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AD6 Filosofia e ética

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Universidade Federal Fluminense (UFF)
Aluno: Paulo Vinícius Silva Machado - Matrícula: 19213110145
Polo: Belford Roxo
Curso: Administração Pública
Disciplina: Filosofia e ética
Atividade 6 
1. Explique os conceitos de estado de natureza e contrato social, em Hobbes. Por que ele é um 
absolutista?
Para Hobbes, “o homem é o lobo do próprio homem”. Seguindo esse contexto, no Estado de 
Natureza, os homens são maus por natureza, podendo utilizar de meios ilimitados de atingir o que 
se querem, até mesmo a violência, onde, no passado, era visto como normalidade. O homem se 
impunhava a outro, mediante a força, seja para conquistar algum bem, território, etc. Com isso, viu-
se a necessidade de se criar um Estado, regido por um Contrato Social, que obtivesse regras 
limitando o poder do indivíduo, para o bem-estar social, e a proteção de direitos individuais, que 
naquele caso, era um bem maior: a vida.
Hobbes é considerado um absolutista, em virtude de defender a ideia da necessidade de um 
soberano para a manutenção da ordem social. Para ele, o homem deveria abdicar de seu poder 
individual em prol de um único soberano, que teria em suas mãos o poder de todos os homens.
2. Mostre as diferenças de Locke em relação a Hobbes nas concepções de estado de natureza e 
contrato social. O que Locke diz sobre o trabalho e sobre a tolerância religiosa? 
Locke era defensor de mais liberdade política e religiosa, enquanto Hobbes defendia o poder
absoluto nas mãos de um único homem, negando o direito de revoltas por parte da sociedade. Para 
Locke, o estado de natureza não era um ambiente sem leis, sem regras ou segurança, ao contrário de
Hobbes. Para ele haviam as leis naturais, aplicadas por Deus ao homem, que lhes dariam a defesa 
dos direitos naturais, vida, propriedade, trabalho, etc. Já o contrato social, para Locke, é a transição 
do estado de natureza para o estado civil, ao qual independente da forma de governo, as 
propriedades e a comunidade de conflitos estariam preservadas. Para ele, esse contrato social 
assume um papel de consentimento comum entre os indivíduos, para a construção de uma sociedade
civil e a preservação dos direitos naturais, ao qual é regida por uma série de regras para o bom 
convívio social. Diferentemente da visão de Hobbes, que para ele o contrato social é um tipo de 
pacto de submissão onde o indivíduo se submete a outro (o soberano). 
Para Locke, todas as crenças religiosas poderiam ser toleradas, desde que, não se vissem 
contra a existência do Estado. Para ele, a função de uma religião é apenas ajudar a salvar a alma de 
cada ser, as crenças religiosas não deveriam se misturar com a política. Nesse cenário, Locke coloca
duas colocações importantes: a igreja não pode seguir um senhor estrangeiro, pois iria em 
desacordo com as práticas da comunidade; os incrédulos não tem valor algum para Locke, pois, 
para ele uma sociedade se faz com pactos. 
3. Qual a paixão essencial à sociedade, segundo Hume? E para Adam Smith? O que é a mão 
invisível?
Para David Hume, “a razão é, e dever ser apenas escrava das paixões, e não pode aspirar a 
outra função além de servir e obedecer a elas” (2002, p. 15). Para ele, o indivíduo age pela emoção 
e usa a razão apenas para chegar ao bom termo. Porém, Hume não era defensor da sociedade agir 
pela emoção sem utilizar a razão, pelo contrário. A paixão essencial que Hume defende, é a conexão
entre os seres humanos através da simpatia, que de forma atual, é mais visto como a “empatia”.
“Não há na natureza humana qualidade mais notável, tanto em si 
mesma como por suas consequências, que nossa propensão a simpatizar com 
os outros e a receber por comunicação suas inclinações e sentimentos, por 
mais diferentes ou até contrários aos nossos.” (HUME, 2002, p. 15). 
O conceito de mão invisível, para Adam Smith, de forma resumida, é uma interferência 
natural que o mercado exerce na economia. Esse conceito inicialmente foi introduzido através de 
seu livro: “Teoria dos sentimentos morais (1759)”, que logo depois estaria enfatizado em sua outra 
obra: “A riqueza das nações”. Esta defende o livre comércio entre as nações. A mão invisível viria 
para substituir o conceito de simpatia do mercado, que ele acreditava ser a qualidade mais 
importante da vida social.
4. O que é o utilitarismo e qual seu princípio básico?
De acordo com o livro: “O utilitarismo foi uma escola filosófica fundada por Jeremy 
Bentham (1748 – 1832). Tinha como princípio básico o fato de que o ser humano foge da dor e se 
aproxima do prazer.” (Mill. p.22)
Nesse contexto, o ser humano tende a atrair para si aquilo que é prazeroso, mas não apenas 
em questões amorosas, etc. Mas também em questões culturais, econômicos, pessoais, etc. Este 
princípio é praticamente, o que dita as regras no comportamento humano. Com isso, os utilitaristas 
lutaram por grandes reformas políticas e sociais, aos quais necessitavam de profundas mudanças nas
leis da época para que o princípio básico da escola fosse bem-sucedido. Através de um chamado 
“cálculo felicífico”, os utilitaristas saberiam o nível de felicidade numa determinada situação e as 
utilizariam a seu favor. Porém, esse movimento representava bastante resistência pela oposição da 
época. O objetivo principal desse modelo, é aumentar cada vez mais o exercício democrático, de 
modo que todos se beneficiassem.
Referências bibliográficas
RAMOS, Flamarion Caldeira. Manual de filosofia política. Ed. Saraiva, 2015.
WIKIPÉDIA. Mão Invisível. Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o_invis
%C3%ADvel> Acesso em: 12 out. 2020.
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o_invis%C3%ADvel
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o_invis%C3%ADvel

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