Buscar

RESUMO GERAL MACROECONOMIA 3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 40 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EQUILIBRIO GERAL
Em walras a gente vê uma noção de equilíbrio geral em todos os mercados, se torna o núcleo fundamental do mainstream [equilíbrio geral]
A teoria econômica de robert lucas era de microfundamentar a macroeconomia= pq a macro nasce com Keynes e os economistas dos anos 40 aceitavam o desequilíbrio ou equilíbrio parcial, então microfundamentar a macro seria fazer com que ela convergisse para o equilíbrio geral.
Normalmente não aceitamos que o equilíbrio geral pra fazer uma crítica bem razoável desse modelo é preciso conhece-lo profundamente, é um modelo de eq gral com consumidor e firma.
PDF – MOODLE – NOTAS DE AULA
Equilíbrio geral walrasiano – caracterizando o equilíbrio: 3 questões: pq estudar, com q visão e como estudar
Modelo canônico – mercados inter-relacionados: questão importante no sec 19 e foi respondida por walras: pergunta básica é se existe equilíbrio.
EQUAÇÕES: A demanda é função dos preços e a oferta das firmas também é em função dos preços.
Oferta e demanda são funções dos preços, portanto precisa encontrar preços que façam convergir oferta e demanda simultaneamente, então haverá condição de equilíbrio.
Propriedades que essas funções precisam apresentar: [texto]
ii. demandas e ofertas são continuas, as curvas são bem comportadas, 
iii. lambida= a propriedade mtm de ser grau 1, 
A variável ZJ é a diferença líquida entre (demanda e oferta) o somatório de Xhj – Xij = h seria consumidores, oferta das firmas i pelo bem j. ZJ é a demanda excedente do bem J. é igual a diferença entre a demanda dos consumidores e a oferta das firmas, podendo ser maior do que 0 ou seja demanda é maior que a oferta, demanda excedente é positiva. Outro sinal pode ser Xhj e menor que a oferta, excesso de demanda negativo. Demanda excedente negativa.
Outro sinal é demanda igual a oferta, ZJ=0. ZJ é a função dos preços, goza das mesmas propriedades 1 2 e 3 (unicidade, variam continuamente, função de grau 1)
DEFINIÇÃO: posição de equilíbrio 1) demanda de eq. Em função da demanda de preços de eq. = todo orçamento do consumidor é gasto na cesta de consumo predileta, a cesta na qual ele obtém o maior nível de utilidade dada sua restrição orçamentária, ou seja, ele vai maximizar e vai atingir a curva de utilidade 
2) xij é a oferta que maximiza o lucro das firmas. 
4) cada mercado nessa economia deve estar em equilíbrio então o enésimo mercado também estará em equilíbrio
Equação: se o preço é positivo, quando existirem preços positivos, as demandas excedentes em equilíbrio devem ser nulas, ou seja, zeradas, quer dizer então que oferta é igual a oferta. Se o preço é nulo, a demanda excedente é negativa. O ponto de equilíbrio e o ponto que oferta e demanda se igualam.
O equilibro geral é um modelo teórico abstrato, a partir de um monte de pressupostos muito rigorosos. O básico da microeconomia é a formulação de todas as condições necessárias para que possa ocorrer um equilíbrio, em geral numa economia apenas com trocas.
Vimos um modelo mais elaborado, supondo trocas e produção. O modelo de equilíbrio deve respeitar a lei de walras, que estabelece que existe um vetor de preços que zera todas as demandas excedentes, portanto faz com que a economia se encontre no equilíbrio.
Esse equilíbrio, uma vez encontrado, dadas todas as hipóteses do modelo, ele é estável, é único e não há nenhuma tendência de ele sair desse equilíbrio, dado que o vetor de preços é o vetor de equilíbrio.
Todas as demandas são negativamente inclinadas, todos os agentes são racionais, todos estão maximizando a utilidade, tendo a máxima cesta possível dadas as suas restrições orçamentárias, então essa é uma condição técnica.
E em termos de bem-estar, estas condições obtidas por todos os agentes, são condições ótimas no sentido de pareto, pq todos os ganhos e trocas foram exauridos, nenhum agente pode melhor sem piorar a condição de um outro agente qualquer da economia.
Então todos estão maximizando seus resultados e só pode haver modificação nisso se haver um novo vetor de preços. Não há uma tendência para sair do vetor de preços de equilíbrio, então essa é uma condição ótima simultaneamente para todos os agentes da economia.
Se as economias pudessem trabalhar desse jeito, em tese, o preço seria a informação crucial que equilibraria todos os mercados, considerando que os agentes sejam extremamente racionais, maximizadores, com uma capacidade técnica de calculo e processamento de informações infinitas e com a capacidade de obter informação sem custo nenhum. Toda a informação necessária seria disponibilizada, toda informação relevante seria possível e eles seriam capazes de processar toda essa informação relevante, inclusive se a economia estivesse dentro ou fora do equilíbrio e que não houvesse transações nessa economia enquanto ela não atingisse o equilíbrio. 
Em síntese, é um modelo consistente em termos lógicos, bastante preciso em termos matemáticos, sendo um núcleo central para todos os paradigmas ortodoxos.
ESTABILIDADE E TATÔNEMMENT 
O modelo de equilíbrio geral walrasiano (e sua versão mais refinada, o modelo de ArrowDebreu2) não é uma descrição de como os mercados funcionam fato, mas numa forma de modelo simplificador, abstrato. O TP é um modelo descritivo da forma como a economia chega a esse equilíbrio teórico, respeitados os pressupostos dessa descrição. 
Condições e funcionamento: 
∃ um indivíduo centralizador (árbitro ou leiloeiro walrasiano) que coordena o mercado, e os participantes do mercado (consumidores e firmas) se comunicam somente com o leiloeiro, no primeiro momento.
i. O mercado abre; o leiloeiro anuncia aos participantes um vetor de preços inicial, p; 
ii. ii. Todos os participantes tomam p como parâmetro, na escolha de suas demandas excedentes líquidas planejadas (z); 
iii. iii. Os participantes informam ao leiloeiro suas demandas z ao preço p; 
iv. iv. O leiloeiro agrega todos as demandas para encontrar em quais mercados particulares i existem demandas excedentes 𝑧𝑖 ≠ 0 aos preços 𝑝𝑖 
v. v. O leiloeiro revisa o vetor de preços anunciado, tal que:
vi. Não ocorrem transações (em nenhum mercado i), até que um preço de equilíbrio seja encontrado;
vii. Encontrado 𝒑𝒊 , de modo que 𝑧𝑖 = 0, ∀𝑖, então os mercados se equilibram (“all markets clear”). 
OBS. Notar que em todo o processo não há comunicação entre vendedores e compradores, tudo é mediado via leiloeiro. 
Condição de estabilidade: o equilíbrio é globalmente estável se suas funções demanda são negativamente inclinadas (gráfico).
4.1.1 – Aderência empírica 
• O leiloeiro do TP seria “míope”? Por que ele não acerta de saída o vetor de preços de equilíbrio (precisa “tatear” até encontrar esse vetor)? 
• Insight: mercados descentralizados operam como um leiloeiro míope; o mercado pode estar “comprador” ou “vendedor”, a depender das demandas 𝑧𝑖 . Os preços se ajustam a essas demandas (como na lei da demanda). 
• Relevância empírica não depende da “existência” do leiloeiro, mas em se os mecanismos existentes no mercado para disseminar informações e organizar transações operam de tal maneira que os agentes conhecem os preços prevalecentes nos mercados no e fora do equilíbrio, e se nenhum agente realiza transações fora do equilíbrio. 
Problemas: 
• Como explicar transações fora do equilíbrio? 
• Sem leiloeiro, por qual processo os agentes tomam conhecimento dos preços, e como isso afeta a estabilidade?
• Os agentes na TP são passivos (o leiloeiro é ativo); como dar conta de agentes econômicos ativos no mercado? 
BEM-ESTAR
Critério de Pareto: 
I) O indivíduo deve ser o único juiz do seu bem-estar, de tal forma que ele só pode ser considerado estar em uma melhor condição, após alguma mudança, se ele prefere a situação posterior mais do que a anterior. 
II) A alocação de recursos A é dita ser melhor do que a alocação B (ou B é pior de o A) se e somente se ao menos um indivíduo prefere A em relação a B, e nenhum prefere B em relação a A. Ou, dito de outra forma: A é melhor do que B se e somente se uma mudança de B para A deixa ao menos um indivíduo em melhorcondição, sem piorar a condição de nenhum outro indivíduo. 
Como se vê, o CP: 
a) implica na recusa a atitudes paternalistas; e 
b) adota um critério individualista de bem-estar. 
Problemas: 
• não reflete um critério de bem-estar socialmente abrangente, mesmo que considerado desejável. Ex.: proibição de trafegar em veículo sem cinto de segurança, regras de conduta social, etc. 
• possui um viés de manutenção do status quo; p. ex.: tributar os mais ricos para beneficiar os mais pobres desrespeitaria o critério. 
A Caixa de Edgeworth 
• Dois indivíduos, A e B, dois bens, X e Y (duas cestas: x, y), duas dotações, 𝜔𝐴, 𝜔𝐵, a altura e largura dependem da dotação total), tal que: 
• Seja pp’ a relação inicial de preços: pp’ → 𝑝𝑥⁄𝑝𝑦 = 𝒑 
• Atuando isoladamente, A e B tomam p como parâmetro e planejam demandar 𝑧𝐴 e 𝑧𝐵 em 𝑢𝐴 e 𝑢𝐵, respectivamente, numa situação em que ocorre excesso de demanda por y e excesso de oferta de x (Figura abaixo)
O ponto E é um equilíbrio eficiente no sentido de Pareto: 
i. não há como melhorar simultaneamente a condição de todos os agentes; 
ii. ii. ∄ melhora de i sem piora de j, ∀𝑖 ≠ 𝑗 
iii. iii. todos os ganhos de troca foram exauridos. 
Primeiro Teorema do Bem-Estar 
Se as preferências são racionais e localmente não saciadas, e se 𝒑 ⋆ é o vetor de preços de equilíbrio em (𝒙 ⋆ , 𝒚 ⋆ , 𝒑 ⋆ ), então a alocação 𝒙 ⋆ , 𝒚 ⋆ é Pareto ótima. Em particular, qualquer equilíbrio walrasiano é um ótimo de Pareto. Se for permitido aos agentes efetuarem trocas (transferências de dotação de interesse mútuo, respeitando a condição de racionalidade e otimização), então vale o: 
Segundo Teorema do Bem-Estar 
Toda alocação eficiente de Pareto (na curva de contrato) poderá ser alcançada como um equilíbrio de preços com transferência.
Implicações: - Melhor nível de bem-estar possível é alcançável via mercados autorregulados, nos quais os agentes possuem liberdade para realizar trocas por interesse mútuo. - Mercados com essas características apresentam a solução de equilíbrio resolve simultaneamente todos os problemas alocativos, via ajuste de preços. - Numa economia desse tipo, não haveria “desperdícios”: todos os excessos são solucionados via modificações nos preços relativos.
O FIM DO LAISSEZ – FAIRE
Ideia Keynesiana de que é possível intervir nos mercados. 
Parte I – Origens filosóficas e contexto do individualismo e do laissez faire (LF) 
 Fim do século XVII: liberdade natural e contrato social; o Locke e Hume: indivíduo no centro do mundo. 
 Promoção do indivíduo: deposição do monarca e da Igreja. 
 Hedonismo (diminuir sofrimento e aumentar o prazer) + Individualismo → Utilitarismo (benthamita).
 Ideias convergentes com as noções práticas dos “conservadores e advogados”: transferem essas ideias para os direitos de propriedade e de dispor sobre seus bens.. 
 Sec. XIX: convergência de correntes essencialmente antagônicas o Individualismo conservador (Locke, Hume, Johnson, Burke) o Socialismo e igualitarismo democrático (Rousseau, Bentham, Paley, Godwin). 
 Papel dos economistas: deram forma “científica” a essa “harmonia dos opostos” o Leis da natureza: indivíduos esclarecidos + interesses privados + liberdade + utilitarismo = promoção do interesse geral o “resolveu” a questão para o homem prático: esforço se volta para a garantia das necessárias condições de liberdade nos negócios. 
“A doutrina filosófica de que o governo não tem o direito de intervir, e à doutrina divina de que ele não tem necessidade de intervir, acrescenta-se uma prova científica de que sua interferência é inconveniente.” (p. 108-9, grifos nossos). O que acontece na idade moderna é a substituição da noção de necessidade da interferência exógena pela autonomia dos indivíduos. 
 Princípio do laissez-faire: harmonizar o individualismo e o socialismo (p. 109), egoísmo + máximo benefício do maior número. 
 Reforço à ideia: monarcas deveriam se retirar dos interesses privados; corrupção e incompetência dos governos no século XVIII + progresso material (percebido como resultado da iniciativa individual) visto de forma muito perceptível por todos, sendo produzido pelos agentes privados; intervenção leva a corrupção! 
 Estabelecimento da doutrina (bases divinas, naturais ou científicas): ação do Estado rigorosamente limitada; vida econômica: individualismo sem regulações externas. Os indivíduos fazem suas escolhas e o estado não interfere nelas. 
 Acréscimo fundamental: teoria darwinista da sobrevivência do mais apto: generalização da economia ricardiana – competição é um elemento darwinista na economia. “Os mais aptos sobrevivem”.
- Da ideia de que “a livre competição construíra Londres” para a noção de que “o próprio homem resultara da livre-concorrência” (p. 110) 
SEÇÃO II. Difusão da ideia 
 Popularização da doutrina: não foi papel direto de economistas (políticos), mas de filósofos políticos e “homens práticos”. 
 A expressão Laissez Faire não se encontrava nos clássicos (Smith, Malthus, Ricardo). 
 Legendre, Colbert, Marquês D’Argeson, Dr. Franklin, Miss Martineau, Arcebispo Whately: não eram economistas (mas apologetas, defensores de ideias). 
 Popularização: como se fosse um resultado científico (“... o dogma tomou conta da máquina educacional, tornou-se uma máxima escolar. A filosofia política, forjada nos séculos XVII e XVIII para derrubar reis e prelados, transformou-se em leite materno e literalmente penetrou no berçário.” p. 114). Keynes defendia que não era um resultado cientifico. 
 Economistas profissionais: manifestavam forte reação contra tais ideias o Cairnes (1870): máxima do laissez faire não possui base científica; apenas uma regra prática de que se o estado der espaço para iniciativa privada, aquilo irá funcionar melhor.
 Economistas profissionais: manifestavam forte reação contra tais ideias. 
SEÇÃO III – Metodologia econômica 
Metodologia econômica: escolher as hipóteses mais simples (como ponto de partida), não necessariamente as mais realistas (“próximas aos fatos”). São apenas hipóteses que permitem o mapeamento inicial.
 Distribuição ideal dos recursos: fruto de ação individual, independente e competitiva. 
Partir das hipóteses mais simples, do fazer e pensar econômico, tem seus problemas. Os economistas sabem que estão pensando nos recursos.
 Um problema dessa análise é que “Não se leva em conta o custo da luta, mas apenas os lucros do resultado final, que se supõe serem permanentes.” p. 116 
 Metáfora das girafas (competição/darwinismo – “equilíbrio (geral?)” 
Duas suposições provisórias (escoras do L-F) tomadas como literais: 
 “seleção natural” → leva ao progresso 
 Eficácia → lucros privados como incentivo → amor ao dinheiro + distribuição livre dos recursos = ↑Riqueza Problema: teoria decorre de uma hipótese incompleta 
 Pressupostos irrealistas: 
Inorganicidade dos processos de produção e consumo
Existência de conhecimento prévio suficiente (das condições/requisitos para produção/consumo) 
Existência de oportunidades adequadas para obter esse o conhecimento prévio 
 O que não se leva em conta e não é considerado na análise
o Heterogeneidades (“quando as unidades de produção eficientes são grandes demais em relação às de consumo”) 
o Existência de custos indiretos 
o Concentração da produção (como um resultado possível da própria eficiência) 
o Tempo de ajustamento 
o Ignorância (suplantando o conhecimento) 
o Monopólios, carteis 
Tudo isso são causas não naturais.
 Saída dos economistas: hipóteses simplificadoras representam o que é “natural” 
“Eles consideram saudáveis as hipóteses simplificadoras, e doentias as demais complicações” (p. 117). Esse mal permanece na ciência econômica até hoje.
 Problema adicional (negligenciado): custo social (bem-estar) dos que são deixados para trás. Metáfora da girafa.
Aliados adicionais dessa interpretação: 
 Má-qualidade das propostas contrárias: protecionismo (“pelo menos plausível”; socialismo marxista (“doutrina ilógica”) 
 Conformidade às necessidades e desejos do empresariado dos séculos XVIII e XIX: “capitão de indústria(“ídolo caído”). Natureza da ideia: uma ortodoxia com grande vitalidade, baseada muito mais em uma perspectiva moral que intelectual (p. 120) 
SEÇÃO IV – Crítica dos princípios metafísicos do L-F 
 Não é verdade que os indivíduos possuem uma “liberdade natural” prescritiva em suas atividades econômicas. Exemplo da queimada em florestas para fazer plantação.
 Não existe um contrato que confira direitos perpétuos aos que os têm ou adquirem (papéis relativos, propriedade, são conceitos cambiáveis). Por exemplo, a escravidão no brasil era um contrato baseado num principio de propriedade, com um aspecto bastante questionável. 
 Não é verdadeira a efetiva verificação da coincidência entre o interesse particular e o social. Aspecto muito forte, pq vai ao contrario do que Smith dizia, na citação da divisão de trabalho. Também a Tragédia dos Comuns, onde se cada pescador extrair o máximo que pode em nome do seu interesse individual, o esgotamento dos recursos vai contra o interesse social. 
 Não é corretamente dedutível (dos princípios da economia) que o auto interesse (esclarecido) sempre atua a favor do interesse público (implicitamente) – a condição de necessidade não é condição de suficiência para que ocorra o resultado desejado (completa). O interesse do individuo conflita com o interesse social.
 Não é verdade que o auto interesse seja geralmente esclarecido (ignorância é um resultado mais comum nas atitudes individualmente orientadas; efeitos conjuntos podem ser mais nocivos que benignos). Exemplo das tragédias dos comuns.
 Não há evidência empírica que corrobore a ideia de que a ação realizada integrada a um grupo social seja menos esclarecida do que aquela realizada individualmente. É da ideia do laissez-faire que o indivíduo é a melhor métrica das soluções.
Alternativa a esse nível de astração: distinção da Agenda e Não-Agenda (termo de Bentham [preconceituado], sentido de Burke). 
 Tarefa dos economistas: distinguir a Agenda do Governo da Não Agenda 
 Tarefa da política: imaginar formas de governo (democrático) capazes de realizar a Agenda 
Propostas 
 Institucionais: entidades semi-autônomas dentro do Estado, excluindo a busca de vantagens particulares, limitadas na forma da Lei dada pelo Parlamento: 
o Ex.: universidades, Banco da Inglaterra, Autoridade Portuária de Londres, Sociedades Anônimas 
o Não confundir com nacionalização/estatização (crítica ao Socialismo de Estado, p. 123) 
Critério de Agenda 
 Separação dos serviços tecnicamente sociais dos tecnicamente individuais 
 Agenda do governo: funções fora do âmbito individual, fazer as coisas que atualmente deixam de ser feitas (p. 123) 
 Risco, incerteza e ignorância: fonte de fortuna de alguns e infortúnio de muitos (crises, depressões) – a cura reside fora das atividades dos indivíduos; eles podem até mesmo agravar a doença o Curas: Controle centralizado da moeda e crédito Coleta, processamento e disseminação/publicização de informações/dados econômicos (≈estatísticas públicas) Coordenação da poupança/investimento (incluindo investimento externo), mercado de capitais População (?) 
SEÇÃO V – Capitalismo administrável 
 Ação coletiva + instintos individuais de ganho 
 Substituição do debate em termos morais/psicológicos (anticapitalistas vs. capitalistas devotos) para um outro, em termos mais realistas.
Insight: Questionamento das bases que teoria econômica foi construída, onde o auto interesse individual, individualismo dos produtores e consumidores é muito melhor para a sociedade do que qualquer tipo de controle que seja imposto a ela. 
Com isso, Keynes desenvolve a teoria geral, criando uma alternativa à teoria clássica, formulando melhor as bases de conhecimento econômico. 
RESUMO TEORIA GERAL 
Utilitarismo: Tratado da probabilidade: Tratado sob onde o Keynes fala que os agentes não tem todas as informações para tomar a decisão (Formar probabilidades para tomar decisões). Tratado sob a moeda: 
TG cap 1 a 3 
Capitulo 1: Teoria clássica leva em consideração o equilíbrio pelo pleno e3mprego. Keynes mostra que tem outros equilíbrios dentro de uma economia capitalista. 
Capitulo 2: Desconstrução dos postulados (lógica) da teoria clássica, postulado do clássico não considera o desemprego não voluntário; Todos os que queiram trabalhar com aquele salário real terão emprego, pessoas que não querem trabalhar e porque não aceitam aquele valor de salário. 
Preço de equilíbrio no mercado de trabalho é o salário real. 
Keynes crítica que a economia clássica leva em consideração que os empregados e empregador são iguais.
Desemprego Involuntário Definição: Quando a oferta de trabalho é maior que o volume de emprego existente. Mesmo a mão de obra querendo trabalhar o salário nominal corrente. 
Pleno emprego é um caso Particular. É um ponto muito raro. 
A economia clássica não consegue tratar o problema do desemprego involuntário. 
Teoria clássica afirma que a oferta procura sua própria demanda, o Keynes fala que não é verdade e que elas subsistem ou desmoronam juntas. 
Falácia de composição: o que é bom para um indivíduo não necessariamente é bom para a soma dos indivíduos. 
Capitulo 3 Princípio da demanda efetiva: “Lei de Say”: 
“A oferta cria sua própria demanda” A moeda e só um veículo de troca, não é o objeto desejado pelos vendedores na hora de efetuar a troca (onde sabemos que não é verdade pois vendedores e pessoas são conhecidos pelos acúmulos de riqueza). A moeda seria neutra ela não cria nenhum efeito na economia. 
Critica de Keynes a Lei de Say: Toda riqueza gerada é gasta completamente direta ou indiretamente. Onde o que não é consumido é gasto em investimento (Poupança => Investimento). 
A lei de Say só vale quando o consumo e poupança se dá por produção in sprecie. Não há nada que garanta que a pessoa não está guardando para consumir no futuro. 
No PDE o modelo keynesiano (economia CP, fechada e sem governo), a DE é determinada pelo consumo (depende da propensão a consumir e lei psicológica fundamental) e investimento.
1: O que afeta o investimento? A eficiência marginal do capital. O que é determinante para ele, não é a mesma coisa que é para o consumo.
2: Introduz no cap 5 dois elementos novos: expectativas de CP e LP (ligada a e EMC), a expectativa é extremamente importante na análise de keynes. A expectativa é importante no escopo da análise Keynesia, pois a economia capitalista funciona através do tempo calendário, portanto as decisões dos agentes geram consequências para frente (futuro), não há como voltar e corrigir o que foi feito.
Será realizado contratos, aquisições de bens de capital, realizar investimentos que vão maturar a anos à frente, então as decisões precisam ser muito bem tomadas no presente, por isso a importância das expectativas. Vivemos em um ambiente de incerteza estrutural, então como não há como prever o futuro, devemos criar cenários, mecanismos analíticos de proteção, para permitir que diminua o grau de incerteza e ansiedade sobre o futuro.
3: Não vivemos em um ambiente ergódigo (previsibilidade perfeita), então todo investidor ao realizar cálculos prospectivos sobre determinado investimento, sabendo que haverá impactos e consequências no futuro, ele não tem um conjunto de probabilidades bem estruturada para basear seus cálculos, oq existem são contingências futuras inesperadas, alguns mecanismos de tentar precificar esse futuro (taxa de juros). Todos os cálculos estão sujeitos a serem frustrados, pois o futuro pode se comportar de uma maneira completamente nova e inesperada.
Tudo isso tem um impacto muito grande na decisão de investir.
Axioma clássico de Ergocidade: Mundo como sistema fechado, series temporais com tendências estacionárias para medias conhecidas. 
KEYNES Critica os axiomas clássicos: 
- Não neutralidade da moeda, a moeda afeta decisões reais no curto e no longo prazo. 
- Sistemas econômicos se movem em tempo calendário 
- Incerteza absoluta: num mundo não ergódigo no qual produção demanda tempo, num mundo de incerteza absoluta eles usam a moeda como uma defesa contra incerteza. 
33:33min (https://moodle.ufsc.br/mod/resource/view.php?id=2412700) 
- Moeda elasticidade-nula de produção: a oferta de moeda não é afetada por mudanças em seus preços relativos. 
- Moeda elasticidade-nula de substituição: não tem um bem que substitui a moeda, você não paga boletos com laranjas. 
Por essas propriedades, a moeda e rara e desejável. 
O resultado é o desemprego involuntário – é o resultado normal de uma economia empresarial, orientada para o mercado, baseada em contratos financeiros num ambiente de livre iniciativa. 
Princípio Demanda Efetiva - Cap. 3 - exposição gráfica (https://moodle.ufsc.br/mod/resource/view.php?id=2419890) 
Equilíbrio Economia de Pleno emprego – Nmax seria número de empregos, 100 milhões onde todos estão empregados. Não existe nenhum tipo de desperdício. 
Agora se temos uma economia que tem 100 milhões, mas 90 milhões estão empregados é uma posição de equilíbrio também. Equilíbrio no Ponto de demanda Efetiva. Que a economia tende a operar. 
Na lei de Say a curva de oferta e demanda todos os pontos são de equilíbrio. 
PDE - cap. 3 - conclusão - funções 
(https://moodle.ufsc.br/mod/resource/view.php?id=2419927) 
Y (renda) = C (consumo) + I (investimento) 
D (demanda agregada princípio da demanda efetiva) = D1 (salário, e nível de emprego) + D2 
D = D1 (seria igual a consumo) + D2 (seria igual a investimento) 
Aula Assincrona - TG Cap. 8 e 9 Consumo 
(https://moodle.ufsc.br/mod/resource/view.php?id=2428626) 
Como Keynes estuda o que afeta o consumo, definir a propensão marginal a consumir. 
C=cf(Y) onde que o consumo e uma parcela da renda 0 < c < 1 
47:27min - Cap 8 Fatores Objetivos: Consumo é uma função da renda real. 
Renda liquida: renda disponível 
Variações no valor do capital: exemplo 100mil ações e valoriza 10% você pode realizar a venda parte dele e utilizar para consumo. 
Variações na taxa de desconto: Troca de bens futuros e presentes. 
Política fiscal (tributação): tem um efeito maior sobre o consumo que as mudanças taxas de juros. 
Expectativas sobre a relação entre níveis presente e futuros de renda. 
Propensão a consumir e função relativamente estável no curto prazo. 
Lei psicológica fundamental do consumo: Cada unidade a mais de renda é transmitida em consumo.
 
25:00min – A primeira decisão dos agentes é o consumo. 
Propensão a consumir - II: os fatores subjetivos 
Razões do indivíduo que leva a poupar: 
i – serve para afirmação de keynes que o futuro é incerto 
Poupança de governos e empresas: 
Efeito de variações nos juros: Investimento e a força motriz que afeta poupança. 
Uma queda na renda leva uma queda no consumo que leva uma queda na poupança. 
Paradoxo da Parcimônia: se eu consumir menos e poupar mais, e bom para mim. Mas se todos fizerem o mesmo e ruim para todos. Empobrecimento de todos. 
RESUMO dos Capítulos 48:00 min
CAPÍTULO 10 – MULTIPLICADOR KEYNESIANO DE GASTOS – PROPENSÃO MARGINAL A CONSUMIR
Keynes defende o principio da demanda efetiva, onde os dois componentes fundamentais são Consumo e Investimento, já foi visto o que afeta o consumo e agora será visto o que afeta o investimento, que é a possibilidade de efeitos multiplicadores do investimento. 
Através de sua análise da Propensão Marginal a Consumir, da Lei Psicológica Fundamental e com o insight dado por F. Ran (teoria do multiplicador do emprego) e postula o multiplicador do investimento (gastos), que tem um impacto fundamental sobre a variação do emprego. Essa teoria tem uma implicação normativa extremamente importante. (A partir do conhecimento de como o mundo funciona (economia positiva), o que se pode fazer através de políticas econômicas (economia normativa). 
Variações no consumo e variações na unidade de salário apresentam o mesmo sinal, mas a variação na renda é maior que no consumo (lei psicológica fundamental).
A função consumo pode ser descrita como uma parcela autônoma do gasto e dependente do nível de renda. A propensão marginal a consumir é dada pela derivada dessa função consumo e unidade de salário em relação a renda e unidade de salário.
Logo, a propensão dessa derivada é igual a C.
As variações no produto são correspondentes às variações no consumo e no investimento.
∆𝑌𝑤 = ∆𝐶𝑤 + ∆𝐼 
Ou podemos escrever ∆𝑌𝑤 = 𝑘∆𝐼 onde k é o multiplicador de investimento
A formulação do parâmetro K é derivada entre as variações do consumo e a propensão marginal a consumir.
Consumo: 𝐶 = 𝐴 + 𝑐𝑌, e 𝑌 = 𝐶 + 𝐼 
Então 𝑌 = 𝐴 + 𝑐𝑌 + 𝐼 
𝑌 − 𝑐𝑌 = 𝐴 + 𝐼 
𝑌 = (1 / 1 − 𝑐 )(𝐴 + 𝐼) 
Mas ( 𝑑𝐶𝑤 / 𝑑𝑌𝑤 ) = 𝑐 
Logo, k é o multiplicador de investimento (ou de gasto), e é relacionado à magnitude da propensão marginal a consumir da economia: 
𝑘 = 1 / 1 − 𝑃𝑀𝑔𝐶 
Ou 
𝑃𝑀𝑔𝐶 = 1 – 1/k
O multiplicador mostra que aumentos em componentes da demanda (em particular, aumento no investimento) tem efeito mais que proporcional sobre o nível de produto: 
∆𝑌 = 𝑘∆I
O comportamento do consumo é relativamente estável, não sofre grandes mudanças. O que pode sofrer grandes variações, é o investimento, que depende das expectativas e da eficiência marginal do capital. O investimento é a variável que tem comportamento mais ou menos autônomo na economia. O impacto do investimento sobre a renda é muito maior que a variação do valor. 
Temos que ↑ ∆𝐼𝑤 só ocorre se ↑ ∆𝑆𝑤 (volume de poupança), o que implica que 𝑌𝑤 (renda) deverá aumentar, para que o público efetue ↑ ∆𝑆𝑤 via consumo adicional. 
O investimento adicional causa aumento na renda e causa aumento no nível da poupança.
O multiplicador mostra a proporção em que deverá aumentar o emprego, a fim de que o processo de geração de renda adicional real suficiente para induzir a poupança adicional. 
No ex post, I = S, investimento é igual a poupança, com o aumento do investimento gerando renda adicional, que, subtraindo o consumo, gera a poupança correspondente ao investimento. 
O investimento é a variável que causa o inicio do movimento de expansão da economia.
Essa poupança é dependente das propensões psicológicas do público. 
A propensão marginal a consumir é situada entre 0 e 1, isto é, 0 < PMgC < 1, mas com valor normalmente mais próximo de 1. A PMgC tende a diminuir à medida que o nível de renda aumenta, o que leva a um efeito de reduzir o valor (magnitude) do multiplicador, k. 
O efeito do multiplicador é maior numa comunidade mais pobre (ou de nível de renda menor) do que numa comunidade mais rica, porém sua magnitude diminui à medida que o emprego (e, portanto, o nível de renda) aumenta.
Economias próximas do pleno emprego efetivamente tem o multiplicador igual a unidade, ou seja, quaisquer acréscimos nos investimentos não possuem mais impacto multiplicador sobre a economia como o multiplicador de magnitude unitária. Mas quando as economias estão com o desemprego elevado, aí sim a magnitude do multiplicador fica maior que 1, entre 1 e 2 (PARAMETROS MAIS COMUNS).
Há situações especificas, onde o multiplicador é muito elevado, como nos gastos de programas sociais. (beneficio de renda continuada para os mais pobres e transf. Mais pobres), possuem o multiplicador de 1.8.
O bolsa família possui o multiplicador superior 2, pois atinge famílias muito pobres, onde elas utilizam toda essa renda extra para consumo. 
Política econômica e pleno emprego: 
- O emprego de mão de obra via obras públicas (infra-estrutura) 
 Efeito multiplicador positivo e elevado sobre o nível geral de emprego, enquanto o desemprego for elevado: efeitos podem, portanto, ser compensadores. Gastos podem ser considerados inúteis, mas os efeitos positivos em termos de geração de renda, emprego e poupança são superiores a necessidade de fazer assistência direta (entrega de recuross as pessoas.) 
 À medida que a economia se aproxima do pleno emprego, o efeito multiplicador se torna menos efetivo: torna-se cada vez mais difícil obter aumentos de emprego via investimentos crescentes. Haverá efeitos inflacionários muito fortes, trazendo as oscilações na forma de preços.
Sob um quadro de desemprego involuntário elevado, mesmo “gastos inúteis”, realizadosvia empréstimos, podem ser compensadores.
CAPÍTULO 11 - Eficiência Marginal do Capital
Q1, Q2, Q3, Qn = renda esperada de um investimento ou bem de capital ao longo dos anos (n)
Ps é o preço de oferta de capital, para todo bem de capital existe um preço de oferta (o preço que induziria o fabricante a produzir uma nova unidade do bem, ou seu custo de reposição).
Essas são as características dos mercados de bens de capital (preço de produção que é o mínimo que o produtor aceita, varia de acordo com a complexidade do bem de capital, há inúmeras categorias com características próprias).
DEFINIÇÃO EMgK > É a medida da relação entre o preço de oferta e a renda esperada (fórmula do cálculo do valor presente)
Qj= número de anos
i= taxa de juros
Definição 2: é uma taxa de desconto especifica iE, tal que:
Taxa que faz o preço de oferta do bem seja igual ao valor presente do bem, calculado com base nessa taxa de juros especifica iE.
Qj – fluxo de renda esperado
iE é a taxa de retorno esperada do próprio investimento, que iguala o valor presente dos fluxos de renda ao preço de oferta (custo de reposição e produção do bem de capital.
- A EMgK é definida em termos de expectativa de renda (futuro) e do preço corrente (já conhece) do bem de capital. Ou seja, a decisão envolve o conhecimento do preço corrente, que de certa forma está negociado no contrato. 
- A EMgK tem efeito sobre o nível de investimento: o investimento varia até o ponto em que a EMgK se iguala à taxa de juros que vigora no mercado. Então, como é uma análise de natureza marginalista, existe um ponto de equilíbrio entre o volume de investimento e o preço, que é dado pela taxa de juros. Este é o ponto que torna ambos compatíveis.
EXPLICAÇÃO DA FUNÇÃO:
Então I é função da EMgK e da taxa de juros de mercado. É a taxa de juros que igual o valor presente ao preço de oferta do bem, então em tese, a EMgK pode ser maior que a taxa de juros do mercado. Sempre que a EMgK for maior, se espera que o rendimento esperado do bem de capital seja positivo, então isso é atrativo para o investidor.
Sempre que a EMgK for menor que a taxa de juros de mercado, então o investimento em ativos de capital se torna menos interessante, levando aos investidores a optarem por outros tipos de investimento.
- A EMgK depende da renda esperada do capital, e não apenas da renda corrente; é baseada, portanto, em expectativas.
- A dependência expectacional torna a EMgK sujeita a flutuações violentas: ciclo econômico. Ou seja, o fato de que EMgK é sujeita as expectativas dos investidores e empresários sobre como o futuro será, então torna a eficiência sujeita a flutuações violentas, que faz com que a economia tenha comportamentos cíclicos. Cada vez que se espera melhorias em relações ao futuro, isso afeta as decisões de investir. 
Cada vez que se espera que o futuro seja pior, ou se for muito imprevisível, faz com que as decisões a investir sejam postergadas, os agentes que tem condições de investir não realizam esse investimento e isso impacta diretamente na Demanda Efetiva, pois depende do consumo e investimento. Como o consumo tem um comportamento relativamente estável dada a lei psicológica fundamental, o investimento tem o comportamento mais volátil, ou seja, mais sujeito a um impacto das expectativas, às mudanças a tudo aquilo que afeta a economia monetária.
Um aspecto importante que é negligenciado no ISLM, a decisão investir é tomada apenas pela taxa de juros, não contém a expectativa. 
- Para Keynes, a escala da EMgK é um fator mais importante do que a taxa de juros, por meio da qual a expectativa sobre o futuro influi sobre o presente (induzindo maior ou menor nível de investimento). Ele fala especificamente sobre isso no final do capitulo. 
Keynes fala no final do capítulo {part 5} que a escala da EMgK é de fundamental importância por ser sobretudo através desse fator, muito mais que pela taxa de juro, que a expectativa do futuro influi sobre o presente, o erro de considerar a EMgK, principalmente em termos de rendimento corrente do equipamento de capital, que só seria correto numa economia estática, teve como resultado a ruptura teórica entre o hoje e o amanhã. 
Juntando numa analise só, o custo de captação de moeda para o investimento, a expectativa de renda futura para o investimento e a escala onde é mais rentável ou não (iE taxa de juros implícita que igualaria o valor presente ao futuro). Essa é a ruptura entre o elo teórico entre o presente e o futuro.
Em outras palavras, a eficiência marginal do capital significa a expectativa da renda e do preço de oferta corrente. A eficiência marginal do capital significa claramente a taxa de retorno desse capital; pois, mudança no investimento implica mudança inversamente proporcional na eficiência marginal do capital.
O investimento em estoque em capital novo é um elemento da demanda efetiva. Consumo (estável) e investimento (depende da escala da EMgK, que depende das variações na taxa de juros e expectativas relacionadas ao futuro).
RESUMO EMgK (FGV)
	A eficiência marginal do capital serve para determinar a escolha entre os diversos níveis de investimentos em termos do estoque de capital utilizado. Quanto maior for o nível de investimentos, menor será a eficiência marginal do capital. Para os diversos níveis de investimentos, a sua aplicação aumenta, até onde a eficiência marginal do capital for igual à taxa de juros de mercado. Pois sabe-se que o incentivo para investir depende da demanda de investimento e da taxa de juros. As variações nos níveis de investimentos ocorrem inversamente proporcionais à taxa de juros. Assim sendo, a altas taxas de juros, o investidor não tem nenhum incentivo para fazer sua aplicação em investimento direto; mas, sim, aplicar em títulos, a não ser que haja outras variáveis que impulsionam situações adversas.
Segundo Keynes (1936), a eficiência marginal do capital não diz respeito unicamente aos bens de capital, exerce efeitos também sobre os bens de consumo; pois, cada bem tem uma taxa de juros como referência, e, consequentemente, uma eficiência marginal do bem em questão. A taxa de juros, que faz face a esta eficiência marginal do fator, é composta de um custo de manutenção, um prêmio de liquidez e um rendimento, ou produção. A diferença entre uma taxa de juros qualquer de mercado e a eficiência marginal de um fator, implica em uma tendência ao equilíbrio, de tal modo que uma queda na taxa de juros mais lentamente, à medida que o estoque de bens aumenta, é o que elimina a produção vantajosa de cada um dos outros. Aumento na produção quer dizer queda na taxa de juros esperada a níveis, nos quais um bem aumenta outro cai abaixo da produção vantajosa, até a taxa de juros esperada ser maior do que a eficiência marginal do fator. E o equilíbrio é onde a taxa de juros esperada seja igual à eficiência marginal do bem em questão.
Quanto à aplicação dos recursos em investimentos, apresentam-se três riscos, quais sejam... risco do empresário, ou tomador de empréstimos, em não receber a retribuição esperada; o fato de alguém aventurar seu próprio dinheiro, a quem quer seu dinheiro emprestado e a possibilidade de uma mudança desfavorável no valor do padrão monetário.
Tudo isso envolve problemas que deixam o investidor atento quanto à conjuntura econômica, por isso, o grau de confiança exerce forte influência sobre a eficiência marginal do capital e do investimento. Quando se fala em níveis de investimentos, liga-se logo as aplicações ao processo produtivo e, consequentemente, uma mudança no nível de emprego. É por isso que existe forte ligação da taxa de juros com o nível de emprego da economia.
Segundo Keynes (1936), a eficiência marginal do capital não diz respeito unicamente aos bens de capital, exerce efeitos também sobre os bens de consumo; pois, cada bem tem uma taxa de juros como referência, e, consequentemente, uma eficiência marginal do bem em questão. A taxa de juros, que faz face a esta eficiência marginal do fator, é composta de um custo de manutenção, um prêmio de liquidez e um rendimento,ou produção. A diferença entre uma taxa de juros qualquer de mercado e a eficiência marginal de um fator, implica em uma tendência ao equilíbrio, de tal modo que uma queda na taxa de juros mais lentamente, à medida que o estoque de bens aumenta, é o que elimina a produção vantajosa de cada um dos outros. Aumento na produção quer dizer queda na taxa de juros esperada a níveis, nos quais um bem aumenta outro cai abaixo da produção vantajosa, até a taxa de juros esperada ser maior do que a eficiência marginal do fator. E o equilíbrio é onde a taxa de juros esperada seja igual à eficiência marginal do bem em questão.
Quanto à aplicação dos recursos em investimentos, apresentam-se três riscos, quais sejam... risco do empresário, ou tomador de empréstimos, em não receber a retribuição esperada o fato de alguém aventurar seu próprio dinheiro, a quem quer seu dinheiro emprestado e a possibilidade de uma mudança desfavorável no valor do padrão monetário.
Tudo isso envolve problemas que deixam o investidor atento quanto à conjuntura econômica, por isso, o grau de confiança exerce forte influência sobre a eficiência marginal do capital e do investimento. Quando se fala em níveis de investimentos, liga-se logo as aplicações ao processo produtivo e, consequentemente, uma mudança no nível de emprego. É por isso que existe forte ligação da taxa de juros com o nível de emprego da economia.
Segundo Keynes (1936), a eficiência marginal do capital não diz respeito unicamente aos bens de capital, exerce efeitos também sobre os bens de consumo; pois, cada bem tem uma taxa de juros como referência, e, consequentemente, uma eficiência marginal do bem em questão. A taxa de juros, que faz face a esta eficiência marginal do fator, é composta de um custo de manutenção, um prêmio de liquidez e um rendimento, ou produção. A diferença entre uma taxa de juros qualquer de mercado e a eficiência marginal de um fator, implica em uma tendência ao equilíbrio, de tal modo que uma queda na taxa de juros mais lentamente, à medida que o estoque de bens aumenta, é o que elimina a produção vantajosa de cada um dos outros. Aumento na produção quer dizer queda na taxa de juros esperada a níveis, nos quais um bem aumenta outro cai abaixo da produção vantajosa, até a taxa de juros esperada ser maior do que a eficiência marginal do fator. E o equilíbrio é onde a taxa de juros esperada seja igual à eficiência marginal do bem em questão.
Quanto à aplicação dos recursos em investimentos, apresentam-se três riscos, quais sejam... risco do empresário, ou tomador de empréstimos, em não receber a retribuição esperada; o fato de alguém aventurar seu próprio dinheiro, a quem quer seu dinheiro emprestado e a possibilidade de uma mudança desfavorável no valor do padrão monetário.
Tudo isso envolve problemas que deixam o investidor atento quanto à conjuntura econômica, por isso, o grau de confiança exerce forte influência sobre a eficiência marginal do capital e do investimento. Quando se fala em níveis de investimentos, liga-se logo as aplicações ao processo produtivo e, consequentemente, uma mudança no nível de emprego. É por isso que existe forte ligação da taxa de juros com o nível de emprego da economia.
Com isto, pode-se dizer que existe uma incerteza entre taxa de juros e a liquidez como conservação de recursos líquidos.
Finalmente, a taxa de juros é de fundamental importância para a política monetária e o cotidiano dos agentes econômicos. Quanto a isto, compreende-se a quantidade de moeda dentro da economia e isto já foi colocado anteriormente. A política econômica diz respeito à manipulação da quantidade de moeda da economia de três maneiras fundamentais, quais sejam:
a política de redesconto; a política de reserva compulsória; a emissão de moeda propriamente dita.
Essas três formas são de expressivo significado para as decisões de política monetária dentro da economia; pois isto afeta diretamente a taxa de juros necessária ao nível de investimentos, e, desestimula ou não, aos especuladores que vivem em busca de volumosos ganhos decorrentes da inflação. Portanto, Keynes (1936) não adentrou com mais precisão nesta política; mas, interligou esses fatores para ver até que ponto a taxa de juros afetava o sistema econômico como um todo.
CAPÍTULO 18 – NOVO ENUNCIADO DA TEORIA DO EMPREGO
Parâmetros (o que é dado e não é afetado pelo modelo): A capacidade e quantidade de mão de obra, qualidade do equipamento de capital, estado da técnica, grau de concorrência, preferencias dos consumidores, estrutura social (distribuição de renda inclusive).
Variáveis independentes: Propensão marginal a consumir, a escala da eficiência marginal do capital (pq é o lado do investimento e a taxa de juros, existe uma relação muito próxima entre eles e ambas contribuem para a determinação do investimento).
Variáveis dependentes: O volume de emprego e a renda nacional.
Página 172 coleção os economistas – A escala da eficiência marginal do capital depende, em parte, dos fatores dados (o estado da técnica, as condições do estoque de capital disponível) e do rendimento provável dos bens de capital de diferentes espécies (cada bem de capital tem rendimentos próprios dependendo de cada tipo de ativo), ao passo que a taxa de juros é parcialmente governada pelo estado da preferência pela liquidez e pela quantidade de moeda em circulação. Assim, podemos considerar como variáveis independentes finais os três fatores psicológicos fundamentais, que são a propensão psicológica a consumir, a atitude psicológica em relação a liquidez (em um ambiente de incerteza os agentes tem maior preferencia por liquidez) e a expectativa psicológica do rendimento futuro dos bens de capital (expectativas ligadas a eficiência marginal do capital). A unidade de salários e a quantidade de moeda. Essas variáveis determinam a renda nacional e o volume de emprego.
A demanda efetiva é o principio explicativo que determina o nível de renda e emprego. O que afeta essa demanda efetiva, é o comportamento psicológico dos consumidores em relação a sua renda (ligado a lei psicológica fundamental) e o comportamento psicológico dos investidores em relação as suas expectativas de renda futura derivadas da aquisição de bens de capital (investimento), portanto a eficiência marginal do capital e taxa de juros entram aí. Além disso, a oferta monetária determinada pelo banco central.
Na segunda parte, ele discute os outros fatores relacionados ao investimento e ao efeito multiplicador.
“Existe um incentivo para aumentar o fluxo de investimentos novos até um ponto em que a alta de um preço de oferta de cada espécie de bens de capital seja suficiente, dado seu rendimento provável, para fazer cair a eficiência marginal do capital em geral ate as proximidades da taxa de juros.” 
Se a eficiência marginal do capital estiver próxima a taxa de juros, os agentes tendem a serem indiferentes aos investimentos. 
Seção 3
Destaca um corolário dessa analise inteira da teoria geral, ele entende a partir da sua leitura do sistema capitalista, que ele funciona normalmente com taxas de desemprego involuntário, que não são desprezíveis. Esse desemprego involuntário reflete a uma condição de equilibro das economias capitalistas, o equilíbrio abaixo do pleno emprego. 
Como uma economia que funciona abaixo do pleno emprego, não implode?
O sistema funciona com ciclos sem necessariamente apresentar uma ruptura, possui tendências de desequilíbrio, oscila entre estados de maior e menor otimismo, mas ruptura ainda não. 
O modelo analítico de Keynes explica o motivo de o sistema capitalista não colapsar. 
Cap. 18 – Seção 3 – Parágrafo 2
“Em especial, é uma das características essenciais do sistema econômico em que vivemos, não ser ele violentamente instável, mesmo estando sujeito a severas flutuações no que concerne a produção e emprego. Na verdade, ele parece apto a permanecer em condições crônicas de atividades subnormal, durante um tempo considerável, sem tendencia marcada para a recuperação do colapso completo. Ademais, a evidencia prova que o plenoemprego ou, mesmo o aproximadamente pleno, é uma situação tão rara quanto efêmera.” 
O capitalismo criou como estrutura do seu próprio mecanismo de funcionamento e perpetuação, que ele oscile em dois estados, um estado que seria um piso, a partir do qual o desemprego não cai (limite inferior) e o máximo (pleno emprego). A situação mais comum é a intermediaria, entre os dois extremos.
O que faz com que essa economia garanta essa relativa estabilidade, apesar dessas oscilações. Quais são as tendencias psicológicas que tornam o sistema estável? 
- Propensão marginal a consumir é tal que quando a produção de determinada comunidade aumenta ou diminui, pq se aplica maior ou menor volume mao de obra, o multiplicador que relaciona os dois aumentos é superior a unidade, porém, não muito grande. Um dos fatores de instabilidade sistêmica é que o multiplicador é positivo, maior que um, mas não muito grande. Se chegarem a um volume muito alto, supondo de ordem 5, a economia chegaria num nível impossível de ser alcançado no curto prazo.
O efeito vale tanto para alta, quanto para baixa, a economia não afunda pq o multiplicador suaviza a queda.
- As variações moderadas no rendimento provável de capital ou na taxa de juros, não devem ser associadas em variações muito grandes no fluxo de investimentos. A taxa de juros é importante para determinar o investimento, mas variações moderadas não afetam.
- As variações moderadas no volume de emprego não se alteram de variações muito grandes nos salários nominais. As oscilações salarias são razoavelmente moderadas. Isso garante a estabilidade dos preços.
 A economia oscila evitando os extremos mais graves das flutuações, ao redor de uma posição intermediaria, sensivelmente abaixo do pleno emprego e sensivelmente acima do mínimo, já que uma queda desse mínimo, corresponde a um perigo de vida.
	
CONCLUSÕES DA TEORIA GERAL
Economias reais operam normalmente abaixo do pleno emprego; pleno emprego é uma situação possível, mas normalmente rara e pouco duradoura.
Economias empresariais modernas são marcadas por incerteza estrutural
Agente planejam o futuro, mas não sabe o que irá ocorrer exatamente
Agentes se protegem contra a incerteza por meio convenções, formação de expectativas instituições e preferência pela liquidez (depende da fase do ciclo econômico)
Instituições são como os bancos
Apesar disso, as economias capitalistas não são violentamente instáveis (cap 18), mesmo que estejam sujeitas a flutuações severas da produção e do emprego
Mecanismos que garantem a relativa estabilidade 
PMgC < 1 -> multiplicadores positivos, mas não muito grandes 
Variações moderadas no emprego não são acompanhadas por grandes variações nos salários nominais (condição de estabilidade dos preços)
Flutuações tendem a se inverter por mudanças na EMgK (efeitos cumulativos das variações dos estoques de BK) - cada volume acréscimo de K de bens, diminui a eficiência marginal do k
Economia tem tendÊncia para manter-se em posições intermediárias abaixo do pleno emprego e sensivelmente acima do “mínimo” emprego
Mas 
Embora essa seja uma situação observável, não se pode adotá-la como princípio que não possa ser consciente modificado (política econômica como ciência normativa)
 
 SCHUMPETER – TDE
Capítulo 1 – fluxo circular da renda é um modelo estático, referencia para a teoria dos próximos capítulos.
• O Fluxo circular é compatível com um modelo de equilíbrio geral, numa descrição não matematizada 
• Ponto central para Schumpeter: como os mercados de fatores e o mercado de B/S tendem ao equilíbrio
• Pressupostos 1º - os mercados funcionam simultaneamente 2º - os mercados são interdependentes 3º - os preços são determinados por tentativa/erro e ajustes simultâneos 4º - oferta/demanda de B/S ou fatores leva em conta os mesmos preços
Modelos de equilíbrio mostram que o equilíbrio depende dos preços, atingindo equilíbrio no vetor de preços, todo o resto funciona! 
Schumpeter considera que as alterações nos dados do sistema, nesse modelo de fluxo circular, se dão de forma contínua, gradual e infinitesimal. São variações portanto que não tem acréscimos gigantes, crescem “vegetativo”, é lento e gradual. 
• O fluxo é autorreprodutível, alterando-se de tempos em tempos apenas os dados do sistema (crescimento populacional, uso dos fatores).
• Dessa forma, o crescimento econômico é contínuo e com a manutenção do equilíbrio (não tem desequilíbrios)
• Metáfora do fluxo circular = circulação sanguínea num corpo – o sangue flui o tempo inteiro, mas sempre pelos mesmos canais, o organismo cresce e progride de forma infinita e sem mudanças no local de circulação. 
O produto cresce ao longo do tempo de forma contínua e bastante contínua. 
CAPÍTULO 2 – O FENOMENO FUNDAMENTAL DO DESENVOLVIMENTO ECONOMICO
Crítica ao modelo de equilíbrio geral: 
O problema é que a descrição da economia do fluxo circular é limitada, pois não há mudanças (sempre pelos mesmos canais), insuficiente para compreender pq ocorrem perturbações no sistema e os efeitos destas. Dentro do sistema econômico ocorrem alguns fenômenos que perturbam o sistema capitalista e tiram ele de sua condição atual. 
• Perturbações: mudanças descontínuas (revolucionárias) no processo de crescimento do fluxo circular “Essa ocorrência da mudança ‘revolucionária’ é justamente o nosso problema, o problema do desenvolvimento econômico em um sentido muito estrito e formal.” (p. 46) 
O desenvolvimento para ele tem uma noção de dinâmica do sistema capitalista em sair das condições estáticas de equilíbrio e avançar em direção a estágios mais avançados de produção de bens e riquezas.
• Falta entender por que e como ocorre o desenvolvimento
• Desenvolvimento: fenômeno endógeno (p. 47), dependente da trajetória (exibe path dependence) e marcado por descontinuidades “É uma mudança espontânea e descontínua nos canais do fluxo, perturbação do equilíbrio, que altera e desloca para sempre o estado de equilíbrio previamente existente.” (p. 47) NOTA 6. “o que estamos a considerar é o tipo de mudança que desloca de tal modo o seu ponto de equilíbrio que o novo não pode ser alcançado a partir do antigo mediante passos infinitesimais. Adicione sucessivamente quantas diligências [carroças] quiser, com isso nunca terá uma estrada de ferro.” 
Nasce dentro do sistema! O próprio sistema tem mecanismos de geração e criação de processos que levam ao seu desenvolvimento. (sistema capitalista)
Os fenômenos não são resultados isolados, tudo depende da trajetória anterior (tem um peso).
O desenvolvimento é marcado por descontinuidades (contrapõe o capitulo 1). A economia da saltos. É uma mudança espontânea. 
 INOVAÇÕES
• Inovações – Surgem “na esfera da vida industrial” – são lideradas pelos produtores – Novas combinações (de materiais e forças já existentes, ao nosso alcance): 
Ele apresenta recortes que diferem da invenção.
– Tipos: 
• i) introdução de um novo bem, ou nova qualidade de um bem 
• ii) introdução de um novo método de produção 
• iii) abertura de novos mercados 
• iv) conquista de novas fontes de matérias primas/insumos 
• v) nova organização de qualquer indústria – São corporificadas em novas empresas que geralmente não surgem a partir das antigas: “não é o dono de diligências que constroi estradas de ferro.” (p. 49) – Coisa bastante peculiar do sistema capitalista, uma dinâmica dada por inovações. As inovações não são necessariamente vindas das mesmas industrias que estão substituindo. 
CAPITAL/CRÉDITO CAPITULO 3
• Capital/Crédito (capítulo III) – Novas combinações demandam capital para investimento 
– Concessão de crédito: essencial; condição necessária -> papel do capitalista 
A inovação precisa de recursos para existir, de capital e crédito para ser financiada. Tudo demanda recurso.
– Recursos para o investimento: não vem da parcimônia resultam de fundos, constituídos a partir de resultados de inovações bem sucedidas no passado -> provinham de lucros acumulados. É A PARTE POUPADA! Os investimentos não dependem de uma poupança pretérita (parcimônia)!
O sistema bancário é capazde criar recursos sem que necessariamente ele tenha poupanças acumuladas pretéritas. 
– Podem ser criados: sistema capitalista moderno é um sistema capaz de fazer criação de poder de compra (a partir do nada) -> papel dos bancos: crédito anormal PARTE QUE É INVESTIDA, ALÉM DA POUPADA. Isso que permite os saltos da economia.
O crédito normal é aquele a partir da poupança do dinheiro colocado, vindo de fundos existentes. 
– Banqueiro: é um agente extremamente ativo que cria poder de compra pelos mecanismos que ele tem de criação monetária. -> emissão de depósito a vista. 
• produtor de poder de compra – financia o investimento inicial dos inovadores 
• Substitui os capitalistas privados: tornou-se o seu agente por excelência - o grande agente do sistema capitalista é o banqueiro, que permite à economia dar os saltos. Cria os mecanismos para que as inovações aconteçam.
• No sistema, é o capitalista por excelência – é o que cria o capital para os inovadores
• Schumpeter os chama de “éforos” da economia de trocas OBS.: Os chamados éforos eram líderes eleitos que compartilhavam o poder político com os reis de Esparta (herança sanguínea).
• Empreendimento e o empresário schumpeteriano 
– Empreendimento: realização de novas combinações a partir de elementos já existentes no sistema – o processo inovativo sendo transformado em algo que tenha finalidade comercial capitalista típica.
– Empresário: indivíduo cuja função é realizar novas combinações – 
• Conceito mais amplo: capitalista (dono dos meios de capital) vs. Empresário (conceito mais amplo, alguém que se entrega a atividade de criar coisas novas e que possam ser exploradas comercialmente).
• Empresário que inova e conduz as inovações (Schumpeter) ≠ Administrador (Marshall)
• Não é uma “profissão”, classe social, nem uma condição herdada > é uma postura comportamental inovadora
• “alguém só é um empresário quando levar a cabo novas combinações.” (p. 56) -> “capitão de indústria” 
“os empresários são um tipo especial, e seu comportamento um problema especial, a força motriz de um grande número de fenômenos significativos.” (p. 58) 50:13
 • As três oposições conceituais da construção analítica de Schumpeter 
– Dois processos reais: fluxo circular (equilíbrio) X mudança espontânea nos dados econômicos (causam rupturas no sistema) que é o processo que caracteriza o capitalistmo
– Aparatos teóricos distintos: estático (fluxo circular) X dinâmico (sujeitos a inovações, capazes de quebrar logicas inteiras do sistema estático) 
– Condutas individuais administrador (alguém que entende, repete e replica o processo) X empresário (criador de novos processos)
• Empresário e liderança capitalista 
– Liderança: capacidade de lidar com o novo (no sentido de conduzir processos de inovações) (p. 60) “Levar a cabo um plano novo e agir de acordo com um plano habitual são coisas tão diferentes quanto fazer uma estrada e caminhar por ela.” (p. 60) [ver 3º parágrafo] 
i) Não há dados -> força da intuição, visão (o líder não parte de um conjunto pré-existente de informações) 
ii) Psiquê diferenciada: tendência à acomodação vs. liberdade individual, força de vontade (apetite a correr riscos)
iii) Reação do meio: resistência ao novo
• Características da liderança 
– Capacidade de assumir o papel de mudança 
– Capacidade de influenciar (pela força de vontade, “autoridade”, “peso” pessoal) 
– Liderança econômica ≠ invenção: o empresário inova, mas a inovação não se confunde com invenção
 – Carisma não é condição necessária: o empresário não costuma ser carismático; a única pessoa que ele precisa convencer é o banqueiro que o financia 
– Mais egocêntrico que a média dos indivíduos -> demolidor de velhas tradições 
– Não é hedonista puro, mas possui ambições incomuns: 
• Empreender: “fundar um reino privado”, uma “dinastia”; desejo de conquista 
• Alegria de criar algo, de exercer a engenhosidade
CAPÍTULO 7 CAPITALISMO SOCIALISMO E DEMOCRACIA
• Inovação, destruição criadora e desenvolvimento [Capitalismo, socialismo e democracia, cap. VII] 
– Inovação: resultado das novas combinações, realizadas pelo empresário – compatível com o que ele apresentou na TDE
– A inovação é a responsável por tirar o sistema da condição estacionária do fluxo circular “O capitalismo, então, é por natureza uma forma ou método de mudança [transformação] econômica e não somente nunca é, mas nunca pode ser estacionário.” (p. 106; tradução corrigida) O capitalismo é dinâmico, sofre descontinuidades profundas que quebram trajetórias anteriores e criam novas. 
DEFINIÇÃO “Esse processo de destruição criadora é o fato essencial do capitalismo. É aquilo no que o capitalismo consiste e a preocupação com a qual cada capitalista deve viver.” (p. 106; tradução corrigida). O capitalismo é um sistema de inovações marcado pela destruição criadora. Inovações que chegam e acabam com diversos ramos industriais e criam novos. É da natureza do sistema que ele apresente o tempo inteiro, ao longo da sua história, ondas de inovações que criam novas possibilidades e acabe com praticas antigas. 
Desenvolvimento e ciclo econômico – derivados dos processos inovativos
• Desenvolvimento econômico: trajetória de desequilíbrio (cada nova onda de inovação quebra o possível equilíbrio anterior), na forma de ciclos, com expansão (“boom”, “prosperidade”) e contração (“depressão”, “recessão”)
• Ciclo em duas fases: I – Prosperidade II - Depressão 
• Fases intermediárias do Ciclo (5 fases) 
1ª - equilíbrio do fluxo circular 
2ª - fluxo de inovações que começa a acontecer e saída da economia do fluxo circular 
3ª - onda primária de investimento -> quando vem um fluxo de investimentos e os banqueiros financiam essas inovações das indústrias inovativas. A primeira onda é extremamente lucrativa para os inovadores.
4ª - onda secundária de investimento -> as industrias inovativas acabam sendo acompanhadas e copiadas por outras, então leva a segunda onda. Na segunda onda, os lucros dos inovadores começam a cair, o sistema chega no seu auge e começa a mudar. 
5ª - auge e inflexão. Derivada muda de positivo para negativo.
• I – Sequencia da Prosperidade 
Inovação -> difusão para outros setores -> cria o investimento inicial 
Faz surgir um conjunto de Empresários imitadores -> onda de investimentos primária faz aumentar a demanda por BK, insumos e mão de obra, então aumenta a inflação	
Inflação: ↑ demanda por BK ↑ demanda por insumos ↑ demanda por mão de obra 
Incentivo ao investimento em setores tradicionais que tentam se adaptar ou acabam morrendo -> onda secundária de Investimentos 
Características da prosperidade: 
Micro: lucros extraordinários dos inovadores (detem certo poder de monopólio sobre as inovações) 
Macro: aumento dos investimentos e da inflação (preços acompanham esse boom de forma crescente)
• II– Depressão 
5º período: auge e inflexão 
Entrada de novos produtos -> fim do monopólio dos inovadores 
Concorrência no mercado de produtos novos -> redução de preços -> deflação 
Concorrência entre produtores novos e antigos -> marginalização e exclusão de empresas tradicionais (não resistem ao processo de concorrência e quebram)-> desemprego -> desemprego e redução da produção 
Pagamento de dívidas: algumas serão pagas, outras não (quem fez investimentos na fase de prosperidade)
• Ciclo em 4 fases: situação mais crítica é quando tem a depressão, quando não surge nenhuma onda de inovações
– A ultrapassagem de um ponto de equilíbrio (ultrapassagem da linha de tendência para o lado negativo) é anormal. A condição de entrar em depressão não é comum, fenômeno raro. 
– Quando a economia entra numa situação de depressão, é possível fazer uso de política econômica para reverter a tendência. No capitulo 6 ele discute a possibilidade de que se realizem políticas de resgate. 
• uso da política econômica: de forma seletiva 
– saber diferenciar empresas que estão sendo atingidas por serem setores em vias de extinção, de empresas que tem potencial de crescimento, de acompanhar a onda, mas são atingidas pelos efeitos negativos da depressão. Uma depressãomuito profunda atinge a todos, governo não salva empresas obsoletas.
Estabilidade e instabilidade [A instabilidade no Capitalismo, “Os clássicos...[IPEA]”, cap. I] 
• Capitalismo 
– Ordem: discute a sobrevivência institucional (tendência estável) -> compreende à ordem a organização social politica e não somente econômica, o ambiente cultural, todo o habitat e ecossistema no qual o capitalismo existe. No sentido de ordem capitalista, a tendência é estável. É uma ordem fundamentada no conceito de propriedade privada, concorrência nos mercados, sistema politico alinhado a esse conjunto de instituições, no funcionamento das leis de mercado e etc. Porém, dentro dessa ordem ->
– Sistema: discussão sobre a estabilidade ou instabilidade das condições comerciais = “funcionamento cotidiano”: sujeito a instabilidades pq as condições comerciais podem mudar -> funcionamento dos mercados, de gestão diária, comportamento do ambiente comercial, de produção.
– “capitalismos”: capitalismo concorrencial (nascente meados sec XVIII, sec XIX ->baseado na indústria que está se formando, tudo o que caracteriza o capitalismo após a revolução industrial); foi substituído pelo capitalismo oligolopilizado, organizado ou regulamentado (fins sec XIX e sec XX -> nesse capitalismo moderno as empresas tem um tendência de aquisição e fusão, concentração de poder de mercado, concorrência de grandes empresas (poucas grandes empresas disputando o poder de mercado)) -> o capitalismo não pode ser visto como uma coisa só, mas com diferentes modos de comportamento dentro desse sistema ao longo dos séculos.
– Estabilidade: sob condições de análise estática (compatível com a noção do fluxo circular da renda), o sistema é bastante estável 
– Mesmo a análise sob condições estáticas pode aceitar variações ocasionais e acréscimos e adaptações infinitesimais 
– Tais acréscimos podem condicionais descontinuidades, mas não as produzem
Condições estáticas são irrealistas para descrever como o capitalismo funciona de fato.
Estabilidade e progresso 
• Análise comum: a expansão industrial é o fato básico acerca da transformação econômica, evolução ou progresso, mas o que ele contrapõe é que a expansão industrial não é causa; é consequência. Causalidade está em outro lugar 
• Mudanças que levam essas dinâmicas quebradoras de paradigmas dentro do sistema capitalista são capitaneadas por algum ramo industrial (economias internas nessa indústria) que puxa os demais setores (economias externas). Há aqui uma mudança do enfoque da liderança na TDE. Criar economias internas significa que basicamente esses ramos industriais descobrem novos métodos de produzir alguma coisa dentro daquele ramo, reduzindo custos de forma significativa e isso muda completamente a estrutura da curva de oferta desses ramos industriais, por isso acabam puxando os outros ramos.
• Fator determinante: inovações 
• “O que chamamos, não cientificamente, de progresso econômico consiste, essencialmente, na alocação de recursos produtivos em usos até agora não experimentados na prática, e sua retirada daqueles para os quais elas serviram até agora. É a isso que chamamos inovação.” (p. 31) -> Reformula o conceito de inovação, mas permanece ligado à ideia original.	
• “A inovação, a não ser que consista em produzir e impor ao público uma nova mercadoria, significa produzir a um custo menor por unidade, acabando com a antiga curva de oferta e iniciando uma nova.” -> Voltando ao conceito de economias internas, refina o conceito de inovação. O tempo inteiro a indústria busca a redução de custos, quem não se adapta, acaba desaparecendo e não sobrevivendo.
• Métodos não experimentados (mesmo que não envolvam novidades científicas)
• A inovação descontínua exige capacidade de gastos antes do aparecimento de qualquer renda: crédito não dependente de poupanças prévias: criação financeira. ->Exige que comece a produzir antes de gerar renda para aquilo. Sem o crédito para a produção da inovação, ela não existiria. Crédito não depende de poupança prévia. O sistema financeiro é criador de capacidade de compra.
• Inovações explicam a expansão industrial e os ciclos; ciclos são autocorretivos, pq são ondas de expansão de inovações, maturação dessa onda, esgotamento dos ganhos econômicos e a onda reverte. Espera-se novas ondas e conjuntos de inovações. 
• “Assim, as instabilidades, que surgem do processo de inovação, tendem a corrigir-se por si mesmas e não continuam se acumulando. E podemos exprimir, em nossa terminologia, o resultado que alcançamos dizendo que, embora haja instabilidade do sistema, não existe instabilidade econômica da ordem.” (p. 36) -> Pq os ciclos são auto corretivos, o sistema oscila, mas a ordem permanece.
• Inovação no capitalismo concorrencial: fundação de novas firmas, novas famílias industriais – papel de empreendedores diferenciados. 
• Inovações no capitalismo oligopolizado ou regulamentado: ocorre no interior das grandes empresas, com gestão profissional de pesquisa, independentemente agora de pessoas individuais. 
• Tende a ser conduzida como assunto rotineiro, política consciente, por especialistas 
• Progresso automatizado, depende menos de liderança (extinção do sistema de seleção de líderes) 
• As causas da instabilidade sistêmica tendem a desaparecer. (p. 38) 21:02
Kalecki e Keynes – Políticas Econômicas para o Pleno Emprego
Conclusões da Teoria GeraI CAP 18
• Economias reais operam normalmente abaixo do pleno emprego; pleno emprego é uma situação possível, mas normalmente rara e pouco duradoura 
• Economias empresariais modernas são marcadas por incerteza estrutural 
• Agentes se protegem contra a incerteza por meio convenções, formação de expectativas, instituições e preferência pela liquidez (depende da fase do ciclo econômico)
• Apesar disso, as economias capitalistas não são violentamente instáveis (cap. 18), mesmo que estejam sujeitas a flutuações severas da produção e do emprego -> Schumpeter diz que não é violentamente instável
• Mecanismos que garantem a relativa estabilidade: 
• PMgC < 1 multiplicadores positivos, mas não muito grandes 
• Variações moderadas no emprego não são acompanhadas por grandes variações nos salários nominais (condição de estabilidade dos preços) 
• Flutuações tendem a se inverter por mudanças na EMgK (efeitos cumulativos das variações dos estoques de BK)
• Economia tem tendência para manter-se em posições intermediárias abaixo do pleno emprego e sensivelmente acima do “mínimo” emprego 
• Mas embora essa seja uma situação observável, não se pode adotá-la como um princípio que não possa ser conscientemente modificado (política econômica como ciência normativa).
CAPITULO 24 TEORIA GERAL – CONJUNTO DE FILOSOFIAS
“Filosofia Social” de Keynes 
• “Os dois principais defeitos da sociedade econômica em que vivemos são a sua incapacidade de proporcionar o pleno emprego (economia de desequilíbrio, com desemprego involuntário) e a sua arbitrária e desigual distribuição da riqueza e das rendas.” (TG, p. 284)
• “Do meu ponto de vista, creio haver justificativa social e psicológica para grandes desigualdades nas rendas e na riqueza, embora não para as grandes disparidades existentes na atualidade. Existem valiosas atividades humanas que requerem o motivo do lucro e a atmosfera da propriedade privada de riqueza para que possam dar os seus frutos. (...) Todavia, não é necessário, para estimular essas atividades e satisfazer essas inclinações, que o jogo seja feito com apostas tão altas como agora. (p. 285) 
• A desigualdade tem seu lugar no sistema: estimula o espírito empreendedor, enquanto domestica as tendências exageradas (para opressão, dominação). Para Schumpeter, o inovador inova pq quer lucro ou dominar um mercado.
• Papel do governo: permitir a prática do jogo, impondo limitações (tetos e pisos) -> o governo deve deixar que os agentes lutem, empreendam, busquem o lucro, realização pessoal, construir seus impérios particulares, mas impor os limites para isso, no sentido de reduzir por meio de politica as desigualdades extremas e pisos,como por exemplo, ninguém pode viver abaixo da linha tal de sobrevivência.
• Duas fontes de desigualdade economicamente ineficientes: 
• transmissão de heranças: reduz a propensão a consumir (PMgC dos muito ricos é baixa, multiplicador é muito pequeno), perpetua desigualdades não oriundas de sucesso empreendedor 
• Remédio taxação elevada
• Escassez relativa do capital: fruto da taxa de juros elevada (encarece os bens de capital) – torna possível a existência do rentier (aquele que vive da renda de ativos financeiros) sem que a taxa de juros por ele obtida compense algum sacrifício real em benefício da comunidade (não tem nada a ver com empreendimento, risco, meritocracia) 
• Remédio: eutanásia do rentier taxa de juros deve ser muito baixa. Basicamente: rendimento esperado dos BK + margem (risco, custos de supervisão), próximos ao custo de trabalho para produzir os BK 
• não há razões intrínsecas para a escassez relativa do capital ser tão elevada (BK podem ser produzidos! Observação do Minsky) 
Estado vs iniciativa privada 
• “O Estado deverá exercer uma influência orientadora sobre a propensão a consumir, em parte através de seu sistema de tributação, em parte por meio da fixação da taxa de juros e, em parte, recorrendo a outras medidas. (...) não se vê nenhuma razão evidente que justifique um Socialismo do Estado abrangendo a maior parte da vida econômica da nação. Não é a propriedade dos meios de produção que convém ao Estado assumir. (p. 288) 
• “É o volume, não a direção do emprego que é o responsável pelo colapso do sistema atual.” (p. 289): Estado deve afetar o volume; iniciativa privada é quem determina a direção do emprego
• o individualismo, se puder ser purgado de seus defeitos e abusos, é a melhor salvaguarda da liberdade pessoal 
• ação do Estado não necessariamente necessita entrar em conflito com o individualismo – complementaridade, mantendo as “vantagens tradicionais do individualismo” (vantagens da eficiência: descentralização e jogo do interesse pessoal) (p. 289)
• Diante dessa análise, Keynes defende “a ampliação das funções do governo, que supõe a tarefa de ajustar a propensão a consumir com o incentivo para investir (...) como o único meio exequível de evitar a destruição total das instituições econômicas atuais e como condição de um bem-sucedido exercício da iniciativa individual.” (p. 289)
• “A seguir chego ao um critério de Agenda particularmente importante para o que é urgente e o que é desejável fazer no futuro próximo. Devemos aspirar à separação dos serviços que são tecnicamente sociais dos que são tecnicamente individuais. A mais importante Agenda do Estado não diz respeito às atividades que os indivíduos particularmente já realizam, mas às funções que estão fora do âmbito individual, àquelas decisões que ninguém adota se o Estado não o faz. Para o governo, o mais importante não é fazer as coisas que os indivíduos já estão fazendo, e fazê-las um pouco melhor ou um pouco pior, mas fazer aquelas coisas que atualmente deixam de ser feitas.” (Keynes, “O fim do laissez-faire”, 1926)
• “(...) as ideias dos economistas e dos filósofos políticos, estejam elas certas ou erradas, têm mais importância do que geralmente se percebe. De fato, o mundo é governado por pouco mais do que isso. Os homens objetivos que se julgam livres de qualquer influência intelectual são, em geral, escravos de algum economista defunto. (...) Porém, cedo ou tarde, são as ideias, e não os interesses escusos, que representam um perigo, seja para o bem ou para o mal.” (p. 291).
• “Metade da sabedoria copiada de livros por nossos estadistas é baseada em hipóteses e modelos que foram corretos em certo tempo no passado, ou parcialmente corretos, mas são agora menos e menos verdadeiras para os nossos tempos. Nós precisamos inventar uma nova sabedoria para uma nova era.” (Keynes, “Am I a Liberal?”, 1925).
Contraponto: a visão de Kalecki Kalecki (Aspectos políticos do pleno emprego): 
Manutenção do pleno emprego por meio do déficit orçamentário: estímulo à DE e eleva o nível de lucros 
• Foi o “grande truque financeiro” das economias na década de 1930 
• O elemento de mais fácil controle dentre os determinantes dos lucros: déficit orçamentário 
• Ck e I: fogem ao controle dos capitalistas (como classe) 
• No sistema capitalista, o Estado é controlado pelos capitalistas
• Por que seu uso não é permanente? 
• reprovação à interferência governamental em determinadas atividades econômicas 
• Doutrina das “finanças sadias” 
• Limites à expansão das despesas correntes 
• Reprovação moral (ética capitalista) a políticas de subsídio ao consumo popular 
• Estado permanente de pleno emprego: indesejável 
• Pleno emprego permanente como ameaça à “disciplina das fábricas”

Outros materiais