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CURSO DE ODONTOLOGIA – PORTFÓLIO CLINICA II Aluno: Jennifer Vianna Barbosa Matrícula: 18.2.000108 Campus: Benfica Data do atendimento: 08/12/2020 Necessidades básicas da cirurgia Para realização do procedimento cirúrgico é necessário que se tenha em mente princípios como visibilidade adequada e assessoramento. Visibilidade adequada depende dos três fatores seguintes: (1) acesso adequado, (2) luz adequada e (3) um campo cirúrgico livre de excesso de sangue e outros fluidos. Acesso adequado- Um acesso adequado depende não só da habilidade do paciente em abrir a boca, mas também da exposição cirúrgica criada, o que pode ser facilitado pela retração de tecidos, criação de retalhos cirúrgicos. Iluminação adequada- A iluminação adequada a fonte de luz deve ser reposicionada continuamente, ou o cirurgião- dentista ou o assistente devem evitar obstruir a luz, usar mais de uma luz suspensa, ou usar luz frontal, acoplada a cabeça do cirurgião-dentista. Campo cirúrgico livre de sangue e fluídos- Um campo cirúrgico livre de fluidos também é necessário para visibilidade adequada. Um aspirador cirúrgico de alto desempenho com uma ponta de sucção relativamente pequena pode rapidamente remover o sangue e outros fluidos do campo Assessoramento um assistente treinado corretamente oferece ajuda inestimável durante a cirurgia oral. O assistente deve estar suficientemente familiarizado comos procedimentos realizados para antecipar a necessidade do cirurgião- dentista Posições da cadeira As posições do paciente, da cadeira, e do operador são críticas para o completo sucesso da extração. A melhor posição é a que seja confortável para o paciente e para o cirurgião-dentista, e permita que o cirurgião-dentista tenha máximo controle da força que está sendo feita no dente do paciente através das alavancas e do fórceps. Dente superiores - Para extração maxilar, a cadeira deve ser inclinada para trás a fim de que o plano oclusal maxilar esteja em um ângulo de 60 graus com o chão.. A altura da cadeira deve ser tal que a boca do paciente esteja levemente abaixo do nível do cotovelo do operador.. Durante a operação no quadrante maxilar direito, a cabeça do paciente deve estar virada substancialmente na direção do operador para que o acesso adequado e a visualização sejam atingidos Para extração dos dentes na porção anterior do arco maxilar, o paciente deve estar olhando direto para a frente. A posição para a porção maxilar esquerda do arco é similar, exceto que a cabeça do paciente está virada levemente na direção do operador Princípios mecânicos na exodontia A remoção de dentes do processo alveolar necessita do uso dos seguintes princípios mecânicos e instrumentos simples: a alavanca, a cunha, a roda e o eixo. As alavancas são usadas principalmente como elevadores. Uma alavanca é um mecanismo para transmitir uma força modesta – com a vantagem mecânica de um braço de alavanca longa e braço efetor curto – em um pequeno movimento contra uma grande resistência. Ex.: quando uma alavanca de Crane elevadora de raízes é inserida em um ponto do dente e depois usada para elevar o mesmo A cunha é útil em diversas formas diferentes para extração dos dentes. Quando fórceps são usados, deve haver um esforço consciente para forçar as pontas dentro do espaço do ligamento periodontal na crista óssea para expandir o osso e forçar o dente para fora do alvéolo. O princípio da cunha é também útil quando a alavanca reta é usada para luxar um dente do alvéolo. Uma pequena alavanca é colocada dentro do espaço do ligamento periodontal, que desloca a raiz na direção oclusal e, assim, para fora do alvéolo. Roda e o eixo, que é mais identificado como alavanca triangular, ou em forma de bandeira. Quando uma raiz de um dente com várias raízes fica no processo alveolar, uma alavanca em forma de bandeira (Seldin L ou R) é posicionada no alvéolo e girada. O cabo serve então como o eixo, e a ponta do elevador triangular age como a roda e se encaixa e levanta a raiz do dente para fora do alvéolo As pontas do fórceps atuam como cunha para expandir o osso alveolar e deslocar o dente na direção oclusal. Alavanca pequena, reta, pode ser usada como cunha para deslocar a raiz do dente do seu alvéolo Ponto de apoio foi estabelecido no dente, criando alavanca de primeira classe. A) Alavanca é iserida e abaixada apicalmente B) O dente é elevado no sentido oclusal para fora do alvéolo, com osso alveolar sendo usado como fulcro Princípios do uso do fórceps e da alavanca Estes são os principais instrumentos utilizados para exérese, sendo as alavancas usadas na luxação de um dente. E o fórceps continua o processo através de expansão óssea e de rompimento dos ligamentos periodontais. O fórceps tem ainda um objetivo duplo, onde além de expandir o alvéolo ósseo pelo uso das pontas em forma de cunha e dos movimentos do próprio dente com o fórceps, ele serve para remover o dente do alvéolo Fórceps podem aplicar cinco grandes movimentos para luxar dentes e expandir o alvéolo dental: o primeiro é a pressão apical, que consegue dois objetivos: (1) apesar de o dente se mover em direção apical minimamente, o alvéolo dental é expandido pela inserção das pontas para baixo no espaço do ligamento periodontal. Assim, a pressão apical do fórceps no dente causa expansão óssea. (2) Uma segunda realização da pressão apical é que o centro e rotação do dente é deslocado apicalmente. Como o dente está se movendo. em resposta à força exercida pelo fórceps, o mesmo se torna o instrumento de expansão. Se o fulcro é alto, uma quantidade maior de força é colocada na região apical do dente, o que aumenta a chance de fratura no terço apical da raiz. Se as pontas do fórceps são forçadas no espaço do ligamento periodontal, o centro de rotação é movido apicalmente, o que resulta em maior movimento das forças de expansão na crista e menos força movendo o ápice do dente lingualmente. Este processo diminui a chance de fratura apical da raiz. A segunda maior pressão ou movimento aplicado pelo fórceps é a força vestibular. Pressões vestibulares resultam em expansão da lâmina vestibular, particularmente na crista óssea. Importante saber que esta pode exercer pressão também sobre a parede lingual e que força excessiva pode fraturar osso vestibular ou causar fratura da porção apical da raiz Fórceps de extração deve ser ajustado com forte pressão apical para expandir a crista óssea e deslocar o centro de rotação o mais apicalmente possível. Se o centro de rotação (*) não é apicalmente longe o bastante, ele é muito oclusal, resulta em excesso de movimento do ápice do dente, o que pode ocasionar uma fratura da raiz Quando ajustado corretamente, ou seja, mais apicalmente, o centro de rotação (*) é deslocado apicalmente, o que gera menos pressão apical, maior expansão da cortical vestibular e menor movimento do ápice dentário, com isso temos menor chance de fraturar a raíz. O terceiro movimento é a pressão lingual ou palatina similar ao conceito da pressão vestibular, mas tem como objetivo expandir o osso da crista lingual e, ao mesmo tempo, evitar pressão excessiva no osso apical vestibular Pressão rotacional, roda o dente, o que causa alguma expansão interna do alvéolo dental e rompimento dos ligamentos periodontais. Dentes com raízes únicas, cônicas (como incisivos maxilares e pré-molares mandibulares) e aqueles com raízes que não são curvas são os mais fáceis de luxar com essa técnica. Dentes que têm outras raízes que não sejam cônicas ou têm múltiplas raízes – especialmente se as raízes forem curvas – são mais passíveis de fratura sob este tipo de pressão. Forças de traçãodevem ser limitadas à porção final do processo de extração e devem ser gentis. Se força excessiva é necessária, outras manobras devem ser executadas para melhorar a luxação radicular. Tempos cirúrgicos Tempos e instrumentais cirúrgicos Pinça Allis- é utilizada para antissepsia extra-oral, servindo para prender a gaze estéril para antissepsia extra-oral. Pinça Backaus- é utilizada para aposição do campo cirúrgico, tendo a função de prender o campo cirúrgico. Paramentação do operador Antissepsia intra e extra-oral Aposição de campos cirúrgicos Afastamento dos tecidos Anestesia Diérese incisa Diérese romba Cirurgia propriamente dita Regularização do tecido ósseo Curetagem Toilet da ferida cirúrgica Hemostasia Síntese Afastador minessota- é utilizada para afastamento dos tecidos e visualização, servindo para afastar tecidos moles. Afastador de Bruenings- é utilizada para afastamento dos tecidos moles e visualização, servindo para afastar a língua. Seringa carpule- é utilizada durante a anestesia, servindo para comportar o anestésico e agulha para anestesia Cabo de bisturi- é utilizado durante a diérese incisa, para incisão de tecidos periodontais Descolador de Molt N°9- é utilizado para diérese romba, servindo para descolar o periósteo Sindesmótomo- é utilizado na diérese romba, servindo para descolar os tecidos moles do osso alveolar Alavanca Heidbrink- é utilizada na cirurgia propriamente dita, servindo para luxação e elevação das raízes. Alavanca Seldin R- é utilizada na cirurgia propriamente dita, servindo para separar o dente do ligamento periodontal e luxação. Alavanca Seldin Reta- é utilizada na cirurgia propriamente dita, servindo para separar o dente do ligamento periodontal e luxação. Alavanca Seldin L- é utilizada na cirurgia propriamente dita, servindo para separar o dente do ligamento periodontal e luxação. Alavanca Potts- é utilizada na cirurgia propriamente dita, servindo para separar o dente do ligamento periodontal e luxação. Alveolótomo- é utilizado para regularização do tecido ósseo, servindo para regularizar o tecido ósseo. Cureta de Lucas- é utilizado para curetagem do alvéolo, servindo para curetar o alvéolo Cuba metálica- é utilizado para o toilet da ferida cirúrgica, servindo para comportar o soro para irrigação. Pinça hemostática Kelly- é utilizada para hemostasia, servindo para conter sangramento Pinça Dietrich- é utilizada para síntese, servindo para pinçar a agulha durante a sutura Porta agulha de Mayo- é utilizado na fase de síntese, para prender a agulha durante a sutura. Fórceps- são utilizados na fase de exérese, durante a cirurgia propriamente dita Organização da mesa de acordo com os tempos 151- Incisivos, caninos e pré-molares inferiores 150- Incisivos, caninos e pré-molares superiores 18R- Molares superiores lado direito 18L- Molares superiores lado esquerdo 17- Molares inferiores de ambos os lados 16- Molares inferiores com destruição coronária 69- Raízes de dentes superiores e inferiores 65- Incisivos e raízes superiores Mantendo campo em aposição Quando se colocam campos em torno de um paciente, pode-se mantê-los presos com uma pinça de campo Técnica asséptica Os instrumentais devem estar devidamente esterilizado e a deve-se realizar antissepsia extra e intra oral do paciente, para isso, é utilizada a clorexidina. Clorexidina 2%- Extra-oral Clorexidina 0,12%- Intra-oral Anestesia e bloqueio do nervo alveolar inferior Levando em consideração que a raiz residual do dente em que será feita a exodontia é um dente superior (26)a técnica indicada é a terminal infiltrativa dos nervos maxilar superior posterior e palatino maior. Nervos anestesiados N. maxilar superior posterior e médio, N. palatino maior Técnica 1. Uma agulha dentária longa é recomendada para adultos (Calibre 25 ou 27) 2. Área de inserção- para o nervo maxilar superior posterior, a área de inserção da agula deve ser na região de fundo de sulco, com bisel voltado para o osso. Ao passo que para anestesia do palatino maior, deve-se anestesiar na região próxima ao forame., ou se possível no forame 3. Área Alvo- N. maxilar superior posterior e médio e palatino maior 4. Pontos de referência- fundo de sulco (maxilar superior posterior e médio) e Introdução entre os 2° e 3° molares superiores até tocar o osso (palatino maior). 5. Em seguida deve-se localizar o ponto de referência (ponto de penetração da agulha), devendo-se considerar 2 pontos.. No caso do n. maxilar superior posterior e médio, o fundo de sulco vestibular No caso do palatino maior, Introdução entre os 2° e 3° molares superiores até tocar o osso 6. Preparar o tecido no local da injeção: Secar com gaze estéril Aplicar um antisséptico tópico (opcional). Aplicar o anestésico tópico por 1 a 2 minutos 7. Afastar os tecidos com o afastador de minessota 8. Anestesiar áreas requeridas 9. Bisel sempre voltado para o osso. 10. Complementar anestesia com anestesia interpapilar por vestibular e palatina. Incisando o tecido O instrumento básico para fazer incisões é o bisturi, composto por um cabo reutilizável e por uma lâmina afiada, esterilizada e descartável. O cabo mais comumente usado para a cirurgia oral é o de nº 3. A lâmina de bisturi mais usada para a cirurgia intraoral é a de nº 15. A lâmina de bisturi é cuidadosamente colocada no cabo que prende a lâmina com um porta- agulha. Isso diminui a chance de lesionar os dedos. Elevando mucoperiósteo O instrumento mais comumente usado em cirurgia oral é o descolador periosteal Molt nº 9. Possui uma afiada extremidade pontiaguda utilizada para iniciar a elevação do periósteo e rebater papilas entre os dentes e uma ponta arredondada mais ampla para continuar o descolamento do periósteo do osso. Afastando tecido mole Afastadores também podem ajudar a proteger o tecido mole de instrumentos cortantes. Os dois afastadores de bochecha mais populares são: (1) o afastador de Austin de ângulo reto e (2) afastador de Minnesota de ampla compensação Apreendendo tecido mole As pinças para tecido mais comumente utilizadas para este fim são a pinça de Adson. São pinças delicadas, com ou sem pequenos dentes nas pontas, que pode ser. Controlando hemorragias Para a maioria das cirurgias dentoalveolares, a pressão sobre a ferida geralmente é suficiente para controlar o sangramento. Ocasionalmente, a pressão não para o sangramento de uma artéria ou veia maior. Quando isto ocorre, um instrumento chamado de uma pinça hemostática é útil Aspirando Para proporcionar uma visualização adequada, o sangue, a saliva e as soluções irrigantes devem ser aspirados do local da cirurgia. O aspirador cirúrgico é aquele que tem um orifício menor do que o tipo utilizado em odontologia geral para evacuar fluidos mais rapidamente do local cirúrgico, para manter uma visualização adequada Removendo osso O osso pode ser removido principalmente com o alveolótomo, o instrumento tem lâminas afiadas que são espremidas juntas pelos cabos, ao cortar ou beliscar o osso. Brocas e peças de mão Esta é a técnica que a maioria dos cirurgiões utiliza durante a remoção do osso na remoção cirúrgica de dentes. Peças de mão de alto torque e de alta velocidade com afiadas pontas de carboneto removem o osso cortical de forma eficiente, podendo-se optar por: Broca n° 557 Broca n° 702 ou 703 Broca esférica n° 8 Observação A peça de mão usada tem de ser completamente esterilizada Lima para osso é também utilizada, lima para osso é geralmente um instrumento de duas pontas com uma ponta pequena e outra maior, dando um melhor nivelamento ao osso Irrigando Ao usar uma peça de mão e uma broca para remover o osso, é essencial que a área seja irrigada com um fluxoconstante de solução de irrigação, normalmente água ou soro fisiológico estéreis. A irrigação esfria a broca e evita o acúmulo de calor prejudicial ao osso. A irrigação também aumenta a eficiência da broca por lavar e retirar fragmentos de osso das estrias da broca, proporcionando certa quantidade de lubrificação. Além disso, uma vez completado o procedimento cirúrgico e antes de suturar o retalho mucoperiosteal de volta à posição, o campo operatório deve ser cuidadosamente irrigado. Exodontia de Molares Superiores Molares mandibulares normalmente têm duas raízes, no caso da paciente, por se tratar da raiz residual de um dente (primeiro molar superior do lado esquerdo), o fórceps utilizado será o 65 ou 69. Ao passo que as alavancas mais indicadas seriam as bandeirinhas ou seldin R e L.. Sutura em X Quando realizada em espaços edêntulos, com retalhos vestibulares e linguais, a agulha de sutura entra no retalho vestibular no ângulo distovestibular e sai pelo retalho vestibular no sentido do ângulo mésiovestibular. A mesma manobra será repetida na face lingual ou palatina, o nó é amarrado de modo a formar uma espécie de cruz por cima do retalho. É útil principalmente em exodontias e em procedimentos onde há necessidade de preservação do alvéolo É uma técnica muito útil para sutura na região mucogenngival onde é desejada cobertura radicular.
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