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4 SEMESTRE - DESENVOLVIMENTO_DA_PERSONALIDADE_QUATRO_PERSPECTIVAS

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PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO HUMANO III
DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE: QUATRO PERSPECTIVAS
(Cap. 14 pag. 488) 2-ª aula
-A personalidade primeiramente mostra estabilidade ou mudança? A resposta depende, em parte, de como a estudamos e medimos.
 -As quatro abordagens ao desenvolvimento psicossocial do adulto são representadas pelos: Modelos do estágio normativo;
 Modelo do momento dos eventos;
 Modelos de traço;
 Modelos tipológicos. 
Essas quatro abordagens fazem perguntas diferentes sobre a personalidade adulta, examinam aspectos diferentes de seu desenvolvimento e, com frequência, usam métodos diferentes (Tabela 14.1). Não é surpresa, então, que os pesquisadores dentro dessas tradições com frequência apresentem resultados difíceis de conciliar ou mesmo de comparar.
MODELOS DO ESTÁGIO NORMATIVO
-Os modelos do estágio normativo sustentam que os adultos seguem uma sequência básica de mudanças psicossociais relacionadas à idade. As mudanças são normativas no sentido de que elas parecem ser comuns à maioria dos membros de uma população; e elas surgem em períodos sucessivos, ou estágios, às vezes marcados por crises emocionais que preparam o caminho para o desenvolvimento. O que é normativo depende das expectativas sobre o momento dos eventos da vida naquela cultura
Erikson: intimidade versus isolamento O sexto estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson é intimidade versus isolamento. Se os adultos jovens não conseguem assumir compromissos pessoais profundos com os outros, dizia Erikson, eles correm o risco de tornarem-se excessivamente isolados e absorvidos em si mesmos. Entretanto, eles necessitam de algum isolamento para refletirem sobre suas vidas. 
-À medida que trabalham para resolver demandas conflitantes de intimidade, competitividade e distância, eles desenvolvem um sentido ético, que Erikson considerava a marca do adulto. Relacionamentos íntimos demandam sacrifício e compromisso. Adultos jovens que desenvolveram um forte sentido do self durante a adolescência estão em melhor posição para fundir sua identidade com a de uma outra pessoa. (Como já discutimos, para muitas pessoas hoje o processo de formação de identidade se estende até a idade adulta, e, portanto, de acordo com Erikson, a conquista de intimidade também deve ser adiada.)
-A resolução deste estágio resulta na virtude do amor: a devoção mútua entre parceiros que escolheram compartilhar suas vidas, ter filhos e ajudá-los a alcançar seu próprio desenvolvimento saudável. Uma decisão de não cumprir o impulso procriador natural tem consequências sérias para o desenvolvimento, de acordo com Erikson. Sua teoria foi criticada por excluir pessoas solteiras, celibatárias, homossexuais e sem filhos de seu esquema de desenvolvimento saudável, bem como por tomar como norma o padrão masculino de desenvolvimento de intimidade como modelo de identidade.
Os herdeiros de Erikson: Vaillant e Levinson
-A crença de Erik Erikson de que a personalidade muda durante o ciclo de vida inspirou estudos clássicos de George Vaillant e Daniel Levinson. Em 1938, Vaillant selecionou 268 estudantes de Harvard de 18 anos de idade, autoconfiantes e saudáveis emocional e fisicamente para o Grant Study*. Na época em que os estudantes alcançaram a meia-idade, Vaillant (1977) viu surgir um padrão de desenvolvimento típico.
-Aos 20 anos, muitos homens ainda eram dominados por seus pais. Durante a terceira década de vida, e às vezes na quarta, eles adquiriam autonomia, casavam, tinham filhos e aprofundavam as amizades. Eles se esforçavam em suas carreiras e dedicavam-se a suas famílias, raramente questionando se tinham escolhido a mulher certa ou a profissão certa.
Levinson (1978, 1980, 1986) e seus colegas da Universidade de Yale conduziram entrevistas profundas e testes de personalidade com 40 homens com idades de 35 a 45 anos e formularam uma teoria do desenvolvimento da personalidade baseada em uma estrutura de vida evolutiva: “o padrão ou modelo subjacente da vida de uma pessoa em um determinado momento”. 
-Entre as idades de 17 e 33 anos, um homem constrói sua primeira estrutura de vida temporária. Ele sai da casa dos pais, talvez para ir para a universidade ou para o serviço militar, e torna-se financeira e emocionalmente independente. Ele escolhe uma profissão, talvez uma esposa, e forma um sonho sobre o que espera alcançar no futuro. Em torno dos 30 anos, ele reavalia sua primeira estrutura de vida. Ele então constitui uma família e estabelece metas (uma cátedra, por exemplo, ou um certo nível de renda) e um prazo para alcançá-las (digamos, aos 40 anos). Ele fundamenta sua vida na família, na profissão e na comunidade. A forma como ele lida com os problemas desta fase afetarão como ele suporta a transição para a meia-idade.
-Em um estudo de comparação com 45 mulheres, verificou que as mulheres passam por padrões de desenvolvimento semelhantes. Entretanto, devido às tradicionais divisões culturais entre os papéis masculino e feminino, as mulheres podem enfrentar restrições psicológicas e ambientais diferentes na formação de suas estruturas de vida, e suas transições tendem a demorar mais tempo.
AVALIAÇÃO DOS MODELOS DO ESTÁGIO NORMATIVO
-Tanto o Grant Study como o primeiro estudo de Levinson foram baseados em grupos pequenos de homens e mulheres nascidos nas décadas de 1920, 1930 e 1940. Portanto, o desenvolvimento deles foi afetado por eventos sociais únicos às suas coortes, bem como por seu nível socioeconômico, etnia e gênero. Hoje, os adultos jovens seguem caminhos evolutivos muito mais diversos e, como resultado, podem desenvolver-se diferentemente das pessoas nesses estudos. Além disso, os achados da pesquisa do estágio normativo podem não aplicar-se à outras culturas, algumas das quais têm padrões muito diferentes de desenvolvimento ao longo da vida.
-Não obstante, a pesquisa do estágio normativo teve um impacto permanente no campo. Os psicólogos, baseando-se especialmente no trabalho de Erikson, identificaram tarefas do desenvolvimento que precisam ser realizadas para a adaptação bem-sucedida a cada estágio de vida (Roisman et al., 2004). Dentre as tarefas do desenvolvimento do adulto jovem estão: deixar a casa da infância para entrar na universidade, para trabalhar, para ingressar no serviço militar; desenvolver amizades novas e mais íntimas e relacionamentos afetivos; e desenvolver um sentido de identidade independente e autoconfiante.
- Talvez a mensagem mais importante dos modelos do estágio normativo é que desenvolvimento
não é meramente chegar à idade adulta. Quer as pessoas sigam ou não os padrões específicos sugeridos por esses modelos, a pesquisa do estágio normativo sustenta a ideia de que os seres humanos continuam a mudar e a se desenvolver durante toda a vida.
MODELO DO MOMENTO DOS EVENTOS
-Em vez de examinar o desenvolvimento da personalidade adulta puramente em função da idade, o modelo do momento dos eventos, apoiado por Bernice Neugarten e colaboradores, sustenta que o curso do desenvolvimento depende de quando certos eventos ocorrem nas vidas das pessoas.
- Os eventos de vida normativos (também chamados de eventos normativos ordenados pela idade; consulte o Capítulo 1) são aqueles que normalmente acontecem em determinadas épocas da vida – tais como casar, ter filhos, tornar-se avô/avó e aposentar-se. De acordo com este modelo, as pessoas geralmente têm plena consciência tanto do seu momento quanto do relógio social – as normas e expectativas de sua sociedade para o momento apropriado dos eventos de vida.
-Se os eventos ocorrem na hora certa, o desenvolvimento prossegue sem problemas. Se não, pode ocorrer estresse. O estresse pode originar-se de um evento inesperado (tal como perder um emprego), de um evento que acontece fora de hora (ficar viúvo[a] aos 35 anos ou ser forçado[a] a
aposentar-se aos 50), ou da não ocorrência de um evento esperado e desejado (nunca casar, ou ser
incapaz de gerar um filho). 
-As diferenças de personalidade influenciam a forma como as pessoas respondem aos eventos de vidae podem mesmo influenciar seu momento. Por exemplo, uma pessoa resiliente tem probabilidade de experimentar uma transição mais fácil para a idade adulta e para as tarefas e eventos que se apresentam do que uma pessoa excessivamente ansiosa, que pode adiar decisões sobre relacionamento e carreira.
-O momento típico dos eventos varia de uma cultura para outra e de uma geração para outra. De fato, coortes mais recentes de adultos jovens estão completando as tarefas do desenvolvimento deste período em idades mais tardias do que era anteriormente normativo, indicando que o momento do relógio social na cultura ocidental mudou um pouco nos últimos anos (Arnett, 2010).
-O aumento na idade média em que adultos se casam nos Estados Unidos, e a tendência a adiar a primeira gravidez são dois exemplos de eventos para os quais o momento mudou. Um cronograma que parece correto para pessoas em uma coorte ou grupo cultural pode não parecer correto para os seguintes.
-A partir de meados do século XX, os relógios sociais em muitas sociedades ocidentais se tornaram
mais amplamente marcados pela idade. Hoje as pessoas aceitam melhor pais que têm seu primeiro
filho aos 40 anos de idade e avós de 40 anos, aposentados de 50 anos de idade e trabalhadores de 75 anos, pessoas de 60 anos usando calças jeans e reitores de universidade de 30 anos. Esta variação
mais ampla de normas etárias prejudica a previsibilidade na qual o modelo do momento dos eventos
é baseada.
-O modelo do momento dos eventos deu uma contribuição importante para nosso entendimento da personalidade adulta ao enfatizar o curso de vida individual e desafiar a ideia de mudança universal, relacionada à idade. Entretanto, sua utilidade pode ser limitada a culturas e a períodos históricos, nos quais as normas de comportamento são estáveis e generalizadas.
MODELOS DE TRAÇO: OS CINCO FATORES DE COSTA E MCCRAE
Modelos de traço procuram estabilidade ou mudança nos traços ou facetas da personalidade. Paul
T. Costa e Robert R. McCrae desenvolveram e testaram um modelo dos cinco fatores consistindo de fatores, ou dimensões, que parecem ser subjacentes a cinco grupos de traços associados, conhecidos como os “Cinco Grandes.” 
Eles são:
(1) neuroticismo (N), 
(2) extroversão (E),
 (3) abertura para o novo (AN)
 (4) conscienciosidade (C)
 (5) Amabilidade (A).
-Neuroticismo é um grupo de seis traços, ou facetas, indicando instabilidade emocional: ansiedade,
hostilidade, depressão, insegurança, impulsividade e vulnerabilidade. A extroversão também tem
seis facetas: acolhimento, gregariedade, assertividade, atividade, busca de sensações fortes e emoções positivas. 
-Pessoas que são abertas para o novo estão dispostas a tentar coisas novas e abraçam novas ideias. As pessoas conscienciosas são empreendedoras: elas são competentes, organizadas, respeitosas, cautelosas e disciplinadas. As pessoas amáveis são confiantes, francas, altruístas, obedientes, modestas e facilmente seduzidas.
CONTINUIDADE E MUDANÇA NO MODELO DOS CINCO FATORES
Em análises de amostras longitudinais e transversais de homens e mulheres norte-americanos, encontraram considerável continuidade bem como mudança perceptível em todas as cinco dimensões entre a adolescência e os 30 anos de idade, com mudança muito mais lenta daí em diante.
Entretanto, a direção da mudança variava por diferentes fatores de personalidade. 
-A amabilidade e a conscienciosidade geralmente aumentavam, enquanto o neuroticismo, a extroversão e a abertura para o novo declinavam. Esses padrões de mudança relacionados à idade pareciam ser universais entre as culturas e, portanto, de acordo com esses autores, associados com amadurecimento.
-Parcialmente contraditórias, outras análises de muitos estudos longitudinais e transversais constataram mudança importante em quase todos os traços de personalidade durante toda a idade
adulta. De fato, os traços mudavam mais marcadamente no adulto jovem do que em qualquer outro período, mas em uma direção uniformemente positiva, com aumentos especialmente grandes na dominância social (assertividade, uma faceta da extroversão), na conscienciosidade e na estabilidade emocional. Contudo, como discutimos nos Capítulos 16 e 18, a personalidade também mostrava uma mudança clara, geralmente positiva, após os 30 anos, mesmo na velhice; e as mudanças que ocorriam tendiam a ser mantidas. Além disso, havia pouca evidência de causas maturacionais ou genéticas para as mudanças no início da vida adulta: “Acreditamos que as experiências de vida... centradas no período adulto jovem são a razão mais provável para os padrões de desenvolvimento que observamos”.
-Naturalmente, algumas pessoas mudam mais, outras menos: e nem toda mudança é positiva. As pessoas com carreiras bem-sucedidas e gratificantes no período adulto jovem tendem a mostrar aumentos desproporcionais na estabilidade emocional e na conscienciosidade, enquanto pessoas que se esquivam de responsabilidade ou agem agressivamente no trabalho tendem a apresentar diminuições nesses traços.
-Os Cinco Grandes parecem estar ligados a vários aspectos da saúde e do bem-estar. Em um estudo de amostras representativas de adultos de 25 a 65 anos nos Estados Unidos e na Alemanha, os Cinco Grandes (especialmente neuroticismo) estavam associados com sentimentos subjetivos de saúde e bem-estar.
- A conscienciosidade foi associada com comportamentos relacionados à saúde que contribuem para a longevidade. Traços dos Cinco Grandes também foram associados com satisfação conjugal, relacionamentos entre pais e bebê, conflito entre trabalho e família, e transtornos da personalidade. Pessoas com alto neuroticismo tendem a ser suscetíveis a ansiedade e depressão; pessoas com baixa extroversão são propensas a agorafobia (medo de lugares abertos) e a fobias sociais.
AVALIANDO O MODELO DOS CINCO FATORES
-Este conjunto de trabalhos originalmente levantou argumentos poderosos a favor da continuidade da personalidade, especialmente após os 30 anos de idade. A pesquisa mais recente minou aquela conclusão ao ponto de Costa e McCrae agora reconhecerem que mudanças ocorrem durante toda a vida. Entretanto, a questão da causalidade necessita mais estudos: as mudanças do amadurecimento
impelem as pessoas a buscar papéis sociais que se ajustem às suas personalidades maduras, ou os
adultos mudam para satisfazer as demandas de seus novos papéis? Ou a mudança é bidirecional?
-Em um estudo longitudinal com 980 pessoas na Nova Zelândia, os traços da personalidade aos 18
anos de idade afetavam as experiências de trabalho no início da vida adulta, e essas experiências
de trabalho, por sua vez, afetavam as mudanças na personalidade conforme medido aos 26 anos de
idade. Por exemplo, adolescentes que eram sociáveis e afáveis tendiam a subir mais rápido no início de suas carreiras; e, por sua vez, aqueles que tinham empregos de status mais alto, mais gratificantes, tendiam a tornar-se mais sociáveis e afáveis (Roberts, Caspi e Moffitt, 2003). 
-Portanto, parece que a personalidade na idade adulta pode ser mais maleável e mais complexa do que as pesquisas sobre traços anteriores sugeriam. Outras críticas ao modelo dos cinco fatores são metodológicas. Jack Block (1995a, 1995b) afirma que, visto que o modelo dos cinco fatores é baseado em grande parte em avaliações subjetivas, ele pode não ter validade a menos que suplementado por outras medidas. Além disso, a seleção de fatores e de suas facetas associadas é tanto uma arte quanto uma ciência e talvez não seja totalmente abrangente.
-Outros pesquisadores escolheram fatores diferentes e dividiram os traços associados de forma diferente. Por exemplo, pode-se perguntar se a cordialidade é uma faceta da extroversão, como no
modelo dos Cinco Grandes, ou ela poderia ser melhor classificada como um aspecto da amabilidade?
-Um modelo que examina apenas diferenças individuais nos grupos de traços, não oferece uma base teórica para o entendimento de como a personalidade funciona dentro da pessoa.
MODELOS TIPOLÓGICOS
Jack Block foi um pioneiro naabordagem tipológica. A pesquisa tipológica busca complementar e expandir a pesquisa sobre traço examinando a personalidade como uma unidade funcional.
-A pesquisa identificou três tipos de personalidade: ego-resiliente, supercontrolado e subcontrolado.
-Esses três tipos diferem na resiliência do ego, ou adaptabilidade sob estresse, e no controle
do ego, ou autocontrole.
- Pessoas ego-resilentes são bem ajustadas: autoconfiantes, independentes, articuladas, atentas, prestativas, cooperativas e focadas na tarefa. As pessoas supercontroladas são tímidas, caladas, ansiosas e confiáveis; elas tendem a manter seus pensamentos para si e a afastar-se de conflito, e são mais sujeitas a depressão. As pessoas subcontroladas são ativas, enérgicas, impulsivas, teimosas e facilmente distraídas. 
-A resiliência do ego interage com o controle do ego para determinar se o comportamento é ou não adaptativo ou mal-adaptativo. 
-Por exemplo, o subcontrole pode levar à criatividade e ao empreendedorismo, ou a comportamentos externalizantes e antissociais. Dentro da mesma lógica, o supercontrole pode ajudar a tornar uma pessoa altamente focada e planejada, ou pode levar a um estilo de comportamento inflexível e inibido. 
-Formas mais extremas de supercontrole ou de subcontrole estão geralmente associadas com baixos níveis de resiliência do ego. Esses tipos de personalidade, ou tipos semelhantes, existem em ambos os sexos, em todas as culturas e grupos étnicos, assim como em crianças, adolescentes e adultos.
Um estudo longitudinal realizado em Munique demonstrou a influência duradoura da personalidade infantil. 
-Professores e pais avaliaram 103 crianças anualmente entre as idades de 3 e 12 anos, e então novamente aos 17 e aos 23 anos. Crianças que tinham sido supercontroladas entre as idades de 4 e 6 anos tendiam a ser tímidas no final da adolescência e no início da vida adulta, enquanto aquelas que tinham sido subcontroladas na segunda infância eram mais agressivas; e esses traços tornaram-se mais acentuados entres as idades de 17 e 23 anos. Além disso, tanto o tipo supercontrolado quanto o subcontrolado tinham mais dificuldade do que os tipos mais resilientes em assumir papéis sociais adultos: sair da casa dos pais, estabelecer relacionamentos afetivos e conseguir empregos de meio turno.
-Naturalmente, o achado de uma tendência à continuidade de atitudes e comportamento não significa que as personalidades nunca mudam, ou que certas pessoas estão condenadas a uma vida de desajustamento. Crianças subcontroladas podem se dar melhor na idade adulta se encontrarem nichos nos quais sua energia e espontaneidade sejam consideradas uma vantagem. 
-Jovens supercontrolados podem sair de suas conchas se descobrirem que sua confiabilidade discreta é valorizada. E, embora os tipos de personalidade estabelecidos na infância possam prever padrões de comportamento de longo prazo, certos eventos podem mudar o curso de vida. Para jovens com problemas de ajustamento, 
-Por exemplo, o casamento com uma pessoa apoiadora pode levar a resultados mais positivos.

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