Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 CREMEPE Princípio da Regressão ou Reversão. ................................................................................. 1 Lógica dedutiva, argumentativa e quantitativa. ................................................................... 6 Lógica matemática qualitativa, sequências lógicas envolvendo números, letras e figuras. 64 Geometria básica. ............................................................................................................. 85 Álgebra básica e sistemas lineares. ................................................................................ 108 Calendários. .................................................................................................................... 145 Numeração. .................................................................................................................... 150 Razões especiais. ........................................................................................................... 159 Análise combinatória e probabilidade. ............................................................................. 159 Progressões Aritmética e Geométrica. ............................................................................ 167 Conjuntos: As relações de pertinência; Inclusão e igualdade; Operações entre conjuntos, união, interseção e diferença. .............................................................................................. 179 Comparações. ................................................................................................................ 190 Olá Concurseiro, tudo bem? Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 01. Apostila (concurso e cargo); 02. Disciplina (matéria); 03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 04. Qual a dúvida. Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até cinco dias úteis para respondê-lo (a). Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! Bons estudos e conte sempre conosco! Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 1 PRINCÍPIO DA REGRESSÃO OU REVERSÃO Princípio da regressão Este princípio tem como objetivo resolver determinados problemas de forma não algébrica, mas utilizando uma técnica baseada em raciocínio lógico, conhecida como princípio da regressão ou reversão. Esta técnica consiste em determinar um valor inicial pedido pelo problema a partir de um valor final dado. Utiliza-se para resolução dos problemas as operações matemáticas básicas com suas respectivas reversões. - Fundamento da regressão Utilizando as quatro operações fundamentais, podemos obter uma construção quantitativa lógica fundamentada no princípio da regressão, cujo objetivo é obter o valor inicial do problema proposto através da operação inversa. Soma ↔ a regressão é feita pela subtração. Subtração ↔ a regressão é feita pela soma. Multiplicação ↔ a regressão é feita pela divisão. Divisão ↔ a regressão é feita pela multiplicação. Veja os exemplos abaixo: 1 – Uma pessoa gasta metade do seu capital mais R$ 10,00, ficando sem capital algum. Quanto ela possuía inicialmente? Solução: No problema acima, a pessoa gastou em dinheiro (– R$ 10,00), ou seja, houve uma perda. Pelo princípio da regressão, iremos supor que ele recuperará o dinheiro, para que possamos chegar à situação inicial (+ R$ 10,00). Posteriormente, ele gasta metade do seu capital (÷2). Para voltarmos a situação inicial devemos multiplicar por 2 o valor em dinheiro que ele possuía. Logo, 2 × R $10,00 = R$ 20,00. 2 – Um indivíduo fez uma promessa a São Sebastião, se este dobrar o seu dinheiro, ele doará R$ 20,00 para a igreja, no final da 3º dobra, nada mais lhe restara, quanto possuía o indivíduo inicialmente? (A) 14,50 (B) 15,50 (C) 16,50 (D) 17,50 (E) 18,50 Princípio da Regressão ou Reversão. Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 2 Solução: a) Solução Algébrica Valor que possuía inicialmente: x 1º dobra: 2x – 20 2° dobra: 2(2x – 20) – 20 3° dobra: 2[2(2x – 20) – 20] – 20 = 0 Resolvendo a equação encontramos x = 17,50 Resposta: Inicialmente o indivíduo possui R$17,50 b) Solução pelo método da regressão Pelo método da regressão, vamos abordar o problema do final para o início, ou seja, partiremos do passo IV até o passo I. IV) Se no final restou 0, significa que todo o dinheiro foi doado. III) No terceiro passo, ele dobrou o capital que tinha e deu 20 reais para a igreja, fazendo a regressão, podemos dizer se ele deu 20 reais para a igreja (representar – 20), então, ele os possuía inicialmente 20 (representar +20). Como ele dobrou o capital, temos agora que reduzi-lo a metade (20 ÷ 2) = 10. Conclusão: na terceira etapa ele possuía 10 reais, que dobrados originaram 20 reais. Como doou 20 reais, ficou com nada no quarto passo. II) No segundo passo, ele já possuía 10 reais, mas doou 20 para a igreja (-20) e ao recuperá-lo ficou com 10 + 20 = 30. Como ele dobrou o capital, temos agora que reduzi-lo a metade (30 ÷ 2) = 15. Conclusão: na segunda etapa ele possuía 15 reais, que dobrados originaram 30 reais. Como doou 20 reais, ficou com 10 no terceiro passo. I) Inicialmente, ele possuirá os 15 reais mais 20 reais que serão recuperados, ou seja, 35 reais e reduzir o capital pela metade (35 ÷ 2) = 17,50. Resposta: Inicialmente, possuía R$ 17,50. Gabarito: D Outros métodos: 2- Tabela verdade e equivalência lógica, negação e validade de um argumento. 3- Regras de Inferência 4- Diagramas de Euller-Venn Explicações do item 2,3,4. O candidato deve ficar atento, após o entendimento da tabela verdade, este deve saber aplicar as regras de inferência, diagramas de Venn, equivalência e negação, assim ele verificará que não existe lógica pelas frases ou suas interpretações, veja o modelo abaixo (caso 1 e 2). Caso 1: validade de um argumento Um argumento é válido caso satisfaça duas condições: I – A proposição 1, a proposição 2 e a conclusão (p1, p2, C), têm pelo menos uma linha verdadeira quando construída a sua tabela-verdade. II – (p1 p2) → C é tautológica, caso contrário, temos um sofisma. Nota: argumento possui 3 premissas no mínimo e uma conclusão e silogismo 2 premissas e uma conclusão, assim de início chamarei o silogismo de argumento sem o rigor da definição, pois a preocupação é quanto a validade, e percebe que não há correlação com o português, mas sim com a estrutura. Exemplo: Verifique se o argumento (silogismo) abaixo é válido: Premissa 1 (P1): p q Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 3 Premissa 2 (P2): ~q Conclusão (C): p Condição I: P1, P2 e C devem ter pelo menos uma linha da tabela-verdade toda verdadeira. P1: p q P2: ~q C: p V F V V V V V F F F V F Condição II: (p1 p2) → C deve ser tautológica (p q) ~q → p F V V V V V F V F F V F Resposta: O argumento é válido, pois satisfaz as duas condições. 1) Verifique se os argumentos abaixosão válidos: P1: hoje é sábado ou domingo. P2: hoje não é sábado. C: hoje é domingo. Solução: Construindo a tabela, temos: p1: p v q p2: ~p C: q V F V V F F V V V F V F De acordo com a tabela, podemos garantir que o argumento é válido, pois existe pelo menos uma linha toda verdadeira (V, V, V) e a verdade das premissas (V, V) garante a verdade da conclusão (V). Gabarito: V, pois o argumento é válido. 2) É correto o raciocínio lógico dado pela sequência de proposições seguintes: P1: Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um bom emprego. P2: Ela conseguiu um bom emprego. C: Portanto, Célia tem um bom currículo. Solução: p1: p → q p2: q C: p V V V F F V V V F V F F Neste caso, a primeira condição é satisfeita, ou seja, temos uma linha toda verdadeira (V, V, V). No entanto, a verdade das premissas, além de garantir a verdade da conclusão, também garantiu a sua falsidade, havendo assim uma contradição (também conhecido como princípio do terceiro excluído). Exemplo: p1 p2 C V V V V V F Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 4 A conclusão não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, logo o argumento não é válido. Gabarito: F Caso 2 DIAGRAMAS DE VENN - EULLER - EXPRESSÕES CATEGÓRICAS As expressões categóricas são: TODO ALGUM NENHUM NOTA: Deve ficar claro que a negação destas expressões não tem nenhuma relação com a gramática, língua Portuguesa ou relação com o seu antônimo como todo, nenhum ou coisa do gênero, na verdade a negação destas expressões tem relação direta com a cisão topológica do diagrama, podendo ainda ser associada à mecânica dos fluidos no que se refere a volume de controle, para não entramos no contexto da física será feito apenas uma abordagem topológica da estrutura. Caso 1: Negação da expressão Nenhum Qual a negação da proposição: “Nenhum rondoniense é casado” i) deve ficar claro que a negação de nenhum não é todo ou pelo menos um ou qualquer associação que se faça com o português, a topologia da estrutura nos fornecerá várias respostas, vejamos: Possíveis negações: Negar a frase é na verdade verificar os possíveis deslocamentos dos círculos. I) pelo menos 1 rondoniense é casado II) algum rondoniense é casado III) existe rondoniense casado IV) Todo rondoniense é casado V) Todo casado é rondoniense Definir: A = Rondoniense B= Casado CONCLUSÃO: Topologicamente o pelo menos 1 é a condição mínima de existência; algum e existe estão no mesmo nível de importância e o todo é a última figura sendo assim topologicamente possível mas a última, em termos de importância. Questões 01. Uma senhora levava uma caixa de chocolates para dar aos seus netos. Ao primeiro ela deu a metade dos chocolates que levava mais meio chocolate. Ao segundo, deu a metade do que restou e mais meio chocolate. Por último, ao terceiro neto ela deu a metade do que ainda sobrou e mais meio chocolate, não sobrando nenhum com ela. Quantos chocolates havia inicialmente na caixa? 02. Um homem gastou tudo o que tinha no bolso em três lojas. Em cada uma gastou R$ 1,00 a mais do que a metade do que tinha ao entrar. Quanto o homem tinha ao entrar na primeira loja? Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 5 03. Um feirante vendeu 1/3 das frutas que possuía mais duas. A seguir, vendeu 4/5 das restantes mais uma, ficando, assim, com três frutas. Se n é o número inicial de frutas, então: (A) n > 100 (B) 90 < n < 100 (C) 70 < n < 90 (D) 50 < n < 70 (E) 30 < n < 50 04. (SENAI 2015) O Sr. Altair deu muita sorte em um programa de capitalização bancário. Inicialmente, ele apresentava um saldo devedor X no banco, mas resolveu depositar 500 reais, o que cobriu sua dívida e ainda lhe sobrou uma certa quantia A. Essa quantia A, ele resolveu aplicar no programa e ganhou quatro vezes mais do que tinha, ficando então com uma quantia B. Uma segunda vez, o Sr. Altair resolveu aplicar no programa, agora a quantia B que possuía, e novamente saiu contente, ganhou três vezes o valor investido. Ao final, ele passou de devedor a credor de um valor de R$ 3 600,00 no banco. Qual era o saldo inicial X do Sr. Altair? (A) -R$ 350,00. (B) -R$ 300,00. (C) -R$ 200,00. (D) -R$ 150,00. (E) -R$ 100,00. Respostas 01. Resposta: 02. Resposta: Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 6 03. Resposta: 04. Resposta: C. Devemos partir da última aplicação. Sabemos que a última aplicação é 3B, logo: 3B = 3600 → B = 3600/3 → B = 1200 A 1º aplicação resultou em B e era 4A: B = 4A → 1200 = 4A → A = 1200/4 → A = 300 A é o saldo que sobrou do pagamento da dívida X com o 500 reais: A = 500 – X → 300 = 500 – X → -X = 300 – 500 → -X = -200. (-1) → X = 200. Como o valor de X representa uma dívida representamos com o sinal negativo: a dívida era de R$ - 200,00. Raciocínio Lógico-Dedutivo - Dedução A dedução é uma inferência que parte do universal para o mais particular. Assim considera-se que um raciocínio lógico é dedutivo quando, de uma ou mais premissas, se conclui uma proposição que é conclusão lógica da(s) premissa(s). A dedução é um raciocínio de tipo mediato, sendo o silogismo uma das suas formas clássicas. É um tipo de Raciocínio lógico que se utiliza da dedução para obter uma conclusão de certa premissa. Deduzir segundo o dicionário de língua portuguesa, pode significar concluir, ato de deduzir. Nesta modalidade de raciocínio lógico, dada uma generalização, inferimos as particularidades. As generalizações são sempre atingidas pelo processo indutivo, e as particularidades pelo dedutivo. O raciocínio dedutivo apresenta conclusões que devem, necessariamente, ser verdadeiras caso todas as premissas sejam verdadeiras. É importante deixar claro que a dedução não oferece conhecimento novo, apenas organiza e especifica o conhecimento que já se possui. Exemplo: Todo vertebrado possui vértebras. Todos os gatos são vertebrados. Logo, todos os gatos têm vértebras. Lógica dedutiva, argumentativa e quantitativa. Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 7 Afim de estudar um pouco mais sobre Raciocínio lógico-dedutivo devemos estudar sobre os silogismos. Referência http://www.infoescola.com/filosofia/raciocinio-dedutivo/ SILOGISMO Silogismo é uma palavra cujo significado é o de cálculo. Etimologicamente, silogismo significa “reunir com o pensamento” e foi empregado pela primeira vez por Platão (429-348 a. C.). Aqui o sentido adotado é o de um raciocínio no qual, a partir de proposições iniciais, conclui-se uma proposição final. Aristóteles (384-346 a. C.) utilizou tal palavra para designar um argumento composto por duas premissas e uma conclusão. Exemplo: Jogamos futebol no sábado ou no domingo. Não jogamos futebol no sábado. ╞ Jogamos futebol no domingo. Observação: o símbolo “╞” é chamado de traço de asserção; É usado entre as premissas e a conclusão .Esse silogismo também pode ser representado como: Jogamos futebol no sábado ou no domingo. Não jogamos futebol no sábado. Logo, jogamos futebol no domingo. Chamado de P a proposição: “Jogamos futebol no sábado”, escreve-se: P: Jogamos futebol no sábado. Chamado de C a proposição: “Jogamos futebol no domingo”, escreve-se: C: Jogamos futebol no domingo. Das proposições P e C resulta a proposição “Jogamos futebol no sábado ou no domingo”. Denotamos: P + C: Jogamos futebol no sábado ou no domingo. Com a negativa da proposição P, tem-se a premissa “Não jogamos futebol no sábado”. Escreve-se: ~P: Não jogamos futebol no sábado. Reescrevendo o argumento, obteremos: P + C, ~P ╞ C ou P + C ~P Logo, C Silogismo Categórico de Forma Típica Chamaremos de silogismo categórico de forma típica ao argumento formado por duas premissas e uma conclusão, de modo que todas as premissas envolvidas são categóricasde forma típica (A, E, I, O). Teremos também três termos: - Termo menor: sujeito da conclusão. - Termo maior: predicado da conclusão. - Termo médio: é o termo que aparece uma vez em cada premissa e não aparece na conclusão. Exemplos: Todos os artistas são vaidosos Alguns artistas são pobres Logo, todos os pobres são vaidosos. Todos os gregos são humanos Todos os atenienses são gregos Logo, todos os atenienses são humanos. Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 8 Todos os coelhos são velozes Alguns cavalos não são velozes Logo, alguns cavalos não são coelhos. Alguns políticos são honestos Nenhum estudante é político Logo, nenhum estudante é honesto. Regras do Silogismo Para que um silogismo seja válido, sua estrutura deve respeitar regras. Tais regras, em número de oito, permitem verificar a correção ou incorreção do silogismo. As quatro primeiras regras são relativas aos termos e as quatro últimas são relativas às premissas. São elas: - Todo silogismo contém somente 3 termos: maior, médio e menor; - Os termos da conclusão não podem ter extensão maior que os termos das premissas; - O termo médio não pode entrar na conclusão; - O termo médio deve ser universal ao menos uma vez; - De duas premissas negativas, nada se conclui; - De duas premissas afirmativas não pode haver conclusão negativa; - A conclusão segue sempre a premissa mais fraca; - De duas premissas particulares, nada se conclui. Estas regras reduzem-se às três regras que Aristóteles definiu. O que se entende por “parte mais fraca” são as seguintes situações: entre uma premissa universal e uma particular, a “parte mais fraca” é a particular; entre uma premissa afirmativa e outra negativa, a “parte mais fraca” é a negativa. Atenção: Para determinar se um argumento é uma falácia ou silogismo, deve-se analisar o resultado, ou argumento final: quando se chega a um argumento falso, tem-se uma falácia; quando se chega a um argumento verdadeiro, tem-se um silogismo. Silogismos Derivados Silogismos derivados são estruturas argumentativas que não seguem a forma rigorosa do silogismo típico, mas que mesmo assim são formas válidas. Entimema: trata-se de um argumento em que uma ou mais proposições estão subentendidas. Por exemplo: todo metal é corpo, logo o chumbo é corpo. Neste caso, fica subentendida a premissa “todo chumbo é metal”. Passando para a forma silogística: Todo metal é corpo. Todo chumbo é metal. ___________________ Todo chumbo é corpo. Mais um exemplo: Todo quadrúpede tem 4 patas. Logo, um cavalo é um quadrúpede. No dia a dia, usamos muitas formas como essa, pois as premissas faltantes são óbvias ou implícitas e repeti-las pode cansar os ouvintes. Contudo, é comum haver confusão justamente por causa de premissas faltantes. Epiquerema: o epiquerema é um argumento onde uma ou ambas as premissas apresentam a prova ou razão de ser do sujeito. Geralmente é acompanhada do termo porque ou algum equivalente. Por exemplo: O demente é irresponsável, porque não é livre. Ora, Pedro é demente, porque o exame médico revelou ser portador de paralisia geral progressiva. Logo, Pedro é irresponsável. No epiquerema sempre existe, pelo menos, uma proposição composta, sendo que uma das proposições simples é razão ou explicação da outra. Polissilogismo: O polissilogismo é uma espécie de argumento que contempla vários silogismos, onde a conclusão de um serve de premissa menor para o próximo. Por exemplo: Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 9 Quem age de acordo com sua vontade é livre. Ora, o racional age de acordo com sua vontade. Logo, o racional é livre. Ora, quem é livre é responsável. Logo, o racional é responsável. Ora, quem é responsável é capaz de direitos. Logo, o racional é capaz de direitos. Silogismo Expositório: o silogismo expositório não é propriamente um silogismo, mas um esclarecimento ou exposição da ligação entre dois termos, caracteriza-se por apresentar, como termo médio, um termo singular. Por exemplo: Aristóteles é discípulo de Platão. Ora, Aristóteles é filósofo. Logo, algum filósofo é discípulo de Platão. Silogismo Informe: o silogismo informe caracteriza-se pela possibilidade de sua estrutura expositiva poder ser transformada na forma silogística típica. Por exemplo: “a defesa pretende provar que o réu não é responsável do crime por ele cometido. Esta alegação é gratuita. Acabamos de provar, por testemunhos irrecusáveis, que, ao perpetrar o crime, o réu tinha o uso perfeito da razão e nem podia fugir às graves responsabilidades deste ato”. Este argumento pode ser formalizado assim: Todo aquele que perpetra um crime quando no uso da razão é responsável por seus atos. Ora, o réu perpetrou um crime no uso da razão. Logo, o réu é responsável por seus atos. Sorites: é semelhante ao polissilogismo, mas neste caso ocorre que o predicado da primeira proposição se torna sujeito na proposição seguinte, seguindo assim até que na conclusão se unem o sujeito da primeira proposição com o predicado da última. Por exemplo: A Grécia é governada por Atenas. Atenas é governada por mim. Eu sou governado por minha mulher. Minha mulher é governada por meu filho, criança de 10 anos. Logo, a Grécia é governada por esta criança de 10 anos. Silogismo Hipotético: um silogismo hipotético contém proposições hipotéticas ou compostas, isto é, apresentam duas ou mais proposições simples unidas entre si por uma cópula não verbal, isto é, por partículas. As proposições compostas podem ser divididas em: Claramente Compostas: são aquelas proposições em que a composição entre duas ou mais proposições simples são indicadas pelas partículas: e, ou, se ... então. Copulativa ou Conjuntiva: “a lua se move e a terra não se move”. Nesse exemplo, duas proposições simples são unidas pela partícula e ou qualquer elemento equivalente a essa conjunção. Dentro do cálculo proposicional será considerada verdadeira a proposição que tiver as duas proposições simples verdadeiras e será simbolizada como: p ∧ q. Disjuntivas: “a sociedade tem um chefe ou tem desordem”. Caracteriza-se por duas proposições simples unidas pela partícula “ou” ou equivalente. Dentro do cálculo proposicional, a proposição composta será considerada verdadeira se uma ou as duas proposições simples forem verdadeiras e será simbolizada como: p ∨ q. Condicional: “se vinte é número ímpar, então vinte não é divisível por dois”. Aqui, duas proposições simples são unidas pela partícula se... então. Dentro do cálculo proposicional, essa proposição, será considerada verdadeira se sua consequência for boa ou verdadeira, simbolicamente: p → q. Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 10 Ocultamente Compostas: são duas ou mais proposições simples que formam uma proposição composta com as partículas de ligação: salvo, enquanto, só. Exceptiva: “todos corpos, salvo o éter, são ponderáveis”. A proposição composta é formada por três proposições simples, sendo que a partícula salvo oculta as suas composições. As três proposições simples componentes são: “todos os corpos são ponderáveis”, “o éter é um corpo” e “o éter não é ponderável”. Também são exceptivos termos como fora, exceto, etc. Essa proposição composta será verdadeira se todas as proposições simples forem verdadeiras. Reduplicativa: “a arte, enquanto arte, é infalível”. Nessa proposição temos duas proposições simples ocultas pela partícula enquanto. As duas proposições simples componentes da composta são: “a arte possui uma indeterminação X” e “tudo aquilo que cai sobre essa indeterminação X é infalível”. O termo realmente também é considerado reduplicativo. A proposição composta será considerada verdadeira se as duas proposições simples forem verdadeiras. Exclusiva: “só a espécie humana é racional”. A partícula “só” oculta as duas proposiçõessimples que compõem a composta, são elas: “a espécie humana é racional” e “nenhuma outra espécie é racional”. O termo apenas também é considerado exclusivo. A proposição será considerada verdadeira se as duas proposições simples forem verdadeiras. O silogismo hipotético apresenta três variações, conforme o conetivo utilizado na premissa maior: Condicional: a partícula de ligação das proposições simples é se... então. Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve. A temperatura da água é de 100°C. Logo, a água ferve. Esse silogismo apresenta duas figuras legítimas: - Ponendo Ponens (do latim afirmando o afirmado): ao afirmar a condição (antecedente), prova-se o condicionado (consequência). Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve. A temperatura da água é de 100°C. Logo, a água ferve. - Tollendo Tollens (do latim negando o negado): ao destruir o condicionado (consequência), destrói-se a condição (antecedente). Se a água tiver a temperatura de 100°C, a água ferve. Ora, a água não ferve. Logo, a água não atingiu a temperatura de 100°C. Disjuntivo: a premissa maior, do silogismo hipotético, possui a partícula de ligação “ou”. Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem. Ora, a sociedade não tem chefe. Logo, a sociedade tem desordem. Esse silogismo também apresenta duas figuras legítimas: - Ponendo Tollens: afirmando uma das proposições simples da premissa maior na premissa menor, nega-se a conclusão. Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem. Ora, a sociedade tem um chefe. Logo, a sociedade não tem desordem. Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 11 - Tollendo Ponens: negando uma das proposições simples da premissa maior na premissa menor, afirma a conclusão. Ou a sociedade tem um chefe ou tem desordem. Ora, a sociedade não tem um chefe. Logo, a sociedade tem desordem. Conjuntivo: a partícula de ligação das proposições simples, na proposição composta, é “e”. Nesse silogismo, a premissa maior deve ser composta por duas proposições simples que possuem o mesmo sujeito e não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, ou seja, os predicados devem ser contraditórios. Possui somente uma figura legítima, o Ponendo Tollens, afirmando uma das proposições simples da premissa maior na premissa menor, nega-se a outra proposição na conclusão. Ninguém pode ser, simultaneamente, mestre e discípulo. Ora, Pedro é mestre. Logo, Pedro não é discípulo. Dilema: o dilema é um conjunto de proposições onde, a primeira, é uma disjunção tal que, afirmando qualquer uma das proposições simples na premissa menor, resulta sempre a mesma conclusão. Por exemplo: Se dizes o que é justo, os homens te odiarão. Se dizes o que é injusto, os deuses te odiarão. Portanto, de qualquer modo, serás odiado. Questões 01. (CESGRANRIO - CAPES - Analista de Sistemas) Parte superior do formulário O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma padronizada ,é constituído por três proposições: as duas primeiras denominam-se premissas e a terceira, conclusão .As premissas são juízos que precedem a conclusão .Em um silogismo, a conclusão é consequência necessária das premissas. Assinale a alternativa que corresponde a um silogismo. (A) Premissa 1: Marcelo é matemático. Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física. Conclusão: Marcelo gosta de física. (B) Premissa 1: Marcelo é matemático. Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física. Conclusão: Marcelo não gosta de física. (C) Premissa 1: Mário gosta de física. Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física. Conclusão: Mário é matemático. (D) Premissa 1: Mário gosta de física. Premissa 2: Todos os matemáticos gostam de física. Conclusão: Mário é matemático. (E) Premissa 1: Mário gosta de física. Premissa 2: Nenhum matemático gosta de física. Conclusão: Mário não é matemático. 02. (FGV - MEC - Documentador) O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma padronizada, é constituído por três proposições: as duas primeiras denominam-se premissas e a terceira, conclusão. As premissas são juízos que precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão é consequência necessária das premissas. São dados três conjuntos formados por duas premissas verdadeiras e uma conclusão não necessariamente verdadeira. Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 12 I- Premissa 1: Todos os mamíferos são homeotérmicos. Premissa 2: Todas as baleias são mamíferas. Conclusão: Todas as baleias são homeotérmicas. II- Premissa 1: Todos os peixes são pecilotérmicos. Premissa 2: Todos os tubarões são pecilotérmicos. Conclusão: Todos os tubarões são peixes. III- Premissa 1: Todos os primatas são mamíferos. Premissa 2: Todos os mamíferos são vertebrados. Conclusão: Todos os vertebrados são primatas. Assinale: (A) se somente o conjunto I for um silogismo. (B) se somente o conjunto II for um silogismo. (C) se somente o conjunto III for um silogismo. (D) se somente os conjuntos I e III forem silogismos. (E) se somente os conjuntos II e III forem silogismos. 03. Algumas flores são rosas A Rosa é uma mulher bonita Logo, algumas mulheres bonitas são flores. (A) O que é um silogismo categórico? (B) Este silogismo será válido formalmente? 04. Todos os gatos são seres vivos Alguns seres vivos são omnívoros Logo, alguns seres omnívoros são gatos. (A) Será válido formalmente? Respostas 01. Resposta “E”. Parte inferior do formulário A letra “D” parece certa, mas observe que certa seria se a segunda premissa fosse invertida: “Todos os que gostam de física são matemáticos”. A letra “E” é correta. Existem algumas proposições que podem ser negadas. Algum → negação: Nenhum. Nenhum → negação: Algum. Todo → negação: Algum não. Algum não → negação: Todo. Nessa questão basta negar todas as proposições com suas equivalências supracitadas, ou basta fazer conjuntos (ou balões): (A) Há dois grupos “matemáticos” e “aqueles que gostam de física”. Há uma intersecção entre eles, com matemáticos que gostam e matemáticos que não gostam de física. Marcelo pode estar tanto em um como em outro grupo. (B) Mesmo raciocínio. Marcelo pode gostar ou não de física. (C) Há intersecção entre “matemáticos” e “gostam de física”. Mário pode estar no grupo “matemáticos que gostam de física” e o outro grupo, “aqueles que gostam de física e não são matemáticos”. (D) O grupo “matemáticos” está dentro de “os que gostam de física”. Porém, Mario tanto pode ser matemático como pertencer a outro grupo que também goste de física. (E) Não há intersecção entre os grupos “os que gostam de física” e “matemáticos”. Mário gosta de física, logo, ele não pode ser matemático. (Alternativa correta) Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 13 02. Resposta “A”. I - Todos os mamíferos são homeotérmicos. Todas as baleias são mamíferos. Conclusão: todas as baleias são homeotérmicos. Está certa... essa questão fica clara se desenharmos um conjunto.... assim fica da seguinte forma: o conjunto dos mamíferos está contido no conjunto dos homeotérmicos... e o conjunto das baleias está contido dentro do conjunto dos mamíferos, consequentemente está dentro do conjunto dos homeotérmicos, por isso podemos afirmar que todas as baleias são homeotérmicas. II - Todos os peixes são pecilotérmicos. Todos os tubarões são pecilotérmicos. Conclusão: todos os tubarões são peixes. Não podemos afirmar tal coisa... pode ser que alguns ou até todos sejam, mas a questão não dá informações suficientes para isso... em um conjunto teríamos o conjunto dos pecilotérmicos e dentro dele 2 conjuntos... dos peixes e dos tubarões... eles podem ter alguma intersecção ou nenhuma, por isso não podemos afirmar. III - Todos os primatas são mamíferos. Todos os mamíferos são vertebrados. Conclusão: todos os vertebrados são primatas.Mais uma vez não podemos afirmar, pois a questão não dá informações para concluirmos tal coisa... o conjunto dos primatas está contido no conjunto dos mamíferos e os mamíferos contidos no conjunto dos vertebrados, então pode ser que tenha primatas que não sejam primatas ou que não sejam mamíferos.... 03. (A) Um silogismo categórico é uma forma de raciocínio composto por duas premissas categóricas e uma conclusão que se extrai combinando os termos em que se decompõem as suas premissas. (B) Ilegítimo, inválido formalmente, porque um silogismo compõe-se de, única e exclusivamente, três termos e neste exercício temos 4 termos/conceitos: flor, rosa (nome de flor), Rosa (nome de mulher) e mulher bonita. 04. (A) Ilegítimo, inválido formalmente, porque o termo médio não é considerado pelo menos uma vez universalmente, tal como se exige nas regras. Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 14 LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO A argumentação é a forma como utilizamos o raciocínio para convencer alguém de alguma coisa. A argumentação faz uso de vários tipos de raciocínio que são baseados em normas sólidas e argumentos aceitáveis. A lógica de argumentação é também conhecida como dedução formal e é a principal ferramenta para o raciocínio válido de um argumento. Ela avalia conclusões que a argumentação pode tomar e avalia quais dessas conclusões são válidas e quais são inválidas (falaciosas). O estudo das formas válidas de inferências de uma linguagem proposicional também faz parte da Teoria da argumentação. Conceitos Premissas (proposições): são afirmações que podem ser verdadeiras ou falsas. Com base nelas que os argumentos são compostos, ou melhor, elas possibilitam que o argumento seja aceito. Inferência: é o processo a partir de uma ou mais premissas se chegar a novas proposições. Quando a inferência é dada como válida, significa que a nova proposição foi aceita, podendo ela ser utilizada em outras inferências. Conclusão: é a proposição que contém o resultado final da inferência e que está alicerçada nas premissas. Para separar as premissas das conclusões utilizam-se expressões como “logo, ...”, “portanto, ...”, “por isso, ...”, entre outras. Sofisma: é um raciocínio falso com aspecto de verdadeiro. Falácia: é um argumento inválido, sem fundamento ou tecnicamente falho na capacidade de provar aquilo que enuncia. Silogismo: é um raciocínio composto de três proposições, dispostas de tal maneira que a conclusão é verdadeira e deriva logicamente das duas primeiras premissas, ou seja, a conclusão é a terceira premissa. Argumento: é um conjunto finito de premissas – proposições –, sendo uma delas a consequência das demais. O argumento pode ser dedutivo (aquele que confere validade lógica à conclusão com base nas premissas que o antecedem) ou indutivo (aquele quando as premissas de um argumento se baseiam na conclusão, mas não implicam nela) O argumento é uma fórmula constituída de premissas e conclusões (dois elementos fundamentais da argumentação). Alguns exemplos de argumentos: 1) Todo homem é mortal Premissas João é homem Logo, João é mortal Conclusão 2) Todo brasileiro é mortal Premissas Todo paulista é brasileiro Logo, todo paulista é mortal Conclusão 3) Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 15 Se eu passar no concurso, então irei viajar Premissas Passei no concurso Logo, irei viajar Conclusão Todas as PREMISSAS têm uma CONCLUSÃO. Os exemplos acima são considerados silogismos. Um argumento de premissas P1, P2, ..., Pn e de conclusão Q, indica-se por: P1, P2, ..., Pn |----- Q Argumentos Válidos Um argumento é VÁLIDO (ou bem construído ou legítimo) quando a conclusão é VERDADEIRA (V), sempre que as premissas forem todas verdadeiras (V). Dizemos, também, que um argumento é válido quando a conclusão é uma consequência obrigatória das verdades de suas premissas.Ou seja: A verdade das premissas é incompatível com a falsidade da conclusão. Um argumento válido é denominado tautologia quando assumir, somente, valorações verdadeiras, independentemente dos valores assumidos por suas estruturas lógicas. Argumentos Inválidos Um argumento é dito INVÁLIDO (ou falácia, ou ilegítimo ou mal construído), quando as verdades das premissas são insuficientes para sustentar a verdade da conclusão. Caso a conclusão seja falsa, decorrente das insuficiências geradas pelas verdades de suas premissas, tem-se como conclusão uma contradição (F). Um argurmento não válido diz-se um SOFISMA. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica. É importante conhecer os tipos de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a argumentação alheia. - A verdade e a falsidade são propriedades das proposições. - Já a validade e a invalidade são propriedades inerentes aos argumentos. - Uma proposição pode ser considerada verdadeira ou falsa, mas nunca válida e inválida. - Não é possível ter uma conclusão falsa se as premissas são verdadeiras. - A validade de um argumento depende exclusivamente da relação existente entre as premissas e conclusões. Critérios de Validade de um argumento Pelo teorema temos: Um argumento P1, P2, ..., Pn |---- Q é VÁLIDO se e somente se a condicional: (P1 ^ P2 ^ ...^ Pn) → Q é tautológica. Métodos para testar a validade dos argumentos1 Estes métodos nos permitem, por dedução (ou inferência), atribuirmos valores lógicos as premissas de um argumento para determinarmos uma conclusão verdadeira. Também podemos utilizar diagramas lógicos caso sejam estruturas categóricas (frases formadas pelas palavras ou quantificadores: todo, algum e nenhum). Os métodos constistem em: 1) Atribuição de valores lógicos: o método consiste na dedução dos valores lógicos das premissas de um argumento, a partir de um “ponto de referência inicial” que, geralmente, será representado pelo valor lógico de uma premissa formada por uma proposição simples ou de uma conjunção. Lembramos que, para que um argumento seja válido, partiremos do pressuposto que todas as premissas que compõem esse argumento são, na totalidade, verdadeiras. 1 ALENCAR FILHO, Edgar de – Iniciação a lógica matemática – São Paulo: Nobel – 2002. CABRAL, Luiz Cláudio Durão; NUNES, Mauro César de Abreu - Raciocínio lógico passo a passo – Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 16 Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como auxílio a tabela-verdade dos conectivos. Exemplo Sejam as seguintes premissas: P1: O bárbaro não usa a espada ou o príncipe não foge a cavalo. P2: Se o rei fica nervoso, então o príncipe foge a cavalo. P3: Se a rainha fica na masmorra, então o bárbaro usa a espada. P4: Ora, a rainha fica na masmorra. Se todos os argumentos (P1,P2,P3 e P4) forem válidos, então todas premissas que compõem o argumento são necessariamente verdadeiras (V). E portanto pela premissa simples P4: “a rainha fica na masmorra”; por ser uma proposição simples e verdadeira, servirá de “referencial inicial” para a dedução dos valores lógicos das demais proposições que, também, compõem esse argumento. Teremos com isso então: Já sabemos que a premissa simples “a rainha fica na masmorra” é verdadeira, portanto, tal valor lógico confirmará como verdade a 1a parte da condicional da premissa P3 (1º passo). Lembramos que, se a 1ª parte de uma condicional for verdadeira, implicará que a 2ª parte também deverá ser verdadeira (2º passo), já que a verdade implica outra verdade (vide a tabela-verdade da condicional). Assim teremos como valor lógico da premissa uma verdade (V). Confirmando-se a proposição simples “o bárbaro usa a espada” como verdadeira (3º passo), logo, a 1ª parte da disjunçãosimples da premissa P1, “o bárbaro não usa a espada”, será falsa (4º passo). DICA: Para dedução dos valores lógicos, utilizaremos como auxílio a tabela-verdade dos conectivos, portanto, tente memorizar quando é verdadeiro e quando é falso os conectivos lógicos! Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 17 Como a premissa P1 é formada por uma disjunção simples, lembramos que ela será verdadeira, se pelo menos uma de suas partes for verdadeira. Sabendo-se que sua 1ª parte é falsa, logo, a 2ª parte deverá ser, necessariamente, verdadeira (5º passo). Ao confirmarmos como verdadeira a proposição simples “o príncipe não foge a cavalo”, então, devemos confirmar como falsa a 2a parte da condicional “o príncipe foge a cavalo” da premissa P2 (6o passo). E, por último, ao confirmar a 2a parte de uma condicional como falsa, devemos confirmar, também, sua 1a parte como falsa (7o passo). Através da analise das premissas e atribuindo os seus valores lógicos chegamos as seguintes conclusões: - A rainha fica na masmorra; - O bárbaro usa a espada; - O rei não fica nervoso; - o príncipe não foge a cavalo. Observe que onde as proposições são falsas (F) utilizamos o não para ter o seu correspondente como válido, expressando uma conclusão verdadeira. Caso o argumento não possua uma proposição simples ou uma conjunção “ponto de referência inicial”, devem-se iniciar as deduções pela disjunção exclusiva ou pela bicondicional, caso existam. Lembrando que, no caso da bicondicional(VV ou FF) e a disjunção exclusiva(VF ou FV), cada uma possui duas possibilidades de serem verdadeiras, logo, é necessário testar as duas possibilidades. 2) Método da Tabela Verdade: para resolvermos temos que levar em considerações dois casos. 1º caso: quando o argumento é representado por uma fómula argumentativa. Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 18 Exemplo A → B ~A = ~B Para resolver vamos montar uma tabela dispondo todas as proposições, as premissas e as conclusões afim de chegarmos a validade do argumento. (Fonte: http://www.marilia.unesp.br) O caso onde as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa está sinalizada na tabela acima pelo asterisco.Observe também, na linha 4, que as premissas são verdadeiras e a conclusão é verdadeira. Chegamos através dessa análise que o argumento não é valido. 2o caso: quando o argumento é representado por uma sequência lógica de premissas, sendo a última sua conclusão, e é questionada a sua validade. Exemplo: “Se leio, então entendo. Se entendo, então não compreendo. Logo, compreendo.” P1: Se leio, então entendo. P2: Se entendo, então não compreendo. C: Compreendo. Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento: P1 ∧ P2 → C Representando inicialmente as proposições primitivas “leio”, “entendo” e “compreendo”, respectivamente, por “p”, “q” e “r”, teremos a seguinte fórmula argumentativa: P1: p → q P2: q → ~r C: r [(p → q) ∧ (q → ~r)] → r ou 𝑝 → 𝑞 𝑞 → ~𝑟 𝑟 Montando a tabela verdade temos (vamos montar o passo a passo): Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 19 Sendo a solução (observado na 5a resolução) uma contingência (possui valores verdadeiros e falsos), logo, esse argumento não é válido. Podemos chamar esse argumento de sofisma embora tenha premissas e conclusões verdadeiras. Implicações tautológicas: a utilização da tabela verdade em alguns casos torna-se muito trabalhoso, principlamente quando o número de proposições simples que compõe o argumento é muito grande, então vamos aqui ver outros métodos que vão ajudar a provar a validade dos argumentos. 3.1 - Método da adição (AD) p p ∨ q ou p → (p ∨ q) 3.2 - Método da adição (SIMP) 1º caso: p ∧ q p ou (p ∧ q) → p 2º caso: p ∧ q p ou (p ∧ q) → q Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 20 3.3 - Método da conjunção (CONJ) 1º caso: p q p ∧ q ou (p ∧ q) → (p ∧ q) 2º caso: p q q ∧ p ou (p ∧ q) → (q ∧ p) 3.4 - Método da absorção (ABS) p → q p → (p ∧ q) ou (p → q) → [p → p ∧ q)] 3.5 – Modus Ponens (MP) p→q p q ou [(p → q) ∧ p] → q 3.6 – Modus Tollens (MT) p→q ~q ~p ou [(p → q) ∧ ~q] → p 3.7 – Dilema construtivo (DC) p → q r → s p ∨ r q ∨ s ou [(p → q) ∧ (r → s) ∧ (p ∨ r) ] → (q ∨ s) 3.8 – Dilema destrutivo (DD) p → q r → s ~q ∨ ~s ~p ∨ ~r ou [(p → q) ∧ (r → s) ∧ (~q ∨ ~s) ] → (~p ∨ ~r) 3.9 – Silogismo disjuntivo (SD) 1º caso: p ∨ q ~p q ou [(p ∨ q) ∧ ~p] → q 2º caso: p ∨ q ~q p ou [(p ∨ q) ∧ ~q] → p Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 21 3.10 – Silogismo hipotético (SH) p → q q → r p → r ou [(p → q) ∧ (q → r)] → (p → r) 3.11 – Exportação e importação. 1º caso: Exportação (p ∧ q) → r p → (q → r) ou [(p ∧ q) → r] → [p → (q → r)] 2º caso: Importação p → (q → r) (p ∧ q) → r ou [p → (q → r)] → [(p ∧ q) → r] Produto lógico de condicionais: este produto consiste na dedução de uma condicional conclusiva, que será a conclusão do argumento, decorrente ou resultante de várias outras premissas formadas por, apenas, condicionais. Ao efetuar o produto lógico, eliminam-se as proposições simples iguais que se localizam em partes opostas das condicionais que formam a premissa do argumento, resultando em uma condicional denominada condicional conclusiva. Vejamos o exemplo: Nós podemos aplicar a soma lógica em alguns casos, como por exemplo: 1º caso - quando a condicional conclusiva é formada pelas proposições simples que aparecem apenas uma vez no conjunto das premissas do argumento. Exemplo Dado o argumento: Se chove, então faz frio. Se neva, então chove. Se faz frio, então há nuvens no céu. Se há nuvens no céu, então o dia está claro. Temos então o argumento formado pelas seguintes premissas: P1: Se chove, então faz frio. P2: Se neva, então chove. P3: Se faz frio, então há nuvens no céu. P4: Se há nuvens no céu, então o dia está claro. Vamos denotar as proposições simples: p: chover q: fazer frio r: nevar s: existir nuvens no céu Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 22 t: o dia está claro Montando o produto lógico teremos: 𝑥 { 𝑝 → 𝑞 𝑟 → 𝑝 𝑞 → 𝑠 𝑠 → 𝑡 ⇒ 𝑥 { 𝑝 → 𝑞 𝑟 → 𝑝 𝑞 → 𝑠 𝑠 → 𝑡 ⇒ 𝑥 { 𝑟 → 𝑞 𝑞 → 𝑠 𝑠 → 𝑡 ⇒ 𝑥 { 𝑟 → 𝑞 𝑞 → 𝑠 𝑠 → 𝑡 ⇒ 𝑥 { 𝑟 → 𝑠 𝑠 → 𝑡 ⇒ 𝑥 { 𝑟 → 𝑠 𝑠 → 𝑡 ⇒ 𝑟 → 𝑡 Conclusão: “Se neva, então o dia está claro”. Observe que: As proposições simples “nevar” e “o dia está claro” só apareceram uma vez no conjunto de premissas do argumento anterior. 2º caso - quando a condicional conclusiva é formada por, apenas, uma proposição simples que aparece em ambas as partes da condicional conclusiva, sendo uma a negação da outra. As demais proposições simples são eliminadas pelo processo natural do produto lógico. Neste caso, na condicional conclusiva, a 1ª parte deverá necessariamente ser FALSA, e a 2ª parte, necessariamente VERDADEIRA. Exemplo Seja o argumento: Se Ana trabalha, então Beto não estuda. Se Carlos não viaja, então Beto não estuda. Se Carlos viaja, Ana trabalha. Temos então o argumento formado pelas seguintes premissas: P1: Se Ana trabalha, então Beto não estuda. P2: Se Carlos não viaja, então Beto não estuda. P3: Se Carlos viaja, Ana trabalha. Denotando as proposições simples teremos: p: Ana trabalha q: Beto estuda r: Carlos viaja Montando o produto lógico teremos: { 𝑝 → ~𝑞 ~𝑟 → ~𝑞 𝑟 → 𝑝 (𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑎𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑎) ⇒ 𝑥 { 𝑝 → ~𝑞 𝑞 → 𝑟 𝑟 → 𝑝 ⇒ 𝑥 { 𝑟 → ~𝑞 𝑞 → 𝑟 ⇒ 𝑞⏟ 𝐹 → ~𝑞⏟ 𝑉 Conclusão: “Beto não estuda”. Questões 01. (IFAL – Assistente Social – COPEVE/UFAL/2019) Considere asseguintes premissas: – Se é domingo, então Carlos lava seu carro. – Se chover, então Carlos não lava seu carro. – Se não é domingo, então Carlos acorda cedo. – Carlos acordou tarde. Com base nessas premissas, pode-se concluir que: (A) Não é domingo (B) Não lavou o carro DICA: Nos dois casos anteriores, pode-se utilizar o recurso de equivalência da contrapositiva (contraposição) de uma condicional, para que ocorram os devidos reajustes entre as proposições simples de uma determinada condicional que resulte no produto lógico desejado. (p → q) ⇔ ~q → ~p Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 23 (C) Não choveu (D) Choveu (E) É impossível concluir 02. (CRM/AC – Assistente Administrativo – QUADRIX/2019) P: Se João obedece à sua mãe, então ele come pudim. Q: Se João não come pudim, então ele fica triste. R: João gosta de futebol e sua mãe gosta de novela. Considerando as proposições lógicas acima, julgue o item. Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe. ( ) Certo ( ) Errado 03. (FLAMA/SC – Geólogo – UNESC/2019) Considere verdadeiras as afirmações a seguir: I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada III - Virna é professora IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora. Com base nessas afirmações podemos concluir corretamente que: (A) Se Virna é professora, então Verônica não é advogada (B) Se Verônica não é advogada, então Verinha não é bailarina (C) Virna é professora e Verônica não é advogada (D) Verônica não é advogada ou Vivi é costureira 04. (Pref. de Petrolina/PE – Guarda Civil – IDIB/2019) Em uma sala de aula, o professor instiga os alunos com problemas de raciocínio lógico relacionando as cores dos carros e seus proprietários. Desta forma, o professor repassou aos alunos as afirmativas verdadeiras a seguir: I. Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde. II. Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul. III. Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul. IV. Cinthia tem um carro verde. Com base nas afirmações anteriores, pode-se concluir com certeza que: (A) Se Ana não tem um carro azul, então Bruno não tem um carro rosa. (B) Bruno não tem um carro rosa ou Daniel tem um carro amarelo. (C) Ana não tem um carro azul e Daniel não tem um carro amarelo. (D) Cinthia tem um carro verde e Ana não tem um carro azul. (E) Se Cinthia tem um carro verde, então Ana não tem um carro azul. 05. (DPU – Agente Administrativo – CESPE) Considere que as seguintes proposições sejam verdadeiras. • Quando chove, Maria não vai ao cinema. • Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. • Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. • Quando Fernando está estudando, não chove. • Durante a noite, faz frio. Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o item subsecutivo. Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. ( ) Certo ( ) Errado 06. (STJ – Conhecimentos Gerais para o cargo 17 – CESPE) Mariana é uma estudante que tem grande apreço pela matemática, apesar de achar essa uma área muito difícil. Sempre que tem tempo suficiente para estudar, Mariana é aprovada nas disciplinas de matemática que cursa na faculdade. Neste semestre, Mariana está cursando a disciplina chamada Introdução à Matemática Aplicada. No entanto, ela não tem tempo suficiente para estudar e não será aprovada nessa disciplina. A partir das informações apresentadas nessa situação hipotética, julgue o item a seguir, acerca das estruturas lógicas. Considerando-se as seguintes proposições: p: “Se Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1, então ela aprende o conteúdo de Química Geral"; q: “Se Mariana aprende o conteúdo de Química Geral, então ela é aprovada em Química Geral"; Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 24 c: “Mariana foi aprovada em Química Geral", é correto afirmar que o argumento formado pelas premissas p e q e pela conclusão c é um argumento válido. ( ) Certo ( ) Errado 07. (Petrobras – Técnico (a) de Exploração de Petróleo Júnior – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma fada, então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca é um centauro. Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma bruxa. Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo. (B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro. (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro. (D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo. 08. (Câm. de Indaiatuba/SP – Analista de Sistemas – VUNESP) Considere verdadeiras as afirmações I e II, e falsa a afirmação III. I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza. II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora. III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora. A alternativa que contém uma afirmação necessariamente verdadeira, com base nas afirmações apresentadas é: (A) Fernando não é vereador (B) Hugo é policial. (C) Hugo não é policial e Fernando é vereador. (D) Hugo é policial e Fernando não é vereador. (E) Hugo é policial ou Fernando é vereador. Comentários 01. Resposta: C Observe que dentre as premissas temos uma proposição simples, portanto iremos começar por ela e a partir daí descobriremos os valores lógicos das outras, lembrando, as premissas são sempre verdadeiras. Carlos acordou tarde (V) Vamos procurar uma que fale sobre o Carlos acordar ou não tarde. Se não é domingo, então Carlos acorda cedo(F). Como Carlos aordou tarde, Carlos acordou cedo é Falso, sendo assim temos uma condicional ? →F, logo o valor de não é domingo tem que ser obrigatoriamente Falso, pois a premissa tem que ser verdadeira e se tivermos um VF teremos uma premissa falsa, por isso devemos ter FF, continuando para outra premissa. Se é domingo, então Carlos lava seu carro Não é domingo é F, logo ser domingo é V, portanto obrigatoriamente Carlos lava seu carro tem que ser V, pois senão teríamos um V→F que na condicional seria falso, continuando, Se chover, então Carlos não lava seu carro ? → F (pois Carlos lava seu carro é V) Como é uma condicional, Chover tem que ser Falso, para a condicional ser verdadeira, logo temos o seguinte: Chover = F Ser domingo = V Carlos lava seu carro = V Carlos acordou tarde = V Assim a conclusão verdadeira está na alternativa “C” Não choveu, pois se chover é falso, não chover é verdadeiro. 02. Resposta: Errado Vamos analisar as premissas, lembrando que elas devem ser sempre verdadeiras, temos que tentar concluir: Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe. O ponta pé inicial é procurar a premissa mais simples, ou seja, a proposição simples ou uma conjunção, se não houver nenhuma dessas aí partimos para uma bicondicional ou uma disjunção exclusiva, mas aí Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 25 meu amigo, amarra as calças, pois tem que testar todos os casos em que elas são verdadeiras, mas voltando para nossa questão aqui, temo uma conjunção em “R”. R: João gosta de futebol e sua mãe gosta de novela. A conjunção só é verdadeira se for tudo V, logo: João gosta de futebol = V sua mãe gosta de novela = V Agora vamos para as outras premissas utilizando essas informações já encontradas. Mas aí não conseguimos mais nada com as outras premissas, logo vamos tentar o método de negar a conclusão, aí se a conclusão for falsa e as premissas continuar verdadeiras estaremos diante de um argumento inválido, vamos lá! Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe (para ser falso devemos ter VF) João não fica triste = V Ele obedece sua mãe = F Vamos para as premissas, “R” já conseguimos determinar que ela pode ser Verdadeira, falta P e Q Q: Se João não come pudim, então ele fica triste. ? → F, assim Joãonão come pudim é F. P: Se João obedece à sua mãe, então ele come pudim. F → F Essa premissa também vai ser verdade, então meu amigo(a), as premissas são verdadeiras mesmo eu negando a conclusão, desta forma não podemos ter um argumento válido, assim ele é inválido, portanto não podemos concluir que Se João não fica triste, então ele obedece à sua mãe, logo gabarito errado. 03. Resposta: B Para resolver esse tipo de questão, lembre-se de procurar uma proposição simples ou por uma conjunção, pois todas as premissas são verdadeiras. I - Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada II - Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada III - Virna é professora IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora. Vou começar pela premissa III pois é uma proposição simples. Virna é professora (V) Procure uma premissa que contenha algo de Virna (IV). IV - Ou Verinha é bailarina, ou Virna não é professora. ?v F como é uma disjunção exclusiva para ser verdadeiro as proposições simples precisam ter valor lógico diferentes logo a primeira é V. Verinha é bailarina (V) Premissa II Se Verinha é bailarina, então Verônica é advogada V→? A segunda parte precisa ser V para a condicional ser Verdadeira, logo Verônica é advogada (V) Premissa I Se Vivi é costureira, então Verônica não é advogada ? → F, a primeira parte precisa ser F para a condicional ser Verdadeira, logo Vivi é costureira (F) Agora, sabendo o valor lógico dessas proposições, vamos para as alternativas (A) Se Virna é professora, então Verônica não é advogada V→F essa condicional é FALSA (B) Se Verônica não é advogada, então Verinha não é bailarina F → F essa condicional é verdadeira, logo é a alternativa correta (C) Virna é professora e Verônica não é advogada V ^F essa conjunção é FALSA (D) Verônica não é advogada ou Vivi é costureira FvF essa disjunção simples é falsa Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 26 04. Resposta: A Precisamos procurar uma proposição simples ou uma conjunção, para ser nosso ponto de partida. I. Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde. II. Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul. III. Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul. IV. Cinthia tem um carro verde. Iremos iniciar então pela premissa IV Cinthia tem um carro verde (V) Agora vamos para a premissa I Ou Bruno tem um carro rosa, ou Cinthia não tem um carro verde ? v F a primeira parte precisa ser V para a disjunção exclusiva ser Verdadeira Bruno tem um carro rosa (V) Premissa III Se Bruno tem um carro rosa, então Ana tem um carro azul V → ? a segunda parte precisa ser V para a condicional ser Verdadeira. Ana tem um carro azul (V) Premissa II Se Daniel tem um carro amarelo, então Ana não tem um carro azul ? → F a primeira parte precisa ser F para a condicional ser Verdadeira. Daniel tem um carro amarelo (F) Agora vamos analisar as alternativas. (A) Se Ana não tem um carro azul, então Bruno não tem um carro rosa. V → V essa condicional é verdaderia, logo é nossa alternativa correta. (B) Bruno não tem um carro rosa ou Daniel tem um carro amarelo. F v F essa disjunção simples é FALSA (C) Ana não tem um carro azul e Daniel não tem um carro amarelo. F ^ V essa conjunção é FALSA (D) Cinthia tem um carro verde e Ana não tem um carro azul. V ^F essa conjunção é FALSA (E) Se Cinthia tem um carro verde, então Ana não tem um carro azul. V → F essa condicional é FALSA 05. Resposta: Errado A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as premissas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas: A = Chove B = Maria vai ao cinema C = Cláudio fica em casa D = Faz frio E = Fernando está estudando F = É noite A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) Lembramos a tabela verdade da condicional: A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa, utilizando isso temos: O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. // B → ~E Iniciando temos: 4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B = V – para que o argumento seja válido temos que Quando chove tem que ser F. 3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V). // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que Maria vai ao cinema tem que ser V. Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 27 2º - Quando Cláudio sai de casa (F), não faz frio (F). // ~C → ~D = V - para que o argumento seja válido temos que Quando Cláudio sai de casa tem que ser F. 5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V). // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando pode ser V ou F. 1º- Durante a noite (V), faz frio (V). // F → D = V Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); pois temos dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F). 06. Resposta: Errado Se o argumento acima for válido, então, teremos a seguinte estrutura lógica (fórmula) representativa desse argumento: P1 ∧ P2 → C Organizando e resolvendo, temos: A: Mariana aprende o conteúdo de Cálculo 1 B: Mariana aprende o conteúdo de Química Geral C: Mariana é aprovada em Química Geral Argumento: [(A → B) ∧ (B → C)] ⇒ C Vamos ver se há a possibilidade de a conclusão ser falsa e as premissas serem verdadeiras, para sabermos se o argumento é válido: Testando C para falso: (A → B) ∧ (B →C) (A →B) ∧ (B → F) Para obtermos um resultado V da 2º premissa, logo B têm que ser F: (A → B) ∧ (B → F) (A → F) ∧ (F → F) (F → F) ∧ (V) Para que a primeira premissa seja verdadeira, é preciso que o “A” seja falso: (A → F) ∧ (V) (F → F) ∧ (V) (V) ∧ (V) (V) Então, é possível que o conjunto de premissas seja verdadeiro e a conclusão seja falsa ao mesmo tempo, o que nos leva a concluir que esse argumento não é válido. 07. Resposta: B Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Tristeza não é bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclusão o valor lógico (V), então: (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F) → V (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro (F) → V (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F) → V (1) Tristeza não é uma bruxa (V) Logo: Temos que: Esmeralda não é fada(V) Bongrado não é elfo (V) Monarca não é um centauro (V) Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a única que contém esse valor lógico é: Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro. 08. Resposta: A Sabemos que I e II são VERDADEIRAS e que III é FALSA I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza. VERDADEIRA II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora. VERDADEIRA III. Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora. FALSA Não recomendo iniciar pelas premissas I e II, pois a condicional possui três formas de verdade em sua tabela, já a premissa III é uma disjunção simples e só possui uma forma de ser FALSA (F v F), logo começaremos por ela Beatriz não é juíza ou Vanessa é professora Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 28 F v F Agora podemos partir para as outras, tanto faz começar pela I ou pela II. II. Se Fernando é vereador, então Vanessa é professora ? → F, para essa condicional ser verdadeira a primeira parte precisa ser FALSA Fernando é vereador (F) I. Se Hugo é policial, então Beatriz é juíza ? → V, para essa condicional ser verdadeira não importa o valor lógico da primeira parte, pois ela sempre vai ser verdadeira, deste modo, não podemos concluir nada sobre Hugo ser policial, vamos analisar as alternativas. (A) Fernando não é vereador Essa é a alternativa correta (B) Hugo é policial. Não podemos concluir isso do HUGO (C) Hugo não é policial e Fernandoé vereador. ? ^ F não importa o que o Hugo seja, essa conjunção já é FALSA (D) Hugo é policial e Fernando não é vereador. ? ^ V para essa conjunção ser verdadeira a primeira parte obrigatoriamente precisa ser Verdadeira, mas não podemos afirmar nada dela, então não podemos concluir isso. (E) Hugo é policial ou Fernando é vereador. ? v F, para essa disjunção simples ser verdadeira, a primeira parte deveria ser verdadeira, mas não podemos afirmar nada do Hugo, portanto não podemos assinalar ela. RACIOCÍNIO LÓGICO QUANTITATIVO (MATEMÁTICO). Caros alunos, assuntos como raciocínio lógico quantitativo (matemático), devem ser trabalhados com questões que exploram conteúdos básicos, como porcentagem, razões, regra de três, combinatória, operações fundamentais, etc. Vejamos então o conteúdo principal necessário: PROBLEMAS MATEMÁTICOS Primeiramente os cálculos envolvem adições e subtrações, posteriormente as multiplicações e divisões. Depois os problemas matemáticos são resolvidos com a utilização dos fundamentos algébricos, isto é, criamos equações matemáticas com valores desconhecidos (letras). Os problemas matemáticos são situações onde precisamos confiar em nosso instinto para poder resolver e saber associar o pensamento algébrico dentro da situação para então poder formular uma estratégia para resolução. Observe algumas situações que podem ser descritas com utilização da álgebra. - O dobro de um número adicionado com 4: 2x + 4; - A soma de dois números consecutivos: x + (x + 1); - O quadrado de um número mais 10: x2 + 10; - O triplo de um número adicionado ao dobro do número: 3x + 2x; - A metade da soma de um número mais 15: (𝑥+15) 2 - A quarta parte de um número: 𝑥 4 . Exemplos: 01. A soma de três números pares consecutivos é igual a 96. Determine-os. 1º número: x 2º número: x + 2 3º número: x + 4 (x) + (x + 2) + (x + 4) = 96 Resolução: x + x + 2 + x + 4 = 96 3x = 96 – 4 – 2 3x = 96 – 6 3x = 90 Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 29 x = 90 3 x = 30 1º número: x = 30 2º número: x + 2 = 30 + 2 = 32 3º número: x + 4 = 30 + 4 = 34 Os números são 30, 32 e 34. 02. O triplo de um número natural somado a 4 é igual ao quadrado de 5. Calcule-o: Resolução: 3x + 4 = 52 3x = 25 – 4 3x = 21 x = 21 3 x = 7 O número procurado é igual a 7. 03. A idade de um pai é o quádruplo da idade de seu filho. Daqui a cinco anos, a idade do pai será o triplo da idade do filho. Qual é a idade atual de cada um? Resolução: Atualmente Filho: x Pai: 4x Futuramente Filho: x + 5 Pai: 4x + 5 4x + 5 = 3 . (x + 5) 4x + 5 = 3x + 15 4x – 3x = 15 – 5 X = 10 Pai: 4x = 4 . 10 = 40 O filho tem 10 anos e o pai tem 40. 04. O dobro de um número adicionado ao seu triplo corresponde a 20. Qual é o número? Resolução: 2x + 3x = 20 5x = 20 x = 20 5 x = 4 O número corresponde a 4. 05. Em uma chácara existem galinhas e coelhos totalizando 35 animais, os quais somam juntos 100 pés. Determine o número de galinhas e coelhos existentes nessa chácara. Galinhas: G Coelhos: C G + C = 35 Cada galinha possui 2 pés e cada coelho 4, então: 2G + 4C = 100 Sistema de equações Isolando C na 1ª equação: G + C = 35 Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 30 C = 35 – G Substituindo C na 2ª equação: 2G + 4C = 100 2G + 4 . (35 – G) = 100 2G + 140 – 4G = 100 2G – 4G = 100 – 140 - 2G = - 40 G = 40 2 G = 20 Calculando C C = 35 – G C = 35 – 20 C = 15 Questões 01. (Pref. Guarujá/SP – Professor de Matemática – CAIPIMES) Sobre 4 amigos, sabe-se que Clodoaldo é 5 centímetros mais alto que Mônica e 10 centímetros mais baixo que Andreia. Sabe-se também que Andreia é 3 centímetros mais alta que Doralice e que Doralice não é mais baixa que Clodoaldo. Se Doralice tem 1,70 metros, então é verdade que Mônica tem, de altura: (A) 1,52 metros. (B) 1,58 metros. (C) 1,54 metros. (D) 1,56 metros. 02. (Câmara de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – VUNESP) Em um condomínio, a caixa d’água do bloco A contém 10 000 litros a mais de água do que a caixa d’água do bloco B. Foram transferidos 2 000 litros de água da caixa d’água do bloco A para a do bloco B, ficando o bloco A com o dobro de água armazenada em relação ao bloco B. Após a transferência, a diferença das reservas de água entre as caixas dos blocos A e B, em litros, vale (A) 4 000. (B) 4 500. (C) 5 000. (D) 5 500. (E) 6 000. 03. (IFNMG – Matemática – Gestão de Concursos) Uma linha de produção monta um equipamento em oito etapas bem definidas, sendo que cada etapa gasta exatamente 5 minutos em sua tarefa. O supervisor percebe, cinco horas e trinta e cinco minutos depois do início do funcionamento, que a linha parou de funcionar. Como a linha monta apenas um equipamento em cada processo de oito etapas, podemos afirmar que o problema foi na etapa: (A) 2 (B) 3 (C) 5 (D) 7 04. (EBSERH/UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Joana pretende dividir um determinado número de bombons entre seus 3 filhos. Sabendo que o número de bombons é maior que 24 e menor que 29, e que fazendo a divisão cada um dos seus 3 filhos receberá 9 bombons e sobrará 1 na caixa, quantos bombons ao todo Joana possui? (A) 24. (B) 25. (C) 26. (D) 27. (E) 28 Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 31 05. (Câmara de São José dos Campos/SP – Analista Técnico Legislativo – VUNESP) Na biblioteca de um instituto de física, para cada 2 livros de matemática, existem 3 de física. Se o total de livros dessas duas disciplinas na biblioteca é igual a 1 095, o número de livros de física excede o número de livros de matemática em (A) 219. (B) 405. (C) 622. (D) 812. (E) 1 015. 06. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) (...) No maior aeroporto do Rio (Galeão), perde-se em média um objeto a cada hora e meia. É o dobro da taxa registrada no aeroporto Santos Dumont (...). KAZ, Roberto. Um mundo está perdido. Revista O Globo, Rio de Janeiro, 9 mar. 2014, p. 16. De acordo com as informações apresentadas, quantos objetos, em média, são perdidos no Aeroporto Santos Dumont a cada semana? (A) 8 (B) 16 (C) 28 (D) 56 (E) 112 07. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) Em três meses, Fernando depositou, ao todo, R$ 1.176,00 em sua caderneta de poupança. Se, no segundo mês, ele depositou R$ 126,00 a mais do que no primeiro e, no terceiro mês, R$ 48,00 a menos do que no segundo, qual foi o valor depositado no segundo mês? (A) R$ 498,00 (B) R$ 450,00 (C) R$ 402,00 (D) R$ 334,00 (E) R$ 324,00 08. (CEFET – Auxiliar em Administração – CESGRANRIO) Caio é 15 cm mais alto do que Pedro. Pedro é 6 cm mais baixo que João. João é 7 cm mais alto do que Felipe. Qual é, em cm, a diferença entre as alturas de Caio e de Felipe? (A) 1 (B) 2 (C) 9 (D) 14 (E) 16 09. (PM/SP – Oficial Administrativo – VUNESP) Um atleta gasta 2 minutos e 15 segundos para dar uma volta completa em uma determinada pista de corrida. Após certo período de treinamento mais intenso, esse mesmo atleta fez essa volta completa em 2 3 do tempo anterior, o que significa que o novo tempo gasto por ele para dar uma volta completa nessa pista passou a ser de (A) 2 minutos e 05 segundos. (B) 1 minuto e 50 segundos. (C) 1 minuto e 45 segundos. (D) 1 minuto e 30 segundos. (E) 1 minuto e 05 segundos. 10. (Pref. de Ribeirão Preto/SP – Agente de Administração – VUNESP) Uma loja de materiais elétricos testou um lote com 360 lâmpadas e constatou que a razão entre o número de lâmpadas queimadas e o número de lâmpadas boas era 2 / 7. Sabendo-se que, acidentalmente, 10 lâmpadas boas quebraram e que lâmpadas queimadas ou quebradas não podem ser vendidas, então a razão entre o número de lâmpadas que não podem ser vendidas e o número de lâmpadas boas passou a ser de (A) 1 / 4. (B) 1 / 3. (C) 2 / 5. Apostila gerada especialmentepara: Álvaro L 114.943.344-29 32 (D) 1 / 2. (E) 2 / 3. Comentários 01. Resposta: B. Escrevendo em forma de equações, temos: C = M + 0,05 (I) C = A – 0,10 (II) A = D + 0,03 (III) D não é mais baixa que C Se D = 1,70, então: (III) A = 1,70 + 0,03 = 1,73 (II) C = 1,73 – 0,10 = 1,63 (I) 1,63 = M + 0,05 M = 1,63 – 0,05 = 1,58 m 02. Resposta: E. Se chamarmos o reservatório B de x, temos: A = x + 10000 B = x Foram retirados 2000L de A e passamos para B, logo: A = x + 8000 B = x + 2000 Agora ele disse que a é igual ao dobro de B, logo 2B = A 2(x + 2000) = x + 8000 2x + 4000 = x + 8000 2x – x = 8000 – 4000 x = 4000. Logo: A = x + 8000 = 4000 + 8000 = 12000L B = x + 2000 = 4000 + 2000 = 6000L Como ele pediu a diferença, teremos: 12000L – 6000L = 6000L Portanto, alternativa E. 03. Resposta: B. Um equipamento leva 8.5 = 40 minutos para ser montado. 5h35 = 60.5 + 35 = 335 minutos 335min: 40min = 8 equipamentos + 15 minutos (resto) 15min: 5min = 3 etapa. 04. Resposta: E. Sabemos que 9. 3 = 27 e que, para sobrar 1, devemos fazer 27 + 1 = 28. 05. Resposta: A. 𝑀 𝐹 = 2 3 , ou seja, 3.M = 2.F (I) M + F = 1095, ou seja, M = 1095 – F (II) Vamos substituir a equação (II) na equação (I): 3 . (1095 – F) = 2.F 3285 – 3.F = 2.F 5.F = 3285 F = 3285 / 5 F = 657 (física) Assim: M = 1095 - 657 = 438 (matemática) A diferença é: 657 – 438 = 219 Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 33 06. Resposta: D. 1h30 = 90min Galeão: 1 90 Santos Dumont perde metade do que no Galeão. Assim: 1 2 . 1 90 = 1 180 , ou seja, 1 objeto a cada 180min = 3 horas 1 semana = 7 dias = 7. 24h = 168h Assim, 168 / 3 = 56 objetos 07. Resposta: B. Primeiro mês = x Segundo mês = x + 126 Terceiro mês = x + 126 – 48 = x + 78 Total = x + x + 126 + x + 78 = 1176 3.x = 1176 – 204 x = 972 / 3 x = R$ 324,00 (1º mês) * No 2º mês: 324 + 126 = R$ 450,00 08. Resposta: E. Caio = Pedro + 15cm Pedro = João – 6cm João = Felipe + 7cm, ou seja: Felipe = João – 7 Caio – Felipe =? Pedro + 15 – (João – 7) = = João – 6 + 15 – João + 7 = 16 09. Resposta: D. 2min15seg = 120seg + 15seg = 135 seg. 2 3 de 135seg = 2.135 3 = 270 3 = 90 seg = 1min30seg 10. Resposta: B. Chamemos o número de lâmpadas queimadas de (Q) e o número de lâmpadas boas de (B). Assim: B + Q = 360, ou seja, B = 360 – Q (I) 𝑄 𝐵 = 2 7 , ou seja, 7.Q = 2.B (II) Substituindo a equação (I) na equação (II), temos: 7.Q = 2. (360 – Q) 7.Q = 720 – 2.Q 7.Q + 2.Q = 720 9.Q = 720 Q = 720 / 9 Q = 80 (queimadas) Como 10 lâmpadas boas quebraram, temos: Q’ = 80 + 10 = 90 e B’ = 360 – 90 = 270 𝑄′ 𝐵′ = 90 270 = 1 3 (: 9 / 9) MÚLTIPLOS E DIVISORES Múltiplos de um número natural Sabemos que 30 : 6 = 5, porque 5 x 6 = 30. Podemos dizer então que: “30 é divisível por 6 porque existe um número natural (5) que multiplicado por 6 dá como resultado 30.” Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 34 Um número natural a é divisível por um número natural b, não-nulo, se existir um número natural c, tal que c . b = a. Ainda com relação ao exemplo 30 : 6 = 5, temos que: 30 é múltiplo de 6, e 6 é divisor de 30. Conjunto dos múltiplos de um número natural: É obtido multiplicando-se esse número pela sucessão dos números naturais: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6,... Para acharmos o conjunto dos múltiplos de 7, por exemplo, multiplicamos por 7 cada um dos números da sucessão dos naturais: O conjunto formado pelos resultados encontrados forma o conjunto dos múltiplos de 7: M(7) = {0, 7, 14, 21, 28,...}. Observações: - Todo número natural é múltiplo de si mesmo. - Todo número natural é múltiplo de 1. - Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múltiplos. - O zero é múltiplo de qualquer número natural. - Os múltiplos do número 2 são chamados de números pares, e a fórmula geral desses números é 2k (kN). Os demais são chamados de números ímpares, e a fórmula geral desses números é 2k + 1 (k N). O mesmo se aplica para os números inteiros, tendo k Z. Critérios de divisibilidade São regras práticas que nos possibilitam dizer se um número é ou não divisível por outro, sem efetuarmos a divisão. Divisibilidade por 2: Um número é divisível por 2 quando termina em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou seja, quando ele é par. Exemplos a) 9656 é divisível por 2, pois termina em 6, e é par. b) 4321 não é divisível por 2, pois termina em 1, e não é par. Divisibilidade por 3: Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos é divisível por 3. Exemplos a) 65385 é divisível por 3, pois 6 + 5 + 3 + 8 + 5 = 27, e 27 é divisível por 3. b) 15443 não é divisível por 3, pois 1+ 5 + 4 + 4 + 3 = 17, e 17 não é divisível por 3. Divisibilidade por 4: Um número é divisível por 4 quando seus dois últimos algarismos são 00 ou formam um número divisível por 4. Exemplos a) 536400 é divisível por 4, pois termina em 00. b) 653524 é divisível por 4, pois termina em 24, e 24 é divisível por 4. c) 76315 não é divisível por 4, pois termina em 15, e 15 não é divisível por 4. Divisibilidade por 5: Um número é divisível por 5 quando termina em 0 ou 5. Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 35 Exemplos a) 35040 é divisível por 5, pois termina em 0. b) 7235 é divisível por 5, pois termina em 5. c) 6324 não é divisível por 5, pois termina em 4. Divisibilidade por 6: Um número é divisível por 6 quando é divisível por 2 e por 3 ao mesmo tempo. Exemplos a) 430254 é divisível por 6, pois é divisível por 2 e por 3 (4 + 3 + 0 + 2 + 5 + 4 = 18). b) 80530 não é divisível por 6, pois não é divisível por 3 (8 + 0 + 5 + 3 + 0 = 16). c) 531561 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2. Divisibilidade por 7: Um número é divisível por 7 quando o último algarismo do número, multiplicado por 2, subtraído do número sem o algarismo, resulta em um número múltiplo de 7. Neste, o processo será repetido a fim de diminuir a quantidade de algarismos a serem analisados quanto à divisibilidade por 7. Exemplo 41909 é divisível por 7 conforme podemos conferir: 9.2 = 18 ; 4190 – 18 = 4172 → 2.2 = 4 ; 417 – 4 = 413 → 3.2 = 6 ; 41 – 6 = 35 ; 35 é multiplo de 7. Divisibilidade por 8: Um número é divisível por 8 quando seus três últimos algarismos forem 000 ou formarem um número divisível por 8. Exemplos a) 57000 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos são 000. b) 67024 é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 24, que é divisível por 8. c) 34125 não é divisível por 8, pois seus três últimos algarismos formam o número 125, que não é divisível por 8. Divisibilidade por 9: Um número é divisível por 9 quando a soma dos valores absolutos de seus algarismos formam um número divisível por 9. Exemplos a) 6253461 é divisível por 9, pois 6 + 2 + 5 + 3 + 4 + 6 + 1 = 27 é divisível por 9. b) 325103 não é divisível por 9, pois 3 + 2 + 5 + 1 + 0 + 3 = 14 não é divisível por 9. Divisibilidade por 10: Um número é divisível por 10 quando seu algarismo da unidade termina em zero. Exemplos a) 563040 é divisível por 10, pois termina em zero. b) 246321 não é divisível por 10, pois não termina em zero. Divisibilidade por 11: Um número é divisível por 11 quando a diferença entre a soma dos algarismos de posição ímpar e a soma dos algarismos de posição par resulta em um número divisível por 11 ou quando essas somas forem iguais. Exemplos - 43813: a) 1º 3º 5º Algarismos de posição ímpar.(Soma dos algarismos de posição impar: 4 + 8 + 3 = 15.) 4 3 8 1 3 Apostila gerada especialmente para: Álvaro L 114.943.344-29 36 2º 4º Algarismos de posição par. (Soma dos algarismos de posição par:3 + 1 = 4) 15 – 4 = 11 diferença divisível por 11. Logo 43813 é divisível por 11. -83415721:
Compartilhar