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Unidade 1 Seção 3 iStock Máquinas Elétricas IIMáquinas Elétricas II 1 Unidade 1 Seção 3: Máquinas síncronas Na disciplina Máquinas Elétricas estudamos brevemente os aspectos básicos da máquina de polos saliente. Nesta web aula examinaremos as particularidades do ângulo de carga das máquinas de polos salientes. Também iremos falar sobre as condições de sincronização para o gerador síncrono utilizado em grandes centrais hidrelétricas e termoelétricas para geração de energia. Também abordaremos os ensaios de escorregamento e da máxima corrente indutiva. 2 Máquina síncrona de polos salientes Iniciaremos nosso estudo aprofundado das máquinas síncronas definindo as características de conjugado e potência da máquina de polos salientes. Quando a máquina é de polos lisos, o fluxo produzido pela FMM não depende do alinhamento espacial da onda com os polos da máquina. De outra forma, quando o entreferro não é uniforme, haverá uma forte dependência do fluxo com este alinhamento. Conhecer os aspectos da máquina síncrona de polos salientes é essencial, pois iremos utilizar o diagrama fasorial da máquina para obter a curva de potência com relação ao ângulo de carga, que é semelhante ao que foi feito na disciplina Maquinas Elétricas para a máquina de polos lisos. O estudo do conjugado deriva diretamente desta curva uma vez que, para um gerador síncrono, o conjugado fornecido ao eixo transfere uma potência mecânica que é convertida em energia elétrica. 3 Considerando os diagramas fasoriais apresentados para a máquina na figura, podemos escrever a seguinte equação 1.16 para os módulos de e Nota-se que para considerar o diagrama fasorial da equação, deve-se levar em conta a soma dos ângulos, enquanto que em outros tipos de operação (como motor, por exemplo) considera-se a diferença entre os ângulos. 4 Da equação, os valores de potência ativa (P) e reativa (Q) podem ser extraídos a partir do desenvolvimento das expressões e da separação das componentes real e imaginária de S. Ao fazer isso, para a expressão da potência ativa, temos a equação 1.17 a seguir. O primeiro termo representa a potência devido a tensão de excitação (observa-se que é o mesmo valor que aquele obtido para a máquina de polos lisos). O segundo termo, representa o efeito da saliência dos polos, o qual produz um torque relutante. 5 Analogamente, para a expressão da potência reativa, teremos a equação1.18. Novamente é apresentada uma equação com dois termos, onde o primeiro termo representa a potência reativa devido à excitação e o segundo termo representa o efeito da saliência dos polos. iStock6 Efeito da saliência dos polos Note que a expressão para a potência ativa (equação 1.17) apresenta dois termos do lado direito da equação, mas, entretanto, se = , o segundo termo da equação desaparece, restando apenas a potência devido a excitação. De fato, ao igualar as reatâncias de eixo direto e quadratura, o que teremos é a representação da máquina de polos lisos. Assim, ao igualar as reatâncias de eixo direto e quadratura, as Equações 1.17 e 1.18 tornam-se as mesmas já vistas para a máquina de polos lisos. X Legenda de substituição Podemos inferir, ainda, que a potência máxima na qual a máquina pode operar é tão maior quanto for a tensão de excitação da máquina. A característica do ângulo de carga para diferentes valores de tensão de excitação (em pu) e tensão terminal constante é mostrada na imagem. Veja que, mesmo que a tensão de excitação seja reduzida para zero, a máquina ainda é capaz de desenvolver torque, pois ainda sobra a potência de relutância devido à saliência dos polos. Clique na imagem a seguir. Característica do ângulo de carga para diversos valores de excitação Fonte: Adaptado de SEN, P. C., 1996, p. 337 7 Similar aos ensaios de vazio e de curto- circuito para determinação do valor das reatâncias síncronas, existem dois ensaios que podem ser realizados com a máquina de polos salientes para determinação dos parâmetros. São eles: ensaios de escorregamento e ensaios de máxima corrente indutiva. No ensaio de escorregamento o rotor é colocado para girar com velocidade ligeiramente abaixo da velocidade síncrona do campo girante do estator, sendo que o enrolamento do rotor é mantido em aberto. 8 Os valores máximo e mínimo da tensão de fase e corrente de armadura são medidos utilizando um osciloscópio. Desta forma, são obtidos os valores de reatância de eixo direto e quadratura, conforme as equações: á 9 Alternativamente, tem-se o ensaio de máxima corrente indutiva, no qual inicialmente a máquina é acionada como motor em vazio e a excitação em valor nominal. A tensão de armadura é reduzida a 75% do valor nominal e, em seguida, reduz-se a excitação até zero, inverte-se a polaridade aumentando a excitação suavemente e quando ocorre a instabilidade de corrente deve-se registrar os valores de tensão e corrente antes do início da instabilidade. Então, utilizando estes valores é possível calcular a reatância do eixo de quadratura, conforme equação: 10 Nesta web aula falamos sobre alguns conceitos avançados a respeito da máquina síncrona. Abordamos, inicialmente, algumas particularidades da máquina de polos salientes; posteriormente, tratamos das condições de sincronização para o gerador síncrono; e, por fim, trabalhamos os ensaios de escorregamento e da máxima corrente indutiva. Estes conceitos são importantes para finalizar o estudo aprofundado das máquinas síncronas. 11 Vídeo de encerramento 12 Android: https://goo.gl/yAL2Mv iPhone e iPad - IOS: https://goo.gl/OFWqcq Aqui você tem na palma da sua mão a biblioteca digital para sua formação profissional. Estude no celular, tablet ou PC em qualquer hora e lugar sem pagar mais nada por isso. Mais de 450 livros com interatividade, vídeos, animações e jogos para você. 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