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Sociologia Jurídica - Atividades com resolução

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QUESTÃO 1
Leia o texto a seguir.
O Brasil teve uma ligeira redução no número de mulheres assassinadas em 2018. Mas, ainda assim, os registros de feminicídio cresceram em um ano. [...] Foram 1.173 no ano passado [2018], ante 1.047 em 2017. Desde 9 de março de 2015, a legislação prevê penalidades mais graves para homicídios que se encaixam na definição de feminicídio – ou seja, que envolvam “violência doméstica e familiar e/ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher”. Os casos mais comuns desses assassinatos ocorrem por motivos como a separação. Os dados mostram que, quatro anos após a sanção da Lei do Feminicídio (Lei nº 13.104/2015), há uma maior notificação desses casos - ou seja, mais delegados estão enquadrando os crimes como feminicídio, e não apenas como homicídio doloso.
Adaptado de: Cai o nº de mulheres vítimas de homicídio, mas registros de feminicídio crescem no Brasil. Portal G1. g1.globo.com
Defina o conceito sociológico de gênero, e com base nas informações do texto, relacione-o à distinção entre homicídio doloso de mulheres e feminicídio, demonstrando, a seguir, a importância dessa distinção no combate à violência contra as mulheres.
Gênero é usado como um diferencial nos resultados das construções sociais e culturais, e não os resultados advindos da natureza humana (sexo). Na sociedade é muito usado para discutir questões de hierarquia, desigualdade social, entre outras.
O homicídio é um crime previsto no artigo 121 do Código Penal e se dá pelo seguinte fato: matar alguém. Consequentemente quem matar alguém tem a pena de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. Obviamente essa pena pode sofrer alterações, como por exemplo quando esse homicídio for qualificado. 
O feminicídio é uma maneira em que o legislador chama quando o crime do artigo 121 – matar alguém – é homicídio qualificado, que é uma espécie mais grave e a pena passa a ser de 12(doze) a 30 (trinta) anos. A vítima é uma mulher e o crime aconteceu em decorrência das condições de seu sexo (a lei utiliza essa palavra), ou em caso de violência doméstica. 
Isso tudo não quer dizer que quando uma mulher morre o crime cometido seja o feminicídio, não! Para ser o feminicídio existem pesquisas sociais, antropológicas que apontam que esse tipo de situação acontece principalmente em razão da condição do sexo feminino.
QUESTÃO 2
Leia o texto a seguir, retirado do pensamento de Judith Butler:
A heteronormatividade é a regulação da prática heterossexual, imposta como norma não apenas cultural, mas também biológica, se constituindo como uma ordem compulsória do sexo/gênero/desejo. A homossexualidade é vista, desta maneira, como fuga à norma e, consequentemente, como um desvio que precisa ser novamente reintegrado à norma. A homofobia não se justifica porque, afinal, se o gênero são os significados culturais assumidos pelo corpo sexuado, não se pode dizer que ele decorra de um sexo, desta ou daquela maneira. Levada a seu limite lógico, a distinção sexo/gênero sugere uma descontinuidade radical entre corpos sexuados e gêneros culturalmente construídos. Supondo por um momento a estabilidade do sexo binário, não decorre daí que a construção de “homens” aplique-se exclusivamente a corpos masculinos, ou que o termo “mulheres” interprete somente corpos femininos. Além disso, mesmo que os sexos pareçam não problematicamente binários em sua morfologia e constituição (ao que será questionado), não há razão para supor que os gêneros também devam permanecer em número dois.
(BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.)
Escreva um texto caracterizando heteronormatividade e suas consequências e explique por que, para Butler, a homofobia não se justifica.
A heteronormatividade caracteriza-se pela tendência social de considerar comportamentos que divergem do heterossexual como anormal, diferente. Dessa forma, é determinado um padrão a ser seguido no que tange a sexualidade, e a partir disso, as demais orientações sexuais são marginalizadas, por divergir do “normal”.
Como fruto dessa imposição, surgem pessoas despreparadas para lidar com grupos que não comportam-se da forma “normal”, ou da forma hétero, caracterizando a homofobia. Mas, para a autora, como os gêneros são resultados da construção social assumida pelo corpo sexuado, e não decorrem de um sexo (masculino/feminino), logo a homofobia não justifica-se, pois as expressões sexuais sem a imposição da heteronormatividade não se definiriam apenas em homem/mulher.
QUESTÃO 3
O Estado democrático deve garantir direitos iguais para seus cidadãos e suas cidadãs, independentemente de valores e crenças pessoais, a exemplo da recente aprovação pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) da resolução que obriga todos os cartórios civis do Brasil a oficializar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
Fonte: Disponível em: www.redebraislatual.com.br/cidadania/2013/05/justica-obriga-cartorios-a-transformar-uniao-homoafetiva-em-casamento . Acesso em: 24 nov. 2014.
Considerando o exemplo da decisão do CNJ favorável à extensão dos mesmos direitos dos casais heterossexuais aos casais homossexuais, explique a necessidade da laicidade do Estado para a garantia da igualdade na diferença.
Um Estado para garantir a democracia, a diversidade de ideologias, a liberdade, os direitos coletivos e individuais, onde nenhuma pessoa pode ser apequenada ou discriminada por sexo, cor, raça, preferência sexual, política e condição social; necessita se desagregar do conjunto de crenças religiosas e seus princípios sobre os atos governamentais.
Por isso, é crucial que o Estado adote e mantenha a laicidade como preceito fundamental para a manutenção desses direitos garantidos na constituição de 1988. Não se admitindo qualquer ação Estatal ou governamental justificada em bases religiosas.
É a laicidade do Estado que não se deixa ser influenciado por nenhum viés religioso, que garante a cada cidadão a respectiva oportunidade da liberdade sem dogmas, na procura e no empenho da construção da igualdade nas diferenças.
QUESTÃO 4
Xingamento
Baranga, tilanga, canhão, dragão, tribufu, jaburu, mocreia. Nenhum dos xingamentos estéticos tem equivalente masculino. Nunca vi ninguém dizendo que o Lula é feio: "O Lula foi um bom presidente, mas no segundo mandato embarangou." Percebam que ele é gordinho, tem nariz adunco e orelhas de abano. Se fosse mulher, tava frito. Mas é homem. Não nasceu pra ser atraente. Nasceu pra mandar. Ele é xingado. Mas de outras coisas. Até quando a gente quer bater no homem, é na mulher que a gente bate. A maior ofensa que se pode fazer a um homem não é um ataque a ele, mas à mãe ou à esposa. Nos dois casos, ele sai ileso: calhou de ser filho ou de casar com uma mulher da vida.
DUVIVIER, Gregorio. Xingamento. Folha de S. Paulo. 06 jan. 2013. Adaptado. Disponível online em: http://folha.com/no1393513 Acesso em 07 jan. 2013.
A partir do texto acima e de seus conhecimentos de sociologia, explique, de maneira sociológica, por que as mulheres, na sociedade ocidental contemporânea, sofrem sanções caso não tenham seus corpos adequados ao modelo estético “ideal”.
Destacando a valorização da imagem e do corpo considerado como modelo estético “ideal” é importante citar que as mulheres na sociedade ocidental moderna tendem a se cada vez mais exigidas para o padrão de beleza estimada. Nos aspectos culturais da sociedade ocidental é exigido tradicionalmente a padronização de mulheres com perfis magros e altos, que retratam o padrão de beleza da mulher europeia.
Em nossa sociedade temos o modelo patriarcal onde as referências e valores, em sua maioria, são embasadas pelo homem, herança da historicidade da evolução do homem na sociedade. O rompimento desse contrato será efetivamente na metade do século XX. A partir da segunda metade do século XX muitos dos direitos femininos começam a ser conquistados através de sufrágio universal, mercado de trabalho, profissionalização e educação, bem como da mudança da estrutura familiar. Sendo que boa parte dessas conquistas sãomotivadas como resultados do desfecho da segunda guerra mundial. Embora, todas essas conquistas recentes hão ainda os pré-conceitos enraizados na cultura patriarcal ocidental que são difíceis sofrer modificação, visto que pressupõe tempo para as mudanças culturais da sociedade.
QUESTÃO 5
Nesse mundo em que eu vivo, com a carreira que eu tenho para administrar, os melhores momentos para se fazer bons contatos são as festas e os jantares, você sabe. Então, a gente tem que usar um pouco de sex appeal. Nada vulgar. É uma coisa de sedução fina. O importante é criar o clima certo. Não se trata de fazer do sexo uma arma para vencer na vida. Mas você está lá... Um empresário importante, disponível, decidido vem conversar... [...] Se esse homem que eu falei for com a sua cara e te chamar pra dar uma esticada num restaurante legal, de bom gosto, um vinhozinho da melhor qualidade, talvez até uma noite num hotel classe A, um homem bonito, elegante, empresário, rico... Você vai, se diverte, e depois pode até surgir uma boa oferta de trabalho. Eu é que não ia recusar.
SANT’ANNA, André. Questão Estética. Disponível em: http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/revistas_link.cfm?edicao_id=269&Artigo_ID=4218&IDCategoria=4785&reftype=2. Acesso em 25/05/2012.
Analise o texto acima, utilizando o conceito de “violência simbólica” de Pierre Bourdieu.

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