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Musculação para Gestantes: Benefícios e Indicações

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MÚSCULAÇÃO PARA GESTANTES: EFEITOS INDICAÇOES E 
PRESCRIÇOES 
 
ANTONIA IARLA MORAIS FERREIRA 
Prof. Suneyde Batista de Sousa 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso (TURMA) – Trabalho de Graduação 
09/11/20 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho foi elaborado com intuito de ajudar outros profissionais de educação física a 
trabalharem com gestantes de uma forma segura e significativa. Dessa maneira, o objetivo do 
estudo é identificar os efeitos e indicações na musculação para gestantes. A metodologia foi 
delineada como bibliográfica, que foi utilizado artigos científicos como base para o estudo. Diante 
da pesquisa, pôde fundamentar sobre a importância da musculação durante a gestação e os 
benefícios da prática 
 
Palavras-chave: Gestante; Musculação; Benefícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O treinamento de força é conceituado como uma atividade onde uma resistência é vencida, 
que essa resistência pode ser halteres, aparelhos e até o próprio peso corporal. As variáveis 
presentes no treinamento de força pode ser: número de séries, repetições, tempo de descanso e 
frequência semanal. Mesmo com o grande número de variáveis, tem sido descrito muitos benefícios 
pelos indivíduos que praticam o mesmo como a prevenção a doenças (GENTIL et al. 2006). 
O presente trabalho tem por objetivo apresentar, através de revisão de literatura, 
considerações levantadas a respeito da prática de atividade física regular durante a gestação, com 
enfoque especial sobre o efeito na saúde da gestante não atleta e no crescimento fetal. 
Segundo Mann et al. (2010), atualmente a prática de exercício físico é recomendada por 
trazer benefícios no período da gravidez e reduzir as complicações, pois durante este período, 
algumas mudanças significativas são observadas como alterações na marcha humana e do controle 
da postura corporal a partir do terceiro trimestre. A incidência de quedas nesse período também é 
maior (MANN; MOTA; KLEINPAUL; SANTOS, 2010). 
Segundo Santos e Gallo (2010), um estudo mostrou que no período de gestação, a dor 
lombar é uma das queixas mais frequentes, é um sintoma que traz diversas limitações, até porque 
interfere diretamente nas atividades diárias da gestante e na qualidade de vida. Segundo o estudo, a 
prevalência de dor lombar foi de 73% frequente em mulheres que apresentavam lombalgia prévia e 
mulheres grávidas pela primeira vez. A dor lombar também foi mais frequente durante o terceiro 
trimestre e na maioria dos casos, foi referida a noite. A lombalgia é muito comum em gestantes, 
podendo ser identificada e tratada durante o período de pré-natal (SANTOS; GALLO, 2010). 
No período de gestação também é muito comum a perda de massa muscular e ganho 
excessivo de peso, gerando uma obesidade gestacional. Há também depois do parto, riscos de 
diabete, hipertensão gestacional e problemas circulatórios (LIMA; OLIVEIRA, 2005). Com isso é 
importante que o especialista nas áreas clínicas ou profissional de educação física se mantenha 
sempre atualizado sobre os benefícios e riscos que a prática esportiva pode trazer durante a 
gravidez, no sentido de promover uma orientação segura, precisa e de qualidade (LIMA; 
OLIVEIRA, 2005). 
 
2 CONCEITO DE GESTAÇÃO 
 
Para Matsudo (2004, p.71) a gravidez é um fenômeno biológico que compreende todo o 
período de gestação da mulher, no qual se inicia no ato da fecundação do óvulo e se encerra nove 
meses depois, com processo de pasteurização. Com a mesma linha de pensamento Guyton e Hall 
(2006) ressalva que, a gravidez pode ser considerada um estado de saúde em que a mulher passa por 
inúmeras transformações estruturais e fisiológicas, pois, a mesma apresenta mudanças 
generalizadas, que prepara o meio interno para o adequado crescimento do feto. 
Com relação aos riscos numa gestação, as mulheres podem apresentar dois tipos de 
classificação: a gestação de alto risco, e a gestação de baixo risco. Segundo o Ministério da Saúde 
(MS, 2012), gestação de alto risco é aquela que é afetada por qualquer doença materna ou condição 
sócio – biológica que pode prejudicar a sua boa evolução. Os principais sinais de uma gestação de 
alto risco são: 
Mulheres grávidas abaixo de 15 anos e acima de 35 anos, pais acima 
de 50 anos de idade, sangramento vaginal, altura menor do que 1.45m, 
dependência de drogas, anemia, diabetes gestacional, não fazer pré-natal, 
HIV, Rubéola, desnutrição materna severa, malformação fetal, doença 
hipertensiva da gestação, obesidade mórbida ou baixo peso. (MINISTÉRIO 
DA SAÚDE, 2012 p. 56). 
As mulheres que apresentam gestação sem nenhum tipo de patologias se enquadram na 
gravidez de baixo risco. Entretanto, segundo MS (2012), a gravidez de baixo risco somente pode ser 
confirmada ao final do processo gestacional, após o parto e tem como características: 
Idade acima 25 anos e menor que 35 anos, pertence à raça ou grupo 
étnico de baixo risco, altura acima de 1,45m, Peso normal fora da gravidez e 
ganho de peso normal na gravidez, não tem diabetes em parentes de primeiro 
grau, não há história de glicemia anormal, não há maus resultados obstétricos 
prévios. (SECRETÁRIA DE ATENÇÃO Á SAÚDE, 2005, p.20). 
Diante disso, muitas pessoas associam a gestação como se fosse uma doença, no entanto, 
esse período é um processo fisiológico normal, pelo qual, algumas mulheres terão o privilégio de 
passarem. Com a visão de que a gestação caracteriza doença, algumas grávidas deixam de realizar 
atividades simples da sua vida cotidiana. Sendo assim, podendo acarretar uma série de problemas de 
saúde durante e após a gestação como: o aumento do peso corporal, riscos de diabetes gestacional e 
de doenças emocionais. 
 
3 BENEFÍCIOS INDICAÇOES E PRESCRIÇÕES 
 
Como sabemos, atualmente o treinamento de força é praticado por várias pessoas com 
diversas finalidades, Santarém (1999) descreve seis possibilidades que é possível ser alcançada com 
o trabalho de musculação, que são: fator relacionado à estética, lazer, terapêutica, profilático, 
preparação física, e estimulo à saúde. Além disso, Matsudo (2004) destaca a possibilidade do treino 
de peso para população especial, no qual, estão incluídas as mulheres gestantes. 
No entanto, não é tão simples alcançar alguns objetivos do treino de força, pois é necessário 
levar em consideração as variáveis do treinamento, sendo assim, podemos criar diversas 
possibilidades de treino de acordo com os objetivos de cada pessoa. Segundo Fleck e Hraemer. 
(2006), para cada propósito exige o uso de diferentes intensidades, número de repetições, séries, 
intervalos entre os exercícios e períodos de recuperação entre o treino. 
Portanto, levando em consideração as finalidades do treino de musculação, percebemos que 
o mesmo é possível ser realizado por mulheres gestantes. De acordo com American College of 
Obstetricians and Gynecologists (ACOG, 2003) umas quantidades Moderadas de exercícios durante 
a gravidez são recomendadas para a saúde e o condicionamento da mulher e da criança. Porém, é 
necessário levar em conta as variáveis do treinamento e o princípio da especificidade, entretanto, os 
exercícios devem ser executados em conformidade com o objetivo desejado. 
A prescrição do trabalho de força para gestante é um assunto que ainda deixa muitas dúvidas 
para os professores de Educação Física, médicos e, sobretudo as gestantes, além disso, existem 
poucas referências que abordam sobre o assunto. Autores como Robergs e Robergs (2000), não 
recomendam exercícios físicos na gestação acreditando ser uma atividade que oferece risco de 
lesões músculos esqueléticos, hipoglicemia e hipertermia para mãe. Além dele, Gallup (1999), 
também acredita que os estudos existentes ainda são insuficientes para indicação de exercícios 
físicos na gestação. 
Para prescrever exercícios físicos de maneira coerente, com a finalidade de afastar ao 
máximo a probabilidadede ocorrer acidentes de modo a atender adequadamente as necessidades e 
aos interesses de seus praticantes, é necessário conhecimento prévio do indivíduo em questão. 
 Diante disso, antes de começar com os exercícios físicos, a gestante também precisa passar 
por algumas avaliações físicas como: Anamnese de atividade física aplicada em gestante e PAR-Q, 
esses dois instrumentos de 25 avaliações são indispensáveis. É contraindicado a aplicação do 
Exame da Bioimpedância. 
Anamnese de atividade física aplicada em gestante: tem como função identificar algumas 
limitações e possíveis problemas que pode manifestar com a prática de atividades físicas. 
• PAR-Q: é um teste que avalia de forma sucinta o estado de saúde de uma pessoa e 
identifica a necessidade de exames clínicos antes de iniciar um programa de exercícios físicos. Este 
teste pode ser avaliado na sua real necessidade de aplicação já que o período gestacional se impõe 
como um tempo de muitas e dinâmicas modificações no corpo da gestante, e realizar exames é 
fundamental, pois suas indicações são reais e bastante necessárias. 
• Além dessas informações, o programa de exercícios físicos inclui necessariamente exame 
médico com análise dos fatores de risco predisponente ao indivíduo. 
De acordo com Guedes e Guedes (2003) os protocolos empregados nos exames médicos 
devem incluir o maior número de informações possíveis. 
Conforme mencionado por Montenegro (2014), podemos observar que o benefício com 
prática de atividade física neste período é grande, pois melhora o nível de saúde da gestante. Esses 
benefícios são comparados a outro estudo realizado por Batista et al (2003) que afirma que as 
atividades realizadas durante o período gestacional atingem várias áreas do organismo materno, 
trazendo desta forma proveitos como a redução e prevenção das lombalgias. 
Esse benefício se dá devido a orientação postural correta da futura mãe frente a hiperlordose 
que comumente aparece durante o período gestacional, em função do crescimento do útero na 
cavidade abdominal e o consequente afastamento do centro gravitacional. Como apresentado no 
estudo acima de Batista e colaboradores, os exercícios realizados de forma segura trazem efeitos 
positivos para a futura mamãe. 
 No entanto é preciso certos cuidados como realizar atividade física sob orientação de um 
profissional de educação física para que não ocorram complicações no período que o feto está no 
útero da mãe. Além disso, Rodrigues (2008) mostra que os efeitos trazidos pela musculação vão 
além como: melhor controle da gordura corporal e a facilitação no trabalho de parto. 
Já Chistófalo (2005) defende que é muito importante o fortalecimento dos músculos da 
região abdominal para a manutenção da postura, além de ajudar na fase de expulsão do parto e 
retornar ao aspecto da parte inferior do tronco antes da gravidez. 
Como mencionado por Rodrigues e Chistófalo o fortalecimento muscular é importante para 
este período da gravidez, mas é importante destacar também que todo ser humano tem seu limite 
físico e assim é com a gestante. É preciso saber o seu limite, ou seja, a forma adequada para 
realização de uma atividade, o volume, a intensidade, postura, sem extrapolar durante a prática. Há 
também alguns fatores que influencia bastante, como os externos (temperatura), que interferem 
durante a prática. Portanto, toda precaução é necessária para quem não haja risco nem para a mãe, 
nem para o feto. 
Sobre a prescrição de exercício físico, todas as mulheres que não apresentam 
contraindicações devem ser incentivadas a realizar atividades aeróbias, de resistência muscular e 
alongamento. As mulheres devem escolher atividades que apresentem pouco risco de perda de 
equilíbrio e de traumas. O trauma direto ao feto é raro, mas é prudente evitar esportes de contato ou 
com alto risco de colisão. 
Deve-se tomar o cuidado de não se exercitar vigorosamente em climas muito quentes e de 
prover a hidratação adequada, de modo a não prejudicar a termorregulação da mãe. 
Com base em pesquisas na área de exercício e gravidez, o Sports Medicine Australia 
elaborou as seguintes recomendações: 
• em grávidas já ativas, manter os exercícios aeróbios em intensidade moderada durante a 
gravidez; 
 • evitar treinos em frequência cardíaca acima de 140 bpm. Exercitar-se três a quatro vezes 
por semana por 20 a 30 minutos. Em atletas é possível exercitar-se em intensidade mais alta com 
segurança; 
 • os exercícios resistidos também devem ser moderados. Evitar as contrações isométricas 
máximas; 
 • evitar exercícios na posição supina; 
• evitar exercícios em ambientes quentes e piscinas muito aquecidas; 
• desde que se consuma uma quantidade adequada de calorias, exercício e amamentação são 
compatíveis; 
• interromper imediatamente a prática esportiva se surgirem sintomas como dor abdominal, 
cólicas, sangramento vaginal, tontura, náusea ou vômito, palpitações e distúrbios visuais; 
• não existe nenhum tipo específico de exercício que deva ser recomendado durante a 
gravidez. 
A grávida que já se exercita deve manter a prática da mesma atividade física que executava 
antes da gravidez, desde que os cuidados acima sejam respeitados. 
 
3.1 CONTRA- INDICAÇÕES DE EXERCÍCIOS DURANTE A GRAVIDEZ 
O exercício regular é contra-indicado em mulheres com as seguintes complicações: 
• Doença miocárdica descompensada 
• Insuficiência cardíaca congestiva 
• Tromboflebite Embolia pulmonar recente 
• Doença infecciosa aguda Risco de parto prematuro 
• Sangramento uterino 
• Isoimunização grave 
• Doença hipertensiva descompensada 
• Suspeita de estresse fetal 
• Paciente sem acompanhamento pré-natal 
• Hipertensão essencial 
• Anemia Doenças tireoidianas 
• Diabetes mellitus descompensado 
• Obesidade mórbida 
• Histórico de sedentarismo extremo 
 
4 MATERIAL E MÉTODOS 
 
 Este trabalho foi delineado como bibliográfica, que foram utilizados artigos científicos de 
vários sites diferentes, livros e revistas para tratar sobre do estudo sobre os benefícios da 
musculação para gestantes. 
 
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os trabalhos pesquisados, afirmam que a musculação é um exercício de médio risco para mulheres 
gestantes. Assim, podendo ser realizada em grávidas de baixo risco fisicamente ativas. Inclusive, a 
literatura ressalva que as gestantes que realizavam exercícios antes de engravidar e sem nenhuma 
complicação obstétrica, podem dar continuidade a prática de seus exercícios regulares com algumas 
adaptações. No entanto, vale ressaltar a necessidade de uma autorização médica e acompanhamento 
do professor de educação física. 
Porém, a ACOG (2003) recomenda exercícios de intensidade moderada. Dessa forma, não 
traz complicações para mãe e o feto. Conclui-se que esse tipo de intensidade não diminui o fluxo 
sanguíneo ao útero e no feto. Recomenda-se também a gestante uma alimentação adequada, pois, 
dessa forma, vai suprir a necessidade dos exercícios e da gestação. 
Apesar de existirem alguns estudos relacionados ao trabalho de musculação para gestantes. 
Ainda, são consideradas reduzidas as pesquisas dentro dessa perspectiva. Assim, traz uma série de 
controvérsias sobre seus riscos, as mais frequentes são: lesão osteomuscular e diminuição do fluxo 
sanguíneo para o feto. 
Mas, detectou- se que apesar das poucas pesquisas nessa área, e a musculação por se tratar 
de um exercício de médio risco, pode ser realizada por gestantes de baixo risco que antes da 
gravidez já praticavam esse tipo de exercício. 
 Vale ressaltar também, que as academias de ginásticas, na atualidade, dispõem de 
equipamentos modernos (frequêncímetro, controle de carga, bioimpedância, etc.) e confortáveis, 
além de controle de temperatura ambiental e pode trazer maior segurança na realização da 
musculação na gestação. 
 Diante das diretrizes para prática de exercícios físicos na gestação criada pelo ACOG 
(2003), osexercícios de musculação considerados mais indicados são: tríceps na polia alta, 
puxadores, adutores, extensão de joelho, peck deck, desenvolvimento articulado, rosca direta, 
elevação lateral, elevação frontal, flexão com caneleira, alternado, francês, etc. 
Para Rodrigues (2001) os exercícios nos aparelhos guiados dão mais conforto e segurança, 
mas os exercícios livres podem ser feitos tomando os devidos cuidados. 
 Matsudo (2004) destaca que os exercícios devem ser interrompidos se manifestar algum 
desconforto na gestante. Porém, se o programa de musculação for prescrito adequadamente, 
levando em consideração as condições individuais e tendo a monitoração do médico e do professor 
de Educação Física, minimizaram-se as condições de problemas para saúde da mãe e do feto. 
 
6 CONCLUSÃO 
 
Ferreira et al (2014, p. 20) afirma que “o período gestacional é caracterizado por alterações e 
adaptações envolvendo os sistemas respiratórios, cardíacos, ósseo e muscular”. Assim, conforme 
Beuren e Bagnara (2011), diversas mudanças vêm surgindo no corpo da mulher de forma gradativa, 
ou seja, dia a dia. Além da mudança corporal, a que mais ocorre é a fisiológica. 
Desta maneira, a futura mamãe precisa de certos cuidados como uma alimentação saudável. 
Além da alimentação, a prática de exercícios físicos é de suma importância para melhoria da saúde 
da gestante e do feto. É importante ressaltar que há pessoas que evitam realizar exercícios durante 
esse período, por pensar que possa ser perigoso para o feto. No entanto, será mostrado discussões de 
alguns autores sobre os benefícios da prática regular de educação física durante este período. 
Segundo Botelho e Miranda (2012), durante a prática de exercícios físicos no período da 
gestação, é indispensável o acompanhamento de um médico e um profissional de educação física. É 
importante ressaltar que a mulher grávida deve realizar exames periódicos para saber como está a 
saúde dela e do feto. Segundo Rodrigues (2008), os exercícios físicos para gestante devem ser de 
baixa intensidade e duração média de quarenta minutos para não acarretar riscos para a mãe e o 
feto. 
O profissional de educação física deve está sempre atento com essas questões, pois 
ultrapassar limites durante a prática de exercícios físicos, podem acarretar prejuízos para a gestante 
e para o bebê. É preciso tomar todas as precauções durante a atividade física, visto que o objetivo 
não é condicionar fisicamente e realizar exercícios que levem a fadiga e sim que os efeitos dessa 
prática tornem saudável para a mãe. 
Com base na pesquisa realizada, pode-se concluir que a musculação para gestantes é uma 
atividade possível desde que a gestante tenha uma orientação médica e a supervisão de um 
profissional de educação física para a realização dos exercícios. Os resultados da pesquisa podem 
contribuir para que o profissional que esteja interessado em trabalhar com gestantes possa refletir 
sobre a prescrição de exercícios nesse período. 
 
 
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