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Princípios de exodontia - Cirugia Oral Menor

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PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
AVALIAÇÃO MÉDICA DO PACIENTE 
Através da triagem, fazemos a anamnese para examinar a 
situação médica do paciente. 
Pacientes podem ter uma variedade de problemas de saúde 
que necessitam de modificação do tratamento ou 
acompanhamento médico prévio para que a cirurgia seja 
feita de forma segura. 
CONTROLE DA DOR E ANSIEDADE 
A) ANESTESIA 
 
B) MEDICAMENTOS NO PERÍODO PRÉ-
OPERATÓRIO: 
- Para evitar edema: corticoides/anti-inflamatório; 
- Para evitar infecções: Antibiótico; 
- Para controle da ansiedade: Ansiolítico. 
INDICAÇÃO PARA EXTRAÇÃO 
As indicações são guias e não regras. 
✓ Cárie; 
✓ Necrose pulpar não indicado para endodontia; 
✓ Doença periodontal extensa e severa; 
✓ Razões ortodônticas; 
✓ Dentes mal posicionados; 
✓ Dentes fraturados (coroa ou raiz); 
✓ Dente impactado; 
✓ Dente supranumerário; 
✓ Dentes associados a lesão patológica; 
✓ Radioterapia; 
✓ Dente envolvido em fratura maxilar. 
CONTRAINDICAÇÃO PARA EXTRAÇÃO 
 Doença metabólica não controlada; 
 Diabetes tipo I descontrolada; 
 Estágio final de doença renal com uremia severa; 
 Leucemia não controlada; 
 Linfoma; 
As complicações envolvem infecções como resultado das 
células brancas que não funcionam. Envolve sangramento 
excessivo devido ao número de plaquetas inadequadas. 
 Paciente com qualquer uma das variedades de 
doença cardíaca severa sem controle; 
 Isquemia cardíaca severa como angina pectoris 
instáveis; 
 Pacientes que tenham tido infarto do miocárdio 
recente; 
 Primeiro trimestre de gestação; 
 Paciente com problema de plaqueta -Hemofilia; 
 Áreas de radiação; pode gerar osteorradionecrose; 
 Dentes em área de tumor; 
 Pericoronarite severa não tratada. 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
ACESSO AO DENTE 
Extensão até onde o paciente consegue abrir a boca. Caso o 
paciente tenha uma abertura pequena, devemos investigar 
a causa da redução da abertura. 
Os fatores geralmente associados são: infecção ao redor dos 
músculos de mastigação, DTM e fibrose muscular. 
MOBILIDADE DO DENTE 
Dentes com muita mobilidade é indicação de doença 
periodontal e são fáceis de remover. Já dentes que tem 
menor mobilidade do que o normal pode ser indicativo de 
dente anquilosado ou hipercementose. 
CONDIÇÃO DA COROA 
 Se grande parte da coroa foi destruída pela carie, há 
uma maior probabilidade da coroa se quebrar 
durante a extração. 
 Da mesma forma, a presença de grandes 
restaurações de amálgama gera fraqueza no dente 
e a restauração provavelmente irá fraturar durante 
o processo de extração. 
 Em casos que há presença de tratamento 
endodôntico o dente se torna ressecado e frágil, e 
desmorona facilmente. 
 Se o dente possui grande quantidade de tártaro, 
este, deve ser removido com uma cureta. 
 
✓ Sendo assim, nesses casos, o dente deve ser 
elevado o máximo possível para que o fórceps seja 
inserido na região mais apical possível. 
✓ Em casos de cálculo, é necessário removê-lo pois a 
presença do cálculo dental dificulta a colocação 
apropriada do fórceps. Além disso, o cálculo 
fraturado pode contaminar o alvéolo. 
ATENÇÃO: PACIENTE QUE POSSUEM GRANDES 
RESTAURAÇÕES NOS DENTES ADJACENTES DEVEM 
SER INFORMADOS QUE A EXTRAÇÃO DO DENTE 
INDICADO POR FRATURAR O DESLOCAR A 
RESTAURAÇÃO DO DENTE AO LADO. 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
 
EXAME RADIOGRÁFICO 
As radiografias panorâmicas são uteis para visualizar dentes 
irrompidos. Enquanto as radiografias periapicais dão 
informações mais detalhadas e precisas sobre o dente, suas 
raízes e os tecidos ao redor. 
Devemos observar a: 
1. RELAÇÃO COM AS ESTRUTURAS VITAIS 
- Seio maxilar; 
-Nervo alveolar inferior; 
- Nervo mentoniano. 
2. CONFIGURAÇÃO DAS RAÍZES 
- Número de raízes; 
- Curvatura e tamanho das raízes; 
- Presença de caries radiculares que possam aumentar o 
risco de fratura; 
- Reabsorção radicular. 
3. CONDIÇÃO DO OSSO CIRCUNDANTE 
- Osso mais Radiolúcido: menor denso = Facilita a extração. 
- Osso mais opaco: mais denso = Dificulta a extração. 
PRÉ CIRURGIA 
1. Paramentação 
2. Preparação do ambiente estéril 
3. Bochecho com clorexidina 
4. Posição da cadeira 
✓ Para extrações na maxila, a cadeira deve estar 
inclinada para que o plano oclusal da maxila esteja 
em um ângulo de cerca de 60 graus com o chão. A 
altura da cadeira deve garantir que o nível da boca 
do paciente esteja levemente abaixo do cotovelo 
do cirurgião dentista. 
 
Dentes maxilares posteriores: Pede para o paciente virar a 
cabeça na direção do cirurgião. 
Dentes maxilares anteriores: Pede para o paciente 
permanecer com a cabeça reta, para a frente. 
✓ Para extração de dentes mandibulares, o paciente 
deve estar em uma posição mais elevada para que 
quando a boca estiver aberta, o plano oclusal esteja 
paralelo ao chão. 
 
Paciente com a cabeça virada na direção do cirurgião 
dentista para a remoção de dentes mandibulares direitos. 
 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
Para extração em dentes mandibulares anteriores, o 
cirurgião dentista fica ao lado do paciente, que olha para a 
frente. 
PRINCÍPIOS MECÂNICOS 
Para remover dentes do processo alveolar devemos seguir 
alguns princípios mecânicos e de máquina simples, são eles: 
ALAVANCA, CUNHA, RODA E EIXO. 
PRINCÍPIO DO USO DA ALAVANCA 
FUNÇÃO: Luxar um dente. 
ALAVANCA 
São usadas, principalmente, como elevadores. 
É um mecanismo para transmitir uma força modesta em um 
pequeno movimento contra uma grande resistência. Ou 
seja, ela transforma uma pequena força (aplicada pelo 
cirurgião dentista) e grande movimento em pequeno 
movimento e grande força. 
✓ Deve-se inserir a alavanca no espaço do ligamento 
periodontal; 
✓ Deve-se evitar o dente vizinho como apoio. 
 
A alavanca é inserida em um ponto do dente e o cabo é 
abaixado apicalmente. Assim, com a força aplicada, o dente 
é elevado oclusalmente para fora do alvéolo. 
CUNHA 
O princípio da cunha pode ser útil em mais de uma 
situação: 
1. USO DA ALAVANCA RETA PARA LUXAR O DENTE 
Coloca a alavanca dentro do espaço do ligamento 
periodontal, permitindo que a raiz se desloque na direção 
oclusal. 
 
Alavanca usada para deslocar a raiz do dente do seu 
alvéolo. 
2.USO DO FÓRCEPS 
Quando eles são usados, deve haver um esforço consciente 
para forçar as pontas dentro do espaço do ligamento 
periodontal na crista óssea para expandir o osso e forçar o 
dente para fora do alvéolo. 
 
As pontas dos fórcepses atuam como 
cunha para expandir o osso alveolar 
e deslocar o dente na direção 
oclusal. 
 
RODA EIXO 
Usada quando uma raiz de um dente 
multirradicular fica no processo alveolar. 
Usamos uma alavanca triangular ou bandeirinha, do tipo 
Cryer, no alvéolo e em seguida giramos. O cabo serve como 
eixo e a ponta da alavanca se encaixa e age como roda, 
levantando a raiz do dente para fora do alvéolo. 
 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
PRINCÍPIO DO USO DO FÓRCEPS 
FUNÇÃO: 
✓ Continua o processo de luxação através da 
expansão óssea e do rompimento dos ligamentos 
periodontais. 
OBJETIVO: 
✓ Expansão do alvéolo osso pelo uso das pontas em 
forma de cunha e dos movimentos do próprio 
dente com o fórceps; 
✓ Remover o dente do alvéolo. 
MOVIMENTOS DO FÓRCEPS 
1. PRESSÃO APICAL 
- Expansão do alvéolo dental pela 
inserção das pontas ativas para 
dentro do espaço do ligamento 
periodontal, assim, causando 
expansão óssea. 
- O centro e rotação do dente é 
deslocado apicalmente. 
- Se o fulcro é alto, ou seja, se o fórceps não for inserido no 
ligamento periodontal, significa que o centro de rotação está 
mais voltado para a coroa 
do que para a raiz. Sendo 
assim, será colocada uma 
maior força na região 
apical do dente, 
resultando em excesso de 
movimento do ápice, o 
que aumenta a chance de 
fratura noterço apical da 
raiz. 
- Por outro lado, se o fórceps for forçado no espaço 
ligamento periodontal, o centro de rotação é movido 
apicalmente, o que resulta 
em maior movimento das 
forças de expansão na 
crista e menos força 
movendo o ápice do dente 
lingualmente, o que 
diminui a chance de fratura 
no terço apical da raiz. 
2. FORÇA VESTIBULAR 
Resultam na expansão da lâmina vestibular, 
particularmente na crista óssea. 
CUIDADO: AINDA QUE SEJA NECESSÁRIO 
FAZER UMA PRESSÃO NO SENTIDO 
VESTIBULAR, ESTARÁ SENDO FEITA, 
CONCOMITANTEMENTE, PRESSÃO LINGUAL 
APICAL. ALÉM DO MAIS, FORÇA EXCESSIVA 
PODE FRATURAR O OSSO VESTIBULAR OU CAUSAR 
FRATURA DA PORÇÃO APICAL DA RAIZ. 
3. PRESSÃO LINGUAL/PALATINA 
Resultam na expansão do osso da crista lingual 
e, ao mesmo tempo, evita pressão excessiva no 
osso apical vestibular. 
 
 
4. PRESSÃO ROTACIONAL 
Resultam na expansão interna do alvéolo 
dental e no rompimento dos ligamentos 
periodontais. 
INDICAÇÃO: Dentes com raiz única, cônica e 
não muito curva são mais fáceis de rotacionar. 
Pois os dentes com mais de uma raiz ou raízes 
que não sejam cônicas tem maior chance de 
fraturar quando submetidos a esse tipo de 
pressão. 
CONCLUSÃO 
A maioria dos dentes são removidos por forças 
combinadas entre vestibulares e linguais/palatinas. 
Anatomicamente falando, o osso maxilar vestibular é 
mais fino do que o palatino, que tem uma cortical mais 
espessa. Sendo assim, os dentes maxilares 
normalmente são removidos por forças vestibulares 
mais fortes e forças palatinas menos vigorosas. 
Enquanto que na mandíbula, o osso vestibular torna-
se mais fino a partir da linha média posterior a área 
dos molares. Assim, a bateria anterior (de canino a 
canino) e os pré-molares são removidos como 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
resultado de força vestibular e pressão lingual menos 
vigorosa. Ao passo que os molares tem osso vestibular 
mais grosso e geralmente precisam de maior pressão 
lingual quando comparado com outros dentes na 
boca. 
 
 
EXODONTIA SIMPLES 
Um dente pode ser extraído por meio de duas técnicas 
principais: aberta ou fechada. A técnica aberta é também 
conhecida como técnica cirúrgica ou técnica do retalho e 
será abordada no resumo de exodontia complexa. Pois ela é 
usada quando o clinico acredita que será necessário aplicar 
uma força excessiva para remover o dente. Ou quando uma 
quantidade substancial de coroa está ausente ou coberta 
por tecido ou quando uma coroa frágil está presente. 
FUNDAMENTOS REQUERIDOS 
a. Necessidades básicas; 
i. Visibilidade adequada 
- Luz adequada 
- Afastamento dos tecidos 
- Campo cirúrgico livre de fluidos 
ii. Assessoramento. 
- Auxiliar treinado. 
 
b. Instrumental adequado sem utilização de força 
excessiva para luxar e remover o dente. 
c. Biossegurança. 
Como visto anteriormente, para remover um dente do 
alvéolo é necessário romper as fibras do ligamento 
periodontal que prende o dente no alvéolo ósseo e, a fim de 
alcançar este objetivos utilizados instrumentais como 
fórceps e alavancas através de movimentos de cunha, 
alavanca e roda e eixo. 
ETAPAS DA TÉCNICA FECHADA 
ETAPA 1: AFROUXAMENTO DO TECIDO MOLE DA 
ADESÃO CERVICAL DO DENTE 
 
INSTRUMENTAL: Lâmina 
de bisturi 
Descolador de periósteo- 
Molt nº 9 
 
FINALIDADE DO AFROUXAMENTO DO TECIDO MOLE: 
1. Permite que o CD tenha certeza que a anestesia 
profunda foi atingida. 
Quando esse passo é feito o CD deve informar ao paciente 
que a cirurgia está prestes a começar e que o primeiro passo 
será empurrar o tecido mole para longe do dente. E, por isso, 
o paciente sentirá uma pequena pressão, mas não deve 
haver sensação dolorosa ou desconforto. 
2. Permitir que a alavanca e o fórceps sejam 
posicionados mais apicalmente, sem interferência 
ou impedimento no tecido mole da gengiva. 
A papila gengival do dente também deve ser rebatida para 
evitar lesão pela inserção da alavanca reta. 
ETAPA 2: LUXAÇÃO DO DENTE COM ALAVANCA RETA 
INSTRUMENTAL: Alavanca reta 
A alavanca é inserida 
perpendicularmente ao dente 
dentro do espaço interdental, após o 
rebatimento da papila interdental. 
 
 
A alavanca é então girada de tal 
forma que a porção inferior da 
lâmina encoste em osso alveolar e 
que a porção superior, ou oclusal 
da lâmina seja girada na direção do 
dente a ser extraído. O cabo 
também é movido apicalmente 
para ajudar a elevar o dente. 
 
O cabo da alavanca pode ser girado na 
direção oposta para deslocar o dente 
para fora do alvéolo. Isso pode ser 
conseguido apenas se não houver 
nenhum dente adjacente posterior. 
 
A LUXAÇÃO DO DENTE COM ALAVANCA RETA DEVE SER 
FEITA COM CUIDADO. FORÇAS EXCESSIVAS PODEM 
PREJUDICAR OU ATÉ MESMO DESLOCAR OS DENTES 
ADJACENTES AQUELES SENDO EXTRAÍDOS. ISSO É 
ESPECIALMENTE VERDADE SE O DENTE ADJACENTE TEM 
UMA RESTAURAÇÃO GRANDE OU LESÃO CARIOSA. 
 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
ETAPA 3: ADAPTAÇÃO DO FÓRCEPS AO DENTE 
As pontas do fórceps devem 
agarrar o dente, 
preferencialmente na 
junção amelocementária, 
abaixo do tecido mole que 
foi descolado. Normalmente 
ajustamos a ponta lingual 
para depois ajustar a ponta vestibular. 
As pontas devem ser seguras paralelamente ao longo eixo do 
dente para que as forças geradas possam ser distribuídas ao 
longo eixo do dente, permitindo uma maior efetivação na 
dilatação e expansão do osso alveolar. 
ETAPA 4: LUXAÇÃO DO DENTE COM O FÓRCEPS 
O CD deve começar a luxar o dente pelos movimentos 
descritos acima. 
A maior parte da força é feita na direção do osso mais fino e, 
portanto, mais fraco. Assim, em todos os dentes da maxila e 
todos os mandibulares, exceto o molar, o principal 
movimento será vestibular. 
É necessário utilizar uma força lenta e constante para que 
possa deslocar o dente vestibularmente, em vez de uma 
série de movimentos pequenos e rápidos que pouco fazem 
para expandir osso. 
O dente então é movimentado mais uma vez na direção 
oposta com uma pressão forte, delibera e lenta. 
Conforme o osso alveolar começa a se expandir, o fórceps é 
reposicionado apicalmente com um movimento deliberado 
e firme, que causa expansão adicional do osso alveolar e 
desloca, ainda mais, para apical o centro de rotação. 
As pressões vestibular e lingual continuam a expandir o 
alvéolo. Para alguns dentes, os movimentos rotacionais são 
usados para auxiliar na expansão do alvéolo dentário e na 
ruptura das inserções do ligamento periodontal. 
EM RESUMO: 
(1). O fórceps deve estar posicionado o mais 
apicalmente possível e ser reposicionado 
periodicamente durante a extração. 
(2). As forças aplicadas dever ser lentas e firmes, e não 
simples sacudidas despretensiosas. 
(3). A força deve ser mantida por vários segundos para 
permitir tempo suficiente para que o osso se 
expanda. 
 
 
ETAPA 5: REMOÇÃO DO DENTE DO ALVÉOLO 
✓ Feito com o uso do fórceps após a luxação do dente, 
seja ela com o próprio fórceps ou com a alavanca. 
Sendo assim, é sábio que o dente não será removido até que 
o osso alveolar seja expandido e o ligamento periodontal 
rompido. 
PAPEL DA MÃO OPOSTA DURANTE A EXTRAÇÃO 
Para cirurgiões destros, a mão esquerda é responsável por: 
✓ Afastar os tecidos moles da bochecha, dos lábios e 
da língua para fornecer uma visualização adequada 
da área cirúrgica; 
✓ Ajuda a proteger outros dentes do fórceps, caso ele 
de repente escape do alvéolo dentário; 
✓ Ajuda a estabilizar a cabeça do paciente; 
✓ Serve de apoio para a estabilização da mandíbula na 
extração de dentes inferiores; 
✓ Apoia o processo alveolar e fornece informações 
táteis para o cirurgião a respeito da expansão do 
processo alveolar durante o período de luxação. 
PAPEL DO ASSISTENTE DURANTE A EXTRAÇÃO 
✓ Auxilia o cirurgião a visualizar e obter acesso à área 
cirúrgica afastando o tecido mole das bochechas e 
dalíngua de maneira que o cirurgião possa ter uma 
visão livre do campo operatório; 
✓ Aspirar sangue, saliva e solução para irrigação; 
✓ Proteção dos dentes do arco oposto; 
✓ Apoio da mandíbula durante a aplicação das forças 
de extração; 
✓ Estabilização da mandíbula para prevenir 
desconfortos da ATM; 
✓ Apoio psicológico e emocional ao paciente. 
TÉCNICAS DE REMOÇÃO DOS DENTES MAXILARES 
DENTES POSTERIORES NO LADO ESQUERDO: 
-Dedo indicador esquerdo afasta o tecido do lábio e da 
bochecha. 
- O dedão repouso no processo alveolar do palato 
DENTES POSTERIORES NO LADO DIREITO: 
- Dedo indicador apoiado no palato. 
- Dedo apoiado no lado vestibular. 
 
 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
INCISIVO 
Fórceps indicado: n° 150 
Conformação das raízes: 
- Central: Raiz cônica 
- Lateral: Raiz cônica levemente maior e mais delgada com 
leve curvatura apical para distal. 
Densidade do osso 
- Alveolar: fino no lado vestibular e denso no lado palatino. 
*Isso indica que a expansão no sentido vestibular será maior 
Conclusão 
▪ O movimento inicial é lento, 
constante e firme na direção 
vestibular, o que expande a 
crista óssea vestibular. 
 
 
▪ Forças palatinas são usadas de 
forma menos vigorosa e seguidas de 
uma força rotacional lenta e firme. 
▪ Movimentos rotacionais devem 
ser minimizados para o incisivo lateral 
devido à conformação da sua raiz, 
como citado logo acima. 
 
 
 
▪ O dente é removido na direção lábio incisal com 
pequena quantidade de força de tração. 
 
CANINO 
É normalmente o dente mais longo da boca. 
Fórceps indicado: n° 150 
Conformação das raízes: Alongada para em secção 
transversal e normalmente produz uma protuberância 
chamada eminencia canina na superfície anterior da maxila. 
Densidade do osso: 
- Vestibular: É usualmente fino. 
*Entretanto, esse dente pode ser difícil de extrair 
simplesmente por causa raiz e área superficial larga para a 
presença de ligamento periodontal. 
Conclusão: 
▪ O movimento inicial é apical e depois para o lado 
vestibular, com retorno da pressão para o lado 
palatino. 
▪ Enquanto o osso se expande e o dente 
fica com mobilidade, o fórceps deve 
ser reposicionado apicalmente. 
 
 
▪ Uma pequena quantidade de força rotacional pode 
ser usada na expansão do alvéolo dentário, 
especialmente se dentes adjacentes 
estão ausentes ou acabam de ser 
extraídos. 
▪ Após o dente ter sido bem luxado, é 
removido do alvéolo na direção lábio 
incisal com forças de tração labiais. 
 
PRIMEIRO PRÉ MOLAR 
Fórceps indicado: n° 150. 
Devido à grande possibilidade de fratura, o dente deve ser 
luxado o máximo possível com a alavanca reta. Caso ocorra 
fratura, uma raiz solta pode ser removida mais facilmente 
que uma que não tenha sido luxada. 
Conformação das raízes: É um dente unirradicular, com 
bifurcação na raiz vestíbulo-lingual normalmente ocorrendo 
do terço apical até a metade. 
Essas raízes podem ser extremamente finas e sujeitas a 
fratura, especialmente em pacientes mais velhos nos quais a 
densidade óssea é grande e a elasticidade óssea está 
diminuída. 
Conclusão: 
▪ Devido à bifurcação do dente em duas raízes de 
ponta fina, as forças de extração devem ser 
cuidadosamente controladas durante a remoção do 
primeiro pré molar superior. 
▪ Movimentos iniciais devem ser vestibulares. 
▪ Movimentos palatinos são feitos com pequenas 
quantidades de força para prevenir fratura da 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
ponta palatina da raiz, que é mais difícil se 
recuperar. 
▪ Das duas pontas da raiz, a vestibular é mais fácil de 
recuperar devido osso fino que recobre. 
▪ Qualquer força rotacional deve ser evitada. 
▪ A remoção final do dente do alvéolo é feita com 
força tradicional em direção oclusal e levemente 
vestibular. 
 
SEGUNDO PRÉ MOLAR 
Fórceps indicado: n° 150. 
Conformação das raízes: Unirradicular no completo 
comprimento da raiz. A raiz é grossa e tem uma extremidade 
romba. Consequentemente, a raiz do segundo molar 
raramente se quebra. 
Densidade do osso: 
- Vestibular: É usualmente fino. 
-Palatino: Denso. 
Conclusão: 
▪ Os fórceps são forçados o mais apicalmente 
possível para que ganhem maior vantagem 
mecânica na remoção desse dente. 
▪ Luxação começa com pressão vestibular. 
▪ Pressão lingual muito leve é usada. 
▪ O dente é movido na direção buco-oclusal. 
 
 
PRIMEIRO MOLAR 
Fórceps indicado: n° 53R e n° 53L. 
*Casos de coroa destruídas podem ser usados os fórcepses 
n° 89 e n° 90 
Conformação das raízes: Possui três raízes grandes e 
fortes. 
-Raízes vestibulares: Normalmente mais próximas 
-Raízes palatinas: Divergem largamente na direção do 
palato. 
Densidade do osso: 
-Vestibular: Fina 
-Palatina: Grossa e densa 
Conclusão: 
▪ O fórceps deve ser ajustado o mais apicalmente 
possível. 
▪ São feitas pressões vestibulares e palatinas fortes, 
com maiores forças na direção vestibular. 
 
▪ Forças rotacionais não são uteis para a extração 
desses dentes devido às suas três raízes. 
▪ Como mencionado na extração do primeiro pré 
molar superior, é preferível fraturar uma raiz 
vestibular do que uma palatina, devido à maior 
facilidade de remoção. 
Assim, se o dente tem raízes muito divergentes e o cirurgião 
dentista avalia que o dente pode fraturar, o dente deve ser 
luxado de tal forma que previna fratura da raiz palatina. 
▪ Pressão vestibular forte, lenta e constante expande 
a lâmina vestíbulo cortical e rompe as fibras do 
ligamento periodontal que seguram a raiz palatina 
em posição. 
▪ Forças palatinas devem ser usadas, mas mantidas 
no mínimo. 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
▪ O dente é removido na direção 
vestíbulo oclusal. 
 
 
 
SEGUNDO MOLAR 
Raiz semelhante à do primeiro molar, a diferença é que a do 
segundo molar é menor e tende a ser menos divergente. 
Conclusão: 
Isso significa que o dente é mais facilmente extraído pela 
técnica descrita para o primeiro molar. 
TERCEIRO MOLAR 
Fórceps indicado: n° 210S, tanto para o lado direito 
quanto para o lado esquerdo. 
Conformação das raízes: Frequentemente tem raízes 
cônicas 
Densidade do osso: 
-Vestibular: Fina 
Conclusão: 
▪ O dente é normalmente removido facilmente 
porque o osso vestibular é fino e as raízes são 
fusionadas e cônicas. 
▪ A recuperação de raízes fraturadas nesta região é 
difícil devido a maior limitação do acesso. 
TÉCNICAS DE REMOÇÃO DOS DENTES 
MANDIBULARES 
✓ Dedo indicador da mão esquerda está na região 
vestibular, e o segundo dedo está na lingual, 
afastando o lábio, a bochecha e a língua. 
✓ O polegar da mão esquerda é colocado abaixo do 
queixo para que a mandíbula seja segura entre os 
dedos e o polegar, o que apoia a mandíbula e 
minimiza pressão na ATM. 
Essa técnica dá menos informação tátil, mas durante a 
extração de dentes mandibulares, a necessidade de apoio da 
mandíbula supera a necessidade de suporte do processo 
alveolar. 
 
DENTES ANTERIORES 
Fórceps indicado: n° 151 
Conformação das raízes: 
-Incisivos são menores e levemente finos, sendo assim, são 
mais passíveis de fratura, devendo ser removida apenas 
após adequada pré-luxação. 
-Caninos são maiores e mais densas 
Densidade do osso: 
-Incisivo: Fino no lado vestibular e lingual 
-Canino: Fino, porém pode ser mais grosso especialmente no 
aspecto lingual. 
Conclusão: 
▪ Os movimentos de extração são geralmente em 
direção vestibular e lingual, com igual pressão em 
ambos os sentidos. 
▪ Uma vez que o dente esteja luxado e móvel, 
movimento rotacionais podem ser usados para 
expandir mais o osso alveolar. 
▪ O dente é removido do alvéolo com forças 
tradicionais na direção lábio incisal. 
 
PRÉ MOLARES 
Estão entre os dentes mais fáceis de remover. 
Fórceps indicado: n° 151 
Conformação das raízes: Tendem a serem retas e 
cônicas, embora algumasvezes finas. 
Densidade do osso: 
-Vestibular: Fino 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
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-Lingual: Denso 
Conclusão: 
▪ Os fórcepses são forçados apicalmente o mais longe 
possível, com movimentos básicos na direção 
vestibular, retornando o aspecto lingual e, 
finalmente, rodando. 
▪ Movimento rotacional é usado mais na extração 
desses dentes do que em quaisquer outros, exceto, 
talvez, pelos incisivos centrais maxilares. 
▪ Os dentes são removidos na direção ocluso 
vestibular. 
 
MOLARES 
Fórceps indicado: n° 17 
*Se as raízes forem claramente bifurcadas, o fórceps n° 23, 
ou fórceps chifre de vaca, pode ser usado. Este instrumento 
é desenhado para ser forçado com as alças apertando assim 
as pontas dentro da bifurcação. Isso cria uma força no 
aspecto vestíbulo lingual e literalmente força os dentes para 
cima e diretamente para fora do alvéolo. 
 
 
Conformação das raízes: Normalmente tem duas raízes. 
O primeiro molar tem raízes mais divergentes que as do 
segundo molar e podem convergir no ápice. 
Conclusão: 
▪ Movimento vestíbulo lingual forte é usado para 
expandir o alvéolo ósseo e permitir que o dente seja 
extraído na direção vestíbulo oclusal. 
▪ O osso alveolar lingual ao redor do segundo molar 
é mais fino que a lâmina vestibular, para que o 
segundo molar possa ser movido mais facilmente 
com pressão lingual em vez de pressão vestibular. 
 
TERCEIRO MOLAR IRROMPIDO 
Conformação das raízes: Raízes cônicas 
-Lingual: Mais fina que a lâmina cortical vestibular 
*Sendo assim, a maioria das forças de extração deve ser feita 
para lingual. 
Conclusão: 
▪ Removido na direção ocluso lingual. 
▪ O cirurgião dentista deve levar em consideração 
usar a alavanca reta a alcançar determinado grau de 
luxação antes da aplicação de força do fórceps. 
▪ A pressão deve ser aumentada gradualmente, e 
tentativas de mover o dente devem ser feitas antes 
que fortes pressões finais sejam feitas. 
 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
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CUIDADOS PÓS EXTRAÇÃO 
COM ALVÉOLO DENTÁRIO 
✓ O alvéolo só deve ser debridado se necessário; 
✓ A curetagem só deve ser feita em casos de lesão 
apical visualizada em radiografia e sem granuloma 
preso ao dente quando ele for removido. A 
remoção do tecido de granulação deve ser feita 
com cureta periapical; 
✓ Se algum detrito for visível no alvéolo, como 
cálculo, amalgama ou fragmento do dente, ele deve 
ser delicadamente removido com uma cureta ou 
ponteira de aspiração; 
✓ Se NÃO houver nenhuma lesão periapical, nenhum 
detrito, o alvéolo NÃO DEVE SER CURETADO. 
Pois, curetagem das paredes do alvéolo produz, meramente, 
dano decidual e pode atrasar a cicatrização. 
MANOBRA DE SHOMPRET 
✓ As corticais vestibular e lingual expandidas devem 
ser comprimidas de volta para sua configuração 
inicial. 
✓ A pressão digital deve ser aplicada às paredes 
vestibular e lingual para comprimir as corticais 
gentilmente, mas, de maneira firma, de volta às 
suas posições originais. 
Isso ajuda a prevenir espículas ósseas que podem ter sido 
causadas pela expansão excessiva das corticais vestibular e 
lingual, especialmente após a extração do primeiro molar. 
✓ O osso deve ser palpado pela mucosa para a 
presença de qualquer projeção óssea afiada. Se 
existir alguma, a mucosa deve ser rebatida e as 
bordas afiadas, criteriosamente, alisadas com uma 
lima de osso ou aparadas com uma pinça-goiva; 
✓ O controle inicial da hemorragia é obtido com o 
ouso de uma compressa de gaze única colocada 
sobre o alvéolo. 
 
INSTRUÇÃO AO PACIENTE 
✓ O paciente deve ser instruído a morder a gaze por 
pelo menos 30 minutos e não a mastigar. Deve 
segurar a gaze no lugar sem abrir ou fechar a boca 
e falar o mínimo possível durante 2 a 3 horas. 
✓ Ele/ela deve ser informado de que o local de uma 
extração pode apresentar extravasamento de uma 
pequena quantidade de sangue por até 24h após o 
procedimento de extração. 
✓ O paciente também deve ser instruído sobre como 
reaplicar a gaze diretamente sobre a área da 
extração caso o sangramento seja maior do que o 
esperado. 
✓ Pacientes fumantes não devem fumar nas primeiras 
12 horas, pois a fumaça do cigarro e a nicotina 
interferem na cicatrização de feridas. 
✓ Não sugar canudos, pois isso cria uma pressão 
negativa. 
✓ Evitar cuspir, pois também cria pressão negativa. 
✓ Não realizar esforço físico nas primeiras 12/24 
horas 
A gaze deve estar úmida para que o sangue que está 
extravasando não coagule nela e o coagulo seja deslocado 
no momento da remoção da gaze. 
A gaze deve estar posicionada de maneira que, quando o 
paciente more, ela se encaixa no espaço previamente 
ocupado pela coroa do dente. A pressão gerada ao morder é 
transmitida pela gaze para a alvéolo. 
INSTRUÇÕES PÓS OPERATÓRIAS 
1. Evite esforço físico nas próximas 24h; 
2. Não mexa no local da cirurgia com palitos de 
madeira ou cotonetes; 
3. Tomar a medicação indicada conforme a prescrição; 
4. Não fazer bochecho nem escove os dentes no dia da 
cirurgia; 
5. Durma com a cabeça elevada ou com dois 
travesseiros no dia da cirurgia; 
6. Prefira alimentos frios ou gelados, líquidos ou 
pastosos; 
7. Não use canudos, não fume e não cuspa com 
frequência após a cirurgia pois isso pode estimular o 
sangramento; 
8. É normal sentir gosto de sangue nas próximas 48 h. 
Se o sangramento aumentar, morda firmemente 
uma gaze umedecida em água gelada sobre a região 
operada, durante 20 minutos; 
9. Faça compressas com gelo nas primeiras 24 h para 
evitar ou controlar o inchaço. 
 
 
 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
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EXODONTIA COMPLEXA 
É um método usado quando um maior acesso é necessário 
para remover com segurança um dente ou suas raízes 
remanescentes. 
De acordo com os princípios de retalho vistos no resumo de 
Atos Cirúrgicos Básicos, o retalho deve ser limitado na 
excisão cirúrgica, conter suprimento sanguíneo, permitir 
acesso cirúrgico aos retalhos profundos, pode ser colocado 
em posição original e mantido com suturas. 
PARÂMETROS PARA DESENHO DE RETALHO 
Tem objetivo de gerar exposição adequada e promover 
devida cicatrização, mas, para isso o retalho deve ser 
desenhado corretamente. 
✓ A base do retalho deve ser mais larga que a margem 
livre para promover um suprimento sanguíneo 
adequado. 
Isso significa que todas as áreas do trabalho devem ter uma 
vascularização initerrupta para prevenir necrose isquêmica 
de todo o retalho ou de porções dele. 
 
B: Se o retalho for muito estreito na base, o suprimento sanguíneo pode ser 
inadequado, o que pode levar o retalho à necrose. 
O acesso adequado é necessário para permitir uma boa 
visualização e inserção de instrumentos necessários para 
executar a cirurgia. 
✓ O retalho deve ser mantido fora do campo 
operatório por um afastador que deve se apoiar em 
osso intacto; 
✓ Deve haver condição suficiente para permitir que o 
afastador segure o retalho sem tensionar; 
✓ Incisões agudas cicatrizam mais rapidamente que 
tecido dilacerado. Assim, uma incisão longa e reta 
com adequado rebatimento do retalho cicatriza 
mais rapidamente que uma incisão curta, com 
dilaceração, que cicatriza por segunda intenção. 
 
 
DIMENSÃO DO RETALHO: 
✓ O comprimento anteroposterior de um retalho tipo 
envelope normalmente se estende dois dentes para 
anterior e um dente para posterior. 
 
✓ Em incisões relaxantes o retalho precisa apenas se 
estender um dente anteriormente e um dente 
posterior ao dente que será extraído. 
 
✓ Retalhos para remoção dentária devem ser de 
espessura mucoperiosteal total. Isso significa que o 
retalho inclui a superfície mucosa, submucosa e o 
periósteo. 
Retalhos de espessura total são necessários porque o 
periósteo na sua posição original garante o processo de cura. 
✓ Outro caso que resulta em demora na cicatrização 
é quando a incisãorelaxante é feita muito próximo 
à remoção óssea. Pois, nesses casos, a linha de 
incisão está apoiada em tecido. Isso reforça a 
necessidade de realizar incisões em osso intacto 
que estará presente após o término do 
procedimento cirúrgico. 
 
POSSÍVEIS RISCO A DEPENDER DO LOCAL DA INCISÃO 
✓ Incisões na maxila podem ser feitar sem risco de 
comprometer algum vaso sanguíneo ou nervo. 
✓ Já incisões na mandíbula devem ser feitar com 
cautela em região de pré-molar, devido à presença 
do nervo mentoniano e em região posterior, devido 
à presença do nervo alveolar inferior. Além disso, 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
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nesta área, o nervo lingual pode estar aderido 
próximo à região lingual da mandíbula, e a incisão 
pode resultar em prejuízo ou secção do nervo, 
causando anestesia prolongada ou permanente. 
✓ Quando rebatemos um retalho palatino devemos 
lembrar que o maior suporte sanguíneo chega ao 
palato através da artéria palatina, que emerge no 
forame palatino maior. Essa artéria posteriormente 
se juntará, até certo grau, com a artéria 
nasopalatina. Incisões podem ser feitas na região 
anterior do palato sem muitos danos aos pacientes. 
Entretanto, incisões relaxantes verticais na parte 
posterior devem ser evitadas, pois elas 
normalmente afetam a artéria palatina maior, o 
que resulta em sangramento pulsátil que pode ser 
de difícil controle. 
INCISÃO RELAXANTE 
✓ Quando incisões verticais relaxantes são 
necessárias, apenas uma única incisão vertical é 
usada, que é normalmente na parte final do 
componente anterior ao elemento do envelope; 
✓ A incisão não é feita reta, mas oblíqua, permitindo 
que a base do retalho seja mais larga que a margem 
gengival livre; 
✓ Não deve atravessar proeminências ósseas, como a 
eminencia canina, se isso acontecer irá aumentar a 
tensão na linha de sutura, o que pode resultar em 
deiscência da ferida; 
✓ As relaxantes verticais devem atravessar a margem 
gengival livre na borda de um dente e não deve ser 
diretamente no aspecto vestibular do dente, nem 
na papila. 
 
 
 
 
TIPOS DE RETALHO MUCOPERIOSTEAIS 
Uma variedade de retalhos pode ser usada. A 
incisão mais comum é a sulcular que, quando não 
combinada com uma incisão relaxante, produz 
retalho tipo envelope. 
 
✓ Em paciente dentados, a incisão é feita no sulco 
gengival até a crista óssea, através do periósteo, e 
o retalho de espessura total mucoperiosteal é 
rebatido apicalmente. 
✓ Em pacientes edêntulos, a incisão tipo envelope é 
normalmente feita através da cicatriz na crista do 
rebordo e o retalho é rebatido para vestibular ou 
para lingual. 
Atenção: Em pacientes com a mandíbula completamente 
atrófica o nervo alveolar inferior pode ficar em cima do 
rebordo alveolar residual. 
RETALHO TRIÂNGULAR 
Originado quando fazemos incisões relaxantes verticais em 
uma incisão sulcular. 
É caracterizado por conter três cantos, com o canto final, na 
região posterior, do tipo envelope, outro canto na parte 
inferior da incisão vertical e na parte superior da incisão 
relaxante vertical. 
 
INDICAÇÃO: Grande acesso na direção apical, 
principalmente na região posterior. 
Nesse tipo de retalho, o rebatimento inicial é conseguido 
com a ponta aguda de um descolador n° 9 apenas na 
primeira papila. 
 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
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O descolador pode ser colocado perpendicular ao osso e 
mantido no lugar pela firme pressão contra o osso, e não 
puxando apicalmente o tecido mole, dessa forma, retirando 
a tensão do tecido e, assim, diminuindo a chance de lesões 
inadvertidas do retalho. 
 
RETALHO QUADRANGULAR 
É uma incisão tipo envelope com duas relaxantes. 
Dos quatro ângulos, dois estão na parte superior da incisão 
relaxante e dois nas duas extremidades do componente 
envelope da incisão. 
 
INDICAÇÃO: É raramente indicado. Quando uma relaxante 
for a melhor opção, um retalho de três ângulos é o 
suficiente. 
RETALHO SEMILUNAR 
Incisão que evita trauma à papila e à margem gengival, mas 
dá acesso limitado, pois a raiz inteira do dente não está 
visível. 
 
INDICAÇÃO: Usada para alcançar o ápice radicular em 
cirurgias periapicais de extensão limitada. 
RETALHO EM Y 
INDICAÇÃO: Utilizada no palato, útil para acesso cirúrgico 
para remoção de tórus palatino. 
 
O tecido que recobre o tórus é normalmente fino e deve ser 
rebatido cuidadosamente. 
✓ As extensões anterolaterais da incisão média são 
anteriores à região dos dentes caninos. 
✓ As extensões são anteriores o suficiente para que 
nenhuma ramificação da artéria palatina maior seja 
atingida; assim, sangramento não é normalmente 
um problema. 
TÉCNICA PARA REALIZAÇÃO DE UM RETALHO 
1. Cortar o tecido mole para permitir o rebatimento do 
retalho. 
2. Utiliza-se lâmina 15 com cabo de bisturi 3 seguro como 
pegada de caneta. 
3. A lâmina é segura com um leve ângulo formado com o 
dente, e a incisão feita de trás para frente no sulco gengival 
puxando a lâmina na direção do operador. 
4. É feito um movimento contínuo e suave enquanto se 
segura a lâmina em contado com o osso durante a incisão. 
 
A: A lâmina é angulada levemente para longe do dente e corta o tecido 
mole, incluindo o periósteo, na crista óssea. B: A incisão começa 
posteriormente e é levada para a frente, tomando o cuidado de incisar 
completamente através da papila. 
PRINCÍPIOS E TÉCNICAS PARA EXTRAÇÕES ABERTAS 
Uma técnica de extração aberta usada com 
prudência pode ser mais conservadora e causar 
menos morbidade pós operatória comparada com 
extração fechada. 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
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Entretanto, quando a técnica é usada com o fórceps, querer 
muita força, o que pode resultar não apenas na remoção do 
dente, mas também de grandes quantidades de osso 
associado e ocasionalmente do assoalho do seio maxilar. 
 
✓ A perda óssea pode ser menor, se um retalho for 
rebatido e uma quantidade apropriada de osso for 
removida; isso pode ser menor se o dente for 
seccionado. 
INDICAÇÃO PARA EXTRAÇÃO ABERTA 
✓ Caso seja necessário fazer uso de força excessiva 
para realizar o procedimento por meio da técnica 
fechada; 
✓ Se for visualizado na radiografia que o paciente tem 
osso grosso ou especialmente denso, 
particularmente a lâmina vestibular; 
Pacientes jovens tem osso mais elásticos e mais passíveis de 
expansão com força controlada, enquanto pacientes mais 
velhos normalmente têm osso mais denso e mais calcificado, 
que é menos provável de gerar expansão adequada durante 
a luxação do dente. Osso denso em pacientes idosos 
necessita de ainda mais precaução. 
✓ Pacientes com coroa clínica pequena com evidencia 
de atrição severa ocasionada por bruxismo; 
Pois, nestes casos, é bastante provável que os dentes sejam 
cercados por osso denso e grosso com forte ligamento 
periodontal. 
✓ Hipercementose da raiz; 
✓ Raízes muito divergentes, especialmente do 1° 
molar maxilar; 
✓ Raiz com dilaceração severa ou ganchos; 
✓ Dentes inclusos no seio maxilar; 
✓ Dentes que tem coroa com cárie extensa, 
especialmente cáries radiculares, ou dentes que 
têm grandes restaurações de amálgama; 
Pois, mesmo que o fórceps se adeque a raiz, parte da força 
também é exercida na coroa, aumentando, assim, o risco de 
fraturar a coroa. 
✓ Resto radicular. 
 
 
TÉCNICA PARA DENTES UNIRRADICULARES 
PASSO 1: Promover adequada visualização e 
acesso pelo rebatimento de um retalho mucoperiosteal 
suficientemente grande para possibilitar a melhor 
visualização da raiz. 
▪ Na maioria das situações, um retalho tipo envelope 
estendido dois dentes anteriores e um dente 
posteriormente ao dente que será removido é 
suficiente. 
▪ Se uma incisão relaxante é necessária, ela deve ser 
colocada pelo menos um dente anterior ao sítio de 
extração. 
PASSO 2: Após ser rebatido, o retalho deve ser 
mantido emposição adequada pelo descolador periosteal. 
Em seguida, o cirurgião dentista deve determinar a 
necessidade de remoção de osso. 
OPÇÃO 1: Como já foi feito 
o retalho, o cirurgião 
dentista, antes de remover 
osso, deve tentar reassentar 
o fórceps de extração, sob 
visualização direta, mais 
apicalmente no espaço do 
ligamento periodontal e, 
assim, atingir uma melhor 
vantagem mecânica e 
remover o dente sem 
nenhuma remoção de osso. 
OPÇÃO 2: Outra opção que evita a 
remoção de osso é agarrar uma porção 
do osso vestibular por baixo da ponta 
vestibular do fórceps para obter uma 
melhor vantagem mecânica e agarrar a 
raiz dentária. Isso pode permitir que o 
cirurgião faça luxação do dente 
suficiente para removê-lo sem qualquer 
remoção adicional de osso. 
 
OPÇÃO 3: A terceira opção é usar uma alavanca reta, 
empurrando-a para baixo no espaço do ligamento 
periodontal do dente. 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
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O dedo indicador deve apoiar a 
força da alavanca para que o 
movimento seja controlado e a 
alavanca não escorregue. Um 
pequeno movimento de vai e vem 
deve ser usado para ajudar a 
expandir o espaço do ligamento, o 
que permite que a alavanca reta 
pequena entre nesse espaço e 
haja como alavanca para deslocar 
o dente oclusalmente. Este 
procedimento continua com o uso de alavancas retas 
maiores até que o dente seja luxado com sucesso. 
OPÇÃO 4: REMOÇÃO DE OSSO SOBRE A ÁREA DO DENTE. 
A maioria dos cirurgiões preferem usar uma broca para 
remover osso, juntamente com irrigação ampla. 
✓ A largura do osso vestibular que é removido é 
essencialmente da mesma largura que o dente na 
direção mesiodistal. 
 
✓ Em uma direção vertical, o osso a ser removido 
deve ser aproximadamente metade (1/2) ou 2/3 do 
comprimento do dente. 
 
 
 
 
 
✓ Essa quantidade de remoção óssea reduz a 
quantidade de força necessária para deslocar o 
dente e tornar a remoção relativamente fácil. 
✓ Por fim, uma alavanca reta pequena ou fórceps 
pode ser usado para remover o dente. 
 
✓ Se o dente ainda está difícil de extrair, após a 
remoção do osso, um ponto de apoio pode ser feito 
na raiz com a broca na porção mais apical da área 
de remoção óssea. 
 
O buraco do ponto de apoio deve ser de cerca de 3 mm de 
diâmetro e profundo o suficiente para permitir a inserção de 
um instrumento. Uma alavanca pesada como a apical de 
Crane pode ser usada para elevar ou tirar o dente de seu 
alvéolo. 
 
 
 
 
 
 
 
✓ As bordas do osso devem ser conferidas se estão 
afiadas, caso esteja, elas devem ser alisadas com 
uma lima para osso. 
✓ Nessas circunstâncias, a remoção de osso com uma 
pinça goiva é raramente indicado porque tende a 
remover muito osso nessas circunstancias. 
✓ Após a remoção do dente, todo o campo cirúrgico 
deve ser bastante irrigado com grandes 
quantidades de soro fisiológico estéril. 
TÉCNICA PARA DENTES MULTIRRADICULARES 
A técnica utilizada é basicamente a mesma para dentes uni 
e multirradiculares. A maior diferença é que o dente pode 
ser dividido com uma broca para transformar um dente 
multirradicular em dois unirradiculares. 
✓ Caso a porção coronária esteja intacta, a mesma é 
seccionada para facilitar a remoção das raízes. 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
✓ Entretanto, em casos de coroa destruída, o objetivo 
é separar as raízes a fim de facilitar a elevação das 
mesmas. 
PRIMEIRO MOLAR INFERIOR 
Se a coroa estiver intacta... 
✓ Deve ser seccionada na direção vestíbulo lingual, 
dividindo assim o dente em uma metade mesial 
(com raiz mesial e metade da coroa) e metade 
mesial. 
✓ Uma incisão tipo envelope também é feita e uma 
pequena quantidade de osso alveolar é removida. 
✓ Uma vez que o dente foi seccionado é tratado como 
pré molar inferior e é removido com um fórceps 
universal inferior. 
 
A: A incisão tipo envelope é rebatida, e pequena quantidade de 
osso alveolar é removido para expor a bifurcação. Uma broca é 
então usada para seccionar o dente em metades mesial e distal. B: 
O fórceps universal inferior é usado para remover as duas metades 
da coroa e da raiz separadamente. 
 
✓ A técnica cirúrgica começa com o rebatimento de 
um retalho adequado, podendo ele ser do tipo 
envelope ou triangular, vai depender da 
preferência pessoal do cirurgião dentista e da 
necessidade de acesso. 
✓ Em seguida é feita a avaliação de seccionar as raízes 
e remover osso, como é feito com dentes 
unirradiculares. 
✓ Ocasionalmente fórceps e alavancas são 
posicionados com visualização direta para atingir 
melhor vantagem mecânica e remover o dente sem 
remover osso. 
 
A: Este molar inferior tem raízes que tornam necessária a secção 
do dente. B: Retalho levantado para expor osso e permitir secção. 
Devemos observar pequenas incisões relaxantes na mesial e distal 
do dente. 
✓ Entretanto, na maioria das situações, uma pequena 
quantidade de osso alveolar deve ser removido e o 
dente dividido. O seccionamento do dente é 
normalmente conseguido com uma peça de mão 
reta como broca redonda n° 8 ou com uma broca 
como a n° 557 ou n° 703. 
✓ Uma vez que o dente foi seccionado, a alavanca 
reta pequena é usada para luxar e mobilizar as 
raízes seccionadas. 
C: Peça de mão cirúrgica com broca usada para seccionar o dente 
em partes mesial e distal, permitindo que cada raiz seja removida 
independentemente. D: Alavanca reta inserida na região cortada 
pela broca para completar a divisão da coroa. 
✓ A alavanca reta pode ser usada para remover o 
dente seccionado e luxado. 
✓ Se a coroa do dente é seccionada, fórceps 
universal inferior ou superior são usados para 
remover as porções individuais dos dentes 
seccionados. 
 
E: Cada raiz pode agora ser elevada e removida. F: Procedimento 
completo com sutura fechando a relaxante incisal. 
✓ Se a coroa está ausente, a alavanca reta e triangular 
é usada para elevar as raízes do dente de seus 
alvéolos. 
✓ Após todos os fragmentos serem removidos, o 
retalho é reposicionado e a área é palpada para 
procurar pontos com osso cortante. Se qualquer 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
parte do osso estiver cortante, ela deve ser alisada 
com uma lima para osso. 
✓ A ferida é bastante irrigada e debridada de 
fragmentos de dente, osso, calculo e outros debris. 
✓ O retalho é reposicionado e suturado de forma 
usual. 
MÉTODO ALTERNATIVO DE REMOÇÃO 
✓ Rebater o retalho do tecido mole e remover osso 
vestibular suficiente para expor a bifurcação. 
✓ Em seguida a broca é usada para seccionar a raiz mesial 
do dente e transformar o molar em dois dentes 
unirradiculares. 
✓ A coroa é removida juntamente com a raiz mesial intacta 
com auxílio do fórceps para molar inferior, número 17. 
✓ A alavanca é inserida no alvéolo dentário vazio e girado, 
usando o princípio do movimento de roda e eixo. 
✓ A parte ativa da alavanca se encaixa no cemento do dente 
remanescente, que é elevado oclusalmente do alvéolo. 
 
MÉTODO QUANDO A COROA É PERDIDA 
✓ O retalho tipo envelope é rebatido e uma pequena 
quantidade de osso alveolar é removida. 
✓ Utiliza-se, então, a broca para seccionar o dente em 
duas raízes individuais. 
✓ Após ter usado uma alavanca reta pequena para 
mobilizar as raízes, utiliza-se uma alavanca de Cryer 
a fim de elevar a raiz distal. 
✓ A ponta da alavanca é colocada no espaço separado 
pela broca, e a alavanca é girada para remover a 
raiz. 
✓ O membro oposto do par dos elevadores de Cryer é 
usado para a remoção da raiz remanescente do 
dente com o mesmo tipo de movimento rotacional. 
 
MOLAR MAXILAR 
Geralmente os molares maxilares tem raízes muito 
divergentes e raízes palatinas que necessitam de força 
excessiva para serem extraídos, por isso que as extrações 
podem ser feitas de forma mais prudente, dividindo as raízes 
em várias partes.✓ O retalho padrão tipo envelope é rebatido, e uma 
pequena porção de osso alveolar é removida para 
expor a área de trifurcação. 
✓ A broca é usada para seccionar as raízes 
mesiovestibular e distovestibular. 
 
✓ Com a pressão vestíbulo oclusal firme, mas gentil, o 
fórceps de molar superior extrai a coroa e a raiz 
palatina na direção 
do longo eixo do 
dente. 
 
 
 
 
 
 
 
Nenhuma força palatina deve ser feita com o fórceps na 
porção coronária porque isso resulta em fratura da raiz 
palatina. 
✓ A alavanca reta pequena é então usada para luxar 
as raízes vestibulares, que podem ser extraídas com 
alavancas de Cryer usado de forma usual ou com 
alavanca reta. 
 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
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Se alavancas retas forem usadas, devemos lembrar que o 
seio maxilar deve estar próximo a essas raízes, então forças 
aplicadas diretamente devem ser mantidas a um mínimo e 
controladas cuidadosamente. 
 
✓ Toda a força da alavanca reta deve ser na direção 
mesiodistal ou na direção do palato e apenas 
pressão leve deve ser aplicada apicalmente. 
MÉTODO QUANDO A COROA É PERDIDA 
Segue o mesmo procedimento já descrito para os outros 
dentes. 
 
A: Uma pequena incisão do tipo envelope é feita e uma pequena 
quantidade de osso é removida. A broca é usada então para 
seccionar as três raízes em porções independentes. 
B: Após as raízes terem sido luxadas com uma alavanca reta 
pequena, a raiz mesio vestibular é removida com uma alavanca de 
Cryer coberta no espaço preparado pela broca. 
C: A alavanca de Cryer é usada novamente para remover a raiz 
distovestibular. 
D: Ocasionalmente, pode utilizar o fórceps para raízes maxilares a 
fim de remover essa raiz remanescente. 
E: A alavanca pequena reta pode ser usada para elevar e deslocar 
a raiz remanescente do terceiro molar maxilar na direção vestíbulo 
oclusal com gentis movimentos de ir e vir. 
 
 
 
REMOÇÃO DE FRAGMENTOS 
DE RAIZ E DOS ÁPICES 
RADICULARES 
As tentativas iniciais de remoção desses fragmentos devem 
ser por meio da técnica fechada, entretanto, se não der 
certo, o cirurgião deve partir para a técnica aberta. 
Porém, independentemente da técnica que será realizada o 
procedimento, é necessário dispor de: (1) Excelente 
visualização e (2) excelente aspiração. Pois, como os 
fragmentos costumam ser pequenos, a cirurgia torna-se 
mais difícil, ao menos que o cirurgião possa visualiza-lo 
corretamente. 
INDICAÇÕES 
Técnica fechada: Útil quando o dente foi bem luxado e 
movido antes da fratura do ápice da raiz. 
Se luxação suficiente ocorreu antes da fratura, o ápice da raiz 
está normalmente móvel e mais fácil de ser removido. 
Entretanto, se o dente não foi bem luxado antes da fratura, 
essa técnica tem menor probabilidade de dar certo. 
Técnica aberta: Raiz com hipercementose e com 
interferências ósseas. Ou dilaceração severa da raiz. 
TÉCNICA FECHADA 
1. IRRIGAÇÃO E ASPIRAÇÃO 
✓ O alvéolo deve ser irrigado vigorosamente e 
aspirado com uma ponta de aspiração pequena, 
porque o fragmento de dente solto geralmente 
pode ser irrigado para fora do alvéolo. 
✓ Uma vez que a irrigação e a aspiração estejam 
completas, o cirurgião dentista deve inspecionar o 
alvéolo dentário cuidadosamente para certificar 
que a raiz foi mesmo removida. 
✓ O dente extraído também deve ser examinado, a 
fim de mensurar o quanto de raiz permanece no 
alvéolo dentário. 
2. USO DE ALAVANCA APICAL 
✓ Insere a alavanca apical no espaço do ligamento 
periodontal e a raiz é jogada para fora do alvéolo. 
 Não deve ser feito força apical excessiva, pois pode 
resultar em deslocamento do ápice da raiz para 
dentro de outras localidades anatômicas, como seio 
maxilar. 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
 Não deve ser feito força lateral excessiva, pois pode 
resultar em dobra ou fratura da ponta da alavanca 
apical. 
 
3. USO DE ALAVANCA RETA PEQUENA 
É a técnica mais indicada para a remoção de 
grandes fragmentos. 
 
✓ A alavanca é colocada no 
espaço do ligamento 
periodontal. 
✓ É feito um movimento de 
cunha para remover o 
fragmento na direção do 
plano oclusal. 
 
 
 
 Pressão apical 
forte deve ser evitada 
porque pode forçar a raiz 
para tecidos subjacentes. 
 
 
É importante frisar a necessidade de ter uma boa 
visualização, pois, as alavancas não devem ser 
inseridas cegamente no alvéolo. É necessário 
visualizar o topo da raiz fraturada claramente para 
ver o ligamento periodontal. 
TÉCNICA ABERTA 
É utilizada quando há insucesso na técnica fechada. 
É importante que o cirurgião dentista reconheça que uma 
cirurgia aberta leve, eficiente e apropriada para recuperação 
de um fragmento de raiz é menos traumática que uma 
tentativa de recuperação fechada e prolongada, que 
consuma muito tempo. 
1. Extensão da técnica para dentes unirradiculares 
✓ Um retalho com incisão relaxante é feito e em 
seguida é descolado com um descolador periosteal. 
✓ O osso é removido com uma broca para expor a 
superfície vestibular da raiz do dente. 
✓ A raiz é removida pela face vestibular através da 
inserção da alavanca reta no espaço do ligamento 
periodontal palatino/lingual. 
✓ A ferida é irrigada e o retalho é reposicionado e 
suturado. 
 
 
2. JANELA ABERTA 
✓ Um retalho de tecido mole é rebatido da mesma 
forma que da abordagem descrita anteriormente, a 
fim de localizar a área apical do fragmento do 
dente. 
✓ Utiliza uma broca para remover o osso que cobre o 
ápice do dente, expondo o fragmento da raiz. 
✓ Insere uma alavanca reta pequena ou uma alavanca 
apical na janela criada com a broca e o dente é 
guiado para fora do alvéolo. 
 
PRINCÍPIOS DE EXODONTIA 
@EANALAILA | EWELIN ANALAILA – UFS 2020 
TIPO DE RETALHO 
✓ A técnica de retalho preferida é a do triangular, 
devido à necessidade de exposição mais excessiva 
das áreas apicais. 
INDICAÇÃO DA TÉCNICA DA JANELA ABERTA 
✓ Quando o osso vestibular deve ser deixado intacto, 
como na remoção de pré-molares maxilares para 
fins ortodônticos, especialmente em adultos. 
RISCOS CIRÚRGICOS DA REMOÇÃO DE FRAGMENTOS 
RESIDUAIS 
(1). Se a remoção da raiz for causar destruição excessiva 
do tecido circundante, isto é, se quantidades 
excessivas de osso forem removidas para recuperar 
a raiz. 
(2). Se a remoção põe em risco estruturas importantes, 
mais comumente o NAI no forame mentoniano ou 
ao longo do trajeto do canal alveolar inferior. 
Podendo criar anestesia permanente ou até mesmo 
por um tempo prolongado do N.A.I. 
(3). Se a remoção puder deslocar as raízes para dentro 
dos espaços teciduais ou para dentro do seio 
maxilar. Tal fato pode ser avaliado 
radiograficamente através da espessura do osso 
sobre as raízes dos dentes. Se o osso é fino, o 
cirurgião pode escolher deixar um pequeno 
fragmento em vez de arriscar desloca-lo. 
** As raízes mais frequentemente deslocadas para o seio 
maxilar são as dos molares superiores. 
PROTOCOLO A SER SEGUIDO CASO O FRAGMENTO 
SEJA DEIXADO NO LUGAR 
(1). O paciente deve ser informado que, no julgamento 
do cirurgião, deixar a raiz em sua posição irá fazer 
menos mal do que a cirurgia. E este fato deve ser 
informado no prontuário. 
(2). Documentação radiográfica da presença e 
localização do ápice da raiz deve ser feita e mantida 
no prontuário do paciente. 
(3). O paciente deve ser chamado para algumas 
consultas de acompanhamento periódicas durante 
o ano seguinte para acompanhar as condições 
desta raiz. 
(4). O paciente deve ser instruído a entrar em contato 
com seu cirurgião dentista caso algum problema se 
desenvolva na área da raiz retida. 
 
PERMANÊNCIA DE FRAGMENTOS DE RAIZ 
- Indicada quando a técnica fechada não funcionou e a técnica 
aberta é considerada excessivamente traumática. 
CONDIÇÕES DO FRAGMENTO: 
1. Ser pequeno (menor que 4 ou 5mm); 
2. Raiz profundamente inserida no osso para prevenir 
reabsorçãoóssea subsequente por exposição da raiz do dente 
e da interferência com qualquer prótese; 
3. Dente envolvido não estava infectado; 
4. Ápice radicular sem radiolucidez. 
CONCLUSÃO: 
A raiz deve ser pequena, profundamente incrustada e o local 
não deve estar infectado.

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