receita 
diferida! Fica no passivo, pois a empresa pode ter que devolver o dinheiro (se o inquilino romper 
o contrato e desocupar o imóvel antes do término). 
Muito bem. Mesma situação, aluguel de imóvel por 2 anos, com R$ 24.000 recebidos adiantados, 
mas com a condição de que a empresa não precisa devolver o dinheiro, caso o inquilino desocupe 
o imóvel. 
Nesse caso, o dinheiro já é da empresa, mas a receita tem que ser contabilizada por competência, 
conforme a passagem do tempo. 
A contabilização é igual, mas, ao invés de ficar creditada em conta do passivo (aluguel recebido 
antecipadamente), fica contabilizada em conta de receita diferida, no Passivo não circulante, e vai 
para o resultado mês a mês. 
Muitos alunos perguntam se “todas as receitas diferidas são classificadas no passivo não circulante, 
independente do prazo”. Entendam! A receita diferida é uma receita que a empresa já "ganhou" 
(não precisa devolver), mas ainda não pode ir para o resultado por causa do regime de 
competência. Assim, não há sentido colocá-la no passivo circulante, pois a receita diferida não 
será paga a ninguém. E passivo implica em um pagamento a terceiro. 
Tudo bem? 
 
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(AnalistaJudiciário/TJ MT/2016) No Balanço Patrimonial, é Conta do Passivo Exigível: 
a) Adiantamento de Clientes. 
b) Adiantamento a Fornecedores. 
c) Impostos a Recuperar. 
d) Adiantamento a Empregados. 
Comentários: 
Vamos lá! As contas do passivo são aquelas que representam obrigações para a empresa. 
Neste rol, a única que representa obrigação são os adiantamentos de clientes. Quando o cliente 
adianta o valor a empresa, ele tem o direito a receber, por exemplo, a mercadoria ou os serviços 
contratados. Para a empresa, de outro lado, surge uma obrigação, portanto, um passivo. 
As outras contas são contas de ativo. 
O gabarito é a letra a. 
 
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2. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM 
O CICLO OPERACIONAL 
Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: 
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o 
exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo 
desse ciclo. 
Um primeiro aspecto digno de nota é que esta disposição vale tanto para o ativo como para o 
passivo. 
O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para comprar matéria-
prima, produzir, vender e receber. 
Esquematizemos o Ciclo operacional empresa industrial: 
 
Para uma empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e 
recebimento dos clientes. 
Esquematizemos o Ciclo operacional empresa comercial: 
 
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Vamos explicar esta situação por meio de duas questões. 
(Analista Judiciário/TRT 3ª região/2009) A empresa A é uma indústria e produz máquinas 
especiais, cujo processo demora 400 dias. Estas máquinas são adquiridas para comercialização 
pela empresa B que leva aproximadamente 20 dias para comercializá-las, 40 dias para receber 
o valor das vendas realizadas a prazo, e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. A empresa 
C é cliente da empresa B e utiliza as máquinas especiais em suas operações. Com base nestas 
informações, as máquinas especiais serão classificadas nas empresas A, B e C, 
respectivamente, no 
(A) ativo circulante, no ativo circulante e no ativo imobilizado. 
(B) ativo circulante, no ativo não-circulante e no ativo realizável a longo prazo. 
(C) ativo realizável a longo prazo, no ativo circulante e no ativo imobilizado. 
(D) ativo realizável a longo prazo, no ativo realizável a longo prazo e no ativo imobilizado. 
(E) ativo realizável a longo prazo, no ativo imobilizado e no ativo realizável a longo prazo 
Comentários: 
Empresa A: Demora 400 dias para produzir + 30 dias para receber (ciclo de 430). Portanto, seu 
ciclo operacional será maior que o exercício social, e as máquinas produzidas ficarão no Ativo 
Circulante. 
Empresa B: Demora 20 dias para comercializar, 40 para receber o valor das vendas e 30 dias para 
pagar as máquinas adquiridas. Portanto, tudo ocorre a custo prazo, nesta empresa. Ativo 
Circulante. 
Empresa C: Utiliza as máquinas em suas operações. Ativo Imobilizado. 
O gabarito, portanto, é a letra a. 
(Transpetro/Contador/2018) O CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis, 
aprovado pela Deliberação CVM 676/2011, estabelece, como um dos critérios para a 
classificação dos ativos no balanço patrimonial, o ciclo operacional da empresa. 
Nesse contexto, entende-se que o ciclo operacional de uma indústria é o período decorrente entre 
a compra de matéria-prima, seu processamento e a 
(A) venda e recebimento da venda 
(B) emissão da nota fiscal de venda 
(C) transformação em produto acabado 
(D) venda e transferência da propriedade 
(E) saída do produto do estoque de produtos acabados 
Comentários: 
O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para comprar matéria-
prima, produzir, vender e receber. Para uma empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição 
de mercadorias, venda e recebimento dos clientes. O gabarito, portanto, é a letra a. 
 
Júlio Cardozo, Luciano Rosa
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Em qualquer dessas situações, o exercício social continua a ser de um ano. 
Se estamos em 31 de dezembro de 2011 (data de término do exercício social) e temos uma fábrica 
de navios, por exemplo, cujo ciclo operacional seja de 2 anos, teremos que todas as obrigações e 
direitos que vencerem até 31 de dezembro de 2013 serão consideradas como de curto prazo. A 
partir deste momento é que haverá que se falar em longo prazo. Repetimos, porém, que o 
exercício social continua a ter a duração de um ano. 
 
(Analista de Controle Interno/SEFAZ/RJ/2013) Na companhia em que o ciclo operacional tiver 
duração maior que o exercício social, a classificação de contas no circulante ou longo prazo 
terá por base o prazo: 
a) legal estatutário 
b) do ciclo operacional 
c) do exercício social 
d) do ano comercial 
e) estipulado pela CVM 
Comentário: 
Durante a aula vimos que segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: 
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, 
a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. 
O gabarito, portanto, é a letra b. 
 
Júlio Cardozo, Luciano Rosa
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3. PROVISÕES, PASSIVO CONTINGENTE E 
ATIVO CONTINGENTE 
O assunto é tratado pelo CPC 25, cujo teor será objeto do estudo a seguir. 
Quatro são os itens objeto de estudo nesta norma e que, ao final desta aula, devem estar claros 
na sua mente: 
1) Os passivos propriamente ditos; 
2) As provisões; 
3) Os passivos contingentes; 
4) Os ativos contingentes. 
Todos são extremamente cobrados em provas de concurso. 
3.1 - Definições 
O CPC 25 traz algumas definições importantes para concursos, devemos conhecê-las: 
- Conceito de Provisão 
Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. 
Esquematizemos: 
Prazo OU Valor
Provisão
Incerto 
Um exemplo clássico aqui é o seguinte. Imagine que você passe em um concurso para Auditor 
Fiscal e receba uma ordem de fiscalização em desfavor de determinado contribuinte. 
Formada a sua convicção, você lavra um auto de infração de muitos milhões. O sujeito passivo 
recebe. Consulta, assim, o seu setor jurídico, que decide recorrer. 
O setor jurídico, portanto, vai olhar e dizer: ora, é provável (mais para sim do que para não) que 
nós percamos esta lide. 
Todavia, não sabemos qual o valor exato, que pode ou não ser aquele do auto, nem quando será 
efetuado o desembolso, já que essa pendenga pode durar anos a fio. 
Júlio Cardozo, Luciano Rosa
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Assim, estamos diante do caso de constituir uma provisão: prazo ou valor incerto. 
Entendido? Por enquanto, grave apenas isso. 
- Conceito de Passivo “Normal” 
Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, 
cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos da entidade capazes 
de gerar benefícios econômicos. 
Esquematizemos: 
 
Aqui é simples. Contraímos uma dívida com determinado fornecedor no montante de R$ 
100.000,00. Essa dívida é líquida e certa. Ela terá de ser paga na data estipulada. 
É uma obrigação presente, pois foi firmada em umcontrato ou em algum título de crédito. É 
derivada de eventos passados, qual seja, a compra da mercadoria. 
Também quando liquidarmos, tiraremos recursos (dinheiro) da entidade. Esses recursos, se fossem 
mantidos poderiam ser aplicados em outros tipos de investimentos. 
Esse é um passivo “normal”. 
Agora, duas questões: 
(TCE-RO/Ciências Contábeis/2013) É denominado passivo o componente patrimonial que 
constitui uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados. Espera-se que 
a liquidação dessa obrigação resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar 
benefícios econômicos. 
Comentários: 
Como acabamos de salientar, o item está certo. 
Passivo
Obrigação presente
Derivada de eventos 
passados
Liquidação vai tirar 
recursos da entidade
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(MTE/AFT/2013) A existência de uma obrigação futura é requisito essencial para a 
contabilização de um passivo. 
Comentários: 
Errado, a obrigação deve ser presente. 
- Conceito de Passivo Contingente 
Passivo contingente é: 
(a) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será 
confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos 
não totalmente sob controle da entidade; ou 
(b) uma obrigação presente que resulta de eventos passados, mas que não é 
reconhecida porque: 
(i) não é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios 
econômicos seja exigida para liquidar a obrigação; ou 
(ii) o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade. 
Voltamos ao exemplo do auto de infração que você lavrou contra o contribuinte X, dado logo ali 
em cima. Naquela situação, era muito provável que a empresa, em determinado momento e por 
determinado valor, tivesse de desembolsar a quantia ao fisco. A possibilidade de perda era 
provável. 
Aqui não! No passivo contingente, a possibilidade de perda é possível, mas é mais para não do 
que para sim. 
Vejam que a definição diz “não é provável”. Portanto, diferentemente das provisões, os passivos 
contingentes não são contabilizados. 
Essa não contabilização se dá: 
- Porque a saída de recursos é somente possível. 
- Pois você não consegue estimar com confiabilidade o valor desta obrigação. 
 
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- Conceito de Ativo Contingente 
Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja 
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos 
futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. 
Outro conceito importantíssimo e que, vez ou outra, assola as provas de concursos e exames. 
É simples. Imagine agora que, em vez ser autuado, você descobriu que pagou um valor maior ao 
Fisco! Sim, se você pagou um tributo a maior, você tem direito à restituição (também conhecida 
por repetição do indébito). 
Você peticionou e está esperando uma resposta do Governo. Todavia, no decurso deste processo, 
você descobre que há uma série de restrições para que você pode se aproveitar deste valor e 
avalia que a possibilidade de receber este montante é somente “possível”, ou seja, mais para não 
do que para sim. 
Esta é uma clara hipótese de ativo contingente: a existência do direito será confirmada pela 
decisão do fisco, que não está sob controle da empresa, a quem só cabe aguardar. 
Tome nota! Os ativos contingentes não são contabilizados. 
3.2 - Outros Conceitos Importantes Para o Entendimento do 
CPC 25 
Evento que cria obrigação é um evento que cria uma obrigação legal ou não 
formalizada que faça com que a entidade não tenha nenhuma alternativa realista 
senão liquidar essa obrigação. 
Aqui funciona assim. A provisão, o passivo “normal” e o passivo contingente surgem de uma 
obrigação, correto? Seja um processo judicial, administrativo, uma lei que está para ser publicada 
etc. 
Essa obrigação pode surgir através de duas sortes de eventos: 
Obrigação legal é uma obrigação que deriva de: 
(a) contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos); 
(b) legislação; ou 
(c) outra ação da lei. 
Obrigação não formalizada é uma obrigação que decorre das ações da entidade 
em que: 
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(a) por via de padrão estabelecido de práticas passadas, de políticas publicadas 
ou de declaração atual suficientemente específica, a entidade tenha indicado a 
outras partes que aceitará certas responsabilidades; e 
(b) em consequência, a entidade cria uma expectativa válida nessas outras partes 
de que cumprirá com essas responsabilidades. 
Então, vamos esquematizar? 
 
Assim, uma provisão pode surgir, por exemplo, de uma lei que exija determinada conduta da 
entidade ou de um contato firmado pela empresa. 
Todavia, pode surgir também de uma obrigação não formalizada, quando a entidade resolve que 
irá cortar 50% de seus diretores e anuncia amplamente a medida, comunica os diretores e pessoas 
envolvidas, gerando expectativas válidas. 
Por que estamos falando isso? Pois é cobrado em provas. 
 
Obrigação
Legal
Contrato
Lei
Não formalizada
A entidade se 
compromete
Cria expectativas 
válidas
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3.3 - Vamos Aprofundar Os Conceitos 
Exemplo de passivo contingente e provisão. 
Uma entidade do setor de petróleo causa contaminação, mas efetua a limpeza apenas quando é 
requerida a fazê-la nos termos da legislação de um país em particular no qual ela opera. 
O país no qual ela opera não possui legislação requerendo a limpeza, e a entidade vem 
contaminando o terreno nesse país há diversos anos. Na metade do ano de 20X0 é possível que 
um projeto de lei requerendo a limpeza do terreno já contaminado será aprovado após o final do 
ano. 
Deverá a empresa, portanto, divulgar o fato em nota explicativa, pois se trata de uma obrigação 
possível no futuro. 
Ademais, o valor da obrigação não pode ser mensurado com suficiente confiabilidade e trata-se 
de uma obrigação possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada 
apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob 
controle da entidade. 
Contudo, se fosse praticamente certo que a lei seria aprovada rapidamente haveria necessidade 
de se fazer o reconhecimento de uma provisão pela melhor estimativa dos custos de limpeza. 
A iminência da publicação da lei transforma o passivo contingente em provisão, o que leva ao 
reconhecimento. A obrigação passa de possível (passivo contingente) para provável (provisão). 
Então, vamos esquematizar? 
 
Aprovação 
da lei
Possível que 
aconteça
Passivo 
contigente
Divulga nas 
notas 
explicativas
Praticamente 
certo
Provisão
Contabiliza 
no passivo
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4. DIFERENÇAS ENTRE PROVISÕES E 
PASSIVOS CONTINGENTES 
Provisões: São reconhecidas como passivo (presumindo-se que possa ser feita uma estimativa 
confiável) porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que 
incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação 
Passivos contingentes – que não são reconhecidos como passivo porque são: 
1) obrigações possíveis, visto que ainda há deser confirmado se a entidade tem ou não uma 
obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios 
econômicos, ou 
2) obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento deste Pronunciamento 
Técnico (porque não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporem 
benefícios econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa 
suficientemente confiável do valor da obrigação). 
Vejam: passivo contingente não é reconhecido, pois a saída de recursos é somente possível. Na 
provisão, a saída de recursos é provável. 
Há, portanto, uma diferença fundamental entre Provisão e Passivo Contingente: As provisões são 
contabilizadas, e os passivos contingentes não são. 
Esquematizemos: 
 
Os passivos contingentes não são contabilizados, pois: 
1) Ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente; 
2) Ou existe a obrigação presente, mas não é provável que seja necessária uma saída de recursos 
para liquidá-la; 
3) Ou não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável do valor da obrigação. 
D
ife
re
nç
a Provisão
Saída de recurso Provável
Contabilizada
Passivo contigente
Saída de recurso Possível
Não contabilizado
Notas Explicativas
Remota: não 
precisa N.E.
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Então, imagine-se que há um processo judicial de natureza trabalhista para o qual não há indícios 
suficientes se a entidade terá ou não de desembolsar um valor. Não é provável, por enquanto, 
que haja um desembolso, pois não há uma estimativa confiável. É somente possível um 
desembolso. Nesta hipótese, teremos um passivo contingente, 
A seguir, uma quesito: 
(CADE/2014) Um passivo contingente deve ser reconhecido quando for decorrente de 
obrigação presente que resulte de eventos passados devendo as informações desse passivo 
ser detalhadas em nota explicativa às demonstrações contábeis. 
Comentários: 
Errado, os passivos contingentes não são reconhecidos (contabilizados). 
5. RECONHECIMENTO DAS PROVISÕES 
Vamos em frente. Segundo o pronunciamento CPC 25: 
14. Uma provisão deve ser reconhecida quando: 
(a) a entidade tem uma obrigação presente (legal ou não formalizada) como 
resultado de evento passado; 
(b) seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam 
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e 
(c) possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
Se essas condições não forem satisfeitas, nenhuma provisão deve ser reconhecida. 
Esquematizemos: 
 
Uma questão sobre o assunto: 
(FUB/Contabilidade/2015) Não é possível o reconhecimento de provisão caso não possa ser 
feita estimativa confiável do valor da obrigação. 
Comentários: 
Como acabamos de salientar, o item está certo. 
Provisão reconhecida quando
Obrigação
presente
Estimativa 
confiável
Provável
saída de recurso
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5.1 - Lançamento Para Constituir A Provisão 
Continuando aquele exemplo do auto de infração lavrado por uma autoridade fiscal, vamos supor 
que o valor da multa foi de R$ 10.000.000,00. 
A empresa fará o lançamento da seguinte maneira: 
D – Despesa com provisão tributária (despesa) 10.000.000,00 
C – Provisões tributárias (passivo) 10.000.000,00 
Razonetes: 
10.000.000,00 10.000.000,00
Despesa com prov. Prov. Tributária
 
6.PASSIVO CONTINGENTE 
A entidade não deve reconhecer um passivo contingente. Ou seja, o passivo contingente não é 
contabilizado. 
O passivo contingente caracteriza-se por ser uma saída de recursos possível, mas não provável 
(probabilidade do não é maior que a do sim). 
Passivos contingentes não são reconhecidos no balanço patrimonial. Sua divulgação será feita tão-
somente em notas explicativas. 
E mais, se essa possibilidade de saída de recursos for remota, dispensada está a entidade da 
divulgação em notas explicativas. 
Esquematizemos: 
 
P
o
ss
ib
ili
d
ad
e 
d
e 
sa
íd
a 
d
e 
re
cu
rs
o
s
Provável Provisão Contabilizada no Passivo
Possível Passivo contingente Não contabiliza Divulga em NE
Remota Passivo contingente Não contabiliza Divulgação dispensada
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Vejamos como foi cobrado: 
(TRT10/Contabilidade/2013) Deve-se reconhecer uma provisão para passivo contingente, caso 
a entidade preveja a necessidade, ainda que remota, de uma saída de recursos que 
incorporem benefícios econômicos para liquidar determinada obrigação. 
Comentários: 
Errado, apenas quando a possibilidade de saída de recursos seja provável. 
7. ATIVO CONTINGENTE 
Segundo o CPC, item 31, a entidade não deve reconhecer um ativo contingente. Devem, sim, ser 
evidenciado em notas explicativas. 
Então, se, por exemplo, você entrou na justiça para reaver um tributo pago a maior, e esse 
processo está para ser analisado, mas é somente possível que o desfecho seja favorável, então, 
nesta hipótese estamos frente a um ativo contingente, que, como tal, não é contabilizado. Veja, é 
possível que você ganhe e tenha o direito a receber, mas não é praticamente certo, tampouco 
provável. 
Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não esperados 
que dão origem à possibilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. Um 
exemplo é uma reivindicação que a entidade esteja reclamando por meio de processos legais, em 
que o desfecho seja incerto. 
Portanto, ativos contingentes surgem da possibilidade da entrada de benefícios econômicos não 
esperados ou não planejados. 
Grave-se: ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis até que a 
realização de ganho seja praticamente certa, hipótese na qual deixaremos de caracterizá-lo como 
contingente. 
É bem parecido com o caso do passivo! 
Esquematizemos: 
 
ATIVO 
CONTINGENTE
Praticamente 
certo
Contabiliza e 
divulga
Provável Não contabiliza e divulga
Remoto Não contabiliza, nem divulga
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Quanto à ótica da entrada de benefícios econômicos na entidade, fica assim: 
1) Praticamente certa: Nesse caso, não é um ativo contingente. A Empresa contabiliza o ativo. 
2) Provável, mas não praticamente certa: não contabiliza, mas divulga. 
3) A entrada não é provável (é possível ou remota): Não contabiliza e nem divulga. 
A seguir, um quesito: 
(Exame de Suficiência/2013/2º) A respeito do Ativo Contingente, conforme a NBC TG 25 – 
Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, assinale a opção incorreta. 
A) A entidade não deve reconhecer um ativo contingente. 
B) O ativo contingente é divulgado em notas explicativas quando for provável a entrada de 
benefícios econômicos. 
C) Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações contábeis, uma vez que pode 
tratar-se de resultado que nunca venha a ser realizado. Porém, quando a realização do ganho é 
praticamente certa, então o ativo relacionado não é um ativo contingente e o seu reconhecimento 
é adequado. 
D) Os ativos contingentes surgem normalmente de evento planejado ou de outros esperados que 
deem origem à probabilidade de entrada de benefícios econômicos para a entidade. 
Comentários: 
Todas estão corretas, exceto a letra D: 
“Os ativos contingentes surgem normalmente de evento planejado ou de outros esperados que 
deem origem à probabilidade de entrada de benefícios econômicos para aentidade. ” 
Errado. Os ativos contingentes surgem normalmente de evento não planejado ou de outros não 
esperados (...) 
 
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8. REAVALIAÇÃO A CADA EXERCÍCIO 
Segundo o CPC 25: 
59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para 
refletir a melhor estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja 
necessária uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos futuros 
para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida. 
Portanto, ao término do exercício social, você deve fazer uma reavaliação das provisões e dos 
passivos contingentes. 
Vamos exemplificar: 
 X1: Provisão constituída – R$ 10.000.000,00. 
Todavia, ao reavaliar, a empresa percebeu que a probabilidade de perda agora é somente 
possível, no valor de R$ 4.000.000,00. Portanto, a provisão se tornou um passivo contingente. 
Veja, você não deve reverter somente a diferença, mas sim todo o valor. 
Atenção! Você não tem mais uma provisão, portanto, nesta hipótese, nada é contabilizado. 
Reverte tudo. 
 X1: Passivo contingente – R$ 5.000.000,00. Não há nada contabilizado, portanto. 
Todavia, ao reavaliar, a empresa percebeu que a probabilidade de perda agora é provável, no 
valor de R$ 6.000.000,00. Uma provisão será constituída neste valor. 
8.1 - Lançamento Para Reverter A Provisão 
Caso seja a hipótese de reverter uma provisão, devemos fazer o lançamento seguinte: 
1.000.000,00 1.000.000,00 1.000.000,00
Reversão - Prov. Prov. Tributária
 
Agora uma questão de cálculo, a FCC adora: 
(Auditor Fiscal/SEFAZ/MA/2016) O Balanço Patrimonial de uma empresa, em 31/12/2014, 
apresentou o saldo de R$ 1.200.000,00 na conta representativa das provisões que era 
composta dos seguintes valores: 
Tipo de processo
Provisão reconhecida em 
31/12/2014
Trabalhista R$ 500.000,00
Tributário R$ 700.000,00 
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Para a elaboração do Balanço Patrimonial de 31/12/2015, as informações obtidas pela empresa 
sobre os processos existentes em 31/12/2014 e sobre outros que surgiram durante o ano de 2015 
são apresentadas na tabela a seguir: 
Tipo de processo
Classificação pela empresa 
em 31/12/2015
Valor estimado 
em 31/12/2015
Trabalhista Provável R$ 400.000,00
Tributário Possível R$ 200.000,00
Cível Possível R$ 100.000,00
Ambiental Provável R$ 150.000,00 
O efeito líquido causado na Demonstração do Resultado de 2015 da empresa relacionado com as 
provisões foi, em reais: 
(A) aumento de 350.000,00. 
(B) aumento de 450.000,00. 
(C) redução de 850.000,00. 
(D) aumento de 650.000,00. 
(E) redução de 550.000,00. 
Comentários: 
Segundo o CPC 25: 
59. As provisões devem ser reavaliadas em cada data de balanço e ajustadas para refletir a melhor 
estimativa corrente. Se já não for mais provável que seja necessária uma saída de recursos que 
incorporam benefícios econômicos futuros para liquidar a obrigação, a provisão deve ser revertida. 
Portanto, 
Trabalhista: Reverte R$ 100.000,00 (receita). 
Tributário: Reverte R$ 700.000,00 (receita). 
Por que reverte tudo? 
Passou de provisão para passivo contingente. 
Cível: Não faz nada, já que é passivo contingente. 
Ambiental: Provisão de R$ 150.000,00 (despesa) 
Portanto: 
- 150.000 + 700.000 + 100.000 = 650.000,00 (receita) 
Outra forma de resolver: 
A empresa tem as seguintes provisões em 31/12/2014: 
Tipo de processo Valor (R$) 
Trabalhista 500.000,00 
Tributário 700.000,00 
Total 1.200.000,00 
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Em 2015, deve contabilizar as seguintes provisões (que apresentam possibilidade de desembolso 
“provável”): 
Tipo de processo Valor (R$) 
Trabalhista 400.000,00 
Ambiental 150.000,00 
Total 550.000,00 
Assim, o valor da provisão deve diminuir de $1.200.000 para $550.000, o que representa um ganho 
(um aumento do resultado) no valor de $ 650.000 ($1.200.000 - $550.000). O gabarito é letra d. 
9.FOLHA DE PAGAMENTOS: 
ELABORAÇÃO E CONTABILIZAÇÃO 
Dentro do grupo Passivo é muito importante que a gente conheça aspectos importantes sobre a 
constituição e contabilização da folha de pagamento. Tema bastante importante para provas! 
Os salários são registrados como despesa da empresa. O mesmo tratamento deve ser dado às 
contribuições e encargos trabalhistas que sejam ônus do empregador. 
Assim, desconsiderado outros encargos, se tenho um funcionário que custa para a empresa o valor 
de R$ 5.000,00, lançaremos ao término do mês. 
D – Despesa com salários 5.000,00 
C – Salários a pagar 5.000,00 
Razonetes: 
5.000,00 5.000,00
Despesa com sal. Salários a pagar
 
Este lançamento é para o salário provisionado. Caso o pagamento se dê ali, no ato, lançaremos: 
D – Despesa com salários 5.000,00 
C – Caixa/Bancos conta movimento 5.000,00 
Razonetes: 
5.000,00 5.000,00
Despesa com sal. Bancos
 
Agora, supondo que haja a incidência de FGTS e INSS. 
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Neste caso, devemos nos perguntar se os encargos são do empregador ou do empregado. Sendo 
do empregador, a empresa lançará como despesa, fora do montante previsto para o salário. Sendo 
do empregado, a empresa apenas reterá o valor, lançando-o como obrigação no passivo e 
reduzindo o montante a pagar aos empregados. Retém na condição de responsável. 
Esquematizemos: 
 
Vejamos como foi cobrado: 
(Auditor Fiscal da Receita Federal/2009) Ao elaborar a folha de pagamento relativa ao mês de 
abril, a empresa Rosácea Areal Ltda. computou os seguintes elementos e valores: 
Salários e ordenados R$ 63.000,00 
Horas-extras R$ 3.500,00 
Salário-família R$ 80,00 
Salário-maternidade R$ 1.500,00 
INSS contribuição Segurados R$ 4.800,00 
INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 
FGTS R$ 5.320,00 
Considerando todas essas informações, desconsiderando qualquer outra forma de tributação, 
inclusive de imposto de renda na fonte, pode-se dizer que a despesa efetiva a ser contabilizada 
na empresa será de 
a) R$ 66.500,00. 
b) R$ 87.230,00. 
c) R$ 79.270,00. 
d) R$ 77.630,00. 
e) R$ 80.850,00. 
Comentários: 
Salários e ordenados R$ 63.000,00 
+ Horas-extras R$ 3.500,00 
+ INSS contribuição Patronal R$ 9.030,00 
+ FGTS R$ 5.320,00 = R$ 80.850,00. 
O salário família e maternidade são pagos pela empresa, porém, restituídos à empresa pelo 
Estado! O lançamento do salário-família e salário-maternidade se dá do seguinte modo: 
Encargos do empregador
• Lança como despesa, fora do valor 
dos salários
Encargos do empregado
• Retém o valor, reduzindo o valor a 
pagar para o empregado
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D – INSS a recolher (passivo circulante) 
C – Salários a pagar (passivo circulante) 
No histórico, especifica-se que se trata de recolhimento para o salário família. 
O INSS dos segurados é despesa efetiva do próprio empregado, e, portanto, não deve ser 
contabilizado como despesa da empresa. 
O gabarito, portanto, é a letra e. 
9.1 - Valor Da Folha De PagamentosO custo da mão de obra deve incluir todos os encargos sociais, a provisão de férias e a provisão 
de décimo terceiro salário. Mas, naturalmente, para concursos, a questão pode indicar apenas 
alguns encargos. Devemos sempre seguir as instruções da questão. 
Vamos ver rapidamente o cálculo das provisões de férias e décimo terceiro, e dos encargos sociais. 
9.2 - Encargos Sociais 
Os principais encargos são o INSS e o FGTS. 
INSS: Há dois tipos de recolhimentos que as empresas realizam, para o INSS: 
- INSS retido do funcionário 
As empresas descontam dos funcionários a contribuição previdenciária sobre o salário recebido, 
e posteriormente repassa o valor para o INSS. Não é despesa da empresa. Essa parcela do 
recolhimento ao INSS é devida pelo empregado. A empresa apenas desconta e repassa. 
O percentual de desconto varia de 8% a 11%, conforme a faixa salarial do funcionário. Este valor 
não é incluído na provisão para férias, pois não é encargo da empresa. 
Vamos ver como ficaria a contabilização do pagamento de salário no valor de R$ 1.000,00, com 
retenção do INSS de 9%: 
D – Despesa de salário 1.000 
C – INSS retido a recolher (Passivo) 90 
C – Salários a pagar (Passivo) 910 
Razonetes: 
1.000,00 90,00 910,00
Salários a pagarDespesa de salário INSS retido a recolher
 
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Vejam que não foi considerado este valor como despesa, já que o valor é ônus do empregado. 
Temos de descontar do valor a pagar e recolher para o Governo. 
Pelo pagamento do salário: 
D – Salário a pagar 910 
C – Caixa 910 
Razonetes: 
1.000,00 90,00
910,00 910,00 910,00
Salários a pagarCaixa
Despesa de salário INSS retido a recolher
 
Pelo recolhimento do INSS: 
D – INSS retido a recolher 90 
C – Caixa 90 
Razonetes: 
1.000,00 90,00 90,00
910,00 910,00 910,00
90,00
Despesa de salário INSS retido a recolher
Salários a pagarCaixa
 
Como se observa, o INSS dos funcionários não é despesa para a empresa; e também não afeta o 
valor das despesas de salários (a empresa apenas desconta e repassa, nada mais). 
- INSS patronal 
Constitui um encargo (despesa) da empresa, que deve recolher 20% do valor da folha salarial ao 
INSS. 
- FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) 
Também é encargo da empresa. Corresponde a 8% do valor do salário. O FGTS fica depositado 
numa conta, em nome do funcionário, e pode ser retirado quando o funcionário é demitido, ou 
em certos casos: compra de imóvel, doença etc. 
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Há ainda outras contribuições, como o Seguro de Acidentes de Trabalho, Sebrae, Sesc, Senai etc. 
Algumas são variáveis, como o SAT (seguro de acidente do trabalho), cuja alíquota depende do 
grau de risco da atividade. 
Mas normalmente as questões informam o percentual de encargos sociais que deve ser 
considerado. 
Assim, gravemos: 
 
9.3 - Provisão Para Pagamento De Férias 
Entre os direitos dos funcionários, encontra-se o direito às férias, após trabalhar um ano. Mas, 
contabilmente, deve ser reconhecido 1/12 por mês, para observar o Regime da Competência. 
A legislação estabelece que o funcionário tem direito às férias, após um ano de trabalho; se for 
demitido antes de um ano, a empresa deve pagar férias proporcionais. Ou seja, o funcionário 
demitido após 9 meses de trabalho tem direito a 9/12 do salário, referente às férias proporcionais. 
E isso não é relativo a 1/3 de férias. Se ele for demitido, no “acerto de contas” ele receberá 9/12 
do salário, pois, se ele estivesse de férias, receberia o salário normal, mesmo que não trabalhasse. 
A provisão de férias é dedutível para efeito de Imposto de Renda, e deve ser calculada 
individualmente para cada funcionário. 
A contagem de dias de férias a que o funcionário tem direito na data do enceramento das 
demonstrações financeiras será efetuada da seguinte forma: 
1) Nos casos de períodos completos, após 12 meses de trabalho, o funcionário terá direito a férias 
na seguinte proporção: 
Até 5 faltas 30 dias corridos 
De 6 a 14 faltas 24 dias corridos 
De 15 a 23 faltas 18 dias corridos 
De 24 a 32 faltas 12 dias corridos 
Acima de 32 faltas perde o direito às férias. 
Encargo da empresa
INSS patronal
FGTS
Encargo do trabalhador INSS dos funcionários
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2) Período incompleto: deverá ser constituída provisão para pagamento das férias proporcionais, 
com base em 1/12 avos do salário mais encargos por mês ou fração superior a 14 dias. 
Além do salário, devem ser também provisionados os encargos e o adicional de férias (um terço). 
Abono de férias: Ao sair de férias, o funcionário tem direito ao Abono de férias, no valor de 1/3 
do salário. O abono deve ser somado ao salário, para cálculo dos encargos sociais. 
Exemplo: Vamos considerar um funcionário com salário de R$ 1.000 reais e com direito a 10/12 
avos de férias. A provisão de férias, com abono e encargos, ficaria assim 
Observação: vamos calcular apenas o INSS patronal, de 20%, e o FGTS, de 8%, como encargos. 
Salário 1.000,00 
Base para provisão (10/12 avos) 833,00 
Abono de férias (1/3) 277,67 
Subtotal 1.110,67 
INSS (20%) 222,13 
FGTS (8%) 88,85 
Total Provisão férias 1.421,65 
Esse cálculo deve ser feito para todos os funcionários, um a um. A contabilização, para os 
funcionários da produção, entra como custo de mão-de-obra; para os outros funcionários, como 
despesa: 
Funcionários da produção: 
D – Custo de Mão de obra – provisão de férias 1.421,65 
C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65 
Outros funcionários (escritório): 
D – Despesa admin. – provisão de férias (resultado) 1.421,65 
C – Provisão de Férias (passivo circulante) 1.421,65 
Observação: A empresa pode contabilizar separadamente cada parcela da 
provisão de férias (férias, abono, INSS a Recolher, FGTS a recolher) ou pode 
contabilizar um valor total e manter um controle à parte, extra-contábil. 
 
 
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9.4 - Provisão Para Pagamento de 13º Salário 
É semelhante à provisão para férias. Deve ser apropriado 1/12 avos do salário por mês, mais 
encargos. 
A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será considerada como mês integral. 
A provisão para 13º é contabilizada como custo, para os funcionários da produção; e como 
despesa, para os outros funcionários. 
Os encargos (INSS e FGTS) também devem ser provisionados. 
9.5 - Salário Mínimo E Vale Transporte 
A seguir, o valor do salário mínimo de anos recentes: 
Data Valor mensal 
01.01.2020 R$ 1.039,00 
01.01.2019 R$ 998,00 
01.01.2018 R$ 954,00 
É crueldade, mas algumas bancas costumam pedir questões e não dão o valor do salário mínimo. 
Portanto, o candidato deve saber pelo menos de uns dois ou três anos recentes. 
Quanto ao vale transporte, funciona da seguinte forma: a empresa paga o valor que o funcionário 
gasta com transporte público (ônibus, metrô) e desconta 6% do salário do funcionário. 
Esquematizemos: 
 
Va
le
 t
ra
ns
p
o
rt
e
Empregado Tem descontado 6% do valor do SALÁRIO 
Empresa Lança como despesa a diferença
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Por exemplo, se determinado funcionário gasta R$ 260,00 por mês e tem salário de$2.000,00 a 
empresa desconta 6% do salário (120 reais) e considera o excesso (260 – 120 = 140) como despesa 
com vale transporte (vai compor as despesas com folha de pagamento). 
 Salário do funcionário R$ 2.000,00 
 Total da despesa com transporte R$ 260,00 
 Pode descontar do funcionário 6% x 2.000 = R$ 120,00 
 Despesa da empresa R$ 260,00 – R$ 120,00 = R$ 140,00 
 
(CAGE/RS/Auditor do Estado/2014) Numa determinada empresa, o vale transporte é 
concedido a alguns colaboradores que o solicitaram por ocasião da assinatura do contrato de 
trabalho. Um determinado funcionário recebe a importância mensal de R$ 1.600,00 e utiliza 4 
vales transportes por dia de trabalho para deslocar-se de sua residência até o seu local de 
trabalho. Cada vale transporte custa R$ 2,85. Para o mês de janeiro de 2013, este funcionário 
recebeu a quantia relativa a 22 dias de trabalho. O valor que o Setor de Pessoal procederá o 
desconto em folha de pagamento relativo ao vale transporte deste funcionário será: 
A) R$ 96,00 
B) R$ 125,40 
C) R$ 250,80 
D) R$ 342,00 
E) R$ 346,80 
Comentários 
O valor total do vale transporte no mês de janeiro para esse funcionário é de R$ 2,85 x 4 x 22 dias 
= R$ 250,80. O valor que a empresa pode descontar do salário do funcionário é $1.600,00 x 6% = 
R$ 96,00 (Gabarito da questão). 
A diferença de $258,80 - $96,00 = $154,80 é despesa da empresa. 
O gabarito, portanto, é a letra a. 
 
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10. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) De acordo com o 
Pronunciamento Técnico CPC 25 — Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes 
—, o procedimento contábil a ser adotado em relação ao reconhecimento contábil de ativos 
contingentes é 
A reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial somente quando for provável a entrada 
de benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o seu controle. 
B reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial somente quando a entrada de benefícios 
econômicos futuros se tornar praticamente certa, ocasião em que o referido ativo deixa de ser 
considerado contingente. 
C não reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial, mas divulgá-lo em notas explicativas 
quando for possível que esse ativo venha a gerar benefícios econômicos futuros para a empresa 
que detém o seu controle. 
D reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial sempre que houver alguma possibilidade 
de esse ativo gerar benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o seu controle. 
E não reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial e somente divulgá-lo em notas 
explicativas quando a entrada de benefícios econômicos se tornar praticamente certa. 
Comentários: 
Analisemos as alternativas: 
A reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial somente quando for provável a entrada 
de benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o seu controle. 
D reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial sempre que houver alguma possibilidade 
de esse ativo gerar benefícios econômicos futuros para a empresa que detém o seu controle 
Errados, os ativos contingentes não são contabilizados e também não são totalmente sob controle 
da entidade. 
Conforme o CPC 25: 
Ativo contingente é um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja 
existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não de um ou mais eventos 
futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. 
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B reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial somente quando a entrada de benefícios 
econômicos futuros se tornar praticamente certa, ocasião em que o referido ativo deixa de ser 
considerado contingente. 
Correto, mais uma vez pedimos que gravem: ativos contingentes não são reconhecidos nas 
demonstrações contábeis até que a realização de ganho seja praticamente certa, hipótese na qual 
deixaremos de caracterizá-lo como contingente. Ou seja, quando for praticamente certo, ele será 
um ativo e não um ativo contingente, por isso esse benefício deverá ser reconhecido no Balanço 
patrimonial. 
C não reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial, mas divulgá-lo em notas explicativas 
quando for possível que esse ativo venha a gerar benefícios econômicos futuros para a empresa 
que detém o seu controle. 
Errado, a entidade não contabilizará o ativo contingente e deverá divulgá-lo em notas explicativas 
quando for Provável, mas não praticamente certa. 
A pegadinha do item é associar Possível + Notas Explicativas com ativo contingente, assim os 
candidatos lembrariam do Passivo contingente e errariam. 
Tome nota! 
Passivo contingente Possível Não contabiliza e Divulga em NE 
Ativo contingente Provável  Não contabiliza e Divulga em NE 
E não reconhecer o ativo contingente no balanço patrimonial e somente divulgá-lo em notas 
explicativas quando a entrada de benefícios econômicos se tornar praticamente certa. 
Errado, os ativos contingentes somente serão divulgados em notas explicativas quando a entrada 
de benefícios econômicos se tornar PROVÁVEL. 
O gabarito é letra b. 
2. (CEBRASPE/TJ-PA/Analista Judiciário - Ciências Contábeis/2020) Caso a saída de recursos 
que incorporam benefícios econômicos ou potencial de serviços de um passivo contingente 
se torne provável, 
a) uma nota explicativa deverá ser divulgada nas demonstrações contábeis do período em que 
ocorreu a mudança na probabilidade. 
b) esses valores deverão ser registrados em contas de controle nas demonstrações contábeis do 
período em que ocorreu a mudança na probabilidade. 
c) nada deverá ser feito, até que haja certeza sobre o valor necessário para a extinção da 
obrigação. 
d) uma provisão deverá ser reconhecida nas demonstrações contábeis do período em que ocorreu 
a mudança na probabilidade. 
e) nada deverá ser feito, até que haja certeza sobre o prazo para a extinção da obrigação. 
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Comentários: 
Questão literal do CPC 25: 
30. Os passivos contingentes podem desenvolver-se de maneira não inicialmente 
esperada. Por isso, são periodicamente avaliados para determinar se uma saída de 
recursos que incorporam benefícios econômicos se tornou provável. Se for 
provável que uma saída de benefícios econômicos futuros serão exigidos para um 
item previamente tratado como passivo contingente, A PROVISÃO DEVE SER 
RECONHECIDA NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO PERÍODO NO QUAL 
OCORRE A MUDANÇA NA ESTIMATIVA DA PROBABILIDADE (exceto em 
circunstâncias extremamente raras em que nenhuma estimativa suficientemente 
confiável possa ser feita). 
Encontramos tal afirmação na alternativa D. Agora, vejamos os erros das outras alternativas: 
a) uma nota explicativa deverá ser divulgada nas demonstrações contábeis do período em que 
ocorreu a mudança na probabilidade. 
O pronunciamento exige uma nota explicativa quando temos um passivo contingente, a menos 
que sua possibilidade saída de recursos seja remota. 
No caso concreto, o quesito afirma que tal possibilidade passou a ser provável, logo não teremos 
mais um passivo contingente, mas sim uma provisão. Observem que o item 30 desse CPC não faz 
exigência da divulgação de uma nota explicativa no período de mudança de probabilidade. 
b) esses valores deverão ser registrados em contas de controle nas demonstrações contábeis do 
período em que ocorreu a mudança na probabilidade. 
Errado, esses valores deverão ser registrados na conta “Provisão” nas demonstraçõescontábeis 
do período. 
c) nada deverá ser feito, até que haja certeza sobre o valor necessário para a extinção da 
obrigação. 
Errado, falamos que a Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. Assim, o uso de 
estimativas é uma parte essencial no reconhecimento de uma provisão, já que pela sua natureza 
são mais incertas do que a maior parte de outros elementos do balanço. 
d) uma provisão deverá ser reconhecida nas demonstrações contábeis do período em que ocorreu 
a mudança na probabilidade. 
Com base no item 30 do CPC 25, tal alternativa está correta. 
e) nada deverá ser feito, até que haja certeza sobre o prazo para a extinção da obrigação. 
Errado, novamente destacamos: Provisão é um passivo de prazo ou de valor incertos. Assim, não 
será necessário ter certeza, bastando que a possibilidade de saída dos recursos seja provável. 
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O gabarito é letra d. 
 
Com base no Pronunciamento Conceitual Básico (R1) — Estrutura Conceitual para Elaboração e 
Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro — do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), 
julgue os itens seguintes. 
3. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) A forma legal é o elemento 
determinante para se concluir que uma obrigação se enquadra ou não na definição de 
passivo. 
Comentários: 
Questão literal do CPC 00 (R2): 
4.51 (b) as informações fornecidas sobre o ativo ou passivo e sobre quaisquer 
receitas e despesas relacionadas devem representar fidedignamente a essência da 
transação ou outro evento do qual resultaram [...] 
Ainda, conforme a Estrutura Conceitual: 
Representação fidedigna 
2.12 Relatórios financeiros representam fenômenos econômicos em palavras e 
números. Para serem úteis, informações financeiras não devem apenas representar 
fenômenos relevantes, mas também representar de forma fidedigna a essência 
dos fenômenos que pretendem representar. Em muitas circunstâncias, a essência 
de fenômeno econômico e sua forma legal são as mesmas. Se não forem as 
mesmas, fornecer informações apenas sobre a forma legal não representaria 
fidedignamente o fenômeno econômico (ver itens de 4.59 a 4.62). 
Portanto, item errado 
4. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) O reconhecimento de 
provisões no passivo ocorre quando a entidade possui obrigações com terceiros classificadas 
como prováveis, possíveis ou remotas. 
Comentários: 
Errado, vimos que as PROVISÕES SOMENTE SERÃO RECONHECIDA quando a entidade possui 
obrigações com terceiros classificadas como PROVÁVEIS. 
 
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Situação hipotética: Uma entidade tem poder discricionário conferido por dispositivo contratual 
que lhe garante tomar decisões relacionadas à rolagem de dívidas sem depender da anuência de 
terceiros. Essa entidade pretende substituir no futuro uma obrigação recém-contratada, com 
vencimento em até doze meses após a data do balanço, por outra obrigação, com vencimento 
superior a doze meses após a data do balanço. 
5. (CEBRASPE/TJ-AM/Analista Judiciário - Contabilidade/2019) Assertiva: Nessa situação, a 
entidade deve classificar a referida obrigação recém-contratada como passivo não circulante. 
Comentários: 
Correto, CPC 26: 
73. Se a entidade tiver a expectativa, e tiver poder discricionário, para refinanciar 
ou substituir (roll over) uma obrigação por pelo menos doze meses após a data do 
balanço segundo dispositivo contratual do empréstimo existente, deve classificar 
a obrigação como NÃO CIRCULANTE, mesmo que de outra forma fosse devida 
dentro de período mais curto. 
 
Com relação ao reconhecimento, à avaliação, à mensuração e à escrituração de itens patrimoniais 
passivos e do patrimônio líquido, julgue o item seguinte. 
6. (CEBRASPE/SLU DF/Analista de Gestão de Resíduos Sólidos - Ciências Contábeis/2019) A 
possibilidade de perda em ação judicial trabalhista, mesmo que mensurada confiavelmente 
como remota, deve ser reconhecida, por ser resultado de eventos passados e constituir 
obrigação presente que demandará sacrifício de recursos que possam trazer benefícios 
econômicos futuros. 
Comentários: 
Caso a possibilidade de saída de recursos fosse PROVÁVEL, a entidade deveria contabilizar a 
provisão trabalhista no passivo. No entanto, como o item afirmou que tal possibilidade é remota, 
a entidade está diante de um passivo contingente remoto, o qual dispensa até mesmo a 
divulgação em notas explicativas. Portanto, o quesito está errado. 
7. (CEBRASPE/TCM-BA/Auditor Estadual - Controle Externo/2018) Segundo o CPC 25, um 
passivo deve ser reconhecido quando a sua ocorrência for provável, isto é, quando a 
probabilidade de sua ocorrência for 
a) igual a 20%. 
b) superior a 20% e inferior a 30%. 
c) superior a 30% e inferior a 40%. 
d) superior a 40% e inferior a 50%. 
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e) superior a 50%. 
Comentários: 
De acordo com o CPC 25, para que um passivo se qualifique para reconhecimento, é necessário 
haver não somente uma obrigação presente, mas também a probabilidade de saída de recursos 
que incorporam benefícios econômicos para liquidar essa obrigação. 
Uma saída de recursos ou outro evento é considerado como provável se o evento for mais provável 
que sim do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o evento ocorrerá for maior do 
que a probabilidade de isso não acontecer. 
Em termos matemáticos, a probabilidade de ocorrer deve ser superior a 50%. 
O gabarito é letra e. 
8. (CEBRASPE/SEFAZ RS/Técnico Tributário da Receita Estadual/2018) Com relação ao 
tratamento contábil, um passivo contingente com “probabilidade possível” de saída de 
recursos deve 
a) ser divulgado em notas explicativas. 
b) ser reconhecido no patrimônio líquido, na conta de reservas. 
c) ser reconhecido no passivo, na conta de ajustes de avaliação patrimonial. 
d) não ser reconhecido no balanço patrimonial nem divulgado em notas explicativas. 
e) ser reconhecido no passivo, na conta de provisões. 
Comentários: 
A entidade não deve reconhecer um passivo contingente. Ou seja, o passivo contingente não é 
contabilizado. O passivo contingente caracteriza-se por ser uma saída de recursos possível, mas 
não provável (probabilidade do não é maior que a do sim). Passivos contingentes não são 
reconhecidos no balanço patrimonial. Sua divulgação será feita tão somente em notas explicativas. 
E mais, se essa possibilidade de saída de recursos for remota, dispensada está a entidade da 
divulgação em notas explicativas. 
Portanto, um passivo contingente com “probabilidade possível” de saída de recursos deve ser 
divulgado em notas explicativas. O gabarito é letra a. 
 
Julgue o item seguinte, com base nos pronunciamentos técnicos do Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC). 
9. (CEBRASPE/FUB/Técnico Contabilidade/2018) Os ativos contingentes não devem ser objeto 
de reconhecimento pela contabilidade. 
 
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Comentários: 
Correto, grave o seguinte: os ativos contingentes não são contabilizados. 
 
A tabela a seguir representa, em reais, o balancete de verificação de uma sociedade anônima em 
31/12/20x0. 
contas 
saldo 
devedor credor 
caixa 25.300 
aplicação financeira 5.700 
estoques 4.000 
móveis e utensílios 10.000 
despesa de aluguel 3.000 
duplicadas a pagar 8.200 
aluguel a pagar 3.000capital social 30.000 
receita de serviços 6.800 
10. (CEBRASPE/PF/Escrivão de Polícia Federal/2018) Nessa situação hipotética, o balanço 
patrimonial elaborado a partir dos dados constantes do balancete deverá apresentar um 
passivo de R$ 48.000. 
Comentários: 
Filtrando as contas do passivo, temos: 
Passivo 
Duplicatas a pagar 8200 
Aluguel a pagar 3000 
Total 11200 
O gabarito é errado. 
11. (CESPE/TRT-7ªRegião/Analista Judiciário - Contabilidade/2017) Uma companhia enfrenta 
quatro processos judiciais que, se perdidos, gerarão obrigações de pagamento. Para 
estipular a soma a ser resguardada para garantir o cumprimento dessas obrigações legais no 
caso de perda judicial, a companhia cotejou os valores das ações com suas chances de perda, 
conforme mostra a tabela a seguir. 
processo valor (R$ mil) chance de perda 
1 200 47% 
2 350 58% 
3 150 30% 
4 100 65% 
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Considerando-se essa situação hipotética e as normas contábeis vigentes relativas a provisões, 
passivos contingentes e ativos contingentes, é correto afirmar que a empresa deverá provisionar 
o montante de 
a) R$ 450.000. 
b) R$ 650.000. 
c) R$ 100.000. 
d) R$ 800.000. 
Comentários: 
O CPC 25 afirma que para a finalidade deste Pronunciamento Técnico, uma saída de recursos ou 
outro evento é considerado como provável se o evento for mais provável que sim do que não de 
ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o evento ocorrerá for maior do que a probabilidade de 
isso não acontecer. 
Em termos numéricos, apenas se a chance de perda for superior a 50% vamos reconhecer as 
provisões, o que seriam os processos 2 e 4. 
Assim, a empresa deverá provisionar: 350.000 + 100.000 = 450.000. O gabarito é letra a. 
12. (CESPE/TRE-BA/Técnico - Contabilidade /2017) Relativamente à contabilização de operações 
contábeis relacionadas à folha de pagamento, assinale a opção correta. 
a) O lançamento 
 salários 
 a caixa/bancos 
é utilizado para apropriar as despesas de salários incorridas no mês e registrar a obrigação da 
empresa de pagar os salários dos trabalhadores. 
b) O lançamento 
 salários 
 a caixa/bancos 
é utilizado para registrar o pagamento dos salários dos trabalhadores; em condições normais, no 
mês seguinte ao da prestação dos serviços. 
c) O lançamento 
 salários 
 a salários a pagar 
é utilizado para apropriar as despesas de salários incorridas no mês e registrar a obrigação futura 
da empresa de pagar os salários dos trabalhadores. 
d) O lançamento 
 salários a pagar 
 a salários 
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é utilizado para registrar o pagamento dos salários dos trabalhadores; em condições normais, no 
mês seguinte ao da prestação dos serviços. 
e) O lançamento 
 salários a pagar 
 a caixa 
é utilizado para apropriar as despesas de salários incorridas no mês e registrar a obrigação da 
empresa de pagar os salários dos trabalhadores. 
Comentários: 
A questão apresentou uma forma não muito usual de efetuar lançamentos, chamada em alguns 
livros de lançamento manual ou partidas de diário. 
Nesse modelo, apresentamos a primeira conta que será debitada, em seguida, a preposição “a” 
e, por fim a conta que será creditada. Além disso, quando utilizamos a expressão ”Diversos" 
devemos entender que mais de uma conta será debitada ou creditada. 
Veja este exemplo: 
Diversos 
a Diversos 
Caixa 29.000,00 
Depreciação Acumulada 18.500,00 47.500,00 
a Veículos 35.000,00 
a Ganhos de Capital 12.500,00 47.500,00 
Esse lançamento pode ser representado da seguinte maneira: 
D Caixa.....................................29.000 
D Depreciação Acumulada.........18.500 
C Veículos.................................35.000 
C Ganhos de Capital...................12.500 
Agora, vamos analisar cada lançamento apresentado: 
a) O lançamento 
 salários 
 a caixa/bancos 
é utilizado para apropriar as despesas de salários incorridas no mês e registrar a obrigação da 
empresa de pagar os salários dos trabalhadores. 
Errado, no lançamento apresentado está sendo feita a apropriação da despesa de salário e o 
respectivo pagamento. Não estamos registrando a obrigação no Passivo. 
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b) O lançamento 
 salários 
 a caixa/bancos 
é utilizado para registrar o pagamento dos salários dos trabalhadores; em condições normais, no 
mês seguinte ao da prestação dos serviços. 
Errado, o lançamento registra a apropriação da despesa e pagamento de salários do mês corrente 
e não do mês seguinte ao da prestação dos serviços. 
c) O lançamento 
 salários 
 a salários a pagar 
é utilizado para apropriar as despesas de salários incorridas no mês e registrar a obrigação futura 
da empresa de pagar os salários dos trabalhadores. 
Correto, esse é o nosso gabarito. A despesa incorrida no mês está sendo reconhecida e registrada 
a contrapartida no passivo. 
d) O lançamento 
 salários a pagar 
 a salários 
é utilizado para registrar o pagamento dos salários dos trabalhadores; em condições normais, no 
mês seguinte ao da prestação dos serviços. 
Errado, quando ocorrer o pagamento dos salários dos trabalhadores no mês seguinte ao da 
prestação dos serviços, a contabilização a ser feita é: 
salários a pagar 
a bancos 
A questão erra ao afirmar que a conta creditada será “Salários”. 
e) O lançamento 
 salários a pagar 
 a caixa 
é utilizado para apropriar as despesas de salários incorridas no mês e registrar a obrigação da 
empresa de pagar os salários dos trabalhadores. 
Errado, o lançamento apresentado registra o pagamento de salários que estava registrado no 
passivo da empresa. 
O gabarito é letra c. 
Júlio Cardozo, Luciano Rosa
Aula 10
 Contabilidade Geral p/ Polícia Federal (Agente) Pós-Edital - Profs.Júlio, Luciano e Silvio
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 43 72 
 
balancete de verificação 
contas saldos em R$ 
caixa e equivalentes de caixa 4.800 
fornecedores 17.800 
duplicatas descontadas 1.500 
empréstimos de curto prazo 2.100 
créditos de curto prazo 6.000 
estoque de mercadorias 9.400 
empréstimos a sociedades ligadas 10.200 
empréstimos e financiamentos de longo prazo 6.500 
móveis e instalações 12.000 
capital social 28.000 
veículos 33.000 
depreciação acumulada de imobilizado 13.000 
lucros ou prejuízos acumulados 6.500 
A partir da tabela precedente, que demonstra o balancete de verificação de uma entidade contábil 
no final de determinado exercício, julgue os próximos itens. 
13. (Cespe/TCE-PA/Contabilidade/2016) Se o balanço patrimonial for apurado a partir desse 
balancete de verificação, ele apresentará uma diferença entre o ativo circulante e o passivo 
circulante de R$ 1.200. 
Comentários: 
 
Classificando as contas temos o seguinte: 
 
Conta Saldo Classificação 
Caixa e equivalentes caixa 4800,00 Ativo Circulante 
Fornecedores 17800,00 Passivo Circulante 
Duplicatas Descontadas 1500,00 Passivo Circulante 
Empréstimos de curto prazo 2100,00 Passivo Circulante 
Créditos contra clientes 6000,00 Ativo Circulante 
Estoque de mercadorias 9400,00 Ativo Circulante 
Empréstimos a sociedades ligadas 10200,00 Realizável em Longo Prazo 
Empréstimos e financiamentos de longo prazo 6500,00 Passivo Não Circulante 
Móveis e Instalações 12000,00 Imobilizado 
Capital Social 28000,00 Patrimônio Líquido 
Veículos 33000,00 Imobilizado

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