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Sistema linfático • órgãos linfáticos: o Tonsilas: linfonodos parcialmente encapsulados, encontrados na garganta. função: filtrar líquido intersticial vindo do nariz e garganta. ▪ Tonsila palatina: parte oral da faringe -> amígdalas. ▪ Tonsila faríngea: parte nasal da faringe -> adenoide quando inflamada, pode interferir na respiração. ▪ Tonsila lingual: parte posterior do dorso da língua. o Timo: localizado na parte superior do tórax, posterior ao esterno e inferior a glândula tireoide. função: produção e maturação dos linfócitos T pela secreção de hormônios (timosinas). ▪ Papel importante na formação do sistema imune antes do nascimento e nos primeiros anos de vida. ▪ pós puberdade -> timo diminui e é substituído por tecido conjuntivo e gordura. o Baço: abaixo do diafragma -> maior órgão do sistema linfático, forma e estrutura parecida com linfonodo. função: purificar e reservar sangue, fagocitose e destruição de glóbulos vermelhos envelhecidos, eritropoiese. ▪ artéria esplênica -> leva sangue até o baço para ser purificado, o sangue sai pela veia esplênica. ▪ é formado por 2 tecidos: polpa branca (linfócitos ao redor das artérias) e polpa vermelha (seios venosos carregados com sangue, linfócitos e macrófagos). o Linfonodos/gânglios linfáticos: formado por tecido linfático; local onde ocorre a formação dos leucócitos mononucleares (segunda linha de defesa do organismo), filtram a linfa e retiram todas as partículas antes que escoe para as veias, atuam na sustentação e reforço da ação dos neutrófilos. ▪ Internamente -> linfonodo possui diversos compartimentos (nódulos linfáticos - massa de macrófagos e linfócitos) separados pelos seios linfáticos (espaços preenchidos por linfa). ▪ Linfonodos cervicais: drenam e purificam a linfa proveniente das regiões da cabeça e do pescoço. ▪ Linfonodos axilares: drenam e purificam a linfa proveniente do membro superior e da região peitoral; captam células cancerosas que escapam das mamas. ▪ Linfonodos inguinais: localizados na virilha, drenam e purificam a linfa dos membros inferiores e dos órgãos genitais externos. o Linfa: líquido transparente/coloração clara com aspecto leitoso, transportada pelos vasos linfáticos em sentido único e filtrada nos linfonodos. ▪ Não tem hemáceas ▪ Derivada do líquido intersticial ▪ funções: contribui com o transporte e remoção de substâncias -> comunicação entre sangue e tecidos é feia pelo sistema linfático; linfa nutre as células; elimina as impurezas produzidas durante o metabolismo; promove a drenagem de água e substâncias dos espaços entre as células. • Vasos e ductos linfáticos: os vasos são semelhantes as veias, mas com paredes mais finas, sem separação entre as camadas, além de possuir mais número de válvulas, o Carregam a linfa dentro delas o Possui trajetória unidirecional -> em direção ao coração, por causa das válvulas (impedem o retorno da linfa). o Acompanham os vasos sanguíneos venosos por todo o coração. o Capilares linfáticos -> se originam nos tecidos -> túbulos constituídos por endotélio e lâmina basal incompleta o Capilares mais finos -> vão se fundindo -> formam vasos linfáticos maiores - > terminam em 2 grandes troncos ▪ Ducto torácico: conduz linfa da maior parte do corpo pro sangue. Tronco comum a todos os outros vasos linfáticos, desemboca na junção da veia jugular interna com a veia subclávia esquerda. ▪ Ducto linfático direito: conduz a linfa para a circulação sanguínea -> lado direito da cabeça, pescoço, tórax, membro superior direito, pulmão direito, lado direito do coração, face diafragmática do fígado. • Bombeamento: não possui órgão central de bombeamento -> a linfa circula nos vasos pela contração muscular de vasos linfáticos, pulsação de artérias próximas, compressão externa de tecidos. • Linfoma de Hodkgin: característica de se dispersar de um grupo de linfonodos para outro pelos vasos linfáticos. se manifestas quando um linfócito se transforma em uma célula maligna. o diagnóstico: biópsia da região afetada; consiste na retirada parcial ou total do linfonodo. o Tratamento: poliquimioterapia (quimioterapia associada com múltiplas drogas), com ou sem radioterapia associada. retorno da doença -> transplante de medula óssea. o Sintomas: pescoço, virilha e axilas -> ínguas indolores. tórax -> tosse, falta de ar ou dor torácica. pelve ou abdômen -> desconforto ou distensão abdominal. outros sintomas: febre, cansaço, suor, perda de peso sem motivo aparente e coceira. • Linfoma não Hodkgin: são necessários vários exames para diagnóstico adequado (determinar o tipo exato de linfoma, características) • Linfedema: acúmulo de líquidos em razão da reduzida capacidade de transporte linfático por lesões a vasos linfáticos ou linfonodos. o primário: geralmente se manifestam durante períodos de crescimento intenso (sexto ano de vida ou puberdade). ▪ Hipoplasia: desenvolvimento reduzido dos vasos linfáticos -> reduz a capacidade de transporte ▪ Lindangiectasia: dilatação dos vasos linfáticos -> insuficiência valvular; ▪ Fibrose primária dos linfonodos: falsa disposição dos linfonodos por ausência de amadurecimento embrionário, com as correspondentes limitações de fluxo em vasos linfáticos. o secundário: mais frequente; lesões adquiridas podem ser condicionadas por cirurgias, irradiação, traumas, infecções, parasitas ou tumores malignos. ▪ diagnóstico: anamnese e exame físico. ▪ Tratamento: fisioterapia, drenagem linfática manual, manipulação do edema e compressão; fase de redução -> edema é reduzida ao máximo (uso de compressão por bandagens). fase de manutenção -> meia de compressão (meias elevam a temperatura cerca de 2-3ºC em uma hora), filtração capilar aumenta, deve-se evitar exposição ao calor intenso. • Filariose/elefantíase: mosquito Culex. provoca bloqueio linfático no local onde o parasita fica retido -> formação de edema. o Tratamento: medicamentos, cirurgias o prevenção: combate ao mosquito transmissor • Tonsilite/amigdalite: infecção persistente das tonsilas causada por microrganismos (bactérias ou vírus) o infecção bacteriana: placas brancas de pus sobre as amígdalas. o infecção viral: não ocorre formação de placas com frequência. o recomendações: evitar o contato com um indivíduo infectado, além de sempre lavar as mãos. o Tratamento: bacteriana: administração de antibióticos; viral: repouso e ingestão de líquidos; casos mais graves realiza-se cirurgia para remoção das tonsilas. Fisiologia do envelhecimento • senescência: somatória de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas do envelhecimento normal. • Senilidade: afecções que frequentemente acometem os idosos. • Sistema visual: cristalino fica menos flexível -> menos aptidão para focalizar objetos próximos. o Atrofia do epitélio pigmentar da retina e degeneração da fóvea são as causas mais graves da perda de visão na terceira idade. o diminuição da capacidade do foco de objetos próximos e presbiopia o Perda de sensibilidade a cores diferentes e contraste o diminuição do campo visual periférico da recuperação após a exposição intensa de luz o diminuição da noção de profundidade. o alterações na esclera (parte branca): amarelamento/escurecimento por causa dos raios UV, vento e poeira; manchas aleatórias de pigmento; afinamento da retina; tom azulado causado pelo aumento de transparência da esclera. o músculos que permitem fechar a pálpebra perdem força o ectrópio: flacidez das pálpebras + enfraquecimento dos músculos -> pálpebra inferior se vira para fora do globo ocular. o entrópio: pálpebra inferior se volta para dentro -> cílios encostem no globo ocular. o Ptose: pálpebra superior é afetada,caindo. o Enoftalmo: quando a gordura acumulada em volta do globo ocular se contrai -> afundamento do globo ocular na órbita. pode causar um leve bloqueio da visão periférica. o Pupilas podem ficar menores -> reagem mais devagar à luz e dilatam mais vagarosamente no escuro -> dificuldade de distinguir objetos menos brilhantes. o Catarata: perda de transparência do cristalino. o Presbiopia: perda de função dos músculos ciliares (responsáveis por moverem o cristalino); perda de água do núcleo do cristalino -> "vista cansada". o Arco senil: não afeta a visão. são um depósito de cálcio e sais de colesterol que faz aparecer uma franja anelar branco acidentada na extremidade da córnea. • Sistema vestibular: tontura -> vertigem, instabilidade, desequilíbrio, flutuação, oscilação, oscilopsia. o redução gradual na densidade dos receptores e no número de células receptoras -> degeneração do reflexo vestíbulo-ocular. o Perda auditiva -> morte de algumas células auditivas. entretanto componentes genéticos, diabetes, pressão alta, tabagismo, uso excessivo de álcool -> aceleram a presbiacusia. • Sistema muscular: no envelhecimento ocorre a perda de massa muscular (5% até os 50 anos; 10% dos 50 até os 80). as fibras musculares de contração rápida são as que sofrem maiores perdas. o é mais evidente nas mulheres. o Sintomas: desequilíbrio, dificuldade para andar ou cumprir atividades físicas, dores (desgaste nas articulações e falta de músculos para sustentação). o Atrofia muscular: desuso -> falta de atividade física, pessoas que trabalham sentadas, condições médicas que limitam os movimentos ou que reduzem o nível das atividades físicas. ▪ neurogênica: lesão ou doença em um nervo que se conecta ao músculo -> esclerose lateral amiotrófica, neuropatia e poliomielite. o Sarcopenia: perda gradual de massa e força muscular associada a prejuízos de função -> fibras musculares são substituídas por tecido adiposo e colágeno. ▪ Envelhecimento: perda gradual e inevitável dos músculos. ▪ prevenção: hábitos saudáveis. ▪ consequências: não regularização da postura, perda de equilíbrio, lentidão da caminhada e maior tendência a fraturas e quedas. • Sistema ósseo: a partir dos 40 anos -> início dos danos relacionados a perda óssea e diminuição da densidade mineral. o até os 50 anos a perda é reversível -> mais interno e mais ativo metabolicamente, fornece suprimento inicial nos estados de deficiência mineral. o após os 50: perde-se osso cortical -> processo irreversível. o Perda óssea: osteoblastos diminuem a capacidade de sintetizar tecido ósseo. ▪ redução da estatura: modificações de tecido conjuntivo presente nos discos intervertebrais que com o passar da idade perdem a capacidade de absorver água -> ligamentos de elastinas menos flexíveis -> adoção da postura flexionada para frente. o Osteopenia fisiológica: assintomática; perda gradual de massa óssea -> compromete a resistência dos ossos e aumenta o risco de fraturas. ▪ mais acelerada em mulheres: osteoclastos e osteoblastos possuem receptores de estrogênio - menopausa -> queda dos níveis de estrogênio (hormônio que auxilia na absorção de cálcio e estabiliza o metabolismo ósseo). ▪ Homens: o problema se agrava a partir dos 60-70 anos, quando caem os níveis de testosterona. ▪ Pode levar à osteoporose. ▪ diagnóstico: densitometria óssea -> não invasivo, baixa exposição à radiação -> mede a quantidade de cálcio por cm2 no fêmur e na coluna vertebral. ▪ Tratamento: alimentação balanceada e rica em vitamina D e cálcio; pegar sol 10-15min/dia, sem protetor solar; praticar atividade física; evitar álcool e cigarro. ▪ prevenção: estilo de vida saudável desde a infância, exposição moderada ao sol para garantir a síntese de vitamina D. o Osteoporose: diminuição progressiva da densidade óssea e aumento de risco de fraturas; compromete a resistência dos ossos e aumenta o risco de fraturas principalmente no fêmur, pulsos e coluna vertebral. ▪ Causas: histórico familiar, deficiência na produção de hormônios, medicamentos à base de cortisona, heparina e no tratamento de epilepsia, alimentação deficiente em vitamina D, baixa exposição ao sol, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool. ▪ Sintomas: assintomática -> primeiro sinal pode aparecer quando a doença já está em estado avançado. a dor está diretamente relacionada ao local em que ocorreu a fratura ou desgaste ósseo. ▪ diagnóstico: densitometria óssea por raios X. ▪ Tratamento: hábitos saudáveis, exposição ao sol, medicamentos (hormônios sexuais - modeladores de receptores de estrogênio e calcitonina. administração subcutânea diária do hormônio das paratireoides). ▪ Prevenção: estilo de vida saudável desde a infância, exposição moderada ao sol para garantir a síntese de vitamina D, fazer exercícios físicos de impacto (estimulam a formação óssea, ganho de força e massa muscular, ajuda na melhora do equilíbrio e previne quedas) • Sistema cardiovascular: o pericárdio: desgaste progressivo, aumento da taxa de acúmulo de gordura epicárdica. o endocárdio: espessamento, aumento das fibras colágenas, perda da disposição uniforme, lado esquerdo mais espesso, infiltração lipídica (60 anos). o miocárdio: acúmulo de gordura (átrios, parede dos ventrículos e septo interventricular), degeneração muscular, depósito de lipofucsina, hipertrofia miocárdica, depósito de substância amiloide (maior a partir dos 70 anos – maior incidência de insuficiência cardíaca). o Aorta: descontinuidade e desorganização das fibras elásticas, maior rigidez e aumento de calibre, aumento das fibras colágenas e deposição de cálcio -> aumenta a pressão arterial. o Válvulas: calcificação (10% aos 50 anos e 50% aos 90 anos) -> estreitamento da abertura que permite passagem de sangue. o Vasos sanguíneos: aumento da rigidez e perda de elasticidade, dilatação da luz dos vasos, apoptose das células musculares lisas e espessamento do tecido fibroso. ▪ Enrijecimento arterial: é um processo próprio do envelhecimento -> desgaste imposto ao longo dos anos -> ruptura das fibras de elastina na parede das artérias e sua substituição por colágeno menos distensíveis. o coronárias: perda de elasticidade, aumento do depósito de colágeno, dilatam, depósito lipídico, calcificação (em idades muito avançadas). o Espessamento da parede do coração (células cardíacas hipertrofiam), aumento no depósito de colágeno, vasos sanguíneos mais rígidos e menos elásticos, calcificação das válvulas. o A frequência cardíaca é um pouco mais baixa. o artérias -> acúmulo de gordura (aterosclerose) -> menos elástica -> função cardiovascular fica prejudicada, diminuindo a resposta de elevação de frequência cardíaca ao esforço ou estímulo, aumentando a disfunção diastólica do ventrículo esquerdo e dificultando a ejeção ventricular. o hipertensão sistólica isolada: artérias e arteríolas menos elásticas -> não relaxam rapidamente no bombeamento de sangue -> pressão arterial aumenta mais durante a sístole. o pressão alta: acima de 140 x 90 mmHg em 3 avaliações seguidas. pode causar insuficiência cardíaca, aneurisma de aorta, derrames cerebrais. o insuficiência cardíaca: coração não consegue mais bombear sangue suficiente para o corpo ▪ coração não consegue bombear sangue (sistólica) ou encher-se de sangue (diastólica) ▪ Sintomas: falta de ar, fadiga, pernas inchadas, batimentos cardíacos acelerados. ▪ Valvopatias: conjunto de doenças que envolvem as valvas cardíacas - > insuficiências (vala não fecha adequadamente no momento correto permitindo o fluxo de sangue no sentido inverso ao normal); estenoses (valva oferece resistência ao fluxo no sentido normal). oAterosclerose: depósito irregular de gordura que se desenvolvem nas paredes das artérias de médio/grande porte, reduzindo/bloqueando o fluxo sanguíneo. ▪ Causa comum de ataque cardíaco e AVC. ▪ Sintomas: cãibras, dores. • Sistema nervoso: a partir dos 40 anos o volume e peso do cérebro declina a uma taxa de 5% por década -> declínio se acentua a partir dos 70 anos. o Perda de memória a curto prazo; o Dificuldade em aprender coisas novas; o Dificuldade em processar as informações. o Principais causas da neurodegeneração: comprometimento dos mecanismos de ação antioxidante; comprometimento da homeostase/equilíbrio do cálcio celular o “hipótese do cálcio": o envelhecimento dos sistemas ósseos, urinário e digestório associados ao paratormônio, calcitonina e vitamina D geram decadência de funcionalidade -> anormalidade na homeostase de cálcio. o disfunções mitocondriais: tem extrema importância na morte dos neurônios - > função de desintoxicar neurônios com espécies reativas de oxigênio e no sequestro de excesso de cálcio citoplasmático. o hipótese do cálcio + disfunções mitocondriais: natural perda e 20% da irrigação de sangue no cérebro -> diminui o número de células nervosas, menos conexões e conexões mais lentas na passagem de estímulos. • Consequências do envelhecimento do sistema neurológico: o Mal de Alzheimer: atrofia do cérebro, levando à demência em idosos. Os neurônios e suas conexões se degeneram e morrem -> declínio global na função mental. ▪ acúmulo de proteína beta amiloide e tau nos neurônios -> pode ser um fator responsável pelo desencadeamento da doença. ▪ Fatores de risco: idade avançada -> a partir dos 65 anos a probabilidade de se adquirir a doença dobra a cada 5 anos vividos. ▪ Sintomas: alterações de memória, capacidade intelectual (dificuldade com raciocínio lógico, linguagem, escrita, organização de pensamentos, interpretação de estímulos visuais, planejamento e realização de tarefas), alteração de comportamento (perda de inibição, agitação, alucinações, etc). o Parkinson: prejudica a coordenação motora, provocando tremores, dificuldade para caminhar e se movimentar. ▪ Causas: ocorre quando os neurônios dopaminérgicos são destruídos de forma lenta e progressiva -> não podem mais enviar mensagens corretamente ao cérebro -> perda da função muscular. Termorregulação • Ganho de calor: atividade metabólica ou de um ambiente mais aquecido. o Trocas de calor entre corpo x ambiente: radiação -> principal; radiação de ondas de calor do ambiente para o corpo e vice-versa; ▪ convecção: trocas de calor do corpo com o vento; ▪ evaporação: transpiração de líquidos pelo corpo para regular a temperatura. ▪ respiração e condução. • Balanço térmico do corpo: capacidade de ganhar ou perder calor. depende da capacidade térmica (capacidade do corpo em armazenas calor). a capacidade térmica é maior em adultos do que em crianças. • obtenção de calor: metabolismo, ambiente. • Perda de calor: condução, convecção, evaporação e radiação. • regulação da temperatura: é realizado pelo hipotálamo. o Termorreceptores: sinais enviados pelos termorreceptores localizados por toda a pele chegam ao hipotálamo -> descrevem a condição de aquecimento corpóreo. o Receptores de frio: corpúsculo de Krause. o Quando o corpo esfria: centro de produção de calor o hipotálamo é ativado -> envia estímulos elétricos através dos nervos simpáticos -> vasoconstrição dos capilares da pele -> mantem calor nos órgãos mais profundos. ▪ também contrai os músculos eretores dos pelos -> objetivo de criar uma camada de ar que gera isolamento térmico. ▪ contração da musculatura -> tremores -> termogênese mecânica. ▪ exposição prolongada ao frio: induz a hipófise a secretar TSH -> aumenta a taxa metabólica e mais calor seja produzido pelo o corpo. o Receptores de calor: corpúsculo de Ruffini. ▪ Ocorre vasodilatação -> inibição do centro de calor, aumento do fluxo sanguíneo. ▪ Sudorese -> nervos simpáticos estimulam as glândulas sudoríparas. o suor tem como função carregar água para fora do corpo -> com a evaporação da água causa resfriamento do corpo. ▪ Relaxamento da musculatura -> aumento da área de interação com o ar. o Receptores de dor: terminações nervosas livres. são estimulados apenas pelos graus extremos de calor ou frio -> mobilizar o organismo a se esquivar ou se proteger dessas condições. • termorregulação: o termogênese: permite que alguns seres vivos gastem energia para produzir e dispersar calor de acordo com as mudanças no meio externo ou com as necessidades internas. o termodisposição (termólise): reações químicas, onde a substância química se decompões em pelo menos 2 substâncias químicas quando aquecida. Geralmente a reação é endotérmica. • Metabolismo basal: forma não exata de calculas a quantidade de calorias que o corpo necessita durante o dia e ao mesmo tempo manter a temperatura corporal em equilíbrio. O calor é causado principalmente pelo fígado, cérebro, coração e músculos esqueléticos. • termogênese química: mais importante meio para manutenção da temperatura corporal. Gorduras -> fonte importante de energia térmica principalmente aquelas localizadas no tecido adiposo marrom (convertidas rapidamente em energia para geração de calor). • cálculo homens: MB = taxa de atividade x {66 = [(13,7 x peso (kg)) = (5 x altura (cm)) - (6,8 x idade)]} • cálculo mulheres: MB = taxa de atividade x {65,5 = [(9,6x peso (kg)) = (1,8x altura (cm)) - (4,7 x idade)]} • Hipotermia: perda de calor é maior que a produção, deixando o corpo abaixo da temperatura padrão. o Pode ocorrer em clima frio, imersão em água fria, dias quentes quando as pessoas não se movimentam tanto em superfícies frias, imersão prolongada na água com temperatura entre 20-24ºC. o Perda de consciência, imobilidade, trauma, hipoglicemia, convulsões, choque, etc. o Torna lenta todas as funções fisiológicas, termorregulação cessa abaixo de 30ºC e o corpo precisa de calor externo para ser reaquecido, disfunções das células renais e diminuição nos níveis de vasopressina causam produção de volume muito grande de urina diluída, hipovolemia. o Sinais e sintomas: intensos calafrios, disfunções do SNC, letargia e inépcia seguidas de convulsão, irritabilidade, alucinações, coma; pupilas não reagem, respiração e pulsação diminuem; braquicardia sinusal é seguida por fibrilação atrial lenta. o diagnóstico: medida da temperatura retal ou do esôfago, considerar intoxicação, sepse, hipoglicemia e trauma; hemograma, glicemia, eletrólitos, ureia sanguínea, creatina e hemogasometria. o Tratamento: secagem e isolamento, reanimação hídrica, reaquecimento ativo, impedir mais perda de calor. o Reaquecimento: passivo – hipotermia leve (32-35ºC) com termorregulação intacta, as medidas devem ser isolamento com cobertores aquecidos e ingestão de líquidos quentes. ▪ Ativo – hipotermia moderada (28-32,2ºC) e na hipotermia grave (>28ºC). Moderada -> reaquecimento externo deve ser aplicado em locais aquecidos (tórax) para evitar colapso do reaquecimento. grave -> exigem reaquecimento central o Reaquecimento central: inalação de ar quente, cristaloides e sangue devem ser aquecidos entre 40-45ºC, a lavagem torácica fechada com dois tubos de toracostomia (água quente). pacientes com ritmo sem perfusão devem receber RCP, e a desfibrilação se torna difícil em pacientes abaixo de 30ºC. • Efeitos prejudiciais da alta temperatura: hemorragias locais, pressão baixa, degeneração das células de todo corpo, principalmente cérebro. • exposição do corpo ao frio extremo: enregelamento, úlcera, febre. Sistema de líquidos corporais • Osmorreceptores: hipotálamo-> sensibilizado pela pressão osmótica que se altera de acordo com a presença de solutos ou solventes no corpo. o equilíbrio volêmico vem de sistemas interconectados o Aumento da osmobilidade -> excesso de sódio e íons eletronegativos. o Estimulados -> incitam os núcleos supra-ópticos -> estimulam a hipófise posterior e liberam ADH -> sede. • Hormônio ADH: produzido no hipotálamo; armazenado na neuro-hipófise. o Sistema de controle de secreção de ADH depende da osmolaridade plasmática -> ocorre devido a perda de água geralmente causada pela sudorese aumentada -> relacionada a exercício físicos. o Menor carga de trabalho = ADH não tão elevado; mais carga de trabalho = aumento de ADH. o Maior tempo de exercício -> maior desidratação -> maior quantidade de vasopressina. o função de reabsorver água nos túbulos renais. o Rins -> ADH estimula as aquaporinas -> auxiliam na passagem de águas nos ductos coletores do néfron. • Osmolaridade: quantidade total de partículas dissolvidas em um único solvente. quanto maior a osmolaridade, maior vai ser a pressão osmótica de soluto sobre o solvente. o Sudorese -> aumento da osmolaridade -> ativação da região hipotalâmica -> produção de ADH. • Controle da sede: receptores osmóticos da área antidiurética são excitados -> centro da sede sofre estimulo -> agem em conjunto. o estímulo básico: desidratação intracelular -> alta concentração de sódio no meio extracelular ou alta perda de potássio intracelular. o Limiar da sede: osmobilidade se encontra acima do normal -> ativado mecanismo de sede -> limiar da sede -> indivíduo ingere água o suficiente para normalizar o meio extracelular e a sensação de sede passe. ▪ Receptores sem estímulo -> 0 estímulo no centro da sede -> sem sede. • Perda de água: fezes, difusão através da pele, ventilação no trato respiratório (quando o ar entra, fica saturado por umidade e a água é perdida pelos pulmões durante a respiração) -> perda invisível de água. • Perda invisível de água: acontece pela difusão, é a perda de líquido corpóreo sem que a pessoa perceba de fato. o Ausência da cornificada (camada da pele) -> queimaduras -> indivíduo pode perder de 2-3 litros por dia -> reposição volêmica. • Ganho de água: ingestão de alimentos, ingestão de água, síntese corporal, oxidação de carbonos (200ml/dia). • Diabetes insípidos: rins removem água do corpo inadequadamente do sistema circulatório. o Central: hipotálamo + hipófise pela produção do ADH. estimula a reabsorção de água. ▪ lesão: queda nas concentrações do hormônio no sangue -> rins perdem a capacidade de reter água filtrada. • NDI: problema originado nos próprios rins -> células renais não respondem corretamente. aldosterona -> promove uma conservação dos íons sódio no líquido extracelular e uma excreção de íons potássio na urina. o Causas: genética, lesão por cirurgia, doenças (tumores, sarcoidose, tuberculose), medicamentos (lítio), desnutrição proteica. o Fatores de risco: danos no hipotálamo/hipófise, doenças (tumores, sarcoidose, tuberculose, granulomatose com poliangite), medicamentos (lítio), nefropatia, desnutrição proteica, hipercalcemia/hipocalcemia. o Sintomas: aumento da micção, especialmente a noite; sede excessiva, desidratação. o diagnóstico: análise sanguínea, análise de urina, teste de escassez de água, ressonância magnética nuclear de cabeça (se suspeita de ID central). o Tratamento: diabetes insípidos central – forma sintética de ADH; diabetes insípidos neurogênica – dieta com baixa ingestão de sódio, alta ingestão de água. • Desmopressina -> fármaco que substitui ADH. • Hiperidrose: condição normal que ajuda a manter a temperatura corporal o Suor excessivo causado por um distúrbio somático da hiperestimulação do SNS o glândulas sudoríparas nos pacientes são hiperfuncionantes o primária focal: infância/adolescência -> mãos, pés, axilas, cabeça, rosto. o secundária generalizada: causada por condição médica ou pelo efeito colateral de uma medicação -> suam em todas as áreas do corpo ou em regiões incomuns. o Diagnóstico: teste amido-iodo -> aplicar solução de iodo na área suada e se após secagem o amido é aspergido sobre a zona. o Tratamento: iontoforese, uso de antiperspiranes, atoxina botulínica - HH axilar. • desidratação: consumo insuficiente de água e perda acentuada de líquido. o hipertônica: perda de água e pouca perda de eletrólitos. o isotônica: perda de água acompanha a perda de eletrólitos. o hipotônica: perda excessiva de sódio com queda da osmolaridade do plasma. o Sintomas: perdas maiores que 8% no peso corporal; ressecamento e perda da elasticidade da pele, pulso fraco, taquicardia, diminuição na produção de saliva, oligúria, afundamento do globo ocular, debilidade muscular, perda de apetite, convulsões, perda da função renal. o Tratamento: resfriar o corpo do paciente, reposição de líquidos, reposição intravenosa. • Edema: acumulo de líquido no espaço intersticial. o Tratamento: anti-inflamatórios e analgésicos; crioterapia. Sistema renal • Rins: excretam restos nitrogenados (ureia, amônia e creatina); regulam o volume de sangue; ajudam a controlar os eletrólitos no sangue; regulação equilíbrio ácido-base; regulação da pressão sanguínea (secreção de renina); regulação da produção de eritrócitos através da liberação de eritropoietina. • Sistema justaglomerular e renina-angiotensina-aldosterona: o Células justaglomerulares: células das arteríolas aferentes e eferentes próximas à cápsula de Bowman. o Células da mácula densa: localizadas na porção inicial do túbulo contorcido distal. o Complexo justaglomerular: redução da velocidade filtrado glomerular na alça de Henle -> aumento da reabsorção de íons cloreto e sódio -> redução na quantidade de íons no túbulo contorcido dial -> envio de sinal aa arteríola aferente pelas células da mácula densa causa dilatação arteriolar -> aumento da pressão hidrostática pelo retorno do fluxo do filtrado glomerular ao normal. ▪ Vasoconstrição: vasoconstrição arteriolar eferente; baixa quantidade de sódio e cloro nas células da mácula densa -> induz as células justaglomerulares a secretar renina -> formação de angiotensina II -> angiotensina II causa constrição as arteríolas eferentes e elevação da pressão no glomérulo -> normalização da filtração glomerular. o Mecanismo hormonal/sistema renina-angiotensina-aldosterona: redução da pressão arterial -> estimula os rins a secretarem renina -> renina reage com a globulina e libera angiotensina I -> angiotensina I + vasos sanguíneos + pulmões = angiotensina II -> ocorre inativação de angiotensina II pelas angiotensinases. ▪ Angiotensinogênio -> substrato de ação na renina -> a renina retira do antiotensinogênio 10 aa (angiotensina I – propriedades vasoconstritoras). ▪ Enzima conversora de angiotensina (ECA) -> converte angiotensna I em II (grande papel vasoconstritor). Nos pulmões a angiotensina I é convertida em angiotensina II pela ECA. ▪ Angiotensina I tem poder vasoconstritor menor que a II. ▪ Angiotensina II, nos rins, possui ação retentora de água e sal -> estimula as adrenais a liberarem aldosterona. ▪ Aldosterona: aumenta a reabsorção renal nos túbulos renais de sal e água. • Formação, armazenamento e controle da urina: o Néfron: componentes tubular e vascular; formação de urina (filtração glomerular, reabsorção tubular e secreção tubular). o Circulação renal: artéria renal -> artéria segmentar -> artéria lobar -> artéria interlobar -> artéria arqueada -> artéria interlobular -> artéria glomerular aferente -> glomérulo -> artéria glomerular eferente -> capilares peritubulares. o Bexiga urinária: armazenamento temporário. ▪ reflexode micção: distensão da bexiga -> estímulo receptores -> via sensorial -> medula espinal -> via motora -> relaxamento do esfíncter interno e contrações da bexiga. ▪ Aumento de urina -> aumenta o estímulo = sensação de urgência (limiar) ▪ Relaxamento do esfíncter externo: via tronco cerebral – ponte - córtex cerebral. • Reabsorção de substâncias: o filtrado glomerular flui através do túbulo proximal -> alça do néfron -> túbulo distal -> canal coletor. o Túbulos proximais: alto metabolismo; grande nº de mitocôndrias; extensa borda em escova no lado luminal; extenso labirinto de canais intercelulares e basais. o Alça do néfron: segmento descendente fino, ascendente fino e ascendente espesso. o Túbulo distal: primeira porção - mácula densa. Separado em: túbulo distal inicial, distal, coletores corticais. o Ducto coletor medular: porção final para o processamento da urina. • Insuficiência renal aguda e crônica: insuficiência renal aguda/pré-renal aguda; insuficiência renal aguda intra renal; insuficiência renal aguda pós-renal. o Crônica: resultado da perda progressiva e irreversível de grande número de néfrons funcionais. • Cálculos renais (nefrolitíase): sais de cálcio, ácido úrico, acetato de magnésio- amônio, cisteína, oxalato de cálcio. o Cristais formados por urina supersaturada. o Dores e lesões: bloqueiam a passagem de urina pelos ureteres. Contração reflexas dos ureteres. o Causas: alimentação, propensão genética -> doença de Dent (ligada ao cromossomo X - hipercalciúria), hiperparatireoidismo, excesso na absorção intestinal de cálcio e fosfato. Tratamento por dietas acidóticas. • Câncer de próstata: 30% dos homens acima de 50 anos na forma latente do câncer. o Câncer clínico. o Câncer oculto. o Carcinomas subclínicos incidentais. Fisiologia do mergulho • Pressão atmosférica dobra o valor da superfície a partir de 10 metros de profundidade. Pressão = profundidade + 10 + 1. • Profundidade faz com que os gases comprimam, diminuindo o volume dos gases, inclusive nos pulmões. • Elevadas pressões causam um colapso pulmonar e lesões graves • Narcose por nitrogênio: “embriaguez da profundidade”, possui características semelhantes às da intoxicação alcoólica. o O nitrogênio se dissolve livremente nas gorduras corporais -> se dissolve nas membranas dos neurônios -> altera a condutância elétrica das membranas neurais, reduzindo a excitabilidade -> atrasa a transmissão dos impulsos nervosos. o Sintomas: euforia, perda de cautela; 46-61m causa sonolência; 61-76m mergulhados sente dificuldade para realização de tarefas; 76-+m se permanecer por longos períodos o corpo ficará incapacitado de realizar qualquer função. • Toxidade do oxigênio: aumenta a concentração de radicais livres oxidantes -> destruição oxidativa de elementos essenciais das células -> afeta seu metabolismo. Pode ser prejudicial ao sistema nervoso (convulsões epiléticas, formigamento, vertigens e coma). • Toxidade por CO2: profundidade não irá elevar a pressão parcial de CO2 nos alvéolos. Sintomas: vomito, cefaleia, tonturas, eritema, convulsões, centro respiratório fica deprimido, ventilação pulmonar começa a falhar, acidose respiratória, narcose. • Síndrome neurológica por alta pressão: rápida compressão durante o tempo que o mergulhador estiver respirando misturas de hélio e oxigênio. o Sintomas: tremores nas mãos e braços, tontura, náuseas, falta de coordenação e diminuição no desempenho intelectual. o Acima de 130m de profundidade: pressão pode provocar anormalidades cerebrais e neuromusculares. • Barotrauma: lesão tecidual provocada pelo aumento da pressão atmosférica -> contração ou expansão dos espaços gasosos, mudando o volume de gás no corpo. • Descompressão do mergulhador: corpo humano não metaboliza nitrogênio -> fica dissolvido nos fluidos corporais até que a pressão dos pulmões reduza -> diminui a concentração -> demora algumas horas pra acontecer. o Ocorre quando o mergulhador que está com grande quantidade de nitrogênio dissolvido no corpo e volta bruscamente para a superfície. o Sintomas: bolhas de gases nos líquidos intracelular e extracelulares -> lesões em áreas do corpo e obstrução de vasos; dor nas articulações e nos músculos das pernas e dos braços; tontura, fraqueza, formigamento de 1 ou mais membros; paralisias; coceira e vermelhidão na pele; edema pulmonar grave. o Pode ser evitada -> mergulhador tem que ser levado a superfície lentamente -> nitrogênio dissolvido no sangue volta pros pulmões para ser eliminado. o Tratamento: câmara hiperbárica.
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