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Livro Didatico de Economia Mercado Financeiro e de Capitais

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ECONOMIA, 
MERCADO FINANCEIRO 
E DE CAPITAIS
Heloísa de Puppi e Silva;
Isabella Christina Dantas Valentim;
Luana da Silva Ribeiro;
Rosilda do Rocio do Vale. 
Organizadora: Claudineia Kudlawicz Franco. 
Economia 
Mercado Financeiro 
e de Capitais
© by Ser Educacional
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, 
eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro 
tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia 
autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Imagens e Ícones: ©Shutterstock, ©Freepik, ©Unsplash.
Diretor de EAD: Enzo Moreira.
Gerente de design instrucional: Paulo Kazuo Kato.
Coordenadora de projetos EAD: Jennifer dos Santos Sousa.
Equipe de Designers Instrucionais: Gabriela Falcão; José Carlos Mello; Lara 
Salviano; Leide Rúbia; Márcia Gouveia; Mariana Fernandes; Mônica Oliveira 
e Talita Bruto.
Equipe de Revisores: Camila Taís da Silva; Isis de Paula Oliveira; José Felipe 
Soares; Nomager Fabiolo Nunes.
Equipe de Designers gráficos: Bruna Helena Ferreira; Danielle Almeida; 
Jonas Fragoso; Lucas Amaral, Sabrina Guimarães, Sérgio Ramos e Rafael 
Carvalho.
Ilustrador: João Henrique Martins.
Silva, Heloísa de Puppi e; Ribeiro, Luana da Silva; Valentim, Isabella 
Christina Dantas; Vale, Rosilda do Rocio do.
Economia Mercado Financeiro e de Capitais:
Recife: Grupo Ser Educacional - 2022.
180 p.: pdf
ISBN: ---
1. economia 2. finanças 3. investimentos.
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
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ACESSE
Links que 
complementam o 
contéudo.
OBJETIVO
Descrição do conteúdo 
abordado.
IMPORTANTE
Informações importantes 
que merecem atenção.
OBSERVAÇÃO
Nota sobre uma 
informação.
PALAVRAS DO 
PROFESSOR/AUTOR
Nota pessoal e particular 
do autor.
PODCAST
Recomendação de 
podcasts.
REFLITA
Convite a reflexão sobre 
um determinado texto.
RESUMINDO
Um resumo sobre o que 
foi visto no conteúdo.
SAIBA MAIS
Informações extras sobre 
o conteúdo.
SINTETIZANDO
Uma síntese sobre o 
conteúdo estudado.
VOCÊ SABIA?
Informações 
complementares.
ASSISTA
Recomendação de vídeos 
e videoaulas.
ATENÇÃO
Informações importantes 
que merecem maior 
atenção.
CURIOSIDADES
Informações 
interessantes e 
relevantes.
CONTEXTUALIZANDO
Contextualização sobre o 
tema abordado.
DEFINIÇÃO
Definição sobre o tema 
abordado.
DICA
Dicas interessantes sobre 
o tema abordado.
EXEMPLIFICANDO
Exemplos e explicações 
para melhor absorção do 
tema.
EXEMPLO
Exemplos sobre o tema 
abordado.
FIQUE DE OLHO
Informações que 
merecem relevância.
SUMÁRIO
UNIDADE 1
Noções de economia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 15
Conceitos de economia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �15
Os dez princípios da economia � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �18
Oferta e demanda � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 23
Forças da oferta e da demanda � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 23
Existem dois conceitos muito importantes que são abordados na 
economia criados pela teoria clássica que são a oferta e a demanda, 
além de preço e quantidade� A oferta pode ser denominada como as 
unidades e quantidades que os produtores estão dispostos a oferecer 
para o mercado (compradores/consumidores)� Enquanto a demanda 
seria a procura pela quantidade que os consumidores estão dispostos 
a comprar (MANKIW, 2015)� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 23
Ponto de equilíbrio, oferta e demanda � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 26
A teoria da elasticidade � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 28
Sistema econômico � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 34
Definição de sistema econômico � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 34
Teorias econômicas e fatores de produção � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �39
Teorias econômicas � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 39
Fatores de Produção e Bens e Serviços � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �45
Classificações de Bens � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �47
Mercado de Fatores e Mercado de Bens e Serviços � � � � � � � � � � � � � � � � � 48
Fluxo Circular da Renda � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 49
UNIDADE 2
Políticas econômicas e renda � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 55
Macroeconomia e os tipos de mercado � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 55
O significado de renda � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 61
Significado da escassez dos recursos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 66
Compreendendo as políticas macroeconômicas fiscais e monetárias
� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 72
O papel do governo no planejamento econômico � � � � � � � � � � � � � � � � � � 72
Políticas Fiscais � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 73
Políticas Fiscais expansionistas � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 74
Política cambial � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �76
Política macroeconômica � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 76
Políticas Monetárias � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 77
Taxa de Redesconto � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 78
Depósito Compulsório� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 80
Operações de Open Market (taxa básica de juros) � � � � � � � � � � � � � � � � � � �81
Compreendendo as variações da taxa de câmbio e os regimes 
cambiais � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 83
Oferta e Demanda por Moeda Estrangeira � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 83
Mercado cambial � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �86
Mercado de Câmbio � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 86
Efeitos das variações da taxa de câmbio � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �91
Regimes Cambiais � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �92
Taxa de câmbio fixa � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 92
Taxa de câmbio flutuante � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 93
UNIDADE 3
Sistema Financeiro � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �97
Principais conceitos do sistema financeiro nacional � � � � � � � � � � � � � � � 97
Definição de sistema financeiro � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 99
Composição do Sistema Financeiro Nacional � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 103
Conselho Monetário Nacional – CMN � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 104
Banco Central do Brasil – BCB ou Bacen � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �� � � � � 105
Comissão de Valores Mobiliários – CVM � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 106
Estrutura do sistema financeiro nacional � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 107
Instituições especiais � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 111
Bancos comerciais e múltiplos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 113
Bolsa de valores � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 119
Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 120
Bolsa de Mercadorias & futuros (BM&F) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 122
Surgimento da BM&FBovespa � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 124
B3 - Brasil, Bolsa, Balcão � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 124
Negociações � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 124
Mercado de ações � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 125
Mercado de opções � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 126
Mercado futuro � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 130
UNIDADE 4
Indicadores econômicos� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 135
Produto Interno Bruto (PIB) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �135
Produto Nacional Bruto (PNB) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �135
Índices de inflação � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 136
Taxa de câmbio � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �137
Taxa Selic � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 138
Taxa de juros de longo prazo (TJLP) � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 138
Noções de finanças � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 139
Objetivos das empresas � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 139
Funções de finanças � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 142
Tomada de decisão financeira e custo de capital � � � � � � � � � � � � � � � � � � 147
Intermediação financeira � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 148
Riscos financeiros e o ambiente econômico � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �150
Riscos em finanças � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 150
Riscos versus incerteza � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 151
Riscos na atividade econômica, em empresas e mercados financeiros
� � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �153
Gestão dos riscos � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 158
Risco e retorno esperados � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 158
Relação risco, retorno e investimento � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 159
Risco e rentabilidade � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 160
Análise de crédito e sua função � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 161
Empresas que atribuem risco “rating” � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 166
Projeção de preço e risco (volatilidade) de ativos � � � � � � � � � � � � � � � � � � 167
Modelo Black & Scholes � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 171
Modelo Binominal � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 172
Precificação de uma opção de venda � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 173
Volatilidade � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 175
Apresentação
Você sabia que a área de economia, mercado financeiro e de capi-
tais está mais presente no seu dia a dia do que você possa imagi-
nar? Quando você assiste nos telejornais ou lê na internet etc., uma 
reportagem que diz: “o índice de inflação aumentou”; “a bolsa de 
valores fechou em alta”; “as taxas de juros aumentaram”, “a cesta 
básica está mais cara”. Você já parou para analisar qual o impacto 
que esta notícia tem nas suas rendas mensais, no mercado de tra-
balho etc.?
Por isso, esta disciplina foi elaborada visando lhe ajudar a me-
lhor entender a relação da economia e finanças com seu dia, e sendo 
assim lhe proporcionarão conhecimentos a respeito. Esta unidade 
apresenta noções de economia e finanças, em que se apresentam os 
conceitos de política econômica e os seus desdobramentos na forma 
de política monetária, fiscal, cambial e a política macroeconômica. 
Sua principal tarefa aqui, é entender o conceito da economia, o sis-
tema econômico e suas divisões, a relação da economia com as ou-
tras ciências e os demais conceitos da economia. Então, preparado? 
Venha comigo mergulhar neste universo!
Autoria
Heloísa de Puppi e Silva.
Olá. Meu nome é Heloísa de Puppi e Silva. Sou formada em Ciên-
cias Econômicas e possuo Mestrado em Sustentabilidade pela FAE 
– Centro Universitário (PR). Fiz o Doutorado em Tecnologia, no 
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia (PPGTE) e Sociedade 
da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Tenho ex-
periência técnico-profissional na área de Gestão Pública, Privada e 
Ambiental por ter trabalhado na Secretaria de Planejamento do Es-
tado do Paraná (SEPL-PR) e acadêmica de 16 anos em Instituições 
de Ensino Superior (IES).
Tenho experiência de 6 anos com docência de educação fundamen-
tal e 13 anos com ensino de graduação, especialização e ensino a 
distância (EAD). Atualmente, leciono disciplinas de economia (mi-
cro e macro), economia brasileira, custos, modelagem de negócios 
e inteligência competitiva. Além disso, presto serviços de consul-
toria em inteligência competitiva e meio ambiente. Sou apaixonada 
pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles 
que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela 
Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. 
Estou muito feliz em poder auxiliar você nesta fase de muito estudo 
e trabalho. Conte comigo!
Isabella Christina Dantas Valentim.
Olá. Meu nome é Isabella Christina Dantas Valentim. Sou forma-
da em Ciências Contábeis, com mestrado em Ciências Contábeis: 
usuários internos, controladoria e contabilidade gerencial. Te-
nho experiência técnico-profissional na área contábil, gerencial e 
Currículo Lattes
consultoria econômica. Além de possuir cinco anos de experiência 
como professora de graduação e pós-graduação nas áreas de conta-
bilidade, auditoria, perícia e gestão financeira.
Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência 
de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui 
convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores 
independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de 
muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Luana da Silva Ribeiro.
Olá. Meu nome é Luana da Silva Ribeiro. Tenho graduação em Eco-
nomia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), mestrado 
em Economia na Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), sou 
Doutoranda em Economia pela Universidade Estadual de São Paulo 
(UNESP) e pesquisadora participante do Grupo de Estudos em Eco-
nomia Industrial (GEEIN).Tenho experiência profissional de 8 anos 
no setor financeiro e comercial, além de consultorias. Passei por 
empresas como a Companhia Sulamericana de Distribuição, Petra 
Consulting Corporation, Surya Dental, entre outras. 
Atualmente, trabalho com Ensino a Distância (EaD) e faço espe-
cialização em mediação e aprendizagem EaD na Universidade Vir-
tual de São Paulo (UNIVESP), também sou conteudista de materiais 
técnico-pedagógicos para graduação e pós-graduação nas áreas de 
administração e economia. Estou muito feliz pela oportunidade de 
poder ajudar você neste novo ciclo e agregar experiência para mi-
nha carreira. Os conceitos que serão trabalhados no decorrer deste 
e-book irão ajudá-los na compreensão inicial dos conceitos da Eco-
nomia. Conte comigo e bom trabalho!
Currículo Lattes
Rosilda do Rocio do Vale.
Olá. Meu nome é Rosilda do Rocio do Vale. Sou mestre em Adminis-
tração com ênfase em finanças pela PUCPR, especialista em finanças 
corporativas e gestão organizacional e graduada em administração. 
Possuo experiência na área financeira, adquiridas ao longo dos anos 
realizando operações financeiras em empresa de comércio exterior. 
Faz sete anos que atuo no ensino superior, em disciplinas nas áreas 
de finanças e comércio exterior. Sou apaixonada pelo que faço. É 
muito gratificante poder transmitir meu conhecimento e minha ex-
periência com quem está buscando aprendizado para atingir os seus 
objetivos pessoais e/ou profissionais. Por isso, fui convidada pela 
Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. 
Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e 
trabalho. Seja bem-vindo(a) e conte comigo!
Currículo Lattes
Currículo Lattes
Organizadora
Claudineia Kudlawicz Franco. 
Eu sou Claudineia Kudlawicz Franco. Sou Doutora em Administra-
ção pela PUCPR e Mestre em Contabilidade pela UFPR com ênfase 
em finanças. Tenho três especializações, uma em Controladoria, 
uma em Metodologia da Educação e outra em Educação a Distância. 
Sou graduada em Administração pela UniFael e em Contabilidade 
pela UFPR. Minha experiência profissional está tanto na área aca-
dêmica, como professora, quanto em empresa. Trabalhei no setor 
empresarial atuando como analista contábil por muitos anos e como 
operadora de caixa de banco. Como professora atuo há 10 anos, com 
cursos de graduação e especialização. Atualmente sou professora da 
UniFael na modalidade de Ensino à Distância (EaD) e também sou 
revisora técnica de conteúdo para cursos EaD da Sagah.
Currículo Lattes
UN
ID
AD
E
1
Título da unidade 
(se houver)
Objetivos
1. Entender as principais definições de economia e sua presença 
no cotidiano tanto de empresas quanto de pessoas.
2. Compreender as forças de oferta e demanda e como são 
afetadas.
3. Compreender o sistema econômico e seus componentes.
4. Conhecer as teorias econômicas e os fatores de produção com 
os bens e serviços.
14
Introdução
A economia é uma das áreas mais importantes de uma sociedade, 
está presente em nosso dia a dia sem que nós percebamos. Sua prin-
cipal responsabilidade nessa unidade é entender o conceito da eco-
nomia, o sistema econômico e suas divisões, a relação da economia 
com as outras ciências e a lei da oferta e da demanda. Esta disciplina 
está dividida em quatro objetos de aprendizagens. Neste primeiro, 
você verá o conceito da economia de maneira geral, os princípios 
econômicos, além de estudar definições que estão presentes na 
economia.
No segundo, você verá as forças da oferta e da demanda, com 
conceitos muito importantes sobre ambos e o equilíbrio de mer-
cado. Já no terceiro, você irá compreender a definição do sistema 
econômico, divisão do estudo da economia que é a microeconomia e 
a macroeconomia, além de conseguir compreender suas principais 
linhas de pensamento econômico. Por último, você irá aprender so-
bre as teorias econômicas e os fatores de produção, bens e serviços.
Então, preparado(a)? Vamos mergulhar neste universo!
15
Noções de economia
Ao término deste capítulo você será capaz de entender o que é eco-
nomia, os principais conceitos e qual o impacto da economia no dia 
a dia de cada pessoa e nas empresas. Isto será fundamental para o 
exercício de sua profissão e para seu dia a dia, pois seja em nosso 
cotidiano, seja nos jornais, no rádio, na televisão e na internet, nos 
deparamos com inúmeras questões econômicas, tais como: aumen-
to de preços, desemprego, setores que crescem mais que outros, di-
ferenças salariais, valorização e desvalorização da taxa de câmbio, 
diferenças de rendas entre as várias regiões do país, ociosidade em 
alguns setores de atividades, comportamento das taxas de juros, 
elevação de impostos, tarifas públicas etc. Será que alguma vez você 
já parou para analisar como essas e outras questões estão presentes 
em sua vida e qual o impacto financeiro no seu salário? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então vamos lá aprender. Bom 
estudo!
Conceitos de economia
A palavra economia vem do grego oikonomía. Oiko significa casa, lar, 
moradia e nomia significa organizar, distribuir, administrar leis. 
Juntando ambos significados ficaria como: leis, regras, costumes, 
ordem, organização e distribuição da casa (MANKIW,2015).
Diante da explicação da origem da palavra economia, é abor-
dado que a mesma busca o desenvolvimento e a criação de ações 
com o objetivo de planejar, desenvolver, distribuir, administrar 
e organizar a produção, distribuição e consumo dos bens e servi-
ços e dos recursos escassos, visando a garantia da sobrevivência e 
bem-estar da população em curto, médio e longo prazo. Por esse 
OBJETIVO
16
motivo, a ciência econômica é considerada uma ciência social apli-
cada, bem como uma ciência humana que tem ligação com diver-
sas áreas como: agronomia, engenharia, educação, política, entre 
outras.
De forma geral seria um estudo de alocação dos recursos escassos 
(MANKIW, 2015). Economia é a ciência social aplicada que busca 
entender como o indivíduo e a sociedade definem o uso dos recur-
sos produtivos escassos destinados para produzir os bens e serviços 
(VASCONCELLOS, 2010).
Lagioia (2011) diz que a economia está presente no cotidia-
no de todas as pessoas e nos acompanha em todos os momentos de 
nossas vidas e, por isso, é necessário que tenhamos conhecimento 
de alguns conceitos fundamentais, para que possamos compreen-
dê-la cada vez mais e melhor.
Sabemos que a economia é considerada uma ciência social 
por estudar a administração, organização e planejamento de uma 
determinada sociedade. Assim, a Economia “[...] é considerada uma 
ciência social porque estuda a organização e o funcionamento de 
uma sociedade” (ALBERGONI, 2008, p. 13).
Além disso, a Economia é uma área considerada multidisci-
plinar em razão de ter relação com outras áreas que também estu-
dam a sociedade. Por este motivo, a economia expandiu para uma 
diversidade de linhas de pesquisa, como: economia do meio am-
biente, economia industrial, economia rural, economia feminista, 
economia da saúde, economia do setor público, economia política, 
economia da ciência, tecnologia e inovação, economia institucional, 
economia comportamental, entre outras.
A sociedade, no entanto, é objeto de estudo de outras ciên-
cias. Embora cada ramo das Ciências Sociais analise a realidade sob 
DEFINIÇÃO
17
óticas diferentes, essas visões acabam por se inter-relacionar. Além 
do aspecto econômico, a realidade é observada sob o aspecto polí-
tico, social, histórico, demográfico, jurídico e geográfico. O conhe-
cimento dos demais aspectos ajuda a entender a evolução dos fatos 
econômicos (ALBERGONI, 2008, p. 19).
Existem diversas linhas de pensamento sobre a economia. 
Mesmo com uma diversidade de linhas de pensamentos relaciona-
das com outras ciências existe uma diversidade de divergências en-
tre os economistas, isto por quê:
[...] ela ocorre tanto porque há várias corren-
tes de pensamento econômico para interpretar 
situações quanto porque cada economistaleva 
consigo seus valores individuais, que acabam 
influenciando a análise de questões teóricas 
(ALBERGONI, 2008, p. 17).
De acordo com Assaf Neto (2014) é essencial o conhecimento 
econômico social para um melhor entendimento do funcionamento 
e funções dos mercados financeiros, formando, assim, uma visão 
mais ampla e crítica de todo o mercado financeiro, como as que en-
volvem a poupança, investimento etc. Isso porque a compreensão 
da economia permite que relações sejam estabelecidas entre resul-
tados agregados e o desempenho dos vários agentes econômicos. 
Entende-se por agentes econômicos todas as pessoas e formas de 
organizações, que possuem capacidade de tomar decisões.
De acordo com Vasconcellos (2010) economia é a ciência que 
estuda de que maneira a sociedade decide empregar recursos pro-
dutivos escassos na produção de bens e serviços a fim de satisfazer 
ao máximo as necessidades humanas, ou seja, é a ciência que estuda 
como a sociedade administra recursos produtivos (fatores de pro-
dução) escassos.
O autor ainda afirma que em qualquer sociedade os fatores 
de produção são limitados. Porém, por outro lado, as necessidades 
humanas são ilimitadas e sempre se renovam, por força do cresci-
mento populacional e pela contínua elevação do padrão de vida. Por 
isso, nenhum país, independente do seu grau de desenvolvimento, 
consegue dispor de todos os recursos dos quais necessita.
18
Então, toda a sociedade tem que escolher entre alternativas 
de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva 
para atender os vários grupos da sociedade. Diante da escassez dos 
recursos de produção, associada às necessidades ilimitadas do ser 
humano, os empresários precisam tomar decisões que atendam a 
demanda. E então terão que decidir: o que e quanto produzir? Como 
produzir? Para quem produzir?
Vasconcellos (2010) afirma que diante da escassez de recur-
sos de produção, a sociedade terá que escolher dentro de um leque 
de possibilidades de produção, o que e quanto produzir, ou seja, 
quais produtos serão produzidos e as respectivas quantidades a se-
rem fabricadas. Bem como, terá que decidir como vai produzir, ou 
seja, quais recursos de produção serão utilizados para a produção de 
bens e serviços, escolhendo os métodos mais eficientes, aqueles que 
tiverem o menor custo de produção possível. E também para quem 
produzir, pois dependerá da oferta e da demanda nos mercados.
Segundo Maia (2014) o ser humano para sobreviver necessita 
satisfazer suas necessidades básicas, sem o que morreria. Sendo que 
as três necessidades primárias são: alimentos, vestuário e habita-
ção. À medida que o ser humano foi progredindo, outras necessida-
des começaram a surgir, tais como educação, lazer, conforto etc., as 
quais são conhecidas como necessidades progressivas. Para satis-
fazer a todas essas necessidades, o homem precisa consumir bens, 
porém os alimentos encontrados na natureza não são suficientes, 
por isso é necessária a produção. Há, portanto, dois grandes fatores 
econômicos: o consumo e a produção.
Os dez princípios da economia
Para enriquecer o conceito da economia o autor e economista Man-
kiw (2015) propôs dez princípios básicos da economia que são divi-
didos em: 1) como as pessoas tomam decisões; 2) como interagem; 
e 3) como funciona a economia como um todo. O Quadro 1 apre-
senta essa divisão com os dez princípios da economia para melhor 
compreensão.
19
Quadro1 - Resumo dos dez princípios da economia
Como as pessoas tomam 
decisões
1) Enfrentam trade-off
2) O custo de algo é o aquilo que 
se desiste para obtê-la
3) Pessoas racionais pensam na 
margem
4) Pessoas reagem a incentivos
Como as pessoas interagem
5) O comércio pode ser bom 
para todos
6) Os mercados são geralmente 
uma boa forma de organização 
da atividade econômica
7) Os governos podem às vezes 
melhorar o mercado
Como funciona a economia
8) O padrão de vida de um país 
depende de sua capacidade de 
produzir bens e serviços
9) Os preços tendem a subir
10) A sociedade enfrenta um 
tradeoff de curto prazo entre in-
flação e desemprego
Fonte: adaptado pelo autor.
Dos princípios de 1 a 4 que seriam: as pessoas enfrentam tra-
deoffs, o custo de alguma coisa é aquilo que você desiste para ob-
ter outra, as pessoas pensam na margem e reagem a incentivos que 
se enquadram na divisão de como as pessoas tomam decisões. Dos 
princípios de 5 a 7, que são: o comércio pode ser bom para todos; os 
mercados são uma boa maneira de organizar a atividade econômica; 
e o governo pode melhorar os resultados de mercado se enquadram 
em como as pessoas interagem umas com as outras.
Por fim, dos princípios econômicos de 8 a 10, que são: a 
produtividade é a fonte fundamental do padrão de vida, os preços 
sobem quando o governo emite moeda e a sociedade enfrenta um 
20
tradeoff de curto prazo entre inflação e desemprego estão na divisão 
de como a economia funciona como um todo.
Veja a seguir, segundo Mankiw (2015), a explicação dos dez 
princípios básicos da economia e suas devidas.
1. Pessoas enfrentam tradeoffs: neste princípio é colocado que 
as pessoas passam por uma escolha conflitante para toma-
da de decisões. Em razão disso, as pessoas sempre realizam 
comparativos para, assim, conseguir tomar uma decisão e co-
locar na “balança” para tomar a melhor escolha.
2. O custo de alguma coisa é o que você desiste para obtê-la: 
basicamente é a necessidade de renunciar a uma coisa para 
obter outra. Que tudo tem um custo, você acaba ganhando 
por um lado, mas perde por outro lado. É chamado também 
de custo de oportunidade, ou seja, as pessoas levam em con-
sideração o benefício para tomar uma decisão. “Ao deixar de 
satisfazer uma necessidade e suprir outra, temos o custo de 
oportunidade” (ALBERGONI, 2008, p. 12).
3. Pessoas racionais pensam na margem: as pessoas possuem 
o costume de pensar nos pequenos ajustes, benefícios adicio-
nais e interesses individuais. Muitas consideram que para de-
cidir qual alternativa escolher, é necessário fazer uma análise 
de custo-benefício marginal. O conceito marginal refere-se 
ao que é adicionado ao montante já existente, pois os indiví-
duos não escolhem pelo todo e sim por partes.
Ao decidir quantas horas estudar para uma prova, você não decide 
entre estudar nada e estudar 5 horas. Você inicia seus estudos e ana-
lisa quais benefícios você terá, caso aumente uma hora de estudos 
(ALBERGONI, 2008, p. 13).
EXEMPLO
21
4. Pessoas reagem a incentivos: para o autor o efeito dos pre-
ços é essencial para entender como as pessoas reagem com 
incentivos. Quando o preço de um bem aumenta a demanda 
cai e quando o preço cai a demanda aumenta. Isto é, pessoas 
tendem a alterar comportamentos com incentivos.
Se a renda de uma pessoa aumentar provavelmente ela irá consumir 
mais ou irá consumir produtos mais sofisticados que antes. A renda 
neste caso seria um estímulo para o consumo.
5. O comércio pode melhorar a situação de todos: a competição 
entre as famílias pode melhorar a situação de todos, em razão 
de que, as famílias sempre estarão em busca de melhorias.
6. Os mercados são uma boa forma de organização da ativida-
de econômica: basicamente o mercado é uma boa maneira de 
equilibrar a economia.
7. Os governos podem às vezes melhorar o mercado: para Man-
kiw quanto menos a ação do Estado melhor para a economia. 
O Estado pode ser bem-vindo em casos de falhas de mercado, 
externalidades e poder de mercado.
8. O padrão de vida de um país depende de sua capacidade de 
produzir bens e serviços: o crescimento econômico seria o 
elemento chave para a garantia do padrão de vida das pessoas. 
Os fatores diferenciais de um país para outro para Mankiw 
(2015) seriam – 1) diferenças de produtividade; 2) quantidade 
x qualidade da mão de obra; e 3) tecnologia.
9. Os preços tendem a subir: na visão do autor quanto maior a 
quantidade de moeda emitida pelo governo e em circulação no 
mercado menor é seu valor. A inflação é mais comum no mer-
cado do que a deflação.CURIOSIDADE
22
A inflação é a elevação do nível geral de preços na economia e o mer-
cado pode ser entendido como sendo um grupo de compradores e 
vendedores de um dado bem em serviço.
10. A sociedade enfrenta um tradeoff de curto prazo entre infla-
ção e desemprego: essa teoria se enquadra na Curva de Phil-
lips, quanto maior a taxa de desemprego menor a inflação e 
quanto menor a taxa de desemprego maior a inflação.
Diante dos dez princípios econômicos e da definição do con-
ceito de Economia é possível perceber que em razão da escassez de 
recursos, toda sociedade precisa definir opções de produção e de 
distribuição de sua atividade produtiva. “Essa é a questão central 
do estudo da Economia: como alocar recursos produtivos limitados, 
de forma a atender ao máximo as necessidades humanas” (GARCIA, 
2015, p. 15).
O autor que criou os dez princípios da Economia Nicholas Gregory 
Mankiw foi diretor do Conselho de Consultores Econômicos (CEA) 
à Presidência da República, na gestão de George W. Bush (2003-
2005), além de ser colunista e escritor do The New York Times, Bos-
ton Globee The Wall Street Journal.
DEFINIÇÃO
VOCÊ SABIA?
23
Oferta e demanda
Forças da oferta e da demanda
Existem dois conceitos muito importantes que são abordados na 
economia criados pela teoria clássica que são a oferta e a demanda, 
além de preço e quantidade. A oferta pode ser denominada como 
as unidades e quantidades que os produtores estão dispostos a 
oferecer para o mercado (compradores/consumidores). Enquanto 
a demanda seria a procura pela quantidade que os consumidores 
estão dispostos a comprar (MANKIW, 2015).
Os produtores possuem vários níveis de preços para escolher 
e oferecer para o mercado. E os consumidores podem consumir em 
vários níveis de preço. Quando tem um equilíbrio entre oferta e de-
manda, os clássicos chamam de: equilíbrio de mercado (MANKIW, 
2015).
Na figura 1 abaixo, apresenta-se o equilíbrio de mercado, na 
qual a curva que se inicia da origem (0) é a curva de oferta e a curva 
que está ligada a linha de preço e de quantidade é a curva de deman-
da. A linha vertical é o preço e a linha horizontal a quantidade.
Quando vamos analisar o gráfico olhando para o lado da ofer-
ta chamamos de quantidades ofertadas em função do preço, ou seja:
Fórmula: Qo = f(P)
Quando vamos analisar pelo lado da demanda chamamos de 
quantidade demandada em função do preço, ou seja:
Fórmula: Qd = f(P).
24
Figura 1 - Equilíbrio de mercado
Fonte: adaptado pelo autor.
O equilíbrio de mercado seria no ponto onde a quantidade de-
mandada se iguala à quantidade ofertada, quando o preço se iguala 
a quantidade, ou ainda quando há equivalência entre a oferta e de-
manda. No gráfico, o ponto de equilíbrio de mercado seria o ponto 
vermelho (MANKIW, 2015). A seguir, veja as duas fórmulas que re-
presentam esse equilíbrio.
Fórmula: P = Q
Fórmula: Qd = Qo
Diante disso, quanto maior for o preço de um bem para o pro-
dutor mais interessante é, e, assim, a oferta é maior. A oferta de um 
bem dependerá dos preços dos fatores de produção e são eles que 
definem o custo. Tendo um aumento nos preços de qualquer um dos 
fatores de produção, terá impactos nos custos de produção e alte-
ração nos rendimentos dos empresários. Além disso, a tecnologia 
também influencia no preço dos bens/serviços, porque com a tec-
nologia inserida, os empresários podem ter aumento do lucro.
A oferta de um determinado bem pode ser alterada por mu-
danças nos preços dos outros bens em um mercado. Se os preços dos 
demais bens aumentarem o preço e o preço do bem Y, por exemplo, 
25
continuar o mesmo, a sua produção acabará sendo menos “encanta-
dora” em relação aos outros bens, levando a uma redução da oferta.
O ponto onde as curvas de oferta e demanda se encontram é o 
ponto de equilíbrio do mercado. Ou seja, existe uma compatibiliza-
ção das quantidades que os consumidores desejam consumir com os 
que os produtores querem produzir e colocar para venda.
Como vimos, a oferta e a demanda são as forças que movem 
as economias de mercado determinando o preço e a quantidade de 
equilíbrio. Diante disso, existem as chamadas estruturas de mer-
cado, ou seja, são as diferentes formas de mercado existentes na 
economia.
As sete principais estruturas de mercado são: 1) concorrência 
perfeita; 2) monopólio; 3) oligopólio; 4) duopólio; 5) concorrência 
monopolística; 6) monopsônio; e 7) oligopsônio (MANKIW, 2015). 
A seguir as semelhanças e diferenças de cada uma delas.
1. Concorrência perfeita: para muitos compradores e muitos 
vendedores, não há poder de mercado individualmente, os 
agentes são tomadores de preço, o produto é homogêneo e há 
livre entrada e saída de mercado.
2. Monopólio: uma única empresa atuando, existe um elevado 
poder de mercado, a empresa é determinadora de preços até 
certo ponto, o produto é diferenciado, não há livre entrada ou 
saída de mercado.
3. Oligopólio: poucas empresas atuando, existe poder de mer-
cado, porém é dividido, a empresa é determinadora de pre-
ços até certo ponto, o produto é o mesmo, mas com algumas 
diferenças.
4. Duopólio: mesmas características do oligopólio, mas com 
apenas duas empresas atuando.
5. Concorrência monopolística: inúmeras empresas atuando, o 
poder de mercado é limitado ao produto vendido, os preços 
são determinados pela oferta, mas dependerão da vontade ou 
necessidade dos clientes.
26
6. Monopsônio: quando uma única empresa detém o poder de 
compra em determinado produto ou insumo.
7. Oligopsônio: mesmas características do monopsônio, mas 
com um grupo de empresas atuando.
Você conhece alguma empresa que seja monopólio? Você 
acha que é um monopólio benéfico ou que precisa de concorrência? 
A Petrobrás é um monopólio.
E então? Gostou do que foi abordado nesta produção? Agora, só para 
termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estu-
do deste material, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido que o conceito de economia vem do latim Oikonomia, que 
os dez princípios da economia são divididos em: I) como as pessoas 
tomam decisões; II) como as pessoas interagem e como funciona 
a economia como um todo. Você aprendeu conceitos relacionados 
com as estruturas de mercado como: oligopólio, monopólio, entre 
outros. Viu também que a sociedade precisa escolher entre alterna-
tivas de produção e distribuição de recursos. Como você já viu que 
aprendeu tudo, vamos para o próximo assunto que é o ponto de 
equilíbrio, a oferta e a demanda.
Ponto de equilíbrio, oferta e demanda
Antes de começar a abordagem sobre o ponto de equilíbrio e dese-
quilíbrio de mercado, é relevante conhecermos os principais con-
ceitos do equilíbrio de mercado que são: I) equilíbrio; II) preço de 
equilíbrio; III) quantidade de equilíbrio; IV) excesso de oferta; V) 
excesso de demanda; e lei da oferta e da demanda.
SINTETIZANDO
27
Quadro 2 - Conceitos do equilíbrio de mercado
Conceitos Explicações
Equilíbrio Uma situação na qual o preço 
atingiu o nível em que a quan-
tidade ofertada é igual à quan-
tidade demandada.
Preço de equilíbrio O preço que iguala a quanti-
dade ofertada e a quantidade 
demandada.
Quantidade de equilíbrio A quantidade ofertada e a quan-
tidade demandada ao preço de 
equilíbrio.
Excesso de oferta Uma situação em que a quanti-
dade ofertada é maior do que a 
quantidade demandada.
Excesso de demanda Uma situação em que a quanti-
dade demandada é maior do que 
a quantidade ofertada.
Lei da oferta e da demanda A afirmação de que o preço de 
qualquer bem se ajusta para 
trazer a quantidade demandada 
e a quantidade ofertada desse 
bem para o equilíbrio.
Fonte: adaptado pela autora.
A curva de demanda apresenta como a quantidade deman-
dada de um determinado bem depende do preço. Assim, segundo a 
lei da demanda, se o preço de um bem cai, a quantidade demandada 
aumenta. Já a curva de oferta apresenta como a quantidade ofertada 
de um bem depende do preço. Segundo a lei da oferta, se o preço de 
um bem aumenta, a quantidadeofertada também aumenta.
Diante disso, a intersecção entre as curvas de oferta e deman-
da determina o equilíbrio do mercado. Ou seja, ao preço de equilí-
brio, a quantidade demandada é igual à quantidade ofertada.
28
De acordo com a teoria clássica, o comportamento de com-
pradores e vendedores conduz de forma natural os mercados em 
direção ao equilíbrio. Assim, quando o preço de mercado está acima 
do preço de equilíbrio, existe um excedente do bem, que logo leva a 
uma redução no preço de mercado. Quando o preço de mercado está 
abaixo do equilíbrio, há limitação, que leva a um aumento no preço 
de mercado.
A teoria da elasticidade
A demanda de um produto está conectada às quantidades que os 
consumidores e compradores estão dispostos a obter em função dos 
preços. A elasticidade é a variação da quantidade de equilíbrio em 
resposta à variação do preço de equilíbrio.
A elasticidade preço da demanda que é calculado pela varia-
ção percentual da quantidade dividido pela variação percentual do 
preço.
É muito importante ter o conhecimento de como variações no 
preço de um produto terão variações na quantidade deste produto. 
Assim, a demanda elástica tem uma queda no preço e a receita au-
menta. Já o produto com demanda de elasticidade unitária a queda 
no preço mantém a quantidade de receita. Agora se for um produto 
de demanda inelástica, a queda de preço diminuirá a receita.
As explicações para os fatores de elasticidades de preços são 
pelos bens substitutos, quanto maior os bens substitutos maior vai 
ser a elasticidade de preço. Quanto maior o peso dos bens no orça-
mento menor será sua elasticidade de preço. Quanto maior a essen-
cialidade do bem menor sua elasticidade.
Na elasticidade de preço da oferta a maneira como se calcula 
é igual a forma que se calcula a elasticidade de preço da demanda. 
Assim, a variação percentual da quantidade é dividida pela variação 
percentual do preço de equilíbrio.
Vamos aplicar isso em uma realidade, os produtos agrícolas 
são definidos como inelásticos, isso porque um aumento do preço 
não resulta em variações de quantidade suficientemente grandes.
29
A reação comum da demanda em relação aos preços pode ser 
colocada em três principais aspectos.
1. Quanto mais baixos os preços, maior a demanda, assim os 
consumidores tendem a comprar mais. Já se os preços estive-
rem muito altos, menores quantidades são consumidas pelos 
consumidores.
2. O Efeito substituição é outro processo comum na demanda. 
Quando o preço de determinado bem aumenta, os consumi-
dores tendem a substituí-lo por outro bem parecido.
3. A Utilidade marginal é explicada pelo processo de que quan-
to maiores forem às quantidades de um determinado produ-
to, menores serão os graus de utilidade de cada nova unidade 
adicional.
Assim, os graus de sensibilidade em relação aos preços não 
são iguais para todos os produtos. Existem momentos que mesmo 
com variações no preço a quantidade de demanda não sofre alte-
rações. Esses graus de sensibilidade são chamados de elasticidade. 
Eles podem ser explicados por meio do conceito elasticidade-preço 
da demanda. Quando as unidades da demanda aumentam na mes-
ma proporção de que a queda dos preços, o produto apresenta uma 
elasticidade-preço unitária.
Quando a demanda aumenta menos que a redução dos preços, 
ela é chamada de demanda inelástica. Já se a quantidade demanda-
da de um determinado produto aumenta mais que as reduções de 
preços, há uma demanda elástica (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).
Existem fatores determinantes da elasticidade preço. Os 
principais determinantes são:
 • essencialidade;
 • hábitos;
 • periodicidade da aquisição.
30
A essencialidade está relacionada ao grau de necessidade do 
produto. Os produtos em que as pessoas necessitam mais tendem a 
ter coeficientes de elasticidade baixos.
Os hábitos são aspectos rígidos do consumo. Isso porque al-
guns hábitos podem se tornar em vício e fazer com que os consumi-
dores tenham pouca sensibilidade em relação a variação de preços.
Já na periodicidade da aquisição, o relevante é o intervalo de 
tempo entre uma e outra aquisição de produto. Se forem grandes 
intervalos de tempo entre a compra, provavelmente, o consumidor 
irá esquecer o produto (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).
De acordo com a introdução acima a respeito da elasticidade, 
podemos conceituar que a elasticidade é uma medida de resposta da 
quantidade ofertada ou demandada das variações de mercado.
Diante disso, a medida seria: quanto a quantidade ofertada ou 
demandada varia em função do preço? Esse fenômeno é chamado de 
elasticidade-preço da demanda. Que é dado pela fórmula:
Os fatores determinantes da elasticidade-preço da demanda 
são:
 • substitutos próximos disponíveis;
 • se o bem é essencial ou supérfluo;
 • a definição do mercado, quando mais específico o bem mais 
inelástico ele será, ou seja, não sofrerá variações de mercado;
 • o horizonte do tempo, já que quanto mais passa o tempo mais 
elástico o bem se torna e, por isso, é preciso pensar em uma 
dimensão de tempo para adaptação do consumo.
Nesse sentido, a elasticidade da oferta determina se os ven-
dedores têm saídas/soluções de produção do bem diante de uma 
condição desfavorável de mercado. A elasticidade da demanda de-
termina se os compradores têm soluções de consumo na falta do 
31
bem que eles desejam (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009). Quanto à 
elasticidade, um bem pode ser denominado como:
 • perfeitamente elástico;
 • elástico;
 • unitário;
 • inelástico;
 • perfeitamente inelástico.
Os produtos elásticos são mais sensíveis diante das alterações 
de preço. Ou seja, quando os preços dele sofrem alterações as pes-
soas tendem a aumentar/reduzir o consumo (VARIAN, 1994; MAN-
KIW, 2009). Já produtos inelásticos independem do preço para que 
ele seja consumido. Em outras palavras, mesmo se aumentar/dimi-
nuir a quantidade ofertada ou reduzir os preços, a demanda não tem 
alterações.
Exemplo
Um exemplo de produto elástico seriam as carnes nobres. Se o preço 
da picanha aumentar sua demanda diminui, se o preço diminuir sua 
demanda aumentará.
Um exemplo de produto elástico seriam as carnes nobres. Se o preço 
da picanha aumentar sua demanda diminui, se o preço diminuir sua 
demanda aumentará.
EXEMPLO
EXEMPLO
32
A elasticidade dos produtos é acompanhada por diversas em-
presas em razão de que acompanham o comportamento do consu-
midor, verificam as sazonalidades de mercado, fazem alterações 
nos produtos etc.
Assim, na teoria, a demanda perfeitamente inelástica seria 
uma elasticidade igual a zero, ou seja, um aumento no preço do bem 
X deixa inalterada a quantidade demandada. A demanda inelástica 
seria a elasticidade inferior a 1, ou seja, com um aumento de 22% no 
preço causa uma queda de 11% na quantidade demandada (VARIAN, 
1994; MANKIW, 2009).
A demanda com elástica unitária seria uma elasticidade igual 
a 1, ou seja, um aumento de 22% no preço de um bem X causa uma 
queda de 22% na quantidade demandada (VARIAN, 1994; MANKIW, 
2009). A demanda elástica seria a elasticidade maior do que 1, ou 
seja, um aumento de 22% no preço do bem X causa uma queda de 
67% na quantidade demandada (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009).
Por fim, a demanda perfeitamente elástica seria a elasticida-
de infinita. Assim, a qualquer preço abaixo de “x” colocado no mer-
cado a quantidade demandada é infinita (VARIAN, 1994; MANKIW, 
2009).
Na teoria da elasticidade temos também a Elasticidade-Ren-
da da demanda que é uma medida do quanto a quantidade de um 
bem X responderá a uma variação na renda dos consumidores. Para 
realização do cálculo da Elasticidade-Renda da demanda seria: a 
variação percentual da quantidade demandada dividida pela varia-
ção percentual da renda (VARIAN, 1994; MANKIW, 2009). A fórmula 
seria:
Temos também a Elasticidade-Preço cruzada da demanda e 
da oferta. A Elasticidade-Preço cruzada da demanda é considerada 
uma medida do quanto a quantidade demandada de um bem X res-
ponde a uma variação no preço deoutro bem denominado Y.
33
Para realização deste cálculo é preciso ter a variação percen-
tual da quantidade demandada do primeiro bem (X) dividida pela 
variação percentual do preço do segundo bem (Y) (VARIAN, 1994; 
MANKIW, 2009).
Na Elasticidade-Preço da oferta é considerada uma medida 
do quanto a quantidade ofertada de um bem responde a uma va-
riação do seu preço. Para calcular, temos a variação percentual da 
quantidade ofertada dividida pela variação percentual do preço 
(VARIAN, 1994; MANKIW, 2009). A fórmula seria:
Diante disso, uma oferta perfeitamente inelástica seria a 
elasticidade igual a zero, ou seja, um aumento no preço deixa inal-
terada a quantidade ofertada. A oferta inelástica seria a elasticidade 
inferior a 1. Assim, um aumento de 22% no preço causa um aumen-
to de 10% na quantidade ofertada (VARIAN, 1994). Na oferta com 
elástica unitária seria a elasticidade igual a 1. Pode-se dizer que um 
aumento de 22% no preço causa uma queda de 22% na quantidade 
ofertada (VARIAN, 1994).
Na oferta elástica a elasticidade é maior do que 1. Com um 
aumento de 22% no preço causa uma queda de 67% na quantidade 
ofertada. Na oferta perfeitamente elástica tem-se a elasticidade in-
finita, ou seja, a qualquer preço acima de “x” colocado no mercado 
a quantidade ofertada é infinita (VARIAN, 1994).
Vimos que a Elasticidade-Preço da demanda mede o quanto a 
quantidade demandada responde a variações do preço. Logo, a de-
manda tende a ser mais elástica se há substitutos próximos dispo-
níveis, se o bem é supérfluo ao invés de ser necessário, se o mercado 
é definido de maneira restringido ou se os consumidores possuem 
muito tempo para uma resposta a uma determinada mudança de 
preço (VARIAN, 1994).
O cálculo da Elasticidade-Preço da demanda é realizado com 
a variação percentual da quantidade demandada dividida pela va-
riação percentual do preço. Se o resultado da elasticidade for menor 
34
que 1, dizemos que a demanda é inelástica. Se a elasticidade é maior 
que 1, dizemos que a demanda é elástica (VARIAN, 1994).
A receita total, que é a quantia total paga por um bem, é igual 
ao preço do bem multiplicado pela quantidade vendida. A fórmula 
seria:
Receita Total RT= P x Q
No caso de curvas de demanda inelásticas, a receita total 
aumenta quando o preço aumenta. Isto porque, um aumento nos 
preços leva a uma diminuição na quantidade demandada, em me-
nor proporção que o aumento dos preços. Para curvas de demanda 
elástica, a receita total diminui quando o preço aumenta (VARIAN, 
1994).
Sistema econômico
Definição de sistema econômico
Podemos definir sistema econômico como sendo a maneira especí-
fica e particular que um país ou uma economia organiza, distribui, 
desenvolve, planeja a sua produção, política, recursos, bens e servi-
ços. Cada sistema econômico possui suas particularidades e especi-
ficidades e depende de uma diversidade de variáveis, como a cultura 
e outros fatores. A política adotada em um determinado país tem 
muita influência em um sistema econômico.
Os sistemas econômicos são a forma pela qual os agentes 
econômicos interagem nos mercados, com diretrizes políticas, ou 
ideológicas, determinando de que forma será a organização da ati-
vidade econômica. Ao interagirem, de acordo com seus interesses, 
para os seus determinados fins e objetivos próprios, os agentes da 
economia produzem e transacionam bens, serviços e fatores de pro-
dução. Assim, ocorre a geração de renda nos processos produtivos, 
porque os esforços de produção são remunerados.
Os agentes se organizam em sistemas econômicos para pen-
sar: o que produzir, como produzir e para quem produzir. A forma 
35
como as pessoas optam por esta organização, resulta na classifi-
cação dos sistemas econômicos em: (I) Economia de Mercado, (II) 
Economia Mista ou (III) Economia Centralizada. Estes são os termos 
técnicos adequados para classificar os sistemas econômicos.
Quando classificados conforme os vieses ideológicos, há, 
respectivamente, o capitalismo, o neoliberalismo e o socialismo ou 
comunismo.
1. Economia de Mercado: na Economia de Mercado, famílias e 
empresas decidem o que produzir, para quem produzir e como 
produzir. Estes agentes interagem nos mercados de fatores e 
de bens e serviços por meio das forças de oferta e de demanda.
2. Economia Mista: na Economia Mista, famílias, empresas e 
governo decidem o que produzir, para quem produzir e como 
produzir.
3. Economia Centralizada: na Economia Centralizada, apenas 
um agente da economia decide o que será produzido, para 
quem será produzido e como será produzido. Este agente é o 
governo.
O quadro 3 mostra as principais ideologias existentes que são: 
comunismo, socialismo, liberalismo do estado do bem-estar social, 
liberalismo clássico, liberalismo conservador, conservantismo mo-
nárquico e fascismo.
Quadro 3 - Principais ideologias e seus determinados princípios
36
Fonte: elaborado pelo autor.
Diante do quadro 3 podemos perceber que geralmente exis-
te uma relação entre a ideologia política e o sistema econômico de 
um país, que impactam o desenvolvimento econômico, ou seja, a 
política e o estilo de governo têm um forte impacto na formação e 
desenvolvimento de uma economia. “A ideologia dos partidos po-
líticos que assumem a presidência dos países, afetam diretamente 
as relações econômicas nesses países” (ALBERGONI, 2008, p. 25).
Um país conservador tem sua economia voltada para dentro, 
ou seja, protecionista, evitando importações. No liberalismo clássi-
co o Governo intervém sempre na economia, desenvolvendo políti-
cas e buscando a inclusão social.
Dessa forma, os partidos políticos com ideais liberais tendem 
a adotar medidas que reduzam a participação do Estado na econo-
mia e que possibilitem a atuação do livre mercado. Partidos políti-
cos com ideais sociais, geralmente, adotam medidas para melhorar 
a distribuição de renda e, consequentemente, o bem-estar da so-
ciedade. Partidos com ideais socialistas, por sua vez, adotam medi-
das para aumentar a intervenção do Estado na economia e repartir a 
renda e prosperidade (ALBERGONI, 2008, p. 25).
Após a análise e compreensão de um sistema econômico, po-
demos entrar na divisão da economia e suas linhas de pensamento. 
Em síntese, a economia é dividida em duas áreas principais: a mi-
croeconomia e a macroeconomia. Como será mostrado na figura 2 
para melhor esclarecimento do que está sendo abordado.
37
Figura 2 - Economia: Macro e Micro
Fonte: elaborada pela autora.
A microeconomia analisa a interação e comportamentos indivi-
duais, além de termos como: maximização, racionalidade, ponto de 
equilíbrio, oferta e demanda, quantidade, preço. Enquanto a ma-
croeconomia estudará o agregado como um todo.
A microeconomia analisa os agentes de forma individual. 
Dentro de um sistema econômico são analisadas as famílias e em-
presas. Na microeconomia busca-se o entendimento da oferta e da 
demanda por meio da tomada de decisões dos agentes. Podemos 
ainda dizer que a microeconomia é o estudo de como as famílias e 
empresas tomam decisões e como tem as interações de mercado 
(VARIAN, 1994).
A microeconomia, que estuda o comportamento e a intera-
ção das unidades individuais que compõem o sistema econômico 
(famílias e empresas), analisa as decisões privadas e individuais de 
produção e consumo. Seu foco é a determinação do preço em mer-
cados específicos, por meio da compreensão da oferta e demanda 
(ALBERGONI, 2008, p. 24).
Já a macroeconomia, estuda o sistema econômico de forma 
completa sempre olhando os termos agregados de uma economia, 
como: produto interno bruto, exportação, importação, dívida pú-
blica, entre outros.
VOCÊ SABIA?
38
A macroeconomia analisa o sistema econômico como um 
todo e tem como objeto de estudo as relações entre os grandes agre-
gados: renda nacional, nível de emprego, nível de preços, consumo, 
poupança e investimento. Seu objetivo é formular políticas que es-
tabeleçam o equilíbrio entre renda e despesa nacional (ALBERGONI, 
2008,p. 24).
As políticas adotadas por um governo como: política mone-
tária, política fiscal, políticas de inclusão social, política industrial, 
entre outras, são usadas para organizar, estimular, administrar a 
economia de uma nação. Se acaso for implantada uma política in-
dustrial, em um determinado país, provavelmente os empresários 
terão incentivo para investirem em sua empresa e, consequente-
mente, terá geração de emprego, aumento de demanda, ou seja, 
essa política terá impacto nos agregados macroeconômicos.
As quatro variáveis agregadas da macroeconomia, que se re-
lacionam e se conectam de forma que tenha impacto em uma de-
terminada sociedade são: o nível de preços, o nível de emprego, a 
taxa de câmbio e a taxa de juros. Isso porque essas variáveis afetam 
o crescimento econômico, a inflação, o comércio exterior e a distri-
buição de renda.
Logo, se houver um aumento na taxa de juros, isso prova-
velmente afetará o investimento do empresário que, consequente-
mente, contratará menos empregados e oferecerá um menor salário 
e, assim, terá um forte impacto na taxa de desemprego, aumentan-
do a taxa de desemprego que poderá levar a uma queda do cresci-
mento econômico e aumento da taxa de pobreza em um país.
Dentro da macroeconomia há duas áreas extremamente 
importantes que são: desenvolvimento econômico e a economia 
internacional.
Segundo Albergoni (2008, p. 24) podemos defini-las da se-
guinte forma: o desenvolvimento econômico estuda o processo de 
acumulação de bens/serviços e a geração de tecnologias capazes de 
aumentar a produção. Além disso, trata-se de uma área que pensa 
no bem-estar da sociedade, então busca refletir o planejamento e 
a formulação de políticas públicas para inclusão social, geração de 
emprego, renda, educação, padrão de vida da sociedade, redução da 
39
desigualdade social, redução da concentração de renda, entre outros 
instrumentos. “A economia internacional analisa as relações entre 
os residentes e não residentes em um país, as transações financeiras 
e de bens e serviços entre um país e o resto do mundo”.
Neste caso, os policys makers precisam estar preocupados com 
as políticas públicas, visando ao “equilíbrio do comércio externo 
(importações e exportações) e dos fluxos de capital (investimentos 
estrangeiros)”.
 Figura 3 - Mapa Mundi
Fonte: Freepik.
Teorias econômicas e fatores de produção
Teorias econômicas
No estudo da economia temos uma diversidade de vertentes do 
pensamento econômico, as principais são: teoria clássica e críticas à 
teoria clássica. A teoria clássica é chamada de ortodoxia e as críticas 
à teoria clássica são chamadas de heterodoxia.
Até hoje, existe um debate entre ortodoxos e heterodoxos. 
Esse debate é forte inclusive no Brasil entre os economistas. O artigo 
40
“Os métodos que dividem as águas no debate econômico” aborda 
esse tipo de discussão. Vale a pena conferir!
Leia o artigo “Os métodos que dividem as águas no debate econô-
mico” e conheça o debate entre economistas sobre igualdade social 
e eficiência econômica.
Entre as teorias econômicas existentes, a teoria clássica tem 
ênfase na produção industrial, livre mercado e pouca intervenção do 
Estado, apenas em casos das chamadas falhas de mercado. Os prin-
cipais autores dessa linha de pensamento são: Adam Smith, Thomas 
Malthus, David Ricardo e Jean Baptiste Say (BRUE, 2005).
Adam Smith escreveu um dos livros mais famosos da econo-
mia, A riqueza das nações. Este autor acredita na mão invisível, ou 
seja, no livre mercado com Estado mínimo. Além disso, ele criou 
uma teoria para divisão do trabalho. O trabalho precisava ser orga-
nizado visando à ampliação da capacidade de produção de bens e 
serviços, o que acabava levando a uma qualificação de mão-de-obra 
(BRUE, 2005).
Thomas Malthus tem como principal visão a teoria da po-
pulação. Essa ideia dizia que quando a população não é controlada, 
ela pode aumentar em uma progressão geométrica. Já os meios de 
subsistência podem aumentar em progressão aritmética. Em razão 
disso, a população poderia aumentar tanto que os recursos da terra 
não seriam suficientes (BRUE, 2005).
David Ricardo criou duas teorias essenciais: Rendimentos de-
crescentes e troca internacional. Os rendimentos decrescentes eram 
explicados sobre a produtividade, logo, se houver uma intensifi-
cação da utilização da Terra (espaço para montar o capital de uma 
empresa) a longo prazo, isso poderá levar a uma queda na produti-
vidade, porque a produção não fica estável por um longo período e, 
SAIBA MAIS
41
assim, teria a inflação dos alimentos e, consequentemente, a eco-
nomia ficaria estagnada (BRUE, 2005).
Na teoria da troca internacional para Ricardo, o livre comér-
cio é benéfico para os países. O país A exportaria o bem que teria 
vantagem comparativa em vinho, e o país B importaria o vinho e 
exportaria o queijo (BRUE, 2005).
Jean Baptiste Say trouxe a “lei dos mercados”, ou seja, para 
ele a oferta cria sua própria demanda, não tem necessidade de polí-
ticas para estabilizar, o próprio mercado se estabiliza. É o livre mer-
cado que se autorregula (BRUE, 2005).
Os autores que criticaram a teoria clássica que são considera-
dos parte da heterodoxia, por quebrarem o “núcleo duro” da teoria 
clássica, foram: Karl Marx, John Maynard Keynes, Alfred Marshall 
e Joseph Schumpeter. Atualmente, ainda existe discórdia entre os 
economistas. Podemos dizer que o que leva os economistas a dis-
cordarem são as diferenças no julgamento científico, diferenças em 
valores e, além disso, diferenças de analisar a percepção versus a 
realidade.
O autor Karl Marx critica principalmente a ideia de divisão de 
trabalho de Adam Smith. Para Marx a divisão de trabalho proposta 
por Adam Smith, que era um clássico, colocava o trabalhador como 
máquina e totalmente dependente do proprietário, o qual pagava 
apenas para suprir os meios de subsistência. Além disso, apresentou 
conceitos como o da “mais valia” (BRUE, 2005).
John Maynard Keynes pode ser considerado o pai da macroe-
conomia, pois ele defendia a intensa intervenção do Estado na eco-
nomia em momentos de crises, o que acabava destruindo a ideia de 
livre mercado da teoria clássica. Ele também criou os termos agre-
gados da economia (demanda agregada, oferta agregada, entre ou-
tras), ou seja, a economia começou a ser analisada como um todo, e 
não por meio de um só indivíduo, um só comportamento.
Enquanto, a lei de Say colocava que a oferta cria sua própria 
demanda, Keynes, diante da crise de 1929, coloca o contrário: a 
oferta é guiada pela demanda. Assim, Keynes escreve o livro A teoria 
geral do Emprego, do Juro e da Moeda, publicado em 1936. Esse livro é 
42
considerado um dos mais relevantes da economia por abordar con-
ceitos macroeconômicos que são usados até hoje.
Keynes ainda apresenta a ideia de que em momentos de ins-
tabilidade é necessária a intervenção do Estado para retomar o in-
vestimento, para fortalecer a expectativa e confiança dos agentes e 
que só assim um país conseguirá sair de uma recessão econômica e 
voltar a crescer. Além disso, trabalhou conceitos como: expectati-
va, incerteza etc. Esses conceitos podem ser vistos até hoje em uma 
economia. Segundo Albergoni (2008, p. 25):
Em momentos de eleições presidenciais, há 
incerteza sobre a condução da política econô-
mica a ser adotada pelo partido que vencer a 
disputa. Quando as pesquisas indicam a possi-
bilidade de um candidato de esquerda vencer, 
as empresas e os investidores sentem-se inse-
guros com a tomada de decisões e a realização 
de investimentos que podem ser prejudicados 
futuramente.
O economista britânico Keynes também criou um modelo 
para a relação das variáveis agregadas e para explicar a composi-
ção do crescimento econômico. A composição do modelo Keynesia-
no para o Produto Interno Bruto (PIB) é composta pelas seguintes 
variáveis: demanda agregada, consumo das famílias, investimento 
das empresas, gastos do governo, exportações e importações (FRO-
YEN, 2013).
Conforme éapresentado na fórmula a seguir:
Fórmula: Y = C+I+G+(X-M)
A seguir será explicado o que cada letra composta na
fórmula significa.
Y: demanda agregada.
C: consumo das famílias.
I: investimento das empresas – bens de capital, estruturas e
estoques – não estão inclusos os ativos financeiros.
43
G: gastos do governo – gastos de bens ou serviços dos gover-
nos municipais, estaduais e federais.
(X-M): X representa a exportação e M representa a importa-
ção de um determinado país. A exportação menos (-) a importação 
é chamada de saldo da balança comercial (BC), que está presente 
no balanço de pagamentos de um país. Denominamos de déficit da 
balança comercial, quando um país tem mais importação do que ex-
portação, já quando um país exporta mais bens do que importa é 
denominado de superávit da balança comercial.
A Editora Abril organizou uma coleção na década de 80 chamada: Os 
economistas. Essa coleção tem a composição das obras dos principais 
pensadores da economia, como: Adam Smith, David Ricardo, Marx, 
Keynes, Schumpeter, Marshall, entre outros.
Retomando os autores da linha de pensamento econômico, 
o Alfred Marshall é um autor considerado da linha de pensamen-
to neoclássica. A sua principal contribuição para a economia foi a 
maximização de lucro, racionalidade e equilíbrio. Com tudo mais 
constante, todo indivíduo é racional e busca a maximização de seus 
interesses de acordo com sua renda e os empresários buscam a ma-
ximização de lucro. Para Marshall existia o ponto de equilíbrio que 
era quando a quantidade ofertada se igualava à quantidade deman-
dada (BRUE, 2005).
Joseph Schumpeter é um autor da linha de desenvolvimen-
to econômico e defende a inovação em uma economia. Para ser um 
verdadeiro empresário é preciso ser inovador, estar em constante 
mudança e praticar a destruição criativa do capitalismo. O principal 
conceito de Schumpeter era a destruição criativa (BRUE,2005).
DICA
44
Para entender melhor sobre a evolução da economia e a história do 
pensamento econômico, o artigo do professor e economista João 
Marcos Batista que é muito esclarecedor: “A evolução da economia: 
uma abordagem histórica sobre os principais modelos, teorias e 
pensadores”.
Em qual corrente de pensamento combina mais com seu 
modo de pensar? Corrente Schumpeteriana? Keynesiana? Clássica? 
Ou a Marshalliana?
Então? Gostou deste material letivo? Qual parte lhe chamou mais a 
atenção e por quê? Só para termos certeza, vamos para um breve re-
sumo do que vimos sobre este assunto. Vimos que um sistema eco-
nômico é uma maneira peculiar e particular de cada país; também 
foram vistas as principais ideologias existentes como: comunismo, 
liberalismo, socialismo, entre outros. Além disso, aprendemos que 
a economia é dividida entre microeconomia e macroeconomia e que 
existem muitas diferenças sobre essas duas linhas; pois, enquanto 
a microeconomia estuda conceitos como: racionalidade, maximi-
zação, equilíbrio, escolhas, entre outros, a macroeconomia estuda 
conceitos mais agregados, como: desemprego, inflação, produto 
interno bruto, concentração de renda, entre outros. Estudamos, 
também, as principais correntes do pensamento econômico, como: 
marshalliana, schumpeteriana, keynesiana, marxista e a linha de 
livre mercado de Say, entre outras vertentes de pensamento. Agora, 
depois deste resumo, você está mais do que preparado para o próxi-
mo assunto. Tudo pronto? Então, vamos lá!
SAIBA MAIS
SINTETIZANDO
45
Fatores de Produção e Bens e Serviços
Os fatores de produção são classificados em: terra, capital, trabalho, 
capacidade empresarial e tecnologia. São recursos que formam os 
processos produtivos e que podem ser separados em físicos e finan-
ceiros, como a terra, o capital e a tecnologia; e em humanos, como o 
trabalho, a capacidade empresarial e a tecnologia. Note que a tecno-
logia possui uma parte física e uma parte humana.
Sobre o respeito aos recursos humanos, vale ressaltar que: as pes-
soas detêm os meios (fatores) de produção; as pessoas ofertam e 
demandam fatores de produção; as pessoas agem, praticando ações 
e atuando nas transformações dos meios de produção; um dos 
meios de produção é o humano, o qual compõe e altera os proces-
sos produtivos, seja decidindo ou trabalhando; a tecnologia tem um 
componente humano; as pessoas detêm os bens; as pessoas não são 
bens; as pessoas trabalham e são classificadas como um fator hu-
mano de produção; as pessoas ofertam e demandam bens e serviços, 
principalmente quando organizadas em empresas.
Fatores de Produção
O Fator Terra: consiste no conjunto dos recursos naturais 
e nas delimitações de espaço utilizados na produção de bens e de 
serviços. Devem ser cuidados, preservados, recuperados e respei-
tados, quando utilizados nos processos produtivos, para que sejam 
otimizados, a curto e a longo prazo. Quanto ao seu uso, enfatiza-se 
a “sustentabilidade ambiental”.
O Fator Capital: pode ser físico ou financeiro. O capital físico 
consiste nas máquinas, equipamentos e estruturas produtivas como 
fábricas, galpões, prédios, entre outras infraestruturas. Quando fi-
nanceiro, pode ser considerado em um estado não físico, que pode, 
REFLITA
46
por meio de investimentos, ser transformado em estruturas pro-
dutivas. Disso resultam os cálculos do custo do capital investido. O 
respeito aos valores monetários e físicos passam pela ética e pela 
compreensão de que os recursos financeiros têm origem nos esfor-
ços dos trabalhos cotidianos. A partir desses valores é possível di-
recionar novos investimentos para solucionar desde desequilíbrios 
sociais até alternativas para a vida da espécie.
O Fator Trabalho: é o esforço humano de produção que trans-
forma os fatores terra, capital e tecnologia. O valor trabalho deve 
ser respeitado em todas as suas formas, em todas as suas ativida-
des, em todas as territorialidades. A produtividade do trabalho é um 
dos valores humanos mais importantes, porque é o meio pelo qual 
se escoa a criatividade humana. A qualidade das relações sociais de 
trabalho amadurece a sociedade em que vivemos.
O Fator Capacidade Empresarial: também chamada de em-
presariedade, que é a capacidade de dirigir empresas mediante os 
posicionamentos estratégicos e as soluções ótimas. Por ter origem 
em uma das formas de trabalho, deve ser igualmente respeitada, 
reconhecida e valorizada entre os demais fatores. Este fator repre-
senta o comportamento empreendedor das pessoas que direciona e 
mobiliza novos investimentos e alternativas para o uso de recursos 
e o atendimento de necessidades.
O Fator Tecnologia: a tecnologia tem uma parte abstrata e 
uma parte material. Trata-se da interação de técnicas e de conhe-
cimentos capazes de reunir, reorganizar, repensar e redirecionar o 
uso dos demais fatores para o atendimento das necessidades ilimi-
tadas. Pode-se considerar a tecnologia como inerente ou externa 
aos seres humanos, mas, de modo geral, uma interação que resulta 
na materialização de processos criativos de produção. A tecnologia 
pode ou não ser uma inovação e tem origem nas interações e pensa-
mentos humanos.
47
Classificações de Bens
Quanto à escassez, os bens podem ser: econômicos ou livres.
A energia solar disponível na forma de raios solares é um bem livre.
Os demais tipos de bens são considerados econômicos porque são 
escassos, como a água ou qualquer produto ou serviço que se de-
seje consumir. Quanto ao nível de renda e consumo, os bens podem 
ser: Bem de Consumo; Saciado ou Bem Normal; Bem de Luxo; e Bem 
Inferior.
Bens públicos são de domínio público como praças, iluminação, 
vias, ruas, placas, pontos de ônibus, entre outros bens disponí-
veis mediante gasto do recurso público para suprir as necessidades 
coletivas.
Comparativamente, os bens podem ser: Bem Substituto; Bem 
Concorrente; Bem Complementar. Substitutos podem ser perfeitos, 
como camiseta branca e camiseta bege; ou imperfeitos, como cami-
seta e regata. Bens concorrentes competem entre si e bens comple-
mentares precisamser consumidos em conjunto para serem úteis, 
como pasta de dente e escova de dente.
Quanto à finalidade, os bens podem ser de consumo final e 
bem de consumo Intermediário. Os bens de consumo final podem 
ser duráveis e não duráveis, quando perecíveis em um curto período.
Nos processos produtivos os bens Intermediários são trans-
formados pelos bens de Capital, em bens Materiais (Produtos) ou 
Bens Imateriais (Serviços). Os bens de capital são máquinas, equi-
pamentos, infraestruturas e estruturas produtivas físicas, que 
transformam os bens intermediários.
EXEMPLO
48
Há, portanto, tipos de bens e serviços, que variam de acordo 
com sua utilidade, etapa do processo produtivo, entre outras classi-
ficações. Produtos são bens materiais e serviços são bens imateriais. 
Conforme o uso, os bens podem ser duráveis ou não-duráveis. Já 
conforme o processo produtivo, há os bens intermediários, consu-
midos no processo; os bens de capital, utilizados para a transfor-
mação dos bens intermediários; e os bens finais, que resultam do 
esforço produtivo.
Bens de capital são máquinas e equipamentos utilizados para a 
transformação de insumos e de bens intermediários em bens fi-
nais ou serviços. Esta é a lógica de uma cadeia produtiva. Uma ca-
deia produtiva é o resultado da atividade econômica. Ela é composta 
por agentes e pelas relações estabelecidas entre eles no processo de 
organização da produção e da geração de bens e serviços. Em con-
trapartida ao esforço produtivo está a remuneração dos fatores de 
produção e dos bens e serviços.
Mercado de Fatores e Mercado de Bens e Serviços
Os fatores terra, capital, trabalho, capacidade empresarial e tecno-
logia são ofertados e demandados, formando o mercado de fatores 
de produção. As famílias, detentoras dos meios de produção, espe-
ram receber uma remuneração em troca de sua oferta. Os nomes das 
remunerações dos fatores de produção são: aluguel, juros, salários, 
lucro e royalties, respectivamente.
No mercado de bens e serviços, as empresas os ofertam e es-
peram receber uma remuneração em troca do esforço produtivo. Há 
diversos mercados de bens e serviços no sistema econômico.
REFLITA
49
E-commerce; Mercados; Feiras; Shoppings; Supermercados; Cen-
tros comerciais; Conveniências; Lojas; entre outros locais que reú-
nem ou possibilitam a troca entre a oferta e a demanda.
Os bens resultam de processos produtivos e cadeias produti-
vas, existentes tanto para a geração de produtos quanto de serviços. 
O conjunto de cadeias produtivas, entrelaçadas para a produção de 
um bem, forma os complexos econômicos.
A reunião de todos os entrelaçamentos de cadeias produti-
vas de todas as atividades econômicas resulta no Fluxo Circular da 
Renda. Ele é composto pelo Fluxo Real, caracterizado pelo proces-
so de produção de bens e serviços, desde a origem dos fatores de 
produção, e pelo Fluxo Monetário, que compreende as respectivas 
remunerações resultantes dos esforços produtivos.
A troca nos mercados expressa uma relação de complemen-
taridade entre a produção e a remuneração de fatores, bens e ser-
viços. Na sociedade há um meio de troca, a moeda, que garante a 
sobrevivência ou a vida das pessoas. Assim, compreende-se que as 
relações sociais de trabalho, que geram renda, têm origem nas tro-
cas, de modo que toda atividade, toda a oferta de fatores ou toda a 
oferta da produção, de bens e serviços são remuneradas.
Fluxo Circular da Renda
A Atividade Econômica pressupõe o processo de produção, Setor 
Real da Economia, e a remuneração de todos os bens e serviços tran-
sacionados. Tratam-se de dois fluxos com sentido contrário, um de 
produção e a contrapartida da remuneração pelo esforço produtivo. 
Nesse momento, iniciamos a construção do conhecimento sobre o 
Fluxo Circular da Renda.
EXEMPLO
50
No Fluxo Real:
 • as empresas demandam no mercado de fatores de produção;
 • as empresas transformam fatores de produção em bens e 
serviços;
 • as empresas ofertam no mercado de bens e serviços;
 • as famílias ofertam terra, capital, trabalho, capacidade em-
presarial e tecnologia, no mercado de fatores de produção; e
 • as famílias demandam bens e serviços.
Em contrapartida ao esforço de produção do Fluxo Real está o 
Fluxo Monetário, em que:
 • as empresas, ao demandar em fatores de produção, ofertam 
moeda em troca;
 • as empresas, ao ofertarem produtos, bens e serviços, deman-
dam moeda;
 • as famílias esperam receber lucro, royalties, juros, aluguéis e 
salários, em troca da oferta de fatores de produção, deman-
dando moeda;
 • as famílias ofertam moeda no mercado de bens e serviços 
como forma de remuneração às empresas.
Com a moeda recebida, famílias e empresas podem conti-
nuar ofertando fatores de produção e bens e serviços, estruturando 
a atividade econômica, por meio do emprego, da renda e do nível de 
preços.
Na figura 4 está um esboço de um Fluxo Circular da Renda de 
uma Economia de Mercado. Não há uma figura para expressar uma 
Economia Centralizada, porque ela pressupõe a decisão de apenas 
um órgão central, distorcendo o equilíbrio natural dos mercados.
51
Figura4 - Fluxo Circular da Renda–Economia de Mercado
Fonte: elaborado pelas autoras.
O Fluxo Circular da Renda pode ser esboçado de várias for-
mas. Ora ele pode aparecer com, ora ele pode aparecer sem a pre-
sença do governo. Isso mostra que esse agente interfere nas relações 
econômicas e no funcionamento dos mercados, quando as nações 
optam por sua presença no sistema econômico.
Você já parou para pensar de que forma você atua na socie-
dade pensando o que, para quem e como produzir? Depois de ter 
estudado este conteúdo você compreendeu como funciona a orga-
nização das pessoas, em sistemas econômicos, para pensar o que, 
como e para quem produzir. Observe a qualidade das relações sociais 
de trabalho no dia a dia para enxergar melhor a forma como nós nos 
organizamos em sociedade para fazer uso de recursos e atender as 
necessidades das pessoas. Será que precisamos mudar a forma como 
nós nos comportamos?
Então? Gostou de operacionalizar conceitos sistematizando-os em 
gráficos? Vamos revisar os conteúdos desta produção letiva? Pri-
meiramente, conhecemos os fatores de produção: terra, capital, 
trabalho, capacidade empresarial e tecnologia. Vimos que estes 
fatores são alocados nos processos produtivos para a produção de 
SINTETIZANDO
52
bens e serviços. Para desenvolver a linha de raciocínio da economia, 
operacionalizamos as três questões fundamentais (o quê, como 
e para quem produzir) na fronteira de possibilidade de produção 
(FPP). Você deve ter aprendido que a fronteira expressa a escolha 
sobre “o que produzir”, que, a partir do conhecimento do público-
-alvo, consegue direcionar a produção compreendendo “para quem 
produzir”. As escolhas dos níveis de produção e a alocação dos fato-
res na FPP representam o “como” produzir. A FPP sintetiza a ope-
racionalização de cinco conceitos: o Pleno Emprego, a Capacidade 
Ociosa, a Impossibilidade de Produção, os Avanços Tecnológicos e o 
Custo de Oportunidade.
UN
ID
AD
E
2
Objetivos
1. Entender como a política econômica afeta a renda das pessoas.
2. Compreender como funcionam as políticas macroeconômi-
cas, fiscais e monetárias.
3. Compreender o funcionamento do mercado cambial.
4. Conhecer os regimes cambiais e seu funcionamento.
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Introdução
Olá, aluno(a)!
Conhecermos como a economia funciona é muito importante para 
nossa vida pessoal e profissional. Ela nos ensina que existem poucos 
recursos que precisam ser divididos em diversas alternativas. Nos 
ensina também que a atividade econômica dos países em geral, afe-
ta tanto de forma direta quanto de forma indireta nossas vidas. 
Esta unidade está dividida em quatro temas. No primeiro, 
você verá o conceito das políticas econômicas e da renda, também 
será abordada a escassez de recursos. No segundo serão aborda-
das as políticas macroeconômicas, políticas fiscais e políticas mo-
netárias. No terceiro você vai conhecer e compreender

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