Buscar

Caso clínico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Caso clínico 1
Sr, P.L.R, 59 anos, gênero masculino, procurou atendimento médico, queixando-se de dor articular no tornozelo do membro inferior esquerdo, cuja manifestação havia começado durante a madrugada do dia anterior à presente consulta. O exame clínico da articulação afetada revelou sinais antiinflamatórios exuberantes, com características eritematosa violácea, dor à manipulação, calor, impotência funcional, presença de edema com discreto derrame capsular. Na entrevista o paciente revelou ser diabético do tipo II, e que para tal patologia fazia uso regular de antidiabético oral clorpropamida associada a metformina e cujos níveis de glicemia estavam adequadamente controlados (glicemia média em jejum = 98mg/dl), não havendo histórico de hipoglicemias. Foram realizadas dosagens de ácido úrico no sangue e na urina de 24 horas. Diante de achados clínicos, confirmados pelos laboratórios, foi diagnosticada crise aguda gotosa. Dentre os medicamentos prescritos, incluiu-se o anti-inflamatório não-esteroidal naproxeno para o controle da dor e inflamação articular associado à cimetidina, pois, ouvira falar de seu vizinho que o naproxeno poderia “atacar” o estômago. Decorrida uma semana de tratamento o paciente passou a queixar-se de constantes hipoglicemias, principalmente, em horários distantes das refeições (final da tarde e primeiras horas da manhã). 
Questões:
1. Quais as hipóteses do relato da hipoglicemia após a associação do naproxeno com a cimetidina?
2. O diagnóstico de qual patologia acarretou o uso do anti-inflamatório não-esteroidal? Explique a patologia.
Caso clínico 2
Paciente A.C, 30 anos, dá entrada no hospital devido a uma infecção causada pelo Clamídia e lhe é receitado tetraciclina VO, 6,625 -12,5mg/Kg de 6/6h. Porém, por ser uma droga que apresenta caráter ácido, lhe causa grande ardência epigástrica e por isso é pedido leite que erroneamente é ofertado pela nutrição do hospital, durante as primeiras 24 horas de administração do medicamento. No segundo dia de tratamento um técnico de enfermagem que assumiu o plantão procurou a enfermeira responsável pela equipe e compartilhou com ela o seu conhecimento quanto a administração de bebidas lácteas e o antibiótico tetraciclina.
Questões:
1. Justifique a atitude do técnico de enfermagem.
2. Como se procede o diagnóstico por clamídia?
 Caso clínico 3
Mulher, solteira, 25 anos. A paciente foi encaminhada ao psiquiatra pelo seu cardiologista, uma vez que nos últimos dois meses esteve cinco vezes no pronto-socorro com queixas de palpitações, sudorese, tremor, falta de ar, pavor intenso e sensação de morte iminente. Embora estivesse convencida que houvesse algo errado com seu coração, os exames e avaliações médicas não se mostraram alterados. Suas histórias familiar e social, fora o ocorrido, não acrescentaram nada relevante. Frente ao diagnóstico de Transtorno do Pânico (TP), foi prescrito Oxalato de Escitalopram (Lexapro), 10mg/dia e sessões de Terapia Cognitivo Comportamental (TCC).
Questões:
1. O que é transtorno do pânico?
2. Qual o papel do escitalopram no tratamento do transtorno do pânico?
Caso clínico 4
V.B é uma mulher de 28 anos, imc =20, que sofre de artrite reumatoide e é tratada com ibuprofeno (AINE). V.B. comparece à emergência de uma maternidade da cidade com hemorragia. V.B. refere estar grávida há três meses e não realizou o acompanhamento pré-natal por morar na área rural, longe do posto de saúde.
Questões:
1. O que provavelmente causou a hemorragia de V.B.?
2. Que alternativa você sugere em relação ao tratamento da artrite? Podemos usar um glicocorticoide?
3. Quais as consequências caso a paciente retomasse o tratamento com AINE em um período mais próximo ao parto?
4. V.B. está com gastrite e resolve usar o medicamento da irmã (misoprostol; análogo da prostaglandina PGE). O que acontecerá com o filho de V.B.?
O que provavelmente causou a hemorragia de V.B.?
AINES inibem a COX das plaquetas e exercem efeito antiplaquetário – podem induzir hemorragias – grávidas são pacientes de alto risco para hemorragia placentária.
 
Que alternativa você sugere em relação ao tratamento da artrite? Podemos usar um glicocorticoide?
O único AINE seguro para grávidas é o paracetamol, que por ser um anti-inflamatório periférico fraco (é bom analgésico e antipirético por ter ação central), não resolverá o problema
Glicocorticóides são ótimos contra a artrite mas levam ao aborto
A solução aqui seria suspender o tratamento sistêmico e usar alguma abordagem tópica para reduzir o risco, e caso isso não seja possível, suspender por completo o tratamento da artrite
 
Quais as consequências caso a paciente retomasse o tratamento com AINE em um período mais próximo ao parto?
AINES vão reduzir a produção de PGF2α e PGE2, (contratores da musculatura uterina), atrasando o trabalho de parto
 
V.B. está com gastrite e resolve usar o medicamento da irmã (misoprostol; análogo da prostaglandina PGE2). O que acontecerá com o filho de V.B.?
Misoprostol é um análogo de prostaglandinas (PGE2, que induz contração uterina via receptor EP3), portanto a paciente terá uma indução de parto. Se o bebê for muito pequeno, ocorrerá um aborto.

Continue navegando