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Direito Societário S A - Atividade Individual - Michelli Koakoski Santos - pdf

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ATIVIDADE INDIVIDUAL 
 
Matriz de atividade individual 
Disciplina: Direito Societário Sociedade Anônima Módulo: 1220-0_3 
Aluno: Michelli Koakoski Santos Turma: Fernado Moreira Santos 
Tarefa: Orientação Jurídica 
Parecer 
 
Questão: 
 
“Uma companhia de capital aberto, que funcionou regularmente por determinado lapso 
temporal, até se encontrar em uma situação econômica, financeira e patrimonial 
desgastada, requer a sua recuperação judicial. 
 
Após ver o encerramento formal da recuperação judicial com o reequilíbrio da atividade 
empresarial, o Conselho de Administração propôs uma cisão total da empresa, o que foi 
aprovado em assembleia geral extraordinária. 
 
O protocolo e a justificação previam uma conversão total do patrimônio em três pessoas 
jurídicas novas, criadas para receber o patrimônio da companhia cindida a ser extinta. 
Nesse contexto, um dos acionistas se apresenta na condição de ter amortizado o 
investimento feito no passado, detendo no seu poder ações de fruição. 
 
Considerando que a cisão acarretará redução patrimonial e que os acionistas serão 
reembolsados parcialmente, como se deve proceder em relação ao titular da ação de 
fruição?” 
 
Sociedade Anônima: 
 
Conforme o artigo 4º da Lei 6.404/76, a Sociedade Anônima pode ter seu capital aberto 
ou fechado, sua sociedade é constituída por ações tendo o seu capital divido por estas. 
 
“Artigo 4º Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada conforme os 
 
 
2 
 
valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à negociação no mercado 
de valores mobiliários.” 
 
Conforme dispões o artigo 4º a Sociedade Anônima de capital aberto tem suas ações 
negociadas no mercado de valores, este é o tipo de sociedade abordada na questão. 
 
Essas ações estão para livre compra no mercado de valores e quem comprar torna-se 
proprietário de parte da empresa conforme a quantidade adquirida. 
 
As ações que compõe o capital social das sociedades anônimas, são classificadas em 
espécies, estas são: 
 
Ordinárias: São as ações comuns, não oferece qualquer vatagem ou restrições. Os 
detentores dessas ações têm o direito de exercício de voto nas asssembleias e de 
receber dividendos. 
 
Preferênciais: Esse tipo de ação tem algumas preferências previstas no artigo 17 da 
Lei 6.404/76 as quais são: Prioridade na distribuição de dividendo, prioridade no 
reembolso do capital e acumulação das preferências e vatagens de distribuição e 
reembolso. 
 
Fruição: Nesse tipo de ação o acionista em caso de liquidação da companhia recebe a 
sua quantia antecipadamente, tornando-se as ações amortizadas. Ou seja, em caso de 
uma eventual liquidação da empresa o valor devido a esse acionista já foi pago 
entecipadamente. 
 
Essas ações têm origem de ações comuns amortizadas, as quais podem ser ordinárias 
ou preferenciais, podem ser integrais ou parciais. Essa operação pode ocorrer somente 
com autorização através do estatuo social ou de uma assembleia geral extraordinária, 
onde vão deliberar sobre tal amortização, conforme dispões o artigo 44, parágrafo 5º da 
Lei 6.404/76. 
 
Art. 44. O estatuto ou a assembléia-geral extraordinária pode autorizar a aplicação de 
lucros ou reservas no resgate ou na amortização de ações, determinando as condições 
e o modo de proceder-se à operação. 
 
§ 5º As ações integralmente amortizadas poderão ser substituídas por ações de fruição, 
com as restrições fixadas pelo estatuto ou pela assembléia-geral que deliberar a 
amortização; em qualquer caso, ocorrendo liquidação da companhia, as ações 
amortizadas só concorrerão ao acervo líquido depois de assegurado às ações não a 
amortizadas valor igual ao da amortização, corrigido monetariamente. 
 
O acionista da questão aborada já recebeu os valores de seus investimentos das ações 
que foram amortizadas, que nada mais é que a sua ação de fruição. 
 
Existem algumas restrições na ação de fruição, pois elas ficam sujeitas as restrições 
estatutárias, as quais são: Perda do direto de voto, perda do direito do dividendo 
preferencial e restrições legais e em caso a liquidação da companhia as ações 
amortizadas serão liquidadas somente após a quitação das ações não amortizadas. Por 
fim os valores que as ações amortizadas receberem após a liquidação deverá ser 
compensada. 
 
Cisão: 
 
Na referida questão, a empresa após o encerramento da recuperação judicial o 
Conselho de Administração resolveu fazer a cisão total da empresa, onde foi aprovado 
em assembleia geral extraordinária. Desta forma previam uma conversão total do 
patrimônio em três pessoas jurídicas novas, detendo um dos acionistas o poder de 
ações de fruição. 
 
A Cisão pode ser parcial ou total, quando parcial somente uma parte do patrimônio da 
sociedade é transferida e a sociedade subiste, quando total todo o patrimônio da 
sociedade é transferido e a sociedade se extingue. 
 
Desta forma é realizado a versão do patrimônio da sociedade cindida para as novas 
empresas, onde terão todos os direitos e obrigações do patrimônio recebido. Conforme 
dispões a Lei 6.404/76 em seus artigos. 
 
 
 
4 
 
 
Art. 229. A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu 
patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, 
extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou 
dividindo-se o seu capital, se parcial a versão. 
 
§ 1º Sem prejuízo do disposto no artigo 233, a sociedade que absorver parcela do 
patrimônio da companhia cindida sucede a esta nos direitos e obrigações relacionados 
no ato da cisão; no caso de cisão com extinção, as sociedades que absorverem 
parcelas do patrimônio da companhia cindida sucederão a esta, na proporção dos 
patrimônios líquidos transferidos, nos direitos e obrigações não relacionados. 
 
§ 2º Na cisão com versão de parcela do patrimônio em sociedade nova, a operação 
será deliberada pela assembléia-geral da companhia à vista de justificação que incluirá 
as informações de que tratam os números do artigo 224; a assembléia, se a aprovar, 
nomeará os peritos que avaliarão a parcela do patrimônio a ser transferida, e funcionará 
como assembléia de constituição da nova companhia. 
 
§ 3º A cisão com versão de parcela de patrimônio em sociedade já existente obedecerá 
às disposições sobre incorporação (artigo 227). 
 
§ 4º Efetivada a cisão com extinção da companhia cindida, caberá aos administradores 
das sociedades que tiverem absorvido parcelas do seu patrimônio promover o 
arquivamento e publicação dos atos da operação; na cisão com versão parcial do 
patrimônio, esse dever caberá aos administradores da companhia cindida e da que 
absorver parcela do seu patrimônio. 
 
§ 5º As ações integralizadas com parcelas de patrimônio da companhia cindida serão 
atribuídas a seus titulares, em substituição às extintas, na proporção das que possuíam; 
a atribuição em proporção diferente requer aprovação de todos os titulares, inclusive 
das ações sem direito a voto. 
 
 
 
 
Sérgio Campinho define o que é cisão, vejamos: 
 
“A cisão é a operação pela qual uma sociedade transfere, para uma ou mais 
sociedades, constituídas para esse fim ou já existentes, parcelas de seu patrimônio. 
Verificando-se a versão de todo o patrimônio, a sociedade cindida restará extinta, 
qualificando-se a cisão como sendo total; sendo a versão do patrimônio parcial, a 
sociedade não se extinguirá, ocorrendo a divisão de seu capital, nominando-se o 
evento, nesse caso, de cisão parcial. “(CAMPINHO, SÉRGIO, 2019, p.413) 
 
Os acionistas da companhia cindida, passam a integrar o quadro social da nova 
sociedade, respeitando o artigo 109 da Lei 6.404/76, onde não poderão ter seus direitos 
privados. 
 
Art. 109. Nem o estatuto social nem a assembléia-geral poderão privar o acionista dos 
direitos de: 
 
I - participar dos lucros sociais; 
 
II - participar do acervoda companhia, em caso de liquidação; 
 
III - fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos negócios sociais; 
 
IV - preferência para a subscrição de ações, partes beneficiárias conversíveis em 
ações, debêntures conversíveis em ações e bônus de subscrição, observado o disposto 
nos artigos 171 e 172 
 
V - retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta Lei. 
 
§ 1º As ações de cada classe conferirão iguais direitos aos seus titulares. 
 
§ 2º Os meios, processos ou ações que a lei confere ao acionista para assegurar os 
seus direitos não podem ser elididos pelo estatuto ou pela assembléia-geral. 
 
 
 
6 
 
§ 3o O estatuto da sociedade pode estabelecer que as divergências entre os acionistas 
e a companhia, ou entre os acionistas controladores e os acionistas minoritários, 
 
poderão ser solucionadas mediante arbitragem, nos termos em que especificar. 
 
Conclusão: 
 
Tendo em vista a cisão total da empresa em questão, está será extinta e seu patrimônio 
será vertido e cindido para três novas pessoas jurídicas, sem reduzir o capital social. 
 
Os acionistas de ações ordinárias e prefericialista receberão da sucessora os valores 
que tinham na sociedade cindida. Estas integrarão o novo quadro social das novas 
sociedades. 
 
O acionista titular da ação de fruição não receberá nenhum valor da sociedade cindida, 
pois, suas ações já foram amortizadas e ele recebeu os valores de seus investimentos, 
que no caso eram ações ordinárias ou de fruição, que foram totalmente amortizadas 
tornando-se em ações de fruição, que ao invés de ser extinto da sociedade ele 
permaneceu com seus direitos de gozo e fruição. Contudo é a sociedade que define 
quais serão os seus poderes e direitos dentro da companhia. 
 
Como os demais acionistas receberão os valores da sucessora, poderão integralizar o 
capital social das novas empresas, entretanto o acionista de fruição já teve a 
amortização de suas ações e recebeu o pagamento detas, não tendo, portanto, valores 
para integralizar no capital social das novas empresas, desta forma ele não tem direiro 
de participar das novas sociedades. 
 
Com relação reembolso informado em questão, não se trata do reembolso do artigo 45 
da Lei 6.404/76, e sim de uma eventual diferença ocorrida da liquidação dessa 
sociedade, o acionista de fruição teria direito de receber se tal sobra ocorrese. Portanto, 
na cisão não ocorre a liquidação e sim a versão dos valores para a nova sociedade, 
desta forma se sobrar ou faltar valores ele não receberá. 
 
 
 
Bibliografia: 
 
CAMPINHO, Sérgio. Curso de Direito Comercial, Sociedade Anônima, 4ª edição, 2018, 
fls. 413. 
 
BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por 
Ações. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. 
Acesso em 15/01/2020. 
 
GONÇAVES, Pablo e MENDONÇA, Bichara Saulo. Direito Societário Sociedade 
Anônima. São Paulo FGV 2020. 
 
MARTINS, Fran. Curso de Direito Comercial, Sociedade Anônima, Ed. Ver. E atual, 
2005.

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