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Organização e Composição da Epiderme

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PC5 – Observe a organização e a composição da epiderme. 
Epiderme 
 A pele recobre a superfície do corpo, constituída por um tecido epitelial de origem 
ectodérmica, a epiderme, e um tecido conjuntivo de origem mesodérmica, a derme. 
 Dependendo da espessura da epiderme, distinguem-se a pele espessa (palma das 
mãos, na planta dos pés e recobrindo algumas articulações) e a fina (restante do 
corpo). 
 A hipoderme é um tecido conjuntivo frouxo que pode conter muitas células adiposas, 
constituindo o panículo adiposo. 
 
 A pele é o maior órgão do corpo humano, compondo 16% do peso corporal, e 
desempenha múltiplas funções. 
 Protege o organismo contra desidratação, atrito, agentes químicos e patógenos. Suas 
glândulas sudoríparas participam da termorregulação e da excreção de várias 
substâncias. 
 A melanina, pigmento produzido pela pele, tem função protetora contra os raios 
ultravioleta. Na pele também se forma vitamina D3 pela ação da radiação ultravioleta 
do sol sobre precursores sintetizados no organismo. 
 Apresenta ainda células do sistema imunitário, que atuam contra a invasão de 
microrganismos. 
 A junção entre a epiderme e a derme é irregular. 
 
 
Epiderme 
 É constituída por epitélio estratificado pavimentoso queratinizado (com camada 
córnea), cujas células mais abundantes são os queratinócitos. 
 A epiderme apresenta ainda outros três tipos de células: os melanócitos, as células de 
Langerhans e as de Merkel. Vista da derme para a superfície, apresenta cinco camadas 
basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea. 
 A camada basal (células prismáticas ou cuboides), rica em células-tronco da epiderme, 
é também chamada de germinativa. Apresenta atividade mitótica, sendo responsável, 
junto com a camada seguinte (espinhosa), pela constante renovação da epiderme. Os 
queratinócitos proliferam na camada basal e migram em direção à superfície da 
epiderme, diferenciando-se progressivamente até contribuir para a formação da 
camada córnea. Calcula-se que a epiderme humana se renove a cada 15 a 30 dias, 
dependendo principalmente do local e da idade da pessoa. Os queratinócitos contêm 
filamentos intermediários de queratina, que se tornam mais abundantes à medida que 
a célula avança para a superfície. 
 A camada espinhosa (células cuboides ou ligeiramente achatadas) os queratinócitos 
estão unidos entre si por inúmeras junções intercelulares do tipo desmossomo. Em 
preparações histológicas, essas junções aparecem como pequenas projeções celulares, 
o que confere a cada célula um aspecto espinhoso. Os filamentos de queratina e os 
desmossomos têm importante papel na manutenção da coesão entre as células da 
epiderme e na resistência ao atrito. 
 A camada granulosa (três a cinco fileiras de células poligonais achatadas) chamados de 
grânulos de querato-hialina, que não são envolvidos por membrana. Esses grânulos 
contêm uma proteína rica em histidina fosforilada e também proteínas com cisteína. 
Os grânulos de querato-hialina são importantes para a condensação dos 
tonofilamentos, previamente à formação da camada córnea. Esses grânulos se fundem 
com a membrana plasmática e expulsam seu conteúdo para o espaço intercelular da 
camada granulosa, onde o material lipídico se deposita, contribuindo para a formação 
de uma barreira contra a penetração de substâncias e para tornar a pele impermeável 
à água, impedindo a desidratação do organismo. Durante a evolução, esse 
impermeabilizante epidérmico surgiu nos répteis, e esse foi um evento importante 
para tornar possível a vida fora da água. 
 A camada lúcida, mais evidente na pele espessa, (camada de células achatadas, 
eosinófilas e translúcidas) 
 A camada córnea (células achatadas, mortas e sem núcleo,citoplasma se apresenta 
repleto de queratina.) A composição dos tonofilamentos se modifica à medida que os 
queratinócitos se diferenciam. Na camada córnea os tonofilamentos se aglutinam 
junto com uma matriz formada pelos grânulos de querato-hialina. Nessa etapa da 
diferenciação, os queratinócitos estão transformados em placas sem vida e descamam 
continuamente. 
 Essa descrição da epiderme corresponde à epiderme na sua maior complexidade, que 
é encontrada na pele espessa. Na pele fina, a epiderme é mais simples, faltando 
frequentemente as camadas granulosa e lúcida, e apresenta uma camada córnea 
muito reduzida 
 
 
 
Derme 
 Tecido conjuntivo em que se apoia a epiderme e que une a pele ao tecido 
subcutâneo, ou hipoderme. Sua superfície externa é irregular, observando-se 
saliências, as papilas dérmicas (mais frequentes nas zonas sujeitas a pressões e 
atritos) 
 A derme oferece suporte à epiderme e é essencial para a sua nutrição, já que a 
epiderme não é vascularizada. Além disso, os vasos sanguíneos da derme são 
importantes para a função de termorregulação da pele. A derme é também 
importante para a percepção sensorial (tato, temperatura, dor) e para a defesa 
imunológica da pele. 
 A derme é constituída por duas camadas de limites pouco distintos: a papilar 
(superficial, delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo que forma as papilas 
dérmicas, descritas fibrilas especiais de colágeno que se inserem na membrana 
basal e penetram profundamente a derme. Essas fibrilas contribuem para prender 
a derme à epiderme. Os pequenos vasos sanguíneos observados nessa camada são 
responsáveis pela nutrição e oxigenação da epiderme) e a reticular (mais 
profunda, espessa, constituída por tecido conjuntivo denso) 
 Ambas as camadas contêm muitas fibras do sistema elástico, responsáveis, em 
parte, pela elasticidade da pele. Além dos vasos sanguíneos e linfáticos, e dos 
nervos, também são encontradas na derme as seguintes estruturas, derivadas da 
epiderme: folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. 
 
 
Hipoderme 
 É formada por tecido conjuntivo frouxo, que une de maneira pouco firme a 
derme aos órgãos subjacentes. É a camada responsável pelo deslizamento da 
pele sobre as estruturas nas quais se apoia. 
 Dependendo da região e do grau de nutrição do organismo, a hipoderme pode 
ter uma camada variável de tecido adiposo, que, quando desenvolvida, 
constitui o panículo adiposo. Este modela o corpo, é uma reserva de energia e 
proporciona proteção contra o frio. 
 
 
Vasos e receptores sensoriais da pele 
 Os vasos arteriais que suprem a pele formam dois plexos: um que se situa no limite 
entre a derme e a hipoderme e outro entre as camadas reticular e papilar. 
 Existem três plexos venosos na pele: dois nas posições descritas para as artérias e mais 
um na região média da derme. Frequentemente, encontram-se na pele anastomoses 
arteriovenosas com glomus, que têm papel importante nos mecanismos de 
termorregulação. 
 O sistema de vasos linfáticos inicia-se nas papilas dérmicas como capilares em fundo 
cego, que convergem para um plexo entre as camadas papilar e reticular. 
 Uma das funções mais importantes da pele, graças à sua grande extensão e à sua 
abundante inervação sensorial, é receber estímulos do meio ambiente, já que ela é o 
receptor sensorial mais extenso do organismo. 
 Existem receptores encapsulados e não encapsulados na derme e na hipoderme, 
sendo mais frequentes nas papilas dérmicas. As terminações nervosas livres são 
sensíveis ao toque e à pressão (receptores táteis), bem como a variações de 
temperatura, e estão associadas a dor, coceira e outras sensações. Os receptores 
encapsulados são os corpúsculos de Ruffini, Vater-Pacini, Meissner e Krause. Há 
evidências que mostram que os corpúsculos mencionados não são necessários para a 
sensibilidade cutânea. Muitas áreas da pele são desprovidas desses corpúsculos, 
porém têm sensibilidade. No entanto, quando são encontrados, eles funcionam como 
mecanorreceptores. Os corpúsculos de Vater-Pacini e os de Ruffini são encontrados 
também no tecido conjuntivo de órgãos situados nas partes profundas do corpo, em 
que provavelmente são sensíveisaos movimentos dos órgãos e às pressões de uns 
órgãos sobre os outros. 
 
 
Pelos 
 Os pelos são estruturas delgadas e queratinizadas que se desenvolvem a partir de 
uma invaginação da epiderme. A cor, o tamanho e a disposição deles variam de 
acordo com a cor da pele e a região do corpo. São observados em quase toda a 
superfície corporal, com exceção de algumas regiões bem delimitadas. 
 Os pelos são estruturas que crescem descontinuamente, intercalando fases de 
repouso com fases de crescimento, cuja duração é variável de uma região para 
outra. No couro cabeludo, por exemplo, a fase de crescimento é muito longa, 
durando vários anos, enquanto a fase de repouso é da ordem de 3 meses. As 
características dos pelos de determinadas regiões do corpo (face e região pubiana) 
são influenciadas por hormônios, principalmente os hormônios sexuais. 
 Cada pelo se origina de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso, no pelo 
em fase de crescimento, apresenta-se com uma dilatação terminal, o bulbo piloso, 
em cujo centro se observa uma papila dérmica . As células que recobrem a papila 
dérmica formam a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. Na fase de 
crescimento, as células da raiz multiplicam-se e diferenciam-se em vários tipos 
celulares. Em certos tipos de pelos grossos, as células centrais da raiz produzem 
células grandes, vacuolizadas e fracamente queratinizadas, que formam a medula 
do pelo. Ao redor da medula diferenciam-se células mais queratinizadas e 
dispostas compactamente, formando o córtex do pelo. Células mais periféricas 
formam a cutícula do pelo, constituída por células fortemente queratinizadas que 
se dispõem envolvendo o córtex como escamas. Finalmente, das células epiteliais 
mais periféricas de todas, originam-se duas bainhas epiteliais (uma interna e outra 
externa), que envolvem o eixo do pelo na sua porção inicial. A bainha externa se 
continua com o epitélio da epiderme, enquanto a interna desaparece na altura da 
região onde desembocam as glândulas sebáceas no folículo. Separando o folículo 
piloso do tecido conjuntivo que o envolve, encontra-se uma membrana basal 
muito desenvolvida, que recebe o nome de membrana vítrea. O conjuntivo que 
envolve o folículo apresenta-se mais espesso, formando a bainha conjuntiva do 
folículo piloso. Dispostos obliquamente e inseridos de um lado nessa bainha e do 
outro na camada papilar da derme, encontram-se os músculos eretores dos pelos, 
cuja contração puxa o pelo para uma posição mais vertical, tornando-o eriçado. 
 A cor do pelo depende dos melanócitos localizados entre a papila e o epitélio da 
raiz que fornecem melanina às células do córtex e da medula do pelo por processo 
semelhante ao que ocorre na epiderme. 
 Embora os processos de queratinização pareçam semelhantes na epiderme e no 
pelo, eles diferem em alguns aspectos: 
■Enquanto a epiderme produz uma camada superficial de células mortas contendo 
queratina relativamente mole, com pouca adesividade e que se descama 
continuamente, no pelo acontece o oposto. Os pelos têm uma estrutura compacta 
constituída de queratina mais dura 
■Na epiderme, o processo de diferenciação e queratinização é contínuo e tem lugar 
sobre toda a superfície. No pelo, ele é intermitente e localizado no bulbo piloso. A 
papila do pelo tem ação indutiva sobre o epitélio que o recobre, o que explica a 
ausência de pelos quando ocorre a destruição da papila 
■Enquanto na epiderme as células se diferenciam de modo uniforme, resultando na 
camada córnea, as células epiteliais da raiz do pelo diferenciam-se em múltiplos tipos 
celulares, cada qual com sua ultraestrutura, histoquímica e funções características. A 
atividade mitótica das células dos folículos dos pelos é influenciada pelos hormônios 
androgênicos (hormônios masculinos). 
 
 
Unhas 
 As unhas são placas de células queratinizadas localizadas na superfície dorsal das 
falanges terminais dos dedos. Sua porção proximal é chamada de raiz da unha. O 
epitélio da dobra de pele que cobre a raiz da unha consiste nas camadas usuais da 
epiderme, e a camada córnea desse epitélio forma a cutícula da unha. É na raiz da 
unha que se observa sua formação, graças a um processo de proliferação e 
diferenciação das células epiteliais aí colocadas, que gradualmente se queratinizam, 
formando uma placa córnea. 
 A unha é constituída essencialmente por escamas córneas compactas, fortemente 
aderidas umas às outras. Elas crescem deslizando sobre o leito ungueal, que tem 
estrutura típica de pele e não participa na firmação da unha. A transparência da unha 
e a pequena espessura do epitélio do leito ungueal possibilitam observar a cor do 
sangue dos vasos da derme, constituindo uma maneira de se avaliar a oxigenação 
sanguínea. 
 
 
 
Glândulas da pele 
 As glândulas sebáceas situam-se na derme, e os seus ductos, revestidos por 
epitélio estratificado, geralmente desembocam nos folículos pilosos. Em algumas 
regiões (lábio, mamilos, glande e pequenos lábios da vagina), porém, os ductos abrem-
se diretamente na superfície da pele. A pele da palma das mãos e a da planta dos pés 
não têm glândulas sebáceas. A atividade secretora dessas glândulas é muito pequena 
até a puberdade, quando é estimulada pelos hormônios sexuais. 
 As glândulas sudoríparas merócrinas são muito numerosas e encontradas em 
toda a pele, excetuando-se certas regiões, como a glande. Essas glândulas são 
tubulosas simples enoveladas, cujos ductos se abrem na superfície da pele. Os ductos 
não se ramificam e têm menor diâmetro do que a porção secretora, que se encontra 
na derme. 
 Nas axilas, nas regiões perianal e pubiana, bem como na aréola mamária, 
existem glândulas de maior tamanho, com partes secretoras muito dilatadas, as 
glândulas sudoríparas apócrinas, localizadas na derme e na hipoderme. Há fortes 
indicações de que essas glândulas secretem pelo processo merócrino, mas o nome de 
glândulas sudoríparas apócrinas tornou-se consagrado pelo uso. Na mulher, as 
glândulas apócrinas axilares passam por alterações durante o ciclo menstrual.

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