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Texto Sobre Modalidade Didática

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Universidade Estadual de Goiás
Anápolis, fevereiro de 2021
Emilly Layne Martins do Nascimento
Texto sobre Modalidades Didáticas: Aula Prática/Experimental
O ensino de Ciências desenvolve no aluno todas as habilidades de formar um bom cidadão. A atividade experimental é uma das metodologias para a aprendizagem de Ciências no ensino que busca ser considerada uma inovação. Compreende-se a prática como essencial para a construção da teoria, entretanto existe a separação entre aulas teóricas e práticas. As atividades experimentais são caracterizadas por motivar os alunos com o conteúdo, mas nesse quesito sabe-se que nem sempre as atividades experimentais desenvolvem a motivação durante a aula e o ensino-aprendizagem. Com isso, há a necessidade de uma formação inicial/continuada e pesquisas sobre a experimentação para aulas práticas afim que desenvolva um ensino que promova a aprendizagem de forma dinâmica para com o aluno protagonista (GALIAZZI, 2001). Dessa forma, a utilização de um auxílio, sobretudo um suporte didático, faz com que o teor de explicação seja nitidamente mais representativo como também significativo onde a compreensão de um conteúdo mais complexo (DAVI; SETUBAL; ESPOSITO, 2013).
Segundo Pacheco e Ataíde (2013) “Faz-se necessário buscar novas formas de ensinar, com metodologias diferenciadas, no sentido de promover o envolvimento e o interesse do aluno.” Além dos professores lamentarem as condições para trabalharem a experimentação, tais como: quantidade de alunos nas turmas, carga horária e infraestrutura, ainda tem o quesito da escassez de conhecimento sobre a função da experimentação na aprendizagem dos alunos. Assim, se o professor não compreender o seu papel como mediador do conhecimento e continuar com trabalhos de forma tecnicista no ensino de ciências os objetivos da aprendizagem através da experimentação serão falhos. A função do ensino experimental promove uma ajuda pedagógica ao professor para que ocorra intervenções e proposições que contribuam aos processos interativos e dinâmicos durante a aula prática ciências, ao mediar a aprendizagem deve ultrapassar a observação empírica, problematizar, tematizando e contextualizando o experimento com o mais próximo do comtiano dos alunos. Dessa forma, as atividades práticas sem a discussão entre a teoria e a prática não alcançaria o seu objetivo cujo é exceder os conhecimentos cotidianos (PEREIRA, 2010).
Nessa perspectiva, há a necessidade de um professor pesquisador, ou seja, um professor proativo, atento aos déficits dos seus alunos, como também disposto a realizar novas práticas docentes, é construído de forma ainda mais significativa perante o estágio supervisionado em docência para com esses futuros professores (FAGUNDES, 2016). De acordo com Pereira (2010) ao separar o contexto teórico do prático o professor favorece para que o ensino-aprendizado seja diminuído, já que as atividades investigativas têm o propósito de possibilitarem a percepção do conhecimento científico através de um processo dinâmico que incentiva o aluno a envolver-se no desenvolvimento do próprio conhecimento. Com isso, ao propor uma atividade prática e orientá-la o professor deve fazer questionamentos, argumentações e desafios além de dominar a matéria. (PEREIRA, 2010)
As aulas práticas demonstrativas também são bastantes utilizadas devido serem adequadas as condições que o professor está inserido, mas é possível escolher caminhos novos de ensino pedindo que os alunos apresentem expectativas de resultados, expliquem os resultados e conduzindo discussões As atividades práticas a serem aplicadas devem ser selecionadas e adaptadas para a realidade da escolar visando o desenvolvimento cognitivo dos alunos e relacionando o aprendizado da escola com o do cotidiano, dessa forma associando a atividade com seu dia a dia. A aula prática ideal requer uma introdução para os alunos sobre o assunto que será tratado durante a atividade, mas a introdução deve ser breve apenas para incentivar e aguçar os alunos sobre o conteúdo, é importante o professor transitar pela sala de aula para que assim os alunos consigam comunicabilidade e tirar dúvidas. O professor deve orientar e ajudar os alunos a compreender o experimento, propor comparações dentre as atividades e o que faz parte do cotidiano para facilitar o ensino-aprendizagem (POSSOBOM; OKADA; DINIZ, 2003).
 Além disso, a utilização de suporte didático faz-se ainda mais indispensável quando se tem entre meio a turma alunos com maior dificuldade de aprendizado, como portadores de necessidade educacionais especiais (LAJOLO,2008). As práticas de ciências fazem com que os alunos tenham motivação e envolvimento no processo de ensino-aprendizagem, com isso permite que desenvolvam o conhecimento com a interação com a turma e o professor. O envolvimento tem relevância pois o aluno compreende a importância de expor os conhecimentos em circunstancias que atestem como significativos e importante o próprio esforço intelectual. Dessa forma, as aulas práticas e experimentos possuem um caráter interdisciplinar, e o professor pode envolver e conduzir o aluno, assim o aluno tem a capacidade de construir seus conhecimentos (HOERNIG; PEREIRA, 2004).
Referências
DAVI, C.; SETUBAL, M.A.; ESPÓSITO, Y. L Papel e Valor das Interações Sociais em Sala de Aula. Caderno de Pesquisa. São Paulo, n.71, p. 49-54, nov., 2013.
FAGUNDES, T.B. Os conceitos de professores pesquisador e professor reflexivo: perspectivas o trabalho docente. Revista Brasileira de Educação. v.21, n. 65, p.281-298, abr.-jun., 2016. 
GALIAZZI, M. D. C., ROCHA, J. M. D. B., SCHMITZ, L. C., SOUZA, M. L. D., GIESTA, S., & GONÇALVES, F. P. Objetivos das atividades experimentais no ensino médio: a pesquisa coletiva como modo de formação de professores de ciências. Ciência & Educação (Bauru), v. 7, n. 2, p. 249-263, 2001.
HOERNIG, A. M.; PEREIRA, A. B. As aulas de ciências iniciando pela prática: o que pensam os alunos. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 4, n. 3, 2004.
LAJOLO, M. Livro Didático: um (quase) manual de usuário. Em Aberto, Brasília, v.16, n.69, jan-mar, 2008.
PACHECO, R. D. S.; ATAIDE A. M. Dificuldades de interpretação de textos na escola - propostas metodológicas para a superação desse problema: trabalhando com fábulas e mitos. Visitado em: 17 de fevereiro de 2021. < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_unioeste_port_artigo_rosimeri_dos_santos_pacheco.pdf>.
PEREIRA, B. B. Experimentação no ensino de ciências e o papel do professor na construção do conhecimento. Cadernos da FUCAMP, v. 9, n. 11, 2010.
POSSOBOM, C. C. F; OKADA, F. K.; DINIZ, R. S. Atividades práticas de laboratório no ensino de biologia e de ciências: relato de uma experiência. Núcleos de ensino. São Paulo: Unesp, Pró-Reitoria de Graduação, p. 113-123, 2003.

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