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PARTO CESARIANO

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ANA BEATRIZ CAMPOS 1 
 
OBSTETRÍCIA – AULA 3 BL 2 
PARTO 
ANALGESIA / PARTO 
INSTRUMENTALIZADO / CESAREANA 
 
• INDICAÇÕES DE CESARIANA: 
A cesárea é um procedimento cirúrgico que sangra muito, 
predispõe de uma série de complicações e morbidades para 
a mãe. Ao chegar até a cavidade abdominal, você está 
expondo a mãe a no mínimo um trauma, lesão de vasos, 
nervos, e simultaneamente, expõe ao risco de infecção, 
hemorragia intra e pós-parto, ao risco de lesão de bexiga, 
intestino, uréter... 
No Brasil, a cesárea a pedido é permitida, porém a partir 
de 39 semanas gestacional, exceto em algumas 
comorbidades. 
Toda cesárea que for marcada eletiva, você tem que 
conversar com a paciente a respeito dos riscos. 
As indicações pra cesáreas são: 
 Cardiotopografia não tranquilizadora; 
 Trabalho de parto difícil, arrastado, complicado; 
 Apresentação anômala (bebê pélvico); 
 Patologias (ex: pré-eclâmpsia); 
 Gestações múltiplas; 
 Macrossomia (bebê a partir de 4kg); 
Cesárea sem indicação, só estamos expondo a gestante ao 
risco. 
O grande motivo da maioria das mães quererem um parto 
cesáreo é a dor. A dor é um processo muito inerente ao 
parto vaginal. Ao longo do pré-natal, você pode conversar 
com a gestante a respeito dessa dor, explicar que não é uma 
dor de doença, é uma dor de contração uterina, de um 
processo natural do corpo da mulher, que vai trazer o filho 
dela ao mundo. 
A gente sabe que hoje tem analgesia para o trabalho de 
parto, mas que infelizmente não é acessível a todas. 
❖ MACROSSOMIA: 
A ACOG considera bebê muito grande: 
>5kg – Mães não diabéticas; 
>4,5kg – Mães diabéticas; 
Para a ACOG isso seria de fato a indicação de cesariana. 
Mas hoje no Brasil, a gente adota maior que 4kg. 
Um feto que tenha um peso maior com 4kg com 35/36 
semanas tem indicação de resolução da gestação, esse bebê 
já está sofrendo seriamente a reação do hiperinsulinismo 
(alta quantidade de glicose no sangue). 
A deposição de gordura no feto, no caso de mãe diabé- 
tica, é diferente do caso de deposição de gordura visceral, ele 
tem deposição de gordura de forma anômala, ele deposita 
muita gordura na cintura escapular, o que dificulta no trabalho 
de parto vaginal, gerando muitas vezes distorção de ombro no 
bebê. 
 
❖ ANOMALIA DE APRESENTAÇÃO: 
O bebê tem lá 39 semanas e está pélvico, a resolução é 
com cesárea. 
É importante frisar, que as vezes a mãe as vezes faz uma 
USG com 35 semanas e o bebê está pélvico, deve repetir essa 
USG depois das 38 semanas por exemplo, pra vê se de fato ele 
não rodou, pois na grande maioria das vezes ele roda. 
Confirmando que o bebê está pélvico, resolve por via 
alta, a partir das 39 semanas. 
❖ PROLAPSO DE CORDÃO: 
É uma urgência obstétrica, a bolsa rompe, expele o 
líquido e o cordão vai junto pela vagina. Acontecendo isso, a 
apresentação fetal pode comprimir esse cordão que está lá 
fora e o feto deixa de receber o fluxo placentário e acaba 
entrando em óbito intraútero, então, é indicação de 
emergência obstétrica. 
Do início do diagnóstico até retirar o bebê, tem que ficar 
segurando essa apresentação (através do toque), para impedir 
que não comprima o fluxo. 
❖ SOROLOGIA POSITIVA PARA HIV: 
A gente sabe que mães soropositivas têm que ter uma 
contagem de linfócitos TCD4 com 34 semanas, se estiverem 
com a carga viral zerada, a via de parto é obstétrica, não 
influenciar, porém, se a carga viral está alta, acima de 1000 
cópias ou então, a gente não sabe, ela não fez esse exame e tá 
lá com 37 semanas, o parto vai ser cesáreo. Agora, se a gente 
sabe a carga viral com 34s e está indetectável, esse parto pode 
ser por via vaginal, logicamente se ela não tiver outra 
contraindicação, como por exemplo: hiperativa(?) em outras 
cesáreas anteriores, aí terá que ser cesárea novamente. 
❖ INFECÇÃO PELO HSV NO 3ª TRIMESTRE: 
Principalmente as pacientes que apresentam a infecção 
ativa no momento do parto, tem muitas vesículas alí, então, a 
resolução é por via alta para não haver transmissão vertical na 
hora do parto. 
❖ ANOMALIAS CONGÊNITAS: 
 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 3 
 
OBSTETRÍCIA – AULA 3 BL 2 
 Descolamento prematuro de placenta, indicação 
absoluta de resolução por via alta, independente da idade 
gestacional. A não ser, que seja um DPP com um bebê de 
600g, então, nesse caso é tentar fazer o parto por via baixa, 
se o bebê sobreviver, sobreviveu, mas se não, é um bebê que 
tinha uma vitalidade baixa, mas a gente não submeteu a mãe 
a uma cesariana. Agora, se o feto tiver mais de 1kg, com reais 
condições de sobreviver, cesárea absoluta. 
 Placenta prévia → Imagina se a placenta ao invés de 
se inserir na parte posterior do útero, se insere mais próximo 
ao colo, tampando o colo, isso é chamado de placenta de 
dissecção baixa e, nesse tipo específico, placenta prévia 
total, era oclui totalmente o orifício do colo, o bebê não tem 
como sair, pois a placenta teria que sair depois dele e, nesse 
caso, a placenta sairia primeiro e ele morreria, não iria ter 
oxigenação. Nesses casos, também é indicação de resolução 
por via alta. 
 Cesárea perimortem → É a cesárea em pacientes 
moribundas, é aquela paciente que por exemplo, tem uma 
neoplasia avançada ou então a paciente tem uma parada 
cardíaca que não consegue reverter, paciente 
politraumatizada que muito provavelmente vai falecer, a 
gente tenta tirar o bebê. Não se utiliza anestesia. Tira o feto 
até para tentar diminuir a sobrecarga dessa mãe. 
Geralmente a laparotomia é mediana, é uma cirurgia de 
urgência, tem que retirar em “1min” para poder salvar o 
bebê. Depois, tenta salvar a mãe, dependendo da situação 
em que ela se encontra. Tem como objetivo facilitar a 
ressuscitação materna, além de maximizar a chance de 
sobrevida materna. 
 Gravidez gemelar → Se o primeiro feto, ou seja, 
aquele que está mais se apresentando no colo, ele for 
fóbico(?) ou for pélvico, a indicação é de resolução por via 
alta. Gestação gemelar monocorionica e monoamniótica, 
resolução com 32 a 34 semanas no máximo, via alta, pelo 
risco de enovelamento de cordão, o cordão de um vai enrolar 
no outro e acaba obstruindo o fluxo dos 2. 
 Desproporção cefálico-pélvica → A gente tá lá 
fazendo o partograma, tá evoluindo a dilatação, só que de 
repente o bebê para e não desce, então a gente constata 
como DCP e a resolução é por via alta. 
 
 Cesariana repetida → Clássica, a partir da 2ª cesárea, a 3ª 
vai ser cesariana necessariamente. Com 1 cesárea anterior, a 
gente pode induzir o parto. 
 Tumores obstrutivos → Se a gestante tiver algum tumor 
obstruindo o canal vaginal, faz cesárea. 
 Urgências diante de complicações clínicas maternas → Pré-
eclâmpsia, condições de agravo fetal, TEP, qualquer coisa que 
ameace a vida dela, tem que fazer o parto por via alta. 
 Cirurgias vaginais reconstrutoras → Feita por causa de 
neoplasia, queimadura, trauma e a pelve não vai permitir a 
passagem do feto, também indicação de resolução por via alta. 
 
• Características específicas da dor no parto: 
 É funcional e não tem agressão tecidual; 
 Progressiva, intercala; 
 Com finalidade; 
 Impulso de vida, expectativa; 
 
 
• No início do trabalho de parto, no primeiro estágio, ela vai 
ter uma dor mais visceral: 
 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 4 
 
OBSTETRÍCIA – AULA 3 BL 2 
• A dor perineal é quando o bebê já começa a descer: 
 
 São situações diferentes na dor, por que permite a 
voltagens diferentes. 
• Existe uma série de opções para que a gente possa fazer 
analgesia no trabalho de parto, desde opções 
medicamentosas a não medicamentosas. Não 
medicamentosa, temos opções como: 
 Imersão em água; 
 Massagem; 
 Acupuntura; 
 Hipnose; 
Não é que vá tirar a dor 100%, mas vai aliviar. Não é 
como o buscopan que a gente faz lá na hora, mas ajuda de 
uma certa forma, se não aliviar a dor, mas para a paciente se 
sentir um pouco mais cuidada, se sentir em um ambiente um 
pouco mais aconchegante. 
• ANALGESIA MEDICAMENTOSA: 
 
❖ Analgesia sistêmica – Inalatória: 
Óxido nitroso N₂O50% + O₂ 50% 
A gestante tá lá no leito dela, faz o uso de uma máscara 
que possui uma cânula que liga a um aparelho. O aparelho 
está ligado numa máquina com a mistura do óxido nitroso 
com oxigênio. Quando ela sente dor, percebe que a 
contração tá vindo, ela faz uma aspiração nessa mistura. 
Então, quando ela percebe que a contração tá vindo, por ela 
mesmo faz essa aspiração. Por algum momento, 
30/40segundos, ela não sente dor. O efeito é fugaz, passa, 
assim como a contração vai embora, ele também vai embora. 
A sensação é de analgesia, ela não vai sentir dor. Em 
contrapartida, é um método caro. 
Como toda droga, tem o seu efeito colateral, náuseas, 
vômitos, etc. Porém, é um método não invasivo, você não 
precisa fazer punção liquórica, nada disso. Parou de usar, 
passou o efeito, não passando nada disso pro feto. 
 
❖ Anestesia regional: 
 Peridural; 
 Raquianestesia; 
 Combinada; 
 
 
 
 Qual o grande problema de uma anestesia muito precoce na 
gestante? Gestante está em trabalho de parto, com 4/5cm de 
dilatação, a gente a ensina a fazer a força, só depois 
anestesiamos ela, por que depois dessa analgesia, a tendencia 
é ela da uma dormida e depois não saber mais fazer a força, 
ela não tem noção de como é, então, a gente ensina antes pra 
ela conscientemente saber fazer quando a gente pedir. Um 
dos grandes problemas da analgesia, é porque como não tem 
a sensibilidade da dor, já que a dor colabora, e se ela não tem 
a dor, perde muito dessa “prensa abdominal”. Deixa pra fazer 
a analgesia em torno de 6cm. 
 Possíveis complicações da analgesia: 
 
 Complicação mais clássica que existe: 
 
 
❖ Bloqueio do pudendo: 
Vai ao lado da espinha isquiática, onde o nervo pudendo 
passa, com uma agulha bem longa, toca a espinha isquiática e 
faz o bloqueio anestésico, em ambos os lados. Alivia muito a 
dor do trabalho de parto, se bem feita. 
 
 Conclusões: 
 
 
 
 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 5 
 
OBSTETRÍCIA – AULA 3 BL 2 
 
 
INSTRUMENTOS USADOS NO TRABALHO DE PARTO 
 
 
• QUANDO VAI UTILIZAR O FÓRCEPS PARA 
INSTRUMENTALIZAR O PARTO: 
 
 
 Contraindicações: 
 
 
 
 
 Quando vai utilizar o fórceps a paciente está 
anestesiada e tem algumas condições que são 
imprescindíveis para aplicação desse fórceps: 
 
 OBS: A membrana tem que está rota, não se coloca o fórceps 
em membrana íntegra; O feto tem que está vivo ou recém-
morto. 
 Manobra correta: Biparieto-malar 
 
 
 
 
 
 
ANA BEATRIZ CAMPOS 6 
 
OBSTETRÍCIA – AULA 3 BL 2 
 
 
 
• VÁCUO-EXTRATOR: 
 É um instrumento que foi criado bem posterior ao 
fórceps. 
 
 
 Aplicação → Tem a apresentação da fontanela anterior e 
posterior, 3cm abaixo da fontanela posterior, a gente vai 
fazer um toque e vai inserir a campanula para que ela fique 
instalada na cabeça do bebê. Após inserir, faz o vácuo, faz 
a medida até a fúrcula vaginal e verifica também se não 
está pegando nenhum tecido da parede vaginal. Junto com 
a contração faz manobra em J, traciona para baixo e depois 
para cima. Quando mento já está em baixo, pode retirar e 
termina o parto normal, rotação interna e o 
desprendimento dos ombros. 
 Uma das complicações que podem ocorrer no vácuo-
extrator são 2 tipos: hematoma sub-galeal e o céfalo-
hematoma. 
 
 Hematoma sub-galeal → Abaixo da pele, não pega o osso. 
 Céfalo-hematoma → Periósteo se descola, o hematoma vai 
ser muito localizado de acordo com a localização do osso do 
bebê. 
NÃO AFETAM EM NADA NO BEBÊ, é reversível!

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