Buscar

Ciência política_

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 34 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Ciência Política.
É subjetiva
Política ⇢ condição de encontro, confronto de sujeitos de interesse.
⤥a condição de atuação desses sujeitos. 
A crise política é um fato relevante para o mundo inteiro. 
O papel dos partidos políticos. A participação do povo dentro da decisão do partido político. 
Há um grande questionamento em cima dos partidos políticos, sobre à atuação, necessidade etc, não se sabe se são a solução ou parte do problema. 
Os partidos políticos alcançam nossos anseios e necessidades?
A ligação com o sistema financeiro ⟹ financiamento de campanhas / construção civil é uma área muito envolvida na lava jato.
Entender o contexto atual da política é tudo.
Tudo o que precisamos na vida depende da política. Participamos da sociedade e dependemos dela. Somos sujeitos políticos agindo, reclamando, pensando. 
Política ⥂ poli = muitos ⥂ mais de um sujeito.
⤥é aquilo que acontece quando se vive em sociedade.
Se você terá recursos financeiros, ou não, para beber uma água, isso depende da conformação da subjetividade para que você venha a ter meios de adquirir ⥂ gerar emprego ⥂ política.
A matéria propõe demonstrar que, apesar de ser estendida (envolve até mesmo a escolha sobre o sabor de um sorvete em grupo) deve, num determinado momento, ser priorizado o que ela tange no estado. 
estado (enquanto fenômeno político) ⥂ elemento comum entre ⤿ ciência política 
⤿ ciência jurídica
A ciência política se normatiza e constrói dentro do estado. 
Estado moderno ⥂ é algo que foi inventado relativamente recentemente. Constituído a partir do resultado da interação do indivíduo com o próximo.
Era moderna ⥂ a partir da Revolução Francesa.
Tenta mostrar uma condição mais ampla, não se limita à fatos antigos. Não é algo fixado no tempo. É algo que não carrega concretude estática. 
MUDAR ⥂ vivemos num tempo em que o que existe é, necessariamente, o que não não existirá mais. Criamos para destruir. Descobrimos para depois tornar arcáico. 
Modernidade ⥂ é um projeto porque é um ideal que desenvolvemos sem fim.
ex: carro. Estamos em 2016 e já temos o modelo 2017.
celular. Iphone lança e logo a própria Apple já projetou um mais a frente do que este que você acabou de comprar. 
Quem é o estado? É o povo ⥂ com regras para servir e proteger a todos os indivíduos. 
Modernidade ⥂ estar pronto significa nunca estar pronto, mas estar sempre projetando algo melhor.
Logo, ciência política trata sobre algo subjetivo que virá a ser adjetivado em lei. 
O Estado está o tempo todo lidando com mudanças subjetivas
⤦
Racismo ⥂ é algo dentro da mentalidade, que será adjetivado e se tornará uma lei ao sofrer interferência do estado. 
Ciência ⥂ a função do curso é mostrar a relação entre a ciência e a política
A questão ⥂ esse Estado foi criado há poucos séculos, foi criado junto ao moderno. Não é por acaso que, ao mesmo tempo que a ciência se torna produção da verdade, a política se moderniza. 
É possível a ciência olhar para a política e “esmiuça-la”.
Próxima aula 22/08/2016 xerox do capítulo 2 do livro: Sociologia, de Cristina Costa. 
Ciência Política tem a ver com dois termos: Ciência e Política
Política é algo genérico e complexo. 
Ciência política e ciência jurídica precisam de um canal para se comunicarem entre si, o elemento mais fundamental para fazer esse diálogo pode ser o ESTADO.
O direito e a ciência política não pensam só no estado, têm uma série de movimentos sociais e pensamentos filosóficos da política e normatizações jurídicas. Fatorando-as chegamos ao produto MODERNIDADE. 
Vamos tratar do estado enquanto elemento essencial da política na era moderna. 
A tribo mais selvagem da floresta amazônica, sem contato algum com a civilização, ainda lá haverá política, um chefe com uma função, uma posição para a mulher, homem, criança, deuses, uma posição sobre vestimenta, sobre tudo, mas não haverá um estado. Esse estado que falamos, nesta tribo não há. 
Esse ESTADO que tratamos é um elemento da chamada modernidade.
Para as ciências sociais essa fatoração, a fatoração da sua vida, tecnologia, privacidade, psique, inconsciente e seus desejos, se você for elaborar o seu conhecimento sobre os seus músculos, a sua família, seu estado, seu carro, suas férias, se você fatorar a vida, a sua, do Neymar, do Guga, do Eduardo Cunha...resultará na MODERNIDADE. 
Algumas roupas fora de moda, usadas não são modernas, mas não é dessa modernidade que falamos. Falamos de modernidade para os fins de compreensão da ciência politica, que faz uso do estado moderno enquanto fenômeno para um dialogo. Para uma discussão comum são necessários elementos da modernidade, e, de onde tirar a explicação sobre isso? Do público e privado em relação à modernidade. 
O Renascimento vai servir para tirar uma compreensão sobre termos de estado, política, modernidade.
A ideia de modernidade tem base em eventos que a ciência também possuí, ai sabemos que na ciência há um sujeito e um objeto;. há alguém pensando sobre alguma coisa, há uma teoria refletindo sobre algum fenômeno. Há um sujeito observando e conhecendo um objeto. Essa noção de sujeito e objeto tem muita relação com ideia de moderno e modernidade. 
→ O que que nós vamos escolher, num leque enorme de ciência politica, humana e jurídica, para acertar nossos ponteiros e utilizarmos como instrumento comum, conjunto intercessão, como denominador comum? 
A condição da modernidade de existência, confirmação, aceitação, valorização, entre outras coisas, de uma coisa chamada indivíduo e uma coisa chamada razão. Isso estará por trás de tudo. Esses elementos participam da nossa vida de maneira tão profunda que nem percebemos. Estão tão dentro da nossa existência, na vida atual, na era contemporânea, projeto da modernidade. 
Um exemplo é o celular, hoje ele é parte do ser humano, carrega toda a sua vida, toda a sua privacidade, um individualismo que está posto, porém é moderno, baseado na modernização, na transformação. Essa condição individual de se ter não somente um telefone, mas um facilitador, uma parte sua fora do corpo. O projeto modernidade se desenvolve em cima disso, mas , no entanto, o seu celular não é simplesmente uma forma desenvolvida da sua privacidade, da sua escolha, da sua forma individual, independência, autonomia, singularidade, particularidade etc etc esse celular contem tecnologia, foi desenvolvido com conhecimento cientifico, não é atoa que a internet e o computador são fenômenos que quase que definem a nossa era. 
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO, onde a riqueza é a informação, o capital mais precioso. Acessado e transmitido por indivíduos através de máquinas e computadores. 
A modernidade, a vida nessa condição moderna não é só tecnologia, não é só indivíduo e razão, porém, é como a sua vida, você de vez em quando toma uma cerveja, mas a sua vida não é tomar cerveja, ela é aquilo que ocupa mais parte, aquilo que é mais determinante e não o mais momentâneo. 
Se o indivíduo é movido pela razão, onde fica a fé? Pois ainda existem centros religiosos. 
Estamos falando de um projeto, que, mesmo com retrocessos, procura de uma maneira geral provar que as coisas podem ser explicadas racionalmente, que até a existência de Deus pode ser demonstrada racionalmente, mas o instrumento é a razão. 
A religião daquele que não pratica e frequenta, que acredita em Deus, mas à sua maneira, isso é escolha individual, até a religião, na modernidade, se torna algo derivado de uma escolha individual de uma liberdade de não sofrer preconceito nem sansão. Você pode escolher, dizer e afirmar sua crença e credo. 
A nossa sociedade vive o dizer em que se acredita sem ser mandado para a fogueira, a humanidade sempre pôde dizer em que acreditava, mas as consequências eram brutais; prisões, fogueiras, decapitação etc VOCÊ PODIA CHEGAR NUM NAZISTA E DIZER SER JUDEU, MAS O RESULTADO SERIA A MORTE. 
Essa sociedade moderna nunca está pronta, nunca está acabada; o celular comprado semana passada já está velho e o próximo a ser lançado já está fadado à obsolescência programada. São coisas não feitas para durar; issonão é somente capitalismo e falta de consciência ecológica, isso de se tornar velho ao nascer é a característica da modernidade. O novo já nasce velho porque já está surgindo um mais novo ainda, que também será substituído. 
O que que modernidade tem a ver com ESTADO moderno; o que tem falar que o estado moderno é moderno e composto pelo público e o privado?
O público e o privado, nesse estado moderno, ganham enfase, ou seja, são simulados, explicitados, construídos, dissimulados, desejados. 
A enfase aumenta o público e o privado, porém separa. Essa separação também faz parte do estado moderno, não só a condição de existência, mas a condição definida e destacada. 
Mais ou menos como quando você é criança e não tem muita autonomia, seus pais quem escolhem. Você se separa da sua família financeiramente e você cresce, então, essa condição, o que que ela trata? O que quer dizer o estado moderno que da enfase e separa o público do privado? É que neste modelo politico tipico da modernidade, esses dois âmbitos que estão na nossa vida se definem.
A enfase no privado, a separação no privado; você já não tem mais um telefone em casa, você tem um celular colado a você, onde a sua conta está ali, sua vida privada que ninguém pode invadir. Nós somos cria da modernidade. 
Essa revolução tornou o homem sujeito da sua vida, agora ele olha, pensa, escolhe, ele decide; a implicação dessa razão é pensar, agir e escolher. 
Você pode fazer sexo com quem você quiser, homens, mulheres, ambos ao mesmo tempo; pode sair com quem quiser e ninguém tem direito de decidir por você; se você quer ter uma religião ninguém pode ser impositivo de uma outra; se você quer ter uma sexualidade ninguém pode critica-lo e induzir a uma utra; você pode conviver em igualdade, e, se não aceitarem é racismo, intolerância. Isso é a modernidade em termos de privado. 
No âmbito do público. 
Se falamos da enfase na separação é porque a coisa poderia ser junta. Só temos lei que proíbe o roubo porque existe o roubo, senão não precisava de lei. Só temos lei que coíbe atitudes racista porque existe o racismo; só temos a lei maria da penha porque existe violência contra a mulher; só temos essa separação porque de alguma forma existe uma união também nesta modernidade que é o fato de este público, ou seja, as coisas que estão fora da nossa individualidade, dessa privacidade, também dizerem respeito ao estado.
Se você sair na amaral peixoto e for fazer um puxadinho de alvenaria, porque não?! É público, também é meu! 
Aquilo é pertencente aos indivíduos e aos moradores de Niterói, mas não de maneira privada e sim de maneira pública. o público é a expressão dos indivíduos que se organizam de maneira racional. O estado é uma forma de pensar, agir, escolher de maneira racional se preocupando com os indivíduos, com a liberdade individual, só que de maneira pública. 
Essa ideia de haver uma grande necessidade nossa como por exemplo ser individuo livre e autônomo para mandar suas fotos de final de semana. Como faço isso se eu não conheço nada de tecnologia e engenharia da computação? Como vai haver um telefone celular na minha mão para eu ser a Priscilla que tem uma conta no facebook? Através de toda uma legislação que permite uma existência desse serviço, através de toda uma legislação que cria universidades que desenvolvem pesquisas e tecnologias que possibilitam estes instrumentos para utilizarmos. Como existiria o capitalismo sem um estado para proteger o valor da moeda? Como você teria uma classe de industriais e comerciantes, de produtores se não houvesse um acordo a respeito do capital, do crédito? É o estado, é o público que está dentro do estado, é o privado também que está dentro do estado.
Esse estado, quem é? Quem elege o estado? Nós. Quem escreve a constituição desse estado? Nós. São escolhidos por nós, o povo. O estado é você. 
Esses elementos e a questão da racionalidade é uma noção de que nesse estado não é qualquer racionalidade; não é só uma racionalidade em termos de escolha de “querer”, de enfase no indivíduo, mas é algo racional discutido, negociado e organizado, pensado se é razoável, legitimo, necessário, bom, justo. 
A justiça de vocês está onde? No estado. Ele tem que ser justo. 
Como você diz se algo é justo ou não? Você tem que parlamentar, criar argumentos. Palar - falar 
É a discussão pública na polis, na cidade. Esse Estado que contem leis, governantes, legislativo, judiciário e executivo que age nos dois âmbitos. 
Estamos falando que essa modernidade está dentro e fora da gente. 
Por que você está aqui gastando tempo, dinheiro e neurônio? Porque você internamente quer? Também. Você almeja, mas também porque a sociedade valoriza. A nossa vida é esse contato entre público e privado.
O que eu gostaria que você pensasse é que poderia ser de outro jeito. Se você tivesse nascido há dez séculos atrás eu te afirmo com certeza que as coisas que hoje você valoriza não seriam as mais importantes e valorizadas. 
Esse celular é feito de coisas que sempre existiram, ninguém trouxe de marte ou outra galáxia o material do qual ele é feito. Há dez séculos atrás o metal que faz o automóvel, o fungo que serviu pra descobrir a penicilina já estavam disponíveis. 
Por que Napoleão não falava de celular, por que Júlio César não falava se todos aqueles componentes químicos e físicas já estavam perto deles? Porque não havia essa mentalidade, essa preocupação, essa vontade. 
O que entendemos é a condição histórica da modernidade. 
Você entender o que é individualismo, individualidade, individuo; racionalidade, uso da razão; o que é preciso é entender que isso é uma invenção histórica. A valorização desse tipo não houve em nenhuma outra época da história.
Essa é a era da modernidade. 
Porque o individuo e a razão são a base, então dentro da ciência e da política saber é poder. Quem é que sabe? Quem é que pode ao saber? Isso é ciência política. 
A ciência é essa relação, essa condição que, da mesma forma que isso aconteceu, a ciência também provocou enfase e separação entre esses polos. A ciência que não existia há cinco séculos atrás. Leonardo da Vinci é o precursor da ciência, mas não é um cientista, ele ainda não vive essa modernidade que se delineia mais fortemente onde isso é separado.
Para haver ciência tem de haver um individuo capaz de pensar, raciocinar e afirmar racionalmente, sem que ele vá para a fogueira, sem ser tolido. 
Menos preocupados com questões religiosas, o indivíduo passa a se preocupar mais com questões científicas. 
Você se preocupa mais em se o seu celular vai transmitir seus arquivos do que se ele pode te levar ao pecado, ou ao inferno. 
Isso é um processo geral. A ciência também abre espaço para o individuo pensar e para esse fenômeno que vai ser estudado, esse planeta, essa célula, essa sociedade serem observados. 
Mundo medieval (idade média) 		mundo moderno
agrário							urbano
estamental						burgues
teocrático 						comercial
fundiário
Medieval - confronta, se posiciona frente à natureza de maneira extremamente passiva e denominada. A agricultura tinha que respeitar profundamente os ciclos de plantio, colheita, épocas do ano, mudanças da lua etc A vida agrária depende da produção agrícola e pecuária, tem uma enorme suscetibilidade, uma enorme sujeição à natureza pois é dependente da mesma. Por isso tantos rituais da fertilidade. Patamar de homem vulnerável e atingido pelos poderes da natureza.
Estamental e teocrática - classe, camada. A condição da sociedade. 
Organizada em feudos; estruturas administrativas e politicas fechadas, autônomas, independentes porque, de alguma forma, se estabelece que este renascimento significa a volta de algo. 
Grego romana é algo extremamente importante para a nossa vida; o império romano, é, na verdade, o seu fim que os historiadores colocam (até o século SETE ao QUINZE).
Os romanos crucificaram Jesus. Se usamos o simbolo da cruz é por causa dos romanos que o pregaram. Os grupos seditas decidiram, mas foram os romanos que executaram. 
Roma estava no oriente médio e na Inglaterraao mesmo tempo. Havia uma absurda extensão desse império, uma unidade administrativa, geopolítica. O declínio em queda é finalizado no século sete e após o império romano, começando as invasões barbaras. 
Os povos estavam afastados, controlados pelo poderio militar que toma a Europa. 
O conceito de bárbaro é equivocado, pois bárbaro era só aquele que não era Romano.
A Europa se fecha em pequenos feudos, pequenas unidades e não mais naquela grande maquina militar, politica do estado/império romano. Nesses feudos há condição de economia, subsistência e suficiência. Aqui se produz o que se precisa. 
Não tem sentido se produzir mais do que se vai comer.
A locomoção antes era garantida por roma, por isso todos os caminhos levam a roma, eles que realizavam a segurança nas estradas, agora isso não existe mais; esse feudo produz tão somente para o uso pessoal. 
“Deus” definia as diferenças entre o servo e o senhor feudal. 
O simbolo da Apple é um gesto ateu, dizendo que quem deu a mordida na maça foi Adão e eva; ou seja, o homem, ou a humanidade tentando tomar o lugar de Deus; morder o fruto proibido é realizar o que não se deve, é a condição de criatura quebrada em relação à condição do criador. Por que a Apple usa isso? Tecnologia. É o que o homem faz quando constrói o computador, faz pesquisa cientifica, é o individuo racional questionando as definições de Deus. 
O fruto seria o desejo do ser humano saber mais do que Deus, mudar a posição de criador e criatura..
O trabalho é, na idade média, uma condenação. O servo era servo porque Deus teve a bondade de dar a vida pra ele junto com a chance de expiar seus pecados através de seu trabalho. Deus também foi muito benevolente ao estabelecer uma camada governante que está presente para governar e dar referencia de como a sociedade deve se relacionar. 
Os representantes escolhidos por Deus, a classe nobre é colocada acima para orientar espiritualmente a vida do povo. De maneira genérica, de alguma forma, este mundo medieval tem, apesar de toda reflexão e determinação de condição diferente, um homem, um individuo que se defrontava com 2 forças muito grandes e a as pessoas eram muito pequenas e relação ao Deus todo poderoso e a natureza impiedosa com suas geadas, secas, maremotos etc
A natureza humana era sagrada também; dessecação de cadáveres, a descoberta da biologia humana era algo não permitido por questões sagradas. A medicina moderna se desenvolvem em cima da supressão desses dois elementos. 
Esse mundo burgues, urbano, comercial que vai surgir com a Modernidade é um mundo onde há principal exigência e há uma maior permissão.
Sabemos que o terrorismo não é apenas causado por uma questão de fé; hoje sabemos disso. 
Daqui mil anos vão perguntar, ué, não era a modernidade, então porque as pessoas brigavam por religião? Porque ainda há brigas por questões culturais e religiosas se essa é a era da modernidade?
A existência de determinados detalhes mostra que não somos indivíduos puramente racionais. Todos temos traumas, medos, sonhos, dores psicológicas, fobias etc. Essas coisas são recheadas de emoções, que são irracionais. 
A sociedade não é somente individualista e racional, é um projeto que, de alguma forma, estabelece, como o mais importante, ter a razão. Individual e racional é o indivíduo. 
Não importa se você sabe mais que seu professor, você não pode praticar advocacia se não tiver um diploma, porque você tem que passar pela demonstração de posse desses elementos de razão.
A vida se tornou urbana, agora esses feudos que viviam separados vão poder comercializar um com o outro; se você pode comercializar então você pode produzir com excedente. Ao invés de produzir 10 quilos, você produz 20 e troca. Começa a haver um mercado, feiras com os burgos. onde havia a troca de produtos. 
Vinham primeiro do oriente, especiarias, pimenta, seda; essa condição que vai gerar uma ruptura das fronteiras entre feudos e torna-lo um mercado.
Comer uma goiaba que nasceu no seu quintal não é mercadoria, mercadoria é quando aquela coisa que você possui, ao invés de ter valor de uso, tem valor de troca. 
A classe burguesa não vai mais viver da riqueza da pose da terra; quando você começa a ter uma sociedade comercial, urbana, você pode se focar na sua profissão e com o seu salário comprar arroz. Você come arroz, mas não o planta. 
Esse modelo não implicava tanto num calculo e numa condição individual. Quem determinava fortemente a estrutura política do feudo e produção era a natureza e Deus, que distribuía a função e dava o produto e a capacidade de produtividade. 
Do período de cristo até o fim da idade média, o crescimento do PIB da Europa foi ZERO, produziu-se ano após ano a mesma quantidade, pois era exatamente o que se precisava. Não havia preocupação com lucro e produtividade, só após o burgo surgir. Quando o burgo aparece ele faz conta de quanto ele vai gastar e quanto tempo vai demorar.
Essa sociedade do renascimento é a sociedade onde a racionalidade e o individualismo estão fortemente presentes. 
Depois da Monalisa, a obra mais famosa do renascimento é “a ultima ceia”. Essa pintura tem um impressionante calculo de geometria, de impressionismo, de esteticismo, porém fala da religião, um encontro de dois mundos: razão e fé. 
1º todos sentam de um lado só da mesa porque tem alguém olhando; quem olha é o indivíduo, a perspectiva do observador. Não é igual Egípcio não tinha preocupação da perspectiva de quem estava olhando. Esse quadro de Leonardo da Vinci é pra dizer “o seu olhar é importante, é importante o que você observa, acha, vê.” é isso que Leonardo fala sobre Deus. Esses dois mundos convivendo. 
Portugal e Espanha dividindo o mundo ao meio, com o tratado de Tordesilhas, eles foram os primeiros a se tornar nação. Essa ideia de nação é meio contraditória à ideia de individualismo com essa supressão de todas as barreiras e diferenças. 
Não que Portugal e Espanha não tivessem servos e divisões de estamentos, mas, crescentemente isso vai se tornando algo formado por indivíduos sem haver as barreiras antigas do feudalismo e nem barreira de estamento. 
Burgues é a classe demonante, mas quem é o burgues? Diferente do senhor feudal, o burgues é qualquer um. Assim como hoje, o dinheiro é quem determina a condição social e não mais a sua condição de grupo, a cor da sua pele, deus ou a biologia. 
A nação, torna-se nacional e individual; o burgues é o herói do individualismo e racionalismo, mas ele precisa do estado. 
Cabral chega aqui com a burguesia comercial unida com o estado para haver a expedição.
Esse nacionalismo e individualismo é o publico e o privado. 
A mentalidade vai se tornando gradativamente menos voltada para os preceitos religiosos; as preocupações mudam. As metas mudam, não mais sobre o eterno e sim sobre o agora tendo o homem como o centro de tudo. Uma sociedade que não se preocupa tanto com a salvação da alma ou as verdades reveladas por deus, mas sim as reveladas com a racionalidade do individuo. Uma maior aceitação da condição do homem dizer suas próprias verdades e definir suas próprias regras; o estado não é mais teocrático, mas sim, tendencialmente democrático, onde o poder vem do povo.
O individuo pode conhecer e pensar. 
Ele supõe de maneira racionais as explicações sobre o mundo, mas isso não faz dele um cientista. 
A política sobre a qual refletimos se concentra no Estado, ou seja, a política no senso precisa ser reduzida em termos de desdobramento, abrangência, para ser estudada no seu necessário. 
É no estado onde se encontram as leis. 
A política está no Estado, porém, sabemos que esse estado não é qualquer estado. Falamos do Estado Moderno. Isso traz de determinação, especificidade uma questão temporal, histórica, que desconstrói essa nossa percepção, esse costume comum e inadequado de tornar as coisas ‘naturalizadas’, como se fossem como a água do planeta, que não inventamos, simplesmente já estava lá. 
Se vamos atribuir um sentido histórico a este Estado, se vamos pensá-lo enquanto produto da escolha, da invenção, da ação,da subjetividade, vamos nos tornar sujeitos na construção, na determinação, no aparecimento dessa forma de organização de coletividade, a sociedade. 
Damos o nome de “moderno” para tornar clara a percepção desse estado.
Essa ciência está ligada também a esta noção de temporalidade, a este corte histórico que podemos atribuir à essa forma de estabelecer verdades. Desnaturalizando, tornando as coisas não absolutas, mas relativas a uma determinada sociedade, a um determinado período da história, relativas à subjetividade, ou seja, aquilo que a ciência possui. 
A ciência como a política fala de coisas que nós tratamos como verdades. Assim como a lei da gravidade. 
Ciência e política são partes da vida humana. 
A ciência da política. Ter a consciência de como essas coisas são criadas, ou seja, não são naturais. 
O natural e o artificial, aquilo que é criado é a partir de uma relação da nossa condição natural, animal, a nossa natureza, porém apresenta a forma como construímos nossa vida em cima de interferências nessa natureza, o que nos torna seres racionais. 
O renascimento é apresentado como um movimento artístico. 
Como da arte você vai partir pra ciência para chegar à política?
Michael Jackson, Obama, não são cientistas. 
O inventor na penicilina não é um artista. 
Nós temos bem claro em nossas mentes o que cada um é, porém, quando olhamos de cima, de uma visão panorâmica, nós conseguimos associar essas coisas.
Chiuaua e São Bernardo são completamente diferentes, mas ainda assim ambos são a mesma coisa, cachorros. Não é estranho? Como podem ser a mesma coisa mesmo sendo tão diferentes?
Porque determinados elementos, vistos de cima, apresentam composições similares, suas origens em comum e todo o mais os ligam a uma determinada espécie, classe, gênero. Quando nós pegamos arte, ciência e política e pensamos através da conceituação teórica, da apresentação história, e, em termos de condições, esse olhar panorâmico consegue ver combinações, elementos que podem ser derivados de raízes comuns de processos interligados. 
O que temos visto então é que os elementos que levantamos através do movimento artístico chamado renascimento, que tem uma datação não muito exata em torno do século XV, faz destes conceitos de política, arte e ciência algo relativo ao surgimento e aceitação, afirmação dessas duas guiações, que esse indivíduo e essa racionalidade da modernidade, além de um produto da modernidade, são também uma causa. 
Esse renascimento pode ser visto como um momento da vida em sociedade, um momento histórico onde começamos a nos auto referenciar, ter uma consciência de nós mesmo, dentro dessa perspectiva enquanto indivíduos (singularidade, particularidade, autônomo, independente). Esse mesmo processo reto acarreta essa condição da modernidade, esse projeto (percepção do movimento), algo que nunca se completa, algo que está sempre sendo buscado. Nós somos modernos, mas nunca somos o suficiente. 
Somos livres, mas nunca suficientemente livres, estamos sempre buscando uma forma de proteger, conquistar, afirmar essa liberdade de maneira mais garantida por consequência desse estado democrático. Por isso esse estado cria leis, por isso que esse estado tem política para entrarmos dentro dele e dizermos que é liberdade, direito, lei, justiça; deste estado abre as suas portas para a sociedade entrar e isto se encaixa dentro desse projeto que não está pronto nunca, igual ao celular que sempre estará velho. Somos tecnológicos, somos avançados, temos recursos científicos, porém nunca suficientemente.
Sujeito vs Objeto. 
é definidora; só existe ciência através dessa relação. Não há a existência da ciência sem que haja um sujeito, que pode reduzir a alguém que pensa, olha, vê. Um sujeito que atua sobre um fenômeno. Toda ciência tem alguém que olha para algo que queremos que seja conhecido, ou que precisamos dar valor para observar e fazê-lo existir. Isso torna a ciência algo com caráter de relação que você pode apresentar nos diversos âmbitos.
A ciência composta de alguém que observa como uma relação racional algum fenômeno, objeto, coisa que exista. 
Essa condição da ciência, o que tem haver com a política e com o estado moderno? Se vimos que o moderno implica na condição de maior individualidade, de um modo racional. 
Tanto a razão quanto a religião apresentam uma noção de verdade. Essa condição moderna difere como da explicação religiosa para a vida?
A verdade que tanto a religião e ciência propõe tem uma diferença em termos de sujeito, na religião quem é onipresente, onisciente e determina a verdade é Deus, para a ciência o sujeito dessa razão é o homem.
O homem, os seres humanos, o indivíduo é aquele quem olha, conhece, vê, mas também aquele que escolhe, decide, manda, detém poder. Essa ideia de sujeito que conhece o objeto e atua sobre os fenômenos da natureza, que circundam esse sujeito, se expressa não só na ciência, mas também no estado e na arte. Essa nova condição que o renascimento imprime na vida em sociedade onde o centro da atenção é a vida terrena, material, mundana. Esse conhecimento de deus e de fé diz respeito a uma noção de menor relevância para essa passagem que é a nossa vida concreta. a religião propõe um conhecimento sobre o que é a vida espiritual, a alma, a relação da criatura com seu criador, ou seja, a religação (religião) que torna este condenado, decaído, pecador alguém que pode voltar a compor a sua condição de filho de Deus.
O homem é o centro de onde emana o saber, do olho dele que nasce essa busca, esse olhar, o objeto que ele vai observar também é impresso pela sua perspectiva. 
Um sujeito que estipula o que é importante. 
É uma escolha utilizar a razão. 
É subjetivo, depende do sujeito. 
A arte, a ciência e a política é refletir sobre a condição subjetiva dessas formas de ver, conhecer, agir, se unir, lutar. Colocar a ideia de que tanto a ciência, quanto a política e arte, a partir do renascimento, criam uma força sujeito da ação, do pensamento e da distribuição de poder. 
A religião não é tida como ciência porque ela traz uma verdade já formulada por um ser superior perfeito. 
O homem moderno, científico, fala em nome de uma verdade mais ampla. 
A verdade religiosa está acima da possibilidade de compreensão completa por esse próprio homem, ele não entende, apenas ama. 
Esta relação que a ciência produz no projeto modernidade produz essa condição de sujeito que vai ser um ser ativo, que age, pensa e decide, ele se alastra pela vida social. Da mesma forma, a mesma fonte do seu livre arbítrio, a mesma causa geradora da sua capacidade de ver e entender esta presente no mundo e no objeto e por isso podemos decifrar o mundo.
Tanto o sujeito quanto o objeto são racionais, pois, se você falar de indivíduo, ele é qualquer coisa. A vontade individual, autônoma, independente e livre tem que ter um encaixe com a razão. Essa razão é um instrumento pra ele, mas também é algo que o obriga e o limita. 
Nós somos, acima de tudo, sujeitos econômicos. 
Quem é o público? O que é o estado no seu âmbito público senão os funcionários, indivíduos racionais trabalhando. O público é o privado. 
E como se forma o privado? Como se forma esse indivíduo que habita dentro da carne? Através do Estado e do público. 
A verdade objetiva é aquela que se expressa através do objeto, independe do sujeito. Racionais e comprovadas para terem validade. 
Esta nossa percepção, essa nossa demanda atual que já tem alguns séculos, dependeu de uma mudança subjetiva, por isso podemos juntar arte, ciência e política; o texto da apostila demonstra que sem o olhar, sem a preocupação de olhar para o terreno, para a matéria, o mundano e não para o espiritual, se não houver essa mudança não existiria esses fenômenos nos moldes que nós conhecemos e estudamos. Essa relação se dá na ciência, na política e na arte, porque são todas dependentes de uma condição objetiva, mas que depende da existência do sujeito. 
A própria física está tornando cada vez mais os fenômenos físicos, objetivos e concretos mais relacionados à presença/interferênciaobjetiva. Sem a nossa racionalidade, sem a nossa criação humana esses objetos não existiriam. Só existe o mundo porque nós criamos a ideia de mundo e a nomeamos de mundo. Não temos como conhecer o mundo sem conhecer quem criou esse conceito, todo o conhecimento que possuímos foi levantado pelo indivíduo; tudo o que temos como verdade se assemelha à religião, que de alguma forma depende de uma crença, de uma fé. A interpretação de que a razão é algo subjetivo também abre o diálogo com a religião. 
Essa relação entre algo que é relativo ao pensamento, à escolha, à interpretação, à perspectiva pessoal, individual ou do sujeito, isso ao ser parte do estado, da política também é parte da justiça. Tanto o estado, ou a política que esse estado contém, quanto o direito, contém essa relação. 
O sujeito inventa as leis, debate publicamente os argumentos de maneira racional para ser aceito, compreensivo e razoável para os outros, mas ao buscar essa impressão no público de alguma forma ele está respondendo uma demanda à este público. Incentivar esse sujeito a ser racional e demonstrar com experiências científicas que a verdade que ele vê é objetiva, é algo que pode ser feito hoje e daqui há 10 mil anos. 
O estado é o uso público da razão.
Essa condição de pensar as leis que você tem como instrumento de trabalho como sendo algo que fala em nome de uma liberdade, porém fala em nome de uma tirania, é muito sensível e ténue, e é subjetiva a ideia de lei. Lei serve para dar e tirar a liberdade. 
A liberdade sustenta a modernidade.
A idéia do anarquismo é que toda e qualquer forma de estado de lei é uma tirania, uma repressão, ou seja, coloca uma ideia de liberdade que está para além desses moldes modernos. 
Cada um persegue uma finalidade própria cuja realização plena será a ruína de toda vida coletiva. Boas instituições e boas leis asseguram a liberdade na medida em que forem capazes de impedir que grandes ou povo consumam seu desejo ou que abandonem seu desejo próprio para assumir o do outro. Contudo, ao inscrever a ordem da lei na desordem dos dissensos, Maquiavel descartou a ideia de uma ordem institucional como solução definitiva da desordem dos dissensos. Consequentemente, nenhuma lei ou instituição é capaz de resistir definitivamente ao risco da corrupção. Isso obriga ao retorno periódico às origens: a experiência do momento constitutivo da violência originária que, expondo os homens ao risco, restaurar o prestígio e vigor iniciais de Estados e instituições.
A condição de modernidade não é só para trazer felicidade e bem estar e paz entre os homens. Consequências nefastas: genocídios dos nativos do novo mundo; Colombo e Cabral são agentes de destruição em massa. 
Por essa busca nacional da produtividade e lucratividade de um sistema econômico gerador de consumo e fartura vem a escravidão. O exato oposto da ideia moderna de liberdade pode causar o contrário. 
A reforma protestante, sobretudo, uma teoria em que a existência de um indivíduo racional é que está por trás não só da reforma protestante como do próprio surgimento do capitalismo. 
Além de embaralhar arte, ciência e política podemos juntar também a economia e a religião. 
O catolicismo baseava-se na execução de um culto em língua estranha à quem frequentava, executada por um sacerdote. Com a modernidade e a valorização do indivíduo passa a haver a ideia de alfabetização onde todos são estimulados a saber ler e escrever. A distribuição em massa da bíblia. Antes de Gutemberg, para produzir um exemplar da bíblia a mesma era à mão, com a mecanização foi possível a massificação do livro das escrituras sagradas e a possibilidade da interpretação individual do indivíduo moderno. 
Mesmo em termo de religião o indivíduo moderno está convidado a praticar a racionalidade individual, por isso a igreja era tão contra.
A fé é obtida através da interpretação das escrituras. 
A razão não é em termos de estar certo ou errado, mas sim de argumentos supostamente racionais, mesmo que estejam errados, mesmo que se contradigam, mesmo que sejam equivocados, ou sem sentido. Ex.: a teoria que Hitler utilizou, de superioridade racial, é baseada em teorias que não importam se estão certas ou erradas, o que importa é o impacto social que elas têm. 
Nos moldes de hoje a teoria é sem sentido, mas na época o objeto era explicado racionalmente, mesmo que não implicasse uma verdade, a pena foi pensado e aceito como uma relação de verdade. 
Nós só pensamos e nos preocupamos com nosso nome, imagem, independência, sentimentos, traumas, paixões, desejos e caprichos porque a sociedade foi separando cada um de nós em uma série de regras, preconceitos, tabus, obrigações coletivas, formas de comportamentos rígidos e imutáveis para que você esteja hoje dentro de uma universidade. Existe uma outra série de obras que dizem que geneticamente estamos fadados a desenvolver essa forma de pensar individual , essa consciência calculante que separa e que entende que a partir da perspectiva autônoma e independente é que nasceu essa sociedade.
Você não virá a saber o pra que algo existe, você apenas saberá que existe. Isso gera um pensamento infinito sobre quais são as bases, que razão é essa, que projeto é esse, que indivíduo é esse? Etc Por isso que nós dizemos que ciência política, social, história, filosofia são ciências feitas para pensar, é um pensamento sem fim pois as coisas sempre podem ter uma outra noção. 
Sine Qua Non - condição sem a qual não - sem a qual algo não é realizado ou possível. 
O renascimento é sine qua non para o projeto modernidade, sem ele hoje não teríamos o que temos. 
O renascimento enquanto condição necessária, contribuição fundamental da arte renascentista trás a ideia de perspectiva. Nessa modernidade uma das consequências é a vigência desta maneira específica de supor verdades. A ciência é uma maneira que a modernidade desenvolveu para dizer que uma coisa é verdade e que nós de certa maneira aceitamos, temos confiança de que a ciência conhece a verdade. 
Ciência é aquilo que implica em duas coisas sujeito olhando para um objeto, fenômeno, acontecimento, causa, estabelecendo uma causa e consequência. Essa relação é algo que depende de perspectiva. 
Essa perspectiva (suj x obj) adota uma maneira de olhar que leva ao conhecimento objetivo ao invés de uma predominância de uma verdade religiosa. O que a religião fala é uma verdade revelada por um sujeito que sabe tudo, já a ciência é uma verdade descoberta. 
A ciência representou uma consequência de um olhar menos voltado para a sabedoria divina e mais voltado para sabedoria do homem com as suas imperfeições, limitações, mas que o levou a conhecer não só a si, mas o homem como natureza. Isso passou de uma preocupação sobre a liberdade da alma para a ideia de um conhecimento sobre o corpo, a matéria, a vida terrena que hoje em dia sofre e procura apoio religioso ou fica insatisfeito em se considerar um amontoado de moléculas e átomos de carbonos e busca apoio na espiritualidade e pode achar esse projeto uma furada. 
A ciência foi a adoção de uma perspectiva, um olhar, mais próxima, aprofundado e criterioso para as coisas deste mundo, que são menos interessantes que o mundo celestial.
A arte entre dois tempo, período medieval e o moderno
Com esse renascimento e arte incidindo nesse momento de ruptura. Esse período medieval (teocrático), o poder emana de Deus, quem governa é uma decisão de Deus.
A passagem do medieval para uma tendência democrática, ou no mínimo antropocêntrica, a arte vai marcar. Mas porque a arte? O que ela faz de estar no meio dessa passagem de uma verdade revelada para uma descoberta através da livre reflexão e do pensamento especulativo da racionalidade? Entre outras coisas a arte renascentista contribuiu para isso por trazer uma mudança nas perspectiva. Essa mudança significa uma transformação porque sem essa mudança, sem este olhar não existe ciência sem arte renascentista. Não é atoa que o enigma da monalisa é se ela está triste ou feliz, ninguém sabe para onde ela está olhando, isso mostraque a sua perspectiva é importante, é importante o seu olhar e o seu pensar sobre e não mais apenas as verdades que são reveladas por um ser superior, mas as verdades buscadas e descobertas pelo homem. A ideia de que não só na arte renascentista o objeto se torna antropocêntrico, o grande objeto da arte é a matéria, a carne, o corpo mundano, o corpo humano com proporcionalidade, com cálculo, matemática perfeita e exata é um objeto de arte que representa a perfeição que não precisa ser divina, a perfeição que é humana. Uma perfeição não dada pela bondade, amor, comunhão, salvação, é um perfeição dada pela razão, pela proporcionalidade, pela medição. Por isso que você vê nas pinturas renascentistas o ser humano, na sua forma, sendo a perfeição. 
Você pode ter a perspectiva também de enxergar religiosamente como Deus é perfeito pois foi Ele quem fez o homem matematicamente perfeito.
A arte renascentista trás a ideia de que você pode olhar, você deve olhar, é importante o seu olhar. 
A última ceia, de Da Vinci, aquilo tudo tem um cálculo perfeito em termos de perspectiva e matemática porque você é importante, a ideia do pintor é contar com a sua perspectiva, com o seu olhar. 
O renascimento traz a perspectiva de colocar o homem no centro como obj e como o sujeito, sujeito de conhecimento. O renascimento traz a perspectiva de que nós podemos ter a nossa perspectiva, que o indivíduo é construído em cima dessa ideia de que ser indivíduo é possuir uma perspectiva individual. Essa estética, essa técnica de pintura de adoção de perspectiva torna-se um elemento fundamental, porque, o que é esse sujeito da ciência senão alguém que adota uma perspectiva.
Os mesmos egípcios que fizeram as pirâmides milimetricamente matematicamente perfeitas foram os mesmos que desenhavam nas paredes numa perspectiva só de quem escreve (desenha), porque não tinham o interesse no olhar daquele que iria ver. 
O que temos na nossa condição de ciência política é que tudo implica num conflito, num paradoxo, num dilema, a modernidade foi produzida por indivíduos racionais, então somos todos racionais? Não, isso é um conflito. Você tem sua perspectiva, é indivíduo com autonomia, mas se você tiver uma convicção contrária à ciência você está errado, logo, cadê sua liberdade? Você é livre e racional até contrariar à razão universal. É uma perspectiva limitada pela matéria. 
O estado moderno é o público versus o privado.
O indivíduo que é limitado pela razão só se torna indivíduo através da razão. São elementos contraditórios e complementares ao mesmo tempo. Essa condição de subjetividade. 
Você pode pensar, mas tem que provar objetivamente, para isso você tem que conhecer o objeto. 
O sujeito só se torna racional a partir da sua relação dialética com o objeto. Esse privado só existe a partir do público. 
Você tem liberdade para pensar, isso é modernidade, ela é conquistada no público, mas o público também limita o privado. Você só pode ter a sua vida privada a partir da garantia que o público funcione, é ele quem garante que o seu direito vá até onde começa o do outro. Isso é antagônico. 
O privado é a nossa condição de pessoa particular. 
Maquiavel. 
Guarde a ideia de que acima de tudo maquiavel adota uma nova perspectiva sobre a política, ele gera o conceito de maquiavélico, que pejorativamente mostra astúcia. Elabora estratégias nem sempre bem intencionadas para atingir determinado fim. Os fins justificam quase que qualquer meio, tanto que você consiga atingir seu alvo. 
O que adotamos em relação à ciência política em termos de obra de maquiavel é a condição dele de pensar a política, a sociedade e o comportamento humano sem julgar moralmente, sem julgar a partir de princípios religiosos e apenas constatando as coisas como são. 
O Príncipe = o principal. 
Maquiavel acredita que o poder depende das características pessoais do Príncipe - suas virtudes -, das circunstâncias históricas e de fatos que ocorrem independentemente de sua vontade - as oportunidades. Não existe frase mais contraditória. 
Depende dele ou da sociedade, quem manda, sociedade ou indivíduo, quem manda em quem? 
A noção que primeiro há uma condição de individualidade, o poder não depende da bênção divina, não depende da forma como Deus vai manusear o seu caminho, te abençoando ou te punindo com o poder ou a perda do mesmo. O centro fica com o indivíduo, com o sujeito, mas também com a relação, com as condições objetivas. Então esse príncipe tem que se comportar adequadamente de maneira individual, com as suas virtudes, mas também se confronta com condições objetivas que podem ser conhecidas cientificamente, racionalmente. Essa é a concepção que a frase traz. 
Não são tão passíveis de ação desse indivíduo, mas sim de conhecimento. Estabelece um ser político, que é este indivíduo, este princípe, mas também uma ciência política, que é a necessidade de você analisar o ambiente, as oportunidades, mais do que pensar o que seria moralmente correto ou seria pecado ou não. 
Sendo mais realista do que seus companheiros utopistas, Maquiavel faz de “o príncipe” um manual de ação política, cujo ideal é a conquista e a manutenção do poder.
Esse olhar frio, objetivo e neutro diz: Não importa se você tem que assassinar alguém para manter o poder, não importa, faça. Não importa se é pecado ou não, se isso é necessário para manter a ordem e o poder, faça. 
Esse comportamento racional é contrária à política baseada na preocupação com o próximo, que é um ideal religioso antes de tudo. Ele não é contra Deus, ele tira a responsabilidade de Deus, a análise política dele é puramente objetiva e científica. 
O que é, ao invés do que deveria ser. Mais do que o que ele queria era a posição dele de demonstrar como as coisas são e se apresentam. 
A realidade objetiva é um fato que deve ser conhecido e olhado de maneira com a perspectiva científica, que parte das preocupações racionais para entender o funcionamento das coisas de maneira racional.
Prova Carrascosa dia 3/10
Capítulo 2 - sociologia pré científica 
Renascimento
Ilustração
Triunfo da ciência 
· Texto Hobbes entre o mundo e a esperança -- conceito de contato social. 
Hobbes - contrato social. 
Thomas Robson - não é 100% moderno. Não tem uma teoria que você rapidamente identifica como baseada em modernidade. 
Se falamos de estado moderno, entendendo os alicerces do estado, falamos do público e privado, que contém conceitos de racionalidade e individualidade. A noção de Privado vem de um indivíduo com sua capacidade autônoma e sua exigência de respeito à sua autonomia. A própria ideia de um público, de uma legislação que é aceita e soberana também está calcada na ideia neutra e objetiva de racionalidade. Se o público se excluísse como privado não seria moderno. 
Como voce proporciona algo que está tentando ocupar um papel que um dia a religião ocupou? Um papel de superioridade, de imparcialidade. 
O Estado Moderno é aquele que protege e estimula. 
Um estado que proporciona liberdade para o indivíduo, regras baseadas numa aceitação racional etc. Quando você ler sobre Thomas saberá que ele é o teórico do absolutismo. 
o primeiro poder do estado moderno são as monarquias absolutistas. O absolutismo diz que vc não tem direito nenhum. Diz que os súditos, quem vive sob a soberania de um monarca não tem garantias e direitos. Esse monarca não precisa se relacionar com nenhum outro poder, pois ele detém todo o poder; ele vigora, ele age e ninguém contesta ou apresenta resistência ou cobrança. 
Renascimento é um movimento que ocorre entre duas fases, fim da idade média e começo dos princípios da era moderna. O renascimento também é religioso, um grande exemplo disso é a capela sistina, que é uma grande bíblia ilustrada com figuras religiosas ligadas ao catolicismo e isso apresenta uma ambiguidade. Um pintor renascentista que liga à religião
O renascimento tem duas caras e envolve dois momentos. Quando vc pensa em Thomaz, no séc XVI, tem diferenças entre a ilustração, que é referente a um período posterior, assim você faz uma volta em termoshistórico para criar conceitos úteis para falar dessa condição. 
Contrato social -> é aquele que demonstra a passagem de um estado natural para uma condição contratual, uma posição onde conceitos como estado e sociedade são construídos a partir da assinatura de um contrato, da união dos homens em torno de um acordo.
Esse estado natural (situação, condição), os homens em condição natural se comportam em luta de todos contra todos, o homem é o próprio predador do homem. Um estado de guerra constante. A partir de um determinado momento, já que esse estado gera um medo constante. Os homens em condição natural são aqueles que vivem uma condição de medo e incerteza constantes. Como que acontece esse contrato social/? em determinado momento, já que todos estamos em guerra contra todos, a vida não tem segurança nem garantia, não há um princípio legislador da integridade física dos elementos, dos homens, portanto uma hora naturalmente esses homens resolveram essa situação de guerra, como? Todos juntos escolhem uma pessoa e entregam suas armas para essa pessoa cuidar e fazer uso. Obviamente você se pergunta o que tem de segurança nisso se ela pode ser uma pessoa louca e sair matando todos, ainda mais com o poder de todas as armas? há uma possibilidade de acontecer, mas na situação anterior era garantido que vc morreria mais cedo ou mais tarde pelos atos constantes de violência. Se você permanecer no estado de guerra constante você jamais se unirá e jamais haverá cooperação e união em prol de objetivo comum, é aí que entra o individualismo e o racionalismo, ai que hobbies vira moderno porque se antes não conseguiríamos nunca nada, agora aquele que detém todas as armas, no entanto há uma possibilidade dessa pessoa ser justa e se preocupar com a harmoniza, com esse poder todo essa pessoa pode evitar que os homens briguem entre si, ou seja, esse Estado tem a possibilidade e a única possibilidade (esse é o ponto de distingue o hobbies dos demais autores)de uma coisa fundamental para a existência da individualidade e racionalidade. Hobbes proporciona um elemento que sem ele nada existe, o indivíduo, se ele está morto ele não é indivíduo nem racional. Hobbies apresenta e tem extrema ligação com a modernidade é a possibilidade de vida desse indivíduo. Outra condição que é extremamente necessária é a sua percepção ou visualização de uma possibilidade de que quando o novo monarca absolutista e soberano tiver todo o poder concentrado em suas mãos nós poderemos parar de brigar e desenvolver benefícios, compreensão, ação, entendimento, controle e comando sobre o mundo e nós mesmos. 
Hobbies e Freud - podemos relacionar porque querem colocar nosso desejo violento dentro de uma condição racional de controle das emoções, do pensamento, de entendimento de uma harmonia social possível. 
Froud de um inconsciente que aparece nos sonhos, no sonho não existem limites e nada é imoral ou ilegal, somos irracionais, somos assassinos, violentos, ficamos nus em meio ao público...sentimentos básicos que temos, medos , paixões e desejos
É isso que hobbes fala.
Isso inclui uma modernidade nesse contrato social
hobbies propõe é a existência de um estado para ele gerar um controle, um comando, uma auto limitação que será necessária para existência da sociedade. 
Para Hobbes uma monarquia (ideia de que um indivíduo só é o rei/ rainha, ele pode agir escolhendo, pensando e agindo como quiser a partir das suas interpretações) que exige uma separação de classes para uma ser aquela que detém o controle.
Para ele só através do poder absoluto vc terá um estado que garanta a individualidade e a racionalidade. 
A nossa ideia de uma constituição como poder supremo vem desse modelo de contrato social de hobbies. 
O moderno disso, sendo que essa ideia de poder supremo já existia no medieval através da religião, é que ele vai mostrar que quando falamos de ciência é a relação entre sujeito e objeto o que que o hobbies tá fazendo é colocando o objeto de estudo numa condição objetiva, ele mesmo tá se colocando como sujeito de possibilidade de conhecimento.
esse contrato social, quando todos se matam todo dia e depois entregam as armas para um monarca absoluto, percebe que essa explicação só leva em consideração as pessoas naquele contexto, significa nós resolvendo nossa vida a partir de nós mesmo, entre nós mesmo, sem a necessidade de um elemento externo divino para separar o irracional do racional, os impulsos do que é justo e adequado. 
Contrato social é a ideia de homens resolvendo as suas próprias vidas, racionais suficientemente para decidir o que será feito sem a necessidade de uma interferência divina, um modelo racional de explicação, porém, essa monarquia absolutista não era baseada no poder divino dos reis? não era o papa quem os coroava? Sim!
Financiados pela igreja e ainda baseados em passagens divinas, de alguma forma acontece é uma sociedade, história, política com duas matrizes, uma ainda teológica, mas já apresentando referências a algo extremamente antropocêntrico. Esse contrato social não é aquele que vai dar o poder ao monarca
a necessidade de uma compreensão racional do que acontecia, hobbies é o primeiro a raciocinar. 
Da mesma forma que maquiavel possuía esse embrião de ciência política o que o contrato social de hobbes faz é aumentar não só esta referência racional mas uma condição de proporcionar a gênese desse estado. O que hobbies próprios com esse contrato é demonstrar como racionalmente é possível a existência do estado.
Contrato social não é algo que existiu em termos concretos, não houve um dia determinado na hist em que homens se juntaram e assinaram e passaram a praticar o contrato, esse conceito é um recurso metodológico, um instrumento abstrato de demonstração lógica e racional da possibilidade de existência do estado
o que o público e o privado tem relação ao absolutismo?
o estado moderno é a divisão clara entre o público e o privado, essa divisão só pode ser possível quando os dois existem claramente. O estado moderno os cria e os separa, já o absolutismo não, por ser um estado de passagem da média para a moderna então as coisas não estão bem definidas. Quando vc é absoluto você não tem sua vida privada garantida, pois não existem as leis. A constituição é uma proteção para todos os indivíduos.
Quem é indivíduo no estado absolutista? Tão somente o monarca. 
o 1º elemento de modernidade do hobbies é a condição de análise do poder. 
O objeto da ciência política do hobbies é o estado, ele produz uma sociedade de indivíduos racionais. Ele se torna o sujeito do conhecimento científico, como do irracional nasce o racional político. 
Pág 31 da apostila sobre a ilustração. 
O nascimento do público e do privado, que vem do sentimento feudal do pertencimento à uma nação, algo sentimental e abstrato, não racional. Nacionalismo. O estado moderno nasce junto com o estado nação. os primeiro modelos de estado moderno são os absolutistas. Sentimento de pertencimento de algo comum. 
Essa unificação nasce do elemento nacional, porém já com a delimitação de uma estrutura que não é mais aquela medieval. O senhor feudal, o rei da era medieval era rei, tinha poder e tinha a pose, o castelo era propriedade dele, o feudo, o reino eram propriedades dele, não havia diferenciação, divisão de um poder político público separado de uma vida privada. por isso um estado que ao invés de possuir a sua propriedade ele garante a sua propriedade (do indivíduo). Esse estado nasce a partir dessa confusão entre um estado ainda medieval e um racional. 
Surgimento de conceitos como ESTADO
é esse contratualismo que está tratando, uma referência a essa condição de explicação racional, científica para uma condição de pertencedor de uma nação, mas com separação de público e privado. 
3º parágrafo- o triunfo da ciência leva a um desenvolvimento da economia. 
capitalismo, comércio, burguesia etc
trata da noção de uma ciência criada não só para refletir sobre a vida social mas tb para fazer aplicações diretas, práticas que gerem vantagens econômicas. 
Apostila2 sobre Hobbies. 
Como o ideal econômico de capitalismo não está nas preocupações?
Neste período em que ele escreve e desenvolve sua ideia de contrato social esse materialismo econômico que é importante para a busca do lucro no capitalismo para a burguesia, essa transformação que houve para a maior preocupação para o mundo terreno, 
nos faz pensar a respeito de nós mesmo enquanto indivíduos. 
a mesma coisa acontece com o interesse econômico
onde se encaixa o conceito de capitalismo em hobbies?
enquanto algo já concretizado, mais delineado,enquanto sistema comum de produção aos países ou nações não está formado no período hobbies. a sociedade ainda não é de maneira profunda burguesa capitalista, por isso então esses elementos econômicos não se encontram nos conceitos de hobbies. Adam Smith só surge no século XVIII, ele é o pai da economia. 
Texto: Hobbes, o medo e a esperança:
1º parágrafo - a ideia de contrato social, pacto que torna os indivíduos subordinados ao poder político.
Esta utilização de contrato, na época que era produzida em vista como forma racional de demonstração de vida racional e política ainda não estava baseada em ciência e sociedade. Esse autor do séc 19 cobra de Hobbies objetividade científica. Demonstra a distância em termos de conceitos e princípios, mentalidade, entre os períodos. 
Falar através de um contrato social, explicar a sociedade e o estado através dele, de uma forma simbólica e abstrata, uma demonstração em termos lógicos, mas não concretos. Aplicação prática - une a ideia de ciência com a de economia.
a burguesia é aquele que pessoalmente, individualmente mas como classe tb representa o indivíduo racional lá no renascimento … é posterior a hobbies. 
4º parágrafo - o homem não muda, ele é: 1º em termos mais amplos de utilização do contrato, fala de como nós vivemos internamente, ou seja esse contrato é uma condição existencial humana, atemporal, não tem um momento de transformação em que este homem que faz o contrato social e passa a viver debaixo das leis e se comportar socialmente e adequadamente ele ainda contém esses elementos que ele continha anteriormente, eles não desaparecem, é como freud diz, somos racionais, modernos, mas ainda choramos de emoção, paixão, raiva. É um paradoxo, o eu só existe quando existe o outro. vc só sabe que vc é voce quando voce consegue se comparar/diferenciar do outro. Só quando você esbarra no outro. É isso que Hobbes trata. 
Ai que vem o moderno, ele vem tratando disso como sendo derivado de uma condição não exatamente racional, mas (pág 4, 2º parágrafo) hobbes valoriza o conhecimento racional através desse pensamento simbólico de como é a condição humana que elabora a condição do pensamento científico sobre a sociedade comportamento racional dessa sociedade a partir das ordens desse estado.para hobbes não existe sociedade sem haver o estado primeiro. Nós vivemos o liberalismo político - o estado não deve interferir na sociedade, diz o contrário de hobbes.
para ele a sociedade cria o estado, o homem racional já existente cria o estado através do contrato social, para hobbes é o contrário, sem o estado não haverá comportamento racional individualizado.
cria o conceito de soberania do estado, a possibilidade de logo num segundo momento do contratualismo pegar estado soberano e separá-lo. Foi necessário que hobbes viesse a estabelecer a existência e a necessidade de força e autonomia desse estado para que houvesse essa visão. Ela separa o público do privado, liberalismo. 
Contrato Social: 
Contrato social (ou contratualismo) indica uma classe abrangente de teorias que tentam explicar os caminhos que levam as pessoas a formar Estados e/ou manter a ordem social. Essa noção de contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social. Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime político ou de um governante. 
O ponto inicial da maior parte dessas teorias é o exame da condição humana na ausência de qualquer ordem social estruturada, normalmente chamada de "estado de natureza". Nesse estado, as ações dos indivíduos estariam limitadas apenas por seu poder e sua consciência.
O modelo de Locke é, em sua estrutura, semelhante ao de Hobbes, entretanto, os dois autores tiram conclusões completamente diferentes no que concerne ao modo como nos submetemos a esse Estado Civil, nossa função nele e como se dá o estabelecimento do contrato. Ambos iniciam seu pensamento focando num estado de natureza, que, através do contrato social, vai se tornar o estado civil. 
É grande a diferença de Hobbes para Locke no modo como esses três componentes são entendidos. Para Locke, o estado de natureza não foi um período histórico, mas é uma situação a qual pode existir independentemente do tempo. O estado de natureza se dá quando uma comunidade encontra-se sem uma autoridade superior ou relação de submissão. Logo, o Estado para Locke tem uma função muito diferente daquele que é idealizado por Hobbes. Enquanto este verifica no Estado o único ente capaz de coibir a natureza humana e dar coesão ao Estado sob a égide da figura absoluta, o Estado lockeano é apenas o guardião, que apenas centraliza as funções administrativas. 
O contrato social para locke surge de duas características fundamentais: a confiança e o consentimento. Para Locke, os indivíduos de uma comunidade política consentem a uma administração com a função de centralizar a poder público. Uma vez que esse consentimento é dado, cabe ao governante retribuir essa delegação de poderes dada agindo de forma a garantir os direitos individuais, assegurar segurança jurídica, assegurar o direito a propriedade privada (vale ressaltar que para Locke, a propriedade priva não é só, de fato, terra ou imóveis, mas tudo que é produzido com o seu trabalho e esforço, ou do que é produzido pelas suas posses nesta mesma relação)a esse indivíduo, sendo efetivado para aprofundar ainda mais os direitos naturais, dados por Deus, que o indivíduo já possuía no estado natural. 
É dessa relação que vemos é uma das principais diferenças no contrato entre Hobbes e Locke. Diferente do estado absoluto de Hobbes, que deve ter em seu governante a absoluta confiança e não questioná-lo jamais, para Locke essa relação funciona de maneira distinta. Uma vez que a relação estado-indivíduo é baseada em uma relação de consentimento e confiança é totalmente possível que se o governante quebre a confiança, agindo por má-fé ou não garantindo os direitos individuais, a segurança jurídica e a propriedade privada ou ainda não garantindo os direitos naturais, que uma vez dados por Deus seria impossível alguém cerceá-los, o povo se revolte e o destitua do cargo. É um pensamento inédito já que na filosofia política corrente à época, jamais se poderia questionar o poder do governante uma vez que foi dado por Deus. É na justificativa que uma vez o governante não respeitando os direitos naturais dados por Deus era dever de o povo questionar o poder e rebelar-se. Passada a fase de estabelecimento do contrato, o estado civil deve ser marcado pela distinção entre executivo e legislativo, com predomínio do segundo e com a garantia que os direitos naturais seriam preservados. 
Locke em Paralelo a Hobbes
Do Estado de Natureza:
 Locke, assim como Hobbes, acredita no ser humano no seu estado de natureza. No entanto, o pensamento lockiano acredita que o homem é anterior a sociedade e o Estado, ou seja, o estado de natureza é algo real e que a maioria do seres humanos passou por ela. Essa idéia é, segundo o autor, é comprovada na existência das tribos americanas.
 Ao contrário de Hobbes; em que o estado de natureza é um estado de guerra, insegurança e violência; o estado de natureza lockiano é um estado de paz e harmonia com homens dotados de razão e consumidores da liberdade e dos direitos naturais.
A teoria da Propriedade:Hobbes acredita que a propriedade só existe no estado civil, e que é uma criação do Estado-Leviatã, logo, podemos dizer que no estado de natureza a questão da propriedade é inexistente. Por ser fruto do Estado, a propriedade pode ser suprimida por este.
 Seguindo uma lógica contrária temos o pensamento de Locke que acredita na propriedade sendo, assim como o estado de natureza, anterior a sociedade. Assim, podemos dizer que a propriedade é um direito natural e inviolável.
 Outro ponto interessante de discutirmos acerca da questão da propriedade lockiana é a transição da propriedade limitada para a propriedade ilimitada e o advento do capitalismo. A princípio a propriedade era limitada pela capacidade de trabalho do indivíduo, com o surgimento do dinheiro, as formas de aquisição da propriedade foram modificadas pelo comércio, com isso, passou-se a se adquirir a propriedade tanto pelo trabalho quanto pela compra. O uso da moeda para Locke, acarretou na concentração de riquezas e na desigualdade entre os homens. E é exatamente esse ponto que determinou a transição da propriedade limitada para a ilimitada. 
O contrato social:
 A idéia do contrato social para Locke é justamente fazer a transição do estado de natureza para o estado civil, onde, por meio dele, e independente da forma de governo, estariam preservadas as propriedades e a comunidades de conflitos internos e externos.
 O contrato social proposto por Locke não se assemelha ao contrato de Hobbes. Para Hobbes o contrato é uma espécie de pacto de submissão onde os indivíduos se submetem a um terceiro (homem ou assembléia). Já no contrato de Locke, o contrato social assume um papel de pacto de consentimento em que os homens concordam em construir a sociedade civil com a finalidade de preservar e consolidar os direitos naturais. A idéia é que os direitos naturais fiquem amparados sobre uma norma e da força do comum representado pelo centro de tomada de decisões. 
A sociedade civil e o direito de resistência:
 Locke acredita que independente da forma de governo, é importante saber que: “todo o governo não possui outra finalidade além da conservação da propriedade”. Em sua estrutura de sociedade, o poder legislativo é o poder supremo haja vista que esse é escolhido pela maioria. Além disso, é importante salientar que nessa organização dos poderes, o poder legislativo subordina os poderes executivo e federativo.
 O livre consentimento dos indivíduos para a organização da sociedade civil, formação do governo, e a disposição dos poderes são, para Locke, os principais fundamentos do estado civil.
Rosseau.
Para Rousseau, o homem nasceria bom, mas a sociedade o corromperia. Da mesma forma, o homem nasceria livre, mas por toda parte se encontraria acorrentado por fatores como sua própria vaidade, fruto da corrupção do coração. O indivíduo se tornaria escravo de suas necessidades e daqueles que o rodeiam, o que em certo sentido refere-se a uma preocupação constante com o mundo das aparências, do orgulho, da busca por reconhecimento e status. Mesmo assim, acreditava que seria possível se pensar numa sociedade ideal, tendo assim sua ideologia refletida na concepção da Revolução Francesa ao final do século XVIII.
A questão que se colocava era a seguinte: como preservar a liberdade natural do homem e ao mesmo tempo garantir a segurança e o bem-estar da vida em sociedade? Segundo Rousseau, isso seria possível através de um contrato social, por meio do qual prevaleceria a soberania da sociedade, a soberania política da vontade coletiva.
Rosseau percebeu que a busca pelo bem-estar seria o único móvel das ações humanas e, da mesma, em determinados momentos o interesse comum poderia fazer o indivíduo contar com a assistência de seus semelhantes. Por outro lado, em outros momentos, a concorrência faria com que todos desconfiassem de todos. Dessa forma, nesse contrato social seria preciso definir a questão da igualdade entre todos, do comprometimento entre todos. Se por um lado a vontade individual diria respeito à vontade particular, a vontade do cidadão (daquele que vive em sociedade e tem consciência disso) deveria ser coletiva, deveria haver um interesse no bem comum.
Rosseau acreditava que seria preciso instituir a justiça e a paz para submeter igualmente o poderoso e o fraco, buscando a concórdia eterna entre as pessoas que viviam em sociedade. Um ponto fundamental em sua obra está na afirmação de que a propriedade privada seria a origem da desigualdade entre os homens, sendo que alguns teriam usurpado outros. A origem da propriedade privada estaria ligada à formação da sociedade civil. O homem começa a ter uma preocupação com a aparência. Na vida em sociedade, ser e parecer tornam-se duas coisas distintas. Por isso, para Rousseau, o caos teria vindo pela desigualdade, pela destruição da piedade natural e da justiça, tornando os homens maus, o que colocaria a sociedade em estado de guerra. Na formação da sociedade civil, toda a piedade cai por terra, sendo que “desde o momento em que um homem teve necessidade do auxílio do outro, desde que se percebeu que seria útil a um só indivíduo contar com provisões para dois, desapareceu a igualdade, a propriedade se introduziu, o trabalho se tornou necessário”.
Daí a importância do contrato social, pois os homens, depois de terem perdido sua liberdade natural (quando o coração ainda não havia corrompido, existindo uma piedade natural), necessitariam ganhar em troca a liberdade civil, sendo tal contrato um mecanismo para isso. O povo seria ao mesmo tempo parte ativa e passiva deste contrato, isto é, agente do processo de elaboração das leis e de cumprimento destas, compreendendo que obedecer a lei que se escreve para si mesmo seria um ato de liberdade.
Dessa maneira, tratar-se-ia de um pacto legítimo pautado na alienação total da vontade particular como condição de igualdade entre todos. Logo, a soberania do povo seria condição para sua libertação. Assim, soberano seria o povo e não o rei (este apenas funcionário do povo), fato que colocaria Rousseau numa posição contrária ao Poder Absolutista vigente na Europa de seu tempo. Ele fala da validade do papel do Estado, mas passa a apontar também possíveis riscos da sua instituição. O pensador avaliava que da mesma forma como um indivíduo poderia tentar fazer prevalecer sua vontade sobre a vontade coletiva, assim também o Estado poderia subjugar a vontade geral. Dessa forma, se o Estado tinha sua importância, ele não seria soberano por si só, mas suas ações deveriam ser dadas em nome da soberania do povo, fato que sugere uma valorização da democracia no pensamento de Rousseau.
As formas do Estado:
Entendemos por Estado o poder político organizado no interior da sociedade civil. Na vida moderna, o Estado exerce controle quase total sobre a vida das pessoas. O Estado moderno surgiu na Europa, no início do século XVII, junto com a sociedade moderna. As transformações socioeconômicas e políticas haviam criado um novo mundo, inadequado ao velho feudalismo.
O Estado Absolutista:
Como primeiro formato de Estado moderno deve-se destacar o absolutismo, surgido em um período de confronto entre nobreza e clero – de um lado – e burguesia – de outro -.A princípio a burguesia tentou estabelecer acordos políticos com os monarcas, que aproveitaram a disputa entre as camadas sociais para aumentar seu poder político.Surgiu um novo tipo de Estado, apoiado pela burguesia, que se estendeu por vastos territórios e centralizou as decisões políticas.
O absolutismo teve em Thomas Hobbes (1588-1679) seu representante, cuja teoria procurava as origens do Estado e sua finalidade. Hobbes defendia um Estado soberano com representação máxima de uma sociedade civilizada e racional. A explicação era simples: Em estado natural os homens viveriam em igualdade, segundo seus instintos. O egoísmo, a ambição e a crueldade, próprios de cada um, gerariam uma luta sem fim e tornariam difícil a vida em sociedade, levando-os a destruição. Somenteo Estado - poder acima das individualidades – garantiria segurança a todos. Quanto mais soberano ele fosse, mais humanos e racionais seriam os homens em sociedade.
Ao Estado nunca interessou afastar a Igreja da vida política, pois o melhor seria submetê-la ao seu poderio e conservar sua função religiosa, que beneficiava o próprio Estado.
No absolutismo surge a separação entre a pessoa do monarca e o poder político do Estado. Os monarcas várias vezes, defenderam medidas econômicas e políticas em nome do interesse geral e não de acordo com interesses próprios. Começava-se a estabelecer o que era público e o que era privado. O bem público é um bem de todos, mas essa distinção entre o que é público e o que é privado é produto da época atual, com início no Estado Absolutista.
No Absolutismo o poder político centralizou-se no interior do domínio nacional (ou territorial) e os parlamentos que surgiram nesse Estado funcionavam como órgãos consultivos, pois não eram permanentes e não tinham força perante o rei.
O Estado Liberal:
A burguesia assumiu o governo, instituiu o mercado livre e fez da sociedade civil o seu sinônimo. Era necessária maior nitidez entre o que era público e o que era privado.
Estado Liberal mostra-se como a representação desta separação, como símbolo do que é público e protetor do que é privado.
No século XVIII, a burguesia liberal recusava qualquer intervenção do Estado na economia e começou a difundir a ideia de que as restrições às atitudes estatais seriam benéficas para a economia geral.
O Estado, para os liberais, seria necessário para intervir em assuntos que incomodassem a burguesia, como para reprimir reivindicações da classe operária.
A burguesia reivindicava ampla liberdade na economia, restringindo – mas não tirando – o poder do Estado.
Para implantar o liberalismo econômico, a burguesia baseou-se na teoria formulada por Adam Smith (1723-1790) na obra “A riqueza das nações”, na qual este afirma que existe uma lógica interna, uma razão na produção das mercadorias em que a interferência de um elemento externo seria dispensável.
De acordo com essa teoria, a sociedade se civilizaria ao incorporar valores que defendiam a liberdade de mercado e garantiam igualdade a todos – compradores e vendedores -.
Se as condições para a liberdade e a igualdade entre os indivíduos estavam dadas sociedade civil, o Estado deveria proteger esta situação – teoria da “mão-invisível”. John Locke (1632-1704), na obra “Segundo tratado sobre o governo”, dá ao Estado a imagem de um vigia noturno.
O Estado, segundo os liberais, deve proteger os indivíduos contra situações que possam subverter seus direitos inalienáveis: liberdade, igualdade, vida e propriedade.
O homem, dotado de racionalidade torna-se o dono do próprio destino e assim as transformações burguesas exigiam a participação da maioria da população.
O Estado Liberal-Democrático:
As sociedades capitalistas, movidas pela burguesia revolucionaria, criaram o Estado Liberal Democrático, que entrou em prática em locais onde a burguesia se chocou com a nobreza e buscou apoio entre os operários e camponeses.
O Estado de Bem-estar Social:
Nas últimas décadas do século XIX, o capitalismo da livre concorrência sofria choque no próprio sistema. A competição provocou o fim de empresas mais frágeis e acelerou a desigualdade no acúmulo de capitais.
As empresas que dominavam os mercados – nacionais ou internacionais – definiram no capitalismo o monopólio, com a fusão de empresas com bancos, garantindo assim o domínio de grandes mercados. O capitalismo financeiro começa a desenhar a economia global.
A brutal acumulação de riquezas impulsiona os conflitos entre as classes sociais, e o Estado vê-se obrigado a criar órgãos para atender as reivindicações populares, usando o que se chama de política de bem-estar social.
Surgem instituições sociais que compõem o sistema previdenciário, a educação e a assistência médica e se organizam empresas estatais ligadas aos setores estratégico da economia.
Em 1929 o sistema capitalista deparou-se com uma grande crise que o abalou profundamente. O Estado de bem-estar social surgiu como solução para superar essa crise.
Com base nele John Maynard Keynes (1883-1946) elaborou princípios que defendiam a intervenção do Estado na economia para garantir o pleno emprego, incentivando contratações nas empresas privadas e públicas.
Era necessária a ajuda social aos desempregados, ampliando, pouco a pouco, a estrutura administrativa, cujo custo foi pago com a cobrança de taxas e impostos da burguesia.
O Estado do bem-estar social foi muito criticado por uma parcela da burguesia que afirmava que este não valia o quanto custava, pois os negócios ficavam comprometidos com tantos impostos e bloqueia-se o desenvolvimento econômico.
Mesmo com críticas nos países desenvolvidos, o Estado não mais se afastou da economia, os gastos públicos permaneceram altos e as mudanças para a redução dos custos atingiram apenas as instituições que atendiam os trabalhadores – educação e saúde públicas fracas -; previdência social e seguro-desemprego com poucos recursos.
Integrar a economia do seu país à globalização é uma tarefa que exige do Estado algumas medidas entre elas a privatização das estatais, a desregulamentação do mercado, a livre atuação aos bancos, a flexibilização dos direitos trabalhistas e o atrelamento da moeda ao dólar para facilitar as transações internacionais.
As reformas neoliberais avançaram sobre os direitos dos trabalhadores, pois estes estão em desvantagem para resistir, dada a ameaça do desemprego, e desorganizados politicamente.
Relacione a separação entre o público e o privado com a passagem do Estado absolutista ao liberal. 
O Público e o Privado 
No absolutismo começam a surgir pistas para a separação entre a pessoa do monarca e o poder político do Estado. Esse processo é bastante contraditório, principalmente diante da afirmação de Luís XIV que melhor simbolizou o absolutismo: "O Estado sou eu". Mas, por várias vezes, os monarcas defenderam medidas econômicas e políticas em nome do interesse geral, e não de acordo com os seus próprios interesse patrimoniais. Assim, começava a se estabelecer a diferença entre o que era público e o que era privado. Nos dias atuais, ninguém com princípios éticos tomaria um prédio público e o transformaria em sua residência privada, tampouco a funcionário de uma repartição estatal removeria a chapa oficial do automóvel que a serve para usá-lo de maneira particular. Agindo assim, uma pessoa estaria cometendo um roubo contra a sociedade e poderia ser condenada pela Justiça. O bem público é um bem de todos, não podendo, portanto, ser de ninguém em particular. Essa distinção clara entre privado e público é produto da época atual e começou as ser estabelecida com o estado absolutista. Este, com um exército permanente, um órgão executivo sob o comando do rei e alguns ministro, em certos casos contando com a assessoria de um Parlamento, pôde falar aos súditos em nome do interesse geral, tendo em vista a nação. Foi no absolutismo que o poder político se centralizou fortemente no interior de um domínio territorial/nacional. E os Parlamentares que surgiram nesse Estado funcionavam apenas como órgão consultivos, pois não eram permanentes e não tinham força suficiente para fazer ao monarca. No Estado absolutista, o rei governava com o Conselho de Ministros. Ouvindo e considerando quase sempre suas propostas, compartilhava suas decisões com esses membros especiais. As orientações, as principais medidas, na área de política ou de economia mercantilista, partiam desse órgão do estado. Por exemplo, logo que assumiu o poder na França, Luís XIV disse: "De hoje em diante, eu sou meu primeiro-ministro". Todavia, Colbert foi ministro tão importante no reinado desse soberano que o desenvolvimento econômico da França nesse período ficou conhecido como colbertismo. Como o Estado absolutista intervinha fortemente na vida econômica, sendo em algumas nações o principal responsável pela construção de uma base manufatureira,

Outros materiais