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Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco •O que é? É a quantidade de sangue ejetado pelo VE na aorta a cada minuto •Quantidade essa que é distribuída pelo sistema arterial, sangue arterial, rico em oxigênio com nutrientes a todos os tecidos, transportando elementos necessários para que eles realizem suas atividades metabólicas, oxigênio e nutrientes. •Os vasos sanguíneos envolvidos nessas difusões de oxigênio, de nutrientes aos tecidos, são os vasos capilares. •Esses mesmos tipos de vasos vão receber o CO2, produto metabólico, resíduos metabólicos dos tecidos. CO2, resíduos metabólicos que serão transportados pelo sistema venoso – sangue venoso – pobre em o2, átrio esquerdo de volta ao coração. Vários mecanismos podem controlar localmente o fluxo sanguíneo aos tecidos, interferindo com esses vasos de resistência. Ex: Metaarteriolas, arteríolas, esfíncteres pré capilares. Por que são chamados de vasos de resistência? •Devido a resistência da passagem de sangue, tem determinado tônus, grau de contração. Nisso, a contração ou relaxamento desses vasos podem levar alterações importantes da resistência, aumentando ou diminuindo, respectivamente, e com isso alterar o fluxo sanguíneo aos diversos tecidos; •Mesmo que o mecanismo nervoso, hormonal, sejam fatores importantes na regulação vasodilatação? vasoconstricção e consequentemente da regulação da resistência local, passagem de sangue, sendo considerado o mecanismo mais importante •Regulador local de fluxo, do tônus dos vasos de resistência, a própria atividade metabólica do tecido, ou seja, tecidos em maior atividade produzem certos metabólitos vasodilatadores, reduzem a resistência local, consequente, o fluxo sanguíneo para esses tecidos aumenta, pela vasodilatação local, aumentando o aporte de oxigênio e nutrientes para eles. Tecidos em menor atividade, menor produção desses vasodilatadores, o grau de vasoconstricção reduz o fluxo. •Então uma adaptação fisiológica extremamente importante diretamente correlacionada ao metabolismo local. Então esse mecanismo metabólico geralmente sobrepuja os mecanismos Débito Cardíaco Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco de regulação, ou seja, se o tecido precisa receber mais ele cria condições aumentando o tônus desses vasos para que o fluxo sanguíneo a eles aumente. Se em um determinado momento, sua atividade metabólica se encontra reduzida, precisa de menos, condições são geradas as quais o fluxo sanguíneo é reduzido. •Essas redistribuições de sangue para as áreas de maior necessidade são muito importantes no circuito cardiovascular . Pressão arterial= DC x RVP DB (Débito cardíaco)= FC (frequência cardíaca) x VS(volume sistólico de ejeção) FC: normal- 70/80 bpm VS: normal- 70mL DB- normal; 4900 a 5600 ml/min – valor normal para indivíduo adulto jovem sadio. As mulheres apresentam estatisticamente um valor ligeiramente menor de 10 a 15%. •Percentual máximo de aumento do db durante a atividade física é chamada de reserva cardíaca, termo muito usado na medicina. Os atletas variam ainda mais, aumentar de 7 a 8x, 600 a 800%. Indivíduos com insuficiência cardíaca, déficit de contração, tem muito menor, impedindo o indivíduo de praticar atividade física. •O volume sistólico depende de dois fatores: 1. Volume diastólico final; 2. Volume de sangue presente no ventrículo ao final da diástole (120-130 ml), alguns chamam esse volume de pré-carga. • Outros chamam de pré-carga a pressão diastólica final, essa pressão distende o ventrículo relaxado e determina esse volume (volume diastólico final). •Além do volume diastólico final, esse sangue tem que ser ejetado, para isso o ventrículo tem que contrair. Força de contração, intensidade de contração ventricular, que gera pressão intraventricular que suplante a pressão aórtica. •Dessa forma, determina a abertura das válvulas semilunares: aórtica e pulmonar. •Normalmente se usa o termo pós-carga, é a carga contra qual o ventrículo exerce sua atividade contráctil, que engloba todos os fatores que criem resistência a ejeção de sangue a partir do ventrículo. Tendo como o principal fator a pressão arterial. •Então, ao final da diástole 120 ml, aí o ventrículo contrai ejeta um determinado valor 60%, que geralmente corresponde a 50 ml ao volume Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco sistólico final, volume que tem no ventrículo no final da sístole (fração de ejeção). •PA = DC x RVP RVP – Somatório das resistências vasculares em um dado momento. Porque podemos ter em alguns leitos vasculares eles contraídos e outros dilatados, dependendo da necessidade do tecido naquele momento. Se o nº de vasos contraídos for maior do que os de dilatados, a RVP total aumenta. Já se os nº de vasos dilatados forem maiores que os contraídos, a RVP total diminui. É a resultante do somatório. Volume Sistólico depende: -Ionotropismo – força de contração que deve liberar uma pressão intraventricular que suplante a intra-arterial. - Volume diastólico final (pré-carga) - Pós-carga •É uma propriedade intrínseca, baseada na Lei De Frank-Starling, no qual aumenta a capacidade de bombeamento quando eu amento o aporte de sangue. Evitando que o sangue fique represado no coração. Fazendo o retorno venoso, um dos fatores mais relevantes, principal regulador do débito cardíaco; •E o que é maior? O retorno venoso ou o dpebito cardíaco? Resposta- São iguais, devido a homeostasia; Em período de tempo prolongado, são iguais. Mas as ações do dia a dia podem causar desequilíbrios nessa reação, mas reequilibram essa reação por mecanismos. •Corresponde ao número de contrações por minuto, no de batimentos/minuto. Coração que tem uma ritmicidade normal (cronotropismo) – ritmo em função do tempo; •É o principal mecanismo homeostático de manutenção do débito e da PA, ou seja, quando há uma variação do débito e/ou pressão arterial, para mais ou para menos, o primeiro ajuste que é feito no organismo se faz às custas da frequência cardíaca; •Quando há uma queda da PA ou do débito, aumenta a FC, taquicardia reflexa. •Já quando há o aumento do débito ou da PA, primeiro ajuste é diminuir a FC. •Quem realiza essa ritmicidade? O NSA Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco • • •Nódulo Sinusal, é a região do nosso sistema especializado de geração e condução de impulsos que possui o maior automatismo, a maior capacidade de auto excitação, Por possuir um maior automatismo ela gera o primeiro impulso potencial e através desse sistema especializado esse potencial gerado no nódulo é conduzido a todo miocárdio, levando a sua excitação, contração. •Quantos impulsos o nosso nódulo sinusal é capaz de gerar por minuto? 70-80, consequentemente, 70/80 contrações serão determinadas. •Frequência é a exteriorização da atividade do marca passo. Normal- 60-100 bpm Bradicardia: < 60 bpm Taquicardia: . 100 bpm •Em certas condições, entretanto, variações de frequência abaixo de 60 e acima de 100 podem ser consideradas adaptações fisiológicas. Exemplo.: Recém-nascido, frequência aumentada (130/140 bat/min) – por conta de ter massa muscular pouco desenvolvida, tendem a fazer baixos volumes sistólicos, para evitar variações de PA e débito, a FC aumenta. À medida que a criança cresce e adquire massa muscular, a FC vai diminuindo; Atleta, frequência diminuída (40/45 bat/min) – grande desenvolvimento de massa muscular faz volume sistólico elevado, para evitar variação de PA, a FC diminui. •Sistema Nervoso Autônomo – simpático, inervação bem ampla no coração, estimula a atividade do coração – excitabilidade das células, automatismo sinusal, força de contração atrial e ventricular,a velocidade de condução. Via corrente sanguínea tem as catecolaminas, principalmente adrenalina pelas medulas adrenais, ao se ligar principalmente a receptores β-1, que se ligam as proteínas Gs, adenilciclase, AMPc, ptn quinase A, a FC aumenta, aumenta automatismo sinusal. Qualquer fator que aumenta o tônus simpático, aumenta a FC. Ex.: Tensão emocional, ansiedade, exercícios, choque séptico/anafilático, condições hipoglicêmicas; parassimpático, vago, a partir da acetilcolina se ligando a receptores muscarínicos do tipo 2 no nódulo sinusal, reduz o automatismo sinusal, reduz a FC. Não é tão abrangente, tem inervação nos nódulos e um pouco nos músculos atriais, então ação inibitória reduz o automatismo sinusal, a velocidade de condução atrioventricular. •Variações no metabolismo Basal – condições que aumentam o metabolismo basal, maior FC e que diminuem, menor FC; •Acredita-se que seja por conta de variações que ocorrem durante o repouso do nódulo sinusal, variações essas que provocam um aumento ou uma redução na geração de impulsos pelo nódulo e consequentemente da FC; • Fisiologicamente falando, a condição associada a aumento do metabolismo basal, a atividade física. Já a que reduz é o repouso. Condições patológicas que alteram o met. basal: - Febre, aumenta o met. Basal a cada variação de 1º C, tem aumento de 10 a 15 bat/min; - Hipotermia, reduz o metabolismo e a FC - Hipertireoidismo, aumenta o metabolismo e a FC; - Hipotireoidismo, reduz o metabolismo e a FC; ∆ Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco • - Hormônios: catecolaminas (adrenalina, noradrenalina), hormônio tireoidiano, cortisol, angiotensina 2 (aumentam a FC). Condições que aumentam a pressão nos átrios, que cursa com o aumento na FC, principalmente no AD: - Retorno Venoso, quando há o aumento, aumenta a pressão atrial. Pode ser mudada pela simples mudança na postura; Mecanismos envolvidos no aumento da pressão atrial e o aumento da FC: • Distensão do nódulo sinusal; Reflexo de Bainbridge – mecanismo reflexo, tem um componente sensitivo e motor, desencadeado pelo estiramento atrial, aumento da pressão atrial. Quando aumenta a pressão atrial, é percebido por determinadas áreas, principalmente o AD, as veias cavas, que são ricas de receptores sensoriais, de estiramento, mecanoceptores. Então, o aumento da pressão atrial estimula esses receptores sensoriais, faz geral, localmente, potenciais receptores. Esses potenciais vão ser propagados pelo componente sensitivo, nervo vago, até uma área central que comanda a função cardiovascular, chamado centro vasomotor, que se encontra presente no bulbo (em sua maior parte). O centro vasomotor recebe a informação que a pressão atrial sofreu alguma mudança, que vai mandar uma resposta intensificando ou diminuindo o tônus simpático ao nódulo sinusal e ao miocárdio, reduzindo o tônus vagal ao nódulo sinusal e aumenta a FC e um discreto aumento da atividade contráctil. O objetivo desse mecanismo é evitar para acumulo de sangue em áreas de baixa pressão. Percentualmente, o reflexo contribui com uma variação de 40 a 60% da elevação da frequência cardíaca. •Figura que relaciona a frequência atividade elétrica, com a atividade contráctil (tensão gerada no elemento contrátil, força). •O que se observa nessa relação? -Nas abcissas, variação da FC. Nas coordenadas, variação da tensão. -A curva nos diz que até uma determinada variação de frequência 180/200 bat/min, o aumento da frequência cursa com o aumento da tensão do elemento contráctil, a força aumenta. -A literatura relaciona essa variação da tensão, a um aumento da disponibilidade de cálcio a miofibrilas contráteis. -Acima desse valor, cai na fase descendente da curva, elevações maiores de frequência, taquiarritmias, 200/400 bat/min, reduz a tensão gerada pelo elemento contráctil, pelo desgaste metabólico da fibra, associado a essas elevadas frequências, super utilização das reservas metabólicas da fibra. Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco • -Consequentemente, o Ionotropismo diminui, a força diminui, então o valor ejetado a cada sístole diminui, o que diminui o débito cardíaco. Essa é a primeira explicação do por que indivíduos com taquiarritmias podem fazer síndromes de baixo débito, redução da força de contração. -O segundo fator que contribui para a redução do volume sistólico e, consequentemente, do débito, do volume diastólico final é causado porque o aumento da frequência diminui o tempo de enchimento ventricular, consequentemente, reduz o volume sistólico final. Então se tem a combinação de dois fatores que podem determinar a redução do volume ejetado a cada sístole. -O baixo fluxo sanguíneo dá consequências em várias partes do corpo: * Cérebro: tonturas, síncope; * Músculo esquelético: fraqueza; * Rins: reduz a diurese; * Coração: angiose. Por isso essas arritmias tem que ser controladas por drogas ou outros procedimentos que reestabilizem o ritmo normal. É a intensidade de contração do musculo ventricular; O ionotropismo apresenta 2 mecanismos de controle de regulação: Intrínseco e extrínseco Intrínseco: •Mecanismo de regulação heterométrica.; •É um mecanismo de regulação próprio da fibra caridaca, gerado quando há uma variação do comprimento da fibra em repouso. •Ele se baseia na lei de Starling; •Relaciona a tensão desenvolvida pelo emento contrátil, sarcômero, quando modificamos o comprimento do mesmo em repouso (no caso, em micras).; •Tem em comum a tensão das coordenadas, mas nas abcissas ficam o comprimento do sarcômero; •O retorno venoso trabalha na fase ascendente da curva de Starling, quando aumenta o retorno venoso e o comprimento da fibra, vai ocasionar um aumento da atividade contrátil, evitando que o sangue fique represado na cavidade para bombear em direção das artérias aquela quantidade a mais que o coração recebeu pelo sistema venoso •Por que isso tudo acontece? Ocorre devido ao aumento do grau de interdigitação dos miofilamentos actina (finos) e miosina (grossos), recorrente da variação do comprimento em repouso. Quando ocasionamos um aumento do comprimento do sarcômero em repouso e o estimulo, irá gerar como consequência uma maior interação dos miofilamentos, uma maior superposição das pontes reativas da miosina pela actina no mesmo lado do sarcômero e por conseguinte a força vai aumentar, porque quanto maior a interação, maior a atividade contrátil. Um comprimento de 2,2 a 2,5 seria aquele que proporcionaria o comprimento até a máxima pelo elemento contrátil. Isso ocorre em corações normais, mas quando tem um estiramento de maneira excessiva, em corações muito dilatados, com insuficiência cardíaca, se observa que n há uma adequada sobreposição dos miofilamentos ficando pontes de miosina descobertas, sem interagir com a actina no mesmo lado do sarcômero, consequentemente, a tensão vai Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco diminuir, ai cai na fase descendente de Starling – a parte patológica. O estiramento demasiado pode ao invés de melhorar, reduzir a atividade contrátil, porque desnervando o coração, propulsiona um aumento do volume ejetado, um aumento da contração cardíaca, do inotropismo, evitando o represamento do sangue. Extrínseco: SN Simpático: aumenta a força de contração ventricular. •As catecolaminas liberadas pelas terminações nervosas simpáticas e pela medula adrenal interagem com receptor beta-1 adrenérgico presente no miocárdio atrial/ventricular, ativam proteína GS, Adenil ciclase aumentando a formação de AMPc, segundo mensageiro, no interior do miócito. • Esse 2º mensageiro estimula importantes cinases proteicas na célula cardíaca. Uma delas, responsável por aumentar a condutância ao cálcio, aumentando o aporte de cálcio a fibra cardíaca, aumentando a velocidadede abertura dos canais de cálcio nas miofibrilas, consequentemente vai proporcionar uma sístole de desenvolvimento mais rápida e mais intensa, que é característica da atividade das catecolaminas. •Além disso, via proteína quinase vai haver um aumento da atividade da cálcio ATPase presente na membrana do reticulo sarcoplasmático, consequentemente os níveis de cálcio vão retornar mais rapidamente ao valor de repouso. Levando as sístoles serem mais curtas. Então, sob influência das catecolaminas, as sístoles se desenvolvem: - Mais rapidamente; - Mais intensas; - Mais curtas. Hormonais: Temos vários hormônios que podem ter atividade ionotrópica positiva, ou seja, aumentam a força de contração do músculo cardíaco. Ex: catecolaminas, angiotensina 2, glucagon, cortisol e hormônio tireoidianos. Fluxo Coronariano: para o coração contrair adequadamente, o fluxo coronariano tem que ser normal. •A perfusão coronariana é muito importante para a função miocárdica. •Nas condições em que o trabalho cardíaco se encontra elevada, nas quais há um aumento da atividade metabólica da fibra, há um grande consumo de ATP e a formação local de uma substancia chamada adenosina, além do CO2. •Esses metabolitos causam o relaxamento dos vasos da microcirculação coronariana, vasodilatação coronariana, permitindo um aumento do fluxo coronariano ao músculo cardíaco e aumenta o aporte de oxigênio e nutrientes ao coração. •Isso sempre acontece em condições normais, quando os vasos coronarianos estão íntegros. Caso os vasos estejam esclerosados, isso não ocorre, como, por exemplo, pela arteriosclerose – esclerose vascular, perda da elasticidade normal, rigidez do vaso, presença de placas de ateroma (gordura calcificada). •Se a obstrução for completa, a célula cardíaca morre, infarto – necrose. E quanto maior a área acometida, maior a extensão do infarto e a gravidade do problema. Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco • Fatores metabólicos: podem interferir na força de contração. - Hipóxia, pode ser pela doença respiratória, anemia severa. Elevação da PA de O2 no sangue arterial, causa depressão da função miocárdica; - Hipercapnia, aumento da pressão parcial de CO2 no sangue arterial; - Acidose. Volume Diastólico final •Volume presente no interior dos ventrículos após a diástole, após a sístole atrial que é a ultima etapa da diástole. Também pode ser chamada de pré-carga. A partir desse volume, o coração ao contrair determina a ejeção do volume sistólico, aproximadamente 60% do volume diastólico é ejetado – fração de ejeção. •Aproximadamente, ao final da sístole 50 ml ficam no ventrículo. Quanto mais bombeamento, menos sobra e ao contrário, mais sobra. •Fatores que influenciam o volume diastólico final: -Tempo de diástole, tempo de enchimento ventricular – diretamente relacionado a frequência cardíaca (>FC >V); • Distensibilidade do Ventrículo, para o enchimento adequado é importante que o ventrículo relaxado se distenda adequadamente. Essa distensão adequada está associada a integridade das fibras e a integridade da serosa que reveste o coração (pericárdio). •Condições que alteram a integridade das fibras musculares (isquêmicas, hipóxias, fibroses) podem torna-las mais rígidas. •A presença de condições líquidas (inflamatória), hemorrágica (traumas). Essa perda de integridade resulta na Síndrome de Restrição Diastólica. •Há uma restrição no enchimento normal dos ventrículos e consequentemente leva a redução do volume diastólico final, ejetando menos e, por conseguinte, o débito cardíaco diminui. •Para o enchimento adequado dos ventrículos é importante o tempo, a distensão adequada, tendo como fator determinante o gradiente de pressão entre os átrios e os ventrículos. A existência desse gradiente – a pressão atrial ser maior que a ventricular – é o que determina a abertura das válvulas atrioventriculares e o enchimento ventricular. •Então etapas do ciclo cardíaco em que se observa esse enchimento: → Rápido, 70 a 80% do enchimento → Lento, 20 a 30% do enchimento → Sístole atrial. •Durante a atividade física, a etapa mais importante é a sístole atrial. •Esse enchimento ventricular, relacionado a essas fases é responsável pela determinação da pressão diastólica final, que distende os ventrículos e acomoda um determinado volume ao final da diástole. O retorno venoso contínuo é a quantidade de sangue que retorna pelo sistema venoso ao átrio direito a cada minuto; O que determina o retorno venoso? -Gradiente de Pressão- entre a pressão registrada nos pequenos vasos venosos, vênulas – pressão venular, pressão venosa periférica, pressão sistêmica media em torno de 7mmHg- e a pressão no átrio direito – que é parecida com a pressão venosa central, registrada em grandes Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco vasos venosos centrais que em vários momentos se aproximam de 0, a qual depende do retorno venoso e da capacidade bombeadora do coração; A principal força propulsora de sangue de volta ao coração é a pressão venosa, já que a pressão atrial é muito reduzida. Como consequência, é ela o principal fator a influenciar o retorno venoso, que é importante no controle do debito cardíaco. Quais são os fatores que interferem na pressão sistêmica média? Tônus venoso As veias normalmente são vasos que se caracterizam por apresentar um abaixa resistência, uma baixa pressão e uma grande capacidade de se distender, ou seja, quando é aumentado o volume de sangue das veias a pressão quase não varia. A não ser que se aumente o tônus simpático as veias, por meio das catecolaminas se ligando a receptores alfa adrenérgicas, a venoconstricção é um mecanismo extremamente importante, reduz o grau de complacência venosa, o que faz elevar 2 a 3x a pressão média, consequentemente o retorno venoso. Muito importante essa participação, até em simples mudança de postura, quando isso acontece a tendência é o sangue ficar represado nas extremidades inferiores pelo próprio peso da coluna liquida do sangue, isso poderia resultar numa redução do retorno venoso e do débito cardíaco, mas não ocorre porque o simpático é ativado e contrai esse leito venoso, aumentando a pressão venosa reestabelecendo o retorno venoso, o débito cardíaco e a pressão arterial. Agora, pessoa mais idosas ou indivíduos que consomem drogas venulodilatadoras, podem reduzir a pressão sistêmica média, o retorno venoso, o débito cardíaco e a pressão arterial, podendo ter um efeito colateral chamado de hipotensão postural. Volemia É a variação do sangue circulante. Variações são importantes no controle da pressão venosa, PA, no retorno venoso. É tão importante, que uma das condutas iniciais no tratamento onde a volemia diminui é controlá-la a partir de reposição de líquidos. Vários fatores podem influenciar a volemia: - Postura -Bomba muscular esquelética – ação mecânica da musculatura esquelética que exerce uma ação compressiva nas veias adjacentes deslocando sangue das áreas onde se encontra maior pressão em direção ao coração. O fluxo é unidirecional. - Sistema Renina Angiotensina Aldosterona (SRAA) – além da ação vasoconstrictora e cardioestimulante da angiotensina 2, via ativação de receptores AT1, mexe com o tônus vascular, atividade cardíaca e determina reabsorção renal de sódio e a liberação da aldosterona que vai no rim causar retenção salina e de água (Hidrossalino), que pode causar alterações na pressão sistêmica média. O SNP ativa esse sistema, as catecolaminas aumentam a liberação de renina; - ADH, causa retenção hídrica; – PNA, reduz a retenção Hidrossalino; - SNA e Cápsula esplênica, as catecolaminas – atividade simpática – causa contração do musculo liso que reveste o baço, aumentando a mobilização Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco de parte desse volume armazenado paraa circulação aumentando a pressão sistêmica media e o retorno venoso; - Atividade respiratória, durante a inspiração o diafragma rebaixa, comprime as vísceras abdominais distende os pulmões aumentando a pressão abdominal e reduzindo a pressão torácica, comprimindo o sistema venoso em direção ao tórax aumentando a volemia e o retorno venoso. Já durante a expiração o diafragma se eleva, aumenta a pressão pulmonar e reduz a pressão abdominal, que comprime os vasos venosos centrais diminuindo o retorno venoso. Resistencia vascular periférica total É o tônus das arteríolas. Embora seja influenciado por mecanismos nervosos – principalmente simpático – hormonais, associados aos mecanismos dos tecidos. Muitas vezes o mecanismo metabólico suplanta o nervoso e o hormonal. O que deve propiciar um aumento do retorno venoso? Para aumentar o retorno venoso deve ter um aumento da resistência das arteríolas, uma dilatação, fazendo com que o sangue entre em maior fluxo e maior pressão no leito capilar e no leito venoso aumentando a pressão venular. Aumenta a pressão das artérias para as veias, aumentando o retorno venoso, que é diretamente proporcional ao nº de vasos dilatados, mantendo- se a pressão arterial. Isso acontece no exercício físico quando a resistência periférica total se encontra reduzida, o retorno venoso aumentado e o débito aumentado para o coração, pulmão, musculo esquelético, cérebro. O aumento do débito cardíaco no exercício físico é dado por: 1. Aumento do retorno venoso; 2. Aumenta volemia; 3. Aumenta o tônus venoso – vasoconstrição pelo simpático; 4. Reduz a resistência periférica total. 5. Aumenta a atividade cardíaca (fatores intrínsecos e extrínsecos). Bomba Periférica Esse slide, serve para ilustrar a importância no deslocamento ascendente de sangue no sistema nervoso periférico. A importância do sistema valvular íntegro, a idade leva a perda desse sistema. A contração da musculatura esquelética adjacente comprime de fora pra dentro esse leito venoso e causa o deslocamento de sangue de áreas em maior pressão, para áreas de menor pressão. As válvulas impedem o retorno do sangue durante o relaxamento muscular. Mariana Rocha Cruz – UNIFESO- TURMA 102 @maridejaleco Sistema Nervoso Simpático Além de interferir com a atividade cardíaca e de interferir com a liberação de renina, também age nos vasos periféricos arteriolares e venosos causando vasoconstricção mediado por receptores alfa adrenérgicos. O controle do tônus arteriolar pode ser sobrepujado pelo mecanismo local relacionado a atividade metabólica do tecido. Se ela for intensa esses metabolitos causam dilatação, mesmo que o tônus simpático esteja aumentado. Já sobre o sistema nervoso, venoconstricção.
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