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PROPEDÊUTICA VENOSA Propedêutica vascular significa os ensinamentos básicos sobre as doenças vasculares diretamente aplicadas ao doente. ANATOMIA VASOS PROFUNDOS: No segmento infragenicular (abaixo dos joelhos) há duas veias para cada artéria. São 2 veias fibulares, 2 veias tibiais anteriores e 2 veias tibiais posteriores, essas veias se confluem no seu trajeto com as veias gastrocnêmias. A veia poplítea ao passar pelo canal dos adutores ou canal de Hunter que fica no terço distal da coxa passa a se chamar femoral (femoral superficial antigamente). A veia femoral (drena a perna) vai se confluir a nível da região inguinal com a veia femoral profunda (drena a coxa) e formarão a veia femoral comum, que está localizada medialmente à artéria femoral e é possível palpar o pulso femoral aí. “É possível fazer punção na veia femoral palpando o pulso femoral e então puncionando um pouco medialmente a ele.” A veia femoral comum passando o ligamento inguinal passa a se chamar veia ilíaca externa, que mergulha na pelve e se conflui com a veia ilíaca interna ou veia hipogástrica (que drena o segmento pélvico) e então juntas formam a veia ilíaca comum. A veia ilíaca comum drena tanto o segmento pélvico como toda a sua extremidade superior: - Veia ilíaca comum fica aproximadamente a nível de L5 (a nível do promontório sacral) vai se confluir com sua homônima contralateral formando assim a veia cava inferior. - As patologias venosas (TVP, varizes, refluxo) vão acontecer praticamente todas nessas veias do sistema venoso profundo. VASOS SUPERFICIAIS: É formado pela veia safena parva e veia safena magna e suas respectivas acessórias. O sistema das safenas drena em torno de 10-15% do sangue, disfunções no sistema superficial também podem repercutir em insuficiência venosa crônica Interligando a veia safena parva e a veia safena magna há a veia de Giacomini e essa veia de Giacomini é denominada como inserção cranial da safena parva. ANAMNESE Dor da Insuficiência Arterial • Fator de piora – o estado do paciente piora quando as pernas ficam elevadas. • Característica da dor • Claudicação Intermitente – paciente refere dor quando anda e melhora quando está em repouso. O músculo fica sem o suprimento necessário de oxigênio quando o paciente anda. Os principais sintomas são: dor na panturrilha em queimação. Dor em repouso • Posição do membro – o paciente sente melhora ao deixar os membros “pendurados”. Dor da Insuficiência Venosa • Característica da dor - Sintomas: sensação de dor em peso, cansaço e queimação. - Paciente irá referir que acorda bem e a dor piora ao longo do dia. • Fatores de alívio – paciente refere melhora ao elevar os membros (auxílio no retorno venoso ao coração). Doença Linfática • Característica da dor - Edema INSPEÇÃO Inspeção significa examinar ou observar com atenção aos detalhes. - No caso da inspeção vascular é importante notar a palidez do paciente. Cianose: é um sinal ou um sintoma que pode ser notado através da coloração azul-arroxeada da pele, embaixo das unhas ou nas mucosas. A cianose ocorre devido a má oxigenação do sangue arterial. • Não-fixa: ao apertar será possível observar a pele branca e ao soltar voltará a ficar roxa. Isso significa que ainda possui perfusão. • Fixa: não fica branca quando a pele é pressionada. Isso significa que já há trombose na microcirculação. Dermatite Ocre: Deposição de hemossiderina. A dermatite ocre ocorre devido à hipertensão venosa causada pela Insuficiência Venosa. Devido ao mau funcionamento das veias o sangue fica represado na parte inferior da perna aumentando a pressão local. Isso pode levar a um extravasamento de sangue e acúmulo de um pigmento chamado hemossiderina na pele. Este pigmento contém ferro, e isso leva a uma coloração amarronzada, enegrecida, que aparece principalmente na parte distal da perna, a chamada dermatite ocre ou dermatite de estase. Redução de fâneros • Porta de entrada: onicomicoses Hiperemia Reativa: Ao levantar a perna do paciente será observado palidez e ao abaixar o pé ficará muito vermelho (hiperemia). Quando a perna é levantada é induzida uma isquemia que irá, consequentemente, gerar uma vasodilatação acentuada na tentativa de compensar essa falta de suprimento sanguíneo. Em casos de infecção associada o pé não ficará vermelho quando for abaixado. Presença de secreção/odor e necrose: PALPAÇÃO Palpação de pulsos • Axilar • Braquial • Radial • Ulnar • Poplíteo • Pedioso • Tibial • Carotídeo Alteração de temperatura Massa Pulsátil o Consistência muscular e edema Linfonodomegalias e dor a palpação dos linfonodos Edema • Duro ou mole • Início • Uni ou bilateral Sinal de Godet • Tempo de pressão • Locais de pesquisa Edema – Linfedema • Não poupa os pés • Sinal de Stemmer - Espessamento cutâneo na base dos podos, não sendo possível seu pregueamento. EXAMES CLÍNICOS EXAMES CLÍNICOS ARTERIAL: • Evolução da doença • Claudicação intermitente • Neuropatia isquêmica • Dor em repouso EXAMES CLÍNICOS VENOSO: Tromboflebite: A flebite, ou tromboflebite, consiste na formação de um coágulo sanguíneo no interior de uma veia, que impede o fluxo de sangue, o que provoca inchaço, vermelhidão e dor no local afetado. Esta situação é considerada uma urgência médica pois pode trazer complicações como trombose venosa profunda ou embolia pulmonar, por exemplo. Trombose Venosa Profunda (TVP) • Sinal de Homans: Sinal indicativo de tromboflebite da perna. Consiste na dorsiflexão do pé sobre a perna e o doente vai referir dor na massa muscular na panturrilha. • Sinal da Bandeira: Quando um membro inferior é comparado com outro durante a palpação, nota-se menor mobilidade da panturrilha que fica empastada. • Sinal de Bancroft: Quando palpada a musculatura da panturrilha contra a estrutura óssea o doente refere dor. Varizes • Queixa principal • Caráter da dor • Edema? • Hiperpigmentação: dermatite ocre • Lipodermatoesclerose • Úlceras EXAME CLÍNICO LINFÁTICO: Linfedema Crônico • Progressivo, indolor • Edema sem cacifo • Sinal de Stemmer: Espessamento da pele, aspecto de “casca de laranja”, coloração vermelho róseo, discreto aumento de temperatura. EXAMES DIAGNÓSTICOS Ultrassom Doppler – 1a opção Cálculo de Índice Tornozelo Braço (ITB)