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Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P Exames Complementares ➢ Constituem um séries de provas ou testes que, somados aos dados do exame clínico, possibilitam estabelecer o diagnóstico correto. ➢ O exame complementar não faz parte do exame clínico. ➢ Exame clínico = Anamnese + Exame Físico. Exames Laboratoriais ❖ Alguns problemas sistêmicos poderão complicar, alterar o prognóstico ou até contraindicar, pelo menos temporariamente, as cirurgias. Os pacientes poderão relatar esses problemas à anamnese ou poderão sequer suspeitar das suas presenças. É dever do cirurgião-dentista investigá-los clinicamente e por meio de exames laboratoriais específicos. ❖ O sangue é um veículo extremamente rico em informações, é o principal para fazer exames laboratoriais. ❖ No sangue, circulam várias substâncias como: proteínas, vírus, anticorpos, células, eletrólitos, hormônios, colesterol, bactérias. Sangue Tipos de células do sangue: • Eritrócitos (Hemácias)➜ Transporte de O2 e CO2. • Leucócitos ➜ Sistema de defesa • Plaquetas(Trombócitos)➜ Coagulação. São produzidas na medula óssea. O sangue é composto de: • No plasma contém anticorpos e pode ser usado para imunizar outras pessoas, uma pessoa contrai a doença e adquiri anticorpos, pode-se fazer a transfusão do plasma dela para outra pessoa também doente para imunizá-la. Exames Hematológicos São requisitados quando: • Pré-operatório cirúrgico; • Aqui na faculdade solicita-se antes de qualquer procedimento cirúrgico desde uma exodontia simples à uma exodontia de um dente incluso; • Processos infecciosos agudos ou crônicos; • Processos alérgicos; • Doenças virais, parasitárias; • Distúrbios nutricionais. Exames Laboratoriais Citolofia Esfoliativa/Biópsia Exames de Imagem Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P ➜ É extremamente importante solicitar exames, pois mediante ao resultado do exame pode constatar algum problema nas plaquetas, e impedir que ocorra por exemplo, uma hemorragia ao realizar um procedimento. Exames Laboratoriais são divididos em: Hemograma ➢ Destina à avaliação quantitativa e qualitativa dos elementos figurados do sangue. ➢ Geralmente os profissionais dentistas olham mais para o quantitativo, por exemplo quantidade de plaquetas, leucócitos, hemácias... ➢ Porém, as vezes o paciente está com a quantidade normal, mas podem não ter a função adequada. Estudo série vermelha: Eritrograma (Hemácias ou Eritrócitos) Estudo série branca ou glóbulos brancos: Leucograma (Leucócitos) Plaquetas ou Trombócitos: Plaquetograma. Eritrograma Fornece: ✓ Hemácias ✓ Hemoglobina ✓ Hematócrito ✓ Volume corpuscular médio (VCM) ✓ Hemoglobina corpuscular média (HCM) ✓ Concentração de HB corpuscular média (CHCM) ✓ RDW ➢ Praticamente todos os exames laboratoriais que você solicita, trazem taxas de referência. Importante pegar referência e saber interpretar, caso não lembre da taxa de algum. (importante solicitar em um laboratório confiável) ➢ Hemácias, Hemoglobina e Hematócrito: São pontos que quantitativamente vão dizer se o paciente tem anemia ou não, devem ser avaliados em conjunto. (O mais importante é a hemoglobina). Os demais, vão dizer o tipo de anemia. Hemácias Mulher: 4,00-5,50 milhões/mm³ Homem: 4,20-6,00 milhões/mm³ Idosos: decréscimo dos valores Eritrocitopenia X Eritrocitose Queda no número de hemácias Elevação no número de hemácias ➢ Se tem pouca hemácia, provavelmente está promovendo uma menor oxigenação no corpo. Hemograma Coagulograma Sorológicos Bioquímica do sangue Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P ➢ Esportista que estão habituados a irem a lugares com maior altitude, precisam de mais hemácias, de mais oxigênio e ocorre uma eritrocitose espontânea e momentânea, quando volta para uma altitude normal e para de fazer exercício, as hemácias voltam a normalidade. Dosagem da hemoglobina ➢ A hemoglobina é o pigmento vermelho que dar cor ao sangue, é ela quem agrega o oxigênio na hemácia ➢ É o dado mais importante para avaliar um estado anêmico. Hemoglobina Valor médio: 15,5 g/dL (+/- 2,5 g/dL). ➢ Esse valor médio pode variar entre laboratórios, devido a referência que usam. Porém serão valores próximos. Hematócrito ➢ Avalia o número total de hemácias em relação ao volume total de células do sangue. Mulher: 37-47% Homem: 41-51% ➢ Avaliar Anemia: ➢ Precisa avaliar o três para verificar se o paciente tem anemia ou não. E é necessário que os três estejam dentro do padrão. ➢ Uma vez que o paciente possui anemia, deve-se verificar a possível origem, qual a qualidade celular da hemácia e para isso consulta outros exames, como: ✓ Volume Corpuscular Médio (VCM): ele vai dar o tamanho da hemácia (80-98µ³) Paciente anêmico o Hemácia normocítica: São células com o tamanho normal o Hemácia microcítica: São células com o tamanho menor que o normal, vão ter dificuldade de levar o aporte necessário de oxigênio, falta de ferro. o Hemácia macrocíticas: São células com o tamanho maior que o normal, carência de ácido fólico (vitamina B9). ✓ Hemoglobina Corpuscular Média (HCM): ele vai dar o peso da hemoglobina nas hemácias, ver o quanto de molécula de hemoglobina está dentro daquela hemácia. (valor médio= 24-33 pg) o Anemia hipocrômica o Anemia normocrômica o Anemia hipercrômica ➜ Lembrando que o dentista pode analisar isso, porém, quem dar seguimento ao tratamento é o médico, nutricionista. dosagem de Hb hematócr ito contagem de hemácias Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P ✓ Concentração de HB corpuscular média (CHCM): Aqui não é o número absoluto, é o valor relativo, a concentração. (valor médio= 32% a 36%) ✓ RDW: Pega a hemácia maior e a menor e estabelece uma diferença de tamanho, faz uma proporção do tamanho adequado da hemácia. Tem ligação com VCM (pois dar pra ver se é normo, micro ou macro). (Valor médio: 11,0-15,0%) ➜Carência de ferro: impede a formação da hemoglobina normal e vai dar uma hemácia pequena, microcítica. Leucograma ➢ Identifica os leucócitos e suas alterações morfológicas e quantitativas. ➢ Diz se o paciente está susceptível a uma infecção ou se está em um quadro infeccioso Leucócitos Totais 4.000 – 10.000/mm³ Leucocitose X Leucopenia Número elevado de leucócitos Número baixo de leucócitos ➢ Via de regra, nós temos a leucocitose associada a uma manifestação ou infecção bacteriana. ➢ E nós temos a leucopenia associada a uma infecção viral. ➢ Se formos analisar a qualidade de cada célula, pode ser que um caso de leucocitose não seja indicativo de infecção bacteriana, as vezes tem- se infecção viral. Contagem diferencial dos Leucócitos ➜ Neutrófilos, podem ser: o Segmentados: 60-65% (1.500- 7.000/ µL) o Bastonetes: Neutrófilo que não conseguiu a maturação, ou seja, imaturo. 2-5% (40-500/ µL) o 70% dos leucócitos são neutrófilos. o Quando se tem um caso de neutrofilia (aumento exacerbado do número de neutrófilos) há uma infecção bacteriana. o Pode acontecer dos neutrófilos estarem com a taxa normal (70%) e de repente um linfócito que representa (20%) deu alterado, e linfócito é um indicativo de infecção viral. o Quando se tem um caso de neutropenia (diminuição do número de neutrófilos) está associada a manifestação viral. o Neutrofilia também pode ser infecção fúngica aguda.Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P Desvio à esquerda: significa dizer que há uma grande concentração de bastonetes, e são justamente os neutrófilos ainda imaturos, que ainda não viraram segmentados É quando a taxa de neutrófilos do tipo bastonetes está alta. ➜Eosinófilos: o 2-4% (40-500/µL) o Relacionados a processos alérgicos e parasitoses. ➜Basófilos: o 0-3% (0-100/ µL) o Relacionados à processos alérgicos ➜Linfócitos: o 20-30% (800-4.000/ µL) o Relacionados à infecção viral (HIV início e corrente) o Paciente teve HIV a pouquíssimo tempo e ao observar o exame, viu- se que ele tinha uma linfocitose (aumento do número de linfócitos) que é característico do HIV na fase inicial. O HIV trabalha em cima dos linfócitos T (CD4), essa quantidade exacerbada de linfócito, vai sendo destruída. Quando o paciente está com HIV a muito tempo, com os linfócitos sendo destruídos, sai de uma condição de linfocitose e vai para linfopenia. o Linfocitose infecções viróticas; Infecções crônicas (sífilis e tuberculose) Infecções por protozoário (toxoplasmose) Leucemia linfocítica. o Linfopenia Estresse agudo (trauma, cirurgia); Infecção por HIV. ➜Monócitos: o 4-8% (80-1.000/ µL) o Relacionado a infecções e inflamações crônicas, neoplasias (leucemia), após quimioterapia. o Uso de corticóides, faz com que diminua o número de monócitos. ➢ Grande parte dos exames vem com essa régua referencial, que está aí em cima à direta. Como uma forma de facilitar a leitura do exame. A régua se divide em 3 partes. Do lado esquerdo fica valores abaixo do normal, no meio valores regulares, dentro da normalidade e à direita, ficam valores acima do normal. DESVIO À ESQUERDA Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P ➢ Porém, vale ressaltar que mesmo com essa régua, devemos ver os números, verifica-los, pois nesse exame por exemplo, a régua está indicando que o número de linfócitos está dentro da normalidade, e que o leucograma também está normal, porém está errado, quando se compara com os valores, se ver que há um erro. Como nesse exame, há outros que podem apresentar erros. Coagulograma ➢ É um parâmetro hemostático frequentemente usado para avaliação laboratorial inicial de pacientes com distúrbios hemorrágicos e para avaliação da hemostasia pré-operatória. ➢ Compreende os seguintes exames: ✓ Tempo de sangramento ✓ Tempo de coagulação ✓ Contagem de plaquetas ✓ Tempo de protrombina ✓ Tempo de tromboplastina parcial ativada. ➢ O conjunto de exames permite a avaliação da hemostasia detectando deficiências quantitativas e qualitativas das plaquetas, distúrbios vasculares e dos fatores de coagulação e a presença de inibidores específicos e inespecíficos da coagulação. ➢ Os distúrbios hemorrágicos podem ocorrer devido às alterações vasculares, plaquetárias ou dos mecanismos de coagulação/fibrinólise, podendo ser congênito ou adquirido. ➢ Mecanismo de alteração fibrinólise: não foi só o número de plaquetas que foi alterado, foi de repente a qualidade dessas plaquetas, o fator de coagulação que existe. o No exame de sangue convencional que o dentista pede ao paciente, muitas vezes é solicitado o hemograma, tem laboratórios que no hemograma tem o número de plaquetas, mas também tem outros que não trazem, aí pede-se o coagulograma. Devido a isso, muitos pedem o hemograma completo. ➢ Perguntas que podem influenciar o Cirurgião-Dentista a pedir o coagulograma: ✓ Sangrou por tempo exagerado após extração dental? ✓ Ocorreu sangramento no dia seguinte, sem motivo aparente? ✓ Já desenvolveu hematomia incomum ao redor da ferida? ✓ Costuma ter hematomas sem ter batido o local? ✓ Algum parente próximo tem problema de coagulação? ➢ Quando enxergamos uma condição de sangramento, temos como objetivo realizar a Hemostasia Hemostasia ➢ Pode ser realizada pelo dentista, via implementação de algum fármaco, mas a maior parte das vezes é através de sutura. Existe a hemostasia gerada pelo próprio organismo. Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P É como se fosse o processo para parar aquele sangramento. ❖ O que pesquisamos no coagulograma: ✓ Contagem de plaquetas ✓ Tempo de sangramento (TS) ✓ Tempo de trombina (TC) – velocidade com que o coágulo se forma. ✓ Tempo de protrombina (TP) - testa os fatores de coagulação participantes da via extrínseca ✓ Tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) – testa os fatores participantes da via intrínseca. ❖ O sucesso da hemostasia depende da: ✓ Integridade da parede do vaso ✓ Número adequado de plaquetas ✓ Função adequada das plaquetas ✓ Nível adequado do fator de coagulação ✓ Funcionamento apropriado do sistema fibrinolítico. Distúrbios Hemorrágicos de interesse ao Cirurgião- Dentista ➢ Trombocitopenia ➢ Trombocitopatia ➢ Deficiência dos fatores de coagulação. Contagem de Plaquetas 150.000 a 450.000 céls/mm³ Trombocitopenia • abaixo de 150.000 céls/mm³ • 100.000 a 150.000: trombocitopenia leve: pode gerar um sangramento pós-operatório anormal. • Menos que 100.000: trombocitopenia severa: gera um sangramento pós-operatório anormal. (NÃO FAZ PROCEDIMENTO) • Resulta de: destruição de plaquetas ou uma queda na produção de plaquetas. Podem se dar através de Hiperesplenismo: baço degrada células sanguíneas mais do que deveria. • Pode se dar através da indução de drogas. • Sinais: Petéquias pele/mucosa- que é o sangramento de pequenos vasos superficiais. É muito presente em pacientes com trombocitopenia, principalmente em região de palato mole. • Na pior das hipóteses, se o paciente estiver com a contagem de plaquetas em 100.000 e for caso de urgência, atende. TC & TS 5 a 10 min 2 a 5 min o TC (tempo de coagulação/trombina):É observado intrinsecamente, é mais a nível Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P molecular, tempo que a fibrina demora para formar o primeiro coágulo, enfim, é o que não enxergamos a olho nu. o TS (tempo de sangramento): Da para ser feito no consultório, fazendo um pequeno furo na região atrás da orelha ou no dedo e vai contar quanto tempo deu desde a furada até quando vai sair sangue dali. o Anormalidades Plaquetárias, quando os valores de TC e TC estão exacerbados. Pode estar com a quantidade de plaquetas normais, o defeito é na sua qualidade. TP & TTPa 10 a 20s 25 a 40s o TP: anormalidade na via extrínseca o TTPa: anormalidade na via intrínseca o Tanto o TP, quanto o TTPa, vai implicar na qualidade da plaqueta, na cicatrização. o Valor de TP alto: coagulação e sangramento pós-operatório anormais. (controle médico: anticoagulantes orais- AS, aspirina- caso o paciente tome, provavelmente vai ter alteração de TP) o Valor de TTPa alto: Anormalidades hemorrágicas, pode aparecer após o procedimento ou durante ele. (controle médico: tratamento com heparina, caso o paciente tome heparina, por ser um anticoagulante, vai ter anormalidade no TTPa) Trombocitopatia • Erro na qualidade das plaquetas, número de plaquetas adequados, porém os demais parâmetros apresentam uma alteração, principalmente no TS, onde ocorre a elevação do TS. • Pode ser resultante de um defeito: →adquirido →congênito- mais comum. • Causas: • Alterações Hereditárias: →Doença de Von Willebrand →Deficiência no fator VIII de coagulação →Função anormaldas plaquetas • Alterações Mieloproliferativas: →Leucemia granulocítica crônica →Metaplasia mieloide • Induzida por drogas: → Aspirinas →AINES (ibuprofeno, naproxeno etc) →Álcool + AINES ou aspirina ➢ AINES como ibuprofeno, nimesulida, pode induzir a trombocitopatia quando utiliza-se demasiadamente, deve-se trabalhar por 2 a 3 dias para não da efeito rebote. Pois toda medicação tem seu efeito, porém se for usada incorretamente, pode ser um veneno. Deficiência dos Fatores de Coagulação Podem ser: ➢ Alterações Congênitas Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P ➢ Alterações Adquiridas Alterações Congênitas ➢ Hemofilia A ➢ Hemofilia B ➢ Doença de Von Willebrand: trabalha em cima do fator VIII de coagulação. Hemofilia A: ➢ Deficiência no fator VIII de coagulação. ➢ Sangramento significativo ao mínimo traumatismo e correm alto risco de hemorragia após procedimentos cirúrgicos. Hemofilia B: ➢ Doença de Christmas ➢ Deficiência no fator IX de coagulação ➢ Mesmas manifestações clínicas que a hemofilia A ❖ Pacientes hemofílicos devem ser encaminhados à um hematologista, informando que vai ser feito um procedimento com expectativa de sangramento solicitando que seja administrado ao paciente os fatores de coagulação que ele necessitar. Devem ser feitos todos os cuidados pré-consulta odontológica que o paciente precisar. ❖ O hematologista tem a obrigação de dizer a conduta e o tempo de atendimento do paciente após ele fazer a ingesta dos fatores de coagulação. O médico redige um documento informando até que horas é seguro realizar o procedimento. Doença de Von Willebrand: ➢ Função anormal das plaquetas ➢ Deficiência fator VIII de coagulação. ❖ Segue o mesmo protocolo de um paciente hemofílico. Alterações Adquiridas ➢ Doença Hepática ➢ Uso de Anticoagulantes orais ➢ Má absorção de vitamina K ➢ Faz terapia por heparina Avaliação Odontológica ✓ Verificar se o paciente apresenta Petéquias ✓ Sangramentos excessivos: Menstrual Epistaxes frequentes (sangramento nasal) Sangramento Inusitado (do nada) ✓ Histórico familiar? ➢ Mediante a anamnese, verifica em qual risco está o paciente e quais medidas vão ser tomadas. Baixo Risco: ➢ Sem histórico de distúrbios hemorrágicos Risco baixo moderado alto Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P ➢ Sem história de sangramento excessivo ➢ Contagem de plaquetas normais ➢ Exames normais ➢ Não utiliza medicamentos associados a distúrbios hemorrágicos. ➢ Atendimento normal! Moderado Risco: ➢ Em terapia crônica com anticoagulantes orais (coumadin/marevan) ➢ Em terapia crônica com aspirina ➢ Pode fazer procedimentos simples ate chegar em exodontias de dentes inclusos. Paciente MODERADO risco (coumadin)- conduta: ➢ É contraindicado tomar aspirinas e AINES, principalmente no pós operatório. ➢ Medidas hemostáticas locais rigorosas: Deve suturar bem. ➢ Para fazer o procedimento, deve consultar o médico e o médico por escrito informa que suspendeu o uso da medicação do paciente tantos dias antes do procedimento (geralmente são 2 dias). ➢ Pode ser feito TP no dia do procedimento. ➢ Normalmente, o médico determina retomar o medicamento no mesmo dia, ou no outro dia após o procedimento. ➢ Dependendo do procedimento pode ser considerada a hospitalização do paciente. Paciente MODERADO risco (aspirina)- conduta: ➢ Todo procedimento não invasivo é feito normalmente. ➢ Procedimentos que gerem expectativas de sangramento devem ter consulta com o médico para ele avaliar e suspender a mediação ➢ fazer um TS. ➢ TS até o limite: atendimento normal ➢ TS pouco alterado (5,5 min por ai): faz procedimento que no máximo a complexidade é de uma endodontia, faz normalmente. Entretanto se o procedimento é cirúrgico, desde uma exodontia simples, deve encaminhar o paciente de volta ao médico. ➢ TS muito alterado: não se faz nem restauração. Deve encaminhar de volta ao médico para que ele controle a aspirina. Controle da aspirina: ➢ O médico provavelmente suspenderá a aspirina por 7-10 dias, e substitui por outro medicamento. ➢ Quando paciente voltar para ser atendido deve ser feito outro TS. Caso o TS esteja normal, pode fazer o procedimento. Caso o TS esteja anormal, encaminha à um hematologista. ➢ Aspirina e AINES contra-indicado para o pós-operatório. ➢ Após 7-10 dias, medico recomenda voltar normalmente o uso de aspirina. Paciente ALTO risco: ➢ Com distúrbios hemorrágicos conhecidos ➢ Faz uso de anticoagulantes Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P ➢ Pode não ter conhecimento do distúrbio, mas veio com o coagulograma fora do padrão. ➢ Tratamento eletivo (não é urgente) está contra-indicado. ➢ Obrigatoriamente deve ir ao médico para regularizar suas taxas. ➢ Pode necessitar de hospitalização para utilizar agentes terapêuticos. Sorológicos ➢ Exames sorológicos: São relacionados a pesquisa de algum vírus, bactéria... ➢ Mediante sinais e sintomas que se pedem os exames. ➢ Paciente testou positivo, atende do mesmo jeito, com os devidos cuidados. ➔ Hepatite: Anti-HBs (imunização); HBsAg (vírus presente) ➔ HIV: ELISA, Imunofluorescencia indireta, Western Blot. Pacientes HIV, a cada 6 meses pode solicitar a titulação/carga viral, para ver o pico de descontrole da virologia. Caso paciente esteja nesse pico, só são realizados procedimentos urgentes. Não se dá diagnóstico, se encaminha a um hematologista. ➔ Sífilis: VDRL (quantitativo e qualitativo), FTA-ABS, TPHA. ➔ Leishmaniose: ➔ Tuberculose: ➔ Herpes vírus: ELISA, mais comum. Bioquímica do Sangue ➢ Trabalha com substâncias eletrolíticas e não-eletrolíticas, ou seja, avalia glicose, uréia, creatinina... ➢ Exemplo paciente com problema renal, por utilizar anestésicos, deve-se pedir junto ao hemograma o exame de uréia e creatinina, para ver como está. ➢ Paciente com problemas hepáticos: pede-se TGO, TGP. ➢ Paciente passou por problemas que envolveu o osso, pode-se pedir fosfatase alcalina. ➢ Amilase com nível elevado é indicativo de parotidite... Exames periódicos (Controle de Diabetes) ✓ Glicemia em jejum ✓ Curva Glicêmica ✓ Hemoglobina glicosilada ✓ Glicemia capilar. Glicemia em Jejum ➢ Consiste na coleta da amostra de sangue após jejum de 8 hrs. Exames Laboratoriais Ana Laura Cavalcante Coifman-3P ➢ Normal: abaixo de 100 mg/dL ➢ Antes, quando ela dava alterada, fazia o exame: glicose pós prandial, que mede a glicose após 2 horas de se alimentar. Se ela der acima de 140, provavelmente é diabético. ➢ Atualmente, diz que o exame pós prandial não é confiável. Curva Glicêmica ➢ Intolerância à glicose: Jejum de 100 a 125mg/dL. 2 horas após 75g de glicose: de 141 a 199mg/dL. ➢ Bastante solicitado para gestantes ➢ Toma em jejum 75g de glicose diluído em 100 ml de água e durante 2 horas vai sendo aferido a glicose da paciente. ➢ Diabetes Mellitus: Jejum maior que 126mg/dL 2 horas após 75g de glicose: maior que 200mg/dL. Hemoglobina Glicosilada ➢ Exame em que tem a confiabilidade grande da condição glicêmica do diabético. ➢ Dá a quantidade de glicose na hemoglobina durante 3 meses. ➢ Se esse exame der alterado, valerá mais que a glicemia em jejum. ➢ Pacientes podem fazer dieta durante um período e mascarar o exame, por isso é interessante solicitar a hemoglobina glicosilada, pois dará a real situação do paciente ate 3 meses atrás.➢ Valor ideal para paciente NÃO diabético <6% ➢ Valor ideal para paciente diabético controlado <7% Como solicitar? ➢ Através de um receituário: P/_____, requisito/solicito: 1) Hemograma 2) Coagulograma 3) Glicemia em Jejum Caruaru, 21 de maior de 2020. Nome do CD CRO/PE XXXXXXXX
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