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AULA 02

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1 
 
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DELEGADO 
Paulo Portela 
Direitos Humanos 
Aula 2 
 
 
ROTEIRO DE AULA 
 
 
Tema: Introdução 
 
 
 
 
Limitabilidade: os direitos são limitáveis à luz do estritamente necessário para proteger os 
direitos dos demais e tutelar a ordem pública numa sociedade democrática. 
 
•Os direitos são limitados mas tem que ter um objetivo. 
O objetivo é proteger direito de terceiro. 
 
Exemplo: proteger mulher em violência doméstica e familiar, com medida protetiva de 
distanciamento, restringindo a liberdade de ir e vir do homem. 
Exemplo: Em um roubo, para proteger a vida integridade física da vítima, prende-se o autor. 
Preparando-o para o retorno a comunidade. O sistema prisional é para preparar o retorno à vida 
social. 
 
Os limites estão no estritamente necessário, por exemplo: pode limitar o autor de violência 
doméstica, dentro de um raio de distância, não precisa determinar que saia da cidade. 
2 
 
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Se bastar prender o agente, não precisa torturar. 
 
•Tutela da ordem pública em uma sociedade democrática. 
Exemplo: em uma greve de caminhoneiros, basta a ocupação de só parte de via pública. 
É pautado na razoabilidade. 
 
Só tem discriminação se a limitação não se relacionar com a tutela da ordem pública ou com a 
proteção de direitos do terceiro. 
 
Existe também a discriminação positiva, trata-se das ação afirmativa. 
Exemplo: Pessoa com deficiência. Criança. Mulheres. 
 
 
I. Eficácia vertical, horizontal e diagonal dos direitos humanos 
 
Inicia-se com noção que o Estado deve tutelar os direitos humanos. O papel de respeitar os 
direitos humanos não é só do Estado, é de toda uma sociedade. No entanto, a ideia centralizada 
no Estado, ocultou por muito tempo o papel das outras pessoas. 
 
 
1. Eficácia vertical: eficácia dos direitos humanos nas relações entre o Estado e o 
indivíduo 
Exemplo: Quando o Estado não prende arbitrariamente, não censura. 
Quando o Estado melhora o sistema de saúde e da educação, fomenta a cultura. 
 
Tanto se abstendo de agir como sendo pautado a agir. 
São pautas impeditivas mas também são pautas orientadoras. 
 
2. Eficácia horizontal: eficácia dos direitos humanos nas relações entre os 
particulares/relações privadas 
 
a) STF – RE 201.819: “As violações a direitos fundamentais não ocorrem somente no 
âmbito das relações entre o cidadão e o Estado, mas igualmente nas relações 
travadas entre pessoas físicas e jurídicas de direito privado. Assim, os direitos 
fundamentais assegurados pela Constituição vinculam diretamente não apenas os 
poderes públicos, estando direcionados também à proteção dos particulares em 
face dos poderes privados.” (Rel.: Min. Gilmar Mendes) 
3 
 
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Exemplo: Violência doméstica contra a mulher. 
Exemplo: Criança tem o direito a um desenvolvimento saudável. Cabe ao Estado, 
sociedade, e família, garantir esse direito. 
 
3. Eficácia diagonal: observância dos direitos fundamentais em relações privadas 
marcadas por uma flagrante desigualdade de forças, em razão tanto da 
hipossuficiência quanto da vulnerabilidade de uma das partes da relação. 
 
Exemplo: em uma situação se encontra uma mercearia e seu empregado, em outra, uma grande 
empresa em relação aos direitos de seus trabalhadores. 
Exemplo: Direito do consumidor. Tribos indígenas. 
 
 
III. Classificação dos direitos humanos: as gerações/dimensões dos direitos humanos 
 
 
1. As gerações de direitos humanos 
a) Primeira geração: direitos de liberdade 
b) Segunda geração: direitos de igualdade 
c) Terceira geração: direitos de fraternidade 
 
 
2. Crítica à ideia de geração: traz a ideia de sucessão/substituição. Contrariedade às 
noções de interdependência e complementariedade dos direitos humanos 
 
Os direitos não são compartimentos estanques. 
Exemplo: liberdade sindical apareceu na segunda geração mas tem mais a ver com a primeira 
geração. 
 
3. As dimensões dos direitos humanos 
 
a) Primeira dimensão: direitos civis e políticos. Como regra geral: aplicabilidade mais 
imediata e de caráter negativo (obrigações de não fazer ao Estado) 
 
4 
 
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b) Segunda dimensão: direitos económicos, sociais e culturais. Como regra geral: 
aplicabilidade mais progressiva e que exige prestações estatais 
 
c) Terceira dimensão: direitos difusos e coletivos. Titularidade difusa. 
 
 
4. Preferência pela ideia de dimensão: destaque às afinidades entre direitos 
Teoria respaldada no próprio ordenamento internacional. 
 
5. Por que os direitos não podem ser divididos em categorias? 
a) A universalidade como ideia de que o ser humano é um ser que só se realiza 
completamente com todas as dimensões de sua existência devidamente atendidas 
b) Indivisibilidade e interdependência dos direitos humanos 
c) Não haveria direitos menos importantes do que outros 
 
6. Utilidade didática da classificação 
 
 
PONTO 3 – A proteção internacional dos direitos humanos. Sistema internacional (sistema 
global). O papel da Organização das Nações Unidas (ONU). Sistemas regionais. Sistema 
interamericano de direitos humanos. 
 
Abandona-se a ideia de que os direitos humanos são apenas internos. Argumento 
frequentemente usado pelas ditaturas, que acabou servindo a propósito vis. O Estado agora 
acaba submetido ao escrutínio internacional. O que o Brasil faz está sujeito a ser analisado por 
órgãos internacionais. 
 
O histórico do processo de internacionalização em muito se confunde com o próprio histórico 
de direitos humanos. 
 
 
I. Evolução histórica da noção de proteção internacional dos direitos humanos: o 
histórico do processo de internacionalização dos direitos humanos 
 
1. Doutrina cristã: afirmação da noção de universalidade. 
Antecipando um pouco a noção de ação afirmativa. 
 
2. Idade Média: papel da Igreja Católica no desenvolvimento da noção de um patrimônio 
jurídico comum da humanidade. Direito à “intervenção humanitária” (Francisco de 
Vitória). Século XV. 
 
3. Segunda metade do século XIX/início do século XX: perda do caráter meramente 
5 
 
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interestatal do Direito Internacional. Humanização do Direito Internacional. Início do 
emprego dos tratados para promover os direitos humanos. 
 
4. Aparecimento do Direito Humanitário: criação da Cruz Vermelha (1864) e celebração 
da Convenção de Genebra sobre como Melhorar a Sorte dos Feridos e Enfermos dos 
Exércitos em Campanha. 
 
A Convenção de Genebra sobre como Melhorar a Sorte dos Feridos e Enfermos dos 
Exércitos em Campanha foi um dos primeiros tratados a tratar dos interesses da pessoa 
humana, de cuidar do ser humano. 
A Cruz Vermelha é um órgão privado, com alguns poderes de órgão público. Apesar de 
ser privada, pode agir internacionalmente. 
 
5. Liga das Nações: afirmação do papel das organizações internacionais na proteção dos 
direitos humanos. Fundação da Liga das Nações. 
Criada pelo tratado de Versalhes, pós primeira guerra. 
 
6. Organização Internacional do Trabalho (OIT): preocupação internacional com os temas 
sociais 
Criada pelo tratado de Versalhes. 
Criou inúmeras convenções. Convenção é um tratado, é um diploma jurídico vinculante. 
 
7. Organização das Nações Unidas (ONU): consequência da II Guerra Mundial. 
Necessidade de limitação da soberania nacional. Importância da cooperação 
internacional. Promoção dos direitos humanos como fundamento da paz. Caráter 
prioritário da proteção dos direitos humanos no campo internacional. 
 
Estados soberanosnão poderão agir em violação aos tratados internacionais de direitos 
humanos. 
Momento chave da internacionalização dos Direitos Humanos. 
A Carta das Nações Unidas que criou a ONU, não estabeleceu direitos. 
 
8. Proclamação da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) 
Rol básicos de direitos que os Estados devem respeitar. 
Normas jus cogens. 
 
9. Primeiros tribunais internacionais de direitos humanos: Tribunal Militar Internacional 
(Tribunal de Nuremberg). 
 
10. Novas tendências: 
a) Celebração dos principais tratados de direitos humanos. 
b) Diversificação do rol de normas de direitos humanos. 
c) Aparecimento dos sistemas regionais de direitos humanos. 
d) Tribunal Penal Internacional 
Crimes que estão tipificados no estatuto de Roma. 
É permanente, não é um tribunal ad hoc. 
Julga indivíduos e não o Estado. 
 
NOTA: A DOUTRINA MAJORITÁRIA ELENCA COMO TRÊS PRINCIPAIS ANTECEDENTES 
HISTÓRICOS DA PROTEÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS O DIREITO 
6 
 
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HUMANITÁRIO, A LIGA DAS NAÇÕES E O APARECIMENTO DA ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL 
DO TRABALHO (OIT). 
 
 
 
II. SISTEMA INTERNACIONAL E SISTEMAS REGIONAIS: INFORMAÇÕES GERAIS 
 
 
 
1. Sistema global e sistemas regionais 
 
a) Sistema global/sistema internacional: é o sistema internacional de direitos 
humanos cujos tratados, instrumentos e órgãos estão abertos à participação 
de qualquer Estado do mundo. 
a.1. O sistema global é relacionado especialmente à Organização das Nações 
Unidas (ONU) 
Exemplo: OIT. 
Exemplo: Unesco. 
 
b) Sistemas regionais: sistemas internacionais de direitos humanos cujos 
tratados, instrumentos e órgãos estão abertos à participação apenas de 
determinados Estados do mundo. 
 
b.1. Os principais sistemas regionais são o europeu, o africano e o 
interamericano. 
As vezes há uma necessidade de se atentar mais à peculiaridades locais. 
 
➢ Atenção! Não existe sistema latino americano. Apenas americano, organizado 
pela OEA. 
 
 
2. Meios de monitoramento internacional da aplicação dos tratados de direitos 
humanos 
 
a) Relatórios 
 
➢ Atenção! O sistema de relatórios contempla também ouvir o mundo acadêmico, as 
ONG, colher informações na mídia, in loco e ler o relatório do Estado. O Relatório 
precisa passar por um filtro. E então, será objeto das recomendações cabíveis. 
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b) Missões de investigação in loco 
 
c) Exame de denúncias interestatais 
 
d) Exame de denúncias individuais 
 
e) Processos judiciais 
 
 
3. Sistema global: principais tratados 
 
 
a) Declaração Universal dos Direitos Humanos 
Não é um tratado, mas tampouco vai ser soft law. As regras são jus cogens. 
Regras imperativas de direito internacional. 
 
b) Pacto dos Direitos Civis e Políticos 
Tratado de 1966. 
Em vigor no Brasil desde 1992. 
 
c) Pacto dos Direitos Econômicos Sociais e Culturais 
Assinado em 1966. 
Brasil 1992. 
 
d) Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as formas de 
Discriminação Racial 
Assinado em 1965. 
Brasil 1969. 
 
e) Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação 
Contra a Mulher 
Assinado em 1979. 
Brasil em 1984. 
 
f) Convenção contra a Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, 
Desumanos ou Degradantes 
Assinado em 1984. 
No Brasil em 1989. 
8 
 
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g) Convenção sobre os Direitos da Criança 
Assinado em 1989. 
No Brasil 1990. 
 
h) Convenção de Nova Iorque para a Proteção das Pessoas com Deficiência 
Assinado em 2007. 
Brasil 2009. 
É o tratado que no Brasil equivale a emenda, juntamente com o Tratado de Marrakech. 
Para o STF, os demais tratados são supralegais. 
A doutrina defende que os direitos de humanos são todos materialmente constitucionais, exceto 
os que são aprovados nos termos do art.5º parágrafo 3º, esses seriam formal e material. 
 
i) Declaração de Viena 
Não é tratado. É um soft law. 
Assinado em 1993. 
 
 
➢ Recomendações e resoluções não são tratados. 
➢ Documentos que não são tecnicamente vinculantes são os soft law, mas são 
documentos inafastáveis. Com força política e moral muito grande. 
 
 
4. Sistema global: principais órgãos 
 
Servem para avaliar se Estados estão respeitando e quais medidas cabíveis. 
As decisões desses órgãos poderão ou não ser vinculantes. 
Em muitos casos, expede-se pura recomendação com força política e moral, mas não terá força 
jurídica. 
Por outro lado, há órgãos que recorrerão a medidas juridicamente obrigatórias, como os 
tribunais internacionais. 
O Tribunal `Penal Internacional impõe penas. 
As decisões da corte interamericana poderão fazer cumprir indenizações da mesma forma que 
a Fazenda Pública. 
 
Tem dois tipos de órgãos: 
1- Genéricos- competência ampla. Podem avaliar qualquer tratado daquele 
sistema. 
Exemplo: ONU. 
2- De tratados- são especializados. 
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Exemplo: CEDAW- Comitê das Nações Unidas combate à discriminação da 
mulher. 
CRD- Comitê da discriminação racial. 
 
 
➢ Denúncia individual é a possibilidade de uma pessoa denunciar diretamente. 
 
 
TRATADO 
ÓRGÃO(S) 
RESPONSÁVEIS PELO 
MONITORAMENTO 
POSSIBILIDADE DE 
PETICIONAMENTO 
INDIVIDUAL 
Todos os tratados de 
direitos humanos 
firmados dentro da ONU 
Alto Comissariado das 
Nações Unidas para os 
Direitos Humanos 
(OHCHR) e Conselho de 
Direitos Humanos 
(UNHRC/CDH) 
Não 
Pacto dos Direitos Civis e 
Políticos 
Comitê de Direitos 
Humanos da 
Organização das Nações 
Unidas (ONU) 
Sim 
Pacto dos Direitos 
Econômicos, Sociais e 
Culturais 
Comitê de Direitos 
Econômicos, Sociais e 
Culturais da ONU 
Sim, para petições originárias 
dos Estados partes do 
Protocolo Facultativo ao Pacto 
sobre Direitos Econômicos, 
Sociais e Culturais, o que não é 
o caso do Brasil, que nem 
sequer o assinou 
Convenção Internacional 
contra a Discriminação 
Racial 
Comitê para Eliminação 
da Discriminação Racial 
(CERD/CEDR) da ONU 
Sim 
Convenção Internacional 
contra a Discriminação 
contra a Mulher e 
Protocolo Facultativo 
Comitê sobre a 
Eliminação da 
Discriminação contra a 
Mulher (CEDAW) da 
ONU 
Sim 
Convenção sobre os 
Direitos da Criança e dos 
respectivos Protocolos 
Facultativos 
Comitê para os Direitos 
da Criança (CRC) da ONU 
Sim, para os Estados partes do 
Terceiro Protocolo Optativo à 
Convenção sobre os Direitos da 
Criança sobre a Instituição de 
um Procedimento de 
Comunicação, que o Brasil 
ainda não ratificou 
Convenção contra a 
Tortura 
Comitê contra a Tortura 
(CAT) da ONU 
Sim 
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TRATADO 
ÓRGÃO(S) 
RESPONSÁVEIS PELO 
MONITORAMENTO 
POSSIBILIDADE DE 
PETICIONAMENTO 
INDIVIDUAL 
Convenção Internacional 
sobre os Direitos das 
Pessoas com Deficiência 
(Convenção de Nova 
Iorque) e Protocolo 
Facultativo 
Comitê sobre os Direitos 
das Pessoas com 
Deficiência (CRPD) da 
ONU 
Sim 
 
 
➢ Atenção! A Comissão da ONU foi substituída por Conselho. 
➢ Atenção! Não confundir Conselho com Comitê. O Conselho é geral e o Comitê é de 
tratado. 
➢ As petições individuais também são conhecidas como denúncias individuais ou 
comunicações individuais. 
 
 
5. Sistema interamericano 
 
Lembrar não existe sistema latino-americano. Aberto a todos os Estados da América, como o 
Canadá e os Estados Unidos. 
 
a) Sistema regional aberto à participação dos Estados das Américas 
b) Sistema regional do qual o Brasil é parte 
c) Entidade responsável pelo sistema interamericano: Organização dos 
Estados Americanos (OEA) 
 
6. Sistema interamericano – principaistratados e diplomas 
 
a) Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem 
1948 
Soft law 
 
b) Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José/Pacto de São José 
da Costa Rica) 
Assinado em 1969 
Brasil 1992 
Tratado de direitos humanos mais mencionado no Brasil. 
Há quem chame de Convenção Interamericana. 
 
 
c) Protocolo Adicional à Convenção Americana de Direitos Humanos sobre Direitos 
Económicos, Sociais e Culturais (Protocolo de São Salvador) 
 
d) Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura 
 
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e) Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a 
Mulher (Convenção de Belém do Pará) 
Inspirou a lei Maria da Penha. 
 
f) Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de 
Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência (Convenção da 
Guatemala) 
 
➢ Atenção! O termo recomendado na atualidade é pessoas com deficiência. 
➢ Atenção! Há 3 tratados para o Brasil que tratam da pessoa com deficiência. A 
convenção de Nova York tem hierarquia equivalente a emenda porque foi 
aprovada pelo quórum constitucional. Já a da Guatemala foi aprovada por um 
procedimento comum. Logo, para o STF, ela tem status supralegal. 
 
g) Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas 
 
h) Protocolo Adicional à Convenção Americana sobre Direitos Humanos Referente à 
Abolição da Pena de Morte 
 
i) Convenção Interamericana sobre Tráfico Internacional de Menores 
 
j) Carta Democrática Interamericana 
Soft law. 
É vista como referencial principal do que é democracia. 
 
 
IV. SISTEMA INTERAMERICANO DE DIREITOS HUMANOS – PRINCIPAIS ÓRGÃOS 
 
São dois órgãos diferentes que fazem parte. Ambos são vinculado à OEA. 
 
➢ Atenção! São órgãos diferentes. 
 
 
1. Órgãos de proteção 
 
a) Comissão Interamericana de Direitos Humanos: órgão político/administrativo. 
 
Vai trabalhar com informações e dados, como consultora dos direitos humanos. 
Suas decisões são recomendações sem cunho jurídico. 
 
Maria da penha peticionou sobre seu caso, a Comissão recomendou ao Brasil prevenir e 
remediar a violência doméstica. Foi uma recomendação com influência política que levou a 
elaboração da lei. 
 
b) Corte Interamericana de Direitos Humanos: órgão jurisdicional. 
 
Age como tribunal. Profere uma sentença de cumprimento obrigatório. 
 
12 
 
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2. Fontes 
a) Pacto de São José, artigos 33-73 
b) Estatuto da Comissão Interamericana de Direitos Humanos 
c) Regulamento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos 
d) Estatuto da Corte Interamericana de Direitos Humanos 
e) Regulamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos 
 
 
3. Comissão Interamericana de Direitos Humanos 
 
a) Informações gerais 
É órgão da OEA. 
 
Tem sede em Washington (EUA) 
( não é norte americana, apenas tem a sede 
nos Estados Unidos). 
Deve atender às consultas dos Estados em 
questões relacionadas com a proteção dos 
direitos humanos e prestar-lhes o apoio 
possível 
É composta por sete membros, que atuam a 
título pessoal e, portanto, 
independentemente dos Estados dos quais 
são nacionais 
Pode examinar as petições e comunicações 
que lhe forem dirigidas por Estados, indivíduos 
e ONGs, referentes a denúncias de violação dos 
direitos humanos 
Pode ser acionada por Estados, por órgãos da 
OEA ou, dentro de determinadas condições, 
por indivíduos e certas entidades. Pode 
também agir de ofício 
• Pode promover missões para verificar 
in loco a situação dos direitos humanos 
em países americanos. 
• Missões no Brasil: necessária 
autorização do Estado brasileiro 
Pode solicitar aos Estados informações sobre 
as medidas que adotarem no campo da 
proteção dos direitos humanos e realizar 
estudos acerca de questões vinculadas à 
promoção da dignidade humana nas Américas 
Pode também trabalhar para que questões 
envolvendo violações dos direitos humanos 
sejam resolvidos amistosamente 
Pode formular recomendações – inclusive em 
matéria cautelar - aos Estados para que 
adotem medidas progressivas em prol da 
promoção dos direitos humanos 
Expressa suas conclusões por meio de 
relatórios, que conterão as informações e 
recomendações pertinentes ao caso 
Pode apresentar demandas à Corte 
Interamericana 
Pode solicitar opiniões consultivas à Corte 
Interamericana de Direitos Humanos 
 
 
A corte terá duas modalidades de competência: a contenciosa e a consultiva. 
 
 
4. Pilares 
 
 
• Sistema de petições individuais 
• Monitoramento 
• Atenção a linhas temáticas prioritárias

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