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Tétano: Causas, Sintomas e Tratamento

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TÉTANO 
 
- Agente etiológico: Clostridium tétano 
 Bacilo gram- positivo 
 Capaz de elabolar a exotoxina tetânica, altamente neurotropica 
 O C. tetani é comumente encontrado na natureza sob a forma de esporo 
- Doença infecciosa, não contagiosa, causada pela ação de um dos componentes (tetanopasmina) da extotoxina do 
Clostridium tetani sobre as células nervosas do Sistema Nervoso Central 
 
- A doença caracteriza-se por: 
 Hipertonia da musculatura estriada, generalizada ou não – atingindo os músculos estriados, masseteres 
(trismo), musculatura paravertebral (opistótono), músculo da nuca (rigidez da nuca), músculo da parede 
anterior do abdome (rigidez abdominal), musculatura dos membros (a dos inferiores predominando sobre a 
dos superiores) 
 
 
- O tétano é uma doença resultante do contato do homem com o meio ambiente 
 Seus meios determinantes de contaminação é a ferida tetanígena – solução de continuidade da pele ou 
mucosas que sofre contaminação pelo esporo tetânico e que apresenta condições de anaerobiose para esporo 
tetânico germinar e produzir sua neurotoxina 
 
- Imunização ativa: pode ser provocada artifialmente, pela administração do toxoide tetânico, ou adquirida 
naturalmente, pela exposição repetida a pequenas quantidades da toxina elaboradas em infecções subclínicas pelo C. 
tetani. 
 A imunidade passiva é conseguida pela administração da antitoxina em paciente não imune que apresenta 
risco de ter tétano ou a resultante da transferência de anticorpos maternos fetais 
 
 
➔ Patogenia 
 
- Os esporos tetânicos, atingindo o organismo (pela pele, mumcosas e músculos), podem se encontrar em condições 
favoráveis à germinação (anaerobiose), transformando-se em formas vegetativas e elaborar a sua toxina – 
tetanopasmina 
- O percurso da toxina tetânica se inicia nos músculos e tecidos vizinhos do foco tetânico, daí segue impregnando as 
terminações nervosas dos músculos e continua pelas bainhas dos nervos periféricos da via motora anterior até atingir 
a medula, onde se fixará à substância cinzenta dos cornos anteriores 
 
 
 
 Somente quando a toxina penetra nas células dos cornos anteriores da medula, são registradas as alterações 
na atividade elétrica dos músculos correspondentes, e, então, surgem os primeiros sintomas de hipertonia 
muscula 
 
- Tempo de incubação: é o tempo entre a implantação do germe no organismo e o aparecimento dos primeiros 
sintomas da doenças – representa o tempo que o esporo requer para germinar, elaborar a sua toxina e, esta, 
percorrendo as vias patogênicas, atingir as células do SNC 
 
 
 
- São considerados como prováveis focos tetanogênicos os ferimentos superficiais ou profundos, que tenham entrado 
em contato com poeira de rua ou terra, fraturas expostas contendo restos de tecidos desvitalizados, roupas e corpos 
estranhos, queimaduras, tecidos de necrose, feridas cirúrgicas suturadas com categute mal esterilizado 
 
 
➔ Quadro clínico 
 
- Tétano local: rigidez ou espasmo dos músculos na região do ferimento 
- Sintomas prodrômicos: irritabilidades, dores nas costas e nos membros 
- Contratura permanente (rigidez muscular): 
 Tétano localizado – acomete grupos musculares isolados: as formas mais comuns de tétano localizado são as 
cefálicas e monoplégicas 
 
 Tétano cefálico: consequente a um ferimento no segmento cefálico, em geral na zona 
temporonasorbitária e caracteriza-se por paralisia facial no mesmo lado do foco, trismo, rigidez de 
nuca, disfagia, hipertonia da musculatura da mímica 
 
 Hipertonia generalizada – predominância tanto nos músculos da metade superior do corpo como nos 
membros inferiores e abdome – confere feições características da doença como o riso sardônico, opistótono, 
rigidez abdominal e rigidez de nuca 
 
** Esses espasmos levam o paciente a quadro asfíxico, com cianose e parada de respiração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Tratamento 
 
- O tratamento do tétano inclui: 
 Sedativos 
 Musculorreelaxadores de ação central 
 Soro antitetânico 
 Antibióticos 
 
- Tratamento na UTI 
- Cuidados intensivos: 
 Suporte respiratório —> Curare (pacientes curarizados não tem movimentos musculares, portanto, não 
respiram), sendo obrigatório o apoio de respiradores/ventilação mecânica 
 Suporte ao SNA 
- Benzodiazepínicos: sedação e controle dos espasmos musculares (Diazepam) 
- Imunização passiva: administração da imunoglobulina humana antitetânica (IGHAT) assim que possível para 
neutralizar a toxina que ainda não entrou nos neurônios. 
- Imunização ativa: esquema de imunização padrão com três doses de toxóide tetânico. 
- Antibioticoterapia para C.tetanii: preferencialmente Metronidazol, IV 2g/dia por 7-10 dias 
- Desbridamento cirúrgico da ferida infectada 
- Fisioterapia motora e respiratória (pacientes passam muito tempo na UTI e tem atrofia muscular, sem força alguma) 
- Risco de infecção bacteriana secundária (bactérias de UTI, muitas vezes multirresistentes que podem levar o paciente 
à óbito — tomar cuidado com pneumonias aspirativas)

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