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PLANO DE AULA (2)

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PLANO DE AULA
1. IDENTIFICAÇÃO
Geografia/Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: 1° Ano do Ensino Médio
2. CONTEÚDO DA AULA
Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável (fabricação de composteira artesanal para produção de adubo orgânico).
2.1 HABILIDADES
(EM13CHS301) Problematizar hábitos e práticas individuais e coletivos de produção, reaproveitamento e descarte de resíduos em metrópoles, áreas urbanas e rurais, e comunidades com diferentes características socioeconômicas, e elaborar e/ou selecionar propostas de ação que promovam a sustentabilidade socioambiental, o combate à poluição sistêmica e o consumo responsável. 
3. COMPETÊNCIA
Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.
4. OBJETIVOS
· Analisar a situação do lixo orgânico no Brasil;
· Despertar uma consciência ambiental;
· Compreender a relação entre a compostagem e sua importância para o meio ambiente.
5. SÍNTESE DO ASSUNTO 
	Grande parte das pessoas acha que o lixo orgânico não precisa de um descarte adequado, que simplesmente se joga na natureza e vira adubo. Mas na realidade não é simples assim, o lixo orgânico causa inúmeros problemas, e há a necessidade de se pensar em alternativas para solucioná-los.
	Segundo dados da IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), 2012 “são coletadas 183,5 mil toneladas de resíduos sólidos por dia no Brasil (...). A matéria orgânica representa 51,4% do lixo diário, e apenas 31,9% é composto de material reciclável (alumínio, plásticos, papel, aço, metais e vidro)”. O lixo orgânico corresponde a mais de 50% do total de resíduos produzidos no Brasil, maior parte destinada a aterros sanitários, onde ocorre sua decomposição, e acaba causando sérios problemas.
	Esse lixo ao ar livre acaba trazendo infestação de animais vetores de doenças, como ratos, baratas, moscas entre outros, esses animais são atraídos pelo mau cheiro dos lixões. E não é só isso, a decomposição da matéria orgânica se não for descartada da maneira correta, “é responsável por emitir dois principais problemas para o nosso ambiente e a saúde pública: o gás metano (CH4) e o chorume” (FRAGMAQ, 2017).
	O gás metano resulta do processo de fermentação da matéria orgânica armazenada sobre a terra, quando inalado ele pode causa vários problemas a saúde além de ser inflamável podendo causar inúmeros acidentes. Ele é um dos principais causadores do efeito estufa, pois é capaz de absorver as radiações solares, segurando excesso de calor na atmosfera, causando o aquecimento global.
	Outro poluente causado pelo lixo orgânico é o Chorume, é o liquido escuro de mau cheiro encontrado nas lixeiras, é resultado da decomposição dos orgânicos, “quando esse resíduo é descartado em lixões ou aterros, sem o devido tratamento e controle, a grande quantidade de líquido faz com que ele atinja o solo e seja absorvido” (FRAGMAQ, 2017). Os resíduos do material podem contaminar as águas dos rios, córregos e até os lenções freáticos podem ser atingidos. 
	O lixo orgânico descartado incorretamente é um grande problema em longo prazo. Ainda trata-se de uma questão ética que existe na nossa sociedade que se inicia com o desperdício de alimentos, que acontece com um terço de todos os alimentos produzidos no mundo, no Brasil em média 40% dos alimentos são desperdiçados.
	Primeiro há a necessidade de conscientizar os indivíduos para melhorarem seus hábitos de consumos, buscando evitar o desperdício, e consequentemente alcançar uma menor produção de lixo orgânico, posteriormente buscar-se-ia alternativas para reaproveitamento desse material. 
	Segundo Oliveira et al (2010, p. 2) “Uma forma de destinação final recomendada pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos é a compostagem, um processo aeróbio de conversão da matéria orgânica em um composto estável que pode ser utilizado para enriquecer o solo”. A compostagem é uma forma sustentável que reutiliza os materiais orgânicos que normalmente seriam descartados, produzindo um fertilizante para as plantas. 
	A composteira pode ser feita por qualquer pessoa é uma ótima alternativa para dar uma melhor destinação ao material orgânico, se cada pessoa ou família tivesse uma composteira em casa à quantidade de lixo orgânico cairia pela metade, isso amenizaria grande parte dos problemas.
	Existem dois métodos de compostagem principais, a vermicompostagem, que “consiste em usar minhocas para ajudar no processo. É necessário uma composteira doméstica de três caixas, matéria seca (que pode ser serragem, grama e folha seca), uma camada de terra e um pacote de minhocas” (SOUSA, 2019). Já compostagem seca é um pouco mais demorada, pois “usa apenas os microrganismos presentes no solo, como fungos e bactérias, para decomposição da matéria orgânica” (SOUSA, 2019).
	Segundo Alves e Bolivian (2010, p.140) “Um dos maiores problemas ambientais característico da sociedade de consumo é a falta de destino adequado para o lixo por ela produzido”. A urgente necessidade de conscientização das pessoas, segundo Bento, 2014:
Precisamos possibilitar aos nossos educandos a geração de consciência de que o lixo que produzimos diariamente é de nossa responsabilidade, e que transformar os resíduos sólidos orgânicos, que produzimos em casa, em adubo é compreender que precisamos contribuir para um planeta melhor e dessa forma vivenciar o que chamamos de desenvolvimento sustentável, e essa prática depende de mudanças de hábitos que pode sim começar no ambiente escolar.
	Necessita-se resgatar a consciência de que o lixo que produzimos é nossa responsabilidade e precisamos dar um destino correto a ele, e “a compostagem do lixo urbano é uma solução nobre, com visão de futuro, e deflagra uma bandeira onde o lixo constitui-se solução e não problema” (PEREIRA NETO, 1989 p.12).
	 Portanto levando em consideração o excesso de consumo de alimentos e o descarte inadequado dos resíduos orgânicos, fica evidente a necessidade de conscientizar os indivíduos a evitar o desperdício de alimentos além de que lhe dar um descarte apropriado, apresentando a compostagem como uma solução fácil que propicia um destino útil ao lixo orgânico, além de oferecer muitos benefícios ao meio ambiente e a saúde pública.
6. DESENVOLVIMENTO DA AULA 
	
	Consiste em utilizar os meios de comunicação para conscientizar o indivíduo através da informação sobre a importância de se evitar o desperdício de alimentos e a compostagem como uma alternativa para “reciclar” a matéria orgânica contribuindo para o meio ambiente e para a saúde dos seres humanos.
	O Vídeo iniciará com um slide afirmando “Faça um pouquinho pelo Planeta, aprenda compostagem” então será feita apresentação do professor e do tema da vídeo aula “Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável - fabricação de composteira artesanal para produção de adubo orgânico”, além de um breve apanhado sobre o novo formato do estágio supervisionado devido à pandemia do COVID-19 (Coronavírus).
	Em seguida será feito um questionamento pelo professor: O que você faz com lixo orgânico em sua casa? Você sabe o que acontece quando o lixo orgânico é descartado incorretamente? A partir do questionamento serão demonstrados alguns dados quantitativos do percentual de lixo produzido no Brasil, e como é o descarte desse lixo.
	Serão apresentados os problemas ocasionados pelo descarte inadequado da mateira orgânica, com objetivo de conscientizar os sujeitos dos impactos ambientais causados e então trazer uma solução que pode amenizar a situação, a compostagem.
	Evidenciando a ideia que através composteira doméstica podem-se reutilizar os dejetos orgânicos, transformando-os em fertilizantes que podem ser utilizados tanto em vasos de plantas como em uma horta, além de ajudar a preservar o meio ambiente e a saúde da população.
	Demonstrando a montagem e instalaçãotanto de uma composteira de matéria seca como uma vermicomposteira.
	Na vermicompostagem, serão necessárias três caixas empilhadas e interligadas. A duas caixas superiores terão vários furos no fundo, já na caixa de baixo não deve haver furos, mas sim uma torneira. Na caixa de cima se coloca sucessivamente a terra, minhocas, restos de alimentos picados e uma camada de matéria seca. Depois é só tampar e deixar abrigada do sol. Quando a caixa estiver cheia será trocada de posição com a do meio, onde ficará descansando de 30 a 60 dias. Já com a caixa de cima será feito o mesmo processo que a anterior. Na caixa bem de baixo se acumulará um biofertilizante, que são os líquidos dos alimentos e o xixi das minhocas. Esse tipo de compostagem não dá mau cheiro.
	Um pouco mais demorada a compostagem seca, porque não é acrescentado minhocas, agirão apenas os microrganismos presentes no solo para decompor a matéria orgânica. É bem possível que libera cheiro. O processo é bem semelhante, fora-se uma caixa com matéria seca, põe a terra, os restos de alimentos picados, e a matéria seca novamente. Quando a caixa estiver cheia e só deixar descansar por aproximadamente 60 dias. 
	Deve-se ter cuida sobre o que se coloca na composteira, pode-se abusar de restos de legumes, frutas, sementes, sacos de chás, erva de chimarrão, casca de ovo e borra de café. Devem-se evitar frutas cítricas, flores e guardanapos. Não se pode colocar carnes, papéis, fezes de animais, óleos e gorduras em geral.
	Após a demonstração se fará uma afirmação: Talvez você esteja se perguntando, não vou fazer isso, porque ninguém vai fazer mesmo, só minha atitude não fará diferença. Mas lembre-se que se todos pensarmos assim a situação só tende a se agravar, e como diz o ditado “é melhor prevenir do que remediar”, pois precisamos dos recursos naturais para nossa sobrevivência, se esses recursos se esgotarem, toda a forma de vida se acabará. 
	Por fim o professor desejará uma boa sorte na fabricação da composteira artesanal, e se colocará a disposição de tirar qualquer dúvida nos comentários.
7. RECURSOS
· Quatro caixas de plástico;
· Uma torneira;
· Terra;
· Minhocas;
· Serragem;
· Restos de alimentos.
8. REFERÊNCIAS
ALVES, A. T. B; BOLIGIAN, L. Geografia-Espaço e Vivência. 1ª ed., vol.3 - São Paulo: Saraiva 2010. 
BENTO, G. A. P. Conscientização Ambiental através da compostagem no espaço escolar, 2014. 25 f. Artigo. Desafios da escola pública paranaensena perspectiva do professor PDE, 2014.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf> Acesso em: 10 mai. 2020.
FRAGMAQ, 2017. Dois problemas causados pelo lixo orgânico não descartado corretamente. Disponível em: < https://www.fragmaq.com.br/blog/gestao-ambiental/dois-problemas-causados-pelo-lixo-organico-nao-descartado-corretamente/> Acesso: 6 mai. 2020.
INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA), 2012. Brasil coleta 183,5 mil toneladas de resíduos sólidos/ dia. Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=13932> Acesso em: 6 mai. 2020.
Ministério do Meio Ambiente. Compostagem Doméstica, Comunitária e Institucional de Resíduos Orgânicos. 2017. 70 f. Manual de Orientação. Brasília, 2017.
OLIVEIRA J. L. ET al. Compostagem dos resíduos orgânicos em instituições de ensino: experiências do IFCE - Campus Juazeiro Do Norte. 2018. 22 f. Artigo. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - Campus Juazeiro do Norte, 2018.
PEREIRA NETO, j. T. Compostagem: A grande solução ao equacionamento do lixo doméstico, Rotary Clube de Viçosa, Minas Gerais (Distr. 458), Nº799, p. 5-6, janeiro 1989.
SOUSA, E. Guia da compostagem: como transformar seu lixo orgânico em adubo. 2019. Disponível em:<https://revistaglamour.globo.com/Glamour-Apresenta/noticia/2019/08/guia-da-compostagem-como-transformar-seu-lixo-organico-em-adubo.html>. Acesso em: 5 de mai. 2020.

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