Prévia do material em texto
Aula 01 Legislação Específica (tópicos 5 a 9) p/ TJ-MG Professor: Ricardo Torques Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 50 AULA 00 APRESENTAÇÃO DO CURSO CRONOGRAMA DE AULA Sumário 1 - Considerações Iniciais .......................................................................... 2 2 - Lei dos Juizados Especiais ..................................................................... 2 2.1 - Introdução .................................................................................... 2 2.2 - Disposições gerais .......................................................................... 4 2.3 - Juizados Especiais Cíveis ................................................................. 9 2.4 - Dos Juizados Especiais Criminais .................................................... 23 3 - Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública ....................................... 25 4 - Questões .......................................................................................... 28 4.1 - Questões sem Comentários ........................................................... 28 4.2 - Gabarito ...................................................................................... 33 4.3 - Questões com Comentários ........................................................... 33 5 - Resumo ............................................................................................ 43 5.1 - Lei dos Juizados Especiais ............................................................. 43 5.2 - Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública .................................. 48 6 - Considerações Finais .......................................................................... 50 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 50 AULA 01 – LEIS DOS JUIZADOS 1 - Considerações Iniciais Na aula de hoje vamos analisar, especificamente, os pontos 5 e 6 da ementa do pré-edital, que escolheu a CONSULPLAN como banca do nosso concurso. 5. Lei dos Juizados Especiais - Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995: 5.1. Disposições gerais (arts. 1º e 2º). 5.2. Dos Juizados Especiais Cíveis (arts. 3º a 11). 5.3. Dos Juizados Especiais Criminais (arts. 60 a 62). 6. Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública - Lei nº 12.153, de 22 de dezembro de 2009: 6.1. Arts. 1º, 2º e 5º. Será uma aula tranquila. Contudo, nossa expectativa é de que tenhamos, ao menos, uma questão envolvendo o assunto! Portanto, estude a aula com atenção e revise o resumo perto da data da prova! Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Será um prazer orientá-los da melhor forma possível nesta caminhada que se inicia hoje. rst.estrategia@gmail.com https://www.facebook.com/ricardo.s.torques 2 - Lei dos Juizados Especiais 2.1 - Introdução Para começar com a matéria, temos que analisar o art. 24, X, e art. 98, I, ambos da CF. Vamos ler esses dispositivos? Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 50 I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; O primeiro dispositivo prevê a regra de competência para criação dos Juizados Especiais e o segundo dispositivo confere aos entes criar os Juizados, estabelecendo alguns parâmetros para os Juizados. Portanto, a União, juntamente com os Estados e o DF, podem estabelecer normas tratando dos Juizados Especiais. No caso, a Lei 9.099/1995 é uma lei federal (elaborada pela União) de caráter nacional (que se aplica a todo o país). Os Juizados Especiais atuarão na conciliação, julgamento e execução de duas espécies de causas: Além disso, a CF estabelece alguns parâmetros relevantes para a atuação dos Juizados Especiais. Atenção! Note que todos esses parâmetros indicam que os Juizados têm por finalidade principal desafogar da Justiça comum, com a análise dos processos mais simples. Com isso, são criados parâmetros para agilizar o julgamento desses processos. OS JUIZADOS ESPECIAIS SÃO CRIADOS PARA TRATAR Causas cíveis de menor complexidade; e Infrações penais de menor potencial ofensivo. PARÂMETROS PARA OS JUIZADOS ESPECIAIS Procedimento oral Procedimento sumariíssimo Com o objetivo de promover a transação Julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 50 Vamos à Lei do Juizado?! 2.2 - Disposições gerais Nas disposições gerais, nós temos dois artigos, um que define a aplicabilidade da lei e outro que trata dos princípios que orientam a Lei dos Juizados Especiais! Nem é preciso dizer que você tem que memorizar ambos os dispositivos. Por isso, vamos com calma... O art. 1º esclarece que os Juizados Especiais, tanto os civis (denominados de JECs) como os criminais (denominados de JECRIMs), serão criados para atuar na Justiça Estadual Comum. Veja o dispositivo: Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência. Pergunta: Como assim Justiça Estadual Comum? Veja, o Poder Judiciário, que está disciplinado no art. 92, da CF, é estruturado em ramos! A estrutura do Poder Judiciário brasileiro é hierarquizada e distribuída em diversos órgão. No ápice de todo o sistema está o Supremo Tribunal Federal, guardião da CF. Também em nível hierárquico superior estão o STJ, TSE, SMT e TST. Na segunda instância temos uma grande divisão: diferencia-se as “justiças comuns” das “justiças especializadas”. Os Juizados Especiais, como diz o dispositivo, está na estrutura da justiça ordinária, ou seja, na Justiça Comum! A Justiça Comum, por sua vez, distingue-se em Justiça Comum Estadual e Justiça Comum Federal. A diferença entre elas é simples: a Justiça Federal é responsável por julgar os processos que são de competência da União, conforme regras de competência do art. 109, da CF. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 50 Portanto, a Lei 9.099/1995 aplica-se à Justiça Comum estadual, sem considerar a Justiça Federal, cujos juizados observam uma lei específica, que não interessa para a nossa prova. Ok? Veja o organograma do Poder Judiciário: Os Juizados estão, portanto, nessa área destacada acima! Só uma observação, no âmbito do Distrito Federal, dadas as peculiaridades desse ente federativo, quem instituirá o Juizado Especial Cível e Criminal será a União. Sigamos! O art. 2º é fundamental para a prova, como dissemos, ele estabelece princípios que informam toda a Lei 9.099/1995.Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. Temos várias informações valiosas nesse dispositivo! São quatro os princípios identificados a partir desse dispositivo: STF STJ TJ juízes estaduais TRF juízes federais TSE TRE Juízes Eleitorais STM Juiz Auditor Militar TST TRT juízes do trabalho 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 50 Vejamos cada um desses princípios. Princípio da Oralidade Os processos judiciais caracterizam-se por serem demorados, com a produção de diversas peças processuais, com juntada de documentos e concessão de vários prazos. Todo esse procedimento burocratizado torna o processo lento! Com o intuito de agilizar o trâmite, a Lei dos Juizados prioriza a oralidade, ou seja, dá prevalência à prática de atos processuais de forma verbal. Ao invés de o advogado da parte peticionar, prefere-se que ele se manifeste oralmente, de forma objetiva e direta, sem maior “enrolação”. Esse é o espírito do princípio. Temos alguns exemplos de utilização desse princípio na Lei dos Juizados: Possibilidade de a parte outorgar procuração ao advogado de forma verbal na audiência; e Possibilidade de apresentação da contestação de forma oral. Princípio da simplicidade e da informalidade Esse princípio destaca que a pretensão da Lei dos Juizados é analisar a matéria sem se preocupar com o formalismo inerente ao processo. A finalidade de um processo é julgar a causa de acordo com a lei, fazendo a justiça no caso concreto. Para tanto, criou-se a falsa acepção de que o formalismo é necessário para que as regras jurídicas materiais e processuais sejam cumpridas. P R IN C ÍP IO D A L E I 9 .0 9 9 / 1 9 9 5 Princípio da Oralidade Princípio da simplicidade e da Oralidade Princípios da economia processual e da gratuidade no primeiro grau de jurisdição Princípio da Celeridade 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 50 O resultado dessa realidade prejudica o desenvolvimento do processo e a entrega da prestação jurisdicional, ou seja, a sentença do juiz resolvendo a lide entre as partes. Em razão disso, por esse princípio, pretende-se enfatizar a finalidade do processo: que é julgar o mérito da discussão. Em razão desse princípio, se houver alguma irregularidade, mas essa irregularidade não for capaz de gerar prejuízos às partes, não haverá decretação de nulidade do ato. O processo seguirá, ainda que algum dos atos processuais praticados no processo esteja irregular. Como exemplo de simplificações e da informalidade podemos citar: as intimações são consideradas válidas quando simplesmente entregues ao encarregado da recepção nas intimações postais de pessoas jurídicas de direito privado. Princípios da economia processual e da gratuidade no primeiro grau de jurisdição A economia processual remete à ideia de “obter o máximo de rendimento da lei com menor número de atos processuais”. Já a gratuidade implica a dispensa do pagamento de custas, taxas ou eventuais despesas da propositura até o final da ação. Esses valores somente serão pagos ao final do processo, pela parte vencida na demanda judicial. Princípio da Celeridade Esse é o principal objetivo da Lei dos Juizados. O princípio da celeridade sempre foi alvo de discussão, pois o processo não pode ser rápido demais a ponto de “passar por cima” do direito das partes. Também não pode demorar em excesso, sob pena de não haver utilidade na prestação jurisdicional. Por isso, se diz que o processo deve demorar apenas o estritamente necessário para o seu correto julgamento. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 50 Como as causas simples envolvem menos discussões jurídicas, recursos e provas, entende-se que devem tramitar mais rápido. Portanto, o princípio da celeridade é o pressuposto básico das ações que passam pelos Juizados. Nessa parte inicial da matéria é importante ter conhecimento de alguns exemplos de aplicação desse princípio: Realização de uma audiência única, para tentativa de conciliação, para produção de provas e, inclusive, para lançamento da sentença pelo juiz. Ao contrário do que temos no processo comum, não se admite a participação de terceiros e assistentes no processo, para que a demanda seja julgada mais rapidamente. Busca pela conciliação e pela transação Na parte final do art. 2º fala-se em busca pela “conciliação e pela transação”. A ideia aqui é chegar à solução da causa, sem a necessidade da sentença. Ou seja, pretende-se que as partes (e não o juiz!) resolvam a lide judicial! Mas você sabe qual a diferença entre conciliação e transação? Para a Lei dos Juizados, considere: CONCILIAÇÃO é necessário que o acordo surja perante o juiz, com intervenção do magistrado na orientação e convencimento das partes TRANSAÇÃO as partes, após o ajuizamento da demanda no Juizado, se reúnem e decidem por fim ao processo e, após o acordo, formalizam no processo o acordo para ser homologado. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 50 2.3 - Juizados Especiais Cíveis Na sequência, vamos estudar as regras gerais relativas aos Juizados Especiais Cíveis, em especial os arts. 3º a 11, da Lei dos Juizados. São quatro os assuntos que estudaremos: Competência; Juiz, conciliadores e juízes leigos; Partes; e Atos processuais. Competência Nós vimos no início da aula que as “causas cíveis de menor complexidade” serão de competência dos Juizados Especiais Cíveis, que denominaremos aqui de JEC. E quais são essas causas? O art. 3º estabelece quais são as ações de conhecimento de competência do JEC. Leia, com atenção! Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das causas cíveis de menor complexidade, assim consideradas: I - as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo; II - as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil; III - a ação de despejo para uso próprio; IV - as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste artigo. Nós temos, portanto, quatro hipóteses. A primeira delas é a mais importante. Todas as ações cujo valor da causa não exceder a 40 vezes o salário mínimo, podem ser ajuizadas perante o JEC. 40 X R$ 880,00 = R$ 35.200,00 Assim, a causa que não ultrapassar a importância de R$ 35.200,00 poderá ser ajuizada perante o JEC. A segunda hipótese faz referência ao art. 275, II, do antigo CPC. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 50 Com o Novo CPC, qual regra será aplicável? Prevê o art. 1.063 do NCPC: Art. 1.063. Até a edição de lei específica, os juizados especiais cíveis previstos na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995, continuam competentes para o processamento e julgamento das causas previstas no art. 275, inciso II, da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973. Portanto, o que o dispositivo acima quer nos dizer, em verdade, é que continuamos a aplicar as hipóteses do art. 275, II, doCPC. Vamos a ela, então?! II – nas causas, qualquer que seja o valor: a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução; f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; g) que versem sobre revogação de doação; h) nos demais casos previstos em lei. Para a nossa prova, é importante memorizar as hipóteses acima. Aqui não tem outra alternativa a não ser ler essas hipóteses várias vezes até conseguir memorizar o conteúdo. Para facilitar a absorção, confira este esquema: 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 50 Note que vimos até agora duas hipóteses de competência, uma pautada no valor da causa. Nessa primeira hipótese, se a causa for cível, mas não ultrapassar o valor de R$ 35.200,00 será de competência do Juizado. Além disso, temos o rol acima que são matérias de competência do JEC, independentemente do valor conferido à ação. Ainda, dentro do art. 3º estudado, temos outras duas hipóteses de competência do JEC: a ação de despejo para uso próprio; e as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não exceda a R$ 35.200,00. Para que você não erre questões sobre o assunto na prova, memorize o quadro de competência abaixo. •arrendamento rural e parceria agrícola; •cobrança ao condômino; •ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; •ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; •cobrança de seguro em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução; •cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado legislação especial; •revogação de doação; •demais casos previstos em lei. É DA COMPETÊNCIA DO JEC, INDEPENDENTEMENTE DO VALOR DA CAUSA 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 50 Esse rol acima retrata a competência do JEC para processar e julgar processos de conhecimento. O §1º, do art. 3º, traz processos de execução que são de competência do JEC. Veja como é fácil: § 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução: I - dos seus julgados; II - dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei [ressalva: o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil]. Assim, o JEC será competente para executar seus próprios processos e todos os títulos executivos extrajudiciais, com exceção daqueles nos quais uma das partes for incapaz, preso, pessoa jurídica de direito público, empresas públicas da União, massa falida ou insolvente civil. As ações cujo valor da causa não exceder R$ 35.200,00. Ação de arrendamento rural e parceria agrícola. Ação de cobrança ao condômino. Ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico. Ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre. Cobrança de seguro em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução. Cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado legislação especial. Revogação de doação. Demais ações previstas em lei. Ação de despejo para uso próprio. Ações possessórias sobre bens imóveis de valor não exceda a R$ 35.200,00. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 50 Com isso, finalizamos a análise das regras de competência dos Juizados. Na sequência, avançamos para o §2º, do art. 3º, que traz um rol de processos que não podem ser da competência do JEC. § 2º Ficam EXCLUÍDAS da competência do Juizado Especial as causas de natureza alimentar, falimentar, fiscal e de interesse da Fazenda Pública, e também as relativas a acidentes de trabalho, a resíduos e ao estado e capacidade das pessoas, ainda que de cunho patrimonial. Para a prova, memorize: Essas espécies processuais acima não podem ser julgadas perante o JEC. Agora, para encerrar o art. 3º, resta uma pergunta: E se ao final do julgamento, a condenação ultrapassar o valor limite? Por exemplo, e se a condenação atingir R$ 40.000,00? Para essas hipóteses aplica-se o §3º. Esse dispositivo prevê que se a parte optar por executar o valor da ação perante o Juizado Especial, abrirá mão (renúncia) do valor excedente a 40 salários mínimos. Há, entretanto, uma exceção: a conciliação! A conciliação, como vimos, é incentivada no âmbito dos Juizados Especiais. Assim, se as partes firmarem N Ã O P O D E M S E R D A C O M P E T Ê N C IA D O J E C A S C A U S A S D E N A T U R E Z A alimentar falimentar fiscal interesse da Fazenda Pública relativas a acidentes de trabalho relativas a resíduos relativas ao estado relativas à capacidade das pessoas 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 50 acordo em valor superior a 40 salários mínimos, tal acordo será exigível perante o Juizado Especial. Vale dizer, se a parte não pagar como acordado, será possível executar o valor integral perante o JEC. Leia: § 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação. Com isso, finalizamos as regras de competência. Estudamos, as matérias que podem ser julgadas perante o JEC. O art. 4º, que passamos a estudar, trata do foro. Uma vez definida a competência do Juizado Especial, a parte tem que saber exatamente perante qual Juizado irá ajuizar a ação. A definição do foro – também chamada de competência de foro – tem por finalidade definir entre os inúmeros Juizados qual é o competente para julgar a ação que se pretende ingressar. A leitura do art. 4º vai facilitar a sua compreensão: Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o Juizado do foro: I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório; II - do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita; III - do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer natureza. Parágrafo único. EM QUALQUER HIPÓTESE, PODERÁ A AÇÃO SER PROPOSTA NO FORO PREVISTO NO INCISO I DESTE ARTIGO. Embora o dispositivo acima seja relativamente extenso, a regra é simples: uma vez sendo matéria de competência do Juizado Especial, a ação deve ser proposta perante o domicílio do réu ou no local onde o réu exerça suas atividades. É o que estabelece o inc. I. Os incs. II e III trazem duas hipóteses específicas de fixação do foro. A primeira delas se aplica aos processos que envolvem obrigações. Por exemplo, se determinada pessoa se obriga a efetuar uma pintura em determinada casa e 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 50 não o faz, a ação, se ajuizadaperante o JEC, deverá ser proposta no foro onde está a casa, local em que deveria ter sido cumprida a obrigação. Assim, se o contratante residir em Uberlândia e o pintor e Belo Horizonte, mas a casa estiver localizada em Juiz de Fora, será perante o Juizado Especial de Juiz de Fora que a ação deverá ser proposta. Isso pelo simples fato de que é o local onde a obrigação de fazer (no caso, de pintar) deveria ser cumprida. A segunda hipótese específica prevê que a ação poderá ser ajuizada no domicílio do autor, nas ações de reparação de danos. Note que nesse caso, temos uma situação específica: reparação de danos. A fim de facilitar o ingresso em Juízo pela vítima, admite-se que a ação seja proposta perante o domicílio do autor. Para encerrar o dispositivo, é fundamental que você compreenda bem o parágrafo único. Ele disciplina que nas hipóteses do inc. II e III, mesmo que seja possível ingressar com a ação em outro lugar (local em que a obrigação deve ser cumprida ou domicílio do autor, respectivamente), a parte autora poderá optar pela regra geral, qual seja: propor a ação perante o domicílio do réu! O que eu levo para a prova? Juiz, dos Conciliadores e dos Juízes Leigos Neste tópico vamos analisar 3 artigos! Vamos começar com o art. 5º: COMPETÊNCIA DE FORO regra domicílio do réu hipóteses específicas local em que a obrigação deve ser cumprida domicílio do autor nas ações de reparação de dano 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 50 Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para apreciá-las e para dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica. Nós vimos na parte dos princípios que o processo que tramita perante o Juizado Especial é orientado pela informalidade. Nesse contexto, o Juiz, ao julgar, deve levar em consideração a lei e, para isso, terá que analisar as provas do processo para decidir. Nesse contexto, o art. 5º traz uma flexibilização em nome do princípio da informalidade, a fim de permitir que o juiz julgue de acordo com as regras de experiência comum ou técnica, para além das provas produzidas nos autos. Trata-se de julgar com o “bom senso”, mesmo que as provas não sejam cabais. Em razão disso, deverá decidir o magistrado de acordo com o que reputar mais justo e equânime, com vistas a atingir o objetivo central do processo, qual seja, prestar a tutela jurisdicional a quem tem direito. É exatamente nesse sentido a regra do art. 6º. Veja? Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e às exigências do bem comum. No art. 7º novamente vamos falar de conciliação. Esse instituto é tão destacado no âmbito da Lei 9.099/1995, que há previsão de contratação de conciliadores e juízes leigos, cuja finalidade principal é auxiliar na solução dos litígios, especialmente por intermédio da conciliação. Veja: Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, preferentemente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de cinco anos de experiência. Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados Especiais, enquanto no desempenho de suas funções. Da leitura do art. 7º extraímos uma pequena diferença entre conciliador e Juiz Leigo: 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 50 É só essa a diferença entre um e outro? Não! Sem necessidade de maior aprofundamento para fins de prova, você tem que saber que o conciliador atua apenas na condução da audiência de conciliação, que será realizada de forma supervisionada por um juiz leigo ou por um magistrado de Direito. Já o juiz leigo poderá atuar com maior liberdade, sem necessidade de supervisão, na audiência de conciliação. Além disso, o juiz leigo, desde que supervisionado, poderá fazer audiência de instrução (de produção de provas) e proferir decisão, que será posteriormente homologada, ou não, pelo juiz. De todo modo, para fins da nossa prova basta lembrar dos dispositivos acima. Partes Em relação às partes envolvidas nos processos que tramitam perante o Juizado Especial, a Lei 9.099/1995 traz os arts. 8º a 11. Esses dispositivos estabelecem várias regras, como algumas vedações, ou seja, algumas pessoas e entidades que não podem se valer dos Juizados Especiais para julgarem seus litígios e também regras de representação no JEC. Pessoas e entidades que não podem se valer do JEC Não podem ser partes (seja autor ou réu) no JEC: Incapaz; Preso; Pessoas jurídicas de direito público; Empresas públicas da União; CONCILIADOR preferencialmente bacharel em Direito JUIZ LEIGO preferencialmente advogados com mais de 5 anos de experiência 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 50 Massa falida; e Insolvente civil. As ações que envolvem essas pessoas possuem interesses específicos, mais relevantes e que não podem ser flexibilizados em nome da celeridade. Vale dizer, não se corre o risco de julgar processos envolvendo incapazes, presos, pessoas jurídicas de direito público, empresas da União, massa falida e insolventes perante o Juizado. Assim, para que uma pessoa física possa demandar perante o Juizado Especial deverá ser capaz. Em relação às pessoas jurídicas, somente podem demandar perante o JEC: microempreendedores individuais; microempresas; empresas de pequeno porte; OSCIP; sociedades de crédito ao microempreendedor. Todas essas regras estão previstas no art. 8º. Para memorizar, leia com atenção e, em seguida, veja um quadro síntese: Art. 8º NÃO poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil. § 1o SOMENTE serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial: I - as pessoas físicas capazes, EXCLUÍDOS os cessionários de direito de pessoas jurídicas; II - as pessoas enquadradas como microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte na forma da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; III - as pessoas jurídicas qualificadas como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, nos termos da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999; IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 50 § 2º O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclusive para fins de conciliação. Para a prova... PODEM SER PARTE NO JEC NÃO PODEM SER PARTE NO JEC Pessoas físicas capazes Microempreendedores individuais Microempresas Empresas de pequeno porte OSCIP Sociedades de crédito ao microempreendedor Incapaz Preso Pessoas jurídicas de direito público Empresas públicas da União Massa falida Insolvente civil Pessoas jurídicas de modo geral (a não ser as que constam do outro lado da tabela) Regras de representação no JEC Em regra, a parte deve estar acompanhada de advogado para ingressar ou se defender em um processo judicial. Assim, antes de tudo, a parte precisa contratar um advogado.Essa regra é flexibilizada nos Juizados Especiais! O art. 9º estabelece que, nas causas de até 20 salários mínimos, as partes podem comparecer em Juízo pessoalmente, sem necessidade de advogado. Contudo, se a condenação for no valor de 20 ou mais salários mínimos (claro, limitado até 40), a contratação de advogado é obrigatória! Veja: Art. 9º Nas causas de valor ATÉ VINTE SALÁRIOS MÍNIMOS, as partes comparecerão pessoalmente, podendo ser assistidas por advogado; nas de VALOR SUPERIOR, a assistência é obrigatória. Contudo, na prática teremos situações nas quais uma parte poderá comparecer com advogado e a outra sem. Se isso acontecer, entendeu o legislador que tais situações são prejudiciais ao desenvolvimento e defesa da parte sem advogado. Em razão dessa situação de desvantagem (denominada de hipossuficiência 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 50 jurídica), o §1º abaixo prevê que o próprio JEC terá serviço de assistência judiciária, que atuará junto ao órgão para a defesa dativa dessas partes. Leia com atenção: § 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecer assistida por advogado, ou se o réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se quiser, assistência judiciária prestada por órgão instituído junto ao Juizado Especial, na forma da lei local. Sigamos com os demais parágrafos. § 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio por advogado, quando a causa o recomendar. § 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, SALVO quanto aos poderes especiais. O parágrafo acima estabelece que o mandato do advogado poderá ser concedido verbalmente. Essa regra respeita os princípios da oralidade, simplificação e informalidade que estudamos acima. Contudo, é importante chamar atenção para o fato de que, para concessão de poderes especiais, é necessário que o mandato seja escrito. E o que significa essa expressão “poderes especiais”? Quando uma pessoa contrata um advogado, ela assina um mandato que confere poderes para o advogado atuar em nome da parte. Esse mandato poderá ser o geral de foro, ou seja, uma espécie de mandato “básico”, que tem por finalidade permitir que o advogado atue em nome da parte, apresentando petições, produzindo provas, conduzindo o processo. Há, contudo, a possibilidade de que esse mandato seja concedido com poderes especiais, como, por exemplo, com a prerrogativa de desistir da ação, de assinar um acordo, de efetuar pagamento ou de receber valores. Note que nesse último caso a responsabilidade é maior. Em razão disso, o mandato é qualificado com poderes especiais. Além disso, em tal hipótese, de acordo com o que vimos acima, o mandato não poderá ser concedido verbalmente, mas deverá ser necessariamente por escrito. Vamos seguir com a análise dos dispositivos. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 50 Como vimos, existem algumas pessoas jurídicas que podem atuar perante os Juizados Especiais. A pessoa jurídica, tal como estudada em Direito Civil, é uma ficção jurídica, pois não é uma pessoa propriamente, mas a reunião de várias pessoas ou capitais em torno de um objetivo. Assim, para que a pessoa se faça presente, ela deve se apresentar na figura do administrador ou dos sócios. Essa é a regra. Contudo, muitas vezes, ainda mais em empresas maiores, o administrador ou sócio não pode comparecer para resolver todas necessidades da empresa. Sensibilizado com essa realidade, o legislador estabeleceu a regra constante do §4º, segundo o qual as pessoas jurídicas podem comparecer perante o JEC representados por um preposto. Esse preposto não precisa ser necessariamente um empregado da empresa, mas deve portar o que se denomina de carta de preposição, ou seja, um documento assinado pelo administrador ou pelo sócio da empresa que autorize a pessoa a atuar naquele processo. Além disso, existe uma outra regra relevante relativamente à carta de preposição: ela deverá conter a menção expressa de que o preposto poderá firmar acordos perante o Juizado Especial. Qual o motivo dessa regra? Muito simples! Um dos principais objetivos do JEC é propiciar que os processos sejam decididos sem necessidade da sentença, por intermédio do acordo ou da transação. Não é mesmo? Em razão disso, a carta de preposição deverá conter poderes para que o preposto possa transigir em nome da pessoa jurídica. Agora veja como ficou fácil compreender o §4º: § 4o O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de vínculo empregatício. Para encerrar mais esse ponto da matéria, vejamos os arts. 10 e 11, que trazem duas regras simples, mas que caem com frequência em prova: 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 50 Art. 10. NÃO se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. ADMITIR-SE-Á O LITISCONSÓRCIO. Art. 11. O Ministério Público intervirá nos casos previstos em lei. Esses dispositivos falam de outras pessoas que podem ou não podem atuar nos processos perante o Juizado. Para a prova você tem que memorizar: NÃO PODEM PARTICIPAR DO PROCESSO PODEM PARTICIPAR DO PROCESSO Terceiros Assistentes Litisconsortes Ministério Público A ideia aqui é de simplicidade. Se a causa for complexa, que envolva outros interesses ou outras pessoas, o processo não poderá tramitar pelo JEC. Contudo, admite-se a participação do Ministério Público, que atua na defesa dos interesses da sociedade e de litisconsortes. Em relação aos litisconsortes, a regra não poderia ser diferente, porque litisconsorte é aquele que é, também, autor ou réu no processo. A diferença é que ele foi chamado ao processo posteriormente. Como é autor, ou réu, ele tem que participar. Por exemplo, em uma ação que vise cobrar condomínio atrasado de um casal, proprietários do imóvel. Se a ação for intentada apenas contra um dos cônjuges, o outro deverá ser chamado na condição de litisconsorte, pois, em verdade, também é réu, tal como seu cônjuge. Atos processuais Ao longo do processo as partes se manifestam, produzem provas, formulam requerimentos, são intimadas etc. Esse conjunto de atos praticados no desenvolvimento de todo o processo são chamados de “atos processuais”. Na sequência, vamos estudar alguns dispositivos que trazem regras específicas relativamente à pratica dos atos processuais. São regras simples e com a leitura atenta podemos compreendê-las sem maiores dificuldades. Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de organização judiciária. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 50 Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais forem realizados, atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei. § 1º NÃO se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. § 2º A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio idôneo de comunicação. § 3º Apenas os atos considerados essenciais serão registrados resumidamente, em notas manuscritas, datilografadas, taquigrafadas ou estenotipadas.Os demais atos poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente, que será inutilizada após o trânsito em julgado da decisão. § 4º As normas locais disporão sobre a conservação das peças do processo e demais documentos que o instruem. Dos dispositivos acima, vamos efetuar dois destaques: Como vimos, a ideia de simplicidade impõe que eventuais falhas (leia- se, irregularidades) sejam desconsideradas. Ainda que determinado ato processual tenha sido praticado com alguma irregularidade, mas sem causar prejuízo às partes, esse ato será considerado válido. É que diz a regra constante do §2º. Em nome da oralidade, os atos são praticados, em regra, na forma verbal, com exceção dos atos essenciais, que são registrados de forma resumida. Com isso encerramos a primeira parte relativa ao estudo dos Juizados. Vimos as regras que se aplicam aos Juizados Especiais Cíveis. Na sequência, vamos analisar as regras relativas ao Juizados Especiais Criminais, denominados de JECRIM. Para nossa sorte, são apenas 3 artigos! Vamos em frente! 2.4 - Dos Juizados Especiais Criminais Em relação ao JECRIM devemos saber que se trata de órgão responsável para julgar a prática de contravenções penais e crimes de menor potencial ofensivo. Esses delitos poderão ser julgados tanto por juízes de direito como por juízes leigos auxiliados por juízes togados. Veja: 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 50 Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006) Parágrafo único. Na reunião de processos, perante o juízo comum ou o tribunal do júri, decorrentes da aplicação das regras de conexão e continência, observar-se-ão os institutos da transação penal e da composição dos danos civis. (Incluído pela Lei nº 11.313, de 2006) A grande pergunta está em saber: Que delitos se enquadram nesses parâmetros? Contravenções penais são os delitos considerados como tal em lei específica. Essa norma é o Decreto-Lei 3.688/1941. Não precisa estudá-lo, nem sequer saber quais os parâmetros definidos nesse diploma. Para fins do nosso estudo basta saber que os crimes tipificados na Lei de Contravenções Penais podem ser processados e julgados no JECRIM. E quanto aos crimes de menor potencial ofensivo, o art. 61 diz determina: Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006) Portanto, são considerados crimes de menor potencial ofensivo aqueles para os quais a lei cominar pena máximo não superior a 2 anos! Memorize: Para encerrar o tópico relativos aos Juizados Especiais Criminais, falta analisar o art. 62 que traz os parâmetros que orientam o JECRIM. Note que esses parâmetros são os mesmos daqueles estabelecidos lá no art. 2º: ESTÃO SUJEITOS AO JECRIM: Contravenções penais Crimes cuja pena máxima não ultrapasse 2 anos. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 50 Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. A única diferença reside no fato de que busca-se, no JECRIM, sempre que possível, a reparação dos danos causados à vítima e a não aplicação de penas restritivas de liberdade ao culpado. Encerramos o estudo dos dispositivos exigidos relativos à Lei 9.099/1995. 3 - Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública Os Juizados Especiais da Fazenda Pública são criados com uma finalidade específica: conciliar, processar e julgar causas cíveis de interesses dos Estados- membros, do Distrito Federal e dos Municípios, quando o valor da causa não atingir 60 salários mínimos. Tal como vimos em relação à Lei 9.099/1990, a Lei 12.153/2009 impõe à União a obrigação de criar tais Juizados no âmbito do Distrito Federal. Já aos Estados- membros compete criar seus próprios Juizados de Fazenda Pública. Confira: Art. 1º Os Juizados Especiais da Fazenda Pública, órgãos da justiça comum e integrantes do Sistema dos Juizados Especiais, serão criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência. Parágrafo único. O sistema dos Juizados Especiais dos Estados e do Distrito Federal é formado pelos Juizados Especiais Cíveis, Juizados Especiais Criminais e Juizados Especiais da Fazenda Pública. O art. 2º discrimina a regra de competência desses Juizados, que segue o valor da causa como parâmetro: OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO JECRIM Reparação do dano causado à vítima Não aplicação de penas restritivas de liberdade 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 50 Art. 2º É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, ATÉ O VALOR DE 60 (SESSENTA) SALÁRIOS MÍNIMOS. § 1º NÃO se incluem na competência do Juizado Especial da Fazenda Pública: I – as ações de mandado de segurança, de desapropriação, de divisão e demarcação, populares, por improbidade administrativa, execuções fiscais e as demandas sobre direitos ou interesses difusos e coletivos; II – as causas sobre bens imóveis dos Estados, Distrito Federal, Territórios e Municípios, autarquias e fundações públicas a eles vinculadas; III – as causas que tenham como objeto a impugnação da pena de demissão imposta a servidores públicos civis ou sanções disciplinares aplicadas a militares. Portanto: COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS regra causas até 60 salários mínimos (R$ 52.800,00) não entram na regra de competência mandado de segurança ações de desapropriação, divisão e demarcação ações de improbidade administrativa execuções fiscais demandas que envolvam direitos ou interesses difusos e coletivos causas sobre bens imóveis dos Estados- membros, DF e municípios (e respectivas entidades indiretas) causas que tenham como objetivo impugnar penalidade de demissão aplicada a servidor ou sanções disciplinares aplicadas a militares 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 50 O §2º traz uma regra específica que trata de obrigações parceladas. Por exemplo, se o Estado-membro tiver um crédito de 10 parcelas de R$ 6.000,00 não poderá demandar perante a Fazenda Pública, pois o total de parcelas, vencidas e vincendas (a vencer), ultrapassa o limite de 60 mínimos. Assim, de acordo com o dispositivo abaixo, o total do crédito devido não pode ultrapassar o limite, no apurado de 12 parcelas, o montante de R$ 52.800,00. Confira: § 2º Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial, a soma de 12 (doze) parcelas vincendas e de eventuais parcelas vencidas não poderá exceder o valor referido no caput desteartigo. § 3º Vetado. Pergunta-se: Um crédito de 60 parcelas de R$ 2.000,00 cada, poderá ser exigido perante o Juizado Especial de Fazenda Pública? Sim poderá! Embora o montante total da dívida ultrapasse o limite de 60 salários mínimos, devemos considerar apenas a soma das 12 parcelas vincendas e eventuais vencidas. Se esse somatório não atingir mais de R$ 52.800,00, poderá ser exigido perante o Juizado. Quanto ao §4º, ele determina que a competência do Juizado, embora fixada em razão do valor da causa, é absoluta, ou seja, não poderá ser convencionada pelas partes. Desse modo § 4º No foro onde estiver instalado Juizado Especial da Fazenda Pública, a sua competência é absoluta. Para finalizarmos a parte teórica pertinente à aula de hoje, vamos analisar o art. 5º que informa quem poderá ser autor e quem poderá ser réu perante o Juizado Especial da Fazenda Pública. Confira: Art. 5o Podem ser partes no Juizado Especial da Fazenda Pública: I – como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006; 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 50 II – como réus, os Estados, o Distrito Federal, os Territórios e os Municípios, bem como autarquias, fundações e empresas públicas a eles vinculadas. Memorize: Vamos para a parte prática! 4 - Questões 4.1 - Questões sem Comentários Questão 01 – CONSULPLAN/TJ-MG - Juiz Leigo - 2015 Nas causas previstas na Lei nº 9.099/1995, é competente o Juizado do Foro: a) Do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita. b) Do domicílio do autor em caso de dívidas relativas a cheques. c) Do local do ato ou fato no caso de cobrança de dívidas em geral. d) Exclusivamente no local do domicílio do autor, nas ações de reparação de dano. Questão 02 – CONSULPLAN/TJ-MG - Juiz Leigo P O D E M S E R P A R T E S N O J U IZ A D O autor pessoas físicas microempresas empresas de pequeno porte réus Estados-membros (e entidades) DF (e entidades) Municípios (e entidades) 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 50 Quanto aos temas “Das Partes” e “Do Pedido”, nos processos relativos aos Juizados Especiais Cíveis, regulados pela Lei nº 9.099/1995, admitirǦseǦá: a) Assistência. b) Litisconsórcio. c) Reconvenção. d) Intervenção de terceiros. Questão 03 – CONSULPLAN/TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registro – 2015 - adaptada Quanto à legislação especial, julgue o item seguinte: Quanto aos atos processuais de competência dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/95), não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. Questão 04 – VUNESP/PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe - 2015 De acordo com a Lei no 9.099/95, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis, assinale a alternativa correta. a) Os incapazes não podem ser parte nas ações que tramitam perante o Juizado Especial Cível. b) Têm competência para processar e julgar causas que não excedam 60 (sessenta) vezes o salário-mínimo. c) É dispensável o comparecimento da parte autora na audiência de conciliação. d) É indispensável a assistência da parte por advogado, independentemente do valor da causa. e) Os microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte não podem propor ação perante o Juizado Especial Cível. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 50 Questão 05 – VUNESP/MPE-SP - Oficial de Promotoria I - 2016 Pela regra do art. 61 da Lei no 9.099/95, assinale a alternativa que traz pena que corresponde à infração penal de menor potencial ofensivo. a) Detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa b) Reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos. c) Detenção de 6 (seis) meses a 4 (quatro) anos. d) Detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos. e) Reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Questão 06 – UFMT/TJ-MT - Técnico Judiciário - 2016 De acordo com Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, Juizados Especiais cíveis, poderá propor ação no Juizado Especial: a) O microempreendedor. b) O Município. c) O preso. d) A massa falida. Questão 07 – UFMT/TJ-MT - Técnico Judiciário - 2016 Dispõe a Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, Juizado Especial Criminal, que NÃO é critério de orientação processual no Juizado Especial Criminal: a) A oralidade. b) A formalidade. c) A celeridade. d) A economia processual. Questão 08 – VUNESP/TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário - 2015 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 50 O processo perante o Juizado Especial Criminal objetivará, sempre que possível, a reparação dos d anos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. Nesse contexto, de acordo com o expresso texto do art. 62 da Lei n o 9.099/95, orientar- se -á pelos critérios de a) oralidade, informalidade e economia processual, apenas. b) oralidade e economia processual, apenas. c) economia processual e celeridade, apenas. d) oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, apenas. e) oralidade, informalidade, economia processual, celeridade e verdade formal. Questão 09 – VUNESP/TJ-MS - Juiz Substituto - 2015 O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo, para efeitos da Lei no 9.099/95: a) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a um ano, desde que não cumulada com multa. b) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. c) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, desde que não cumulada com multa. d) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 3 (três) anos, cumulada ou não com multa. e) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 3 (três) anos, desde que não cumulada com multa. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 50 Questão 10 – FGV - TJ-PI - Analista Judiciário - Analista Judicial Os Juizados Especiais são previstos pela Constituição, em seu art. 98, I, como competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade. Segundo a Lei nº 9.099/1995, o processo perante os Juizados Especiais Cíveis é orientado, dentre outros, pelo seguinte princípio: a) escritura; b) desconcentração dos atos processuais; c) oralidade; d) formalidade; e) não imediação na produção probatória. Questão 11 – FCC/TRE-SE - Analista Judiciário - Área Administrativa - 2015 Analise as seguintes situações hipotéticas sobre indivíduos indiciados, primários e de bons antecedentes: I. Rodrigo cometeu crime de resistência, com pena de detenção de 2 meses a 2 anos. II. Paulo cometeu crime de peculato culposo, com pena de detenção de 3 meses a 1 ano.III. Ricardo cometeu crime de coação no curso do processo, com pena de reclusão de 1 a 4 anos e multa. IV. Suzete cometeu crime de favorecimento pessoal, com pena de detenção de 1 a 6 meses e multa. Nos termos estabelecidos pela Lei no 9.099/95 poderão ser beneficiados com a transação penal a) Paulo, apenas. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 50 b) Paulo e Suzete, apenas. c) Rodrigo, Paulo, Ricardo e Suzete. d) Suzete, apenas. e) Rodrigo, Paulo e Suzete, apenas. Questão 12 – Inédita – 2016 De acordo com a Lei 12.153/2009 é de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios: a) até o valor de 20 salários mínimos. b) até o valor de 30 salários mínimos. c) até o valor de 40 salários mínimos. d) até o valor de 50 salários mínimos. e) até o valor de 60 salários mínimos. 4.2 - Gabarito Questão 01 – A Questão 02 – B Questão 03 – CORRETA Questão 04 – A Questão 05 – A Questão 06 – A Questão 07 – B Questão 08 – D Questão 09 – B Questão 10 – C Questão 11 – E Questão 12 - E 4.3 - Questões com Comentários Questão 01 – CONSULPLAN/TJ-MG - Juiz Leigo - 2015 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 50 Nas causas previstas na Lei nº 9.099/1995, é competente o Juizado do Foro: a) Do lugar onde a obrigação deva ser satisfeita. b) Do domicílio do autor em caso de dívidas relativas a cheques. c) Do local do ato ou fato no caso de cobrança de dívidas em geral. d) Exclusivamente no local do domicílio do autor, nas ações de reparação de dano. Comentários Esse é tipo de questão que certamente você enfrentará no dia da prova. Note que a questão cobra a competência de foro do Juizado Especial Cível. A competência de foro é aquela que determina em que Juizado a ação será proposta. A disciplina desse conteúdo é encontrada no art. 4º da Lei 9.099/1995. Conforme estudado: A alternativa A está correta e é o gabarito da questão, muito embora traga uma regra específica. COMPETÊNCIA DE FORO regra domicílio do réu hipóteses específicas local em que a obrigação deve ser cumprida domicílio do autor nas ações de reparação de dano 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 50 A alternativa B está incorreta, pois no caso de um cheque entra na regra geral de ingresso no domicílio do réu. Lembre-se que no domicílio do autor somente se for ação de reparação de dano. A alternativa C está incorreta, pois a regra geral é o domicílio do autor. A alternativa D também está incorreta, pois ao contrário do afirmado, no caso de reparação de dano, embora possa ingressar com a ação no próprio domicílio, o autor poderá optar por demandar no domicílio do réu. Questão 02 – CONSULPLAN/TJ-MG - Juiz Leigo Quanto aos temas “Das Partes” e “Do Pedido”, nos processos relativos aos Juizados Especiais Cíveis, regulados pela Lei nº 9.099/1995, admitirǦseǦá: a) Assistência. b) Litisconsórcio. c) Reconvenção. d) Intervenção de terceiros. Comentários Nós vimos que o processo do Juizado Especial é caracterizado pela simplicidade. Em face disso, ele não admite intervenção de terceiro, nem assistência. Não é mesmo? Com esse raciocínio você considera as alternativas A e D incorretas. No mesmo dispositivo que veda a assistência e intervenção de terceiros há também uma regra admitindo o litisconsórcio, o que torna a alternativa B, correta e gabarito da questão. E o que é reconvenção? A reconvenção é um expediente pelo qual a parte se defende atacando. Isso mesmo! A reconvenção é um instrumento processual, utilizado pela parte que foi demanda em Juízo, para efetuar pedido em face do réu. Um exemplo facilita a compreensão. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 50 José ingressa com ação contra Maria para cobrar uma dívida. Maria, aproveita- se da relação processual criada, para pedir, no mesmo processo, que José repare eventual dano tenham também causado. Isso é reconvenção! A reconvenção não é usada no Juizado Especial, mas apenas no processo comum. Para o Juizado fala-se em pedido contraposto, que é a mesma ideia, a diferença é que o pedido contraposto é mais simples. Portanto, a alternativa C também está incorreta. Estaria correta se falasse em pedido contraposto! Questão 03 – CONSULPLAN/TJ-MG - Titular de Serviços de Notas e de Registro – 2015 - adaptada Quanto à legislação especial, julgue o item seguinte: Quanto aos atos processuais de competência dos Juizados Especiais Criminais (Lei 9.099/95), não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo. Comentários Aqui temos uma questão que foi adaptada de uma prova de múltipla escolha. Contudo, ela é interessante para nosso estudo! Conforme estudado, os processos no Juizado são informais, assim eventuais irregularidades podem ser mitigadas, caso não gerem prejuízos. Portanto, está correta a assertiva ao afirmar que “não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo”. Questão 04 – VUNESP/PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe - 2015 De acordo com a Lei no 9.099/95, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis, assinale a alternativa correta. a) Os incapazes não podem ser parte nas ações que tramitam perante o Juizado Especial Cível. b) Têm competência para processar e julgar causas que não excedam 60 (sessenta) vezes o salário-mínimo. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 50 c) É dispensável o comparecimento da parte autora na audiência de conciliação. d) É indispensável a assistência da parte por advogado, independentemente do valor da causa. e) Os microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte não podem propor ação perante o Juizado Especial Cível. Comentários Vejamos cada uma das alternativas. A alternativa A é a correta, pois, de acordo com o art. 8º, caput, da Lei 9.099/1995 o incapaz não podem ser parte nas ações que tramitam perante o Juizado Especial Cível. A alternativa B está incorreta, pois a competência é limitada a 40 salários mínimos, e não 60 conforme consta. A alternativa C está incorreta. Embora não seja conteúdo direto de nosso estudo, vimos que a conciliação é um dos grandes objetivos da Lei 9.099/1995. Portanto, ao contrário do afirmado, é indispensável o comparecimento das partes na audiência de conciliação, especialmente da autora. Se ela não comparecer, o processo será extinto. A alternativa D está incorreta. Como vimos, o advogado poderá ser dispensado em causas que não ultrapassem o montante de 20 salários mínimos. A alternativa E também está incorreta, pois as os microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte constituem exceções que podem demandar perante o Juizado Especial. Questão 05 – VUNESP/MPE-SP - Oficial de Promotoria I - 2016 Pela regra do art. 61 da Lei no 9.099/95, assinale a alternativa que traz pena que corresponde à infração penal de menor potencial ofensivo. a) Detenção de 1 (um) a 2 (dois) anos, e multa b) Reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos. c) Detenção de 6 (seis) meses a 4(quatro) anos. d) Detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 50 e) Reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Comentários Já que a questão referiu expressamente o dispositivo da lei, veja: Art. 61. Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006) Portanto, a única alternativa que se enquadra no que traz o dispositivo é a alternativa A, gabarito da questão. Questão 06 – UFMT/TJ-MT - Técnico Judiciário - 2016 De acordo com Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, Juizados Especiais cíveis, poderá propor ação no Juizado Especial: a) O microempreendedor. b) O Município. c) O preso. d) A massa falida. Comentários Para responder à questão devemos lembrar do §1º e caput do art. 8º. PODEM SER PARTE NO JEC NÃO PODEM SER PARTE NO JEC Pessoas físicas capazes Microempreendedores individuais Microempresas Empresas de pequeno porte OSCIP Sociedades de crédito ao microempreendedor Incapaz Preso Pessoas jurídicas de direito público Empresas públicas da União Massa falida Insolvente civil 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 50 Pessoas jurídicas de modo geral (a não ser as que constam do outro lado da tabela) Logo, o gabarito da questão é a alternativa A. Questão 07 – UFMT/TJ-MT - Técnico Judiciário - 2016 Dispõe a Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, Juizado Especial Criminal, que NÃO é critério de orientação processual no Juizado Especial Criminal: a) A oralidade. b) A formalidade. c) A celeridade. d) A economia processual. Comentários Os princípios que orientam a Lei 9.099/1995 está no art. 2º e são os seguintes: Princípio da Oralidade Princípio da simplicidade e da Oralidade Princípios da economia processual e da gratuidade no primeiro grau de jurisdição Princípio da Celeridade Portanto, a alternativa B está incorreta, pois o critério é INformalismo. Questão 08 – VUNESP/TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário - 2015 O processo perante o Juizado Especial Criminal objetivará, sempre que possível, a reparação dos d anos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. Nesse contexto, de acordo com o expresso texto do art. 62 da Lei n o 9.099/95, orientar- se -á pelos critérios de a) oralidade, informalidade e economia processual, apenas. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 40 de 50 b) oralidade e economia processual, apenas. c) economia processual e celeridade, apenas. d) oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, apenas. e) oralidade, informalidade, economia processual, celeridade e verdade formal. Comentários Notou a importância de memorizar os critérios estabelecidos no art. 2º e no art. 62 da Lei 9.099/1995?! Vejamos o art. 62: Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade. Logo, a alternativa D é a correta e gabarito da questão. Questão 09 – VUNESP/TJ-MS - Juiz Substituto - 2015 O Juizado Especial Criminal, provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência. Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo, para efeitos da Lei no 9.099/95: a) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a um ano, desde que não cumulada com multa. b) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, cumulada ou não com multa. c) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 (dois) anos, desde que não cumulada com multa. d) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 3 (três) anos, cumulada ou não com multa. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 41 de 50 e) as contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 3 (três) anos, desde que não cumulada com multa. Comentários Para responder à questão, lembre-se: CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: Contravenções penais; Crime cuja pena não ultrapasse 2 anos (CUMULADA ou NÃO com multa). Portanto, a alternativa B é a correta e gabarito da questão. Questão 10 – FGV - TJ-PI - Analista Judiciário - Analista Judicial Os Juizados Especiais são previstos pela Constituição, em seu art. 98, I, como competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade. Segundo a Lei nº 9.099/1995, o processo perante os Juizados Especiais Cíveis é orientado, dentre outros, pelo seguinte princípio: a) escritura; b) desconcentração dos atos processuais; c) oralidade; d) formalidade; e) não imediação na produção probatória. Comentários Muito provavelmente você não irá errar esse assunto em prova, não é mesmo?! Confira o art. 2º: Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 42 de 50 Portanto, a alternativa C é a correta e gabarito da questão. Questão 11 – FCC/TRE-SE - Analista Judiciário - Área Administrativa - 2015 Analise as seguintes situações hipotéticas sobre indivíduos indiciados, primários e de bons antecedentes: I. Rodrigo cometeu crime de resistência, com pena de detenção de 2 meses a 2 anos. II. Paulo cometeu crime de peculato culposo, com pena de detenção de 3 meses a 1 ano. III. Ricardo cometeu crime de coação no curso do processo, com pena de reclusão de 1 a 4 anos e multa. IV. Suzete cometeu crime de favorecimento pessoal, com pena de detenção de 1 a 6 meses e multa. Nos termos estabelecidos pela Lei no 9.099/95 poderão ser beneficiados com a transação penal a) Paulo, apenas. b) Paulo e Suzete, apenas. c) Rodrigo, Paulo, Ricardo e Suzete. d) Suzete, apenas. e) Rodrigo, Paulo e Suzete, apenas. Comentários Temos que analisar se as pessoas mencionadas nos itens enquadram-se como crimes de menor potencial ofensivo. CRIME DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: Contravenções penais; Crime cuja pena não ultrapasse 2 anos (CUMULADA ou NÃO com multa). 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 43 de 50 Item I – SIM Item II – SIM Item III – NÂO Item IV – SIM Portanto, a alternativa E é a correta e gabarito da questão. Questão 12 – Inédita – 2016 De acordo com a Lei 12.153/2009 é de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar,conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios: a) até o valor de 20 salários mínimos. b) até o valor de 30 salários mínimos. c) até o valor de 40 salários mínimos. d) até o valor de 50 salários mínimos. e) até o valor de 60 salários mínimos. Comentários Elaboramos essa questão apenas para demonstrar como a Lei 12.153/2009 pode ser cobrada em prova. Lembre-se do art. 2º: Art. 2º É de competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública processar, conciliar e julgar causas cíveis de interesse dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, até o valor de 60 (sessenta) salários mínimos. Portanto, a alternativa E é a correta e gabarito da questão. 5 - Resumo 5.1 - Lei dos Juizados Especiais INTRODUÇÃO 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 44 de 50 A União, juntamente com os Estados e o DF, podem estabelecer normas tratando dos Juizados Especiais. Os Juizados Especiais atuarão na conciliação, julgamento e execução de duas espécies de causas: Parâmetros para a atuação dos Juizados Especiais: DISPOSIÇÕES GERAIS A Lei 9.099/1995 aplica-se à Justiça Comum estadual, sem considerar a Justiça Federal. Princípios: OS JUIZADOS ESPECIAIS SÃO CRIADOS PARA TRATAR Causas cíveis de menor complexidade; e Infrações penais de menor potencial ofensivo. PARÂMETROS PARA OS JUIZADOS ESPECIAIS Procedimento oral Procedimento sumariíssimo Com o objetivo de promover a transação Julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 45 de 50 Busca pela conciliação e pela transação JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS Competência material: As ações cujo valor da causa não exceder R$ 35.200,00. Ação de arrendamento rural e parceria agrícola. Ação de cobrança ao condômino. Ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico. Ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre. Cobrança de seguro em acidente de veículo, ressalvados os casos de processo de execução. P R IN C ÍP IO D A L E I 9 .0 9 9 / 1 9 9 5 Princípio da Oralidade Princípio da simplicidade e da Oralidade Princípios da economia processual e da gratuidade no primeiro grau de jurisdição Princípio da Celeridade CONCILIAÇÃO é necessário que o acordo surja perante o juiz, com intervenção do magistrado na orientação e convencimento das partes TRANSAÇÃO as partes, após o ajuizamento da demanda no Juizado, se reúnem e decidem por fim ao processo e, após o acordo, formalizam no processo o acordo para ser homologado. 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 46 de 50 Cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado legislação especial Revogação de doação. Demais ações previstas em lei. Ação de despejo para uso próprio. Ações possessórias sobre bens imóveis de valor não exceda a R$ 35.200,00. Competência material executória: será competente para executar seus próprios processos e todos os títulos executivos extrajudiciais, com exceção daqueles que uma das partes for incapaz, preso, pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas da União, massa falida e insolvente civil. Competência de Foro PROCESSOS, QUE NÃO PODEM SER DA COMPETÊNCIA DO JEC. COMPETÊNCIA DE FORO regra domicílio do réu hipóteses específicas local em que a obrigação deve ser cumprida domicílio do autor nas ações de reparação de dano 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 47 de 50 JUIZ LEIGO X CONCILIADOR PESSOAS E ENTIDADES QUE NÃO PODEM SE VALER DO JEC Incapaz; Preso Pessoas jurídicas de direito público Empresas públicas da União Massa falida; e Insolvente civil. PESSOAS JURÍDICAS QUE PODEM DEMANDAR PERANTE O JEC: microempreendedores individuais microempresas N Ã O P O D E M S E R D A C O M P E T Ê N C IA D O J E C A S C A U S A S D E N A T U R E Z A alimentar falimentar fiscal interesse da Fazenda Pública relativas a acidentes de trabalho relativas a resíduos relativas ao estado relativas à capacidade das pessoas CONCILIADOR preferencialmente bacharel em Direito JUIZ LEIGO preferencialmente advogados com mais de 5 anos de experiência 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 48 de 50 empresas de pequeno porte OSCIP sociedades de crédito ao microempreendedor PARTICIPAÇÃO DE OUTRAS PESSOAS NO PROCESSO: NÃO PODEM PARTICIPAR DO PROCESSO PODEM PARTICIPAR DO PROCESSO Terceiros Assistentes Litisconsortes Ministério Público DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS Hipóteses de cabimento de competência Objetivos: 5.2 - Lei dos Juizados Especiais da Fazenda Pública COMPETÊNCIA ESTÃO SUJEITOS AO JECRIM: Contravenções penais Crimes cuja pena máximo não ultrapasse 2 anos. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO JECRIM Reparação do dano causado à vítima Não aplicação de penas restritivas de liberdade 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 49 de 50 Quando a pretensão versar sobre obrigações vincendas, para fins de competência do Juizado Especial, a soma de 12 parcelas vincendas e de eventuais parcelas vencidas não poderá exceder o valor R$ 52.800,00. Partes no Juizado Especial de Fazenda Pública COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS regra causas até 60 salários mínimos (R$ 52.800,00) não entram na regra de competência mandado de segurança ações de desapropriação, divisão e demarcação ações de improbidade administrativa execuções fiscais demandas que envolvam direitos ou interesses difusos e coletivos causas sobre bens imóveis dos Estados- membros, DF e municípios (e respectivas entidades indiretas) causas que tenham como objetivo impugnar penalidade de demissão aplicada a servidor ou sanções disciplinares aplicadas a militares 13430236452 Legislação Específica TJMG teoria e questões Aula 01 - Prof. Ricardo Torques Prof. Ricardo Torques www.estrategiaconcursos.com.br 50 de 50 6 - Considerações Finais Chegamos ao final da nossa Aula 01. Nós havíamos programado o estudo das Leis dos Juizados e também dos dispositivos relativos ao Estatuto do Idoso. Contudo, como essa aula envolve bastante conteúdo para memorizar, vamos deixar as regras do Estatuto para tratar na próxima aula, antes de iniciarmos o estudo dos diplomas de informatização do processo. Combinados? Aguardo vocês em nossa próxima aula! Críticas, sugestões ou dúvidas, por favor, nos procurem! Um forte abraço e bons estudos a todos! Ricardo Torques rst.estrategia@gmail.com https://www.facebook.com/ricardo.s.torques P O D E M S E R P A R T E S N O J U IZ A D O autor pessoas físicas microempresas empresas de pequeno porte réus Estados-membros (e entidades) DF (e entidades) Municípios (e entidades) 13430236452