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22_Lei dos Juizados Especiais e da Fazenda_01


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Aula 01
Legislação Específica (tópicos 5 a 9) p/ TJ-MG
Professor: Ricardo Torques
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teoria e questões 
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AULA 00 
APRESENTAÇÃO DO CURSO 
CRONOGRAMA DE AULA 
Sumário 
 
1 - Considerações Iniciais .......................................................................... 2 
2 - Lei dos Juizados Especiais ..................................................................... 2 
2.1 - Introdução .................................................................................... 2 
2.2 - Disposições gerais .......................................................................... 4 
2.3 - Juizados Especiais Cíveis ................................................................. 9 
2.4 - Dos Juizados Especiais Criminais .................................................... 23 
3 - Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública ....................................... 25 
4 - Questões .......................................................................................... 28 
4.1 - Questões sem Comentários ........................................................... 28 
4.2 - Gabarito ...................................................................................... 33 
4.3 - Questões com Comentários ........................................................... 33 
5 - Resumo ............................................................................................ 43 
5.1 - Lei dos Juizados Especiais ............................................................. 43 
5.2 - Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública .................................. 48 
6 - Considerações Finais .......................................................................... 50 
 
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AULA 01 – LEIS DOS JUIZADOS 
1 - Considerações Iniciais 
Na aula de hoje vamos analisar, especificamente, os pontos 5 e 6 da ementa do 
pré-edital, que escolheu a CONSULPLAN como banca do nosso concurso. 
5. Lei dos Juizados Especiais - Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995: 5.1. Disposições 
gerais (arts. 1º e 2º). 5.2. Dos Juizados Especiais Cíveis (arts. 3º a 11). 5.3. Dos Juizados 
Especiais Criminais (arts. 60 a 62). 
6. Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública - Lei nº 12.153, de 22 de dezembro de 
2009: 6.1. Arts. 1º, 2º e 5º. 
Será uma aula tranquila. Contudo, nossa expectativa é de que tenhamos, ao 
menos, uma questão envolvendo o assunto! Portanto, estude a aula com atenção 
e revise o resumo perto da data da prova! 
Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Será um 
prazer orientá-los da melhor forma possível nesta caminhada que se inicia hoje. 
 
rst.estrategia@gmail.com 
 
https://www.facebook.com/ricardo.s.torques 
2 - Lei dos Juizados Especiais 
2.1 - Introdução 
Para começar com a matéria, temos que analisar o art. 24, X, e art. 98, I, ambos 
da CF. Vamos ler esses dispositivos? 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; 
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: 
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I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para 
a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e 
infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e 
sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de 
recursos por turmas de juízes de primeiro grau; 
O primeiro dispositivo prevê a regra de competência para criação dos Juizados 
Especiais e o segundo dispositivo confere aos entes criar os Juizados, 
estabelecendo alguns parâmetros para os Juizados. 
Portanto, a União, juntamente com os Estados e o DF, podem estabelecer normas 
tratando dos Juizados Especiais. No caso, a Lei 9.099/1995 é uma lei federal 
(elaborada pela União) de caráter nacional (que se aplica a todo o país). 
Os Juizados Especiais atuarão na conciliação, julgamento e execução de duas 
espécies de causas: 
 
Além disso, a CF estabelece alguns parâmetros relevantes para a atuação dos 
Juizados Especiais. Atenção! 
 
Note que todos esses parâmetros indicam que os Juizados têm por finalidade 
principal desafogar da Justiça comum, com a análise dos processos mais simples. 
Com isso, são criados parâmetros para agilizar o julgamento desses processos. 
OS JUIZADOS 
ESPECIAIS SÃO 
CRIADOS PARA TRATAR
Causas cíveis de menor 
complexidade; e
Infrações penais de menor 
potencial ofensivo.
PARÂMETROS PARA OS 
JUIZADOS ESPECIAIS
Procedimento oral Procedimento sumariíssimo
Com o objetivo de 
promover a 
transação 
Julgamento de 
recursos por turmas 
de juízes de 
primeiro grau
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Vamos à Lei do Juizado?! 
2.2 - Disposições gerais 
Nas disposições gerais, nós temos dois artigos, um que define a aplicabilidade da 
lei e outro que trata dos princípios que orientam a Lei dos Juizados Especiais! 
Nem é preciso dizer que você tem que memorizar ambos os dispositivos. 
Por isso, vamos com calma... 
O art. 1º esclarece que os Juizados Especiais, tanto os civis (denominados de 
JECs) como os criminais (denominados de JECRIMs), serão criados para atuar na 
Justiça Estadual Comum. 
Veja o dispositivo: 
Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, serão 
criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para 
conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência. 
Pergunta: 
Como assim Justiça Estadual Comum? 
Veja, o Poder Judiciário, que está disciplinado no art. 92, da CF, é estruturado 
em ramos! 
A estrutura do Poder Judiciário brasileiro é hierarquizada e distribuída em 
diversos órgão. No ápice de todo o sistema está o Supremo Tribunal Federal, 
guardião da CF. Também em nível hierárquico superior estão o STJ, TSE, SMT e 
TST. 
Na segunda instância temos uma grande divisão: diferencia-se as “justiças 
comuns” das “justiças especializadas”. Os Juizados Especiais, como diz o 
dispositivo, está na estrutura da justiça ordinária, ou seja, na Justiça Comum! 
A Justiça Comum, por sua vez, distingue-se em Justiça Comum Estadual e Justiça 
Comum Federal. A diferença entre elas é simples: a Justiça Federal é responsável 
por julgar os processos que são de competência da União, conforme regras de 
competência do art. 109, da CF. 
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Portanto, a Lei 9.099/1995 aplica-se à Justiça Comum estadual, sem considerar 
a Justiça Federal, cujos juizados observam uma lei específica, que não interessa 
para a nossa prova. Ok? 
Veja o organograma do Poder Judiciário: 
 
 
Os Juizados estão, portanto, nessa área destacada acima! 
Só uma observação, no âmbito do Distrito Federal, dadas as peculiaridades desse 
ente federativo, quem instituirá o Juizado Especial Cível e Criminal será a União. 
Sigamos! 
O art. 2º é fundamental para a prova, como dissemos, ele estabelece princípios 
que informam toda a Lei 9.099/1995.Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, 
informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, 
a conciliação ou a transação. 
Temos várias informações valiosas nesse dispositivo! São quatro os princípios 
identificados a partir desse dispositivo: 
STF
STJ
TJ
juízes 
estaduais
TRF
juízes 
federais
TSE
TRE
Juízes 
Eleitorais
STM
Juiz 
Auditor 
Militar
TST
TRT
juízes do 
trabalho
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Vejamos cada um desses princípios. 
Princípio da Oralidade 
Os processos judiciais caracterizam-se por serem demorados, com a produção de 
diversas peças processuais, com juntada de documentos e concessão de vários 
prazos. Todo esse procedimento burocratizado torna o processo lento! 
Com o intuito de agilizar o trâmite, a Lei dos Juizados prioriza a oralidade, ou 
seja, dá prevalência à prática de atos processuais de forma verbal. Ao invés de o 
advogado da parte peticionar, prefere-se que ele se manifeste oralmente, de 
forma objetiva e direta, sem maior “enrolação”. Esse é o espírito do princípio. 
Temos alguns exemplos de utilização desse princípio na Lei dos Juizados: 
 Possibilidade de a parte outorgar procuração ao advogado de forma 
verbal na audiência; e 
 Possibilidade de apresentação da contestação de forma oral. 
Princípio da simplicidade e da informalidade 
Esse princípio destaca que a pretensão da Lei dos Juizados é analisar a matéria 
sem se preocupar com o formalismo inerente ao processo. A finalidade de um 
processo é julgar a causa de acordo com a lei, fazendo a justiça no caso concreto. 
Para tanto, criou-se a falsa acepção de que o formalismo é necessário para que 
as regras jurídicas materiais e processuais sejam cumpridas. 
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Princípio da Oralidade
Princípio da simplicidade e da Oralidade
Princípios da economia processual e da 
gratuidade no primeiro grau de jurisdição
Princípio da Celeridade
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O resultado dessa realidade prejudica o desenvolvimento do processo e a entrega 
da prestação jurisdicional, ou seja, a sentença do juiz resolvendo a lide entre as 
partes. 
Em razão disso, por esse princípio, pretende-se enfatizar a finalidade do 
processo: que é julgar o mérito da discussão. 
Em razão desse princípio, se houver alguma irregularidade, mas essa 
irregularidade não for capaz de gerar prejuízos às partes, não haverá decretação 
de nulidade do ato. O processo seguirá, ainda que algum dos atos processuais 
praticados no processo esteja irregular. 
Como exemplo de simplificações e da informalidade podemos citar: 
 as intimações são consideradas válidas quando simplesmente entregues 
ao encarregado da recepção nas intimações postais de pessoas jurídicas de 
direito privado. 
Princípios da economia processual e da gratuidade no primeiro grau 
de jurisdição 
A economia processual remete à ideia de “obter o máximo de rendimento da lei 
com menor número de atos processuais”. Já a gratuidade implica a dispensa do 
pagamento de custas, taxas ou eventuais despesas da propositura até o final da 
ação. Esses valores somente serão pagos ao final do processo, pela parte vencida 
na demanda judicial. 
Princípio da Celeridade 
Esse é o principal objetivo da Lei dos Juizados. O princípio da celeridade sempre 
foi alvo de discussão, pois o processo não pode ser rápido demais a ponto de 
“passar por cima” do direito das partes. Também não pode demorar em excesso, 
sob pena de não haver utilidade na prestação jurisdicional. 
Por isso, se diz que o processo deve demorar apenas o estritamente necessário 
para o seu correto julgamento. 
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Como as causas simples envolvem menos discussões jurídicas, recursos e provas, 
entende-se que devem tramitar mais rápido. Portanto, o princípio da celeridade 
é o pressuposto básico das ações que passam pelos Juizados. 
Nessa parte inicial da matéria é importante ter conhecimento de alguns exemplos 
de aplicação desse princípio: 
 Realização de uma audiência única, para tentativa de conciliação, para 
produção de provas e, inclusive, para lançamento da sentença pelo juiz. 
 Ao contrário do que temos no processo comum, não se admite a 
participação de terceiros e assistentes no processo, para que a demanda 
seja julgada mais rapidamente. 
Busca pela conciliação e pela transação 
Na parte final do art. 2º fala-se em busca pela “conciliação e pela transação”. A 
ideia aqui é chegar à solução da causa, sem a necessidade da sentença. Ou seja, 
pretende-se que as partes (e não o juiz!) resolvam a lide judicial! 
Mas você sabe qual a diferença entre conciliação e transação? 
Para a Lei dos Juizados, considere: 
 
CONCILIAÇÃO
é necessário que o acordo surja perante o 
juiz, com intervenção do magistrado na 
orientação e convencimento das partes
TRANSAÇÃO
as partes, após o ajuizamento da demanda no 
Juizado, se reúnem e decidem por fim ao 
processo e, após o acordo, formalizam no 
processo o acordo para ser homologado.
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2.3 - Juizados Especiais Cíveis 
Na sequência, vamos estudar as regras gerais relativas aos Juizados Especiais 
Cíveis, em especial os arts. 3º a 11, da Lei dos Juizados. São quatro os assuntos 
que estudaremos: 
 Competência; 
 Juiz, conciliadores e juízes leigos; 
 Partes; e 
 Atos processuais. 
Competência 
Nós vimos no início da aula que as “causas cíveis de menor complexidade” serão 
de competência dos Juizados Especiais Cíveis, que denominaremos aqui de JEC. 
E quais são essas causas? 
O art. 3º estabelece quais são as ações de conhecimento de competência do 
JEC. Leia, com atenção! 
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e 
julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: 
I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; 
II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; 
III - a ação de despejo para uso próprio; 
IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no 
inciso I deste artigo. 
Nós temos, portanto, quatro hipóteses. A primeira delas é a mais importante. 
Todas as ações cujo valor da causa não exceder a 40 vezes o salário mínimo, 
podem ser ajuizadas perante o JEC. 
40 X R$ 880,00 = R$ 35.200,00 
Assim, a causa que não ultrapassar a importância de R$ 35.200,00 poderá ser 
ajuizada perante o JEC. 
A segunda hipótese faz referência ao art. 275, II, do antigo CPC. 
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Com o Novo CPC, qual regra será aplicável? 
Prevê o art. 1.063 do NCPC: 
Art. 1.063. Até a edição de lei específica, os juizados especiais cíveis previstos na Lei no 
9.099, de 26 de setembro de 1995, continuam competentes para o processamento e 
julgamento das causas previstas no art. 275, inciso II, da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 
1973. 
Portanto, o que o dispositivo acima quer nos dizer, em verdade, é que 
continuamos a aplicar as hipóteses do art. 275, II, doCPC. Vamos a ela, 
então?! 
II – nas causas, qualquer que seja o valor: 
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; 
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; 
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; 
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; 
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, 
ressalvados os casos de processo de execução; 
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação 
especial; 
g) que versem sobre revogação de doação; 
h) nos demais casos previstos em lei. 
Para a nossa prova, é importante memorizar as hipóteses acima. Aqui não tem 
outra alternativa a não ser ler essas hipóteses várias vezes até conseguir 
memorizar o conteúdo. 
Para facilitar a absorção, confira este esquema: 
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Note que vimos até agora duas hipóteses de competência, uma pautada no valor 
da causa. Nessa primeira hipótese, se a causa for cível, mas não ultrapassar o 
valor de R$ 35.200,00 será de competência do Juizado. Além disso, temos o rol 
acima que são matérias de competência do JEC, independentemente do valor 
conferido à ação. 
Ainda, dentro do art. 3º estudado, temos outras duas hipóteses de competência 
do JEC: 
 a ação de despejo para uso próprio; e 
 as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não exceda a R$ 
35.200,00. 
Para que você não erre questões sobre o assunto na prova, memorize o quadro 
de competência abaixo. 
•arrendamento rural e parceria agrícola;
•cobrança ao condômino; 
•ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;
•ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre;
•cobrança de seguro em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo 
de execução;
•cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado legislação especial;
•revogação de doação;
•demais casos previstos em lei.
É DA COMPETÊNCIA DO JEC, INDEPENDENTEMENTE DO 
VALOR DA CAUSA
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Esse rol acima retrata a competência do JEC para processar e julgar processos 
de conhecimento. O §1º, do art. 3º, traz processos de execução que são de 
competência do JEC. Veja como é fácil: 
§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução: 
I - dos seus julgados; 
II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, 
observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei [ressalva: o incapaz, o preso, as pessoas 
jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente 
civil]. 
Assim, o JEC será competente para executar seus próprios processos e 
todos os títulos executivos extrajudiciais, com exceção daqueles nos 
quais uma das partes for incapaz, preso, pessoa jurídica de direito 
público, empresas públicas da União, massa falida ou insolvente civil. 
As ações cujo valor da 
causa não exceder R$ 
35.200,00.
Ação de arrendamento 
rural e parceria 
agrícola.
Ação de cobrança ao 
condômino.
Ressarcimento por 
danos em prédio 
urbano ou rústico.
Ressarcimento por 
danos causados em 
acidente de veículo de 
via terrestre.
Cobrança de seguro 
em acidente de 
veículo, ressalvados os 
casos de processo de 
execução.
Cobrança de 
honorários dos 
profissionais liberais, 
ressalvado legislação 
especial.
Revogação de doação. Demais ações previstas em lei.
Ação de despejo para 
uso próprio.
Ações possessórias 
sobre bens imóveis de 
valor não exceda a R$ 
35.200,00.
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Com isso, finalizamos a análise das regras de competência dos Juizados. Na 
sequência, avançamos para o §2º, do art. 3º, que traz um rol de processos que 
não podem ser da competência do JEC. 
§ 2º Ficam EXCLUÍDAS da competência do Juizado Especial as causas de natureza 
alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a 
acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho 
patrimonial. 
Para a prova, memorize: 
 
Essas espécies processuais acima não podem ser julgadas perante o JEC. 
Agora, para encerrar o art. 3º, resta uma pergunta: 
E se ao final do julgamento, a condenação ultrapassar o valor limite? 
Por exemplo, e se a condenação atingir R$ 40.000,00? 
Para essas hipóteses aplica-se o §3º. Esse dispositivo prevê que se a parte optar 
por executar o valor da ação perante o Juizado Especial, abrirá mão (renúncia) 
do valor excedente a 40 salários mínimos. 
Há, entretanto, uma exceção: a conciliação! A conciliação, como vimos, é 
incentivada no âmbito dos Juizados Especiais. Assim, se as partes firmarem 
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relativas a acidentes de trabalho
relativas a resíduos 
relativas ao estado 
relativas à capacidade das pessoas
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acordo em valor superior a 40 salários mínimos, tal acordo será exigível perante 
o Juizado Especial. Vale dizer, se a parte não pagar como acordado, será possível 
executar o valor integral perante o JEC. 
Leia: 
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito 
excedente ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação. 
Com isso, finalizamos as regras de competência. Estudamos, as matérias que 
podem ser julgadas perante o JEC. O art. 4º, que passamos a estudar, trata 
do foro. 
Uma vez definida a competência do Juizado Especial, a parte tem que saber 
exatamente perante qual Juizado irá ajuizar a ação. A definição do foro – também 
chamada de competência de foro – tem por finalidade definir entre os inúmeros 
Juizados qual é o competente para julgar a ação que se pretende ingressar. 
A leitura do art. 4º vai facilitar a sua compreensão: 
Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro: 
I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades 
profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, 
sucursal ou escritório; 
II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita; 
III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de 
dano de qualquer natureza. 
Parágrafo único. EM QUALQUER HIPÓTESE, PODERÁ A AÇÃO SER PROPOSTA NO 
FORO PREVISTO NO INCISO I DESTE ARTIGO. 
Embora o dispositivo acima seja relativamente extenso, a regra é simples: uma 
vez sendo matéria de competência do Juizado Especial, a ação deve ser 
proposta perante o domicílio do réu ou no local onde o réu exerça suas 
atividades. É o que estabelece o inc. I. 
Os incs. II e III trazem duas hipóteses específicas de fixação do foro. 
A primeira delas se aplica aos processos que envolvem obrigações. Por exemplo, 
se determinada pessoa se obriga a efetuar uma pintura em determinada casa e 
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não o faz, a ação, se ajuizadaperante o JEC, deverá ser proposta no foro onde 
está a casa, local em que deveria ter sido cumprida a obrigação. Assim, se o 
contratante residir em Uberlândia e o pintor e Belo Horizonte, mas a casa estiver 
localizada em Juiz de Fora, será perante o Juizado Especial de Juiz de Fora que a 
ação deverá ser proposta. Isso pelo simples fato de que é o local onde a obrigação 
de fazer (no caso, de pintar) deveria ser cumprida. 
A segunda hipótese específica prevê que a ação poderá ser ajuizada no domicílio 
do autor, nas ações de reparação de danos. Note que nesse caso, temos uma 
situação específica: reparação de danos. A fim de facilitar o ingresso em Juízo 
pela vítima, admite-se que a ação seja proposta perante o domicílio do autor. 
Para encerrar o dispositivo, é fundamental que você compreenda bem o parágrafo 
único. Ele disciplina que nas hipóteses do inc. II e III, mesmo que seja possível 
ingressar com a ação em outro lugar (local em que a obrigação deve ser cumprida 
ou domicílio do autor, respectivamente), a parte autora poderá optar pela regra 
geral, qual seja: propor a ação perante o domicílio do réu! 
O que eu levo para a prova? 
 
Juiz, dos Conciliadores e dos Juízes Leigos 
Neste tópico vamos analisar 3 artigos! Vamos começar com o art. 5º: 
COMPETÊNCIA DE 
FORO
regra
domicílio do réu
hipóteses específicas
local em que a obrigação 
deve ser cumprida
domicílio do autor nas 
ações de reparação de 
dano
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Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem 
produzidas, para apreciá-las e para dar especial valor às regras de experiência comum ou 
técnica. 
Nós vimos na parte dos princípios que o processo que tramita perante o Juizado 
Especial é orientado pela informalidade. Nesse contexto, o Juiz, ao julgar, deve 
levar em consideração a lei e, para isso, terá que analisar as provas do processo 
para decidir. Nesse contexto, o art. 5º traz uma flexibilização em nome do 
princípio da informalidade, a fim de permitir que o juiz julgue de acordo com as 
regras de experiência comum ou técnica, para além das provas produzidas nos 
autos. Trata-se de julgar com o “bom senso”, mesmo que as provas não sejam 
cabais. 
Em razão disso, deverá decidir o magistrado de acordo com o que reputar mais 
justo e equânime, com vistas a atingir o objetivo central do processo, qual seja, 
prestar a tutela jurisdicional a quem tem direito. É exatamente nesse sentido a 
regra do art. 6º. Veja? 
Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, 
atendendo aos fins sociais da lei e às exigências do bem comum. 
No art. 7º novamente vamos falar de conciliação. Esse instituto é tão destacado 
no âmbito da Lei 9.099/1995, que há previsão de contratação de conciliadores e 
juízes leigos, cuja finalidade principal é auxiliar na solução dos litígios, 
especialmente por intermédio da conciliação. Veja: 
Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os 
primeiros, preferentemente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados 
com mais de cinco anos de experiência. 
Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os 
Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas funções. 
Da leitura do art. 7º extraímos uma pequena diferença entre conciliador e Juiz 
Leigo: 
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É só essa a diferença entre um e outro? 
Não! Sem necessidade de maior aprofundamento para fins de prova, você tem 
que saber que o conciliador atua apenas na condução da audiência de conciliação, 
que será realizada de forma supervisionada por um juiz leigo ou por um 
magistrado de Direito. Já o juiz leigo poderá atuar com maior liberdade, sem 
necessidade de supervisão, na audiência de conciliação. Além disso, o juiz leigo, 
desde que supervisionado, poderá fazer audiência de instrução (de produção de 
provas) e proferir decisão, que será posteriormente homologada, ou não, pelo 
juiz. 
De todo modo, para fins da nossa prova basta lembrar dos dispositivos acima. 
Partes 
Em relação às partes envolvidas nos processos que tramitam perante o Juizado 
Especial, a Lei 9.099/1995 traz os arts. 8º a 11. Esses dispositivos estabelecem 
várias regras, como algumas vedações, ou seja, algumas pessoas e entidades 
que não podem se valer dos Juizados Especiais para julgarem seus litígios e 
também regras de representação no JEC. 
 Pessoas e entidades que não podem se valer do JEC 
Não podem ser partes (seja autor ou réu) no JEC: 
 Incapaz; 
 Preso; 
 Pessoas jurídicas de direito público; 
 Empresas públicas da União; 
CONCILIADOR preferencialmente bacharel em Direito
JUIZ LEIGO preferencialmente advogados com mais de 5 anos de experiência
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 Massa falida; e 
 Insolvente civil. 
As ações que envolvem essas pessoas possuem interesses específicos, mais 
relevantes e que não podem ser flexibilizados em nome da celeridade. Vale dizer, 
não se corre o risco de julgar processos envolvendo incapazes, presos, pessoas 
jurídicas de direito público, empresas da União, massa falida e insolventes 
perante o Juizado. 
Assim, para que uma pessoa física possa demandar perante o Juizado Especial 
deverá ser capaz. 
Em relação às pessoas jurídicas, somente podem demandar perante o JEC: 
 microempreendedores individuais; 
 microempresas; 
 empresas de pequeno porte; 
 OSCIP; 
 sociedades de crédito ao microempreendedor. 
Todas essas regras estão previstas no art. 8º. Para memorizar, leia com atenção 
e, em seguida, veja um quadro síntese: 
Art. 8º NÃO poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, 
as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa 
falida e o insolvente civil. 
§ 1o SOMENTE serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: 
I - as pessoas físicas capazes, EXCLUÍDOS os cessionários de direito de pessoas 
jurídicas; 
II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas 
e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro 
de 2006; 
III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de 
Interesse Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; 
IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei 
no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001. 
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§ 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive 
para fins de conciliação. 
Para a prova... 
PODEM SER PARTE NO JEC NÃO PODEM SER PARTE NO JEC 
Pessoas físicas capazes 
Microempreendedores individuais 
Microempresas 
Empresas de pequeno porte 
OSCIP 
Sociedades de crédito ao microempreendedor 
Incapaz 
Preso 
Pessoas jurídicas de direito público 
Empresas públicas da União 
Massa falida 
Insolvente civil 
Pessoas jurídicas de modo geral (a não ser as 
que constam do outro lado da tabela) 
 Regras de representação no JEC 
Em regra, a parte deve estar acompanhada de advogado para ingressar ou se 
defender em um processo judicial. Assim, antes de tudo, a parte precisa contratar 
um advogado.Essa regra é flexibilizada nos Juizados Especiais! 
O art. 9º estabelece que, nas causas de até 20 salários mínimos, as partes podem 
comparecer em Juízo pessoalmente, sem necessidade de advogado. Contudo, se 
a condenação for no valor de 20 ou mais salários mínimos (claro, limitado até 
40), a contratação de advogado é obrigatória! 
Veja: 
Art. 9º Nas causas de valor ATÉ VINTE SALÁRIOS MÍNIMOS, as partes comparecerão 
pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de VALOR SUPERIOR, a 
assistência é obrigatória. 
Contudo, na prática teremos situações nas quais uma parte poderá comparecer 
com advogado e a outra sem. Se isso acontecer, entendeu o legislador que tais 
situações são prejudiciais ao desenvolvimento e defesa da parte sem advogado. 
Em razão dessa situação de desvantagem (denominada de hipossuficiência 
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jurídica), o §1º abaixo prevê que o próprio JEC terá serviço de assistência 
judiciária, que atuará junto ao órgão para a defesa dativa dessas partes. 
Leia com atenção: 
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecer assistida por 
advogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá a outra parte, 
se quiser, assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao Juizado 
Especial, na forma da lei local. 
Sigamos com os demais parágrafos. 
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio por advogado, quando a causa 
o recomendar. 
§ 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, SALVO quanto aos poderes especiais. 
O parágrafo acima estabelece que o mandato do advogado poderá ser concedido 
verbalmente. Essa regra respeita os princípios da oralidade, simplificação e 
informalidade que estudamos acima. Contudo, é importante chamar atenção para 
o fato de que, para concessão de poderes especiais, é necessário que o mandato 
seja escrito. 
E o que significa essa expressão “poderes especiais”? 
Quando uma pessoa contrata um advogado, ela assina um mandato que confere 
poderes para o advogado atuar em nome da parte. Esse mandato poderá ser o 
geral de foro, ou seja, uma espécie de mandato “básico”, que tem por finalidade 
permitir que o advogado atue em nome da parte, apresentando petições, 
produzindo provas, conduzindo o processo. Há, contudo, a possibilidade de que 
esse mandato seja concedido com poderes especiais, como, por exemplo, com a 
prerrogativa de desistir da ação, de assinar um acordo, de efetuar pagamento ou 
de receber valores. Note que nesse último caso a responsabilidade é maior. Em 
razão disso, o mandato é qualificado com poderes especiais. Além disso, em tal 
hipótese, de acordo com o que vimos acima, o mandato não poderá ser concedido 
verbalmente, mas deverá ser necessariamente por escrito. 
Vamos seguir com a análise dos dispositivos. 
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Como vimos, existem algumas pessoas jurídicas que podem atuar perante os 
Juizados Especiais. A pessoa jurídica, tal como estudada em Direito Civil, é uma 
ficção jurídica, pois não é uma pessoa propriamente, mas a reunião de várias 
pessoas ou capitais em torno de um objetivo. Assim, para que a pessoa se faça 
presente, ela deve se apresentar na figura do administrador ou dos sócios. Essa 
é a regra. Contudo, muitas vezes, ainda mais em empresas maiores, o 
administrador ou sócio não pode comparecer para resolver todas necessidades 
da empresa. 
Sensibilizado com essa realidade, o legislador estabeleceu a regra constante do 
§4º, segundo o qual as pessoas jurídicas podem comparecer perante o JEC 
representados por um preposto. Esse preposto não precisa ser necessariamente 
um empregado da empresa, mas deve portar o que se denomina de carta de 
preposição, ou seja, um documento assinado pelo administrador ou pelo sócio da 
empresa que autorize a pessoa a atuar naquele processo. 
Além disso, existe uma outra regra relevante relativamente à carta de 
preposição: ela deverá conter a menção expressa de que o preposto poderá 
firmar acordos perante o Juizado Especial. 
Qual o motivo dessa regra? 
Muito simples! Um dos principais objetivos do JEC é propiciar que os processos 
sejam decididos sem necessidade da sentença, por intermédio do acordo ou da 
transação. Não é mesmo? 
Em razão disso, a carta de preposição deverá conter poderes para que o preposto 
possa transigir em nome da pessoa jurídica. 
Agora veja como ficou fácil compreender o §4º: 
§ 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado 
por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem 
haver necessidade de vínculo empregatício. 
Para encerrar mais esse ponto da matéria, vejamos os arts. 10 e 11, que trazem 
duas regras simples, mas que caem com frequência em prova: 
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Art. 10. NÃO se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem 
de assistência. ADMITIR-SE-Á O LITISCONSÓRCIO. 
Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos previstos em lei. 
Esses dispositivos falam de outras pessoas que podem ou não podem atuar nos 
processos perante o Juizado. Para a prova você tem que memorizar: 
NÃO PODEM PARTICIPAR DO PROCESSO PODEM PARTICIPAR DO PROCESSO 
Terceiros 
Assistentes 
Litisconsortes 
Ministério Público 
A ideia aqui é de simplicidade. Se a causa for complexa, que envolva outros 
interesses ou outras pessoas, o processo não poderá tramitar pelo JEC. Contudo, 
admite-se a participação do Ministério Público, que atua na defesa dos interesses 
da sociedade e de litisconsortes. 
Em relação aos litisconsortes, a regra não poderia ser diferente, porque 
litisconsorte é aquele que é, também, autor ou réu no processo. A diferença é 
que ele foi chamado ao processo posteriormente. Como é autor, ou réu, ele tem 
que participar. Por exemplo, em uma ação que vise cobrar condomínio atrasado 
de um casal, proprietários do imóvel. Se a ação for intentada apenas contra um 
dos cônjuges, o outro deverá ser chamado na condição de litisconsorte, pois, em 
verdade, também é réu, tal como seu cônjuge. 
Atos processuais 
Ao longo do processo as partes se manifestam, produzem provas, formulam 
requerimentos, são intimadas etc. Esse conjunto de atos praticados no 
desenvolvimento de todo o processo são chamados de “atos processuais”. 
Na sequência, vamos estudar alguns dispositivos que trazem regras específicas 
relativamente à pratica dos atos processuais. São regras simples e com a leitura 
atenta podemos compreendê-las sem maiores dificuldades. 
Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, 
conforme dispuserem as normas de organização judiciária. 
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Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades 
para as quais forem realizados, atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei. 
§ 1º NÃO se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. 
§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer 
meio idôneo de comunicação. 
§ 3º Apenas os atos considerados essenciais serão registrados resumidamente, em 
notas manuscritas, datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas.Os demais atos poderão 
ser gravados em fita magnética ou equivalente, que será inutilizada após o trânsito em 
julgado da decisão. 
§ 4º As normas locais disporão sobre a conservação das peças do processo e demais 
documentos que o instruem. 
Dos dispositivos acima, vamos efetuar dois destaques: 
 Como vimos, a ideia de simplicidade impõe que eventuais falhas (leia-
se, irregularidades) sejam desconsideradas. Ainda que determinado ato 
processual tenha sido praticado com alguma irregularidade, mas sem 
causar prejuízo às partes, esse ato será considerado válido. É que diz a 
regra constante do §2º. 
 Em nome da oralidade, os atos são praticados, em regra, na forma 
verbal, com exceção dos atos essenciais, que são registrados de forma 
resumida. 
Com isso encerramos a primeira parte relativa ao estudo dos Juizados. Vimos as 
regras que se aplicam aos Juizados Especiais Cíveis. Na sequência, vamos 
analisar as regras relativas ao Juizados Especiais Criminais, denominados de 
JECRIM. Para nossa sorte, são apenas 3 artigos! Vamos em frente! 
2.4 - Dos Juizados Especiais Criminais 
Em relação ao JECRIM devemos saber que se trata de órgão responsável para 
julgar a prática de contravenções penais e crimes de menor potencial ofensivo. 
Esses delitos poderão ser julgados tanto por juízes de direito como por juízes 
leigos auxiliados por juízes togados. 
Veja: 
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Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, 
tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de 
menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação 
dada pela Lei nº 11.313, de 2006) 
Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, 
decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos 
da transação penal e da composição dos danos civis. (Incluído pela Lei nº 11.313, de 2006) 
A grande pergunta está em saber: 
Que delitos se enquadram nesses parâmetros? 
Contravenções penais são os delitos considerados como tal em lei específica. Essa 
norma é o Decreto-Lei 3.688/1941. Não precisa estudá-lo, nem sequer saber 
quais os parâmetros definidos nesse diploma. Para fins do nosso estudo basta 
saber que os crimes tipificados na Lei de Contravenções Penais podem ser 
processados e julgados no JECRIM. 
E quanto aos crimes de menor potencial ofensivo, o art. 61 diz determina: 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos 
desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 
11.313, de 2006) 
Portanto, são considerados crimes de menor potencial ofensivo aqueles para os 
quais a lei cominar pena máximo não superior a 2 anos! 
Memorize: 
 
Para encerrar o tópico relativos aos Juizados Especiais Criminais, falta analisar o 
art. 62 que traz os parâmetros que orientam o JECRIM. Note que esses 
parâmetros são os mesmos daqueles estabelecidos lá no art. 2º: 
ESTÃO 
SUJEITOS AO 
JECRIM:
Contravenções penais
Crimes cuja pena máxima 
não ultrapasse 2 anos.
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Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, 
informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a 
reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de 
liberdade. 
A única diferença reside no fato de que busca-se, no JECRIM, sempre que 
possível, a reparação dos danos causados à vítima e a não aplicação de penas 
restritivas de liberdade ao culpado. 
 
Encerramos o estudo dos dispositivos exigidos relativos à Lei 9.099/1995. 
3 - Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública 
Os Juizados Especiais da Fazenda Pública são criados com uma finalidade 
específica: conciliar, processar e julgar causas cíveis de interesses dos Estados-
membros, do Distrito Federal e dos Municípios, quando o valor da causa não 
atingir 60 salários mínimos. 
Tal como vimos em relação à Lei 9.099/1990, a Lei 12.153/2009 impõe à União 
a obrigação de criar tais Juizados no âmbito do Distrito Federal. Já aos Estados-
membros compete criar seus próprios Juizados de Fazenda Pública. Confira: 
Art. 1º Os Juizados Especiais da Fazenda Pública, órgãos da justiça comum e 
integrantes do Sistema dos Juizados Especiais, serão criados pela União, no Distrito Federal 
e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas 
causas de sua competência. 
Parágrafo único. O sistema dos Juizados Especiais dos Estados e do Distrito Federal é 
formado pelos Juizados Especiais Cíveis, Juizados Especiais Criminais e Juizados Especiais 
da Fazenda Pública. 
O art. 2º discrimina a regra de competência desses Juizados, que segue o valor 
da causa como parâmetro: 
OBJETIVOS 
ESPECÍFICOS DO 
JECRIM
Reparação do dano causado à 
vítima
Não aplicação de penas restritivas 
de liberdade
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Art. 2º É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar 
e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios 
e dos Municípios, ATÉ O VALOR DE 60 (SESSENTA) SALÁRIOS MÍNIMOS. 
§ 1º NÃO se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: 
I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, 
populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos 
ou interesses difusos e coletivos; 
II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, 
autarquias e fundações públicas a eles vinculadas; 
III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a 
servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares. 
Portanto: 
 
COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS 
ESPECIAIS FEDERAIS
regra
causas até 60 salários mínimos (R$ 
52.800,00)
não entram na regra de 
competência
mandado de segurança
ações de desapropriação, divisão e 
demarcação
ações de improbidade administrativa
execuções fiscais
demandas que envolvam direitos ou 
interesses difusos e coletivos
causas sobre bens imóveis dos Estados-
membros, DF e municípios (e respectivas 
entidades indiretas)
causas que tenham como objetivo 
impugnar penalidade de demissão 
aplicada a servidor ou sanções 
disciplinares aplicadas a militares
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O §2º traz uma regra específica que trata de obrigações parceladas. Por exemplo, 
se o Estado-membro tiver um crédito de 10 parcelas de R$ 6.000,00 não poderá 
demandar perante a Fazenda Pública, pois o total de parcelas, vencidas e 
vincendas (a vencer), ultrapassa o limite de 60 mínimos. 
Assim, de acordo com o dispositivo abaixo, o total do crédito devido não pode 
ultrapassar o limite, no apurado de 12 parcelas, o montante de R$ 
52.800,00. 
Confira: 
§ 2º Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do 
Juizado Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e de eventuais parcelas 
vencidas não poderá exceder o valor referido no caput desteartigo. 
§ 3º Vetado. 
Pergunta-se: 
Um crédito de 60 parcelas de R$ 2.000,00 cada, poderá ser exigido 
perante o Juizado Especial de Fazenda Pública? 
Sim poderá! Embora o montante total da dívida ultrapasse o limite de 60 salários 
mínimos, devemos considerar apenas a soma das 12 parcelas vincendas e 
eventuais vencidas. Se esse somatório não atingir mais de R$ 52.800,00, poderá 
ser exigido perante o Juizado. 
Quanto ao §4º, ele determina que a competência do Juizado, embora fixada em 
razão do valor da causa, é absoluta, ou seja, não poderá ser convencionada pelas 
partes. Desse modo 
§ 4º No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência 
é absoluta. 
Para finalizarmos a parte teórica pertinente à aula de hoje, vamos analisar o art. 
5º que informa quem poderá ser autor e quem poderá ser réu perante o Juizado 
Especial da Fazenda Pública. Confira: 
Art. 5o Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública: 
I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, 
assim definidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; 
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II – como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como 
autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas. 
Memorize: 
 
Vamos para a parte prática! 
4 - Questões 
4.1 - Questões sem Comentários 
Questão 01 – CONSULPLAN/TJ-MG - Juiz Leigo - 2015 
Nas causas previstas na Lei nº 9.099/1995, é competente o Juizado do Foro: 
a) Do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita. 
b) Do domicílio do autor em caso de dívidas relativas a cheques. 
c) Do local do ato ou fato no caso de cobrança de dívidas em geral. 
d) Exclusivamente no local do domicílio do autor, nas ações de reparação de 
dano. 
Questão 02 – CONSULPLAN/TJ-MG - Juiz Leigo 
P
O
D
E
M
 S
E
R
 P
A
R
T
E
S
 N
O
 J
U
IZ
A
D
O
autor
pessoas físicas
microempresas
empresas de pequeno 
porte
réus
Estados-membros (e 
entidades)
DF (e entidades)
Municípios (e 
entidades)
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Quanto aos temas “Das Partes” e “Do Pedido”, nos processos relativos aos 
Juizados Especiais Cíveis, regulados pela Lei nº 9.099/1995, admitirǦseǦá: 
a) Assistência. 
b) Litisconsórcio. 
c) Reconvenção. 
d) Intervenção de terceiros. 
Questão 03 – CONSULPLAN/TJ-MG - Titular de Serviços de 
Notas e de Registro – 2015 - adaptada 
Quanto à legislação especial, julgue o item seguinte: 
Quanto aos atos processuais de competência dos Juizados Especiais 
Criminais (Lei 9.099/95), não se pronunciará qualquer nulidade sem que 
tenha havido prejuízo. 
Questão 04 – VUNESP/PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a 
Classe - 2015 
De acordo com a Lei no 9.099/95, que dispõe sobre os Juizados Especiais 
Cíveis, assinale a alternativa correta. 
a) Os incapazes não podem ser parte nas ações que tramitam perante o 
Juizado Especial Cível. 
b) Têm competência para processar e julgar causas que não excedam 60 
(sessenta) vezes o salário-mínimo. 
c) É dispensável o comparecimento da parte autora na audiência de 
conciliação. 
d) É indispensável a assistência da parte por advogado, independentemente 
do valor da causa. 
e) Os microempreendedores individuais, microempresas e empresas de 
pequeno porte não podem propor ação perante o Juizado Especial Cível. 
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Questão 05 – VUNESP/MPE-SP - Oficial de Promotoria I - 2016 
Pela regra do art. 61 da Lei no 9.099/95, assinale a alternativa que traz pena 
que corresponde à infração penal de menor potencial ofensivo. 
a) Detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa 
b) Reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos. 
c) Detenção de 6 (seis) meses a 4 (quatro) anos. 
d) Detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos. 
e) Reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Questão 06 – UFMT/TJ-MT - Técnico Judiciário - 2016 
De acordo com Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, Juizados Especiais 
cíveis, poderá propor ação no Juizado Especial: 
a) O microempreendedor. 
b) O Município. 
c) O preso. 
d) A massa falida. 
Questão 07 – UFMT/TJ-MT - Técnico Judiciário - 2016 
Dispõe a Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, Juizado Especial 
Criminal, que NÃO é critério de orientação processual no Juizado Especial 
Criminal: 
a) A oralidade. 
b) A formalidade. 
c) A celeridade. 
d) A economia processual. 
Questão 08 – VUNESP/TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário - 
2015 
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O processo perante o Juizado Especial Criminal objetivará, sempre que 
possível, a reparação dos d anos sofridos pela vítima e a aplicação de pena 
não privativa de liberdade. Nesse contexto, de acordo com o expresso texto 
do art. 62 da Lei n o 9.099/95, orientar- se -á pelos critérios de 
a) oralidade, informalidade e economia processual, apenas. 
b) oralidade e economia processual, apenas. 
c) economia processual e celeridade, apenas. 
d) oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, apenas. 
e) oralidade, informalidade, economia processual, celeridade e verdade 
formal. 
Questão 09 – VUNESP/TJ-MS - Juiz Substituto - 2015 
O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, 
tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das 
infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de 
conexão e continência. Consideram-se infrações de menor potencial 
ofensivo, para efeitos da Lei no 9.099/95: 
a) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a um ano, desde que não cumulada com multa. 
b) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
c) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 2 (dois) anos, desde que não cumulada com multa. 
d) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 3 (três) anos, cumulada ou não com multa. 
e) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 3 (três) anos, desde que não cumulada com multa. 
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Questão 10 – FGV - TJ-PI - Analista Judiciário - Analista 
Judicial 
Os Juizados Especiais são previstos pela Constituição, em seu art. 98, I, 
como competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas 
cíveis de menor complexidade. Segundo a Lei nº 9.099/1995, o processo 
perante os Juizados Especiais Cíveis é orientado, dentre outros, pelo 
seguinte princípio: 
a) escritura; 
b) desconcentração dos atos processuais; 
c) oralidade; 
d) formalidade; 
e) não imediação na produção probatória. 
Questão 11 – FCC/TRE-SE - Analista Judiciário - Área 
Administrativa - 2015 
Analise as seguintes situações hipotéticas sobre indivíduos indiciados, 
primários e de bons antecedentes: 
I. Rodrigo cometeu crime de resistência, com pena de detenção de 2 meses 
a 2 anos. 
II. Paulo cometeu crime de peculato culposo, com pena de detenção de 3 
meses a 1 ano.III. Ricardo cometeu crime de coação no curso do processo, com pena de 
reclusão de 1 a 4 anos e multa. 
IV. Suzete cometeu crime de favorecimento pessoal, com pena de detenção 
de 1 a 6 meses e multa. 
Nos termos estabelecidos pela Lei no 9.099/95 poderão ser beneficiados com 
a transação penal 
a) Paulo, apenas. 
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b) Paulo e Suzete, apenas. 
c) Rodrigo, Paulo, Ricardo e Suzete. 
d) Suzete, apenas. 
e) Rodrigo, Paulo e Suzete, apenas. 
Questão 12 – Inédita – 2016 
De acordo com a Lei 12.153/2009 é de competência dos Juizados Especiais 
da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios: 
a) até o valor de 20 salários mínimos. 
b) até o valor de 30 salários mínimos. 
c) até o valor de 40 salários mínimos. 
d) até o valor de 50 salários mínimos. 
e) até o valor de 60 salários mínimos. 
4.2 - Gabarito 
Questão 01 – A Questão 02 – B 
Questão 03 – CORRETA Questão 04 – A 
Questão 05 – A Questão 06 – A 
Questão 07 – B Questão 08 – D 
Questão 09 – B Questão 10 – C 
Questão 11 – E Questão 12 - E 
4.3 - Questões com Comentários 
Questão 01 – CONSULPLAN/TJ-MG - Juiz Leigo - 2015 
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Nas causas previstas na Lei nº 9.099/1995, é competente o Juizado do Foro: 
a) Do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita. 
b) Do domicílio do autor em caso de dívidas relativas a cheques. 
c) Do local do ato ou fato no caso de cobrança de dívidas em geral. 
d) Exclusivamente no local do domicílio do autor, nas ações de reparação de 
dano. 
Comentários 
Esse é tipo de questão que certamente você enfrentará no dia da prova. Note 
que a questão cobra a competência de foro do Juizado Especial Cível. A 
competência de foro é aquela que determina em que Juizado a ação será 
proposta. 
A disciplina desse conteúdo é encontrada no art. 4º da Lei 9.099/1995. Conforme 
estudado: 
 
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, muito embora traga uma 
regra específica. 
COMPETÊNCIA DE 
FORO
regra
domicílio do réu
hipóteses específicas
local em que a obrigação 
deve ser cumprida
domicílio do autor nas 
ações de reparação de 
dano
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A alternativa B está incorreta, pois no caso de um cheque entra na regra geral 
de ingresso no domicílio do réu. Lembre-se que no domicílio do autor somente se 
for ação de reparação de dano. 
A alternativa C está incorreta, pois a regra geral é o domicílio do autor. 
A alternativa D também está incorreta, pois ao contrário do afirmado, no caso 
de reparação de dano, embora possa ingressar com a ação no próprio domicílio, 
o autor poderá optar por demandar no domicílio do réu. 
Questão 02 – CONSULPLAN/TJ-MG - Juiz Leigo 
Quanto aos temas “Das Partes” e “Do Pedido”, nos processos relativos aos 
Juizados Especiais Cíveis, regulados pela Lei nº 9.099/1995, admitirǦseǦá: 
a) Assistência. 
b) Litisconsórcio. 
c) Reconvenção. 
d) Intervenção de terceiros. 
Comentários 
Nós vimos que o processo do Juizado Especial é caracterizado pela simplicidade. 
Em face disso, ele não admite intervenção de terceiro, nem assistência. Não é 
mesmo? 
Com esse raciocínio você considera as alternativas A e D incorretas. No mesmo 
dispositivo que veda a assistência e intervenção de terceiros há também uma 
regra admitindo o litisconsórcio, o que torna a alternativa B, correta e gabarito 
da questão. 
E o que é reconvenção? 
A reconvenção é um expediente pelo qual a parte se defende atacando. Isso 
mesmo! A reconvenção é um instrumento processual, utilizado pela parte que foi 
demanda em Juízo, para efetuar pedido em face do réu. 
Um exemplo facilita a compreensão. 
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José ingressa com ação contra Maria para cobrar uma dívida. Maria, aproveita-
se da relação processual criada, para pedir, no mesmo processo, que José repare 
eventual dano tenham também causado. Isso é reconvenção! 
A reconvenção não é usada no Juizado Especial, mas apenas no processo comum. 
Para o Juizado fala-se em pedido contraposto, que é a mesma ideia, a diferença 
é que o pedido contraposto é mais simples. Portanto, a alternativa C também 
está incorreta. Estaria correta se falasse em pedido contraposto! 
Questão 03 – CONSULPLAN/TJ-MG - Titular de Serviços de 
Notas e de Registro – 2015 - adaptada 
Quanto à legislação especial, julgue o item seguinte: 
Quanto aos atos processuais de competência dos Juizados Especiais 
Criminais (Lei 9.099/95), não se pronunciará qualquer nulidade sem que 
tenha havido prejuízo. 
Comentários 
Aqui temos uma questão que foi adaptada de uma prova de múltipla escolha. 
Contudo, ela é interessante para nosso estudo! 
Conforme estudado, os processos no Juizado são informais, assim eventuais 
irregularidades podem ser mitigadas, caso não gerem prejuízos. 
Portanto, está correta a assertiva ao afirmar que “não se pronunciará qualquer 
nulidade sem que tenha havido prejuízo”. 
Questão 04 – VUNESP/PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a 
Classe - 2015 
De acordo com a Lei no 9.099/95, que dispõe sobre os Juizados Especiais 
Cíveis, assinale a alternativa correta. 
a) Os incapazes não podem ser parte nas ações que tramitam perante o 
Juizado Especial Cível. 
b) Têm competência para processar e julgar causas que não excedam 60 
(sessenta) vezes o salário-mínimo. 
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c) É dispensável o comparecimento da parte autora na audiência de 
conciliação. 
d) É indispensável a assistência da parte por advogado, independentemente 
do valor da causa. 
e) Os microempreendedores individuais, microempresas e empresas de 
pequeno porte não podem propor ação perante o Juizado Especial Cível. 
Comentários 
Vejamos cada uma das alternativas. 
A alternativa A é a correta, pois, de acordo com o art. 8º, caput, da Lei 
9.099/1995 o incapaz não podem ser parte nas ações que tramitam perante o 
Juizado Especial Cível. 
A alternativa B está incorreta, pois a competência é limitada a 40 salários 
mínimos, e não 60 conforme consta. 
A alternativa C está incorreta. Embora não seja conteúdo direto de nosso 
estudo, vimos que a conciliação é um dos grandes objetivos da Lei 9.099/1995. 
Portanto, ao contrário do afirmado, é indispensável o comparecimento das partes 
na audiência de conciliação, especialmente da autora. Se ela não comparecer, o 
processo será extinto. 
A alternativa D está incorreta. Como vimos, o advogado poderá ser dispensado 
em causas que não ultrapassem o montante de 20 salários mínimos. 
A alternativa E também está incorreta, pois as os microempreendedores 
individuais, microempresas e empresas de pequeno porte constituem exceções 
que podem demandar perante o Juizado Especial. 
Questão 05 – VUNESP/MPE-SP - Oficial de Promotoria I - 2016 
Pela regra do art. 61 da Lei no 9.099/95, assinale a alternativa que traz pena 
que corresponde à infração penal de menor potencial ofensivo. 
a) Detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa 
b) Reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos. 
c) Detenção de 6 (seis) meses a 4(quatro) anos. 
d) Detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos. 
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e) Reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Comentários 
Já que a questão referiu expressamente o dispositivo da lei, veja: 
Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos 
desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 
11.313, de 2006) 
Portanto, a única alternativa que se enquadra no que traz o dispositivo é a 
alternativa A, gabarito da questão. 
Questão 06 – UFMT/TJ-MT - Técnico Judiciário - 2016 
De acordo com Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, Juizados Especiais 
cíveis, poderá propor ação no Juizado Especial: 
a) O microempreendedor. 
b) O Município. 
c) O preso. 
d) A massa falida. 
Comentários 
Para responder à questão devemos lembrar do §1º e caput do art. 8º. 
PODEM SER PARTE NO JEC NÃO PODEM SER PARTE NO JEC 
Pessoas físicas capazes 
Microempreendedores individuais 
Microempresas 
Empresas de pequeno porte 
OSCIP 
Sociedades de crédito ao microempreendedor 
Incapaz 
Preso 
Pessoas jurídicas de direito público 
Empresas públicas da União 
Massa falida 
Insolvente civil 
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Pessoas jurídicas de modo geral (a não ser as 
que constam do outro lado da tabela) 
Logo, o gabarito da questão é a alternativa A. 
Questão 07 – UFMT/TJ-MT - Técnico Judiciário - 2016 
Dispõe a Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, Juizado Especial 
Criminal, que NÃO é critério de orientação processual no Juizado Especial 
Criminal: 
a) A oralidade. 
b) A formalidade. 
c) A celeridade. 
d) A economia processual. 
Comentários 
Os princípios que orientam a Lei 9.099/1995 está no art. 2º e são os seguintes: 
 Princípio da Oralidade 
 Princípio da simplicidade e da Oralidade 
 Princípios da economia processual e da gratuidade no primeiro grau de 
jurisdição 
 Princípio da Celeridade 
Portanto, a alternativa B está incorreta, pois o critério é INformalismo. 
Questão 08 – VUNESP/TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário - 
2015 
O processo perante o Juizado Especial Criminal objetivará, sempre que 
possível, a reparação dos d anos sofridos pela vítima e a aplicação de pena 
não privativa de liberdade. Nesse contexto, de acordo com o expresso texto 
do art. 62 da Lei n o 9.099/95, orientar- se -á pelos critérios de 
a) oralidade, informalidade e economia processual, apenas. 
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b) oralidade e economia processual, apenas. 
c) economia processual e celeridade, apenas. 
d) oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, apenas. 
e) oralidade, informalidade, economia processual, celeridade e verdade 
formal. 
Comentários 
Notou a importância de memorizar os critérios estabelecidos no art. 2º e no art. 
62 da Lei 9.099/1995?! 
Vejamos o art. 62: 
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, 
informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a 
reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de 
liberdade. 
Logo, a alternativa D é a correta e gabarito da questão. 
Questão 09 – VUNESP/TJ-MS - Juiz Substituto - 2015 
O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, 
tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das 
infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de 
conexão e continência. Consideram-se infrações de menor potencial 
ofensivo, para efeitos da Lei no 9.099/95: 
a) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a um ano, desde que não cumulada com multa. 
b) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. 
c) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 2 (dois) anos, desde que não cumulada com multa. 
d) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 3 (três) anos, cumulada ou não com multa. 
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e) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não 
superior a 3 (três) anos, desde que não cumulada com multa. 
Comentários 
Para responder à questão, lembre-se: 
CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: 
 Contravenções penais; 
 Crime cuja pena não ultrapasse 2 anos (CUMULADA ou NÃO com multa). 
Portanto, a alternativa B é a correta e gabarito da questão. 
Questão 10 – FGV - TJ-PI - Analista Judiciário - Analista 
Judicial 
Os Juizados Especiais são previstos pela Constituição, em seu art. 98, I, 
como competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas 
cíveis de menor complexidade. Segundo a Lei nº 9.099/1995, o processo 
perante os Juizados Especiais Cíveis é orientado, dentre outros, pelo 
seguinte princípio: 
a) escritura; 
b) desconcentração dos atos processuais; 
c) oralidade; 
d) formalidade; 
e) não imediação na produção probatória. 
Comentários 
Muito provavelmente você não irá errar esse assunto em prova, não é mesmo?! 
Confira o art. 2º: 
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, 
informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que 
possível, a conciliação ou a transação. 
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Portanto, a alternativa C é a correta e gabarito da questão. 
Questão 11 – FCC/TRE-SE - Analista Judiciário - Área 
Administrativa - 2015 
Analise as seguintes situações hipotéticas sobre indivíduos indiciados, 
primários e de bons antecedentes: 
I. Rodrigo cometeu crime de resistência, com pena de detenção de 2 meses 
a 2 anos. 
II. Paulo cometeu crime de peculato culposo, com pena de detenção de 3 
meses a 1 ano. 
III. Ricardo cometeu crime de coação no curso do processo, com pena de 
reclusão de 1 a 4 anos e multa. 
IV. Suzete cometeu crime de favorecimento pessoal, com pena de detenção 
de 1 a 6 meses e multa. 
Nos termos estabelecidos pela Lei no 9.099/95 poderão ser beneficiados com 
a transação penal 
a) Paulo, apenas. 
b) Paulo e Suzete, apenas. 
c) Rodrigo, Paulo, Ricardo e Suzete. 
d) Suzete, apenas. 
e) Rodrigo, Paulo e Suzete, apenas. 
Comentários 
Temos que analisar se as pessoas mencionadas nos itens enquadram-se como 
crimes de menor potencial ofensivo. 
CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: 
 Contravenções penais; 
 Crime cuja pena não ultrapasse 2 anos (CUMULADA ou NÃO com multa). 
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Item I – SIM 
Item II – SIM 
Item III – NÂO 
Item IV – SIM 
Portanto, a alternativa E é a correta e gabarito da questão. 
Questão 12 – Inédita – 2016 
De acordo com a Lei 12.153/2009 é de competência dos Juizados Especiais 
da Fazenda Pública processar,conciliar e julgar causas cíveis de interesse 
dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios: 
a) até o valor de 20 salários mínimos. 
b) até o valor de 30 salários mínimos. 
c) até o valor de 40 salários mínimos. 
d) até o valor de 50 salários mínimos. 
e) até o valor de 60 salários mínimos. 
Comentários 
Elaboramos essa questão apenas para demonstrar como a Lei 12.153/2009 pode 
ser cobrada em prova. 
Lembre-se do art. 2º: 
Art. 2º É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e 
julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. 
Portanto, a alternativa E é a correta e gabarito da questão. 
5 - Resumo 
5.1 - Lei dos Juizados Especiais 
 INTRODUÇÃO 
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 A União, juntamente com os Estados e o DF, podem estabelecer normas 
tratando dos Juizados Especiais. 
 Os Juizados Especiais atuarão na conciliação, julgamento e execução de duas 
espécies de causas: 
 
 Parâmetros para a atuação dos Juizados Especiais: 
 
 DISPOSIÇÕES GERAIS 
 A Lei 9.099/1995 aplica-se à Justiça Comum estadual, sem considerar a Justiça 
Federal. 
 Princípios: 
OS JUIZADOS 
ESPECIAIS SÃO 
CRIADOS PARA TRATAR
Causas cíveis de menor 
complexidade; e
Infrações penais de menor 
potencial ofensivo.
PARÂMETROS PARA OS 
JUIZADOS ESPECIAIS
Procedimento oral Procedimento sumariíssimo
Com o objetivo de 
promover a 
transação 
Julgamento de 
recursos por turmas 
de juízes de 
primeiro grau
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 Busca pela conciliação e pela transação 
 
 JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS 
 Competência material: 
 As ações cujo valor da causa não exceder R$ 35.200,00. 
 Ação de arrendamento rural e parceria agrícola. 
 Ação de cobrança ao condômino. 
 Ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico. 
 Ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre. 
 Cobrança de seguro em acidente de veículo, ressalvados os casos de 
processo de execução. 
P
R
IN
C
ÍP
IO
 D
A
 L
E
I 
9
.0
9
9
/
1
9
9
5
Princípio da Oralidade
Princípio da simplicidade e da Oralidade
Princípios da economia processual e da 
gratuidade no primeiro grau de jurisdição
Princípio da Celeridade
CONCILIAÇÃO
é necessário que o acordo surja perante o 
juiz, com intervenção do magistrado na 
orientação e convencimento das partes
TRANSAÇÃO
as partes, após o ajuizamento da demanda no 
Juizado, se reúnem e decidem por fim ao 
processo e, após o acordo, formalizam no 
processo o acordo para ser homologado.
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 Cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado legislação 
especial 
 Revogação de doação. 
 Demais ações previstas em lei. 
 Ação de despejo para uso próprio. 
 Ações possessórias sobre bens imóveis de valor não exceda a R$ 
35.200,00. 
 Competência material executória: será competente para executar seus 
próprios processos e todos os títulos executivos extrajudiciais, com 
exceção daqueles que uma das partes for incapaz, preso, pessoas 
jurídicas de direito público, empresas públicas da União, massa falida e 
insolvente civil. 
 Competência de Foro 
 
 PROCESSOS, QUE NÃO PODEM SER DA COMPETÊNCIA DO JEC. 
COMPETÊNCIA DE 
FORO
regra
domicílio do réu
hipóteses específicas
local em que a obrigação 
deve ser cumprida
domicílio do autor nas 
ações de reparação de 
dano
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 JUIZ LEIGO X CONCILIADOR 
 
 PESSOAS E ENTIDADES QUE NÃO PODEM SE VALER DO JEC 
 Incapaz; 
 Preso 
 Pessoas jurídicas de direito público 
 Empresas públicas da União 
 Massa falida; e 
 Insolvente civil. 
 PESSOAS JURÍDICAS QUE PODEM DEMANDAR PERANTE O JEC: 
 microempreendedores individuais 
 microempresas 
N
Ã
O
 P
O
D
E
M
 S
E
R
 D
A
 
C
O
M
P
E
T
Ê
N
C
IA
 D
O
 J
E
C
 A
S
 
C
A
U
S
A
S
 D
E
 N
A
T
U
R
E
Z
A
alimentar
falimentar
fiscal 
interesse da Fazenda Pública
relativas a acidentes de trabalho
relativas a resíduos 
relativas ao estado 
relativas à capacidade das pessoas
CONCILIADOR preferencialmente bacharel em Direito
JUIZ LEIGO preferencialmente advogados com mais de 5 anos de experiência
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teoria e questões 
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 empresas de pequeno porte 
 OSCIP 
 sociedades de crédito ao microempreendedor 
 PARTICIPAÇÃO DE OUTRAS PESSOAS NO PROCESSO: 
NÃO PODEM PARTICIPAR DO PROCESSO PODEM PARTICIPAR DO PROCESSO 
Terceiros 
Assistentes 
Litisconsortes 
Ministério Público 
 DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS 
 Hipóteses de cabimento de competência 
 
 Objetivos: 
 
5.2 - Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública 
 COMPETÊNCIA 
ESTÃO 
SUJEITOS AO 
JECRIM:
Contravenções penais
Crimes cuja pena máximo 
não ultrapasse 2 anos.
OBJETIVOS 
ESPECÍFICOS DO 
JECRIM
Reparação do dano causado à 
vítima
Não aplicação de penas restritivas 
de liberdade
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 Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de 
competência do Juizado Especial, a soma de 12 parcelas vincendas e de 
eventuais parcelas vencidas não poderá exceder o valor R$ 52.800,00. 
 Partes no Juizado Especial de Fazenda Pública 
COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS 
ESPECIAIS FEDERAIS
regra
causas até 60 salários mínimos (R$ 
52.800,00)
não entram na regra de 
competência
mandado de segurança
ações de desapropriação, divisão e 
demarcação
ações de improbidade administrativa
execuções fiscais
demandas que envolvam direitos ou 
interesses difusos e coletivos
causas sobre bens imóveis dos Estados-
membros, DF e municípios (e respectivas 
entidades indiretas)
causas que tenham como objetivo 
impugnar penalidade de demissão 
aplicada a servidor ou sanções 
disciplinares aplicadas a militares
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6 - Considerações Finais 
Chegamos ao final da nossa Aula 01. 
Nós havíamos programado o estudo das Leis dos Juizados e também dos 
dispositivos relativos ao Estatuto do Idoso. Contudo, como essa aula envolve 
bastante conteúdo para memorizar, vamos deixar as regras do Estatuto para 
tratar na próxima aula, antes de iniciarmos o estudo dos diplomas de 
informatização do processo. Combinados? 
Aguardo vocês em nossa próxima aula! 
Críticas, sugestões ou dúvidas, por favor, nos procurem! 
Um forte abraço e bons estudos a todos! 
Ricardo Torques 
rst.estrategia@gmail.com 
https://www.facebook.com/ricardo.s.torques 
P
O
D
E
M
 S
E
R
 P
A
R
T
E
S
 N
O
 J
U
IZ
A
D
O
autor
pessoas físicas
microempresas
empresas de pequeno 
porte
réus
Estados-membros (e 
entidades)
DF (e entidades)
Municípios (e 
entidades)
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